Pedi a Nelson Alves Pinto, leitor querido e antigo do blog e professor EBTT no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que escrevesse um texto sobre um cenário preocupante e muito, muito próximo.
Para entender toda a gravidade do cenário de 2017 para Institutos Federais será necessário contar uma pequena história.
Os Institutos Federais são parte de uma ideia centenária. Surgiram em 1909, como política da época para formar mão de obra técnica. Em sua maioria, os alunos dessas escolas de Artífices vinham das camadas mais pobres da população.
Em 1978, o governo Geisel juntou as diversas escolas técnicas e montou os Centros Federais – CEFETs. Esses Centros foram distribuídos para cada estado da Federação. Nos governos posteriores os CEFETs viveram dias difíceis. Foi somente no governo Itamar que houve algum investimento expressivo neles, sendo que três deles passaram a se destacar pela excelência: CEFET-PR, CEFET-RJ e CEFET-MG.
Em 2004 o governo Lula transformou o CEFET-PR em UTFPR, a primeira e única Universidade Tecnológica do país. Os outros dois CEFETs aguardaram seguir pelo mesmo caminho. Contudo, os planos do ministro da Educação Aloizio Mercadante impediram essa mudança. Foi um erro muito grave. Por exemplo, durante anos essas duas instituições não conseguiam contratar professores por conta de planos de carreira dos CEFETs e das Universidades serem diferentes. A fim de resolver a demanda dos CEFETs que queriam caminhar para o ensino superior é que surgiu a proposta dos Institutos Federais.
Os Institutos Federais surgiram em 2008, no governo Lula. Não foi apenas uma mudança de nome. Existia um plano estratégico que seria seguido à risca durante toda a década posterior. Os novos Institutos Federais tinham por missão interiorizar a Educação e ter uma área de atuação muito mais abrangente.
Por lei, os Institutos Federais devem fornecer pelo menos 20% de cursos de licenciaturas e formação de professores. Também por lei devem prover ensino médio integrado ao ensino técnico ou então o ensino técnico concomitante ao médio, onde o aluno faz o ensino médio em outra escola. Tem que fornecer 5% de vagas para cursos técnicos para Jovens e Adultos que não puderam concluir seus estudos quando eram adolescentes.
Também atuam em programas como Mulheres Mil, Pronatec e muitas outras parcerias com prefeituras, presídios, escolas públicas e universidades. Além disso, têm o status de Universidade, podendo prover cursos tecnólogos, cursos de Engenharia, Especialização, Mestrado e até Doutorado. O plano inicial era ter um Instituto Federal em cada cidade com mais de 50 mil habitantes.
Contada essa história, convém observar o tamanho da expansão dos Institutos somente nos últimos quatro anos e a perspectiva para 2017. Na tabela disponível pelo CONIF -- Conselho dos Institutos Federais -- podemos vislumbrar o vigor com que foram abertas vagas e criados campi pelo Brasil afora.
Os Institutos Federais são parte de uma ideia centenária. Surgiram em 1909, como política da época para formar mão de obra técnica. Em sua maioria, os alunos dessas escolas de Artífices vinham das camadas mais pobres da população.
Em 1978, o governo Geisel juntou as diversas escolas técnicas e montou os Centros Federais – CEFETs. Esses Centros foram distribuídos para cada estado da Federação. Nos governos posteriores os CEFETs viveram dias difíceis. Foi somente no governo Itamar que houve algum investimento expressivo neles, sendo que três deles passaram a se destacar pela excelência: CEFET-PR, CEFET-RJ e CEFET-MG.
Em 2004 o governo Lula transformou o CEFET-PR em UTFPR, a primeira e única Universidade Tecnológica do país. Os outros dois CEFETs aguardaram seguir pelo mesmo caminho. Contudo, os planos do ministro da Educação Aloizio Mercadante impediram essa mudança. Foi um erro muito grave. Por exemplo, durante anos essas duas instituições não conseguiam contratar professores por conta de planos de carreira dos CEFETs e das Universidades serem diferentes. A fim de resolver a demanda dos CEFETs que queriam caminhar para o ensino superior é que surgiu a proposta dos Institutos Federais.
Os Institutos Federais surgiram em 2008, no governo Lula. Não foi apenas uma mudança de nome. Existia um plano estratégico que seria seguido à risca durante toda a década posterior. Os novos Institutos Federais tinham por missão interiorizar a Educação e ter uma área de atuação muito mais abrangente.
Por lei, os Institutos Federais devem fornecer pelo menos 20% de cursos de licenciaturas e formação de professores. Também por lei devem prover ensino médio integrado ao ensino técnico ou então o ensino técnico concomitante ao médio, onde o aluno faz o ensino médio em outra escola. Tem que fornecer 5% de vagas para cursos técnicos para Jovens e Adultos que não puderam concluir seus estudos quando eram adolescentes.
Também atuam em programas como Mulheres Mil, Pronatec e muitas outras parcerias com prefeituras, presídios, escolas públicas e universidades. Além disso, têm o status de Universidade, podendo prover cursos tecnólogos, cursos de Engenharia, Especialização, Mestrado e até Doutorado. O plano inicial era ter um Instituto Federal em cada cidade com mais de 50 mil habitantes.
Contada essa história, convém observar o tamanho da expansão dos Institutos somente nos últimos quatro anos e a perspectiva para 2017. Na tabela disponível pelo CONIF -- Conselho dos Institutos Federais -- podemos vislumbrar o vigor com que foram abertas vagas e criados campi pelo Brasil afora.
A perspectiva para 2017
Para explicar o Orçamento de um Instituto é necessário saber
que temos três grandes contas de entradas de recursos.
Na primeira conta entram recursos para custeio. São os
gastos triviais de um campus. Existem gastos fixos dentro de cada campus, que
são chamados de contratos continuados (guarde bem esse nome!). São exemplos de
contratos continuados os serviços de vigilância, manutenção predial, limpeza e
jardinagem. Por serem serviços
terceirizados a tendência é que esses custos subam ano a ano, principalmente
por conta das convenções coletivas onde os salários dos trabalhadores
terceirizados são reajustados.
Nada mais justo num país de inflação acima de 6% ao ano. Na prática, isso significa que todos esses contratos continuarão subindo. Nessa conta também cabem todos os materiais de consumo: papéis, toners de impressoras, lâmpadas, livros, assinaturas de periódicos, uniforme, merenda, refeições (obrigatórias para alunos de curso integral), materiais de consumo em laboratórios, etc.
Nada mais justo num país de inflação acima de 6% ao ano. Na prática, isso significa que todos esses contratos continuarão subindo. Nessa conta também cabem todos os materiais de consumo: papéis, toners de impressoras, lâmpadas, livros, assinaturas de periódicos, uniforme, merenda, refeições (obrigatórias para alunos de curso integral), materiais de consumo em laboratórios, etc.
Pois bem, nessa conta o corte de todos os Institutos
Federais, os dois CEFETs e do Colégio Pedro II foi de 46% em comparação com
2016. Dos 3,246 bilhões iniciais somente 1,755 bilhão foram colocados no Plano
Orçamentário. Esse corte inviabiliza
muitos campi de funcionarem. Em alguns
casos, a soma dos contratos continuados é maior que o orçamento dessa conta.
A outra conta de entrada de recursos é
própria para obras e aquisição de recursos
permanentes, tais como equipamentos de laboratórios, reformas, novas
construções. Nessa conta o corte foi cruel. O orçamento total foi de 120 milhões, o qual foi repartido de forma
igual para todos os Institutos. Deu três milhões e pouco para cada um. Apenas para comparar: em 2016 o orçamento
nessa conta apenas para o IFSP, por exemplo, foi de 30 milhões. Os Institutos do Nordeste foram os mais
prejudicados com esse corte.
A última conta é destinada para Assistência Estudantil. Essa conta pode ser considerada uma das
maiores inovações do governo Dilma. O valor é distribuído diretamente aos
alunos através de contas bancárias gratuitas. Eu não posso, por exemplo, usar
esses recursos para pagar água ou luz. Isso garante que a política social será
aplicada de fato.
Esse orçamento é gerenciado por assistentes sociais que analisam o perfil social de cada aluno e distribuem auxílios para transporte, alimentação, aluguel, creche, compra de material escolar, etc. Também são comuns auxílios para viagens em caso de apresentação de trabalhos aprovados em congressos.
Esse orçamento é gerenciado por assistentes sociais que analisam o perfil social de cada aluno e distribuem auxílios para transporte, alimentação, aluguel, creche, compra de material escolar, etc. Também são comuns auxílios para viagens em caso de apresentação de trabalhos aprovados em congressos.
Nessa conta, importantíssima, pois os alunos dos Institutos
pertencem às camadas mais pobres da população, foi mantido o valor de 2016, que
foi próximo de 433 milhões. Embora
pareça uma notícia boa o fato é que não se levou em conta a inflação e a
entrada expressiva de novos alunos.
Como nenhuma outra conta reflete tanto o governo Dilma quanto essa, existe o
medo generalizado de que venha a ser extinta ou sofra cortes que a mutilem
totalmente no próximo ano.
Nas Universidades Federais as entradas e despesas são um
pouco diferentes. Contudo, o corte nos custeios também foi significativo. Em
muitos casos não resolve fechar cursos, pois alguns contratos continuados são
fixos. A solução mais drástica seria fechar um campus com menos alunos e
transferir recursos para os demais. Desnecessário explicar o quanto isso pode
afetar regiões inteiras do interior do país.
Alguns campi começam a cortar serviços, o que significa mais
gente desempregada. Outros desistem de abrir cursos mais caros. Não haverá
investimento em equipamentos, laboratórios e até mesmo compra de cadeiras. Alguns campi devem fechar
as portas nos próximos dois anos.
Embora o cenário seja realmente triste é importante lembrar
que os dois últimos atos administrativos
do governo Dilma acenaram para os Institutos. Um deles foi criar novos campi
Brasil afora. O outro foi suprir os Institutos com mais códigos de vagas para
contratar mais professores.
Como na cena final do filme A Lista de Schindler, onde Oskar Schindler dá uma garrafa de vodca e um pacote de cigarros aos seus empregados judeus para que sobrevivam logo após a invasão russa, assim a Presidenta Dilma nos municiou com prédios e docentes para continuarmos lutando ferrenhamente contra a nova filosofia de sucateamento que advém contra nós.
Como na cena final do filme A Lista de Schindler, onde Oskar Schindler dá uma garrafa de vodca e um pacote de cigarros aos seus empregados judeus para que sobrevivam logo após a invasão russa, assim a Presidenta Dilma nos municiou com prédios e docentes para continuarmos lutando ferrenhamente contra a nova filosofia de sucateamento que advém contra nós.
Com satisfação digo que iniciei minha vida acadêmica no curso de licenciatura em física, no IF de Bento Gonçalves e acho o cumulo ver alunos e professores de IFs dizendo "tchau querida", "fora corruPTos", "bolsomito 2018". Isso é cuspir pra cima.
ResponderExcluirEntão o deficit de 170 bilhões acumulados ao longo dos últimos 13 anos não tem nada haver. É tudo culpa do gópi.
ResponderExcluirAs reformas na previdência iniciadas ainda no governo Dilma (alteração na concessão de benefícios) já era uma prévia que as contas públicas não estavam boas.
#pas
Déficit de 170 bi? Você deve estar referindo a previsão de déficit do governo interino para este exercício né? Pois é, você viu a notícia no Jornal Nacional e pronto, já a considera um fato consumado, real. Primeiro que é uma previsão, segundo que há muito o que discutir por trás destes números. Você sabe por exemplo que os 170 bi são uma alteração na meta deficitária, que Dilma previa 96 bi apenas? Você tem consciência que nos 4 meses de Dilma neste ano ela executou apenas cerca de 30 bi de déficit? Se ela consumiu 30 bi restam 66 bi para os outros 8 meses, para quê então o governo interino elevou a previsão de déficit para 1710 bi? Vários motivos. Um deles para colocar nas costas de Dilma este peso, outro para ter mais margem para jogar com o orçamento sem responsabilidade e poder "COMPRAR" a efetivação do impeachment, entre outros. O mal do Brasileiro é que ele acredita em tudo que vê ou lê na grande mídia, não tem consciência questionadora, não se interessa em se informar, não quer buscar em várias fontes a mesma notícia para formar sua opinião por PURA PREGUIÇA. Por isso que estamos vivendo estes tempos e os reflexos destes tempos serão piores, mais intensos e perdurarão por décadas. O retrocesso vai nos cobrar uma conta altíssima.
ExcluirAbçs.
Carlos / Barbacena-MG
Que fechem. Tudo isso vem do que é tirado do meu imposto, educação deve ser paga. Quem puder pagar que pague ou não tenha filhos
ResponderExcluir^isso
ExcluirÉ isso aí. Fim da festa da gang do PT. E vai piorar. Deu pra sentir nas continências das olimpíadas? A mascara da esquerda caiu. O povo gosta do exercito, de ordem e não de bandidos.
ResponderExcluirA Lola tem que fazer uma sessão de descarrego, é muito espírito sem luz nesses comentários, minha Nossa Senhora... saravá!
ResponderExcluirÉ preciso muito espírito de porco pra falar desse jeito sobre os Cefets.
Dá desânimo ler os comentários desse blog ultimamente. O post mostra (de forma bem clara, por sinal), que ESCOLAS PODEM SER FECHADAS, e tem gente comemorando. Deve ser pq escola é coisa de comunista também, né?
ResponderExcluirTodo mundo tem direito de achar o que quiser sobre políticos, incluindo de achar Dilma é/foi uma governante péssima, inepta e burra (como eu acho), mas daí a achar que Temer está fazendo algo de bom pelo país ao ameaçar fechar escolas é uma longa distância.
Não sei se esse povo fala isso de má fé ou se acredita mesmo que Temers e Bolsonazis são o que o país precisa. E não sei se quero descobrir a resposta.
E anon das 12:49, vc sabe que esses atletas não eram militares de verdade, né? e q treinavam com as força armadas graças a programas de incentivo idealizados pelo PT? Então menos, muito menos...
Desse jeito. Estamos numa vertente de queda alucinante, não sei onde isso vai parar.
ExcluirCarlos / Barbacena-MG
Oi pessoal.
ResponderExcluirEu sou o irmão mais velho da Sylvie.
O que vou falar não tem a ver com o post mas, passo um aviso só pra ajudar.
Há algum tempo minha irmã me explicou o que era Feminismo e passei a admirar invés de repudiar(como fazia por ignorância).
Tem a coluna da Regina Navarro Lins do UOL com o tema "Porque certas mulheres preferem os machões" e a maioria de comentários foram de homens machistas, histéricos e que vomitaram um bando de conceitos pseudo-ciebtificos.
Um deles, skefou de forma cretkba que "mulheres são emocionais e homens são racionais, e mulheres só se guiam pelas emoções". Francamente nunca li tabta merda assim!
Fiquei incomodado porque achei ótimo o texto da Regina e vi poucas mensagens de mulheres, enquanto os babacas distorceram e despejaram um monte de preconceitos.
Eu já deixei recado rebatendo alguns dos otários.
Se vocês moças puderem comentar pra ajudar a Regina e de quebra botar os imbecis no lugar deles, seria legal.
implodam estes antros de formação e ninho de comunistas!
ResponderExcluirNossa, quanto comentário de extrema ignorância ou ruindade. Brasileiro só presta sofrendo, vivendo na subserviência, vivendo das migalhas e das surras do senhor de engenho.
ResponderExcluirGente, mesmo com o Temer destruindo anos e anos de direitos e conquistas tem gente que apoia esse lixo de governo.
ResponderExcluirA Universidade pública tem como objetivo democratizar o conhecimento, deve servir não apenas ao mercado, mas a ciência, as artes e a preservação da cultura popular. Pelo contrário viramos marionetes de países desenvolvidos, sem nenhum pensamento crítico.
a) Lola sou sua fã e adoro seu blog.
ResponderExcluirb) Eu sinto o misto de tristeza e satisfação com estas notícias. Tristeza ao ver escolas fechando sabendo que a população mais humilde vai ser prejudicada mas feliz porque eu estou gostando de ver a classe média pão com ovo sofrer as consequências por puxarem o saco dos ricos somente para se sentir por cima dos mais pobres.
c) No Rio de Janeiro uma aluna do Pedro II de origem humilde foi disputar uma olimpíada de neurociência nem sempre os gênios estão nas classes abastadas é necessário escola pública de qualidade.
a) Tenho críticas ao PT mas o projeto de transformar atletas em militares e o bolsa atleta foram criações petistas
ResponderExcluirAs coisas só chegaram a esse ponto por INCOMPETÊNCIA em gerir recursos público e roubalheira sem fim...
ResponderExcluirSe tivessem administrado o dinheiro com sapiência na época que a economia estava bem, ainda teríamos crise, mas não estaria falido!!!
E não é só culpa da direita não... a incapacidade (falta de vontade? pilantragem?) dos "administradores" existe e é bem real, independente de partido ou vertente política!!!
Jane Doe
(Viviane)
ExcluirInfelizmente, Jane Doe, como servidora pública, tenho de concordar. Por mais que a verba tenha diminuído, as ações de certos "gestores" são de chorar! Desde desperdício de água, energia, papel e impressão até compra de equipamentos sem o menor planejamento.
Uma historinha da repartição onde trabalho: comprou-se um equipamento avaliado em R$1.000.000,00 (isso mesmo: UM MILHÃO DE REAIS) e este ficou ao relento porque... era grande demais para a porta do local! Alguém já comprou um móvel para sua casa sem tirar as medidas da porta? Vai vendo...
Também trabalho em setor público e aconteceu caso semelhante aqui: compraram um equipamento caríssimo (mais um milhão de reais) e depois ficaram procurando quem quisesse usar. Ninguém precisava do equipamento, então os gestores estão tentando nos obrigar a usar o equipamento para justificar a compra ;_;
ExcluirNão sei se eu dou uma gargalhada por haver gente que posta comentários tão ignorantes sobre a educação superior pública ou se eu choro por já ter constatado que existe gente que pensa assim mesmo.
ResponderExcluirAqui em Brasília, antes do IFs, o ensino técnico público era quase uma sociedade secreta: acessibilidade restrita, distantes e bem desconhecidas. Mesmo com todo mundo dizendo que Ensino Técnico era o futuro (e como eu penei atrás de uma vaga para ensino técnico na área de design até desistir).
ResponderExcluirSó acho lamentável que, por motivos exclusivamente de birra e pela filosofia do quanto pior melhor, tenha gente comemorando o fim dos IFs. Não é de causar espanto, visto que o Ensino Técnico proporciona um caminho para profissionalização sobretudo dos mais pobres enquanto o sonho da Universidade ainda não é acessível. Ou seja, é gente comemorando que uma via de desenvolvimento do país, que é a formação de profissionais técnicos, tão necessários em todos os 3 setores da economia, está sendo extinta. O que esperar de gente que comemora em viver num país de abismo social né?
Anon das 12:45,
ResponderExcluirTudo sai do seu imposto? Sério? Conte-me mais sobre como é ser trilhardário e saber que vc sustenta sozinho todo o orçamento federal da educação. Baixa a bola, troll de bosta, a sua participação é ínfima no montante final (se é q vc trabalha, se não or um mascu a toa sustentado pela coitada da sua mãe).
Um interino golpista ameaça destruir escolas, e tem gente q comemora. Pelo amor de Odin, tá dificil lidar com alguns seres humanos
16:16, na verdade eles (classe média) não apoiam Temer. Jamais votariam nele.
ResponderExcluirO recado é muito claro: o sonho acabou negada. Cês pobres vão voltar a andar de pau-de-arara e virar serviçal da classe média. Nada de Universidade e Ensino Técnico pra vcs, desulivre cês virarem colegas de faculdade ou de trabalho dos merecedores filhos da classe média. Cabou o refresco, cotistas, voltem para o lugar de onde vieram. Brasil voltará a ser Dinamarca (para os ricos do asfalto) e Serra Leoa (para os pobres do morro).
Só que a conta vai chegar depois. Quando chegar a hora de cortar na carne da classe média e eles começarem a vender seus carros 0km, adiar a viagem à Disney ou ver o sonho de passar num concursão dando ruim, aí sim, vão se lembrar da cagada que fizeram. Mas não vão dizer jamais, pq quem os atirou à lama fora a esquerda.
Poisé, Viviane...
ResponderExcluirVou ser sincera com vocês - eu não entendo muito de política, ou economia - mas tenho uma boa ideia de matemática básica.
Se eu INVESTIR meu dinheiro - esse dinheiro não só retornará, mas trará lucro
Se eu GASTAR mais do que ganho, eu terei dívidas - e dívida é um monstro que só cresce!!!
Notem a abissal diferença entre INVESTIMENTO e GASTO!!!
Outro exemplo da extrema incompetência (falta de vontade? pilantragem?) - obras que nunca são terminadas ou quando terminadas foram tão mal feitas que já precisam de reforma (que custará 3x o montante inicial), contratos superfaturados, notas falsificadas (tipo, caneta bic que "custa" $120,00) pencas e pencas de funcionários inúteis que só consomem recursos e não produzem NADA!! E todo tipo de vadiagem com o dinheiro público. Dinheiro pago com exorbitantes impostos. Impostos que saem do bolso de todo mundo. Dos empresário, médicos, professores, pedreiros, varredores de rua...
Qual o resultado? Cortes em setores vitais para o funcionamento do país, economia e sociedade.
Cortes em INVESTIMENTOS (alguém ainda acha que educação é gasto??? O.O) - mas os GASTOS REAIS... ah, esses continuam cada vez maiores!!!
Jane Doe
É impressionante os comentários. Acompanho a Lola há anos. Nunca as coisas estiveram assim.
ResponderExcluirOs ignorantes venceram mesmo. Não importa se é culpa de Temer ou Dilma, importa que essas pessoas estavam estudando e não poderão mais enquanto o orçamento de cafezinho do Congresso é maior do que os três milhões dados para sustentar o custeio de um instituto.
Gente, não adianta nos dividir em direita e esquerda, adianta todos nós velarmos por nosso país para além do futebol.
Cara, fico muito triste, tem sido difícil respirar. Minha vontade às vezes é desistir.
Aquela Sara Winter mentindo, a menina que acusou o Feliciano sendo destruída, enrolam a Maria do Rosário no meio da palhaçada, aplaudem uma Olimpíada que arrasou com a vida de brasileiros., a ignorância, a deselegância, o horror, o horror
E ninguém fala em Belo Monte, essa tragedia que houve para o povo indígena. Nem em Mariana.
Mas todos querem ver os Jogos.
Alguém aqui já viu a Grande Beleza?
O Brasil é aquela festa linda.
Alê
O Brasil é bizarro. É o único país onde as pessoas comemoram fechamento de escolas e institutos técnicos, que, querendo ou não, significam mão-de-obra qualificada e preparada para contribuir com a economia do país. Ao invés disso, eles preferem pagar salários baixos a mão de obra não qualificada, implicando em aumento de custos gerados pela falta de qualificação e consequentemente menor inovação e valor agregado.
ResponderExcluirEu nunca vou entender esse pensamento tão imediatista e sem visão. Seguimos.
O nível dos comentários caiu muito quando a Lola decidiu deixar por padrão os comentários anônimos ativos.
ResponderExcluirDeath: com um nome destes você não tem moral para criticar a Lola por permitir os anônimos. Se você se chamasse João, Jose, Maria. Martha, Sebastião, tudo bem...
ResponderExcluirAbaixo palavras de um dos únicos políticos absolutamente acima de qualquer suspeita do Brasil, Pedro Simon, a respeito do impeachment. Alguém ainda terá coragem de falar em golpe? Alias nem deferiam estar falando em golpe uma vez que o Temer é vice da Dilma, ou seja, o governo continua. Doença autoimune na política resulta nisso aí.
ResponderExcluirUOL - Como o senhor viu o processo de impeachment?
Pedro Simon - O processo está andando dentro da mais absoluta liberdade, independência e seriedade. Não podemos falar em golpe ou coisa parecida porque os órgãos funcionaram, o Congresso funcionou, o STF (Supremo Tribunal Federal) funcionou. Foi uma página bonita. Claro que não gostaríamos que isso tivesse acontecido, mas faz parte da democracia.
Uma maneira simples de resolver o problema é implementar crédito estudantil.
ResponderExcluirSe o aluno quer fazer faculdade e não tem dinheiro para pagar, faça o curso agora e pague depois de formado.
Que seja um financiamento em 10 anos com um juros menor que a Selic.
Está desempregado? Trabalhe para a faculdade ou para outra instituição.
As pessoas querem educação gratuita, mas esquecem nada é de graça nesse mundo.
Estamos pagando caro para cada aluno que se forma.
O aluno tem que saber o gasto que ele está gerando e pagar essa dívida para a sociedade.
E o mais importante, aprender que não existe almoço grátis.
Eu tbm não gosto do Temer, mas foi o PT que fez aliança com ele 2x.
ResponderExcluirMaria, já existem diversos programas de financiamento de crédito estudantil. Quando o aluno ingressa numa faculdade o mercado é um e quando se forma o cenário é outro. Todos os dias os noticiários informam a quantidade absurda de jovens formandos desempregados e que conseguem emprego numa área diferente de sua formação ou aceitando empregos com qualificação bem abaixo da que ele tem. Cada vez mais os jovens se endividam mais cedo por simplesmente quererem estudar e se qualificar.
ResponderExcluirAliás, essa é uma lógica que premia a mediocridade. A pessoa investe tempo e dinheiro na sua formação para conseguir o mesmo emprego de quem não se esforça.
E como já falaram aí em cima, o brasileiro parece andar na contra-mão da lógica do capitalismo vigente. Enquanto a economia precisa de mão de obra qualificada capaz de trazer inovação e agregar valor ao produto, no Brasil, prezam apenas pela mão de obra barata e incapaz de inovações nos processos. Por pessoas que tratam a educação e pesquisa como gasto e não como um investimento é que seremos a eterna nação do futuro, sempre na rabeira quando se trata de pesquisa, inovação e qualidade de educação.
Brasileiro é riquíssimo na pior pobreza que existe, a pobreza de espírito. Tão aí comemorando o fechamento de institutos de educação, a diminuição da mão de obra qualificada, a precarização da educação, as oportunidades que várias pessoas vão perder de melhorar de vida, e isso por quê? Porque não quer que o filho universitário seja colega do filho do pedreiro. Porque não quer morar no mesmo bairro da empregada. Porque não quer ver a recepcionista do escritório no aeroporto. Porque não quer dar de cara com o cobrador de ônibus no shopping. Tem coisa mais nojenta? Brasileiro é de raça ruim mesmo...
ResponderExcluirNão, titia, não existe uma coisa tão nojenta, asquerosa do que isso. Obrigada pelo seu comentário, porque dá um desânimo de ler esses outros...
ResponderExcluirIza
Jane Doe,
ResponderExcluirRealmente você não entende de economia.
Investimento não garante retorno, muito menos lucro. Investimento somente visa o aumento do patrimônio. O que não falta é exemplos de investimento sem retorno, principalmente investimentos em empresas e inovação. Investimento envolve riscos, e no Brasil o risco de qualquer investimento é ENORME!
Infelizmente, as carreiras científicas no Brasil são subestimadas. Para se formar bons químicos,biólogos,físicos e matemáticos requer vários anos de estudos e aprofundamento, mas o pagamento é inferior a qualificação desses pesquisadores. Depois ainda reclamam do Brasil nunca ter ganho prêmio Nobel, quando as carreiras são desvalorizadas e não existe recursos suficientes para arcar com os projetos.
ResponderExcluir18:03 nota-se, pelo seu pensamento, a lógica do empresário brasileiro. Ele reclama dos impostos, ele reclama da concorrência, do governo, das leis trabalhistas, mas não percebe o que ele está fazendo de errado.
ResponderExcluirInvestimento nem sempre pode garantir retorno, mas há investimentos de diferentes riscos. As nações que conseguiram avanço tecnológico o fizeram com investimentos em educação e especialmente nas áreas técnicas voltadas ao desenvolvimento tecnológico e de pesquisa. O pensamento do empresário brasileiro é querer ter o máximo de lucro investindo o mínimo possível enquanto nos demais países procura-se investir com maior eficiência.
Ou seja, ele quer ter clientes, mas não acha publicidade e marketing um gasto à toa; ele quer ter os melhores empregados, mas quer pagar o mínimo possível e depois choraminga se a concorrência oferecer mais benefícios a quem tem melhor formação e qualificação; ele quer se diferenciar da concorrência, mas não gasta um minuto do tempo para pensar como e onde pode melhorar seus recursos.
Claro, é a lógica. Empresário que tá comemorando isso não pode reclamar da falta de mão de obra qualificada e que essa mão de obra qualificada disponível vai querer ficar na empresa que lhe der melhores condições de trabalho. Ou que se contente com mão de obra pouco qualificada e consequentemente pior qualidade e menos valor agregado aos seus produtos e serviços. É uma escolha né.
O Carlos tem toda a razão! as pessoas assistem na Globo aquela notícia rasa, sem nenhum questionamento, sem nenhum argumento, sem nenhuma profundidade e ficam com aquilo na cabeça matutanto: "olha, se eles falaram que o déficit é bem maior do que a Dilma previa, e todo o santo dia falam aqui no jornal sobre a Lava Jato, do triplex do lula e dos pedalinhos do sítio, então é óbvio, o Bonner nem precisa dizer, eu entendi tu-di-nho!!! Foi o PT e o Lula, com a Dilma que quebraram o país, para roubar e comprar imóveis milionários!!! Ela maquiava as contas públicas para dizer que estava tudo bem e nem tava tão bem assim (foi isso que o brasileiro assistidor de tv tirou de mais profundo das noticias televisionadas das pedalas fiscais). Além disso, como esse povo de blog, de internet, de universidade diz que não é isso se eu sou um cara informado que assisto todo dia jornal? Além disso, se foi o PT que criou esse tanto de instituto e universidade, não deve ter sido pelo bem (nunca ninguém governou pelo bem da população no Brasil!) só pode ter sido para tirar alguma vantagem! Re-eleição! É essa a grande vantagem que o PT viu!! então fechem todas!!! inadmissível universidade! antro comunista de compra de voto de população pobre!!
ResponderExcluirPronto, o jornal só faz um desenhinho com pontinhos, para o assistidor de jornal ligá-los e entender o recado! Tá aí o resultado em boa parte dos comentários!
Considerando que o ensino público, municipal estadual federal é uma MERDA, que as universidades estão completamente sucateadas, dominadas por elitismos politicos em núcleos que não convergem e que basicamente tudo que é público no Brasil é absolutamente isento de qualquer controle de qualidade e apresentação de resultados, por mim podia privatizar a porra toda e o governo trabalhar com o sistema de vouchers.
ResponderExcluirPorque não adianta, universidade pública não é pra pobre não, é pra rico. Não faz O MENOR E MAIS REMOTO SENTIDO todo mundo custear estudo de quem já teve tudo na vida e tem condição de pagar 3 anos de cursinho quase tão caro quanto a mensalidade de uma particular.
discordo de vc 14:49 no que tange à "já que é só pra rico, bora privatizar de uma vez". O sistema de vouchers tem um montão de defeitos, já que boa parte da sua eficiência seria seu funcionamento num mundo liberal ideal, e a gente sabe que aqui é Brasil. Só pra citar um ponto: com vouchers, quem for do interior ou cidades pouco populosas pode esquecer que vai ter um milhão de opções. As escolas vão correr pra onde o dinheiro e as pessoas circulam.
ResponderExcluirNo mais, apesar de eu estar ciente que estou pagando pra filho de rico estudar; se um pobre que for sair de lá formado, meus impostos já valeram.
Ao Carlos / Barbacena-M
ResponderExcluirO défcit aumentou pq o que a Dilma propôs era incompatível com a realidade do país. Maquiagem pura e simples.
E aí? O que fazer? Colocar a culpa em um governo de meses ou aceitar a realidade de uma ingerência nas contas públicas praticada há anos?
A realidade é difícil de aceitar, mas quando se aceita a gente consegue pensar melhor.
;)
"discordo de vc 14:49 no que tange à "já que é só pra rico, bora privatizar de uma vez". O sistema de vouchers tem um montão de defeitos, já que boa parte da sua eficiência seria seu funcionamento num mundo liberal ideal, e a gente sabe que aqui é Brasil. Só pra citar um ponto: com vouchers, quem for do interior ou cidades pouco populosas pode esquecer que vai ter um milhão de opções. As escolas vão correr pra onde o dinheiro e as pessoas circulam.
ResponderExcluirNo mais, apesar de eu estar ciente que estou pagando pra filho de rico estudar; se um pobre que for sair de lá formado, meus impostos já valeram."
Eu ri do "no interior"... amigo, só pra te informar, bolsa-família a rigor é voucher também.
E se você quiser continuar sustentando filho de rico, vai fundo parça! Vamos continuar nesse sistema falido mesmo porque afinal de contas, nada como continuar fazendo a mesma merda de sempre esperando que o milagre de um resultado diverso aconteça.
Também tô desanimada pra burro, Iza. Brasileiro parece que não evoluiu nada nesses 1500 anos, continua querendo ver a "corte" mandar em tudo e Foda-se com F maiúsculo se essa mesma corte está ferrando o povo. Brasileiro quer aplaudir a corte e sonhar em fazer parte dela. Me lembra do filme Carlota Joaquina A Princesa do Brasil em que um casal de brasileiros foi expulso à força, arbitrariamente, da própria casa pra alojar Carlota e alguns parasitas da corte portuguesa e a mulher ainda fica puxando o saco da rainha-que, todos sabem, odiava o país a tal ponto que bateu os sapatos quando voltou pra Portugal. A classe média brasileira é exatamente assim, quer bajular a corte mesmo que a corte esteja pisando e cagando neles na esperança de ser incluída, e enquanto a inclusão não vem eles querem pisar nos pobres pra se sentirem "casta superior". E isso sem contar as infantilidades de clubinho "Eu voto em qualquer um desde que não seja do PT!" que eu tô ouvindo gente com 30 ou mais anos na cara dizer por aí.
ResponderExcluirNa mão dos direitistas classe média querendo ser corte, esse país não tem futuro nenhum.
07:16
ResponderExcluirSério mesmo que você tá comparando um voucher que visa complementação de renda com um que implica num direito básico fundamental? Sério mesmo?
Vou desenhar pra vc.
Bora lá: Sistema de vouchers. A pessoa recebe um voucher e pode matricular seu filho na escola que escolher. Na teoria, perfeito. Você tem liberdade de escolha onde seu filho pode estudar na escola que melhor lhe convier. Mas na prática essas escolhas são bem delimitadas pela oferta de escolas na região.
Um dos princípios básicos é que é direito da criança e adolescente o acesso ao estudo. Bem ou mal, criança tem que estar na escola e o Estado tem que prover esse acesso. É claro que acontece casos onde a escola é precária e o sistema não funciona direito. Nas zonas rurais, pessoal pena para poder estudar.
Serviços básicos são assim. O Estado é obrigado a prestar mesmo que isso acarrete em prejuízo, pois o Estado não visa o lucro.
Aí vc coloca a responsabilidade da educação na escola privada. Ela não é obrigada, por exemplo, a estar em zonas de difícil acesso, segue a prerrogativa de estar em locais onde a demanda por serviços é maior e mais conveniente. No mundo liberal ideal, essa escola iria para o interior e zonas de pobreza pois não enfrentaria a concorrência de outras, mas na prática, você acha mesmo que isso aconteceria? O resultado seria um abismo muito grande entre a educação dos grandes centros e das zonas periféricas, maior do que já existe hoje.
"Ah, mas o Estado pode regular onde essas escolas estarão", isso não é proposto pelas ideiais liberais, pois este estaria interferindo na economia. Mesmo que isso opere em regime de concessão - e não sob a perspectiva liberal - é uma realidade que as empresas que operam neste regime em nome do Estado façam propostas em nome da economicidade e da margem do lucro. Exemplo: empresas de transporte que diminuem a frota em período de férias escolares.
É claro que me incomodo com o sistema beneficiando os ricos. Mas a alternativa que você propõe, a meu ver, gera problemas que podem mascarar a qualidade da educação e que todas as suas disfunções devem ser examinadas antes da implantação.