Olha, um gato!
Só no primeiro post sobre Cuba, aprendi de comentaristas reaças que não existe cubano gordo, porque cubano não come; que cubano, além de não comer, tampouco come hamburger vendido em quiosques com a moeda deles; que a criminalidade em Cuba é baixa porque lá é tudo pobre (isso vindo de quem acha que em favela só tem bandido), e que praticamente não há mais cubanos em Cuba, só turistas, já que todos os cubanos fugiram do país socialista.
Queria falar mais algumas coisinhas aleatórias que não dessem um post completo.
Em Varadero, o Bar e Restaurante Beatles é uma atração turística. Toda noite, a partir de 21:30, bandas tocam covers não só dos Beatles, mas de muitos outros grupos famosos dos anos 1960, 70 e 80. Pra entrar é de graça, só tem que consumir alguma coisa lá dentro. Fica do lado do Parque Josone, praticamente dentro (certeza que o parque cedeu uma parte do terreno pro bar; até porque, dentro do parque, funcionam três restaurantes).
A gente não chegou a entrar porque não somos muito de bar (não bebemos), mas os músicos (cubanos) parecem ótimos. Minha queixa é que o volume é alto demais.
Não só a rua inteira onde ficamos hospedados ouve o show inteiro à noite, todas as noites, como os outros bares e restaurantes que também oferecem música ao vivo devem sofrer. Por exemplo, diagonal ao bar tem um restaurante conhecido pelas suas lagostas. Lá tem um grupo que toca músicas cubanas. Imagina o que é concorrer com o barulhão do bar dos Beatles!
Não só a rua inteira onde ficamos hospedados ouve o show inteiro à noite, todas as noites, como os outros bares e restaurantes que também oferecem música ao vivo devem sofrer. Por exemplo, diagonal ao bar tem um restaurante conhecido pelas suas lagostas. Lá tem um grupo que toca músicas cubanas. Imagina o que é concorrer com o barulhão do bar dos Beatles!
Tirando Varadero, só fomos uma outra vez à uma praia cubana. As "playas del este" ficam a cerca de 22 km de Havana. Parece que são quatro. A mais famosa é Santa Maria del Mar. Você pega um ônibus em Havana Velha (na Praça Central, perto do Capitólio), paga 10 CUCs por pessoa, e pode passar o dia todo visitando as praias, subindo e descendo dos ônibus.
Santa Maria é linda, mas é inverno, e a água estava um tanto fria. O que nos chamou a atenção, ao sair do mar e caminhar um pouco pela praia, foi ver várias águas-vivas ("medusas" em espanhol?) encalhadas na areia. Ainda bem que só vimos as águas-vivas depois de deixar o mar!
Em Havana, visitamos o Museu da Revolução. Depois de ter ido ao Museu Botero com entrada grátis em Bogotá, achei um pouco caro o ingresso pra Revolução: 8 CUCs (cerca de 8 euros, ou 31 reais; pros cubanos custa 8 CUPs, ou R$ 1,30 -- esta foi uma das raríssimas vezes em que vimos um preço diferenciado para cubanos e turistas. Por isso, concluímos que pra turista em Cuba não vale a pena ter CUPs, só CUCs).
Mas tem que ir pra conhecer um pouco da história de Cuba, que obviamente tem um amplo passado antes da revolução de 1o de janeiro de 1959 (e me arrependi de não ter comprado o ingresso com guia; creio que custava uns 2 CUCs a mais).
Aliás, ano que vem se comemoram os 60 anos da revolução cubana. Em dezembro, vi vários cartazes em lojas e restaurantes saudando os 59 anos do "triunfo da revolução" (é assim que todos falam da revolução, sempre com o "triunfo da" antes).
Mas tem que ir pra conhecer um pouco da história de Cuba, que obviamente tem um amplo passado antes da revolução de 1o de janeiro de 1959 (e me arrependi de não ter comprado o ingresso com guia; creio que custava uns 2 CUCs a mais).
Aliás, ano que vem se comemoram os 60 anos da revolução cubana. Em dezembro, vi vários cartazes em lojas e restaurantes saudando os 59 anos do "triunfo da revolução" (é assim que todos falam da revolução, sempre com o "triunfo da" antes).
O museu é lindo.
Ocupa a casa do que foi o palácio presidencial desde 1920 até o ditador Fulgencio Batista, derrubado pelos revolucionários em 1959. Uma coisa interessante que eu não sabia é que estudantes revolucionários invadiram o palácio em 1957 para tentar matar Batista. O ditador escapou, mas quarenta estudantes foram mortos. O museu mantém os buracos de bala nas paredes e expõe o caminhão de entrega (cravado de balas) que foi usado pelos estudantes.
Ocupa a casa do que foi o palácio presidencial desde 1920 até o ditador Fulgencio Batista, derrubado pelos revolucionários em 1959. Uma coisa interessante que eu não sabia é que estudantes revolucionários invadiram o palácio em 1957 para tentar matar Batista. O ditador escapou, mas quarenta estudantes foram mortos. O museu mantém os buracos de bala nas paredes e expõe o caminhão de entrega (cravado de balas) que foi usado pelos estudantes.
Na realidade, o caminhão está exposto no Memorial Granma, ao lado do museu.
Lá está o iate Granma, usado em 1956 para levar Fidel e Raul Castro, Che, Camilo Cienfuegos e outros 80 revolucionários do México para Cuba para derrubar Batista. Quando chegaram, foram recebidos pela forças armadas do ditador, que mataram quase todos. Os quatro famosos conseguiram escapar e começaram uma guerrilha que, três anos depois, conseguiu alcançar seus objetivos. Uma vitória histórica contra o imperialismo americano.
Réplica do lendário quepe de Fidel |
Em janeiro do ano passado houve um grande desfile em Havana com uma réplica do iate para celebrar os 60 anos do desembarque do Granma, o barco mais conhecido de Cuba.
Soldadas cubanas marcham em Havana, 2 de janeiro de 2017 |
Tão revolucionários e democráticos que convocaram em seguida eleições diretas para o povo decidir seu destino....opa não pera.....
ResponderExcluirCuba é um país belíssimo com muita cultura e gente boa. Torço para que a ditadura castrista chegue ao fim para que aqueles que foram forçados a sair de Cuba para Miami por se oporem ao regime possam sentir orgulho do seu país.
ResponderExcluirA ditadura castrista transformou toda a população cubana em recebedores de "bolsa família" à cubana. O bolsa família deles é uma cesta básica que dura por volta de 15 dias. É surreal uma situação dessas. Ajuda governamental era para ser dada aos muito pobres. O socialismo cubano transformou todo a população em pobres dependentes de cestas básicas do governo.
Culpam o embargo norte americano pela pobreza cubana. Um país não pode viver ilhado realmente. Mas que seria de Cuba ou de qualquer país socialista se todos os paises do mundo fossem socialistas precisando fazer trocas entre si com toda a eficiência (ironia) do sistema socialista em produzir bens e se modernizar. Até para continuar existindo o socialismo precisa do capitalismo, mesmo que seja com o dinheiro gerado pelo pelo turismo.
Estam certos quem diz que o capitalismo gera concentração de renda. E parece que não a solução para isso. Por outro lado, Cuba é o exemplo perfeito de que o socialismo é a socialização da pobreza. E sem liberdade.
Notícia recente: população venezuelana está saqueando lojas devido a falta de alimentos e remédios. Eis o resultado da ditadura de Maduro. Será que ele vai reprimir a população 'bandida' como os Castro fez com os ladrões em Cuba?
ResponderExcluirQuem ainda vai defender Maduro?
Lola, está engraçado vc fazendo todo esse malabarismo para explicar que Cuba é uma maravilha! Kkkkk
ResponderExcluirEstou aqui pensando nos cubanos na beira da praia, comendo deliciosos sanduíches, tomando aquela cervejinha! Hahahahahah
O vida boa! E ainda por cima, sem precisar trabalhar kkkkkkk
Ao ler estes comentarios vejo que estou do lado certo. Leia os textos ela nunca falou que Cuba e o paraiso.E outra ela esta de ferias do trabalho sei que nao entende pois os coxinhas sao adolescentes sustentados pelos pais que nao trabalham
ExcluirEsquecendo Cuba um pouco, vocês viram essa carta?
ResponderExcluirhttps://g1.globo.com/pop-arte/noticia/a-polemica-carta-de-catherine-deneuve-e-outras-99-francesas-pelo-direito-dos-homens-de-cantarem-as-mulheres.ghtml
Lola vc não vai comentar sobre o manifesto das Francesas, lideradas por Catherine Dneuve?
ResponderExcluirFeministas francesas já publicaram um texto, no mesmo jornal, repudiando esse manifesto.
Excluirhttps://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/10/opinion/1515603361_556237.html
Excluir"Feministas francesas a Catherine Deneuve: “Os porcos e seus (suas) aliado(a)s têm razão de se inquietar”
Para uma blogueira com a sua bagagem Lola, estava esperando uma análise algo mais profunda sobre Cuba. Seu texto parece mais de uma turista sem muito a dizer...
ResponderExcluirUai, mas ela viajou mesmo como turista, a passeio, não? Estava de férias. São as impressões dela sobre a ilha, o que ela viu, acho que não foi intenção mesmo da Lola de fazer uma análise política. Abs.
Excluir"Os porcos e seus (suas) aliado(a)s têm razão de se inquietar
ResponderExcluirCada vez que os direitos das mulheres progridem, que as consciências acordam, as resistências aparecem. Em geral, elas tomam a forma de um “é verdade, mas...”. Com diversas militantes feministas, respondemos à tribuna do Le Monde.
Este 9 de janeiro tivemos direito a um “#Metoo é legal, mas....”. Nada realmente novo nos argumentos utilizados. Encontramos os mesmos argumentos no texto publicado no Le Monde, no trabalho, em torno da máquina de café ou em refeições familiares. Esta tribuna é um pouco o colega incômodo ou o tio cansativo que não entendem o que está acontecendo.
"Arriscaríamos ir muito longe". Sempre que a igualdade avança, mesmo que meio milímetro, as boas almas imediatamente nos alertam para o fato de que arriscamos cair no excesso. No excesso, estamos totalmente dentro. É aquele mundo em que vivemos. Na França, todos os dias, centenas de milhares de mulheres são vítimas de assédio. Dezenas de milhares de agressões sexuais. E centenas de violações. Todos os dias. A caricatura está aí.
"Não se pode mais dizer nada". Como se o fato de nossa sociedade tolerar - um pouco - menos do que antes as propostas sexistas, assim como as propostas racistas ou homofóbicas, fosse um problema. "Nossa! Era francamente melhor quando podíamos chamar as mulheres de vagabundas tranquilamente, hein?". Não. Era pior. A linguagem tem influência no comportamento humano: aceitar insultos contra as mulheres significa, na verdade, autorizar as violências. O controle de nossa língua é um sinal de que nossa sociedade está progredindo.
“É puritanismo”. Fazer com que as feministas pareçam travadas ou mesmo mal-amadas: a originalidade das signatárias da tribuna é... desconcertante. A violência pesa sobre as mulheres. Todas. Pesa sobre nossos espíritos, nossos corpos, nossos prazeres e nossas sexualidades. Como imaginar, só por um instante, uma sociedade liberada, na qual as mulheres disponham livremente e plenamente de seus corpos e de suas sexualidades, enquanto uma em cada duas declara já ter sofrido violência sexual?
“Não se pode mais paquerar”. As signatárias da tribuna misturam deliberadamente uma relação de sedução, baseada no respeito e no prazer, com uma violência. Misturar tudo é prático. Permite colocar tudo no mesmo saco. No fundo, se o assédio ou a agressão são “a paquera pesada”, é que não é tão grave. As signatárias se enganam. Não há uma diferença de grau entre a paquera e o assédio, mas uma diferença de natureza. As violências não são “sedução exagerada”. De um lado, considera-se a outra como igual, respeitando seus desejos, quaisquer que sejam. De outro, como um objeto à disposição, sem ligar para seus próprios desejos nem para seu consentimento.
“É responsabilidade das mulheres”. As signatárias falam sobre a educação a ser dada às meninas para que elas não se deixem intimidar. As mulheres são, portanto, designadas como responsáveis por não serem agredidas. Quando colocaremos a questão da responsabilidade dos homens de não estuprar ou agredir?
As mulheres são seres humanos. Como os outros. Temos direito ao respeito. Temos o direito fundamental de não sermos insultadas, assobiadas, agredidas, estupradas. Temos o direito fundamental de vivermos nossas vidas em segurança. Na França, nos Estados Unidos, no Senegal, na Tailândia ou no Brasil: este não é o caso hoje. Em nenhum lugar."
continua...
"As signatárias são, em sua maior parte, reincidentes na defesa de pedófilos ou de apologias ao estupro. Elas usam, mais uma vez, sua visibilidade midiática para banalizar a violência sexual. Elas desprezam de fato as milhões de mulheres que sofrem ou sofreram essas violências.
ResponderExcluirMuitas delas estão, frequentemente, prontas a denunciar o sexismo quando vem de homens de bairros populares. Mas a mão na bunda, quando é exercida por homens de seu meio, tem a ver, segundo elas, com o "direito de importunar". Essa estranha ambivalência permite apreciar seu apego ao feminismo que elas reivindicam.
Com este texto, elas tentam recolocar a camisa de força que começamos a retirar. Elas não conseguirão. Nós somos as vítimas de violência. Não temos vergonha. Estamos de pé. Fortes. Entusiastas. Determinadas. Vamos acabar com as violências sexistas e sexuais.
Os porcos e seus (suas) aliado(a)s estão preocupados? É normal. Seu velho mundo está desaparecendo. Muito devagar – devagar demais – mas inexoravelmente. Algumas reminiscências empoeiradas não mudarão nada nisso, mesmo publicadas no Le Monde."
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2018/01/10/depoimento-como-desisti-da-minha-profissao-e-fui-parar-no-mercado-negro-de-cuba.htm
ResponderExcluirLola, por favor procure por locais onde se possa ver e visitar Santeria.
ResponderExcluirQue Cuba um dia se torne livre!
ResponderExcluirSó uma dica: pesquisem como Cuba era antes da revolução!
ResponderExcluirEu sei como era. Mas isto não justifica a revolução.
ResponderExcluirSó uma pergunta: lá no restaurante Beatles havia cubanos também? Os cubanos podem entrar e consumir o quanto quiserem ou só turistas?
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