Quantos anos voltamos?
Esta semana o governo Temer, em mais um show de incompetência, lançou um slogan para comemorar dois anos de golpe: "O Brasil voltou, 20 anos em 2". Diante das piadas -- é só tirar a vírgula que a frase fica correta, ou "só 20 anos?" -- a campanha foi modificada.
Publico aqui um breve artigo de Orlando Silva, líder do PCdoB na Câmara e deputado federal por SP, mostrando que o slogan era verdade mesmo.
O Brasil realmente voltou. Bastaram dois anos sob o comando de Michel Temer para o país registrar recordes negativos e acabar com avanços em todas as áreas. Os graves retrocessos econômicos e sociais são as maiores e verdadeiras realizações do governo ilegítimo.
Nesta semana, o golpista celebrou o aniversário de sua gestão, divulgando mais uma vez resultados fantasiosos. Com 82,5% de reprovação popular apontada em pesquisas recentes, Temer se engana ao imaginar que conseguirá iludir os brasileiros. O sofrimento do povo é real e cotidiano, desde que se iniciou o desmonte nacional generalizado, desencadeado pelo golpe contra a então presidenta Dilma Rousseff em 2016.
Em meio a uma crise econômica e política sem precedentes, o presidente se mantém inerte diante da piora de todos os sinais da economia, da produção, do emprego e da renda no primeiro trimestre de 2018. Pelo contrário, o governo corta ou torna inoperante instrumentos de recuperação econômica. Um exemplo é o enfraquecimento dos bancos públicos. O fim da taxa de juros de longo prazo do BNDES inviabiliza o financiamento do desenvolvimento nacional.
A austeridade sem limites aniquila a ação estatal, impedindo a retomada do crescimento econômico. Os investimentos públicos despencam. Entre 2015 e 2017, o montante médio pago anualmente pelo governo federal chegava a R$ 57 bilhões. No ano passado, esse total caiu para apenas R$ 38 bilhões. Nas estatais, a queda foi ainda maior, baixando de R$ 123 bilhões investidos em 2013 para R$ 76 bilhões em 2016.
A precarização do mundo do trabalho é outra marca do governo que gera uma desesperança recorde. Somente em 2018, o desemprego cresceu 1,5 milhão. A destruição dos direitos trabalhistas leva ao aumento ainda maior do subemprego. Entre 2015 e 2017, registrou-se uma redução de 2,5 milhões no número de trabalhadores com carteira assinada. Nesse mesmo período, houve diminuição de 1,8 milhão no total de pessoas formalizadas com a Previdência Social.
O país também caminhou velozmente para trás na área social. No ano passado, a pobreza extrema aumentou em 1,5 milhão de brasileiros. Com o enxugamento dos programas sociais, voltou também o fantasma das mortes infantis. De acordo com dados consolidados pela Fundação Abrinq, a mortalidade infantil (entre crianças de 1 e 4 anos) cresceu 11% entre 2015 e 2016. Este foi o primeiro aumento desse indicador após 13 anos consecutivos de queda.
Neste breve balanço do governo golpista, fica claro que o Brasil enfrenta dois anos de falta de perspectiva e de arrocho social. É hora de nos levantarmos e bradarmos ainda mais alto: Fora Temer! As eleições de 2018 são a oportunidade da virada. Resistiremos até o fim e lutaremos para recuperar a esperança no futuro.
Esse é o casamento real do Brasil.
ResponderExcluirO Brasil de Temer não é o meu mesmo, não é o nosso..., o Brasil deles existe na cabeça deles..., é quase um sonho ou melhor, um pesadelo para todos nós.
ResponderExcluirQue depois dessa aprendam o quanto é importante a escolha de um bom vice.
ResponderExcluir"As maquinas deram inicio as obras,as maquinas já estão a todo vapor pois eles tem dinheiro de sobra já que houve fraude na licitação e a obra foi superfaturada em 17 milhões, isso mesmo! A obra que poderia ser concluída em 24 milhões foi orçada em 42 milhões, mas isto e claro porque foi um agrado do vice governador para seu sobrinho que e dona da empreiteira e esta voltando das ilhas virgens onde acabou de passar a lua de mel do seu terceiro casamento.
ResponderExcluirMas o superfaturamento da obra e o de menos, já que ela será embargada daqui dois anos, o projeto inicial será cancelado e a construção inacabada será vendida pela metade do preço para um empresario do ramo da hotelaria de Brasilia amigo pessoal do ex presidente do partido do governador que recebeu um gordo investimento via BNDES na sua rede de hotéis, aparentemente ilegal mas que na verdade e uma lavagem de dinheiro institucionalizada. Não há previsão para conclusão da obra mas já temos previsão para a mesma ser invadida daqui uns três anos pelo MTSPQP, em um acordo milionário entre os lideres do movimento e o empresario que vai pedir uma indenização para o governo que vai ser avaliado pelo dobro do que ele pagou. Em resumo o povo será lesado primeiro no superfaturamento, depois no desvio do BNDES, na compra bem abaixo do valor e depois na compra bem acima do valor e claro bancando o próprio movimento dos trabalhadores que não trabalham financiados pelo dinheiro publico subsidiado dos cofres públicos pelos partidos progressistas em nome da causa do proletariado.Mas vamo falar do que interessa...COPA DO MUNDO, DANIEL ALVES TA FORA DA COPA?
.....Bem vindos a Republica Bananeira
"De acordo com dados consolidados pela Fundação Abrinq, a mortalidade infantil (entre crianças de 1 e 4 anos) cresceu 11% entre 2015 e 2016." (sic)
ResponderExcluirMais uma para a conta do Temer. Entre 2015 até agosto de 2016 a presidenta Dilma ainda estava no poder.
"Desemprego dispara 38% em 2015 e é o pior em 11 anos, diz IBGE."
ResponderExcluirFonte: https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2016/11/25/desemprego
Comento: Se o Temer era só um vice-presidento decorativo em 2015?
Dividida entre torcer pra que a reaçada leve um choque e os cérebros deles enfim comecem a funcionar de tal forma que essa palhaçada acabe logo na eleição, ou pra que a direita seja colocada de uma vez no poder pra que esses classe média pão-com-ovo querendo ser corte se fodam logo e aprendam o que acontece com assalariado esnobe que fica lambendo rabo de empresário. Uma vez que o brasileiro médio não prima pela inteligência nem pela lógica, receio que a segunda opção seja a única possibilidade dessas mulas aprenderem a não fazer merda.
ResponderExcluir2015-2016 não foram os anos em que começaram a orquestrar o golpe? Em que tudo tinha que dar ou pelo menos parecer errado pra que os golpistas tivessem uma justificativa pra tirar Dilma do poder além de "cansei de ver os filhos da minha empregada e do pedreiro na mesma faculdade do meu filho"?
Japão trata a classe empresarial como geradores de emprego e renda para seu povo e de riquezas para o pais, vebeVenez trata o empresário como inimigo público, explorador e taxa seu negócio é produção até ele não se aguetar mais como sustentável.
ExcluirEm destes dois países hoje não se fablica nem mais papel higiênico e o povo tá fugindo para Roraima...quel e mesmo?
*Venezuela
ExcluirDeve ser porque em um deles o empresário realmente quer impulsionar a economia de seu país sem precarizar o empregado que por sua vez é força de consumo.
Excluir12:32 Japão é o país com o maior índice de suicídios motivados por excesso de trabalho e maior índice de mortes de pessoas jovens causadas por esgotamento laboral - a pessoa literalmente trabalha até a morte. Que tipo de idiota acha que isso é um exemplo positivo?
ResponderExcluirAh, claro. Um assalariado que se acha 'nobre' ou um vagabundo sustentado pelos pais que escreve "fablica" e "quel".
E juro, não sei porque as pessoas ainda acham que empresário brasileiro é coitadinho. Empresário brasileiro é BURRO. Burro, fora da realidade e medíocre. Bota uma carrocinha de pipoca gourmet (fala sério, quem vai pagar R$ 20 por um saquinho com cinco grãos?) ou uma barraca de sucos a dez reais o menor copinho e no mês seguinte já quer ter aberto vinte filiais, comprado uma Mercedez e um duplex e ter vida de funkeiro ostentação amigo do Neymar. Não tem planejamentos racionais, não traça objetivos a médio e longo prazo, não estuda o mercado consumidor, não trabalha com perspectivas futuras e não investe no capital humano. No Canadá os impostos são tão altos quanto os do Brasil, demora-se MAIS pra abrir uma empresa e precisa-se de mais documentos e papéis que aqui, e você não vê os empresários canadenses fazendo o tanto de mimimi que os brasileiros fazem. Que saco!
É, acho que tô largando a esperança do choque no cérebro. O único jeito dessa gente estúpida acordar vai ser se fodendo mesmo...
Titia, você esqueceu de um aspecto. O "empresário" brasileiro quer ser tratado como o americano ou europeu mas credita seus fracassos somente no Estado.
ResponderExcluirO empresário brasileiro é imaturo, imediatista e vários acreditam que a solução é precarizar mais ainda o serviço como se seu empregado não fosse força de consumo. A maioria não estuda o mercado quando se insere num setor, são adeptos de modismos, poucos avaliam a sustentabilidade financeira.
Tratam investimento e melhorias em pesquisa e marketing como gastos desnecessários e acabam fazendo serviços meia boca.
Contratam mal. Poucas vezes fazem processos seletivos meritocráticos. Não é incomum ver filhos de presidentes e diretores ocupando altos cargos, indicações pessoais e até mesmo profissionais contratados pela sua aparência. Salários baixos pq é mais importante que o dono troque de carro todo ano que premiar ou estimular a qualificação de quem produz.
A lógica aqui não é prestar o melhor serviço como forma de se diferenciar do concorrente. A lógica é de fazer tudo meia boca, pagando o mínimo possível, vendido pelo maior preço possível, da forma mais capenga. Quando a falência vem a culpa é dos impostos.
Exatamente, 14:32. E na França os turnos de trabalho são mais curtos, tem tantos feriados quanto no Brasil, os direitos trabalhistas são mais do que os que temos aqui depois do golpe, o salário mínimo é como o canadense, dá pra pessoa pagar as contas e consumir com dignidade... e empresário francês também não faz mimimi por causa de impostos altos e direitos dos empregados. O empresariado brasileiro é uma vergonha por qualquer lado que se olhe.
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