A nova sinistra de Direitos Humanos e da Mulher no país do Estado Laico
A pastora Damares Alves será a próxima ministra dos Direitos Humanos. Na realidade, ela comandará o ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Acabou de pedir a ajuda de deputados da bancada da bíblia e pastores porque não gostou que feministas estaríamos tentando lhe impingir o rótulo de "opressora das mulheres".
De fato, é muito injusto que a ex-assessora do Magno Malta (que deve estar se revirando no túmulo pela assessora virar ministra e ele não) seja rotulada de opressora das mulheres. Imagina só, uma mulher que disse que "se a gravidez é um problema que dura só nove meses, o aborto é um problema que caminha a vida inteira", ou seja, alguém que define a gravidez como um problema, e que quer transformar aborto em crime hediondo, seja vista como opressora!
Imagina uma ministra que diga que "a mulher nasceu para ser mãe" seja vista como opressora das mulheres!
Imagina uma ministra que jura que o projeto mais importante em tramitação no Congresso é o do estatuto do nascituro, que dá ao embrião e feto os mesmos direitos de uma pessoa nascida (e que, se for aprovado, será usado para criminalizar o aborto em todas as instâncias, e, em consequência, para prender mulheres) ser vista como opressora de mulheres!
O estatuto do nascituro, inclusive, promete criar um vínculo entre uma mulher vítima de estupro e o estuprador. Se identificado, o estuprador poderia ter que pagar pensão alimentícia à criança (quem sabe direitos de visitação também?). Há também a proposta do "bolsa estupro" (que a mulher que foi estuprada e continue com a gravidez seja, digamos assim, recompensada financeiramente).
Ela disse num culto em 2016 que "chegou o momento" das igrejas evangélicas governarem o Brasil.
No mesmo culto, ela disse também: "Só há um lugar seguro em que o seu filho está protegido nesta nação. É o templo, é a igreja, é ao lado do seu sacerdote. [...] A escola não é mais lugar seguro para os nossos filhos".
É estranho ouvir isso de uma senhora que, segundo seu testemunho, foi abusada sexualmente por pastores quando tinha 6 anos.
Damares prega também que "ninguém nasce gay", e que a homossexualidade -- um grande mal -- é aprendida no berço.
Damares é também contra o ensino de religiões de matiz africano nas escolas, que ela confunde com satanismo. Segundo ela, "Não se pode falar da Bíblia e de Jesus, mas eles falam de orixás".
Ela é uma das fundadoras da ONG Atini, que ganha a vida combatendo o infanticídio indígena. A ONG responde a um processo por ter feito um documentário sobre o infanticídio indígena usando atores (índios de outra tribo que não cometem infanticídio).
Adivinha quem vai tomar conta da Funai? Ela mesma, Damares, que costuma fazer referência a um projeto de lei de Magno Malta que obriga o governo federal a remover crianças indígenas das aldeias.
Mas Damares não é só opressão. Em alguns pontos, é também diversão. Damares, que é advogada e pastora, contou em um dos seus cultos que, quando tinha dez anos, ia se matar. Mas aí viu Jesus subindo no pé de goiaba, onde ela estava. A partir daí, passou a defender que todas as crianças tenham experiências com Jesus.
Damares também é divulgadora de fake news de longa data, como a de uma mulher que quer se casar com uma árvore (que a pastora usa para condenar o pansexualismo; ela usa também o exemplo do cantor Serguei que, segundo ela, se relaciona com uma bicicleta), ou a de um bebê enterrado vivo, ou a da "ideologia de gênero" (uma fake news por si só).
Quando convidada pelo "capitão" Bolsonaro para integrar seu governo, ela aceitou. Pôs-se à disposição como um soldado no exército, "mesmo que seja para servir café".
Aviso: qualquer comentário que faça referência à vida sexual da ministra é machista. Não deixa de ser machista pelo alvo ser uma mulher de direita.
Teve gente da esquerda (@nadanovonofront se não me engano) escrevendo que essa aí era uma boa pessoa e que a esquerda deveria se aproximar dela, pois nós temos algo em comum com ela e tal. e que se "encrencássemos" com ela, só estaríamos afastando pessoas que poderiam estar do nosso lado. Disseram que ela não é má opção. Mas essa mulher é o diabo.
ResponderExcluirSigo o @nadanovonofront no tt há bastante tempo e nunca vi ele postar algum comentário positivo sobre essa senhora
ExcluirEla é igual ao Bozo, vive idiotando por aí. E tem quem apoie essas sandices, são os bolsoantas. Pior momento do país ainda está por vir, infelizmente
ResponderExcluirTentando ter uma ótica positiva da situação, pelo menos todo mundo está vendo a verdadeira face da direita conservadora.
ResponderExcluirEssa mulher é a face do retrocesso. Na minha opinião, não há nada mais criminoso que obrigar uma mulher a seguir com uma gravidez decorrente de estupro, e ainda por cima ter vínculo com o estuprador. Simplesmente absurdo, surreal.
"Acabou de pedir a ajuda de deputados da bancada da bíblia e pastores porque não gostou que feministas estaríamos tentando lhe impingir o rótulo de "opressora das mulheres"."
ResponderExcluirJá estou a começando a não gostar desta tal de Ministra dos Direitos Humanos,.
Ficar preocupando-se com rótulos? Que raios de mulheres é esta? Preocupada com o politicamente correto?
Se eu fosse Bolsonaro falaria: Engole o choro e deixa de mimimi e faça o seu trabalho.
De que as feministas estão reclamado? De apenas mais um opressor?
ResponderExcluirPensei que já estivessem acostumadas a liderem com isso.
O governo que a diz liberal,que faz discurso pregando menos Estado é o mesmo que cria o Ministério da Família? Mas assunto de família não pode nem ser tratadk na escola!?
ResponderExcluirNada nesse governo faz sentido. É impressionante.
ExcluirTempos sombrios vêm por aí. Mulher sendo obrigada a criar filho de estuprador, genocidio legalizado do povo de periferia (Witzel), extinção de direitos trabalhistas... E contando.
ResponderExcluirPra mim a cereja do bolo foi ela ter afirmado que aborto não é uma questão de saúde pública. Aborto é uma das principais causas de morte materna no Brasil.
ResponderExcluirMas é aquela coisa: mulher tem que ser punida por ter feito sexo. Mesmo quando o sexo foi resultado de uma das violências mais degradantes que um ser humano pode vivenciar.
E nenhuma punição é mais efetiva do que coagir uma mulher a ter um filho que ela não quer e ter que conviver com seu violador...
Pois é Rafael Cherem, já sabemos que coerência é que não vai existir nesse governo, vai vendo!
ResponderExcluirÉ visível que o que essa mulher precisa é de um psiquiatra e de uma cela acolchoada, não de um ministério muito menos de uma igreja.
ResponderExcluirMarina,
ResponderExcluirSe Deus quiser vai durar pouco.
Duvido durar pouco, a popularidade dele tá alta
Excluirhttps://g1.globo.com/politica/noticia/2018/12/13/75-veem-bolsonaro-e-equipe-no-caminho-certo-diz-pesquisa-ibope-aprovacao-de-temer-e-de-5.ghtml
"O lugar mais seguro pros seus filhos não é na escola, é na igreja ao lado do seu sacerdote".
ResponderExcluirQualquer semelhança com a doutrinação de crianças na Alemanha nazista NÃO é mera coincidência.
E eu só consigo pensar: Bolso está para Voldemort assim como Damares está para Umbridge! Iguaizinhos.
ResponderExcluirPreparem que a gente vai passar muuuuita vergonha e decepção em 2019.
Até que ponto o fato de ela ter sofrido abuso justifica as asneiras que ela fala?
ResponderExcluirLola, disserta sobre isso, se for possível. No caso, os limites da sororidade.
Então, Anônimo das 10:21
ResponderExcluirPenso muito no perfil dessa mulher. Esse ódio travestido no discurso de amor pela vida é assustador. E opressivo. Fico imaginando o que houve entre sofrer abuso aos seis anos, querer se matar aos dez, e depois, se identificar com a estrutura que a violentou.Goiabeiras à parte, é triste imaginar uma criança de 10 anos que decide se matar.É possível ter empatia pela criança que ela foi. Mas não dá pra ter nenhuma conivência por alguém que tendo poder o usa pra oprimir e submeter. Mesmo que haja empatia por ela como mulher, é inadmissível que alguém no lugar que ela ocupará aja de acordo com um pensamento tão tosco, tão desvinculado da complexidade do mundo de hoje. Penso que o que está em questão, sendo ela uma pessoa pública em uma democracia, é a luta por direitos, não a sororidade.
Feministas, a vida de vocês vai melhorar muito com essa ministra. Aguardem para ver.
ResponderExcluirEsse bolsa estupro é uma cas coisas mais sinistras que ja vi. Forçar uma uma mulher a ter filho do esturpador, como se o maior problema fosse nõ ter 85 reais por mês.
ResponderExcluirNão entendo uma mulher aceitar esse tipo de coisa. Eu não sou santa. So digo uma coisa, pra toda mulher que quer forçar outra a ter filho de estuprador, desejo de coraçao que seja estuprada e fique gravida. No olho dos outros é refresco, não é?
E pra todo homem que defende essa barbarie, que as suas mães e esposas sejam estupradas e fiquem gravidas. Jogo uma praga!
Nossa...que horror esse comentário.
ExcluirNão exagerem. Ter uma mulher comandando um importante ministério no governo é um avanço para as mulheres, ocupar um espaço que sempre foi dos homens. Devemos fortalecê-la e não criticá-la.
ResponderExcluirKkkkkkkk kkkkkkkk é só rindo mesmo.
ExcluirÉ titia..."O lugar mais seguro pros seus filhos não é na escola, é na igreja ao lado do seu sacerdote", diz a mulher que foi violentada aos 6 anos de idade....por membros da igreja que frequentava....Não dá pra entender a lógica!
ResponderExcluirRenata Oliveira, concordo 100% com vc. Não dá pra querer "pegar leve" com ela por conta da história de vida difícil que ela teve.
E ainda tem a questão da ação da ONG dela, que supostamente luta pelos direitos de indígenas, propagar preconceitos absurdos em relação à essas comunidades. (https://oglobo.globo.com/sociedade/ong-fundada-por-damares-alves-alvo-de-duas-investigacoes-do-mpf-sobre-tratamento-dado-indigenas-23288381).
Tudo MTO preocupante mesmo!
Mas acredito que isso sirva bem de boi de piranha pro governo do Bolso liberalizar geral e sair privatizando tudo sem grandes repercussões. Joga um escândalo 'do lados dos costumes' pra sair precarizando as relações de exploração 'do lado da economia' sem chamar mta atenção. A esquerda tem q ficar com o olho bem aberto.
Não exagerem. Ter uma mulher comandando um importante ministério no governo é um avanço para as mulheres, ocupar um espaço que sempre foi dos homens. Devemos fortalecê-la e não criticá-la.
ResponderExcluirTome vergonha na sua cara ridiculo
Ué? A luta não é ocupar os lugares dos homens, ter acesso aos mesmos cargos e mesmos salários, ascender-se social como os homens? Ela é, sim, nossa representante mulher nesse governo de direita. Ou só pode se a mulher for de esquerda? Mulher de direita nao é mulher, por acaso? Respeitem a mulher!
ExcluirJajajajajajajaja você realmente não está entendendo a questão. Hahahhahkkkkk e rir pra não chorar.
ExcluirA mulher tem o azar da vida de engravidar e parir e ainda aparece uma ministra dessas. Nojo!
ResponderExcluir"Até que ponto o fato de ela ter sofrido abuso justifica as asneiras que ela fala" (...)
ResponderExcluirA explicação é simples: Não justifica. Jamais deveria ser justificativa, fator para amenizar, desculpar o calar a boca de quem sofre e vai sofrer com a insanidade dela ou de todos aqueles que praticam atos contra mulheres apenas por serem mulheres.
Eu faz muito tempo que falo do machismo perpetrado por mulheres contra mulheres. De que quando é conveniente, o machismo e a violência de certos grupos é sempre amenizado, justificado e desculpado pelo feminismo. Que temos que ver que "coitada, é uma vítima", "ah mais fulano é pobre", "fica de boquinha fechada e suporte".
No fundo, a dignidade, a integridade física e emocional das mulheres é um produto negociado por uma bagatela por quem está na vez de usa-los para benefício próprio ou de certos grupos.
Exatamente, Marina. Collor fez a mesma coisa, enganou os trouxas com discursos baseados em falso moralismo enquanto roubava geral. É preciso ficar de olho em TUDO.
ResponderExcluirRenata Oliveira agora que li seu comentário pensei na possibilidade de que ela esteja fazendo a mesma coisa que aquele pessoal que sai por aí espalhando AIDS de propósito. Ela sofreu por causa de violência sexual e, ao invés de buscar justiça ou ajudar outras vítimas, decidiu fazer outras pessoas sofrerem também. Pra mim esse tipo de gente merece a morte, empatia zero.
09:47 só com os minions descerebrados que estão esperando licença pra ser escrotos, porque quem votou nele por birra com o PT já se arrependeu. E a hora de vocês tomarem no rabo e chorarem pela merda que fizeram elegendo esse palhaço fascista vai chegar.
Você, mascu escroto e babaca que está aí tentando defender esse pedaço de bosta falante que o nazipalhaço catou no esgoto pra ser ministra, faça uma alegria pra humanidade e se jogue de cabeça do décimo andar.
Tenho a sensação, também, de que a futura Ministra - é usada e se deixa usar - p/ n retirar a atenção de outros temas mais sérios em relação ao "novo" velho governo...
ResponderExcluirEu escrevi meu segundo texto sobre a Damares. E o fiz na mesma semana, porque essa história de "não ria dela, olha a sororidade" está me dando engulhos e mostra o quanto muita gente nada entende de sororidade, ou de testemunhos em igrejas evangélicas, enfim... E sempre é bom colocar mulheres para fazer o trabalho sujo contra outras mulheres e, bem, é sempre curioso ver o pessoal dizendo que é cortina de fumaça para "esconder" o que o governo está fazendo. Atacar direitos das minorias é sempre coisa de somenos importância. Meu segundo texto: http://bit.ly/2SLzeew
ResponderExcluir"Pra mim a cereja do bolo foi ela ter afirmado que aborto não é uma questão de saúde pública. Aborto é uma das principais causas de morte materna no Brasil."
ResponderExcluirTaí, Jane. Gostei dessa birra ideológica sua. Bem melhor que a birra ideológica do outro lado. Pra você ver como "os dois lados" não sempre iguais.
"Ter uma mulher comandando um importante ministério no governo é um avanço para as mulheres, ocupar um espaço que sempre foi dos homens. Devemos fortalecê-la e não criticá-la."
Do jeito que a coisa vai, o efeito parece que vai ser mais no sentido de desmoralizar as mulheres. "Táveno, dei um ministério importante pra um desses seres, e o que ela fez?"
Aliás essa parece ser uma das táticas adotadas pelo Bolsonaro: pressionam pela indicação de alguém, ele publiciza o nome, a reação é desfavorável, ele volta atrás, paga de democrata, e se desculpa com o ex-futuro ministro: "Olhaí, tentei, né? Mas não deu certo, continuamos amiguinhos?"
Tenho dó desa mulher, coitada, passou por dois estupros perpetrados por pastores e afirma que devemos criar as crianças e educa-las dentro das igrejas, (síndrome de Estocolmo será?)tcs, como ateu convicto que só aprendeu coisa errada dentro de igrejas e testemunhou a hipocrisia que norteia essa gente fanática e doente, sejam eles católicos ou protestantes e cia ltda, só posso externar minha grande compaixão e, como projeto, juntar pessoas de cabeça aberta para fundar a "cura gospel"
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