Dia tranquilo em Tucanistão
Reproduzo aqui no blog o excelente artigo que Judith Butler escreveu para a Folha de S. Paulo, com tradução de Clara Allain.
(E olha que maravilha: a filósofa disponibilizou todos os seus livros para baixar. Aqui).
Desde o começo, a oposição à minha presença no Brasil esteve envolta em uma fantasia. Um abaixo-assinado pedia ao Sesc Pompeia que cancelasse uma palestra que eu nunca iria ministrar. A palestra imaginária, ao que parece, seria sobre "gênero", embora o seminário planejado fosse dedicado ao tema "Os fins da democracia" ("The ends of democracy").
Ou seja, havia desde o início uma palestra imaginada ao invés de um seminário real, e a ideia de que eu faria uma apresentação, embora eu estivesse na realidade organizando um evento internacional sobre populismo, autoritarismo e a atual preocupação de que a democracia esteja sob ataque.
Não sei ao certo que poder foi conferido à palestra sobre gênero que se imaginou que eu daria. Deve ter sido uma palestra muito poderosa, já que, aparentemente, ela ameaçou a família, a moral e até mesmo a nação.
Para aqueles que se opuseram à minha presença no Brasil, "Judith Butler" significava apenas a proponente de uma ideologia de gênero, a suposta fundadora desse ponto de vista absurdo e nefasto, alguém — aparentemente — que não acredita em restrições sexuais, cuja teoria destrói ensinamentos bíblicos e contesta fatos científicos.
Como tudo isso aconteceu e o que isso significa?
A TEORIA
Consideremos o que eu de fato escrevi e no que de fato acredito e comparemos isso com a ficção interessante e nociva que deixou tanta gente alarmada.
No final de 1989, quase 30 anos atrás, publiquei um livro intitulado "Gender Trouble" (lançado em português em 2003 como "Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade", Civilização Brasileira), no qual propus uma descrição do caráter performativo do gênero. O que isso significa?
A cada um de nós é atribuído um gênero no nascimento, o que significa que somos nomeados por nossos pais ou pelas instituições sociais de certas maneiras.
Às vezes, com a atribuição do gênero, um conjunto de expectativas é transmitido: esta é uma menina, então ela vai, quando crescer, assumir o papel tradicional da mulher na família e no trabalho; este é um menino, então ele assumirá uma posição previsível na sociedade como homem.
No entanto, muitas pessoas sofrem dificuldades com sua atribuição —são pessoas que não querem atender aquelas expectativas, e a percepção que têm de si próprias difere da atribuição social que lhes foi dada.
A dúvida que surge com essa situação é a seguinte: em que medida jovens e adultos são livres para construir o significado de sua atribuição de gênero?
Eles nascem na sociedade, mas também são atores sociais e podem trabalhar dentro das normas sociais para moldar suas vidas de maneira que sejam mais vivíveis.
E instituições sociais, incluindo instituições religiosas, escolas e serviços sociais e psicológicos, também deveriam ter capacidade de apoiar essas pessoas em seu processo de descobrir como viver melhor com seu corpo, buscar realizar seus desejos e criar relações que lhes sejam proveitosas.
Algumas pessoas vivem em paz com o gênero que lhes foi atribuído, mas outras sofrem quando são obrigadas a se conformar com normas sociais que anulam o senso mais profundo de quem são e quem desejam ser. Para essas pessoas é uma necessidade urgente criar as condições para uma vida possível de viver.
LIBERDADE E NATUREZA
Assim, em primeiro lugar e acima de tudo, "Problemas de Gênero" buscou afirmar a complexidade de nossos desejos e identificações de gênero e se juntar àqueles integrantes do movimento LGBTQ moderno que acreditavam que uma das liberdades fundamentais que precisam ser respeitadas é a liberdade de expressão de gênero.
O livro negou a existência de uma diferença natural entre os sexos? De maneira nenhuma, embora destaque a existência de paradigmas científicos divergentes para determinar as diferenças entre os sexos e observe que alguns corpos possuem atributos mistos que dificultam sua classificação.
Também afirmei que a sexualidade humana assume formas diferentes e que não devemos presumir que o fato de sabermos o gênero de uma pessoa nos dá qualquer pista sobre sua orientação sexual. Um homem masculino pode ser heterossexual ou gay, e o mesmo raciocínio se aplica a uma mulher masculina.
Nossas ideias de masculino e feminino variam de acordo com a cultura, e esses termos não possuem significados fixos. Eles são dimensões culturais de nossas vidas que assumem formas diferentes e renovadas no decorrer da história e, como atores históricos, nós temos alguma liberdade para determinar esses significados.
Mas o objetivo dessa teoria era gerar mais liberdade e aceitação para a gama ampla de identificações de gênero e desejos que constitui nossa complexidade como seres humanos.
Esse trabalho, e muito do que desenvolvi depois, também foi dedicado à crítica e à condenação da violação e da violência corporais.
Além disso, a liberdade de buscar uma expressão de gênero ou de viver como lésbica, gay, bissexual, trans ou queer (essa lista não é exaustiva) só pode ser garantida em uma sociedade que se recusa a aceitar a violência contra mulheres e pessoas trans, que se recusa a aceitar a discriminação com base no gênero e que se recusa a transformar em doentes e aviltar as pessoas que abraçaram essas categorias no intuito de viverem uma vida mais vivível, com mais dignidade, alegria e liberdade.
Meu compromisso é me opor às ofensas que diminuam as chances de alguém viver com alegria e dignidade. Assim, sou inequivocamente contra o estupro, o assédio e a violência sexual e contra todas as formas de exploração de crianças.
Liberdade não é — nunca é — a liberdade de fazer o mal. Se uma ação faz mal a outra pessoa ou a priva de liberdade, essa ação não pode ser qualificada como livre —ela se torna uma ação lesiva.
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
De fato, algo que me preocupa é a frequência com que pessoas que não se enquadram nas normas de gênero e nas expectativas heterossexuais são assediadas, agredidas e assassinadas.
As estatísticas sobre feminicídio ilustram o ponto. Mulheres que não são suficientemente subservientes são obrigadas a pagar por isso com a vida.
Pessoas trans e travestis que desejam apenas a liberdade de movimentar-se no mundo público como são e desejam ser sofrem frequentemente ataques físicos são mortas.
Mães correm o risco de perder seus filhos se eles saírem do armário; muitas pessoas ainda perdem seus empregos e a relação com seus familiares quando saem do armário. O sofrimento social e psicológico decorrente do ostracismo e condenação social é enorme.
A injustiça radical do feminicídio deveria ser universalmente condenada, e as transformações sociais profundas que possam tornar esse crime impensável precisam ser fomentadas e levadas adiante por movimentos sociais e instituições que se recusam a permitir que pessoas sejam mortas devido a seu gênero e sua sexualidade.
No Brasil, uma mulher é assassinada a cada duas horas. A tortura e o assassinato recente de Dandara dos Santos, em Fortaleza, foi apenas um exemplo explícito da matança generalizada de pessoas trans no Brasil, uma matança que valeu ao Brasil a fama de ser o país mais conhecido pelo assassinato de pessoas LGBT.
São esses os males sociais inequívocos e atrocidades aos quais me oponho, e meu livro —bem como o movimento queer no qual ele se insere — procura promover um mundo sem sofrimento e violência desse tipo.
IDEOLOGIA
A teoria da performatividade de gênero busca entender a formação de gênero e subsidiar a ideia de que a expressão de gênero é um direito e uma liberdade fundamentais. Não é uma "ideologia".
Em geral, uma ideologia é entendida como um ponto de vista que é tanto ilusório quanto dogmático, algo que "tomou conta" do pensamento das pessoas de uma maneira acrítica.
Meu ponto de vista, entretanto, é crítico, pois questiona o tipo de premissa que as pessoas adotam como certas em seu cotidiano, e as premissas que os serviços médicos e sociais adotam em relação ao que deve ser visto como uma família ou considerado uma vida patológica ou anormal.
Quantos de nós ainda acreditamos que o sexo biológico determina os papéis sociais que devemos desempenhar? Quantos de nós ainda sustentamos que os significados de masculino e feminino são determinados pelas instituições da família heterossexual e da ideia de nação que impõe uma noção conjugal do casamento e da família?
Famílias queers e travestis adotam outras formas de convívio íntimo, afinidade e apoio. Mães solteiras têm laços de afinidade diferentes. A mesma coisa se dá com famílias mistas, nas quais as pessoas se casam novamente ou se juntam com famílias, criando amálgamas muito diferentes daqueles vistos em estruturas familiares tradicionais.
Encontramos apoio e afeto através de muitas formas sociais, incluindo a família, mas a família é também uma formação histórica: sua estrutura e seu significado mudam ao longo do tempo e do espaço. Se deixamos de afirmar isso, deixamos de afirmar a complexidade e a riqueza da existência humana.
IGREJA
A ideia de gênero como ideologia foi introduzida por Joseph Ratzinger em 1997, antes de ele se tornar o papa Bento 16. O trabalho acadêmico de Richard Miskolci e Maximiliano Campana acompanha a recepção desse conceito em diversos documentos do Vaticano (MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. "Direito às diferenças: notas sobre formação jurídica e as demandas de reconhecimento na sociedade brasileira contemporânea". "Hendu "" Revista Latino-Americana de Direitos Humanos", abril de 2017).
Em 2010, o argentino Jorge Scala lançou um livro intitulado "La Ideologia de Género", que foi traduzido ao português por uma editora católica [Katechesis]. Esse pode ter sido um ponto de virada para as recepções de "gênero" no Brasil e na América Latina.
De acordo com a caricatura feita por Scala, aqueles que trabalham com gênero negam as diferenças naturais entre os sexos e pensam que a sexualidade deve ser livre de qualquer restrição. Aqueles que se desviam da norma do casamento heterossexual são considerados indivíduos que rejeitam todas as normas.
Vista por essa lente, a teoria de gênero não só nega as diferenças biológicas como gera um perigo moral.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, uma das mulheres que me confrontaram começou a gritar coisas sobre pedofilia. Por que isso? É possível que ela pense que homens gays são pedófilos e que o movimento em favor dos direitos LGBTQI nada mais é do que propaganda pró-pedofilia.
Então fiquei pensando: por que um movimento a favor da dignidade e dos direitos sexuais e contra a violência e a exploração sexual é acusado de defender pedofilia se, nos últimos anos, é a Igreja Católica que vem sendo exposta como abrigo de pedófilos, protegendo-os contra processos e sanções, ao mesmo tempo em que não protege suas centenas de vítimas?
Será possível que a chamada ideologia de gênero tenha virado um espectro simbólico de caos e predação sexual precisamente para desviar as atenções da exploração sexual e corrupção moral no interior da Igreja Católica, uma situação que abalou profundamente sua autoridade moral?
Será que precisamos compreender como funciona "projeção" para compreendermos como uma teoria de gênero pôde ser transformada em "ideologia diabólica"?
BRUXAS
Talvez aqueles que queimaram uma efígie minha como bruxa e defensora dos trans não sabiam que aquelas que eram chamadas de bruxas e queimadas vivas eram mulheres cujas crenças não se enquadravam nos dogmas aceitos pela Igreja Católica.
Ao longo da história, atribuíram-se às bruxas poderes que elas jamais poderiam, de fato, ter; elas viraram bodes expiatórios cuja morte deveria, supostamente, purificar a comunidade da corrupção moral e sexual.
Considerava-se que essas mulheres tinham cometido heresia, que adoravam o diabo e tinham trazido o mal à comunidade em lugares como Salem (EUA), em Baden-Baden (Alemanha), nos Alpes Ocidentais (Áustria) e na Inglaterra. Com muita frequência esse "mal" era representado pela libertinagem.
O fantasma dessas mulheres como o demônio ou seus representantes encontra, hoje, eco na "diabólica" ideologia de gênero. E, no entanto, a tortura e o assassinato dessas mulheres por séculos como bruxas representaram um esforço para reprimir vozes dissidentes, aquelas que questionavam certos dogmas da religião.
Quem pôs fim a esse tipo de perseguição, crueldade e assassinato foram pessoas sensatas de dentro da Igreja Católica, que insistiram que a queima de bruxas não representava os verdadeiros valores cristãos. Afinal, queimar bruxas era uma forma de feminicídio executado em nome de uma moralidade e ortodoxia.
Embora eu não seja estudiosa do cristianismo, entendo que uma de suas grandes contribuições tenha sido a doutrina do amor e do apreço pela preciosidade da vida —muito longe do veneno da caça às bruxas.
DEMOCRACIA
Embora apenas minha efígie tenha sido queimada, e eu mesma tenha saído ilesa, fiquei horrorizada com a ação.
Nem tanto por interesse próprio, mas em solidariedade às corajosas feministas e pessoas queer no Brasil que estão batalhando por maior liberdade e igualdade, que buscam defender e realizar uma democracia na qual os direitos sexuais sejam afirmados e a violência contra minorias sexuais e de gênero seja abominada.
Aquele gesto simbólico de queimar minha imagem transmitiu uma mensagem aterrorizante e ameaçadora para todos que acreditam na igualdade das mulheres e no direito de mulheres, gays e lésbicas, pessoas trans e travestis serem protegidos contra violência e assassinato.
Pessoas que acreditam no direito dos jovens exercerem a liberdade de encontrar seu desejo e viverem num mundo que se recusa a ameaçar, criminalizar, patologizar ou matar aqueles cuja identidade de gênero ou forma de amar não fere ninguém.
Essa é a visão do arcebispo Justin Welby, da Inglaterra, que destacou recentemente o direito dos jovens explorarem sua identidade de gênero, apoiando uma atitude mais aberta e acolhedora em relação a papéis de gênero na sociedade.
Essa abertura ética é importante para uma democracia que inclua a liberdade de expressão de gênero como uma das liberdades democráticas fundamentais, que enxergue a igualdade das mulheres como peça essencial de um compromisso democrático com a igualdade e que considere a discriminação, o assédio e o assassinato como fatores que enfraquecem qualquer política que tenha aspirações democráticas.
Talvez o foco em "gênero" não tenha sido, no final, um desvio da pergunta de nosso seminário: quais são os fins da democracia?
Quando violência e ódio se tornam instrumentos da política e da moral religiosa, então a democracia é ameaçada por aqueles que pretendem rasgar o tecido social, punir as diferenças e sabotar os vínculos sociais necessários para sustentar nossa convivência aqui na Terra.
Eu vou me lembrar do Brasil por todas as pessoas generosas e atenciosas, religiosas ou não, que agiram para bloquear os ataques e barrar o ódio.
São elas que parecem saber que o "fim" da democracia é manter acesa a esperança por uma vida comum não violenta e o compromisso com a igualdade e a liberdade, um sistema no qual a intolerância não se transforma em simples tolerância, mas é superada pela afirmação corajosa de nossas diferenças.
Então todos começaremos a viver, a respirar e a nos mover com mais facilidade e alegria — é esse o objetivo maior da corajosa luta democrática que tenho orgulho de integrar: nos tornarmos livres, sermos tratados como iguais e vivermos juntos sem violência.
Incrível. Mulher incrível.
ResponderExcluirQuero ser Judith Butler quando crescer.
Primeiro: Judith Butler rainha, coxinhas nadinha. É meio demodê mas é perfeito.
ResponderExcluirSegundo: o povo desse país é idiota e baixo, e merece cada paulada e cada desgraça que está levando no rabo hoje. O que mais posso pensar depois de ver isso?
A situação do povo daqui é patética. A misoginia se baseia na insegurança masculina, na incapacidade que esses imbecis tem de crescer e pararem de depender da 'mamãe' pra tudo, na revolta pelas mulheres não aceitarem mais ser seus capachos, seus brinquedinhos. Machos bostas com síndrome de Sarney, são pessoas comuns mas não admitem ser tratados como tal, querem ser tratados como reis quando valem menos que um saco de merda de burro. Acordem pra vida, caralho! Virem gente se querem ser tratados como tal!
Também é patético que o brasil seja o país onde mais se matam pessoas trans sendo que é o país que mais consome pornografia de atrizes trans - ou seja, desejo enrustido de gente covarde incapaz de lidar com a própria sexualidade. Gente que se odeia mas é covarde demais pra se matar e em vez disso mata o objeto do seu desejo. Assumam-se, porra! Sejam homens!
P.S. Então foi a igreja católica quem inventou essa merda de ideologia de gênero pra acoitar pedófilo e aliciar criança, pra depois usar a velha técnica de jogar os próprios podres pros outros. Não me surpreende nem um pouco.
Ok, já desabafei. Vou aplaudir essa mulher maravilhosa que é Judith Butler mais um pouco depois vou resolver minhas broncas.
Sétima foto, de cima para baixo...
ResponderExcluir... alguém me explica o que uma mulher vestida de homem está fazendo num "protesto contra a ideologia de gênero"?
... aliás, o que uma mulher está fazendo num protesto?
... aliás, o que uma mulher está fazendo, que não é lavar louça ou varrer o chão?
... aliás, o que uma mulher está fazendo em plena rua?
Para citar um candidato a presidência da República,
"loucura, loucura, loucura!"
Achismos.
ResponderExcluirLuise Mior me mandou esta mensagem por email:
ResponderExcluirQuerida Lola, fico feliz que tenhas postado o texto da Butler. Não pude postar o comentário, por isso mando por aqui. Ela é genial, sem dúvidas. Que generosidade que ela compartilhe seus livros não?Sinta-se abraçada e cuide-se!Boa semana ;)
"Então fiquei pensando: por que um movimento a favor da dignidade e dos direitos sexuais e contra a violência e a exploração sexual é acusado de defender pedofilia"
ResponderExcluirPorque defende. A rigor, o que se denomina por queer (que abraça tudo o que não é heteronormativo) também abraça, por definição, a pedofilia não como uma doença mas como expressão de sexualidade, fala-se em "pedosexualidade" e em "ativismo intergeracional". Workshops são dados em torno do tema, tenta-se em diversos países a organização de um ativismo coeso nisso à moda do NAMBLA norte-americano e não é como se esse povo estivesse se escondendo, é bem o contrário na realidade, há uma série de linhas de pesquisas acadêmicas que tem tratado a pedofilia cada vez menos como parafilia e mais como orientação sexual, fora a normalização que está nascendo na mídia e a distinção, técnica, entre pedófilos e molestadores. Que ninguém escolhe nascer pedófilo assim como não se escolhe ser hétero ou gay, que o estupro estatutário deveria ser revisto (isso é tentado há muito tempo em diversos países, lembremos da Liga Pró-Pedofilia francesa com a participação de grandes pensadores da época) e que só deveria contar a violência real, relativizando assim o consentimento do menor e alaerdeando benefícios desse ingresso na vida sexual com adultos. E que ser contra uma forma legítima de amor é preconceito etário e pedofobia, é, pedofobia.
O feminismo precisa ser a última frente contra esse avanço e parar imediatamente de passar pano pra pedófilo, por mais querido que ele seja, como forma de mostrar uma posição a respeito. Mas dificilmente o será.
Lá vem os criadores de espantalhos. Mostra um texto em que Butler defendeu a pedofilia, ou zoofilia, babaca!
ExcluirSerá que o Danilo Gentili naquela foto nu com uma cabra ou o Bolsonaro naquele video em que diz que já comeu uma galinha porque não tinha mulher também são a favor da zoofilia? Essa gente que forma ligas em favor da pedofilia/zoofilia não vão chegar a lugar nenhum porque a sociedade jamais aceitará essa conduta. Essa conduta escandaliza héteros, gays, bissexuais e transgêneros. Será que você está tentando compara-los ao movimento LGBT?
De fato, zoofilia e pedofilia TAMBEM são formas de expressão da sexualidade, mas isso não quer dizer que sejam expressões normais, isso não que dizer que não sejam doenças. Existe uma diferença bem grande entre ser gay/lésbica/bi/hétero e ser pedófilo ou zoófilo. A sexualidade dos primeiros se exerce com o consentimento de seus parceiros, os quais são adultos, pessoas racionais que sabem bem o que estão fazendo e escolhem estar na relação. Zoófilos e pedófilos agem sem o consentimento de suas vítimas, pois animais são irracionais e não podem consentir ou deixar de consentir com nada e crianças ainda não estão plenamente desenvolvidas para terem o direito de consentir com isso. Então não adianta um pedófilo dizer, "ah, mas ela gostava" porque gostando ou não uma criança ainda não internalizou totalmente as normas da sociedade, e portanto não pode consentir com conduta sexual nenhuma. Além disso a pedofilia é danosa pra criança, coisa que os pedófilos não se importam nem um pouco. Para pedófilos e zoófilos o alvo dos seus desejos são apenas objetos sobre os quais eles exercem poder. Então não queira comparar isso com o movimento LGBT ou com a teoria queer. Não venha dar a entender que Butler faz parte dos que defendem zoofilia/pedofilia, seu criador de espantalhos.
Será que você não entendeu que movimentos em favor das parafilias jamais serão aceitos, mas os pedófilos e zoófilos continuarão a cometer suas perversidades disfarçados de pais, padrastos, tios, bons vizinhos, pastores e padres e as vezes até mesmo de mulheres. O texto não deixou bem claro onde o verdadeiro problema se encontra? Olhe para a realidade. Olhe para o perigo real, trouxa!
"O feminismo precisa ser a última frente contra esse avanço e parar imediatamente de passar pano pra pedófilo, por mais querido que ele seja, como forma de mostrar uma posição a respeito. Mas dificilmente o será."
ExcluirVtnc, idiota! Você não é feminista nem aqui nem na China. Você está chamando a Butler de pedófila e as feministas de apoiadoras de pedófilo. Vai tomar no seu cu, nogent@!
Fica lá com os teus padres pedófilos que é melhor o que tu faz. Quem passa pano na cabeça de pedófilo são os devotos religiosos não nós. Aqui pra você: _)_
Francamente, Lola! Não sei porque você pública essas bostas de comentários. Esse verme vem aqui dando uma de feminista achando que vai enganar alguém chama Judith de pedófila e ainda diz que as feministas passam pano na cabeça de pedófilo e vc ainda aceita.
Volta pro cantinho escuro dos pedófilos e zoófilos de onde você nunca deveria ter saído, troll imundo! Um pau no seu cu!
Mesmo recebida por um bando de retrógrados respondeu de modo magnífico. Judith está de parabéns
ResponderExcluirQuerida Lola, que bom que visse o email. Donadio, mandou bem no sarcasmo. Titia, já falei que adoro teu comentários? Concordo plenamente, Butler rainha, coxinhas nada. Queria que os reaças lessem esse artigo para pelo menos evoluirem um pouco-só não disseminar desinformação- mas enfim... Seguimos na luta por um iluminismo feminista em terras tupiniquins. Abraços para todas e todos bons comentaristas daqui ;)
ResponderExcluirO estranho é esse cara com um terço e uma cruz na mão bradando como as bestas da inquisição medieval. O que será que ele acha dos padrecos comedores de crianças, hein? Faz protestos contra Butler que não é pedófila, nem zoófila nem faz apologia a nenhuma dessas coisas mas não protesta pelas crianças molestadas pelos padres da igreja
ResponderExcluirAchei um absurdo agredirem ela e sua esposa, mas isso é ideologia sim. Querem a todo custo que isso seja ensinado nas escolas, tem várias denúncias no YouTube.
ResponderExcluirUma professora relatando q está sendo proibida de se referir aos alunos como menina/menino; ou ela coloca o ridículo x no lugar dos artigos ou só fala em "crianças". O que n faz sentido, já que de qualquer jeito, trans se identificam com homem ou mulher.
Um aluno falando que a professora de biologia, estava pregando que pênis e vagina não tem nada a ver com homem ou mulher.
Uma escola, sem conhecimento e consentimento dos pais dos alunos, alegaram que teriam um evento escolar, quando na verdade, levaram um trans pra falar de gênero.
Esse tipo de coisa, vocês fingem que não acontece. Que tal provar que isso realmente é verdade, antes de enfiar goela abaixo dos outros? Ou explicar realmente o que acontece com pessoas trans, porque eles são exceção, a maioria n tem o menor problema com o corpo com o qual nasceram.
Usar a existência deles, como prova de que pênis e vagina n tem nada a ver com nada, é ridículo . Aliás, expliquem pq só as partem intimas n tem a ver, mas o resto da aparência física tem.
Meu detector de zumbi acéfalo de Olavo de Carvalho explodiu! Professores como o que você citou são excessão, não regra. Vai criar espantalhos em outro lugar, imbecil!
ExcluirAntes de falar que Judith ou a TEORIA, entendeu? TEORIA do gênero diz que pênis e vagina não tem nada a ver primeiro LEIA e ENTENDA a TEORIA do gênero. Pelo seu comentário nota-se que você não entendeu nada sobre teoria do gênero, nunca leu Judith Butler e parece que também não leu o texto que a Lola publicou. Ou você não leu ou tem um retardamento mental tão grande que é incapaz de interpretar corretamente um texto. Tem que desenhar pra pra você entender, burro(a)? Então o grande problema do mundo é uma professora babaca que escreve com "x" e não a pedofilia dos padrecos que você jamais condenou, né, troll? É doutrinação escrever com "x" mas não é doutrinação abrir as escolas pra culto da igreja universal, aquela que também é mantida com dinheiro de traficantes, não é troll? Volta pro ensino fundamental e assiste aula de interpretação de texto, burr@! Ideologia de gênero é aquela criada pelo cristianismo que diz que as mulheres, por serem mulheres devem ser submissas aos homens porque eles são homens. Vai se sujeitar e para de encher o saco com a tua burrice aqui.
Ideologia e o teu cu!
Excluir"Usar a existência deles, como prova de que pênis e vagina n tem nada a ver com nada, é ridículo . "
ExcluirQue parte do texto falou isso? Você já teve aulas de interpretação de texto na sua vida?
Há coisas realmente nocivas sendo feitas com crianças e não é pela esquerda. Pais organizando ou levando seus filhos de 9, 10 anos para festinhas onde tocam os funks mais podres possíveis incentivando as meninas de 10 anos ou menos a sentar no pau, chupar o pau, cheirar o pó. É isso que vc acha que é uma ameaça para as crianças? Ver uma palestra com um trans? Mas isto que eu vi não foi feito pela esquerda foi feito por pais sem noção e nenhum tava apoiando o PT ou o PSOL E nem eram da favela ou pobres. Pais podem ser sim muito perigosos, mas sabe como é: o estado não pode se meter na criação dos filhos de ninguém, né.
ExcluirObrigada, Luise Mior :) a mascuzada pira porque a gente simplesmente não vai parar de lutar.
ResponderExcluirAgora vamos à pororoca de chorume:
15:03 os defensores da pedofilia e da zoofilia são homens no geral brancos, héteros e ricos, padres, bispos, gente que vocês, hipócritas mal intencionados que são, colocam num pedestal e declaram acima de qualquer suspeita. Quer ver pedofilia rolando solta? Vá numa igreja. Numa roda de bar cheia de "cidadãos de bem" falando em comer novinhas. Na casa do empresário, do pastor, do político, do médico, do jogador de futebol famoso que estupra a filha/filho. Pare de tentar jogar nos gays e lésbicas a culpa que é de vocês.
16:40 caro chorão:
Sabe por que inventar um caso que não existe é uma péssima ideia? Porque dois minutinhos no Google vão desmentir as suas lorotas. O vídeo não existe, já q professora proibida de chamar os alunos de menina/menino é só uma mentira ridícula que você tirou do cu pra tentar 'humilhar' as feminazis.
Significado de Pregar: Abordar, comentar um assunto por sermão; pronunciar um sermão;
Fazer a divulgação de; alardear.
Dizer em voz alta; vociferar: pregava pela moral!
A professora estava esclarecendo o princípio da transgeneridade: que pessoas com pênis às vezes se identitificam como mulheres, e pessoas com vagina às vezes se identificam como homens. Esclarecer não é pregar, colega. Se ainda não aprendeu a diferença volte pra escola.
Uma palestra ou entrevista com uma visita É um evento escolar, e as escolas não precisam de consentimento dos pais nem dos alunos pra planejar isso. Você já pisou em uma escola alguma vez na sua vida? Essa ignorância a respeito de como funciona uma escola é típica de quem nunca pisou numa-ou talvez até tenha pisado, mas nunca ficou na sala pra assistir às aulas.
E olha, filho, problemas com pessoas trans quem tem é você, tem tanto problema q só fala em trans, inventa mentiras, casos ridículos, coisas q não existem, etc. Nós aqui não temos problemas com gente trans. Por que não admite que seu problema é tesão enrustido, q vc ama uma mulher trans e é louco pra pegá-las?
Eu não posso opinar sobre Judith Butler, pois não li seus livros e antes de sua vinda ao Brasil, pouco sabia a respeito da escritora e filosofa estado unidense. Achei interessante o esclarecimento passado em um jornal de circulação considerável e o texto colocado aqui no blog, embora pouco saiba a respeito da escritora gostei de sua atitude mesmo com toda aquela "manifestação" contrária a sua presença e depois hostilizada e agredida no aeroporto. O esclarecimento da autora deixa claro muitas coisas, principalmente os tempos atuais em nosso país, pois um povo não adepto do hábito da leitura, pesquisa, busca e investigação sempre será vulnerável, alienável e manipulável, seja pela "política", "religião" ou por virulências jogadas ao vento. Caso eu queira falar mal da autora deveria ler ao menos um livro, texto ou artigo escrito por ela, caso contrário, melhor silenciar e pesquisar mais a respeito. O absurdo na porta do Sesc Pompéia e no aeroporto mostra como o povo brasileiro não cansa de passar vergonha e isso rendeu comentários negativos no exterior até de quem não tem apreço pela autora. Continuaremos a ser um povo piada pronta no exterior com direito a ridicularização, execração e desprezo, mas a tendência é piorar com este viés falso moralista e religioso com direito a fundamentalismo radical de uma bancada evangélica hipócrita, mesquinha e medíocre. Deveríamos mudar o nome de Brasil para Freak Show, já que além de tudo vamos "americanizar" mesmo e deixar fluir o complexo de vira latas.
ResponderExcluirIsso são casos isolados. Apenas espantalhos para justificar esse espetáculo de inquisição moderna que a direita brega e retrógrada faz.
ResponderExcluir"Uma professora relatando q está sendo proibida de se referir aos alunos como menina/menino;"
ResponderExcluirEm que escola?
Se identificar como algo não é ser, titia. Eu posso me identificar como uma sereia magnífica guerreira protetora da natureza nos mares e oceanos, e que tenho uma bela voz que eu uso para atrair marinheiros e pescadores predatórios para a morte nas profundezas das águas. Mas isso não se torna real, não é verdade, por mais que eu queira e sonhe e imagine, por mais longe que eu vá na tentativa de realizar esse meu sonho de infância. Ainda que todo mundo sentisse pena da minha dor de nunca poder ser uma sereia de fato e concordassem plenamente com o meu sonho e me dissessem que eu sou sim essa sereia que eu gostaria de ser, mesmo assim não seria a realidade, isso não condiria com os fatos.
ResponderExcluirGênios, ela disse que ideologia de gênero n existe e eu disse q é mentira. O resto é baboseira de vcs e falta de interpretação. O video eu vi no youtube. n sei se aparece no google.
ResponderExcluirTá aqui https://www.youtube.com/watch?v=e2I1KuG5QRo
Sim, titia, já estudei. Parabéns pela desonestidade. n sei que escola vc estudou. Mas na minha ,os pais era informados sobre os eventos e quando era algo q n tinha nada a ver com estudo, era pedido permissão dos pais. Como um passeio escolar por ex, eles n podiam simplesmente nos levar pq eles decidiram q seria bom.
E nunca teve matéria nem esclarecimento algum sobre trans, não tem a ver com biologia, pelo menos n com o que é comprovado.
A professora está errada sim. Daqui a pouco aquele povo que acha q a terra é plana, vai exigir q isso ensinado tb.
e para anon 20:10 , eu odeio funk.
Gênia, existe ideologia de gênero: meninas usam rosa, meninos usam azul. Mulheres devem ser submissas aos homens e homens devem ser os cabeças. Dessa IDEOLOGIA de gênero você não fala não é? Mas chama a TEORIA de gênero, coisa que você não tem a mínima capacidade de entender, que você não sabe o que é de "ideologia". Você nunca leu Judith e a TEORIA de gênero não tem nada a ver com " não tem nada ver ter pênis ou vagina" não houve erro de interpretação de texto. Sua intenção e seu pensamento ficaram bem claros. Pare com o enrolation.
ExcluirA diferença é que pessoas trans são realidade e terra plana é delírio esquizofrênico. Então menos, amore! Não venha comparar coisas incomparáveis. A maior parte das escolas continuam consultando os pais. Não consultar é a excessão. Então não vem com seus espantalhos aqui insinuando que a Judith Butler é a culpada da existência do seu espantalho destruidor de famílias. Me diz uma coisa: Você odeia funk? Mas adora o mbl e seu integrante do Bonde do rolê, né? Dá uma lida nas músicas. Outra coisa: sabia que o teu mestre Olavo de Carvalho deu a entender, por meio de uma troll olavete, que não condena passar a mão na bunda de um criança de 9 anos? É... A própria filha dele. Ele não defendeu a filha e gostou da defesa do troll. Você acha mesmo que eu acredito que você não é uma Olavete, amore? Vai ter que melhorar na mentira, viu! Na melhor das hipóteses você é o tipo que passa pano em pedófilo de igreja e passa pano pra ideologia Olavete da terra plana.
ExcluirVc não tem muito talento pra mentira, trollzinho Olavete.
a Parabens a escritora na verdade estes babacas conservadores nunca foram a museus e leram livros acreditam o que o MBL e Olavo de Carvalho falam como verdade absoluta.
ResponderExcluirb) Lola gostaria de sugerir um post sobre a candidatura de Manuela d Avila. E outro sobre Tais Araujo que esta sendo criticada por um discurso forte sobre racismo
"Em que escola?
ResponderExcluirComo isso parece que não vai ter resposta - trolls são assim, puxam a faca mas desaparecem quando a briga começa - dei uma pesquisada na internet.
E por isso vou precisar escrever dois comentários, um sobre o factoide, outro sobre algumaas diferenças entre a língua portuguesa e a língua inglesa.
Sobre o factoide, ele se baseia numa estória real, aumentada e deturpada para estimular a produção de imbecilina no sangue da coxinhada. É uma estória sobre uma escola norte-americana, o que por si mesmo já mostra como ela foi "engenheirada" para dar resultados mais chocantes em português. Vamos à estória: uma diretora de uma escola pública da cidade de Albuquerque, no Novo México, estado do sudoeste dos Estados Unidos (oooooooooohhhhhh! nos Estados Unidos também tem essa monstruosidade lulopetista, a escola pública?), de fato reuniu seus professores e fez uma apresentação de power-point (também não é por acaso que esse aspecto, o power-point, sumiu do factoide - não devemos deixar nada respingar em São Dalanhol, né mesmo?) em que recomendava (não sei com que grau de intensidade, se como ordem ou como sugestão) que os docentes, entre outras coisas, não utilizassem os termos "boy" (menino) e "girl" (menina).
Ora, isso já mostra como a estória foi recauchutada para consumo brasileiro, ao trazer para a discussão a infame "desinência X" ("meninx" em vez de menino ou menina). Em inglês essa bobagem não existe, nem tem como existir, pelo simples motivo de que o inglês é uma língua que - salvo alguns vestígios, dos quais o único importante são os pronomes pessoais - não tem gênero, e portanto menos ainda desinências de gênero. No lugar de que o professor americano vai colocar um "x", quando a língua que ele fala e escreve não tem "a" nem "o" para marcar o gênero das palavras?
Mas não é só. No dia seguinte, o equivalente local da Secretaria de Educação emitiu nota desautorizando a diretora, afirmando que essa orientação de não usar "boy" ou "girl" não existe, não faz parte da política educacional, e portanto não pode ser implementada a partir da cabeça equivocada de uma diretora de escola. A diretora em questão se comprometeu a desfazer o "equívoco" (é assim que o órgão público de supervisão educacional(ooooooohhhhh! nos Estados Unidos também existe essa coisa bolivariana de o Estado interferir nas diretrizes pedagógicas das escolas!) chama o episódio) e a explicar corretamente a política educacional de Albuquerque.
Portanto, a estória 1. é estrangeira; não há o menor indício de que nada remotamente semelhante tenha acontecido em qualquer escola brasileira, seja ela municipal, particular, ou estadual; 2. é bastante "incompleta", para dizer o mínimo - o fato de que a tal diretiva não representa nenhuma iniciativa governamental, nem aqui nem nos Estados Unidos, e foi imediatamente desautorizada pelas autoridades relevantes, foi simplesmente omitido; 3. foi propositadamente retocada e maquiada para parecer mais ofensiva a um público brasileiro.
23:40 ok. E esse seu desabafozinho ajudou em quê, mesmo...?
ResponderExcluir00:27 uma excursão escolar envolve tirar a criança de um ambiente conhecido e considerado seguro para um outro, num percurso que envolve riscos de acidentes, atrasos, machucados, etc. Uma palestra nem mesmo tira a criança da sala em que ela tem aula. Se você não sabe a diferença entre palestra e excursão, colega, acho que você deve voltar pra escola e, dessa vez, ficar na sala ao invés de se esconder no banheiro com seus amiguinhos. E vê se escolhe uma escolazinha melhor.
Já foi PROVADO que a Terra é redonda, anta. E já foi PROVADO que pessoas trans existem. Que tal você voltar pra escola pra evitar as falsas simetrias também?
Ah, e transgeneridade é algo que pode ser tratado em qualquer matéria em que aja interesse humano. Quando estava na escola, os professores abordaram a relação entre desigualdade social e violência urbana na aula de geografia; abordaram preconceito, discriminação, direitos reprodutivos e homofobia na aula de ciências; trataram de racismo na aula de estudos sociais no ensino fundamental; acredita que trataram até de legislação infanto-juvenil na aula de literatura? É, amigo, uma única matéria pode tratar de vários assuntos além das fórmulas prontas e das regras estilísticas pra decorar. Na verdade, uma boa escola sempre vai procurar formar os alunos além de meras maquininhas de marcar X e dizer "sim senhor" pra patrão. Mas que graça tem isso, né? Ser um idiota incapaz de pensar além das respostas prontas dá trabalho.
Ou melhor, NÃO ser um idiota incapaz de pensar além das respostas prontas dá trabalho.
ResponderExcluirE agora vamos ao comentário sobre a língua inglesa e suas diferenças em relação ao bom e velho português.
ResponderExcluirComo eu já disse, o inglês em princípio não tem gênero. Há inclusive uma adivinha clássica, destinada a demonstrar o sexismo inerente ao raciocínio ordinário das pessoas:
A father and son get in a car crash and are rushed to the hospital. The father dies. The boy is taken to the operating room and the surgeon says, “I can’t operate on this boy, because he’s my son.”
How is this possible?
É difícil traduzir isso, mas a estória é a seguinte: pai e filho sofrem um acidente de automóvel, o pai morre, o filho tem de passar por uma cirurgia, e é filho de quem vai operar. Como pode? Evidentemente, por que o cirurgião é uma cirurgiã, a mãe do rapaz. Mas o truque é que em inglês é possível ocultar esse fato ao longo de toda a adivinha, coisa que em português não tem como fazer.
(O que demonstra minha observação no comentário anterior. Não tem "surgeono" nem "surgeona", o cirurgião ou cirurgiã é sempre "surgeon" - onde que vai colocar o "x" então?)
O pouco que resta de gênero em inglês então são basicamente os pronomes pessoais - he (ele) e she (ela), e não se reflete na gramática. Em português temos de dizer "ele é bonito", "ela é bonita". Mas em inglês, o adjetivo não tem gênero - "she is beautiful", "he is beautiful", de novo sem lugar para o "x". Ou seja, o pouco que resta de gênero em inglês é semântico, não gramatical.
Isso leva muitos falantes de inglês, em especial os que não têm uma segunda língua, a cultivarem algumas fantasias a respeito das línguas que têm gêneros gramaticais, como o português e as outras línguas neolatinas, e o alemão. Uma dessas fantasias é achar que o gênero em português ou em alemão é semântico, em vez de gramatical. Daí a piada clássica, "os alemães acham que um repolho tem sexo, mas uma esposa não" (por que a palavra alemã para "repolho" é feminina, e a palavra alemã para "esposa" é neutra (em alemão os gêneros são três, masculino, feminino e neutro).
Mas não é assim que as coisas funcionam; nós dizemos coisas como "o Trump é uma pessoa horrorosa", sem por isso estarmos duvidando da masculinidade dele, ou "a testemunha estava apavoradaa" sem com isso concluirmos que a testemunha é necessariamente uma mulher. Esse descolamento entre sintaxe e semântica no uso de palavras que flexionam em gênero é difícil de entender para pessoas cuja única língua é o inglês.
(Isso tem algumas consequências interessantes para o uso do "politicamente correto" em inglês, quando comparado com o similar português. A maioria dos anglófonos - ou das anglófonas - que se importa com essas coisas demanda o uso de palavras neutras para substituir os resquícios de gênero que ainda se apegam a alguns poucos substantivos. O exemplo mais notável são as atrizes de língua inglesa, que não gostam de serem chamadas de "actress", e preferem a palavra neutra/masculina "actor", mas há outras, como "mailman/mailwoman" (carteiro/carteira) que deveria ser substituída por "mailperson", semanticamente neutra). Já em português, com exceção das poetas, que abominam a forma supostamente feminina "poetisa" - com uma boa dose de razão, já que ninguém diz "atletisa" ou "estafetiza" - a tendência parece ser a contrária, com formas arcaizantes como "estudanta" ou "presidenta" sendo ressuscitadas.)
Anon, 00:27: e vc com certeza vai colocar sua criança pra estudar na escola que ensina que a terra é plana, não é? Afinal na escola da terra plana jamais será permitido falar da maldita "ideologia" do gênero destruidora da moral, dos bons costumes, da identidade sexual e do universo, não é mesmo? Poupe-me do seu mimimi, Olavete.
ExcluirTitia nem sabe o q o povo da terra plana defende, pra eles a terra n é redonda. N sabe a diferença de plano e redondo?
ResponderExcluirO que eu disse está claro, qualquer evento escolar tem q ser comunicado aos pais e que trans existem é óbvio, o problema n é esse, n banque a idiota.
Primeiro provem que pênis e vagina n tem nada a ver com homem e mulher, para q isso seja ensinado nas escolas. Vcs n estão só falando sobre a existência deles.
Explica ai, uma mulher se diz homem, diz q n precisa de pênis pra ser homem, mas ao mesmo tempo tira os seios e se entope de hormônios pra ficar com a aparência masculina. Pra mim, só focam na parte íntima pq é a mais difícil de mudar. Totalmente incoerente, se pênis é irrelevante pq o resto importa?
Explique os fluídos tb, um dia é homem no outro é mulher.
E pelo que pesquisei, uns psicólogos dizem q é transtorno mental e outros dizem q n.
Realmente, há psicólogos que dizem que é transtorno mental e outros que dizem que não é. Mas porque isto importa tanto? A quem os trans estão fazendo mal- apenas por serem trans- para serem tão hostilizados? Qual o motivo do medo dos trans, da teoria do gênero, do Queer? Se os reaças acham que a identidade e a orientação sexual e o comportamento feminino ou masculino são puramente naturais/biológicos e que é unicamente uma questão de ter pênis ou vagina e corpo feminino ou masculino então não há o que temer na teoria Queer. O que é natural não pode ser mudado. Um exemplo do natural: Entre os mamíferos, apenas quem tem útero pode engravidar. Não há como mudar isso, não é mesmo? A reaçada é muito contraditória: usam unicamente a biologia para explicar os gêneros, mas ao mesmo tempo temem a teoria do gênero. Não dá pra entender.
Excluir15:15 quem trouxe os terraplanistas pra uma conversa que não tem nada a ver com eles foi você. Eu nem mesmo mencionei esses imbecis, e se você não é homem o suficiente pra assumir que falou merda e agora não sabe como prosseguir com o assunto, simplesmente não traga assunto paralelo, anta.
ResponderExcluirSegundo, você é quem precisa aprender. Pessoas trans são aquelas que primordialmente não se identificam com os papéis de gênero impostos a elas por causa do genital com que nasceram. Se a solução é adequar a aparência física delas ao gênero com o qual ela se identifica ou acabar totalmente com conceitos patéticos e limitados de gênero eu não sei. Voto pelo fim dos papéis de gênero, mas até lá posso perfeitamente respeitar a identidade social das pessoas trans já que ao contrário de você, eu não sou um enrustido covarde.
Ah, opinião de psicólogo crente não vale, viu?
E faça como a anon 15:24 sugeriu e pare de ocupar espaço tentando causar no blog alheio. Quer chamar atenção pinta a bunda de vermelho, pendura uma melancia no pescoço, tira a roupa e sobe em cima de um poste.
Sim, a terra é plana e por isso é um PLANETA, se fosse redonda seria REDONDETA
ResponderExcluirComplementando o comentário da titia, os papéis sociais não são apenas fruto da biologia. São impostos - essa é a palavra certa quando esses papéis não são aceitos pela pessoa, mas ela tem que se adequar a eles - com base nos genitais com que uma pessoa nasce. Pense nas dificuldade e no preconceito com mulheres que querem ser jogadoras de futebol ou entrar para o exército. Elas são do sexo feminino, mas ainda hoje há uma imposição para que as mulheres sejam "femininas" e "delicadas". Como essas mulheres saem desse padrão São logo tachadas de mulheres macho, coisa que não são. São apenas mulheres que querem jogar futebol ou entrar para o exército. E esta escolha, por parte de algumas mulheres, pelas atividades tipicamente associadas ao sexo masculino não começou agora. Não é fruto do "marxismo cultural" ou do movimento feminista organizado. Mulheres assim sempre existiram. Nego que existem fatores biológicos que influenciam o comportamento dessas mulheres? Não.
ResponderExcluirNão existe determinismo puramente biológico ou puramente social. Na verdade não existe determinismo nenhum. Pode-se falar que existem influências.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkk, anon 16:04, muito boa a piada, mas voltemos a redondeta terra.
ResponderExcluirVoltando para o troll Olavete. Você não precisa vir no blog se acha que todos aqui são destruidores da família, da identidade sexual e do universo. Você pode continuar no canal do Olavo, MBL, antagonista, senso incomum. Ah se você é mulher e não se identifica com o feminismo usando aquele argumento conversa fiada de que feministas são contra o casamento e a maternidade você pode procurar o canal americano red ice e ver os programas de Lana Lokteff. Acho que você vai se identificar. Adote este estilo de vida. Vá até o fim. Boa sorte e seja feliz. Cada um tem o seu próprio caminho da felicidade.
Existe uma terceira via, idiotas, a verdade: A Terra não é plana e nem redonda como uma esfera. A Terra é Geoide. Cheia de altos e baixos, não é de forma nenhuma "lisa", o que a afasta do formato de uma bola cheia e mais ainda da forma achatada e plana de um disco. Vão estudar ciências, meu povo!
ResponderExcluirTaaaaaaa, anon 16:46: a terra é geóide. Ta satisfeito agora??? Perfeccionista esse aí!
ExcluirReaças usam tudo menos biologia de fato para explicar as relações entre os sexos: usam bíblia, usam religião, usam pseudo ciências muito convenientes aos interesses de manutenção dos privilégios deles, usam teorias falhas e enganosas, como por exemplo sociobiologismos fabricados para manipular e conservar o status quo, etc. etc. etc.
ResponderExcluirTitia, adora enrolar e falar abobrinhas pra n responder as perguntas Eu n neguei nada, eu falei do pessoal q diz q a terra é plana e vc me veio com " já é provado q a terra é redonda ". Nem precisava estar por dentro dos delírios deles pra perceber q n tem nada a ver com a terra ser redonda.
ResponderExcluirTrans são reais, mas assim como a teoria da terra plana, n há provas de nada, sobre o porque de uma pessoa ser trans. E n adianta fingir q vcs n pregam a abobrinha do pênis e vagina, tem posts aqui sobre isso, outras feministas pregam isso. E eu q n assumo as coisas?
E pra outra ai, use argumentos colega, escreveu um textao falando de funk, q curto mbl, Olavo, uma série de asneiras, já q nem me conhece.
Ué? Se são algumas feministas que falam isso então não são TODAS as feministas que falam. Se você não quer ouvir asneiras pare de falar asneiras. Vc jogou aqui que a Judith é pedófila sem ter qualquer prova dessa asneira e falou também que as feministas passam pano pra pedófilo. Fofa, vc falou o que quis e julgou pessoas que você não conhece. Então, amore? Como você se sente quando fazem o mesmo com você?
ExcluirUsa-se argumentos para responder a argumentos, mas em nenhum momento você usou argumentos, cara colega. E veio falar de teoria de gênero, coisa que você não leu e não sabe do que se trata.
ExcluirNão coloque palavras na boca de Butler se você não conhece nada sobre ela. Antes de comentar algo sobre Butler ou qualquer outro autor pelo menos folheie algum livro dela ou leia o resumo de algum crítico confiável. "Críticos" da direita religiosa fanática que só ler a Bíblia não sabe porra nenhuma sobre Butler e fazem você passar vergonha juntamente com eles.
ExcluirIsso é tudo medo que uma ficção social destrone a outra mais antiga. O medo da verdade selvagem, assustadora e avassaladora é muito mais profundo e se encontra cristalizado em ambos os lados, ainda que de forma oculta, camuflada.
ResponderExcluirUhum... Uma verdade selvagem, avassaladora, assustadora, que só você, O Grande Iluminado Anon 18:26, tem conhecimento, não é mesmo, caro colega com complexo de Deus a falar com estes pobres mortais apartados da luz da verdade.
Excluir"Existe uma terceira via, idiotas, a verdade: A Terra não é plana e nem redonda como uma esfera. A Terra é Geoide. Cheia de altos e baixos, não é de forma nenhuma "lisa", o que a afasta do formato de uma bola cheia e mais ainda da forma achatada e plana de um disco. Vão estudar ciências, meu povo!"
ResponderExcluirSim. A terra é redonda como um geóide, não como uma esfera. Feliz? Ela também não se move em torno do sol em um círculo, e sim em uma elipse. Mas ela não é plana, e um geóide não é um meio-termo entre plana e esférica. A esfera é uma aproximação razoável, um modelo razoável, do que a Terra é. Uma forma plana não é uma aproximação razoável, é um completo erro conceitual.
Quanto às montanhas, a mais alta delas tem 9 km de altura. A terra tem 12.000 km de diâmetro, ou seja, as montanhas mais altas têm de altura menos de um milésimo do diâmetro da terra. Para comparar, uma laranja, que tem uns dez centímetros de diâmetro, tem ranhuras e saliências da ordem de uns dois milímetros - um cinquenta avos do diâmetro. Se a terra fosse encolhida para o tamanho de uma laranja, você a sentiria como sendo bem lisinha - como uma laranja cujas saliências e reentrâncias tivessem menos de um décimo de milímetro. Teria a textura de uma maçã, por exemplo.
Errado, qualquer pessoa pode, em tese, ter acesso a verdades profundas e completas. Mas a questão é justamente que a maioria tem muito medo dessas verdades, a maior parte das pessoas está profundamente amedrontada e não querem que a verdade selvagem venha à tona e seja revelada. Essas pessoas, que muitas vezes atacam agressivamente ao menor vislumbre ameaçador da verdade selvagem, assustadora, tem interesse em mantê-la nos subterrâneos, escondida, reprimida, suprimida, sufocada, abafada, para se sentirem um pouco seguros em suas falsas certezas e convicções tão frágeis.
ResponderExcluiro.O resposta profunda. Então todos somos deuses com a verdade escondida em nosso interior
ExcluirPessoas do mundo, BUSQUEMOS A ILUMINAÇÃO!!! PROCUREMOS A LUZ DA VERDADE QUE ESTÁ EM NÓS MESMOS!!!
ExcluirPara de sofismar, se basear em meras suposições e vai estudar, donadio, ninguém aqui tá falando que a terra é plana... mas também a terra não é redonda. A forma geoidal é irregular e parece mais uma batata que uma bola. Nada a ver com "meio-termo entre plana e esférica", nada disso foi dito antes de você, pelo contrário, você concluiu isso daí do nada, tirando sabe-se lá de onde.
ResponderExcluirtá todo mundo errado: a terra não é uma bola, nem uma maçã, nem uma laranja, nem uma batata e muito menos um disco, a terra é um ovo de cobra num ninho de víboras, cheio de serpentes em volta da sua superfície e prestes a sair mais uma de dentro...
ResponderExcluirFreud explica!
ExcluirDonadio é tão inteligente ! Tão diferente destes mascus imbecis que aparecem por aqui....
ResponderExcluirNa verdade não explica, não. Freud era o Doutor da Bruxa. O Doutor da Serpente era o Jung.
ResponderExcluirOk, Jung explica então
Excluir"Para de sofismar, se basear em meras suposições e vai estudar, donadio, ninguém aqui tá falando que a terra é plana... mas também a terra não é redonda."
ResponderExcluirÉ claro que é redonda. Só não é "redonda como uma esfera", é redonda como um geóide. E por falar em "ninguém aqui tá falando", quem aqui nesta caixa de comentários disse que a terra é esférica? Pode procurar, ninguém disse isso.
Agora, pra você ter uma ideia de qual é a diferença da terra para uma esfera, aqui vão os números:
Diâmetro polar: 12.713,5032 km.
Diâmetro equatorial: 12.756,2726 km.
É uma diferença de 42 quilômetros e 769 metros. Ou 0,34% do menor diâmetro.
Pra colocar em termos práticos:
Se a terra tivesse 12 centímetros de diâmetro, mantidas as proporções, a diferença entre o maior e o menor diâmetro seria de... menos de meio milímetro. Menos do que a espessura de um alfinete.
E você seria incapaz de notar a diferença entre a terra e uma esfera.
A terra é mais redonda, e mais parecida com uma esfera, do que a imensa maioria das coisas que você usualmente consideraria "esféricas". Achar que ela tem a forma de uma batata, ou que se parece mais com uma batata do que com uma esfera, é não ter o menor senso de proporção, ou ser profundamente ignorante.
sua piada idiota e repetitiva foi destruida com sucesso kkkkk
ResponderExcluir