Publico este texto do querido colaborador João Paulo Jales dos Santos, estudante do curso de Ciências Sociais da UERN.
2018 começou com mais um triste fato para a esquerda. A morte de Marielle Franco em meados de março foi um duríssimo golpe no campo esquerdista, que desde as manifestações de 2015, dos inconformados com o resultado eleitoral-democrático da presidencial de 2014, já vinha sofrendo um paulatino e forte desgaste na opinião pública do país. Opinião pública, aqui se entende, como o consenso de maioria numérica das massas que a esquerda vinha obtendo desde da eleição de Lula em 2002.
O golpe aplicado em Dilma foi duro, mas a morte de Marielle foi mais dura ainda. E por quê? Porque a jovem vereadora do PSOL era um quadro em franca ascensão política. Uma vereadora que iniciava sua projeção político-eleitoral e que tendia a ascender meteoricamente na política carioca e, provavelmente, fluminense.
Marielle tem uma trajetória ímpar e diferenciada da maioria dos políticos. Marielle não era branca e não vinha de uma família de classe média alta, marcadores sociais que facilitam se lograr êxito nas estruturas sócio-institucionais da sociedade brasileira. Marielle era preta e pobre, e teve uma trajetória de vida marcada por superar todos os condicionantes racistas que queriam que a ‘favelada’ ficasse lá no canto que o racismo desde cedo lhe impõe, a favela dos morros cariocas.
Marielle faz parte, porque ainda vive em ideia apesar de sua morte, de uma nova geração de uma esquerda não-branca, advinda das classes excluídas, e que tem em torno de sua pessoa toda a caminhada de romper com os obstáculos racistas e sexistas das opressões reacionárias tão presentes no Brasil. Depois da tristeza profunda da morte de Marielle (com quase uma dezena de tiros na cabeça) veio a eleição de Bolsonaro, figura que representa tudo aquilo que Marielle precisou superar para chegar onde chegou. A esquerda encerra 2018 numa agonia que parece fazer que nossas gargantas se fechem, nos impedindo de respirar e seguir na caminhada.
No entanto, se a vitória de Bolsonaro e de seus asseclas reacionários possuidores de uma mediocridade e incapacidade cognitiva sacrossanta nos assustou naquela noite de 28 de outubro, ela acaba por energizar e encher de luta e de vida a resistência que o campo esquerdista terá que fazer contra as medidas que virão de sua presidência. Desde o enfraquecimento do Estado de bem-estar social e a dissolução da União Soviética, a esquerda global está em crise de identidade e de ideais políticos orientadores de uma nova concepção de mundo que faça frente ao projeto neoliberal, que por natureza, é essencialmente desumano.
Se em 1848, no Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels lançavam ali um texto panfletário para publicizar e orientar a luta dos trabalhadores na completa dissolução da sociedade capitalista, falta a esquerda pós-URSS uma nova orientação política para fazer contraponto a uma ordem neoliberal, que torna os indivíduos meras estatísticas financeiras, e deprava os ideais humanistas do liberalismo político.
Com a social-democracia e os socialistas não-revolucionários da Europa ocidental, venceu uma orientação política de que não seria mais preciso fazer uma revolução para implementar o comunismo. A vitória normativa foi de que era possível mediar reformas progressivas no interior das estruturas do capitalismo, e aliar trabalho com capital. No início, deu certo. A partir do pós-guerra de 1946, os países da Europa ocidental e alguns do centro europeu conseguiram uma substantiva expansão de qualidade de vida para seus povos, mediante políticas públicas onde trabalho e capital já não eram mais antagônicos, como diziam Marx e Engels no Manifesto Comunista.
Ressalta-se que o Estado de bem-estar europeu foi um consenso tanto de esquerdistas quanto direitistas, estes espantados com a Revolução Russa de 1917, e com os traumas causados pela 2ª Guerra Mundial. Mesmo os direitistas deram continuidade à expansão dos serviços públicos universalistas que proporcionaram um enorme salto na qualidade de vida das populações europeias.
Governos de esquerda conduziram as políticas sociais e econômicas de bem-estar. Foi com o governo do trabalhista Clement Attlee que o NHS, o serviço de saúde público britânico, passou a existir. As políticas de bem-estar acabaram por influenciar e servirem de modelo para inúmeros países. No entanto, se até meados da década de 1980 o Estado de bem-estar social conseguiu sobreviver em sua plenitude, a partir das políticas neoliberais empreendidas pelo mundo anglo-saxão, começou paulatinamente a ruir.
Enquanto o Estado de bem-estar avançava fortemente nas décadas de 50 e 60, seus opositores, entre eles figuras proeminentes dos economistas de direita, como Friedrich Hayek, Ludwig von Mises e Milton Friedman, já se reuniam em organizações e grupos direitistas que propunham uma reposta no sentido de desmontar as políticas públicas qualitativas desse tipo de Estado de expansão universal da oferta de serviços de seguridade social.
A bem da verdade, o Estado de bem-estar social europeu está hoje, em 2018, bastante enfraquecido, e sua qualidade máxima de excelência durou um período de quase 40 anos, de fins da década de 40 até meados da década de 80, quando as violentas políticas neoliberais foram postas em prática à força, no aparato estatal da lei e da ordem. Se no Chile, a ditadura de Pinochet implementava o neoliberalismo sem grandes enfrentamentos (porque quem enfrentava era morto ou "desaparecido"), em sociedades democráticas da Europa ocidental, o neoliberalismo se impôs sob porradas, cassetetes e gás lacrimogênio.
Do Reino Unido à Itália, da Escandinávia à Áustria, o Estado de bem-estar de hoje nem de longe se compara com aquele dos anos 50, 60 e 70. Se para ingleses, franceses, alemães e holandeses, seus serviços públicos se tornaram constantes alvos de reclamações pelo desmonte que sofreram, o que dirão os brasileiros do projeto neoliberal-reacionário que o governo Bolsonaro tentará impor no Brasil.
Se mesmo nos países desenvolvidos, onde a qualidade de vida é bem melhor que a brasileira, suas populações queixam-se da precariedade das políticas sociais, imaginemos o que acontecerá no Brasil, onde os serviços públicos já são extremamente precários; uma sociedade com um dos maiores índices de desigualdade do mundo, juntamente com os Estados Unidos, país sonho de consumo da entourage bolsonarista, que quer tornar o Brasil uma cópia stricto sensu da extremamente desigual, e com alarmantes índices de pobreza, sociedade americana.
Por que a esquerda desde 1990 vem perdendo terreno nos ideias políticos? A indagação é de extrema relevância, e ainda não possui resposta conclusiva, e não terá logo tão cedo. É justamente por essa ausência de resposta que a esquerda global se encontra em profunda crise de identidade política.
A esquerda, tentando agradar a elite neoliberal global, acabou se vendo num labirinto sem saída. A moderação da centro-esquerda foi tão altamente moderada, que enquanto a extrema-direita tem um projeto europeu de ruptura da ordem institucional da União Europeia, a esquerda não tem proposta que seduza as massas e as impeçam de se dirigir ao extremismo direitista. Se o espaço de ruptura do status-quo capitalista até algumas décadas pertencia a esquerda, hoje esse espaço é ocupado pela extrema-direita, que angaria os descontentes e empobrecidos trabalhadores que já foram representados pela esquerda, mas que se viram largados pelos partidos políticos socialistas e trabalhistas no instante histórico que a esquerda entrou em processo de ‘aburguesamento’.
Existe uma enorme desigualdade regional e social dentro das próprias nações do mundo desenvolvido. Enquanto as regiões metropolitanas sofrem menos com as consequências da crise financeira de 2008/2009, as antigas bases político-sociais rurais e das cidades médias que votavam tradicionalmente nos partidos de esquerda sofrem com a piora nas condições materiais e sociais de vida.
O processo de desindustrialização foi tão agressivo nas antigas zonas eleitorais proletárias europeia e americana, que a classe trabalhadora hoje vive em precária situação econômica e social. Irritados, esses trabalhadores que se viram abandonados pela esquerda foram para a órbita de influência da extrema-direita, que precisa do proletariado empobrecido para ampliar sua base social e política.
Grande parte dos eleitores de Marine Le Pen são nada mais nada menos que os antigos eleitores do Partido Socialista. Boa parte daqueles que em 1981 e 1988 votaram em François Miterrand hoje votam nos políticos da extrema-direita francesa, fenômeno igualmente parecido na Grã-Bretanha e em outras partes da Europa. A esquerda acadêmica e cosmopolita parisiense não consegue compreender os anseios das demandas dos protestos dos coletes amarelos, dos habitantes da França rural e das cidades médias afastadas da zona de influência financeira e cultural de Paris.
Enquanto que em Paris e seus subúrbios a qualidade de vida, apesar de cara, é minimamente compensada por boas políticas sociais, as zonas desindustrializadas da França profunda vivem com saúde, transportes e escolas de baixíssima qualidade, e em muitos casos, hospitais e transportes públicos nem mais existem. A esquerda francesa não consegue compreender as condições de vida material e simbólica dos seus outrora eleitores. A consequência disso é um exponencial crescimento eleitoral da extrema-direita na França e em toda a Europa ocidental e central.
O ‘aburguesamento’ da esquerda nada mais é que a total falta de compreensão, diálogo e solução que os partidos e representantes políticos esquerdistas não mais fornecem as suas esquecidas bases proletárias. A classe trabalhadora americana e europeia que hoje vive desesperada é motivo de chacota dos intelectuais e influenciadores de opinião pública progressista. Sim, os chamados ‘white trash’ são sem modos e ignorantes. Mas se hoje são ridicularizados pelos progressistas acadêmicos, é bom lembrar que há pouco tempo eram fieis votantes dos democratas, socialistas e trabalhistas. Os movimentos sociais identitários, basicamente concentrados nas zonas urbanas das grandes metrópoles, não dialogam e nem mesmo conhecem a história política que o progressismo-esquerdista tinha com os ‘white trash’.
Como derrotar a extrema-direita sem o apoio imprescindível dos milhões de trabalhadores pobres e em desespero, que ao se verem sem saída acabam por optar em votar na direita reacionária, que mesmo sem propostas factíveis que melhorem as vidas desses operários, oferece apoio aos milhões de trabalhadores que estão completamente alienados pelas crises causadas pelo neoliberalismo? Ao se ‘aburguesar’, o progressismo da esquerda aplaude os Clinton, detentores de um caráter profundo dúbio, mas condenam sem pestanejar os brancos trabalhadores que antes tinham suas demandas atendidas pelos sindicatos, que estão completamente enfraquecidos.
As exposições aqui retratadas são um quadro que delineia os motivos da intensa crise de identidade da esquerda, que até a década de 70 era internacionalista, e que hoje vê a direita reacionária ter um projeto global. Não há como resolver e apontar saídas para a crise global de identidade da esquerda sem fazer reflexões que toquem nos pontos delicados que nos levaram ao atual estágio político desta segunda década do século XXI.
No atual estágio do avanço do capitalismo, a solução é deslocar a esquerda para à esquerda, ou seja, deslocar a esquerda para o espectro radical. E radical não é sinônimo de extremismo e sectarismo político, mas sim sinônimo de ir na raiz do problema, para encontrar contrapontos sociais e econômicos que façam frente às reacionárias políticas neoliberais.
Bernie Sanders, Jeremy Corbyn, os políticos do Podemos da Espanha, a extrema-esquerda francesa, os socialistas inquietos e ativistas da América Latina e da Itália, os verdes e progressistas da Alemanha, do Canadá e da Escandinávia, a esquerda insubmissa do leste europeu, representam políticos, agrupamentos e movimentos que deslocam a esquerda para o espectro onde ela deve estar para responder à altura o neoliberalismo.
Não há como enfrentar o reacionarismo econômico e conservador neoliberal sem posicionamentos e propostas políticas que toquem em feridas e mazelas sociais delicadas. Há momentos históricos, como este em que estamos, que só se pode responder a tanta miséria, tanta desigualdade, injustiça e alta concentração de renda -- consequências das políticas neoliberais -- com propostas que possam buscar rupturas com a atual ordem capitalista, e possibilitar menos desigualdade e mais possibilidades e expectativas de mobilidade social. Uma esquerda moderada convém nos momentos certos, e uma esquerda radical e inquieta convém igualmente num momento certo como este.
Enquanto a esquerda acadêmica e da classe média alta continuar com certas empáfias que lhe são peculiares, continuar presa nos seus micromundos sem entender as mazelas sociais dos desafortunados e pobres que esta esquerda diz verborragicamente defender, a esquerda vai fornecer indiretamente munição ao neoliberalismo. Enquanto os movimentos identitários não saírem de seus espaços e irem dialogar com aqueles que antes votaram em Lula e Dilma, e neste 2018, penderam para Bolsonaro, não haverá solução concreta em que se possa iniciar um combate contra o neoliberalismo.
A luta contra a privatização extremista capitalista não é fácil. Mas quem disse que a luta social é fácil? Lutar por justiça e por um mundo com menos desigualdades é tarefa árdua, que não será levada a cabo por uma esquerda que se diz defensora dos excluídos, mas está imbuída de um forte classismo e ideal político parcialmente equivocado.
O atual estágio do neoliberalismo é somente uma transição para o agudo horror ambiental, moral, social, econômico e humanitário que virá adiante. Ou a esquerda responde às políticas neoliberalistas com o antagonismo necessário, ou nós, esquerdistas, seremos tragados pelas alienações burguesas. Uma esquerda imbuída de ideais revolucionários nunca foi tão imprescindível. No entanto, nunca foi tão pouco encontrada.
26 comentários:
E depois dizem que a doutrinação nas escolas e universidades é mentira.
Mais uma vítima que só pensa em comunismo 24 horas por dia.
20:13 nem minha mãe que cresceu doutrinada pelos EUA durante a Guerra Fria acredita mais nessas merdas de doutrinação esquerdista nas escolas. Vê se deixa de ser idiota logo.
Já não há mais dúvidas. Os chamados 'identitários' estão acabando com esquerda.
Isso parece até um texto do PCO, é melhor ir com calma nos radicalismos, daqui a pouco a esquerda rejeitará até o feminismo e outras causas minoritárias, incluindo o ambientalismo, alegando que as mesmas não são válidas apenas pelo fato de terem se originado nos EUA.
"Por que a esquerda desde 1990 vem perdendo terreno nos ideias políticos? A indagação é de extrema relevância, e ainda não possui resposta conclusiva, e não terá logo tão cedo. É justamente por essa ausência de resposta que a esquerda global se encontra em profunda crise de identidade política."
Comento: Não! Prezado estudante do curso de Ciências Sociais da UERN: A esquerda nunca teve uma identidade política.
Ela sempre converteu em seu contrário quando se fez necessário. Se ela passou pelo "aburguesamento" é porque ela viu que somente por meio do capital e do direito à propriedade privada que os trabalhadores poderiam conquistar alcançar o desenvolvimento.
O projeto neoliberal é de esquerda. Essa deixou o laissez-faire acontecer na economia, mas a sobretaxou demasiadamente para custear o "bem estar social", e esse sistema não se sustenta e começou a ruir após algumas décadas. A volta à direita não foi uma "reação", mas um simples um desencantamento do sonho da igualdade social e econômica.
O socialismo é prussiano; o feminismo nasceu na Europa ocidental e na América do Norte. Logo, se a esquerda quiser rejeitar o feminismo pela sua origem (que NÃO É exclusivamente estadounidense, vira-latismo é dose viu?), vai ter que rejeitar o socialismo e todas as suas teorias também.
Bolsonaro vai melhorar a situação dos nordestinos, vocês vão ver. O povo mais pobre do Brasil vai finalmente ter água em casa, com muita abundância. Nunca tiveram isso em 500 anos. Depois disso vocês vão ver a direita e esquerda finalmente unidas e o povo mais pobre terá assistência.
Só há uma forma de explicar o declínio do "estado de bem-estar", quem pagará a conta? Idealismo é fofinho, mas existe o dia a dia e o mundo real. E no mundo real, os defensores da esquerda querem tudo do melhor que o Estado pode oferecer, mas não querem pagar por isso, exatamente o que ocorre na França.
Dinheiro não brota em árvore. Um dia a esquerda entenderá isso e de repente pode parar com o ranço ideológico contra os que geram renda e movimentam a economia.
O autor apontou que a esquerda ainda não descobriu o por que da sua influência cair tanto. Ele citou diversos motivos no texto e, talvez, o fato do próprio relacionar votar no Bolsonaro e não no Haddad - que ia se consultar com um presidiário em Curitiba, presidiário esse condenado por assaltar covardemente os cofres públicos por décadas - como sinônimo de burrice seja um dos fatores. Os paladinos do conhecimento continuam sem conexão com o cidadão comum. Quem diria...
Acho q o texto tocou em um ponto bem importante msm. Mas temos q ter cuidado ao falar das pautas identitárias, pq sempre teve mto machismo/racismo e etc dentro da esquerda e isso pode virar um argumento perfeito pra não pautar essas questões e relegá-las como menos importantes. A esquerda tem q juntar de alguma forma as questões identitárias com a luta revolucionária considerando a questão de classe. Não acho q seja tarefa fácil, mas devemos ter cuidado pra nao deixar essas questões de lado e muito menos culpar as pautas identitárias pela perda de espaço da esquerda, como disse um anônimo ali em cima.
Esquerda e direita tem que se unir em prol de um bem maior que é a melhoria da qualidade de vida da população.
Vamos irrigar o nordeste, vamos fomentar a distribuição de alimentos até as regiões mais pobres e, mais do que isso, vamos fazer essas regiões mais pobres não serem mais tão pobres.
Está vindo para o Brasil uma alta tecnologia de Israel para a dessalinização da água. Com o presidente gerenciando essas melhorias e a oposição apenas reprovando os projetos maléficos, sem fazer oposição apenas por fazer oposição, tenho a certeza de que esse país tem tudo para crescer.
Vamos junto nesse barco para um futuro melhor pra todos.
Sobre Marielle, acho curioso como mesmo morando no RJ e sendo carioca da gema, criada em subúrbio, só ouvi falar dela depois de sua morte. Eu não conhecia, meus amigos não conheciam, meus antigos colegas de trabalho não a conheciam, minha família não a conhecia. Essa foi a grande perplexidade que sentimos com o seu assassinato e o motivo primeiro de nossos comentários, como alguém tão importante precisa morrer pra passar a ser notada? Coisas do Brasil.
Sobre o artigo, acho que tudo o que a esquerda menos precisa é de mais radicalismo. É o radicalismo da política identitária, como bem apontado por Fernando Gabeira, que afastou a esquerda do povo e abriu as portas para a direita entrar de sola no ideário das pessoas. O cidadão não identificado politicamente, aquela pessoa comum que vai levando a vida e pagando seus boletos, não tá preocupado se travesti deve usar banheiro feminino, o que o influenciador digital de cabelo colorido pensa da política e o que a Fátima Bernardes acha que é melhor para o filho dos outros. Ele não venera políticos de esquerda como deuses e quer mais é que todo mundo da laia política se foda como vingança por tudo o que a gente tem que pagar em dobro a despeito de tantos impostos. Aqui ainda não aconteceu mas passei seis meses estudando na França, como bolsista e voltei horrorizada, na verdade era pra eu ter ficado mais 3 meses e abri mão, o que eu vi foi uma Paris arrasada, cracolândias de "refugiados" a céu aberto, gente defecando no meio da rua, polícia dando palestra na minha escola pedindo pelo amor de Deus pra gente não ir a certas regiões desacompanhadas especialmente você sendo uma mulher estrangeira. Sem contar as gangues de exploração sexual infanto-juvenil, todas comandadas por islâmicos (ou asians, como gosta de chamar a imprensa chapa branca britânica) e tá quase virando crime criticar esse povo e essas políticas. O cidadão comum, a pessoa que só quer viver a vida dela, não quer saber de nada disso. Essa pessoa não se afeta se for chamada de transfóbica, islamofóbica, homofóbica, alguma coisa fóbica apenas porque não concorda com as coisas que está literalmente vendo na porta de sua casa. Aí chega a direita e fala: vinde a mim todos vocês que estão de saco cheio dessa merda. E o que acontece? Vão ganhar uma eleição atrás da outra.
Quem elegeu Bolsonaro não foi a tia do Zap e sim a esquerda radical brasileira. Enquanto essa ficha não cair e continuar essa luta de classes forjada, o problema vai continuar e aí o Brasil vai eleger Moro, Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, até a Laura um dia quem sabe. Se o plano é criar instabilidade social, aí sim a coisa tem sido um sucesso mas se a ideia é ter um projeto de mudança social para o Brasil, aí é preciso que a esquerda reveja seus métodos porque como se notou desde a época do Ele Não, NENHUM deles deu certo.
Ahhh... touché, Anon.21:16
E eu já cansei de dizer - a esquerda está em declínio por que falhou miseravelmente e decepcionou muitos daqueles que nela acreditavam.
No Brasil especificamente o maior cabo eleitoral do Bolsonaro foi a própria esquerda.
O bem estar social é de suma importância para o desenvolvimento de qualquer povo. O Estado tem um papel importante pra cumprir, mas quanto mais cedo perceberem que a geração espontânea de recursos é uma fábula e que tudo custa recursos - financeiros e humano - talvez eles tenham chance de fazer algo útil de fato.
Só mais um adendo:
Pra gerar recursos e com isso bem estar geral, precisa-se de o número maior possível de pessoas produtivas e INDEPENDENTES do Estado. O que esquerda quer e pratica é justamente o oposto.
Pregam que o trabalho e o esforço são as coisa mais indignas que se pode submeter o ser humano, mas acha que dignidade é deixar todos igualmente miseráveis e vivendo de migalhas governamental - assim é facil atingir a igualdade social.
Além disso, é necessário que pessoas competentes saibam e QUEIRAM gerir os recursos pagos pelo povo de maneira inteligente. E nesse quesito TODOS os governos, independente da vertente política, falharam e falham miseravelmente. Alguém de fato acredita que no Brasil se tem pouco dinheiro? Ou seria incompetência admistrativa e roubalheira?
Por último mas não menos importante:
A esquerda precisa parar com o paternalismo e achar que pobres, mulheres etc. são seres estúpidos, incapazes ou apenas guiados por instintos primitivos. Que precisam constantemente do pai Estado pra "pra tomar conta" deles, já que eles não tem capacidade de faze-los por si.
O que maiorias precisam é de educação de qualidade e de meios para andar com as próprias pernas. Como eu disse anteriormente: INDEPENDÊNCIA! A única coisa que o governo deveria fazer é oferecer os meios pra isso.
Se não acordarem pra isso e continuarem vomitando comunisse e achando que o Lula é o messias prometido, vão continuar apanhando de Bolsonaros e piores ainda por vir.
"Se o plano é criar instabilidade social, aí sim a coisa tem sido um sucesso mas se a ideia é ter um projeto de mudança social para o Brasil, aí é preciso que a esquerda reveja seus métodos porque como se notou desde a época do Ele Não, NENHUM deles deu certo."
ENTÃO VOCÊ ACHA QUE O #ELENÃO AJUDOU O BOLSONARO? LAVE SUA BOCA ANTES DE FALAR DO LINDO MOVIMENTO #ELENÃO!! AS MULHERES UNIDAS LUTARAM PARA IMPEDIR O COISA RUIM. SE ELE GANHOU É PORQUE A GRANDE CLASSE MÉDIA NÃO SUPORTA VER O FILHO DA EMPREGADA ESTUDANDO NA MESMA UNIVERSIDADE DO FILHO DELA!! ELES TEM ASCO DE VER UM POBRE VOANDO DE AVIÃO! QUEM NÃO SE LEMBRA DAQUELA MULHER REAÇA QUE FILMOU E FICOU ZOMBANDO DE UM CARA NO AEROPORTO QUE ESTAVA SÓ DE CAMISETA CAVADA E CHINELO?
REVEJAM VOCÊS OS SEUS CONCEITOS! NÃO COLOQUEM ESSA PODRIDÃO NO COLO DA ESQUERDA!!!!!
Muito sensata você, parabéns.
09:37
vcs n cansam da ladainha da classe media? n sabia q tinha mais de 50 milhoes na classe media no brasil.
e os esquerdistas ajudaram ele a se eleger, obrigado! principalmente quando colocaram ele no programa da giminez, ai o brasil pode conhecer o mito.
ENTÃO VOCÊ ACHA QUE O #ELENÃO AJUDOU O BOLSONARO?
Com certeza! Principalmente, quando vimos a Anita, sendo pressionada, atacada e obrigada a se posicionar contra o mito.
E ainda justificaram dizendo que não tinha nada demais, afinal, ela era artista e tem publico lgbt, então, é obrigada a falar mal de qualquer um q vá contra o pensamento dos lgbts. E que não estavam obrigando ela a se posicionar politicamente. Claro, porque ao falar mal do mito, não ficaria nem um pouco evidente que não votaria nele.
A esquerda dando mais um tiro no pé e mostrando como respeitam a tal pluralidade de ideias, como respeitam as diferenças kkkkkkkkkkk n respeitam nem os próprios esquerdistas, que dirá o resto.
Adélio e o Helenão elegeram o mito. Ressuscitaram o antipetismo adormecido.
ADELIO SIM, AJUDOU BOLSONARO.
MAS O #ELENÃO É CLARO QUE ATRAPALHOU. OU VOCÊ ACHA QUE ANITA, DANIELA MERCURY FALAM PARA AS PESSOAS FAZEREM "X" E AS PESSOAS FAZEM "Y"???? ELAS SÃO FORMADORAS DE OPINIÃO QUERIDO, SÃO MULHERES DE SUCESSO E MULHERES DO BEM.
QUANDO COMEÇOU O #ELENÃO,O BOLSONARO JÁ TINHA TOMADO A FACADA. JÁ ESTAVA GANHO.
QUERER CULPAR AS FEMINISTAS É MUITO FÁCIL, NE????
"Está vindo para o Brasil uma alta tecnologia de Israel para a dessalinização da água. " Já existe, já funciona e é daqui mesmo. Não precisa ir lá dar dinheiro de graça a Israel pra agradar Trump; é só investir nos processos que já temos.
http://www.agronovas.com.br/dessalinizacao-para-cultivar-alimentos/
https://faroldenoticias.com.br/pernambuco-domina-dessalinizacao/
http://www.cnpma.embrapa.br/nova/mostra2.php3?id=1060
http://blogmarcosmontinely.com.br/blog/index.php/2018/12/27/dessalinizacao-ja-existe-no-nordeste-desde-2004-projeto-de-bolsonaro-nao-sera-exclusivo/
E claro q não foi só classe média. Entre os 50 milhões de idiotas tinham mega e micro empresários querendo escravizar empregados, agropecuaristas querendo escapar do processo por trabalho escravo, pobres burros, de direita e com cérebro lavado por seitas evangélicas. Mas lembre-se que juntando os votos de Haddad e os brancos e nulos, 100 milhões de pessoas NÃO escolheram esse fascista de merda e seu gabinete de putinhas dos EUA. Então não, o #EleNão definitivamente não elegeu o nazipalhaço. Infelizmente o antipetismo motivado por politicagem do capital estrangeiro falou mais alto, mas quem se manifestou disse 'não' a ele nas urnas tbm.
Veja titia o que o antipetismo foi capaz de fazer. Em Barbacena MG, que fica a 20 km daqui funciona a Rede Trem Natural, com uma feira semanal de produtos orgânicos, sem nenhum agrotóxico, produzida por agricultura familiar. Um dos feirantes disse para mim que já estava cansado do PT e das suas roubalheiras. Votou em Bolsonaro sim. Ele, no meu entender deu um tiro no pé, pois Bolsonaro vai privilegiar apenas o agronegócio em favor de fazendeiros que precisam percorrer suas terras de helicóptero. Ele que é agricultor familiar, e só tem alguns hectares, não vai ter um centavo sequer de financiamento. E se tiver, ele vai ser obrigado a adquirir as sementes da Monsanto. Eu não encontrei com ele ainda para dizer que agricultura familiar, orgânica, agroecologia só são incentivadas nos governos do PT. Agora nem mesmo ele vai poder mais guardar sementes, as sementes crioulas, que o homem da roça armazena para plantar no ano seguinte. Tal armazenamento será crime a partir de agora. Vai ser tão crime quanto ser encontrado com maconha ou cocaína.
João todo mundo que não for um milionário deu tiro no pé ao votar nesse canalha. Isso porque votaram com ódio, pensando em fazer mal aos outros, esquecendo que o nazipalhaço nunca enganou ninguém a respeito do que pretendia fazer - e que é basicamente arrasar o país pra fortalecer o capital estrangeiro. Por favor, na hora que encontrar esse sujeito diga exatamente pra ele o quanto ele está ferrado e que foi ele mesmo que fez isso. Pode parecer cruel mas as pessoas precisam ser chamadas à responsabilidade ou não aprendem nunca.
De pleno acordo titia. É isso mesmo que eu vou fazer.
como é fundamental a gente ter um texto crítico como esse e o tanto de discussão que encontramos aqui. de novo: obrigada, Lola amada, pelo espaço, pelo esforço, pelo amor.
em 2019 seguiremos juntas na luta. beijos mil e uma passagem cheia de luz, paz e um futuro melhor (daqui 4 anos, quem sabe)
a empregada domestica tem renda de classe media segundo o PT.
viver comendo organicos é coisande classe media alta fascista vermelha
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