Publico um texto que o professor Dennis Almeida, colaborador frequente do blog, desenvolveu como aula-fio no seu Twitter.
É impressionante como o uso indevido de alguns termos destruiu algumas palavras. A cada dia, o diálogo torna-se mais difícil, devido à postura de um grupo de fingir debate e praticar ataques.
Refutar tornou-se sinônimo de “negar qualquer ideia, mesmo que as evidências comprovem a sua exatidão, pois posso distorcer dados ou ideias para dar a vaga sensação que referendam meus preconceitos.”
Debate agora significa “ofender quem pensa diferente de mim, provocando-o com argumentos fora de contexto, ou mesmo atacar uma ideia não pela sua incorreção, mas apenas por odiá-la ou odiar quem a defenda.”
O uso do racionalismo metafísico apenas para negar o valor de dados concretos. O uso da escolástica para legitimar a irracionalidade. Tudo isto embalando uma síndrome de “genialidade incompreendida” e conspiracionismo da ciência fria contra as tradições e valores do homem temente à uma visão distorcida de Deus.
Creem que são os defensores dos valores cristãos dentro de um sistema filosófico tradicional destruído pelo Iluminismo ou mesmo pelo Renascimento. Mas não passam de seguidores de um “educador” que pinça leituras enviesadas de filósofos e teólogos cristãos para justificar-se como o maior escritor brasileiro de todos os tempos.
Este é o legado de Olavo de Carvalho. A transformação do verdadeiro debate filosófico em necessidade de defesa constante contra um obscurantismo que nada tem de racional, sendo apenas um misticismo obscuro disfarçado de resgate filosófico.
É irresponsável da parte de quem tem formação acadêmica e por não se identificar ou não se ajustar dentro de verdadeira linha racional, rejeitar toda a ciência contemporânea apenas para não precisar reconhecer a fragilidade de autoestima. Prefere ser idolatrado por ignorantes a ser um entre muitos que usam a razão. Prefere inovar na mistificação a colaborar para a construção do conhecimento geral.
E torna-se patente a necessidade de discutir como educadores de verdade devem confrontar esta tendência. Ignorá-los não surtiu efeito, pois cresceram em sua bolha e já tomam espaços na sociedade e impõem este obscurantismo.
a) Lola faz uma pagina no facebook vai ser otimo.
ResponderExcluirb) Divido os bolsonarianos em 2 grupos o primeiro sao pessoas que adotaram o antipetismo como mantra e estao desanimadas e acreditam que ele pode ser a solucao. Mas o segundo grupo sao pessoas sem carater racistas que encontram nele um meio de jogar para fora seus preconceitos.
c) E tem o terceiro grupo de gente burra que decora mentiras na internet e se acha esperta
Exatamente minha a minha.
ExcluirÉ difícil lutar contra isso. Quando começou, eu tentava. Agora sinto-me muito cansada.
ResponderExcluirArgumentum ad hominem tem validade?
ResponderExcluirÇei...
Concordo com o texto. Confesso que, no início, eu pensei que terraplanistas ou gente que acredita que vacinas são uma conspiração , era um bando de pré adolecentes fazendo trollagem. Mas não existe limite para a estupidez humana. Minha estupidez incluída, por achar que gente assim só pertenciam aos tempos da inquisição.
ResponderExcluir"Debate agora significa ofender quem pensa diferente de mim" - Dificuldade para interpretar dados científicos e matemáticos não é "privilégio" de olavistas, terraplanistas e afins. Gritar "reaça/coxinha/nazista/fascista/genocida para calar a boca de quem não acredita e segue bovinamente sem questionar a doutrina é a regra entre os esquerdistas também... assim como negar até a morte os erros
Jane Doe
A galera da patrulha, da lacração é outro porre, ao ponto de atrair antipatia até para causas importantes. Qualquer radicalismo só serve para envenenar, não acrescenta nada.
ExcluirPelo menos a galera da "lacração" geralmente estuda e é mais inteligente.
ExcluirÉ preciso isolar essa gente em suas bolhas e parar de bancar o Prometeu portador da verdade, quem quiser viver na ignorância que viva.
ResponderExcluirPerfeito, Rafael!
ExcluirMuito bom o texto!
ResponderExcluir"Pelo menos a galera da "lacração" geralmente estuda e é mais inteligente"
ResponderExcluirPode ser, mas infelizmente tem muitos que não se dão ao trabalho de pesquisar, ler, só repetem o que seus ídolos postam apenas por afinidades com seu mundinho fechado,sem critica e sem a menor disposição em conhecer o outro lado. Ficam parecidos com a direiteba histérica. De um lado e de outro, o problema tem a ver também com o fato das pessoas acharem que o mundo se resume aos seus amigos, sua família, sua geração, seu meio social, etc, ignoram completamente a diversidade de pessoas, de modos de vida fora da bolha.
A recíproca é verdadeira
ResponderExcluirSim, é. Quando vejo que a conversa tá desandando, desisto.
ExcluirÉ... eu não consigo imaginar nada mais "inteligente" do que acreditar em coisas como "geração espontânea" de recursos e de que se alguém subtrai mais do que produz vai criar mais riqueza. Isso sem falar na romantização da miséria e da violência - coisas muito, mas muuuuito recorrente nos discursos e ações dos "esquerdo-lacradores"
ResponderExcluirA grande maioria tem muita razão nos problemas que apontam, mas as soluções que almejam não se diferenciam em nada dos terraplanistas e disseminadores de epidemias há muito tempo erradicadas.
Estava me referindo aos REAÇAS. Qualquer um é mais inteligente que reaças, sorry. Se você não é um, não precisa ter uma reação tão virulenta.
Excluir"Tal como a comida que se ingere sem se ter fome faz mal à saúde, também o estudo sem interesse confunde a memória e impede-a de assimilar aquilo que absorve. " Leonardo Da Vinci
ResponderExcluirO escrito por este célebre e imortal gênio diz muito sobre os reaças atuais. O tempo passa, mas tem coisas que lamentavelmente permanecem iguais.