Conheci o trabalho da banda Mulamba ano passado, após alguém me enviar o link para uma música (e um vídeo) fantástica, a "P.U.T.A.".
Esse vídeo viralizou e consolidou o sucesso do grupo curitibano só de mulheres, que está chegando ao seu segundo ano juntas.
Esta semana recebi um email da cineasta Virginia de Ferrante, que me pediu para assistir um videoclipe feito por ela com a banda Mulamba.
Ela disse: "Meus trabalhos no audiovisual sempre foram ligados à temática feminina (mesmo na época em que eu nem sabia direito o que era isso) e neste projeto visamos não só ter um produto final bonito, mas o processo também foi altamente transformador para todas as mulheres envolvidas. Realizamos uma espécie de experiência social na forma de documentário e mesclamos com videodança. Sinto que o objetivo de fazer mulheres se sentirem representadas foi alcançado quando recebo retornos muito emocionantes de quem assiste".
O videoclipe é uma experiência arrebatadora. Única. Que trabalho maravihoso que essas mulheres fizeram! Peço para que vocês vejam, revejam, deem like, e compartilhem. É um modelo de empoderamento e sororidade. Todas estão de parabéns!
Publico aqui um texto pessoal da Virginia.
Era fevereiro quando a Caro Pisco me pediu ajuda para desenvolver um roteiro.
Eu, intrometida que sou, me escalei para não só escrever mas também dirigir o primeiro clip dessa nova banda que tinha me arrepiado com suas músicas e verdade. Elas toparam e depois de muita conversa chegamos à conclusão que esse projeto tinha que ser sobre as mulheres reais e que o processo dele tinha que ser tão transformador quanto seu resultado.
Como tudo que é transformaDOR tem dor no meio, a banda toda aceitou o desafio de estar com várias outras mulheres desconhecidas para uma experiência de auto-conhecimento que gerou um imenso movimento de sororidade e troca.
Nesse dia, eu olhava para a equipe, que chorava só de ver a cena acontecendo. Junto disso um outro cara, que é uma das pessoas mais competentes que eu conheço, disse sim mais uma vez para um pedido meu, sem grana mas cheio de energia: criar uma máscara, em low poly, que tivesse a inspiração em um útero. Máscara a qual seria usada por uma bailarina foda que traria à vida uma personagem que iria quebrar/ queimar padrões, representar a força das mulheres e usar a arte para transmitir algo semelhante com a parte documental do clip.
Se não bastasse isso ainda conheci e revi muita gente talentosa se doando pelo projeto e tive a sorte gigante de ao fim da linha ter uma pessoa sensível o bastante para saber recortar e montar o filme. [Vejam o making of do clipe].
Não foi difícil me inspirar para escrever e criar com uma letra dessas, com os sons do cello, da bateria e as vozes dessas mulheres poderosíssimas e eu tenho muito que agradecer por terem acreditado que eu conseguiria fazer jus à música transformando-a em imagem.
É muito emocionante e recompensador poder juntar artes e chegar em um resultado maior, é muito bom fazer algo em que se acredita e também é muito bom voltar a confiar um pouquinho em si própria.
Me perguntaram: e o que mudou para você esse projeto? Esse clip é um fechamento de ciclo. Fechamento de um caminho longo e dolorido que foram os últimos anos com a vontade de desistir de tudo e zero autoconfiança que eu poderia fazer ou terminar qualquer coisa decente.
É lógico que eu tenho mil críticas a fazer, afinal, sou eu e autoestima não é o meu forte, por mais que pareça. Mas quero poder pegar todo esse reconhecimento que este trabalho está tendo para seguir em frente, acreditando que é possível se comunicar com outras pessoas por meio do audiovisual.
Obrigada MUITO todo mundo que está compartilhando, elogiando e se identificando.
E aqui publico um informativo sobre o clipe e a banda:
Histórias reais e videodança compõem clipe visceral de “Mulamba”, música que originou o nome da banda curitibana
Em vídeo intenso, diretora Virginia de Ferrante une documentário e ficção para trazer à tona discussões como sororidade e empoderamento
Transformar a dor em força e se libertar: essa é a mensagem transmitida pelo clipe do single “Mulamba”. A composição, que inspirou o nome da banda Mulamba, resultou em um clipe intenso ao mesclar documentário e videodança. Repleta de sensibilidade, a obra é um manifesto pela sororidade e empoderamento, com roteiro e direção da cineasta Virginia de Ferrante e montagem de Ana Carolina Vedovato.
Realizado de forma independente, o clipe contou com uma rede de parcerias entre mulheres. “A gente vem de uma sociedade que massacra o feminino e esta música nos fez entender que falamos sobre muitas agonias vividas por mulheres. Foi um processo de reencontrar-se e reconhecer-se, lembrando de memórias doloridas e prosseguindo na caminhada. É como se tudo tivesse feito sentido e agora veio o alívio. Foi uma experiência transformadora para quem participou, desde a equipe até as mulheres que aceitaram se abrir conosco”, afirma a cantora Cacau de Sá, que compôs a letra em conjunto com a vocalista Amanda Pacífico.
Com o intuito de proporcionar vivências reais, o clipe tem a presença de várias mulheres que contaram suas histórias em uma dinâmica conduzida pela psicóloga Lari Tomass. Os relatos foram preservados e apenas as imagens são apresentadas ao público, revelando expressões corporais que se transformam ao longo da narrativa. Também são exibidos momentos de conexão entre as seis integrantes da banda e as mulheres participantes.
Em paralelo, a atriz Nayara Santos interpreta uma personagem fictícia, uma espécie de entidade que representa a própria figura da “Mulamba”. Com o rosto coberto por uma máscara em formato de útero, a protagonista destrói objetos simbólicos num processo de libertação. A escolha dos elementos também é fruto de uma pesquisa feita com mulheres que relataram situações de opressão ao longo de suas vidas.
“A personagem é a encenação de uma força interior que todas nós temos para suportar momentos difíceis. Nesse contexto, a máscara é uma ‘proteção’ para aguentar esses momentos e, ao final, ela deixa o escudo para mostrar que não precisa mais usar uma defesa. Ao mesmo tempo em que ela se liberta, as mulheres que contaram suas histórias também estão dançando e libertadas, culminando em uma simbiose”, explica Virginia.
Sobre a Mulamba
Unindo influências que vão do rock à música erudita, Mulamba representa um grito de vozes silenciadas. Desconstrução e letras impactantes marcam o trabalho da banda curitibana, que traduz suas mensagens por meio de uma linguagem poética e performances irreverentes.
Formada em dezembro de 2015, Mulamba é composta por Amanda Pacífico (voz), Cacau de Sá (voz), Caro Pisco (bateria), Fer Koppe (violoncelo), Naíra Debértolis (baixo) e Nat Fragoso (guitarra). O sexteto conquistou visibilidade após a repercussão do vídeo de “P.U.T.A”, gravado em parceria com a HAI studio.
A banda foi considerada destaque no Vento Festival 2017, um dos principais festivais independentes do Brasil, ao lado de nomes como Francisco, el hombre. Em julho, foi lançado o videoclipe da música "Mulamba" e, ainda este ano, o álbum de estreia será gravado no Red Bull Station, em parceria com o Vento Festival.
Vida longa à Mulamba! E a todas as mulheres que sobrevivemos e lutamos!
Maravilhoso o trabalho da Mulamba, Lola, adorei! Que lindo ver o feminismo traduzido em arte!
ResponderExcluirNo entanto, parece que a cada passo que damos à frente, tem gente que insiste em nos puxar pra trás. Meio fora do contexto, mas vamos lá... preciso desabafar. Uma blogueira (?-
já estou começando a ter minhas dúvidas, pois parece conversa de mascu) resolveu escrever um texto dizendo que o sonho da vida dela era não precisar trabalhar e poder viver de lavar as cuecas do marido em paz, mas que o maldito feminismo e as feministas malvadas não a deixam fazer isso, já que “obrigam” todas as mulheres da humanidade a trabalhar fora de casa, mais uma centena de sandices contraditórias. Escrevi um comentário, mas ficou uma bíblia de tão grande, então resolvi deixar pra lá, já que ser concisa e delicada não é muito a minha praia. Sei que não devia me importar com o que uma anônima que não tem coragem nem de usar o nome verdadeiro e dar a cara a tapa escreve num blog igualmente anônimo, mas ver mulheres (?) em pleno século XXI malhando o feminismo me deixa enfurecida!
Aliás, esse blog é cheio de postagens absurdas de reaças defendendo reacices, é uma pior que a outra. A penúltima, foi botando panos quentes na marcha nazista que houve nos EUA esses dias, pondo a culpa nos protestos dos grupos de resistência. E eles ainda pagam de moderninhos e diferentões, que se orgulham de ser politicamente incorretos. Mas também, esperar o quê de quem ter por “muso” Danilo Gentilli? Estão merecendo uma resposta bem dada! Quem quiser passar raiva também, vai lá dar uma olhada: http://www.desfavor.com/blog/2017/08/queria-ser-do-lar/
Parabéns pelo trabalho, Lola, é um alento e um prazer ler seus textos diariamente. Beijos!
Em tempo de roqueiro cristão conservador, um bálsamo.
ResponderExcluira) Lola vou procurar a banda.Vc viu o dialogo entre Alexandre Nero e Betty Farias no encontro ela foi machista culpando as mulheres pelo fato de alguns homens se afastarem dos filhos apos a separacao pois as mulheres cobram pensao e o ator Alexandre Nero defendeu as mulheres
ResponderExcluirimpressão minha ou o Patrício tá divulgando o site dele?
ResponderExcluirÉ impressão sua, anônimo, meu nome é PatríciA e eu só queria mesmo desabafar minha indignação com aquele site babaca. É uma pena que, sem querer, a gente acaba divulgando, mas temos que saber que essas coisas existem.
ResponderExcluirEu achei o clipe esteticamente bonito mas por que tudo que é relacionado a feminismo tem que ser gente chorando, gente fudida, contando problema, gente triste se a mensagem é de "empoderamento"?
ResponderExcluirNão pode ser gente feliz numa boa curtindo trabalhando ganhando $$?
To fora desse feminismo que só presta pra botar mulher pra baixo.
oioi, você assistiu ao clipe todo?
ResponderExcluirse sim, deve ter percebido que a Mulamba (dançarina) e as mulheres que ali estavam, conseguiram se reerguer e seguir em frente.
é importante saber pelo que passamos. nos faz crescer. Engraçado que, se fosse só gente dançando talvez você pudesse achar que "a mulherada tá fazendo festa e cadê a luta?" e o discurso cairia por terra.
vc não estava lá e não ouviu as verdades que foram contadas, quem teve de sair de casa pq ou morria esfaqueada ou queimada pelo marido pelo simples motivo de que.. opa, não há motivo que justifique.
no clipe não há tristeza e sim dor.
Dor, alívio e força.
Muita força!
:)
ResponderExcluirporque, né, felicidade é ganhar dindim e comprar, comprar e comprar. Ah, esse feminismo contentão por estar na esfera de consumo é o que há...
Colega, você tem falhas cognitivas graves. Procure tratamento rápido.
ExcluirVc deve ter visto o vídeo errado, anon das 14:23. O que o videoclipe tem a ver com consumo?
ResponderExcluirSó pode ser o mesmo anon das 20:30, que fala que o vídeo "bota mulher pra baixo", quando é justamente o contrário. Fala a verdade: vcs não veem os vídeos, não leem os textos, nada. Só vem aqui trollar, né? Vcs têm um roteiro pronto.
Muito lindo e emocionante. Vai ajudar aos que, como eu, tentam vencer o próprio machismo
ResponderExcluirDesculpe, mas concordo com a anon. Cada vez mais me afasto do feminismo, não aguento mais ouvir falar de estupro, de mulher apanhando, de preconceito, as ameaças a sua vida e a de outras... se isso n coloca pra baixo, n sei o q vai colocar.
ResponderExcluirEu sei q tudo isso acontece mas tb tem coisas boas, o feminismo parece o jornal da tv(q n vejo mais) q só fala de desgraça. Fica a impressão de q mulher só se fode e sempre vai se fuder.
Raramente tem histórias boas, de mulheres q se dão bem na vida. Tem q ter estômago pra ficar no movimento e o meu já embrulhou a muito tempo.
"Vc deve ter visto o vídeo errado, anon das 14:23. O que o videoclipe tem a ver com consumo?
ResponderExcluirSó pode ser o mesmo anon das 20:30"
Lola, ou muito me engano, o comentário do anon das 14:23 visa justamente criticar o das 20:30:
20:30:
Não pode ser gente feliz numa boa curtindo trabalhando ganhando $$?
14:23:
porque, né, felicidade é ganhar dindim e comprar, comprar e comprar.
Eu achei o clipe esteticamente bonito mas por que tudo que é relacionado a feminismo tem que ser gente chorando, gente fudida, contando problema, gente triste se a mensagem é de "empoderamento"?
ResponderExcluirNão pode ser gente feliz numa boa curtindo trabalhando ganhando $$?
To fora desse feminismo que só presta pra botar mulher pra baixo.
18 de agosto de 2017 20:30
Desculpe, mas concordo com a anon. Cada vez mais me afasto do feminismo, não aguento mais ouvir falar de estupro, de mulher apanhando, de preconceito, as ameaças a sua vida e a de outras... se isso n coloca pra baixo, n sei o q vai colocar.
Eu sei q tudo isso acontece mas tb tem coisas boas, o feminismo parece o jornal da tv(q n vejo mais) q só fala de desgraça. Fica a impressão de q mulher só se fode e sempre vai se fuder.
Raramente tem histórias boas, de mulheres q se dão bem na vida. Tem q ter estômago pra ficar no movimento e o meu já embrulhou a muito tempo.
19 de agosto de 2017 20:02
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pelo visto não fui x únicx a ter essa impressão
não me entra na cabeça esse empoderamento que te deixa com medo até de sair na rua, que só fala de desgraça, tipo aqueles programas policiais
isso aqui seeeeeeeeeeeeeeempre me incomoda:
Fica a impressão de q mulher só se fode e sempre vai se fuder.
Raramente tem histórias boas, de mulheres q se dão bem na vida.
raramente tipo, nunca né
eu acho um discurso muito religioso no fim das contas, você pega aqueles programas de pregação que passam de madrugada e tem lá o povo chorando, se descabelando, contando as maiores desgraceiras pra no final o pastor falar "viram, aceita jesus que vai ficar tudo bem", a diferença é "aceitar o feminismo" e a semelhança é que em ambos casos, nunca fica bem kkkkkkkkkkkkkkkk ninguém deixa magicamente de se fuder só porque é cristão ou feminista
mas o discurso da derrota é idêntico e eu acho bizarro ninguém reparar nisso
felizmente tem gente que repara sim
e antes que eu me esqueça, empoderamento é dinheiro no bolso (os homens já aprenderam isso faz tempo mas mulher não pode gostar de dinheiro não, é crime, tem que depender dos outros), o resto é papo pra deixar psicólogo rico e você, pobre
Olá Pessoas! Sou a Virginia, roteirista e diretora do projeto.
ResponderExcluirInteressante ler os comentários aqui e se alguém quiser conversar estou super aberta =)
O clip na realidade mostra alguns segundos exatamente de dor, real, pois estávamos fazendo um documentário.
Porém, logo em seguida essa dor é transformada em força, em união. O choro muitas vezes é de alivio, por encontrar ali outras mulheres que compreendem e dão apoio uma a outra. Logo em seguida, temos a marcha, a destruição de diversos objetos opressores e ao final as mulheres tão olhando todo mundo no olho e falando que as coisas vão mudar, dançando, se divertindo.
Acho importante não ver só as fotos e ver o clip inteiro mesmo pois ele tem uma narrativa começo/meio/fim. A letra da música então, deixa bem claro que a gente tá é bem cansada de sofrer e que é possível nos curarmos.
Legal foi que o processo de fazer o clip empoderou muito todas que participaram, colocar pra fora oq acontece com a gente é muito poderoso. <3
Eu fico me perguntando em que mundo esses anons descontentes com a tristeza alheia vivem. As mulheres que eu conheço, sem nenhuma exceção, todas têm suas histórias de horror para contar. Aliás, para ser justa, os homens também. Será que deveríamos cancelar o sertanejo, o samba-canção, o heavy metal, por que veja só: quanta desgraça e choradeira sobre as dores dos homens esses gêneros cantam? "Deusa que me livre de ouvir mais uma dor-de-cotovelo ou reclamação sobre o caminho sombrio para o inferno dos machos" (Mentira, adoro inúmeras músicas tristes para chuchu dos três gêneros).
ResponderExcluirVoltando para o clipe maravilhoso da Mulamba: que vida, minha gente, não tem sua dose de sofrimento? A dor é um dos motes do feminismo, sempre foi. Não se resume a isso, mas toda e qualquer intervenção artística tem liberdade para escolher abordar os aspectos que quiser da realidade.
Vamos desapegar desse machismo aí que diz que mulher tem que ser a 'própria imagem da felicidade encarnada' (no imaginário da mentalidade machista, a imagem da felicidade de outro homem, diga-se de passagem). Várias musicas importantíssimas para a história da arte são sobre tristeza, dor, luto, ódio, raiva... Mas só incomoda quando é a dor das mulheres transformada em arte?
Os mesmos argumentos repetidos e desesperados de sempre. A mim, esse incomodados com a existência das mulheres não enganam. E viva a Mulamba! Adoro vocês e sua sonoridade única e inovadora. Como é bom ouvir excelente música brasileira feita agora. ;)
Virgínia,
ResponderExcluiro clipe é maravilhoso. E esses comentários sobre a dor não ser 'suficiente feminista' (tadinha gente, até da dor caçaram a carteirinha de feminista), desconsidera. São todos trolls, provavelmente homens, doídos e invejando o fato de que mulheres sofrem e vencem dores quando se acham no feminismo.
Como não dão conta de nenhuma das suas agonias, e o egoísmo deve ser o que resta de força moral para eles sobreviverem, vivem aqui deslegitimando dores que não são as suas, medrosos demais para se expor, pedir ajuda, se organizar e superar seus próprios males.
Eu achei o clipe, acima de tudo, dançante. Como quando você acorda no sábado, depois daquela semana puxada, com o mundo nas suas costas e a casa e a vida viradas do avesso. Aí você dança, e dançando arruma a bagunça, refaz a cama e se prepara feliz para descançar. Por que não importa o tamanho do estrago que a vida pode causar, se você se conhece, se você entende, aceita e supera suas dores, viver sempre vale a pena.
Me encheu de esperança e orgulho por todas as lutas que travei, mesmo as que perdi. Parabéns pelo brilhante e belíssimo trabalho, eu me emocionei profundamente com o clipe.
Eu amo tanto esse videoclipe, e o da P.U.T.A. também. Vejo todo dia, várias vezes por dia. E é muito interessante como é uma continuação um do outro. O clip Mulamba começa com vozes bem baixinhas do P.U.T.A, não? PUTA é pura dor, é um grito de socorro, um pedido de sororidade. Tem momentos de superação da dor, mas no geral o que está sendo cantado é a dor de ser mulher. Mas Mulamba começa com essa dor e transforma tudo em sororidade e empoderamento. Mais que uma música, é um hino. Parabéns a vc, Virginia, por essa obra de arte, e a todas as integrantes do Mulamba também. E às figurantes do clipe. Todas lindas! E adoro o cello.
ResponderExcluirSobre os comentários acima, eu não vi um como uma resposta irônica a outro. Se foi o caso, peço desculpas.
Lola! Muito obrigado pela indicação! Não conhecia o trabalho dessas mulheres! Que trabalho lindo! Fiquei emocionado ouvindo P.U.T.A.
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