Até agora, eu não estava acompanhando direito a história do jogador de futebol Robinho, que foi condenado em novembro de 2017 por participar, junto com outros quatro amigos, de um estupro coletivo contra uma mulher de 23 anos de origem albanesa, numa boate em Milão, em 2013.
Ele e o amigo Ricardo Falco foram condenados em primeira instância a nove anos pela justiça italiana e a um pagamento de indenização de 60 mil euros. O processo está em andamento (apenas depois de passar pelas três instâncias alguém é visto como culpado, e é aí que acontece o início do cumprimento da pena), mas só os trechos da sentença divulgados hoje pelo jornalista Lucas Ferraz já dizem muito sobre o caráter, ou a falta de caráter, de Robinho, que não viu nada de errado em "transar", ou "tentar transar", com uma mulher completamente bêbada, sem condições sequer de ficar em pé. Uma pessoa bêbada não tem como consentir.
Os trechos adquiridos através de grampos que constam na sentença (em segredo de justiça) foram fundamentais para a condenação, pois serviram como prova de que Robinho e os demais sabiam como a vítima estava. Por exemplo, num dos trechos o jogador declara: "Olha, os caras estão na merda... Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei aquela garota. Vi [nome de amigo], e os outros foderam ela, eles vão ter problemas, não eu... Lembro que os caras que pegaram ela foram [nomes de dois amigos]. [...] Eram cinco em cima dela".
Em outro momento, ao ser avisado por um músico sobre a investigação policial, Robinho responde: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu". O amigo músico então pergunta: "Mas você também transou com a mulher?"
Robinho: Não, eu tentei.
Amigo: Eu te vi quando colocava o pênis dentro da boca dela.
Robinho: Isso não significa transar.
Um dos advogados de Robinho afirma que insistirá que a relação foi consensual e que não há prova de que os envolvidos no crime induziram a mulher a beber ou tomar droga para em seguida se aproveitar sexualmente dela. "Fazer sexo com uma pessoa bêbada ou drogada não fere a lei. Não estou dizendo que ele é uma pessoa perfeita. Ele mesmo reconheceu ter tido uma conduta pouco séria, mas crime não cometeu".
Dois meses depois do Santos fazer uma campanha condenando a violência contra a mulher, em agosto deste ano, o clube contratou Robinho, que já havia atuado lá. Um dos dirigentes do Santos alegou: "Robinho não está condenado com trânsito em julgado. Quem somos nós para atirar pedra no Robinho? Atire a primeira pedra quem nunca pecou e será que ele pecou? Vamos esperar o desfecho do processo".
Ao perder a Orthopride, um dos patrocinadores, o Santos disse que garante a presunção da inocência ao jogador. E se queixou dos "cancelamentos", da "cultura dos tribunais da internet". Outra advogada de Robinho já havia reclamado da "lacração".
Como diz Ricardo Fulgoni, que já contou sua terrível história aqui de como conseguiu justiça para o feminicida de sua irmã, "É possível conciliar a pressão sobre o Santos no caso Robinho com a defesa da presunção de inocência. Os efeitos penais, só após o trânsito em julgado. No entanto, as provas legitimamente publicizadas -- não o processo, mas as provas - geram desde logo seus efeitos morais e sociais. Por isso o processo tem de ser, em regra, público. Para que não se retarde os efeitos dos fatos. Os efeitos não penais (sociais, morais, etc), portanto, não advém do processo, mas dos fatos contados pelas provas nele produzidas. Presume-se o réu inocente até o trânsito. Mas os fatos não dependem do trânsito para, ressalvados os efeitos penais, serem considerados verdade".
Casagrande falou hoje: "Eu tô assustado com a sociedade brasileira. O Brasil solta traficante. O vice-líder é preso com dinheiro na cueca. A Carol Solberg, por se manifestar politicamente, a CBV faz censura. E o Santos contrata um jogador condenado por estupro". Já Robinho jurou estar "tranquilão" depois do vazamento da sentença. Para ele, a Globo só quer ganhar ibope ao dar "muita ênfase para coisa negativa". Um perfil que vende camisas desenterrou esta história de 1987 que eu nunca tinha ouvido falar, mas que é extremamente pertinente ao caso atual. Leia, revolte-se, e não pare de questionar: "Mudamos?" Eu volto no final.
Em 1987, uma multidão de gremistas e colorados lotou o saguão do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, pra recepcionar com entusiasmo uma pequena comitiva de quatro reservas do Grêmio que estavam voltando da Suíça. O motivo mostra como o Brasil tem orgulho do seu machismo.
O Grêmio era pela terceira vez consecutiva campeão gaúcho. Próximo passo: cruzar o Atlântico em excursão para a Philips Cup, na cidade de Berna, Suíça. De cara, o Grêmio venceu o Benfica, de Portugal, impressionando pelo segundo ano seguido a garota Sandra, de 13 anos.
Como no ano anterior, Sandra decidiu visitar a delegação do Grêmio que estava hospedada no Hotel Metropole. Acabou batendo de forma aleatória no quarto 204. Foi atendida. Lutando contra a barreira do idioma, tentou comunicar que gostaria de ganhar uma camiseta como souvenir. Do outro lado da porta estavam os reservas do Grêmio Eduardo Hamester e Fernando Castoldi, que convidaram os visitantes a entrar, tentaram manter uma comunicação por grunhidos e gestos sem sucesso. A situação chamou a atenção de Henrique Etges e Alexi Stival, conhecido como Cuca. Ao verem a movimentação no quarto, entraram. Fecha-se a porta.
Sandra foi estuprada dentro do quarto no que os jogadores consideraram uma orgia. Jogaram-se sobre ela, imobilizaram. Dois homens a violaram, enquanto outros dois a acariciavam e seguravam.
Após 30 minutos de terror, Sandra foi à polícia e a equipe, aos treinos. Henrique e Eduardo foram presos na noite de quinta-feira. No dia seguinte, toda a delegação do Grêmio foi convocada pra reconhecimento dos demais envolvidos através de um espelho falso.
E assim estavam presos na Suíça, sob a acusação de estupro, os reservas gremistas Henrique, Eduardo, Cuca e Fernando, cada um em uma cela distinta e incomunicáveis – exceto por advogados – até o fim do inquérito, conforme a legislação do país.
Comitivas, advogados, Itamaraty, Embaixada, até João Havelange, à época chefão da FIFA foram tentativas de intervir sem sucesso pra livrar os rapazes entre 21 e 24 anos. O chefe da delegação insistia em dizer que foi um mal entendido pela barreira da língua que causou a situação.
A legislação da Suíça proibia relação sexual com menores de 16 anos. Crime sério. A denúncia de estupro, então, dispensa qualquer tipo de comentário em relação à gravidade.
O fato ganha destaque no noticiário internacional, respeitando a identidade da vítima. No Brasil, com especial destaque nos jornais gaúchos, foi dada abertura a palpites, comentários e achismos diversos, porém quase unânimes na defesa dos jogadores.
Presos, os jogadores estavam incomunicáveis até o término do processo, o que poderia durar até 30 dias. Não tinha como obter informações ou qualquer tipo de privilégio na Suíça, pois o sigilo judiciário lá é quase hermético.
Um embaixador da Suíça teve acesso às acusações e de fato, disse que eram gravíssimas. Entretanto, a menina, que até então tinha 13 anos, passa a ter “14 anos incompletos” que logo, por comodismo de discurso, viraram 14 anos. Para os jogadores, a idade era outra: 18. Parecia 18.
Foi dito que Sandra entrou no quarto dos rapazes e começou a tirar a roupa, se oferecendo. Quem afirmou foi o China, titular do time que já conhecia a menina da excursão do ano anterior. Ela estava tentando tirar a blusa que usava na hora para trocar por uma camisa do Grêmio.
A família também era entrevistada, afirmando que os jogadores seriam incapazes de fazer isso. Muito se falou sobre a índole impecável dos quatro. Aliás, se isso aconteceu mesmo, a culpa é da menina, que não deveria se meter no meio de quatro marmanjos assim.
Quase ninguém acreditava que eles tivessem estuprado a garota. Afinal, era uma “mocetona”, conforme expressão da época. A teoria difundida que ela havia se oferecido para orgia, pois no dia seguinte estava com uma camisa do Grêmio vendo um jogo. Diziam também ela já tinha transado antes e com o namorado, que estava com ciúme do que aconteceu no quarto 204 e foi enganado com a história do estupro. Na imprensa brasileira, informavam que jovens europeias têm vida sexual ativa muito cedo, inclusive tomam pílula desde novas.
Para provar que era uma “mocetona” o fotógrafo Paulo Dias do Zero Hora fez de tudo pra tirar uma foto da menina, apesar do sigilo da sua identidade. Conseguiu pegar ela na saída da escola com a mãe. Quase apanhou de uns suíços no ato pela falta de respeito de fotografar uma menor. Tentou vender a foto pra imprensa europeia, mas não conseguiu. Em compensação, a foto foi destaque no jornal O Globo e Jornal do Brasil. O repórter que o acompanhava conta, aos risos, que também chantageou um repórter pra obter o nome completo da Sandra.
Depois de 28 dias presos, os jogadores foram liberados. Pagaram fiança e uma indenização à garota. Depois foram condenados, mas nunca cumpriram a pena. Os rapazes podem circular por aí livremente, como estão até hoje. Basta não pisarem na Suíça.
Após saírem da prisão, os rapazes admitiram sua culpa. Eles estavam muito envergonhados. Saíram da Suíça com medo da recepção, de como seriam julgados após 28 dias incomunicáveis. O horário do voo pra Porto Alegre foi escolhido a dedo para evitar a imprensa.
De fato, mal sabiam o que esperava os “Doces Devassos”, apelido que a imprensa esportiva gaúcha deu para os rapazes: um grupo de 500 pessoas entre imprensa e torcedores colorados e gremistas ocupava o Salgado Filho. No topo, as bandeiras do Inter e do Grêmio unidas.
O clima no desembarque era de festa. Envergonhados e pedindo desculpa, os jogadores do Grêmio demoraram para entender o que os gritos ensurdecedores de “PUTA, PUTA, PUTA!” e seu real significado. Eles eram heróis. Vítimas solitárias. Machos.
Depois, a retomada. Fizeram ensaio de foto, entrevista de heróis sobreviventes. Vítimas. Só voltaram a ser notícia quando saiu a condenação na Suíça. Seguiram jogando no Grêmio, já que a diretoria recebeu milhares de cartas pedindo pra que os garotos não fossem punidos. Só precisaram pagar as custas dos advogados, processo e indenização mensalmente para o Grêmio.
Hoje, Cuca é treinador de um dos maiores times do país, o Santos, e teve passagem em diversos clubes no Brasil e no exterior.
Sandra teve depressão e tentou suicídio aos 15 anos.
Eu, Lola, uma eterna otimista, acho que sim, mudamos nesses 33 anos. E pra melhor, ou pra menos pior, apesar de Bolsonaro.
Certo, ainda temos exposição e condenação pública de meninas, como vimos no caso recente da garota de 10 anos que foi estuprada pelo tio e conseguiu abortar. Ainda se culpam as vítimas, e muito. Um assassino como o goleiro Bruno ainda é idolatrado por alguns. Cuca, um dos quatro do Grêmio, hoje é treinador do Santos (imagino as conversas fraternais que ele tenha com Robinho). Já o elogiou como "exemplo de jogador".
Mas duvido que hoje, de cada 20 entrevistados na rua por uma emissora de TV, apenas um consideraria Robinho culpado, como ocorreu com os quatro jogadores do Grêmio na época. Por conta do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente, que este ano completou três décadas), seria crime a imprensa publicar foto de uma vítima de estupro de 13 anos.
Hoje, em vez de um repórter fazer qualquer coisa para revelar a identidade de uma menina, um jornalista vai atrás da sentença em segredo de justiça. Também seria impensável a mídia chamar o jogador do Santos de "doce devasso". Ele ainda pode ser recebido com glórias e honras no aeroporto (aeroportos onde multidões se reuniam pra chamar quem idolatra torturador de "mito"), mas certamente haverá patrocinadores que cortam as verbas.
Hoje fazemos muito barulho. Fazemos ativismo. Não aceitamos machismo, racismo, LGBTfobia. É o que alguns que são contra essas mudanças culturais chamam pejorativamente de lacração, cultura do cancelamento, tribunais da internet. Se não fosse a gente e a nossa pressão, haveria apenas quem consagrasse Robinho, quem o tratasse como herói por participar de um estupro coletivo. Como fazia a galera pré-internet de 1987. Estamos melhor hoje. E não vamos parar.
Update:
Excelente texto, Lola! Mesmo diante das suas ponderações, que certamente são muito mais embasadas do que as minhas impressões, me questiono se mudamos de verdade enquanto sociedade ou se apenas temos vergonha de expor publicamente o que pensamos, como aconteceu no tema do racismo e também da homofobia. Mas talvez seja o coração do pai de uma mulher (hoje, 24 anos, mas adolescente até outro dia) indignado e revoltado com isso que me faça ser mais pessimista.
ResponderExcluirAdivinha se o Robinho apóia o Coisa Ruim na presidência?
ResponderExcluirLoja assisti um filme bom hoje na Netflix. Se chama "a criança protegida". É um ótimo filme argentino que retrata um casal que teve um filho, mas o marido é obsessivo, fica perseguindo a esposa, agride-a e acha que ela quer separa-lo do filho. Vale a pena.
ResponderExcluira) Lola vc escreveu um texto maravilhoso não sabia desse episódio de 33 anos atrás.
ResponderExcluirVocê falou dos jornalistas de antigamente, mas vou te mostrar que os de hoje ainda pensam igual, mas têm um "pouquinho de medo", só um pouquinho, pois mascaram o que pensam, mas não deixam de falar:
ResponderExcluirUma coisa é jornalista de outro time noticiar sobre Robinho, outra é jornalistas que torcem e cobrem o próprio time. Vejamos:
Alex Frutuoso (que já disse defender as mulheres e tal): subiu um vídeo no youtube, após a OrthoPride cancelar o patrocínio, dizendo que os torcedores podem garantir dinheiro ao Santos se todos se associarem, sem que precisem de dinheiro de patrocinador. https://twitter.com/AlexFrutuoso/status/1317085980340486144
Felipe Noronha (outro que se diz defensor de mulher): subiu vídeo onde põe em dúvida a decisão da justiça italiana, pois segundo ele a justiça de lá não é confiável, além do mais aponta que Robinho pode ter sofrido racismo, pois é negro. No entanto, o senhor Noronha esquece de pesquisar, e investigar, como repórter que é, o preconceito que mulheres sofrem em casos de estupro, além do que esquece de pesquisar o preconceito sofrido por Albaneses na Itália, portanto, é mais fácil uma pessoa rica, negra e famosa ter mais privilégios que uma minoria feminina que não é famosa. https://www.youtube.com/watch?v=_P7fjuQrRPk&t=605s
Ademir Quintino, agora candidato a vereador pelo PSL: Chamou quem critica Robinho, seu amigo, de lacradores, e quando surgiu a notícia do Globo Esporte com os detalhes do processo e as declarações do Robinho, preferiu divulgar outra notícia sem qualquer relação com o fato. Seu twitter chegou a receber mensagens de torcedores dizendo "e essa é a tal notícia importante do dia?" (tenho prints disso), depois se pronunciou defendendo as mulheres, mas atacando os lacradores (tentou proteger o amigo ao ficar em cima do muro) https://twitter.com/ademirquintino
Isso tudo é triste, pois são jornalistas que não se importaram em investigar.
Carlos Eduardo Lino, nessa reportagem em vídeo nesse link do GE, diz (a partir de 08:33): "nós jornalistas já poderíamos ter acessado os detalhes desse processo há muito tempo... eles já são públicos há um bom tempo". Diz ele sobre o fascínio que o jogador de futebol causa na imprensa e que faz os jornalistas ignorarem os podres dos jogadores.
https://globoesporte.globo.com/blogs/blog-do-rodrigo-capelo/post/2020/10/16/patrocinadores-pressionam-santos-para-desistir-da-contratacao-de-robinho.ghtml
No entanto, embora vocês, feministas, acham que venceram, não venceram. Pois se não fosse a reportagem do GE as marcas não teriam feito nada, inclusive, a única que fez foi a OrthoPride, as outras, uma inclusive, chegou a nem se importar em um comunicado.
A batalha só será ganha se as marcas ROMPEREM o contrato com o Santos (que, como santista que sou, conheço a situação do clube: está pedindo dinheiro, sofrendo com falta de grana). É necessário uma campanha massiva em cima das redes sociais dos patrocinadores, pois CUCA ainda está lá, trabalhando e sendo louvado. A Philco, a Umbro e os demais têm que ser pressionados, e não estou vendo nenhuma pressão em cima dos patrocinadores. A umbro disse que vai se reunir na semana que vem pra ver o que vai fazer. É nosso dever pressionar.
Eu não sei vocês, feministas, mas vou abrir mão da torcida pelo meu time e vou criar cartuns onde vou fazer a ponte dos casos de estupro e os patrocinadores que continuam no barco.
Só pra lembrar: Robinho não teve o patrocínio rompido, foi suspenso. Significa muito, mas muito mesmo, sinal de que ali todo o clube o apoia. É preciso fazer uma rede de progressistas mulheres que tenham uma liderança, que saibam subir tags com objetivo, não palavra se tags separadas, os alvos deviam ser os patrocinadores, pois só assim os clubes mudariam. Os patrocinadores do Bragantino, por exemplo, não viram problema em um atleta que bate e mulher, nem os patrocinadores do Atlético Goianiense viram problema no goleiro Jean. Não foi uma vitória das mulheres.
Esqueci de escrever que o presidente do Santos, Orlando Rollo, é delegado. Imagina registrar uma queixa de estupro com um cara desses, né? Ainda bem que tem a delegacia da mulher. Mas é isso, as mulheres não têm ainda o poder de mudar as coisas, pois os patrocinadores não romperam o contrato, Robinho não teve o contrato rompido, dos candidatos a presidentes do Santos (a eleição é no final do ano), só dois (minoria) acham que Robinho não devia ser contratado. https://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/futebol/times/santos/noticia/noticias-santos-robinho-reforco-opiniao-pre-candidatos-presidencia.ghtml
ResponderExcluirOs patrocinadores só ameaçaram o clube por causa da matéria do GE, antes disso as feministas fizeram alarde e eles não fizeram nada e ainda continuam patrocinando um clube com o cuca no comando. Se as feministas não se unirem em um objetivo, uma pauta, vai ser assim, nunca serão levadas a sério pelas marcas. Quero só ver o que vão fazer agora, pois o Cuca ainda está no comando, Robinho ainda tem contrato com o Santos. Tá tudo a mesma coisa, só não vê quem se acha superior.
LEIS QUE TODA MULHER DEVERIA SABER
ResponderExcluirLei do Minuto Seguinte
Uma lei importantíssima, mas pouco conhecida ainda, é a Lei 12.845 que em 2013 foi sancionada e oferece algumas garantias às vítimas de violência sexual. Essa lei oferece: atendimento imediato pelo SUS mesmo antes da vítima fazer o boletim de ocorrência, diagnóstico e tratamento das lesões físicas;
Amparo médico, psicológico e social imediatos;
Facilitação do registro da ocorrência;
Exames preventivos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs);
Fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços sanitários disponíveis.
Lei Maria da Penha
A mais famosa delas, a Lei 11.340/06, foi sancionada em agosto de 2006 e trata sobre realizar ações de combate a violência doméstica contra mulheres. O nome veio de Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo contra a agressão masculina a mulheres. O que a lei oferece: proteção policial, escolta e transporte para lugares seguros, exame de corpo de delito, prisão preventiva do acusado se necessário, estipula distância entre acusado e vítima.
Lei do Femicídio
Quando uma mulher perde a vida por causa de um abuso, violência doméstica, discriminação, menosprezo, ou nos casos em que a mulher é levada a cometer suicídio por abuso psicológico ou o simples fato de ser mulher, o ato deixa de ser um homicídio comum e torna-se qualificado e, consequentemente, crime hediondo (de extrema gravidade), oferecendo prisão ao acusado de 12 a 30 anos.
Lei Carol Dieckmann
Apesar de não ser uma lei destinada exclusivamente a mulheres, a motivação veio contra um crime que acontece principalmente com elas. A Lei 12.737/12 promoveu alterações no código penal para definir crimes cibernéticos no Brasil.
A lei ganhou o nome de Lei Carolina Dieckmann justamente por um caso que aconteceu com a atriz, que teve fotos íntimas pessoais divulgadas na internet sem sua autorização.
Lei Joanna Maranhão
Outra lei que não é somente para mulheres é a Lei 6719/09, sancionada em 2015, que altera os prazos de prescrição contra abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. Ganhou o nome da atleta Joanna Maranhão por causa das denúncias de abusos cometidos por seu treinador durante sua infância.
Como a nadadora só trouxe o caso depois de 12 anos, o crime já havia prescrito. Com a lei, crimes assim só terão o tempo contado para a prescrição depois que a vítima completar 18 anos. Além disso, o prazo para a denúncia aumentou para 20 anos.
Stealthing
O ato de retirar o preservativo durante a relação sexual sem a(o) parceira(o) concordar é crime e se enquadra no artigo 215 do código penal - violação sexual mediante a fraude. O acusado terá reclusão de 2 a 6 anos.
Viram que o Robinho ainda reclamou das feministas?!
ResponderExcluirSó faltou colocar a culpa no PT para ficar completo...
Ao saber que o meu ídolo de infância o Cuca, estuprou uma menina me deixou mau ao ponto que, eu nem consegui falar a minha indignação no mesmo dia, tive que aceitar a realidade e jogar fora todas as recordações do meu ex ídolo de infância, e na moral dói ainda mais saber que ele não foi punido como merecia.
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