Caroline é pedagoga, mestre e doutoranda em Educação. Pedi a essa especialista em temática racial e formação continuada de professores que escrevesse sobre o Dia da Consciência Negra. É com muita honra que publico este texto:
Estudo sobre o racismo no espaço educativo há mais de 10 anos. Desde que me apropriei de alguns conhecimentos importantes para compreender como se dão as relações raciais no nosso país, passei a multiplicar tais conhecimentos por meio de palestras, oficinas e cursos de formação para profissionais da educação. De lá para cá, já perdi a noção de quantas escolas visitei. Toda vez que me deparo com um público para discutir racismo e/ou educação para as relações étnico-raciais eu sempre faço algumas perguntas. A primeira é: Quem estudou História e Cultura Africana e Afro-Brasileira na escola?
Dos 20, 30, 40 ou mais interlocutores das minhas falas, nunca mais que cinco pessoas ergueram as mãos quando fiz este questionamento. Depois eu pergunto: Quem já estudou sobre a escravidão? E, assim como você que lê este texto agora, todos dão retorno positivo.
Bom! Já que todos sabem sobre a história da escravidão faço mais alguns questionamentos para testar os conhecimentos e ampliar a reflexão: Por quantos anos o Brasil viveu sob regime escravocrata? Quando a escravidão no Brasil foi “abolida”? Quantos anos temos de pós-abolição? Todos sabem responder que a abolição ocorreu em 1888 e que, por isso, podemos refletir que vivemos mais de 350 anos sob um regime escravocrata e apenas 128 anos dessa dita “liberdade”. Somente esta simplória comparação temporal já nos dá a dimensão do nosso desafio, mas por que a população brasileira, em grande parte, insiste em não reconhecer nossa cultura racista?
Sabemos que os escravos ao serem libertados não ganharam, obviamente, o status de cidadão, assim como não ocuparam os postos de trabalho assalariado. Isto a gente até aprendeu na escola. Mas e se eu perguntasse sobre a 1ª Lei Antirracista do Brasil? Vocês saberiam me responder que ela se chama Afonso Arinos, nome do seu autor, e que foi aprovada 63 anos depois da abolição? Com base nesta lei, que transformava em contravenção penal qualquer prática resultante de preconceito de raça ou cor, não houve sequer registro de uma única prisão feita durante sua vigência.
E se eu continuasse os meus questionamentos e indagasse sobre a Lei Caó (Nº 7.716)? A escola provavelmente não te ensinou que há apenas 27 anos foi necessária a promulgação de uma lei que, em síntese, possui o seguinte teor: a partir de 5 de janeiro de 1989, quem impedir o acesso de pessoas devidamente habilitadas para cargos no serviço público ou recusar a contratar trabalhadores em empresas privadas por discriminação deve ficar preso de dois a cinco anos. É determinada também a pena de quem, de modo discriminatório, recusa o acesso a estabelecimentos comerciais, impede que crianças se matriculem em escolas e que cidadãos negros entrem em restaurantes, bares ou edifícios públicos ou utilizem transporte público. Os funcionários públicos que cometerem racismo podem perder o cargo, diz a lei. Trabalhadores de empresas privadas estão sujeitos à suspensão de até três meses. As pessoas que incitarem a discriminação e o preconceito também podem ser punidas, de acordo com a lei.
O texto desta lei, promulgada a menos de 30 anos, dá dimensão do nosso racismo, que é barreira social quando afeta o acesso desde os espaços educativos até os postos de trabalhos. E para aqueles que queiram saber os reflexos atuais destas barreiras sugiro a leitura do Relatório Anual de Desigualdades Raciais – 2009/2010, organizado por Paixão e Carvana, o qual evidencia as assimetrias baseadas na cor no que diz respeito ao acesso a serviços públicos como educação, saúde, assistência social, previdência, etc.
Outra reflexão que provavelmente você não foi convidado a fazer nos bancos escolares foi sobre as teorias raciais, ou seja, o espaço educativo não se colocou disponível a discutir a ideologia do branqueamento e a ideia da democracia racial, elementos estruturantes do racismo à brasileira cuja compreensão ajudaria no seu enfrentamento.
A grande questão é que além de não aprendermos durante nossa trajetória escolar os elementos essenciais à compreensão crítica do contexto histórico que engendrou nossas relações raciais, nós também fomos tolhidos do direito de construirmos referências positivas acerca da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, como destaquei no início deste texto. Você já percebeu o quão reducionista são nossas referências acerca da África? Quem nunca ouviu alguém dizer que a África é um país, que na África só existe fome e guerra civil?
Quem não ouviu reiteradas vezes que nós negros descendemos de escravos? Quem já ouviu dizer que o Egito não fica na África? Nós não aprendemos sobre a África Antiga. Nós não aprendemos sobre os povos africanos que foram trazidos para construir o Brasil. Nós não aprendemos sobre a diversidade que configura o continente africano e todas as influências destes povos, na ciência, na literatura, na arte, etc.
Quem não ouviu reiteradas vezes que nós negros descendemos de escravos? Quem já ouviu dizer que o Egito não fica na África? Nós não aprendemos sobre a África Antiga. Nós não aprendemos sobre os povos africanos que foram trazidos para construir o Brasil. Nós não aprendemos sobre a diversidade que configura o continente africano e todas as influências destes povos, na ciência, na literatura, na arte, etc.
Quando não expressas de forma negativa, nossas referências africanas são todas genéricas, ou seja, falamos em “dança africana”, “literatura africana”, “culinária africana”. Nós não nomeamos, não localizamos, não definimos as nossas referências acerca da África porque não aprendemos a fazê-lo. Ninguém diz: “Eu faço dança europeia”. Nós falamos culinária italiana, chinesa, japonesa. Nós falamos cinema francês, inglês, sueco. Nós nomeamos aquilo que conhecemos, a história que nos contaram, a cultura que foi sistematicamente ensinada a nós.
O que você sabe sobre a África? O que você sabe sobre os 54 países que conformam este continente que possui nossas raízes históricas? O que você sabe sobre todos os elementos afro-brasileiros da nossa cultura? Das religiões de matrizes africanas? Você conhece Zumbi, Luiza Nahim, Aleijadinho, Luiz Gama, Cruz e Souza, João Cândido, André Rebouças, Teodoro Sampaio, José Correia Leite, Solano Trindade, Antonieta de Barros, Lélia Gonzáles, Beatriz Nascimento, Milton Santos, Guerreiro Ramos, Clóvis Moura, Abdias do Nascimento, Henrique Cunha, Alzira Rufino, Inaicyra Falcão, entre outros?
Você conhece o Baobá, o Lago Retba do Senegal, a Árvore da Vida do Parque Nacional de Tsavo-leste no Quênia, as esculturas em ébano de Moçambique, as máscaras e tambores de Uganda? Você já ouviu falar da biodiversidade de Madagascar? Cerca de 85% das espécies que vivem na quarta maior ilha do mundo existem apenas lá. Você sabia que a Mauritânia é um dos únicos países do mundo que não utilizam o sistema decimal para a sua moeda, cuja unidade básica, o ouguiya, é composto por cinco khoums?
Você já teve vontade de conhecer o Grande Zimbábue, cujas ruínas monumentais cobrem uma superfície praticamente do tamanho da França? Você já ouviu falar em Ellen Johnson, primeira mulher chefe de Estado da África e ganhadora do prêmio Nobel da Paz? Enfim, por que concordamos que a história da população branca deve compor o currículo das escolas, enquanto a história do povo negro pode virar uma disciplina específica ou uma semana no calendário?
Consciência em uma simples definição dada pelo Google: sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior. Então por que o dia da Consciência Negra? Porque nós precisamos dar aos brasileiros, sejam eles brancos ou negros, a possibilidade de conhecerem e valorizarem sua história por completo, a história que coloque o sujeito negro como cidadão construtor de sua história, cujo valor encontra-se na riqueza de sua cultura, na beleza de sua estética, na diversidade de sua crença.
E essa é uma luta árdua que deve ser reivindicada, em todos os novembros, dezembros, janeiros... Até que em todas as escolas quando eu fizer meu primeiro questionamento todas as mãos estejam levantadas. Até que de fato haja equidade.
E essa é uma luta árdua que deve ser reivindicada, em todos os novembros, dezembros, janeiros... Até que em todas as escolas quando eu fizer meu primeiro questionamento todas as mãos estejam levantadas. Até que de fato haja equidade.
o pan-africanismo defendido pelos negros se mostra cada vez mais distante e uma completa utopia
ResponderExcluiros africanos do saara/norte/magrebe, os berberes, etc. não comungam e são racistas com seus próprios conterrâneos de continente
egípcios, líbios, argelinos, tunísios, marroquinos e o restante da áfrica branca rejeita e age com preconceito aos negros da áfrica subsaariana, eles estão mais preocupados com outro tipo de união, o pan-arabismo/pan-islamismo, dessa os negros pra baixo do saara estão de fora
Prefiro a cultura coreana.
ResponderExcluirA coreana ?! Eu prefiro a asiática...
ExcluirEntre as culturas asiáticas eu prefiro aquela coisa desforme que transita levemente entre a China e a Rússia, ainda com traços fortes da produção artística czarista e etcetera e tal.
ExcluirQue belo texto, Caroline.
ResponderExcluir"(...) por que concordamos que a história da população branca deve compor o currículo das escolas, enquanto a história do povo negro pode virar uma disciplina específica ou uma semana no calendário?"
ResponderExcluirPorque a maioria dos eventos históricos significantes na história, influenciando o mundo todo, aconteceram na Europa...? Porque a maioria das pessoas que compõem o currículo das escolas são brancas...? Porque foram os brancos que formaram o país em termos administrativos...? Mesmo que os negros tivessem servido de escravos, foram os brancos que os trouxeram para isso. Mesmo que haja 50% de não-brancos declarados no país, como disseram, quem comanda o país são os brancos.
Não existe história Branca e sim aquela que foi influente para a humanidade.
ExcluirO renascimento, o iluminismo, a filosofia grega, o direito Romano, a ciência moderna fazem parte do currículo pq são importantes e mudaram a humanidade ou pq fazem parte de uma elite branco-hetero-racista-golpista-opressora.?
É a mesma coisa que rejeitar Montesquieu,descartes, newton pq são homens.
Mas alguém rejeita Montesquieu, Descartes, Newton, por serem homens? Links por favor.
ExcluirO que eu já ouvi foi que há mais homens na história porque as mulheres eram proibidas ou coibidas de exercer trabalhos com maior possibilidade de impacto na História.
Ellen Johnson, uma mulher que defende pena de prisão para homossexuais, é um péssimo exemplo a ser citado em um blog deste perfil.
ResponderExcluirÉ colega, tem vários países da Ásia mas prefiro a Coreia do sul.
ResponderExcluirPq tenho q aprender cultura negra e ainda tenho q gostar? Mimimi sem fim.
ResponderExcluirÉ mais fácil culpar a sociedade pela falta de negros nas faculdades do q culpar a si próprio.
Sou negro, nasci na merda, na escola eu via bem o interesse dos meus colegas no estudo, a maioria ia pq era obrigado, ia pra pegar alguém e só falavam de balada. Daí os mesmos n conseguem um emprego decente e culpam a sociedade, é o racismo, é machismo. ..
Já eu me esforçava, tenho um emprego razoável e estudo pra melhorar. E dentro da empresa tenho o exemplo de quem n fica de mimimi, ela é negra, era mais fudida que eu, sempre estudou, se esforçou , fez faculdade e tem um cargo alto no laboratório q eu trabalho.
Isso é inspiração, diferente dos mimizentos q acham q tudo deve cair do céu, de mão beijada. Todos querem cotas, trabalhar e se esforçar pra q?
Kkkkkk! Falar de racismo hj é como discutir se a terra é plana ou oval... simplesmente não existe na sociedade atual... só permanece na mente doentia de algumas esquerdopatas que adoram procurar chifre na cabeça de cavalos para convencer uma trupe de alienados a combater algo que não existe atualmente... tal como Don Quixote combatendo os seus "gigantes"... kkkk! Lola, vc é o retrato da vergonha alheia!
ResponderExcluirÉ, e sempre foi, muito cômodo para a direita conservadora ignorar esse tipo de questão, pois implica na "perda de privilégios sociais" quando um direito seu expande e passa a abrangir a todos.
ExcluirMas é claro que o racismo só existe na cabeça da esquerda e sob seu raio esquerdizador. Afinal, das pessoas que denunciam na cidade de Brasilia, todas as 24 denúncias devem ser de esquerdistas reprimidos. Não é mesmo? Como se um negro de direita não fosse sofrer com as mesmas atividades discriminatórias.
Querida, acorda, mascarar as coisas não cabe mais à "sociedade atual" que você descreve. Talvez seus argumentos fossem maravilhosos para escrever uma matéria há setenta, cem anos atrás, mas agora não há força política ou midiática que seja capaz de mascarar a disparidade das tendências sociais das racas, meu amorzinho!
Um beijx, Migx, nesse seu coraçãozinho cheio de ódio.
Perda de privilegios sociais seria deixar negros entrar na universidade com nota mais baixa só por serem negros. Não entendi qual é o privilégio que os não-negros perderam? De disputar vaga na universidade de forma justa? Só se for.
ExcluirEsqueci de especificar que as 24 denúncias em Brasilia são diárias.
ExcluirQuerida, a questão de cotas serve para que os processos seletivos se adequem às condições de vida da população brasileira. Você coloca as coisas de uma forma que tendencia as pessoas a generalizarem as cotas como destinadas aos negros. Existem cotas para estudantes de baixa renda, sejam eles negros ou não, simplesmente pelo fato da disparidade de números de ingressos nas universidades públicas entre componentes provenientes de família de baixa renda, de média renda e de alta renda. Por um motivo semelhante existe o PROUNI, pela quantidade dispar de alunos componentes do ensino superior que sejam provenientes de famílias de baixa renda e os que sejam provenientes de famílias de alta ou média renda. Assim, lógicamente, se existe uma cota para negros é porque há uma disparidade entre componentes brancos nas universidades e componentes negros. É, antes de uma tentativa falha de compensar alguma coisa ou de uma dívida do Brasil com a população negra e indígena, uma tentativa de uniformizar academicamente a população brasileira, bonito!
ExcluirÉ notável que nos cruzamentos de dados de censos a escolaridade dos negros é muito inferior a escolaridade dos brancos, a escolaridade das pessoas provenientes de famílias de baixa renda é inferior a das pessoas provenientes de famílias de alta ou média renda.
Aprender sobre cultura africana ou afro-brasileira para que? se não me interesso por esse tema. Já querem empurrar matérias nas grades curriculares, Quem tem interesse em estudar procure e corra atrás, escola e para aprender matemática, português, física, química, e noções básicas e intermediarias de historia e geografia.
ResponderExcluirRacismo e do individuo não da sociedade, que deve ser tratado de forma particular, com cada um que sofre dessa doença.
Então vai se tratar, vai !
ExcluirCaraca, veio. Todos os comentaristas acima são ra-cis-tas!! Inclusive o que se diz negro, que embora acredite que "venceu' na vida, 'parece' que nunca sofreu racismo e não entende nada da história do seu povo. Triste!
ResponderExcluir20:40 é omen e branco se passando por negro pra ter alguma "credibilidade", q patético, pelo nível da doença acho q é mascu
ResponderExcluir20:42 mais do mesmo, bla bla bla, mimimi, chora mais
20:47 não, escola não é pra aprender a ser gado, pra aprender a ser mão de obra barata, é pra ter senso crítico e noções de cidadania, esse é o papel principal da escola, e ah... aprender sobre cultura africana e o q mais for necessário não impede ng de aprender matemática, português e etc.
a mentalidade dessa direita é muito colonizada, depois não sabem pq o brasil é quintal dos eua, esperar o q de uma gentalha com cabeça de boi/vaca como esse leonardo?
Gai, vc não conhece ninguém aqui. Como vc acusa pessoas de serem racistas sem conhecê-las? Se enxerga!
ResponderExcluirEu sou índio e quero que os brancos e os negros se danem.
ResponderExcluirÉ muito mimimi, cara, sou negro sim e tem muitos como eu contra o movimento negro coitadista, vcs simplesmente n conseguem engolir q n falam por todos.
ResponderExcluirN disse q já venci na vida mas to no caminho, n fico choramingando q o governo tem q me dar tudo, só por eu ser negro.
Tenho colegas brancos q agiam como eu já disse quando a gente estudava, se lixando pra tudo. Eu to bem melhor q eles pq me interessei em estudar. Pelo menos eles sabem q deram mole e n jogam a culpa no governo como muitos fazem.
Tb n consigo entender pq devo e tenho q me interessar pela cultura negra só por ser negro. Minha cor n me define.
Se eu fosse descendente de alemão seria obrigado a me interessar pela cultura alemã ? É muita palhaçada. Todos tem direito de gostar do q quiser, de qualquer lugar desse planeta.
Esses movimentos querem é separar e gerar ódio, agora ninguém pode tocar em coisas da cultura negra, enquanyo eles tocam na de todos, negros n podem namorar brancas, coisa de maluco.
N sou obrigado a apoiar tanta merda por ser negro.
Ah, os aliados entre os oprimidos pra sustentar a estrutura <3
ExcluirBom, sou asiático e já presenciei bastante racismo. Quando era criança vi até uma professora chamar de macaco o único aluno negro da turma. O racismo que asiáticos sofrem no Brasil é pouco percebido, geralmente são frases do tipo "você passou no vestibular porque é japonês" (como se não precisasse ter estudado). Mas o racismo com negros com certeza é muito pior.
ResponderExcluirA propósito, é fácil ver demonstrações de racismo: basta ler os comentários de qualquer reportagem sobre racismo ou sobre raças. Basta ler qualquer estatística sobre o assunto.
ResponderExcluirBom ver que existem negros que tem consciencia que se fazer de vítima só alimenta o racismo. Pessoas que são a favor de dar privilégios por causa da cor da pele (cotas) que são os verdadeiros racistas.
ResponderExcluirClaro que existe racismo hoje em dia, mas não é só contra os negros não, qualquer raça pode sofrer e é horrível. Feministas adoram dizer que racismo é só contra os negros, mas duvido um branquelo feminista sair pra dar rolê num bairro de negros em cidade grande, vai apanhar e vai ser robado apenas por ser branco, aonde que isso não é racismo?
A verdade é que o racismo contra os brancos hoje é aceito e contra os negros não. Qualquer um que seja abertamente racista contra um negro é processado e é punido sim como deve ser, agora se algum branco reclama de racismo a sociedade ri na cara.
https://m.youtube.com/watch?v=XiYSKbG_Oow
Esse cara aqui é um negro que fala a real^^ ao contrário dos coitadistas.
Parabéns aos negros que não se fazem de coitados, vão a luta e se recusam a serem tratados como inferiores, feliz dia da consciência negra.
sou negro e detesto esse vitimismo que vocês fazem. nasci em uma família pobre, não tinha nem comida direito, com muita dificuldade fui pra escola mas acabei abandonando e comecei a trabalhar pra ajudar a família. depois que os meus país morreram assassinados por traficantes de drogas fui morar na rua e passei por muita coisa, pensei até em me matar. depois de apanhar muito nas ruas decidi voltar à esutdar para tentar ter uma vida melhor. com a ajuda de umas pessoas, termnei meus estudos e decidi entrar em uma faculdade. eu consegui!!
ResponderExcluirhoje sou um empresário e ganho mais de 30 mil reais. tenho carros de luxo, mansões, jatinhos particulares, me casei e tenho 4 filhos.
sou a prova vida que voc~es deveriam se esforçar mais e parar com esse vitimismo escroto.
Se nem a história de Portugal a gente sabe, faz de conta que não existiu e insiste em chamar reinado de período colonial (só um exemplo), que dirá então a história de todos os países africanos...
ResponderExcluirSeria legal e bastante instrutivo fazer então um texto bem didático explicando exatamente quais as grandes conquistas e realizações que as culturas africanas trouxeram para a humanidade, excetuando Egito Antigo e assemelhados, já que do lado dos não-negros (brancos, asiáticos etc) qualquer um é ciente em verso em prosa em vista de como somos ensinados na escola. Tirando coisas religiosas e comida (e o Egito Antigo kkkk), eu mesma não sei nomear nada delas. Adoraria conhecer os grandes pensadores africanos, os grandes inventores, escritores, jornalistas, cientistas, filósofos, matemáticos, pesquisadores, as feministas africanas, os grandes empreendedores sociais dos países da Africa, engenheiros, médicos e por aí vai. Amaria saber as contribuições das grandes mentes africanas (sendo ou não de pessoas negras, eis que não existe apenas um tipo étnico africano) para o mundo e para todos os campos do conhecimento, tirando aqueles 3 ou 4 de quem se fala com se únicos fossem, de verdade, ficaria até melhor pra debater e enxergar nosso eurocentrismo. É triste que o silêncio e o desconhecimento acaba deixando todo mundo sem argumento e achando que cultura é só o que rolou na Grécia zilhões de anos atrás.
ResponderExcluir"Bom, sou asiático e já presenciei bastante racismo. Quando era criança vi até uma professora chamar de macaco o único aluno negro da turma. O racismo que asiáticos sofrem no Brasil é pouco percebido, geralmente são frases do tipo "você passou no vestibular porque é japonês" (como se não precisasse ter estudado). Mas o racismo com negros com certeza é muito pior."
ResponderExcluirAqui no Brasil se tem o conceito que racismo é só de pessoas brancas em relação a pessoas negras, sendo o negro no caso o polo passivo, o atingido pela situação. Fora daqui o conceito é mais amplo e, para mim, parece mais correto: existe "racismo" (e vamos colocar em aspas por motivos claros, porque o que eu vou falar agora não é raça, quem tem raça é cachorro, gato, galinha...) contra mexicanos, latinos, japoneses, judeus, BRASILEIROS (siiiim), chinês, japonês, muçulmanos (virou raça agora né gente)... e cada cultura tem sua forma de desprivilegiar a outras, em detrimento de alguma. Na nossa também, em qualquer lugar é assim.
Então vira essa salada de xenofobia com racismo com não sei mais o que e nessa psicodelia só afronta de branco contra negro que é, no nosso entender, racismo. Uma redução simplista.
Eu tive um namorado filho de japoneses (nikkei) e olha, se eu tivesse ganho um real para cada "brincadeirinha" que ouvi a esse respeito, teria juntado dinheiro suficiente para morar no Japão por uns bons anos. E não pense que essas coisas não machucam, não. Já cansei de ouvir gente dizer que não se pode confiar em asiáticos, que são sujos, que não se sabe o que eles pensam, que são "porcos", fora aquelas famosas alegações sobre os órgãos sexuais de ambos os sexos. Se for japonês então, é otaku, pedófilo, inábil social e por aí vai. Você de pequeno ouvir esse monte de lixo faz um estrago na cabeça da pessoa sim. E é um estrago desamparado porque embora a lei não especifique, só um tipo de racismo é enxergado no Brasil. Mas é racismo. É desqualificação fenotípica de um grupo da mesma forma. Perde-se oportunidades por isso, segrega-se a pessoa, humilham a pessoa, estragam a cabeça dessa pessoa e em certos casos nem se tem a quem recorrer porque você vai fazer um B.O. de injúria racial e o delegado ri da sua cara, "vai comer de pauzinho que você ganha mais", pois é, aconteceu.
Racismo é um cancer, só que como essa doença, ela tem milhares de manifestações.
Eu acho importante para o movimento negro, atualmente preocupado em tombar, de aproveitar o momento para melhorar as leis, tentar um advocacy bem sucedido como rolou na LMP, por exemplo. A lei atual torna o racismo um crime inafiançável, no entanto, o crime de injúria racial não. O que acontece é que o racismo brasileiro é velado e muito difícil de se provar. No mais, casos de injúria racial são mais recorrentes e, apesar do aumento de denúncias, a punição é irrisória, isso quando se prova.
ResponderExcluirótimo, também não quero ser obrigada a aprender história branca, que é uma história que não me diz respeito. Se vcs brancos esperneiam em aprender história negra eu também tenho que ter o direito em não aprender história branca.
ResponderExcluirRealmente o racismo só existe na cabeça dos esquerdas né? A direita só enxerga racismo quando chamam os negros direitistas de capitães do mato, aí sim tem racismo.
"mas duvido um branquelo feminista sair pra dar rolê num bairro de negros em cidade grande, vai apanhar e vai ser robado apenas por ser branco, aonde que isso não é racismo?"
ResponderExcluirPeraí, cê tá querendo dizer que todo negro é racista?
"A verdade é que o racismo contra os brancos hoje é aceito e contra os negros não. Qualquer um que seja abertamente racista contra um negro é processado e é punido sim como deve ser, agora se algum branco reclama de racismo a sociedade ri na cara."
Tipo aquela vez que... Não, teve uma vez que eu vi um branco sofrendo racismo foi tipo... E também teve aquela vez que...
Falando sério, um texto delicioso desses e a caixa de comentários é permeada por coisas como essas. Até pela trollagem, vocês estão num nível patético.
Mas né, hoje em dia pode ser racista à vontade, é só dizer que racismo é coitadismo e politicamente correto e que antigamente os pretos eram muito melhores, pq sabiam o seu lugar e ficavam caladinhos ao serem ofendidos.
09:28
ResponderExcluirClaro, como vc nunca viu n existe. ... hj temos a net, o q a mídia esquerdista esconde, nos vemos por aqui. Tem vídeos no YouTube de grupos de negros agredindo brancos pq passaram na área deles, vi um de uma militante agredindo um cara branco de dread, pq n é da cultura dele... só paz e amor.
Eu n to negando racismo, só n sou coitadista pra falar q tudo é racismo.
15:34 lamentável
ResponderExcluirQue tal aprendermos simplesmente história?
ResponderExcluirhistória da humanidade, que engloba a história dos humanos de todas as cores?
Que tal focarmos nos acontecimentos mais relevantes para a formação de determinado povo/cultura país e ensinar isso nas escolas?
Conhecimento é SEMPRE bom, e é por isso que devemos estimular nossas crianças a ir buscá-lo, por si próprias. Aguçar a sua curiosidade. Porque lá na sala de aula não dá tempo de ensinar tudo, só o que é justamente relevante e tenha um nexo causal com a sociedade atual.
Claro que a cultura africana tem muita relevância na nossa sociedade. Eu aprendi sobre o movimento pelo fim do apartheid e sobre nelson mandela na escola; aprendi sobre a luta pelo fim do racismo nos EUA, aprendi a diferença entre algumas religiões africanas; aprendi sobre os problemas do novo imperialismo no continente africano, de como isso fomentou inúmeras guerras civis continente a fora; aprendi sobre a formação de ditaduras pelo continentes. Etc.
Ou seja: aprendi o que é relevante para a história do mundo e do brasil.
Aprendi também sobre tudo o que estamos cansados de saber sobre a europa.
Ou vcs não prestaram atenção nas aulas ou os prórpios professores de história formado na federal petistas não souberam ensinar o que vcs acham relevante.
Eu aprendi.
Alícia
[OFF TOPIC] Oi gente! Queria saber a opinião de vocês sobre um assunto e não tem nenhum post que fale sobre isso ultimamente...
ResponderExcluirRecentemente estava em um restaurante, franquia de fast food, em que havia 2 tipos de banheiros: 1 masculino e 1 feminino, o masculino com mictórios e cabines e o feminino com cabines. Notei que havia no local um pai com sua filha de, no máximo, uns 3 anos, que não usava mais fralda mas também não era grandinha o suficiente para ir sozinha ao banheiro, e ela precisou ir ao banheiro. Ele ficou confuso... Por sorte, não havia grande movimento na hora, ele constatou que não tinha ninguém no masculino e acabou levando ela lá. Mas mesmo assim, talvez tivesse alguém no mictório quando ela fosse sair... Não foi o caso, eu acho, mas seria uma possibilidade.
Fiquei encucada com isso, porque parece tão natural que nós mulheres entremos com meninos no banheiro feminino sem maiores constrangimentos, mas o contrário já não é assim tão fácil. Acho que a culpa é dos mictórios, não fosse isso os problemas seriam menores...
Enfim, claro que a opção "banheiro família" e "fraldário" é a melhor que existe, mas quando simplesmente não existe, o que vocês acham que deveria ser feito, como nesse caso que eu citei?
Beijos e desculpa fugir da discussão central
Mila
Nesse caso, melhor seria não ter tabu com a nudez alheia quando ela é necessária (tomar banho ou fazer xixi). A menina não vai ficar traumatizada, assustada nem desenvolver impulsos sexuais patológicos simplesmente por saber o que é e como é um pênis: vai ficar só curiosa. Mas enfim, se tem família que acredita piamente que "ideologia de gênero" é um plano diabólico da esquerda pra hiperssexualizar/afeminar crianças...
ExcluirO pessoal ai pra cima levantou a questão da influencia da cultura europeia, e de certa forma eles têm razão, nossas instituições foram moldadas e serviram aos conquistadores, dai porque é importante o estudo dos pensadores europeus e depois americanos, no entanto, como cultura não ocupa espaço, estudar sobre a Africa e suas relações com o mundo é uma necessidade já que não vivemos isolados uns dos outros nesse planeta, óbvio que as relações internas da Africa sejam entre seus habitantes seja entre seus países e nações DETERMINOU a forma como o mundo é hoje, é preciso tirar o continente africano de papel de vítima apenas, mas coloca-lo como protagonista de sua história e da história do mundo,decerto, que sem a cooperação de locais ou sua resistência, os massacres e a própria escravidão negra não teriam ocorrido, e indo mais no tempo, olhem o impacto que só o Egito teve na humanidade,logicamente não sem a influencia de outros reinos africanos.
ResponderExcluirA África é fascinante, não estudar o continente é uma perda.
Os povos da africa subsaariana, assim como os ameríndios brasileiros, não chegaram ao estágio de civilização por si mesmos. E não há nenhum demérito nisso. Havia uma barreira geográfica (deserto do saara) que impediu o contato com os locais onde surgiu a civilização. Os tão idolatrados povos germânico só deixaram o estágio tribal depois do contato com os romanos. Não é uma questão de raças é uma questão de contexto histórico.
ResponderExcluirNão havendo chegado nem ao estágio da escrita, como falar em ciência, direito, filosofia, etc ?
Eu acho sua falta de conhecimento perturbadora... mas né, ciências sociais sempre vai ser essa área do qualquer um pode ser especialista.
Excluir11:09 isso é mimimi, coitadismo, vitimismo. Não é como a direita trata com o racismo.
ResponderExcluirA não ser com o Fernando Holiday. Aí sim tem racismo da esquerda.
Rafael Cherem tocou num ponto importante.
ResponderExcluirQuando os portugueses chegaram à África subsaariana, a escravidão era moeda corrente no continente. Claro que eles rapidamente re-aderiram ao costume (abandonado na europa desde a antiguidade) e levaram a coisa a um patamar jamais visto. Nunca houve uma sociedade baseada no trabalho escravo na intensidade da luso-brasileira. Pagamos um preço alto até hoje (todos, brancos também, acreditem em mim).
Falas como a do Carlos Eduardo, que à primeira vista são até bem educadas, só refletem a falta de educação com os toques de racismo que o brasileiro possui.
ResponderExcluirOra, é típico de pessoas que não sabem uma vírgula sobre África vir com essas ideias de que os africanos subsaarianos são povos tribais que não atingiram a civilidade digna dos povos europeus: "Não havendo chegado nem ao estágio da escrita, como falar em ciência, direito, filosofia, etc ?"
Um desconhecimento enorme dos grandes impérios africanos - não estou falando do Egito - que os historiadores brancos fizeram questão de descaracterizar ao máximo e retirar-lhes a negritude (esta evocada apenas para justificar o argumento de que os negros escravizaram hebreus brancos). Um desconhecimento das habilidades artísticas, filosóficas (já ouviu falar em Ubuntu, Carlos Eduardo, uma filosofia da "moda" nas escolas particulares da classe média) e toda a história que o pan africanismo tenta resgatar.
Sinceramente, eu esperava um pouco mais de senso crítico de pessoas ditas estudadas. Na arrogância de destacar petismo até na africanidade, em vez de simplesmente não darem parecer em coisas que não sabem, preferem emitir opiniões cheias do racismo e dos pensamentos ocidentais que nunca contemplou o povo preto. Sem falar no branco mimimi que se acha vitimizado por racismo, agora é a onda né? O racismo reverso. Claro que tem o discurso do "somos todos humanos", coisa que só vale para deixar a consciência tranquila de quem dorme com seus privilégios. Como se não bastasse, ainda um monte de gente insistindo em botar petismo no africanismo, ideologias de esquerda que também não contemplam o povo negro centrando-se no conflito de classes e não na desigualdade de raças.
São comentários que ilustram bem o pensamento do branco brasileiro. Pra que aprender sobre indigenismo, esses selvagens. A África ainda é tribal, o que aprender com esses bárbaros o que os iluminados europeus já nos deram?
Vcs são racistas tem gente de vários paises no Brasil mas só a cultura negra é relevante. ..
ResponderExcluirE entendam de uma vez a lei contra racismo n existe só pra negros, n são os únicos a sofrerem com isso.
Brasil é dos índios, fora branco, fora negro, fora amarelo.
ResponderExcluir"Vcs são racistas tem gente de vários paises no Brasil mas só a cultura negra é relevante. .."
ResponderExcluirTão relevante no sistema de educação que a maior parte dos brasileiros ainda pensa como o Carlos Eduardo: que na África só tem desgraça e miséria, que não produziu conhecimento algum, que todo mundo vive em tribo e faz macumba. Só lembrando que junto com europeus e indígenas, os africanos foram uma das etnias há mais tempo nesse país. É relevante pq 53% da população é negra (IBGE considera negro como pretos e pardos).