Reproduzo aqui o lindo texto que Elisama Santos publicou no seu FB:
Essa semana Helena chegou em casa me pedindo pra pentear e prender os cabelos. Ela sempre detestou os cabelos presos, mesmo me vendo, volta e meia, com rabo de cavalo. Estranhei. Pegou a escova, a sacolinha de acessórios de cabelo que ganhou e não usava e me mostrou como queria o penteado, com riqueza de detalhes. Atendi e fiquei encucada.
Na escola, perguntei para a professora quem usava o tal penteado. Todas as meninas, só ela que não gostava e não usava. Se rendeu pra se adequar. Tá, era só um penteado, tudo bem. Mas algo me incomodou.
Hoje uma amiga, recém separada, me disse que se culpa pela separação. Ela disse que, racionalmente sabe que não tem culpa, mas não consegue se livrar do sentimento. "É o inconsciente coletivo, amiga". Finalmente compreendi, era isso que me incomodava na história do penteado. 
Eu não posso livrar a minha pequena de herdar essa culpa que a minha amiga sente. Não posso livrá-la da sensação que precisa perder sempre pelo menos dois quilos. Não posso livrá-la da crença de que mulheres devem ser mais calmas, tranquilas e compreensivas. Não posso livrá-la da carga mental que suportamos todas, mesmo que inconscientemente. 
A história do penteado me mostrou que ela receberá muito mais influências que as minhas e, de certa forma, herdará um enorme peso de um papel social imposto. E a gente acha que salto alto, depilação e padrão de beleza são gostos pessoais. Que é um simples gosto ou não gosto.
O coração apertou por pensar que preciso fortalecer a sua autoestima, o seu amor próprio, porque será bombardeada pelo significado que dão ao "ser mulher."
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| Alerta: reflexões neste espelho podem estar distorcidas por ideias socialmente construídas de "beleza" |
Me perguntam por que falo tanto das desigualdades sociais entre homens e mulheres. É por Helena. É por mim. É por todas as meninas que herdarão uma imagem distorcida de si mesmas. É pela vizinha e pela filha dela. É por todas as mulheres que sustentam relacionamentos abusivos por acharem que têm responsabilidade em manter a família unida, por se considerarem incapazes de viverem nesse mundo sozinhas. É pelo "com essa roupa tava pedindo", é pela maldita pergunta "tem filhos?" na entrevista de emprego.
No final das contas, a história do penteado me lembrou que pari uma mulher... e isso dói.
Existe alguma lei que obrigue a usar salto alto? Não.
ResponderExcluirExiste alguma lei que obrigue usar o cabelo assim ou assado? Não
Existe alguma lei que proíba de usar roupa curta? Não.
Então para mim, é muito exagero e muito mimimi.
Parece que o objetivo é controlar o que o que as pessoas podem pensar ou dizer.
ExcluirAs pessoas têm o direito de pensar e comentar o que quiserem. Não vão tirar esse direito delas.
Interpretação de texto vai longe hein? onde a pessoa acima falou em controlar pensamento alheio? só ouvi verdades, e você se contradiz no seu discurso, realmente cada um PENSA e COMENTA o que quiser.
Excluir:)
TODOS NÓS nós herdaremos culpas e concepções distorcidas de nós mesmos...
ResponderExcluirSim, Cão do Mato, todos herdam culpas e concepções distorcidas. Nosso mundo é doente.
ExcluirMas aqui é um blog feminista, e por isso conversamos sobre as culpas e concepções distorcidas que nós, MULHERES, herdamos pelo simples fato de termos nascido com vaginas, para conscientizarmos umas às outras e tentarmos quebrar essas barreiras. Por que isso incomoda tanto certos homens?
Mulheres têm que carregar o ônus e o bônus de serem mulheres.
ResponderExcluirHomens têm que carregar o ônus e o bônus de serem homens.
Não é tão difícil de entender.
Anônimo, não existe isso de vantagens ou desvantagens apenas por causa da genitália que alguém carrega. Ou pelo menos não deveria existir. Genitália não deveria dar privilégios ou trazer danação. Não tem essa de vantagens "naturais" de ser homem ou desvantagens " naturais" por ser mulher. Isso nao é natural. O que acontece é que ficamos reproduzindo determinismo, sexismo, preconceitos, estereótipos, confundimos diferenças com desigualdades e essas coisas ficam entranhadas e passam como se fossem naturais e que as pessoas teriam que carregar resignadas. Ainda bem que cada vez mais as pessoas questionam a normatividade imposta e questionam a si mesmas.
Excluir"Aiinn a sociedade me obriga a usar salto", não usa pô, nenhum homem liga para essas coisas, para penteado, roupa, e até peso,, se reclama é uma minoria de babacas, quem liga pra isso são outras mulheres. Por nós homens, vcs andariam peladas que estava ótimo. Ah e nem precisaria de depilação, cavalo dado não se olhas os dentes ( ou pelos).
ResponderExcluirE quem foi que te disse que a única opinião que interessa para mulheres é a opinião de macho?
ExcluirA opinião de outras mulheres é muito mais importante pra mim do que a sua.
Se enxerga!
E tem mais uma coisa... Isso de "por nós, homens, vocês andariam peladas" é a maior mentira. Homem não suporta ver corpo nu de mulher, exceto se o corpo estiver milimetricamente de acordo com seus padrões, e em uma conotação sexual. São na maioria homens que fazem escândalo quando vêem uma.mulher amamentando: "Oh, céus, ela está com o seio aparecendo!! Que indecência!! Que atentado contra a família!! O que as crianças vão pensar?? Deixa esse bebê morrer de fome!!!"
ExcluirIsso, Kasturba! Mandou muito bem, colocou o dedo na ferida. Quem vê esses caras falando esse tipo de coisa... até parece né? Abs
ExcluirMuito provavelmente esses homens que voce esta se referindo não gostam De mulheres(homossexuais).
ExcluirNós homens gostamos de mulheres independente da sua forma física, ou tipo de roupa que esteja usando. O que importa e que seja mulher.
A vida em sociedade implica convenções sociais. Quem não gostar que vá viver no meio do mato.
ResponderExcluirHá 10 meses pari minha filha Clara. Desde então sei o quão forte terei que ser para tentar livrá-la do machismo nosso de cada dia.
ResponderExcluirSei que nada do que eu fizer mudará isso que a autora fala, das cobranças sociais para ser aceita, validada, reconhecida, etc. Mas cabe a mim, como mãe e feminista ensinar minha filha a questionar e desconstruir os padrões, os machistas e os machismos.
Autora: estamos juntas e tenho tanta, tanta, esperança nessas novas meninas (e meninos) que vem por aí. Só aguardem pessoal!
Fabi
Eu não tenho e nem terei filhos. Sozinha não mudo o mundo, mas da minha parte, na minha vida já revi muita coisa e não tenho obrigação de agradar a terceiros. Não vivo em voz passiva ou terceira pessoa
ExcluirÉ, isso dói, Elisama Santos, e eu te desejo e à sua filha o melhor possível nesse mundo extremamente hostil pra quem não é um homem branco, hétero, cristão e rico. Fortaleça a auto estima da sua filha, permita que ela questione tudo, até mesmo você, estimule-a a ser questionadora, desconstrua padrões e mais do que tudo, seja você mesma o maior exemplo pra sua filha. As influências serão fortes, claro, mas quem entra na luta contra o machismo consciente de tudo que vem por aí já entra com uma vantagem e tanto. A ignorância é uma das maiores armas desse sistema.
ResponderExcluir11:29´existe alguma lei que obrigue você a acessar esse blog, ler pelo alto os posts, interpretar mal e porcamente o que o texto diz, e depois cagar pelos dedos o que se passa no vácuo cósmico que é sua caixa craniana? Não, não, não e novamente não. Então por que você vem aqui mostrar que é um idiota? A gente não quer saber, rapaz.
Kkkkk kkkkk
ExcluirVácuo cósmico que eh sua caixa craniana
Tô rindo dando risada. Titia tem as melhores expressões ever, sempre vale a pena ler
Alicia
A socialização "feminina" é completamente opressora, devastadora, destruidora e limitadora das capacidades e de todo o potencial das meninas. Essa socialização precisa ser combatida de todas as formas possíveis e por todos os meios necessários.
ResponderExcluirConvenções sociais danosas, antiquadas e desnecessárias existem ainda para serem modificadas ou descartadas, deixadas para trás. Tudo muda, nada fica do mesmo jeito para sempre.
ResponderExcluir"A vida em sociedade implica convenções sociais. Quem não gostar que vá viver no meio do mato"???
ResponderExcluirE quem estabeleceu essas convenções?
Elas são imutáveis? Por que?
Existem outras sociedades, com outras convenções? Por que? É possível aprender algo com elas?
Se estas convenções excluem um certo grupo, por motivos estúpidos, não devemos questionar?
16:22, também não tenho interesse em filhos.
ResponderExcluirHá muita pressão em reproduzir, como se a espécie dependesse disso, e aí resultam casos de abandono físico e psicológico.
Prefiro cuidar dos que estão aí, precisando de algum apoio.
15:16, se vcs não aceitam as regras de convivência em sociedade, que façam uma vaquinha, comprem uma ilha, estabeleçam ali uma sociedade do jeito que lhes agrada e mudem-se TODAS pra lá. Porque aqui é assim desde que o mundo é mundo e sempre vai ser. PAZ.
ResponderExcluir"Aqui é assim desde que o mundo é mundo"????
ExcluirSério mesmo??
As civilizações pré colombianas eram exatamente assim? Antes disso, também? E as relações nesse século são as mesmas do século passado e retrasado?
Cara, só sendo muito estupido pra dizer algo como isso.
Fico triste que esses retrógrados não possam viver uns 300 anos, pra ver tudo o que acreditam indo por agua abaixo...
Quis dizer que desde o surgimento do ser humano no mundo, antes mesmo do "homo sapiens", desde os neandertais, as funções e atribuições de cada membro da tribo são exatamente delimitadas, tendo como critérios o sexo, a idade e a hierarquia. Claro que mudaram as sociedades organizadas, mas há e sempre houve delimitações de atribuições na sociedade baseadas no sexo dos indivíduos. E isso nunca vai mudar, mesmo que a sociedade em si mude e evolua, sempre haverá funções e atribuições diferentes baseadas em idade e sexo, entre outros critérios. Entendeu agora ou vamos ter que desenhar?
ExcluirA Titia já respondeu de forma impecável sua dúvida.
ExcluirE ainda adiciono que, por mais que por muitos anos a maioria das sociedades tenham se baseado em padrões machistas (existiram também sociedades matriarcais, caso você nunca tenha ouvido falar), isso não é nenhuma prova que eternamente teremos que viver com esse padrão. Basta você ver que por muitos anos houve escravidão humana (maior parte prisioneiros de guerra), e há alguns anos não se podia imaginar um mundo onde não haveria mais essa forma de exploração, e aqui estamos nós, há pouco mais de 1 século sobrevivendo como humanidade sem a existência de escravidão (pelo menos sem escravidão formal).
A sociedade muda, os valores mudam, o mundo muda. Relações de dominação entre homens e mulheres também estão mudando (é um caminho sem volta, se acostuma que dói menos), e depois da libertação da mulher, será a vez da libertação dos animais.
Como alguém tem a cara de pau de dizer em um mundo com mudanças cada vez mais aceleradas que as coisas são do mesmo jeito de sempre e sempre serão? Tem que ser muito descarado e ter muita vontade que as outras pessoas vejam o maluco idiota desesperado e completamente estúpido que é. Quem pensa assim, dessa forma tão pequena e ultrapassada, está fadado a sumir e se desintegrar em meio ao pó e teias de aranha, não presta nem como peça mofada de museu.
ResponderExcluiré só andar na rua de qualquer cidade que você vai ver uma minoria mínima de mulheres de salto alto ou cabelo preso. Dizer que as mulheres são obrigadas a isso é uma bobagem enorme. Há algumas (poucas) profissões e atividades em que há exigências de roupas e posturas para mulheres (podem ser questionáveis, até aí tudo bem, mas são exceções) como há também para homens que, no calor insuportável do Rio, por exemplo, tem que usar terno e gravata em algumas situações.
ResponderExcluirClaro que as coisas mudam, podem e devem mudar, e são os interessados que fazem as mudanças. POrtanto, deixem de mimimi e simplesmente parem de usar salto alto, maquiagem e outras coisas que vocês vivem dizendo que são obrigadas. Olhem em volta que vão ver milhares ou milhões de mulheres que não seguem essa suposta ditadura.
Anônimo 22h05:
ExcluirAcho que você está com dificuldades em interpretação de texto. Vou tentar te ajudar:
A autora não falou que todas as mulheres do mundo são obrigadas a usar rabo de cavalo. Ela fez uma comparação entre o "mini-mundo sala de aula" com o mundo que vivemos. E comparou o fato de a filha se sentir coagida a usar rabo de cavalo mesmo sem gostar, para seguir um "padrão de beleza" estabelecido dentro da turminha. E fez um paralelo com o fato de nós, mulheres, nos vermos obrigadas a fazermos certas coisas para ficarmos mais "bonitas" e assim nos sentirmos aceitas. Somos bombardeadas, sim, desde novinhas com a ideia de que devemos ser bonitas. E diariamente vemos na TV, nas revistas, pela boca de homens e outras mulheres que ser bonita é ser "X". E acabamos buscando isso.
Por anos eu tentei criar o hábito de fazer as unhas, mesmo não gostando. Por anos alisei meu cabelo. Por anos depilei minhas pernas. E também por anos nunca fui satisfeita com meu peso, e me sentia desconfortável para ir à praia. Depois que conheci o feminismo que fui me livrando desses padrões ridículos. Hoje mantenho minhas unhas curtas, limpas e sem tinta (igual qualquer homem higiênico mantém), não depilo minhas pernas, tenho meus cachos livres. Mas ainda não consegui aceitar meu corpo. Mesmo sendo magra (tenho 1,67 e 61kg), me pego olhando no espelho e achando defeitos aqui e ali... Mas é algo no que venho trabalhando, repetindo diariamente pra mim mesma: Meu corpo é lindo e eu o amo.
O que queremos? Livrar as outras mulheres que ainda se encontram inseridas nessa busca incessante pela beleza inalcançável dessa tortura que é a "obrigação de ser bonita".
Como disseram em um comentário excelente e certeiro escrito em outro post do blog:
ResponderExcluir"Não levanto nenhuma bandeira, mas não precisa ser gênio para perceber o quanto têm mulheres que fazem de tudo para agradar homens e acham que fazendo o que eles querem se tornam especiais. Homens são seres abomináveis que só pensam nos três orifícios que a mulher possui. E se estes estiverem aliados a um corpo esculpido na academia, com um par de silicone e cabelos loiros, melhor ainda. Não pensem, mulheres, que tendo um relacionamento "estável" vocês estão imunes às atrocidades masculinas. Provavelmente serão trocadas por um produto mais jovem, quando envelhecerem, ou terão que viver com vendas nos olhos. Homem=escória."
"Nós homens gostamos de mulheres independente da sua forma física, ou tipo de roupa que esteja usando. O que importa e que seja mulher."
ResponderExcluirAs mulheres trans agradecem.
Acho adorável como esses comentaristas de 12 anos que aparecem no blog de vez em quando são inocentes sobre certas exigências do mercado de trabalho.
ResponderExcluir22:05, não mente... Essa cidade aí é imaginação sua, e você não entendeu bulhufas do que é o padrão. Ah se fosse 'só' o salto alto... Somos bombardeadas desde cedo com a mentalidade de que mulher PRECISA ser bonita, e quem não é, não é MULHER O SUFICIENTE.
ResponderExcluirE, detalhe: tem que ser bonita, mas não pode ser fora do padrão. É bonita como qualquer outra bonita, deusa que nos livre de mulher com autonomia. É o que essa pequena sofreu: a primeira micro-violência simbólica. Ela não pode ser, na sua aparência, uma desviante do padrão (seja lá a forma que amarra assumir). Quem não experiencia a vida de uma mulher, quem não cresce sendo menina nessa sociedade obcecada com beleza, dificilmente vai entender porquê dói.
Ou pior, vai reafirmar o mais clássico e persistente dogma misógino: nenhuma dor de mulher alguma merece atenção, até todas as dores dos homens serem curadas. Não mais, Vamos apoiar cada relato de dor, seja ela qual for.
Marcia.
Rodolfo Abrantes, dizer que homem não se importa com roupa, com pelos, com nudez é mentira das brabas.
ResponderExcluirVs chamam mulheres de anti higiencias se elas nao estiverem depiladas, e vc ADORAM mulher maquiada ( mas não muito , pra nao ficar vulgar).
Vcs chamam muler que da pra todo mundo de piranha, e mulher que se veste com roupa curta de vagabunda. Em muitos paises do mundo mulherem tem que usar burca. Foram homens que deciram isso. No brasil, mulher não pode fazer top less. se vcs gostassem mesmo de mulher pelada ( por vontade dela, não pra vender pornografia) vcs não ridicularizariam quem quer ser peluda, que quer fazer top less etc.
Parem de ser hipocritas.
Luli
O mito da beleza de Naomi Wolf é uma boa leitura para entender como e porque as mulheres estão inseridas nessas convenções sociais que buscam um ideal de beleza, uma mulher perfeita que não existe, o salto alto, os penteados, a maquiagem, são construções culturais. A imagem da mulher disseminada pela mídia, pela publicidade, novelas, cinema é de uma mulher impecável, sem rugas ou marcas de expressão, corpo esbelto, cabelos perfeitos. Embora seja um ideal insano, sentimos que devemos buscá-lo porque precisamos nos adequar a essas imagens. Não estaríamos correndo em círculos nessa busca pela beleza? Afinal, ao cobrir meu rosto com tanta maquiagem não estarei anulando a mim mesma e a beleza natural que possuo, ao fazer a dieta da sopa não estarei negando à mim o prazer de uma boa refeição apenas para barganhar alguns quilos na balança, será que não ficarei bem sem esses inúmeros produtos caros que dizem que preciso usar na minha pele, será que o dinheiro que gasto neles não podiam me proporcionar algo melhor, como uma viajem por exemplo, será que preciso mesmo fazer as unhas quando prefiro gastar tempo e energia lendo um livro, preciso de salto alto e vestido para ser feminina? Desconstruir esses padrões é um desafio e devemos começar por questioná-los.
ResponderExcluirObrigada, Alícia.
ResponderExcluir"Ai, nós amamos ver mulheres peladas, só gays não gostam de ver mulher pelada, eles é que odeiam mulher fora do padrão, nós amamos qualquer peitinho de fora, nós absolutamente não temos problema nenhum com corpo de mulher sem roupa blábláblá".
Marcha das Vadias: contra as tetas murchas, não sejamos bundas moles - ocatequista.com.br/blog/item/5818-marcha-das-vadias-contra-as-tetas-murchas-não-sejamos-bundas-moles
Carolina Patrocínio mostra-se em topless e volta a ser criticada por ter o corpo (demasiado?) tonificado - http://ptjornal.com/carolina-patrocinio-mostra-topless-volta-criticada-208326
Topless gera polêmica em praias brasileiras - TV iG
tvig.ig.com.br/noticias/brasil/topless-gera-polemica-em-praias-brasileiras
http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/02/15/mae-e-proibida-de-amamentar-no-mis-e-mulheres-fazem-mais-um-mamaco/
http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/11/14/mae-diz-que-foi-impedida-de-amamentar-a-filha-em-espaco-infantil-do-sesc/
http://www.maesdepeito.com.br/mae-diz-que-foi-impedida-de-amamentar-a-filha-durante-prova-do-enem/
http://www.maesdepeito.com.br/lactante-e-impedida-de-entrar-com-bebe-em-feira-de-negocios-em-sp/
https://www.bemparana.com.br/noticia/491196/mae-e-impedida-de-amamentar-filha-em-uti-de-maternidade
"É carnaval é possível ver vários peitos na TV. Enquanto isso na UTI da maternidade Santa Joana sou solicitada a tirar meu bebê do peito pois é o horário da visita dos pais".
Aham, estamos vendo como vocês são 'diboinha' com o corpo feminino despido fora dos padrões e em um contexto não sexual pra agradar macho. Estamos vendo.
"Nós homens gostamos de mulheres independente da sua forma física, ou tipo de roupa que esteja usando. O que importa e que seja mulher."
ResponderExcluirOlhaí, para variar, eis um caso para o Capitão Namalt.
Não, Rodrigo, nem todos os homens "gostam" de mulheres (e nem todos que não "gostam" são homossexuais). E nem todos os homens que "gostam" de mulheres "gostam" delas independentemente da aparência física ou do tipo de roupa que estão usando/costumam usar.
O que é "gostar" para você? Sentir atração sexual? Ou gostar mesmo, como seres humanos?
Pois é... Pra esse Rodrigo (e infelizmente pra muitos homens), gostar de mulher significa sentir tesão e vontade de enfiar o ponto nos seus orifícios, independente da vontade da mulher. Por esse pensamento, da provas que gostam de mulher: "secar" mulheres desconhecidas (de preferencia na fremte dos amigos, pra provar que gosta mesmo e é macho), assediá-las com cantadinhas e piadinhas inoportunas, beijar a força na balada, trair a esposa em qualquer oportunidade (gosta tanto que não consegue gostar de mais de uma), e até mesmo estuprar (estupro "socialmente aceito" da mulher bêbada demais pra consentir, ou estupro "socialmente condenável" mesmo).
ExcluirLonge de ser atitudes de que gosta, tudo isso são atos misóginos, que reduzem a mulher a um "pedaço de carne" que existe somente pra servir sexualmente aos machos
01:24, quando ainda vivíamos nas cavernas praticamente ninguém passava dos 30 anos, então políticas especiais pra terceira idade não era realmente algo necessário. Mulheres geralmente colhiam frutos, plantas e sementes pra contribuir com a alimentação do bando porque embora instintivamente soubessem que tinham que fazer sexo, nossos ancestrais não sabiam como uma mulher engravidava; não sabiam, portanto, quais mulheres estavam grávidas ou não. Por precaução, elas tinham que se arriscar menos pra garantir que uma possível gravidez não fosse interrompida por um predador ou pelo esforço de uma caçada a grandes presas. Crianças eram muito frágeis, com um sistema imune delicado e sem força ou velocidade pra caçar ou se proteger de predadores, mas instintivamente nossos ancestrais sabiam que tinham que protege-las, embora não compreendessem a logística da perpetuação da espécie como nós entendemos hoje.
ResponderExcluirTraduzindo pro se cérebro de azeitona: as atribuições não eram baseadas nas suas noções ridículas de sexo e hierarquia. Eram baseadas na praticidade e no que aumentaria as chances do bando de continuar vivo. Os homens não caçavam por serem os mais fortes e fodões da pré-história, caçavam porque não engravidavam nem amamentavam, ou seja, a sobrevivência dos pequenos (fundamental pra perpetuação da espécie) não dependia tanto deles quanto das mães. É, eles podiam morrer um pouco mais, eram um tantinho mais dispensáveis. As mulheres não coletavam recursos porque eram as frágeis donas de casa, coletavam porque uma gestação bem sucedida é fundamental pra perpetuação da espécie e como não se sabia de que jeito elas engravidavam (e a mortalidade materna era muito alta), nenhuma possível gestante podia ser arriscada. Crianças eram protegidas mesmo não conseguindo fazer porra nenhuma porque, de novo, elas eram fundamentais pra perpetuação da espécie. Está percebendo um padrão aqui? Está percebendo como esse padrão não tem merda nenhuma a ver com machismo e relações de poder como você claramente imagina? Está percebendo que atribuições baseadas em sexo e idade na época das cavernas não tinham nada a ver com quem manda, mas com o que era melhor pra espécie sobreviver e se perpetuar? Entendeu ou preciso trazer o livro de biologia da 5 série, o papel e o lápis de cor?
Inventam até cirurgia pra tirar a gordura da axila, vivem bombardeando as mulheres para viverem num padrão surreal, e quem não é uma top model se sente mal, quem é vive lutando pra manter tudo isso.
ResponderExcluirOlha quantos produtos de beleza existem para mulheres, uma mulher que vai pra uma entrevista sem salto ou maquiagem é vista como desleixada, e vocês não percebem maquiagem leve, não sabem nem quando a mulher tá de rímel como dizem que preferem sem make.
Adoram falar da pressão social masculina, mas quando a feminina é exposta negam tudo e minimizam como se o mundo fosse do jeito que todo mundo quer.
Os comentários de Donadio sempre me deixam "ligeiramente excitada", rs, rs...Tenho boa memória, viu ?
ResponderExcluir" Não, Rodrigo, nem todos os homens "gostam" de mulheres (e nem todos que não "gostam" são homossexuais). E nem todos os homens que "gostam" de mulheres "gostam" delas independentemente da aparência física ou do tipo de roupa que estão usando/costumam usar.
O que é "gostar" para você? Sentir atração sexual? Ou gostar mesmo, como seres humanos?"
Gênio, como "lacra". Tá vendo, Poisé, porque os caras de Direita "não pegam mulher"como você diz tanto quanto os de Esquerda ?
Essas questões de padrão são controversas. Eu mesma admito que gosto de homem que se cuida,bem arrumado, cheiroso,e com os pelos aparados, então não vejo o porque de eu fazer o contrário disso. Pra mim o machismo é dizer que só mulher precisa se cuidar, que o homem pode vir de qualquer jeito que pra nós tá bom. Acho ótimo os homens estarem mudando nisso e podia mudar ainda mais.
ResponderExcluirTodos os povos tinham hábitos de se enfeitar, isso é cultural. Egipcios se maquiavam, indios arrancavam os pelos etc. Só acho errado qualquer coisa que traga sofrimento pra pessoa.
Então eu procuro ser aquilo que me agrada ver nos outros, mas eu tô falando de uma vaidade saudável, nada que me maltrate pra me enquadrar num padrão. É óbvio que certas coisas nós não fazemos apenas por nós, a vaidade só se manifesta na vida em sociedade, provavelmente se eu vivesse numa ilha deserta não teria a mesma motivação pra me arrumar, assim como não teria pra fazer muitas outras coisas.
Não vejo tanto mal em querer arrumar o cabelo, passar um batom e fazer as unhas. Faço qndo quero e acho que devo. Salto me machuca, então não uso. Unha grande não é prático, não uso tbm. Assim como acho desnecessário usar maquiagem como se fosse rebocar a cara. Mas certos hábitos tbm não faço questão de abandonar e não me sinto menos feminista por isso.
Claro que muitas coisas temos que questionar, o excesso de preocupação com a aparencia não é legal pra ngm. Temos que ensinar as meninas que a aparencia nunca deve ser a essencia da nossa personalidade, mas é super normal as pessoas tentarem se enquadrar no grupo em que convive. Toda menina ou menino vai querer usar o cabelo, a roupa igual aos coleguinhas, com o tempo a gente vai criando identidade própria, não acho isso o fim do mundo. Sou contra os exageros de ensinar a criança que é OBRIGATÓRIO ser assim ou assado.
Considerando o avanço da PEC Cavalo de Tróia que vai encaminhar o Brasil para uma teocracia pró-vida, pergunto: pra q serve, na prática, o feminismo?
ResponderExcluirKasturba e mesmo peludinha e gordinha não deve falta quem coma. Padrões de beleza são isso, padrões, uns atingem e outros não, se preocupar com eles é uma bobagem, tanto que mudam com o tempo, mudam de grupo humano para grupo humano, tanto que um a funkeira tem um "padrão" de beleza diferente de uma "roqueira" pra ficar no campo das tribos musicais, então acho que nem mesmo existe um padrão de beleza, mas padrões de beleza, que não são algo imposto, mas que têm sim participação ativa de quem deles é o alvo.
ResponderExcluirAh titia, vc com essa arrogância, com esse nariz em pé, esse ar de solteirona devoradora de brigadeiro, ativa meus hormônios sabia?
Michele você não é mesmo menos feminista por gostar de se arrumar. Aliás, quem diz que feminista tem que ser fedorenta, peluda e suja é machista; feminista que é feminista é do jeito que quiser e foda-se o que a sociedade quer e pensa. Feminismo é liberdade de qualquer tipo de padrão.
ResponderExcluir13:56 já disse que sou hétero, não catadora de lixo. Agora dá licença que tenho que limpar o vômito do meu teclado e arrumar a sala pro ritual de exorcismo.
Algumas pessoas insistem em dizer que eu quero ser homem e que sou um homem trans só pelas minhas roupas, meu cabelo! Mas eu não sou homem, nunca fui e nem quero ser. Eu gosto de ser uma garota, sou uma garota, mas não sou obrigada a me vestir que nem a maioria.
ResponderExcluirVai por aquela capinha vermelha de Vampirella?Hein titia?
ResponderExcluirNão, 08:54, vou colocar uma camiseta vermelha tingida com o sangue de dois mascus nascidos à meia noite durante um eclipse lunar, desenhar no chão um círculo em forma de vagina com sangue de evangélico colhido durante a lua cheia, no topo do qual vou acender dez velas apoiadas em testículos humanos em formação de um clitóris. Depois vou pendurar línguas e olhos de bolsominions nas paredes e na porta pra espantar as influências malignas, então vou tocar um violoncelo feito com ossos de MBLs, cujas cordas foram feitas das tripas deles, e entoar cânticos e fingir orgasmos na língua do p. Depois disso, vou queimar mil pênis e espalhar metade das suas cinzas no cu dos comentaristas trolls do blog, e com a outra vou escrever FEMINAZI MISÂNDRICA na minha camiseta.
ResponderExcluir"Os comentários de Donadio sempre me deixam "ligeiramente excitada", rs, rs...Tenho boa memória, viu?"
ResponderExcluirUé, eu achava que isso era só nos comentários sobre história...
E aí vem a pergunta que nunca quer calar.
ResponderExcluirEsse tanto de gênero, esse tanto de caixinha que a teoria queer insiste que existem, mais atrapalha ou mais ajuda nós mulheres chamadas por elxs de "cis".
Obrigada. Não elas, mas essa teoria é um tiro no nosso pé.
ExcluirÓbvio que atrapalha. É só pensar um pouco, gente...
ResponderExcluirFato!
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