Anteontem um dos piores sinistros deste desgoverno, e indubitavelmente o pior ministro da Educação da história do Brasil, mostrou porque é tão ressentido: nem dominar a língua portuguesa ele domina direito.
Escreveu a palavra impressionante com c. O erro foi tão gritante (principalmente para um ministro do MEC) que a hashtag #imprecionante chegou aos trending topics do Twitter (isso depois de seu Jair dizer que tem que "suavizar" o livro didático, pois "tem muita coisa escrita").
Óbvio que o tuíte dele (deletado pouco depois) continha mais que o erro de português. Era pura mentira, mas já estamos acostumados. Dizia que não havia pesquisa em segurança pública nas universidades.
Uma busca rápida encontrou quase 3 mil resultados de como o tema "segurança pública" é pesquisado na academia faz tempo.
Um seguidor meu, Luís Henrique, escreveu uma thread que ele chamou de "Crítica da Weintraubologia pura, aplicada e ingênua". Reproduzo aqui seu texto:
Diante da grande polêmica sobre se a ortografia "imprecionante" do sinistro da deseducação é natural, orgânica, artificial ou sintética, penso ser necessária uma análise mais profunda:
Por um lado, o histórico pregresso do sinistro mostra que ele "excreve" "acim" mesmo. Não necessita de um esforço particular para produzir esses solecismos.
Por outro lado, o desgoverno não precisa ocultar nada. Tem orgulho das suas maldades tanto quanto das suas asneiras. O Guedes não se esconde atrás de cortinas de fumaça; ao contrário, proclama em neon, "não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social".
Ou, nas palavras do objeto da nossa análise, "o Brasil não precisa de todos, só dos melhores". O desgoverno é abertamente, jactanciosamente social-darwinista. A eliminação da pobreza, na versão bolsovique, dar-se-á (viu, Temer?) pela eliminação dos pobres.
Por um terceiro lado (sim, esta é uma análise multidimensional; vai aprendendo, Avraham), o desgoverno não foge da polêmica, e, dentro do que se propõe, a usa com desenvoltura e habilidade.
Ao escrever errado, e suscitar reações indignadas da esquerda, o desgoverno amplia o apoio a uma educação punitivista e a uma gramática meramente normativa: ATÉ A ESQUERDA CONCORDA que é preciso ensinar dígrafos, crases, e concordâncias às crianças.
Só 40?! |
No mesmo movimento, o desgoverno expõe o que a direita percebe como "hipocrisia" ou "contradição" da esquerda: tolera-se em uns (esquerdistas, pobres, criminosos, pretos, lésbicas) o que se reprime em outros (brancos, cis, de direita).
Com isso, o desgoverno aprofunda a política da anti-política: não há diferença de programas, há torcida para grupos diversos; a política é um fla-flu, direita e esquerda são faces da mesma moeda, todos fazem a mesma coisa.
Por um quarto lado, se o sinistro não sabe escrever, a culpa só pode ser do PT, que, afinal, controla a educação no Brasil desde Tomé de Souza. Assim, ao criticar os barbarismos do sinistro (em vez de suas barbaridades), a esquerda condena o sistema educacional como um todo, e, como o sistema educacional como um todo é comandado pelo espírito de Paulo Freire incorporado no Centro Espírita de Umbanda "Foro de São Paulo", a esquerda condena a si mesma.
Assim, para concluir, não há estratagema ou cortina de fumaça, mas as trapalhadas do desgoverno são, independente de serem 'naturais' ou 'artificiais', ~funcionais~ para o avanço da barbárie.
O sinistro provavelmente não pensou em criar polêmica; possivelmente não tem inteligência para tanto. Mas a polêmica que voluntária ou involuntariamente criou serve ao desgoverno. Se cada membro do desgoverno é um imbecil rematado, o desgoverno, como entidade que é mais do que a soma de suas partes, tem sua própria "inteligência" e usa dela para derrotar a esquerda no campo político...
E é o desgoverno que tem de ser combatido, não a irrelevância pomposa que eventualmente ocupa a cadeira do MEC.
Eu tenho 25 anos e me recuso a escrever idéia sem acento. Imagine pra quem viveu mais que eu. Antigamente farmácia era pharmacia, teatro era theatro, Paraíba era Parahyba...
ResponderExcluirVárias letras duplicadas (c, m, n, d), Hs inseridos, Ys, 'accentos' onde não tem mais e sem acentos onde hoje tem. O Português (que, olhe só, já foi escrito portuguez) mudou muito durante as décadas. É normal os mais velhos se confundirem. Parem de criar tempestade em copo d'água, esquerdistas picaretas.
Ah ahah ahahahahahahahhahahah an ahahahahahhhaa.
ExcluirAdorei a passada de pano épica, mascutroll!
ResponderExcluirEu devo ter a idade do sinistro da Educação. Se eu cometer algum erro de português, espero que vc tb me dê um desconto devido à senilidade.
"Impressionante" já se escrevia dessa forma no dicionário da antiga Editora Globo de Porto Alegre em 1943, numa edição que tenho em minha biblioteca.
ResponderExcluirNao é tempestade em copo d'água não, é falta de conhecimento da língua mesmo!!!
ResponderExcluirAchei excelente o texto do Luis Henrique! Muito inteligente e cheio de humor. So com humor mesmo para se viver no Brasil em tempos tao sombrios...
ResponderExcluirÉ exatamente o que eu falei antes: esse é o governo dos mimados filhinhos de papai que tinham preguiça de estudar e se ressentiam dos colegas que tiravam notas melhores. Os idiotas chegaram ao poder e decidiram tentar idiotizar todo o resto do mundo pra não se sentirem tão mal... tomar vegonha na cara e estudar resolveria.
ResponderExcluirÉ normal os mais velhos se confundirem
ResponderExcluirBom, eu sou mais velho - bem mais velho do que esse pilantra que se passa por ministro da educação. É normal os mais velhos se confundirem, e escreverem "idéia", "tranqüilo", ou "tôda". Mas "impressionante" é com dois esses desde o tempo do Rei Dom Diniz.
Mas é o tal negócio: por anos, fascistas como você fizeram piada das habilidades linguísticas dos outros. Agora que o sinistro fascista da educação se revela semi-letrado, vocês vão querer combater o preconceito linguístico? É tarde, cumpade. Vocês já xingaram Paulo Freire de todo jeito e maneira, não venham querer pagar de reconstruídos não.
Lamentável.
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