Vários comentários deixados num post polêmico em que um americano narra seu casamento aberto foram meio decepcionantes. Muita gente julgou o cara e viu "angústia" em seu relato.
Eu não vi angústia. Pessoalmente, não gostaria de viver num casamento aberto. Sou monogâmica há décadas, estou acostumada. Mas não preciso nem lembrar que o casamento tradicional, monogâmico, está longe da perfeição.
Por isso, essa abertura demonstrada no post pode ser uma opção para algumas pessoas.
Por isso, essa abertura demonstrada no post pode ser uma opção para algumas pessoas.
Gostei muito dos comentários da Rê Bordosa, que reproduzo aqui:
Quando aparece o tema "relacionamento aberto" dá pra ver a máscara de moderninho cair do rosto de muita gente, revelando por baixo um monte de preconceitos e cagação de regra.
Feminista não é obrigadx a ter relacionamento aberto, assim como não é obrigadx a ter relacionamento fechado. É algo a ser discutido, acertado em comum acordo, como fez o casal.
E onde entra o feminismo nisso? Simples: o autor do texto enxerga a mulher como pessoa, como indivíduo, autônoma, dona do próprio corpo e da própria sexualidade. Não é para isso que lutamos, para que o mundo nos veja assim?
E gostaria de propor uma reflexão: será que esse estranhamento todo em achar bizarro o relacionamento relatado ali, em chamar o cara de corno, dizer que ele tem autoestima baixa, não é o machismo internalizado falando?
Será que não seria essa uma oportunidade de desconstruir esses preconceitos? Homem que não tem a mulher ali como posse exclusiva é corno? Um cara que cede aos desejos da mulher é um coitadinho? Se ele escolheu trabalhar em casa ta fadado a ser trocado por outro porque mulher gosta é de macho viril forte e provedor? Ele tem autoestima baixa porque não oprime a esposa? Galera, não são exatamente esses conceitos que queremos derrubar?
Será que não seria essa uma oportunidade de desconstruir esses preconceitos? Homem que não tem a mulher ali como posse exclusiva é corno? Um cara que cede aos desejos da mulher é um coitadinho? Se ele escolheu trabalhar em casa ta fadado a ser trocado por outro porque mulher gosta é de macho viril forte e provedor? Ele tem autoestima baixa porque não oprime a esposa? Galera, não são exatamente esses conceitos que queremos derrubar?
Me identifiquei muito com o texto. Eu também vivo um relacionamento aberto com meu marido. Estamos juntos há 14 anos, ou seja, estamos durando mais tempo que muito casal tradicional da casinha de cerquinha branca.
É tudo uma maravilha sempre? Não. Temos problemas? Claro que temos. Todo casal tem, mas quem ama dá seu jeito. A gente conversa, contorna, eu vou cedendo de um lado, ele vai cedendo de outro e entramos num acordo.
Dos 14 anos que estou com meu marido, os 3 primeiros foram relacionamento fechado. Tudo começou quando beijei uma amiga e gostei. Contei pro maridão e ele ficou de boa. Perguntei se topava abrir o relacionamento ele topou.
De início foi aquele cagaço da minha parte e da dele, com medo de julgamentos dos amigos, colegas e família. Tendo também o "agravante" que minha bissexualidade é mais um tabu pra sociedade.
Ficamos meio perdidos no comecinho, sem nenhuma referência. Não tínhamos com quem falar do assunto, não queríamos contar pras pessoas. Mesmo que contássemos, nenhum dos nossos conhecidos até então tinha vivido qualquer experiência parecida. Eu conhecia pouquíssimas lésbicas ou bissexuais e ninguém que tivesse relacionamento aberto. Até na internet eu não encontrei muita coisa relevante sobre isso. Internet de 11 anos atrás não era essa facilidade de informação que é hoje.
Para quem entra em um relacionamento tradicional, há certas facilidades: as regras de convivência, o que pode e o que não pode, o que se espera de um comportamento feminino e masculino... Tudo isso já faz parte do senso comum, é pré-estabelecido, basta seguir a cartilha. Para o relacionamento aberto, se você não está inserido nessa cultura logo no começo, como no meu caso, você tem que reinventar a roda, criar regras e definir expectativas tudo do zero, na tentativa e erro.
No comecinho eram muito poucas experiências, dificuldade de encontrar parceria, justamente por estarmos inseridos na época em um circulo social monogâmico e heteronormativo. Pra completar, Brasília é uma cidade careta que só. Com pouquíssimas festas e boates temáticas para casais, e todas elas meio escondidinhas, sem muita propaganda. Mas fomos nos virando e a situação foi melhorando.
Já que eu estava interessada em mulheres, comecei saindo para boates LGBT. Desde o início adotei a postura de avisar logo às moças que eu tenho marido (ainda faço isso, não quero enganar ninguém nem arrumar confusão). Tomei toco e fui xingada um monte (vez ou outra ainda acontece, faz parte de viver em um mundo cheio de moralistinha babaca).
Tipo, você diz que tem marido e tudo mais, pra saber se a pessoa topa. E ela se emputece e sai te chamando de safada, canalha, destruidora da família brasileira e acha aquilo um abéçuuuuuurdo! Detalhe: nunca foi uma abordagem desrespeitosa, eu chegava de boa ou esperava chegarem em mim. Cadê o absurdo e a canalhice em pessoas adultas querendo relacionar-se sem compromisso e botando as cartas na mesa pra todos os envolvidos? Eu não vejo onde, mas esse povo encontra chifre em cabeça de cavalo, enfim. Por outro lado, entre tocos e xingadas eu conheci muita gente bacana, tive experiências ótimas e com muitas tenho amizade até hoje.
E veio a época do saudoso orkut. Eu criei um perfil alternativo para conhecer pessoas e fui descobrindo várias comunidades de quem queria o mesmo que eu. Além de marcar encontros pra conhecer pessoalmente, comecei a ficar por dentro de festas/ eventos/ boates aqui por perto. Também fui a outras cidades e as moças vieram para cá também.
Com o tempo, conhecendo gente com relacionamentos parecidos com o meu e necessidades semelhantes às minhas, fui percebendo que eu não era a bizarra com um casamento bizarro, mas uma mulher livre e feliz, que teve a sorte de encontrar um cara incrível e mente aberta o suficiente para topar a proposta e embarcar.
Daí fui desencanando, comecei a não ter vergonha de me encontrar e demonstrar afeto em locais públicos, contei pros amigos mais chegados, depois para os conhecidos, depois para os meus pais. Tem gente do trabalho, da família e uns conhecidos para quem nunca falei nada porque não é da conta deles, mas já não tô nem aí se descobrirem.
Um fato interessante é que, à medida em que as pessoas vão descobrindo sobre nós, muitas vão tomando liberdade para contar segredos, pedir conselhos e até fazer "propostas". Sabe aquela sua amiga religiosa, homofóbica e cagadora de regra? Não estranhe se um dia ela descobrir seu casamento aberto e te chamar pra transar, acontece. Quem mais critica gratuitamente é quem tá louco pra fazer e não tem coragem.
Dos 14 anos que estou com meu marido, os 3 primeiros foram relacionamento fechado. Tudo começou quando beijei uma amiga e gostei. Contei pro maridão e ele ficou de boa. Perguntei se topava abrir o relacionamento ele topou.
De início foi aquele cagaço da minha parte e da dele, com medo de julgamentos dos amigos, colegas e família. Tendo também o "agravante" que minha bissexualidade é mais um tabu pra sociedade.
Ficamos meio perdidos no comecinho, sem nenhuma referência. Não tínhamos com quem falar do assunto, não queríamos contar pras pessoas. Mesmo que contássemos, nenhum dos nossos conhecidos até então tinha vivido qualquer experiência parecida. Eu conhecia pouquíssimas lésbicas ou bissexuais e ninguém que tivesse relacionamento aberto. Até na internet eu não encontrei muita coisa relevante sobre isso. Internet de 11 anos atrás não era essa facilidade de informação que é hoje.
Para quem entra em um relacionamento tradicional, há certas facilidades: as regras de convivência, o que pode e o que não pode, o que se espera de um comportamento feminino e masculino... Tudo isso já faz parte do senso comum, é pré-estabelecido, basta seguir a cartilha. Para o relacionamento aberto, se você não está inserido nessa cultura logo no começo, como no meu caso, você tem que reinventar a roda, criar regras e definir expectativas tudo do zero, na tentativa e erro.
No comecinho eram muito poucas experiências, dificuldade de encontrar parceria, justamente por estarmos inseridos na época em um circulo social monogâmico e heteronormativo. Pra completar, Brasília é uma cidade careta que só. Com pouquíssimas festas e boates temáticas para casais, e todas elas meio escondidinhas, sem muita propaganda. Mas fomos nos virando e a situação foi melhorando.
Já que eu estava interessada em mulheres, comecei saindo para boates LGBT. Desde o início adotei a postura de avisar logo às moças que eu tenho marido (ainda faço isso, não quero enganar ninguém nem arrumar confusão). Tomei toco e fui xingada um monte (vez ou outra ainda acontece, faz parte de viver em um mundo cheio de moralistinha babaca).
Tipo, você diz que tem marido e tudo mais, pra saber se a pessoa topa. E ela se emputece e sai te chamando de safada, canalha, destruidora da família brasileira e acha aquilo um abéçuuuuuurdo! Detalhe: nunca foi uma abordagem desrespeitosa, eu chegava de boa ou esperava chegarem em mim. Cadê o absurdo e a canalhice em pessoas adultas querendo relacionar-se sem compromisso e botando as cartas na mesa pra todos os envolvidos? Eu não vejo onde, mas esse povo encontra chifre em cabeça de cavalo, enfim. Por outro lado, entre tocos e xingadas eu conheci muita gente bacana, tive experiências ótimas e com muitas tenho amizade até hoje.
E veio a época do saudoso orkut. Eu criei um perfil alternativo para conhecer pessoas e fui descobrindo várias comunidades de quem queria o mesmo que eu. Além de marcar encontros pra conhecer pessoalmente, comecei a ficar por dentro de festas/ eventos/ boates aqui por perto. Também fui a outras cidades e as moças vieram para cá também.
Com o tempo, conhecendo gente com relacionamentos parecidos com o meu e necessidades semelhantes às minhas, fui percebendo que eu não era a bizarra com um casamento bizarro, mas uma mulher livre e feliz, que teve a sorte de encontrar um cara incrível e mente aberta o suficiente para topar a proposta e embarcar.
Daí fui desencanando, comecei a não ter vergonha de me encontrar e demonstrar afeto em locais públicos, contei pros amigos mais chegados, depois para os conhecidos, depois para os meus pais. Tem gente do trabalho, da família e uns conhecidos para quem nunca falei nada porque não é da conta deles, mas já não tô nem aí se descobrirem.
Um fato interessante é que, à medida em que as pessoas vão descobrindo sobre nós, muitas vão tomando liberdade para contar segredos, pedir conselhos e até fazer "propostas". Sabe aquela sua amiga religiosa, homofóbica e cagadora de regra? Não estranhe se um dia ela descobrir seu casamento aberto e te chamar pra transar, acontece. Quem mais critica gratuitamente é quem tá louco pra fazer e não tem coragem.
Porém, independente do relacionamento ser aberto ou fechado, o que não pode é faltar amor, confiança, respeito e consideração.
Quem olha de fora acha que o complicado do relacionamento aberto é a pessoa amada fazer sexo com outro... Não é. Os detalhes, os pequenos detalhes que fazem a diferença.
Aquele cuidado de ambos, de nunca dizer coisas que magoem de verdade. Casamento é uma relação de confiança, você se abre e se mostra para o outro da forma mais verdadeira (pelo menos é assim que deveria ser). Você conta seus maiores medos, inseguranças, defeitos, tabus, pontos fracos... E você sabe que a pessoa está ali para te acolher e não para te julgar e que cada crítica será terna e bem intencionada.
Imagina por exemplo, se ele te conta em segredo que nunca superou a rejeição dos pais, que sempre preferiram o irmão mais novo e que isso sempre foi um golpe na autoestima dele. Daí na primeira briga por qualquer besteira você diz "Seus pais têm razão, você é um bosta, eu devia era ter casado com seu irmão". Meus parabéns! Você acabou de meter uma facada no relacionamento de vocês. Parece uma besteirinha? Mas não é.
Dali a umas poucas semanas você mal vai se lembrar sobre o que era a briga... Mas ele lembrará para sempre que você abusou da confiança que tinham para feri-lo. Ele não te contará mais nada porque sabe que tudo que ele disser será usado contra ele. Ele vai sentir que você não o ama, que não tem consideração por ele, vai se fechar.
Em contrapartida, talvez ele te ataque de volta e jogue na sua cara todos os fatos que te machucam. Daí, é ladeira abaixo. Relacionamento aberto nessa situação? Esquece. Pois pra isso é necessário que haja confiança e vocês já não confiam mais um no outro, já não tem certeza dos sentimentos um do outro.
Dali a umas poucas semanas você mal vai se lembrar sobre o que era a briga... Mas ele lembrará para sempre que você abusou da confiança que tinham para feri-lo. Ele não te contará mais nada porque sabe que tudo que ele disser será usado contra ele. Ele vai sentir que você não o ama, que não tem consideração por ele, vai se fechar.
Em contrapartida, talvez ele te ataque de volta e jogue na sua cara todos os fatos que te machucam. Daí, é ladeira abaixo. Relacionamento aberto nessa situação? Esquece. Pois pra isso é necessário que haja confiança e vocês já não confiam mais um no outro, já não tem certeza dos sentimentos um do outro.
Relacionamento aberto é um salto de fé. Você só pula se tiver certeza que o outro estará lá pra te segurar, caso contrário vai dar com a cara no chão.
Meu conselho em todos os casos: mais empatia, mais compaixão e em contrapartida mais amor próprio. Tem a farra? Tem. É legal cair na balada enquanto o outro fica em casa. Mas também é necessário abrir mão da farra quando x parceirx adoecer e precisar de cuidados ou simplesmente você perceber que elx tá carente e precisando de colo. É legal dar mais que chuchu no pé da serra? É. Adoro! Mas tome os cuidados necessários pra não ficar doente e não levar doença pra casa. É bom ter liberdade? Sim, mas já diria o tio do homem aranha, "grandes poderes requerem grandes responsabilidades".
Encontrar o ponto de equilíbrio entre suas necessidades e as necessidades do outro não é fácil, você vai tropeçar, vai errar, mas não pode deixar de tentar e fazer o seu melhor.
Eu entendo quem quer manter discrição, porque também já passei por essa fase. Meu conselho é: conheça pessoas em ambientes "mente aberta" de sua cidade e internet. Se você encontrar alguém conhecido por lá, a pessoa muito provavelmente vai te entender e será discreta, pois se está nesses lugares está na mesma situação que você. Tem o risco de alguém descobrir? Tem. Mas a vida é muito curta pra viver da opinião dos outros.
Eu entendo quem quer manter discrição, porque também já passei por essa fase. Meu conselho é: conheça pessoas em ambientes "mente aberta" de sua cidade e internet. Se você encontrar alguém conhecido por lá, a pessoa muito provavelmente vai te entender e será discreta, pois se está nesses lugares está na mesma situação que você. Tem o risco de alguém descobrir? Tem. Mas a vida é muito curta pra viver da opinião dos outros.
Prevejo feministas fiscais de vagina por aqui \/
ResponderExcluirCreio que a última imagem se refira a poliamorismo, não a RL. A maioria dos relacionamentos poliamor são fechados.
ResponderExcluirEnfim, já devem ter ideia do que comentaria, economizarei teclado.
Eu nao tenho nada contra quem aceita o relacionamento aberto.
ResponderExcluirDesde que seja aberto mesmo, para as duas partes.
Mas eu tenho algumas considerações.
Primeiramente,
acho mais "viavel", na minha realidade, aqueles relacionamentos "trio", onde as 3 pessoas sao assumidas igualmente. (embora meu relacionamento seja monogamico, nao tenho contra os trios)
Quanto ao relacionamento aberto, eu tenho receio por duas questoes:
- medo de contaminação por alguma doença (caso algum metodo falhe) ou uma gravidez por qualquer um dos lados envolvidos
-segundo,
eu acho que é "expor" muito @ parceir@
Claro, que mesmo num relacionamento monogamico, pode um colega de trabalho ou vizinho ou etc encanar com uma das partes e resolver perseguir e etc. Infelizmente, ninguem está livre disso.
Mas em um relacionamento aberto, e se uma das pessoes com quem um deles se envolve, se uma dessas pessoas se apaixona e resolve perseguir e incomodar a outra parte ?
é que eu já vi alguns casos de amantes (homens e mulheres) que fizeram isso, e nao era relacionamento aberto, mas importunaram a vida do outro, alguns colocando até a vida em certo risco.
É algo que eu teria medo. Nao sei se alguem aqui ja passou por isso e tem algo a acrescentar.
Ninguém está livre disso, mesmo em um relacionamento monogamico. Mas é que acho que, num relacionamento aberto, a chance disso acontecer aumenta muito.
Acho que não teria capacidade psicológica pra isso não. Acho legal quem consegue
ResponderExcluirTenho relacionamento há 9 anos fechado, tenho confiança plena, nunca tivessos ciumes e tals.Olhar eu até olho, mas nunca senti um desejo louco por outta pessoa a ponto de querer algo mais.Acho que é meu lado psicótico, penso que vou ficar carregando mais germes e mais aura e ficar transferindo pro meu namorado, sei lá. Mas é o meu caso.
Tenho certeza que se insistisse nisso, meu namorado topava, mas nós somos 2 topeiras que odeiam balada e curtem um sofá e livros.Somos monótonos, no final não ia dar mt coisa.
Acho bonito isso no feminismo, a liberdade, você pode escolher um relacionamento aberto e ir a baladas e ser feliz.E eu posso ficar no sofá encaixada, discutindo filosofia (coisa que não entendo nada) e ser feliz também. Sejam felizes pessoas, da maneira que quiserem.
Eu comecei em um relacionamento monogâmico, que passou pro aberto, que passou para uma "bigamia" (tenho 2 maridos e nos relacionamos somente entre nós). Na prática a coisa não tem reeeeeeeeeeeeeegra, literalmente foi acontecendo e acontecendo. E a "bigamia" só ficou assim basicamente porque eu me sinto tão bem com eles e eles comigo que a gente não sai caçando nada, mas se aparecer, apareceu. Se quiser contar conta, se não quiser não conta, eu não sou fiscal do cu e do pau de ninguém e nem eles da minha buceta.
ResponderExcluirVivo essa vidinha há 20 anos e não troco por nada neste mundo. As famílias pararam de implicar lá pelo quinto ou sexto ano hahahahahaha
Anônimo das 11h57
ResponderExcluirAcho que isso só a ocontece quando se trata de um relacionamento "fechado", e o "caso" acredita que pode tornar o relacionamento oficial.No aberto, a pessoa já é pré avisada, no máximo pode haver uma pressão familiar ou de amigos caretas e preconceituosos tentando impor seus conceitos.
Eu tenho umas curiosidades nesses casais abertos, melhor dizendo nesses relacionamentos abertos, como ficam as questões familiares? Filhos, pais, parentes ficam sabendo? Rola uma proximidade entre as familias? Por exemplo, o sujeito tem um relacionamento aberto com a esposa, ai conhece uma garota, se envolvem, ele fica conhecendo os pais dela e vice-versa? Ou é só para sexo e diversão mesmo?
ResponderExcluirE outra coisa, como o casal administra a questão financeira? O filho precisando de um caderno e os pais gastando com suas namorado(a)s? Como lidar com isso?
Às vezes não vejo com bons olhos o homem propor abrir o relacionamento em uma relação homem hétero + mulher bi.
ResponderExcluirPorque muitas vezes os termos dessa abertura são: você pode ficar com quaisquer outras pessoas... desde que sejam apenas mulheres. Eu (homem hétero) posso ficar com qualquer mulher que eu quiser. O que eu acho, além de injusto, uma forma de tentar exercer controle sobre a sexualidade da mulher, ou seja, mesmo abrindo a relação a mulher ainda é uma posse do homem.
Os motivos pelos quais acho que isso acontece (assim como toda a situação descrita), listados logo abaixo, são extraídos de experiencias pessoais, porém não exclusivas minhas, com o tema por isso não são regras universais:
1 para ele é comodo permitir apenas mulheres, pois ele não se sente "ameaçado" sexual ou afetivamente (já que poucos héteros entendem que duas mulheres podem se amar e se satisfazerem sexualmente de forma plena);
2 abrem - se os caminhos até o tão sonhado menage (outra ilusão em relação a bissexualidade feminina)
Não estou querendo "cagar regra" ou dizer que o que vivi é aplicado a todos os relacionamentos abertos homem hétero + mulher bi. Mas sim que tem muito homem se aproveitando desse tipo de situação para exercer livremente sua sexualidade, sem perder o controle sobre a sexualidade da mulher com quem tem um relacionamento e se manter em uma situação que para ele é confortável e vantajosa.
Acho o mesmo e não tem nada de libertador ou revolucionário. E ela deve ter tomado xingo de lésbicas que odeiam esse tipo de situação, e com razão
ExcluirNão é revolucionário ou libertador. É simplesmente o que ela quer, quem não curti não tem direito de ofender. Siga sua vida e deixe o outros curtiram o que gostam.
ExcluirA única justificativa para xingamentos é a estupidez.
Já viram a série GNT "Amores Livres"?
ResponderExcluirÉ bem bacana.
http://gnt.globo.com/series/amores-livres/
Anonimo de 12:09
ResponderExcluirsim, eu sei que isso acontece nos monogamicos.
mas, na minha opiniao, ou melhor, no meu achismo, eu tenho a impressao que a chance de acontecer nos abertos é maior.
Duvidas:
- é regra que a pessoa sempre é avisada que estará se envolvendo com alguem com relacionamento aberto ?
Quanto aos trios (ou quartetos, nao sei), nao vejo nada de perigoso nesse sentido. É apenas um relacionamento fechado entre mais pessoas.
Agora, nos abertos fico com essa dúvida...
-tantos caras, ao trair a esposa, nao contam que sao casados porque se contassem, ficaria mais dificil de "pegar" a vitima. Será que isso nao acontece nos abertos tambem... o homem tem total cumplicidade com a esposa e revela a ela tudo o que faz, mas quem garante que ele ache uma moça interessante no bar e pense "quero muito ficar com ela, mas se eu contar que sou casado, vou espantar... ?". Sao duvidas, eu realmente nao sei como funciona.
- e quem garante que, mesmo contando que sao casados, a outra parte nao "resolve" se apaixonar e incomodar a outr@ ? (como acontece em alguns relacionamentos fechados)
Quando um homem ou mulher casado (de relacionamento fechado) resolve ter um ou uma amante, ele está expondo a outra parte a risco, caso o amante seja nocivo. Nao estou falando de ego ferido. Estou falando que nao se sabe com quem está se envolvendo, quando vc tá solteiro e se envolve com um mal caráter, é ruim, mas voce paga as consequencias sozinho. Quando voce é casado (qualquer tipo de relacionamento) e se envolve com um mal-carater, a outra pessoa pode pagar junto as consequencias (e ela nao escolheu com quem seu parceir@ iria se envolver).
Nao precisa nem ser mal carater, se alguem se apaixona, fica pegajoso, e resolve incomodar...é expor o outro em situações constrangedoras.
Isso acontece em relacionamentos fechados ? Sim, claro que acontece.
Mas acho, e só acho, que em relacionamento aberto a chance de acontecer é maior (visto que, ao menos pelo que eu entendo, que pessoas já estao nesse acordo porque querem ter relacionamento ou envolvimentos paralelos. Ou alguem entra num aberto pensando em, caso, um dia, talvez, se interesse por alguem...entao é melhor garantir agora que será aberto ?)
E outra, um cara de relacionamento fechado, que traí a esposa, é alguem que,na maioria dos casos, e na minha opiniao, realmente nao tem consideração pela esposa. Sim, ele está expondo ela a riscos, mas do momento que ele escolheu trair, ele nao está se importando com ela.
Mas as pessoas do relacionamento, acredito que é diferente, eles se importam com seus pares, apenas escolheram esse tipo de relacionamento, nao é uma traição. Mas já pensaram que, mesmo se importando com seus pares, podem estar colocando-os em riscos ? Claro, se vai se envolver com a terceira pessoa, e nao passa seu face, local de trabalho, onde mora, etc...e se torna um desconhecido, daí não. Mas quando falei, pensei em situações diferentes.
assinado anon 11:57
Eu acho mais estranho uma mulher trair o marido que o um homem trair a esposa. Além disso, ficaria muito mais incomodado se minha mulher me traísse com um homem que com uma mulher. É machismo? Sim. Acho bacana ter esse sentimento? Não. Mas por enquanto toda a racionalização que eu já tenha feito ainda não venceu o instinto/programação.
ResponderExcluirQuanto ao post anterior, tentando usar apenas a razão, o que mais incomodou foi a aparente assimetria, um dos dois (não importa se é o homem ou a mulher, mas coincidentemente o de melhor situação financeira) está aproveitando o relacionamento aberto e o outro não está. Claro que isso pode ser uma escolha e os dois estarem plenamente satisfeitos. Mas o relato do cara me pareceu bem melancólico.
Quanto ao post da Rê Bordosa (de quem sou muito fã, o exemplo do marido/irmão/respeito foi fantástico) eu gostaria de fazer algumas perguntas, se não forem muito indiscretas. Você sai com homens também? Seu marido sai com outras mulheres? O sexo do ficante é irrelevante? Um sabe de detalhes dos casos do outro?
Quem é o doido das 13:32 que acha que é bandido?
ResponderExcluirAchei cômodo tbm ela se relacionar só com mulheres. Pensei que fosse aberto mesmo, já tava até estranhando...
ResponderExcluirEu acho estranho é quando a mulher não traí o homem já que a maioria são péssimos namorados, amantes , ficantes. É melhor seguir a história da branca de neve e ficar com sete.
ResponderExcluirÉ uma forma de controle sexual sobre a mulher. Isso aí é muito comum, o homem quer uma esposa bissexual. Normalmente as mulheres não querem homens bis, por isso eu não acredito em amor de homem, a mulher é mais um brinquedinho se fosse ciúmes de verdade ele teria medo dela se apaixonar e largar dele, mas ele prefere aceitar a possibilidade de poder ficar com duas.
ResponderExcluirTabém não acredito em amor de homem, e namoro é só sexo puro, é tentar fazer o máximo do script porno.
ResponderExcluirRaramente eu vejo um casal apaixonado de verdade a mulher no começo até fica mas depois que ela percebe o que o homem é, ela só não quer perder o homem pra chamar de seu. Mas elas já começam a ficar sem graça.
Vc acha estranho pq a traição masculina é bem aceita e até incentivada e qualquer forma de sexualidade feminina é repudiada quanto mais um traição.
ResponderExcluirVocê ainda não pensa de forma racional!
Mikaela, tô contigo.
ResponderExcluirJá pesquisou sobre homem bi em swing e RL? Nunca vi uma perfil de homem bi que tenha essa restituição, seja mulher ou homem o "oficial", eles poderiam se envolver com homens e mulheres.
Já a maioria das mulheres bi: Quando era mulher a companheira oficial, quase sempre era permitido ambos os sexos, já quando era homem, a maioria coloca no perfil/chat "Só mulheres. NÃO aceitamos homens".
(Não digam que falei que isso se aplica a 100%, só estou apontando um fato facilmente explícito em 60% dos perfis)
A merda de pseudo liberdade sexual de sempre. Mas é tudo minha imaginação.
André, tanto tempo comentando nesse blog (mais que eu) e ainda com a mentalidade de um machista, nossa. ¬_¬)
Não, ela não fica/transa com homem algum além do marido.
No universo do swing hoje está cada dia mais comum o fetiche de cuckhold (aquele do prof. pintinho), então tem muito casal aberto que a mulher se relaciona com outros homens mesmo na frente do parceiro.
ResponderExcluirAgora, por que as mulheres não se relacionam com homens bi? São só os homens que tem "medo" da concorrência masculina?
Relacionamento aberto e como o patriarcado chama a objetificação de mulheres através de fetiches masculinos toscos. E isto pelo menos par mim e inaceitável no feminismo, a sexualidade masculina em sua mair parte se assemelha e se equivale a parafilias sexuais (Eles tem em grande maioria fetiches nojentos com pedofilia, estupro etc, isto e fato mostrado todos os dias)
ResponderExcluirE quando eu digo objetificação de mulheres eu me baseio em estudos recentes que provam que mulheres são sempre bi ou lésbicas nunca héteros, isto e imposição e construção social do patriarcado, portando nossa sexualidade não deve servir para fetiches toscos de homens, negar a objetificação feminina sexual a eles e a verdadeira revolução.
Anon, há vários homens bi reclamando isso na Internet, dizendo que a sociedade os julga como não "sendo macho o bastante".
ResponderExcluirObviamente, tudo coisa do Patriarcado, e várias mulheres nem percebem que então indo na mesma onda ao ter receio de se envolver com eles.
vejam este ser escroto no comentário acima, acham que ele e exceção entre eles? Ele só esta usando o anonimato para mostrar o que realmente pensam o misoginia e efeito direto da doença chamada testosterona. basta ver todo femininicdio diario cometido por "homens de bem" todos os dias, e endêmico não exceção.Eles naturalmente nos veem como inferiores e nos odeiam quando dizemos basta.
ResponderExcluirPara mim devemos fazer com este animal das 14:40 o mesmo que se faz com cachorros loucos, simples assim.
Eu também não pilho muito em relacionamento não-monogâmicos. Acho que se eu quisesse ficar com outras pessoas, simplesmente não teria relacionamento nenhum, para evitar cobranças.
ResponderExcluirAlgumas pessoas próximas a mim possuem relacionamentos abertos, mas o que vejo é que o parceiro costuma se beneficiar mais que a mulher, afinal ainda paira no senso comum que está num relacionamento e ficar com outras pessoas fora dele, para mulher, é coisa de puta. Também tem gente que dá essa desculpa para não se envolver emocionalmente com a outra, essas peculiaridades necessitam ser pensadas também.
Mila, também estou com essa pulga atrás da orelha.
ResponderExcluirVejo várias pessoas vindo com esse discurso "Pra mim, traição vai muito além de algo sexual, tem que ter o emocional pra eu considerar traição" pagando de santo se passando por "eu amo meu parceiro independente de quem ele entrega o corpo". Possessividade é errado, mas ciúme não necessariamente é.
Pois eu sou exatamente o contrário, pular cerca por motivo exclusimente sexual é algo completamente sujo pra mim, enquanto trair por que deixou de amar aquela pessoa e agora quer ter uma relacionamento OFICIAL com alguém que já está em contato, é diferente.
As pessoas não escolhem quem amam, mas tem total dever de se responsabilizar por seus impulsos sexuais.
Para castrar só é necessario um facão e um a boa noite cinderela.
ResponderExcluirGente doida credo o.O
ResponderExcluirDaí o sujeito chama as outras de malucas, mas chama feminista de feminazi e chama de fdp. Como que querem dialogar desse jeito?
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKK vai achando que é assim facin quebrar o pescoço de uma mulher.
ResponderExcluirQuem vê assim pensa até que se trata de um rambo da vida, um cara treinado em lutas. HUAHUAHUA deve ser um tosco que em caso de guerra nuclear mesmo iria.
1 correr para debaixo da cama
2 ser pego e em função de ser um inútil física e intelectualmente, ou morto ou mandado para fazer trabalhos forçados
3 se matar de medo antes mesmo de qualquer coisa acontecer.
Vai quebrar um pescoço de uma mulher então? Faça isso e comprove pela milesima vez que os homens são os ma is irracionais e violentos, responsaveis por quase todos os assassinatos.
ResponderExcluirNão batam palma pra macaco dançar :)
ResponderExcluirEnfim, não tem nem mesmo "regra" pra relacionamento aberto; sou super curiosa com isso, mas não creio que conseguiria ter um laço afetivo forte (nível namorado) com mais de uma pessoa. Queria um relacionamento aberto só pelo sexo mesmo e deixaria isso claro pras pessoas com que me relacionasse, pra não enganar nenhuma "lésbica novinha inocente". E claro, fazer sexo pelo prazer é diferente de ser desprespeitoso e tratar o outro como objeto, que fique claro que eu sei essa diferença.
O que já dei uma olhada por aí, é que relacionamento aberto "assumido" é pior pra mulher; todo mundo chama de puta e todo mundo acha que ela tem que aceitar qualquer proposta, na melhor linha do "ela tá pedindo". Na melhor das hipóteses, as amigas vêem como coitadinha vítima do marido manipulador. Já o homem leva tapinha nas costas dos amigos e pode até ser chamado de "viadinho" se recusar alguma proposta, mas não recebe ameaça. Então eu acho que o melhor seria manter um relacionamento aberto discreto. Falaria na cara de pau "eu e fulano num relacionamento aberto, imagiiiina" se alguém de faculdade, trabalho com quem não tenho intimidade perguntasse.
Mas enfim, meus dois centavos teóricos sobre o assunto.
Credo, quebraram o cadeado do hospício?
ResponderExcluirTer relacionamento aberto sendo mulher bi é muito fácil! Quero ver aceitar o relacionamento aberto sendo o homem bi, ou a mulher saindo com outros homens. Aliás, é muito cômodo ser mulher bi, pode se casar e ter um maridinho e ainda ficar as com mulheres, geralmente minas lésbicas que são iludidas. Eu digo mesmo: bi é a maior furada pra quem é gay ou lésbica, é dor de cabeça na certa.
ResponderExcluirMelchior
Vicky,
ResponderExcluirUns 5 anos convivendo com feministas e mais de 40 anos vivendo num mundo machista. Como eu disse, não me orgulho da programação e tento mudá-la mas não é fácil.
Quem é bi nunca vai abandonar o conforto do heteronormatividade, sempre se casam com o sexo oposto. Se poderem continuar casados enquanto brincam com o mesmo sexo, melhor ainda. Não vejo nada de revolucionário nisso, é a pura e simples comodidade.
ResponderExcluirMelchior
O que me chama atenção nos relacionamentos sérios é que eles são uma quase uma armadilha pras mulheres. Parece ser pior que os ficar da vida, o homem acha que a mulher é propriedade e pode exigir tudo. É praticamente a mulher que carrega o relacionamento nas costas, em qualquer relação que vi é assim e principalmente a vida sexual do casal, se a mulher não aceita um capricho já é motivo pra "traição" e até matar...
ResponderExcluirConcordo com Melchior é fácil ficar com o mesmo sexo em banheiro de balada, difícil é assumir, e não é bifobia é realidade comodidade.
ResponderExcluirE o tal cuckcold sei lá, nunca vejo como a mulher ter outro prazer com outro homem e sim no prazer do homem ver sua mulher socada. Entendam como quiser mas eu entendo isso como misoginia clara.
Também vejo assim, essa mania de homem não lembrar data de aniversário de namoro, até a data do aniversário da mulher por exemplo as mulheres quase sempre lembram disso mas do dia de receber dinheiro eles se lembram, naquele jogo da década de 70 eles se lembram, mas das mulheres não. Quem não se importa é que haje assim, não vejo como distração masculina e sim falta de interesse e tem mais outros motivos.
ResponderExcluirAntes o interesse financeiro fazia com que a mulher pulasse no pescoço de um homem até elas não tinham como se prover, mas hoje em dia eu acho que não vale a pena tentar se apaixonar por eles.
É estranho mesmo dos detalhes de um jogo que aconteceu anos atrás eles se lembram, mas são incapazes de falar detalhes sobre a mulher que dorme com eles.
ResponderExcluirNão detalhes físicos e sim personalidade e espirutualidade
ResponderExcluirO pior é que relacionamento sério pode ser bem pior mesmo até com os abusos psicológicos, mas se falamos isso queremos destruir a família. A família é que não me parece saudável, aquele comercial de margarina tá longe de existir a taxa de divórcios aumentou bastante, pq não encarar como uma realidade que a questão da comodidade masculina em ter uma empregada e escrava sexual e aceitar os chifres, já não faz sentido pra muitas mulheres no século 21.
ResponderExcluirSempre digo que quem está " destruindo a família" são os próprios homens. Não adianta a bancada evangélica querer culpar os gays ou aa femininas. Por que os caras oferecem um relacionamento de merda e querem que a mulher envelheça ao lado do cara. Daí se ai se a mulher achar ruim. Mas hoje em dia ninguém precisa passar por isso.
ExcluirPra melhorar mais, eu acho que essa família que foi vendida pra nós nunca existiu. Por que a vida das nossas avós era uma merda. Pelo menos agora a mulher pode se manter financeiramente. Vai passar uns perrengues mas não é obrigada a viver uma relação indigna
ExcluirNunca vou querer ter filho, mas sim uma filha.
ResponderExcluirAndré, embora cada pessoa seja na sua velocidade, estou entristecida por após 5 anos não ter combatido um tipo de um pensamento toa arcaico.
ResponderExcluirNão se trata de misóginia expressada de maneira sutil, se trata de algo explícito (Todos os tipos de mídias e classes sociais os repentem a torto e direto). E você tem 40 anos, já viu mais atitudes e conviveu com várias mulheres na sua vida, mais do que eu, que tenho 15.
Então sim, estou surpresa por seus comentários.
Anon, há muitas feministas que não concordam com essa prática(Cockold), até hoje tentando entender como esse "fetiche" não se sustenta na base do Patriarcado.
Começou a bifobia e a transfobia...
ResponderExcluirBetão? Esse é novo na linhagem dos mascus ou impressão minha?? Hehehe. Tanta coisa relevante acontecendo no mundo e eu tenho que rir disso... e kittsu discordo de ti. Não tem tratamento não.
ResponderExcluirNa verdade, Fernanda, você tá certa mesmo, a tal "família tradicional" nunca existiu.
ResponderExcluirhttp://www.cracked.com/blog/5-reasons-gay-marriage-traditional-marriage/
O título desse artigo é 5 Reasons 'Traditional Marriage' Would Shock Your Ancestors (5 motivos pelos quais o "casamento tradicional" chocaria seus ancestrais). Entre eles, estão:
As pessoas não casavam assim que saíam da faculdade; casavam no final dos 20 anos.
O divórcio sempre existiu; Grécia, Roma, Inglaterra dos anos 1800 (Henrique IIIV). Nos anos 20, na América, o divórcio era tão comum que todos achavam que em alguns anos casamento seria coisa do passado.
Como a morte prematura era muito frequente, mães e pais solteiros e famílias com padrastos, madrastas e enteados eram muito comuns. Traduzindo pra linguagem mascuzal, na época que eles achavam perfeita moralmente, era muito comum homens casarem com mães solteiras e assumirem os filhos delas junto com os próprios (posicionando o caminhão pra recolher os corpos).
Controle de natalidade sempre existiu. Na idade média, por exemplo, era comum um casal que não quisesse filhos "acidentalmente" matar o bebê depois dele nascer-e como naquela época a igreja só considerava o bebê uma vida humana depois do batismo, matar um bebê antes dele ser batizado não era crime; pra igreja medieval era a mesma coisa que matar um animal (pra quem acha que aborto é "feio").
Na Europa do séc. XIX o aborto era liberado e considerado uma opção legítima; o feto só era considerado vida depois que a mulher o sentisse se mexer no útero pela primeira vez (chorem, pró-vidas; CHOREM, buahahahhahaha!)
Casamento gay sempre aconteceu. Era comum na antiga Roma, e o próprio imperador Nero se casou duas vezes com homens. Na China antiga homens mais velhos casavam com homens mais novos e os traziam pra família. Quando o cristianismo resolveu encrencar com casamento homossexual, inventaram um ritual aprovado pelas igrejas em que dois caras participavam de uma cerimônia pra mostrar ao mundo como eles eram unidos e iam viver juntos; todo mundo fingia que era uma declaração de amizade, não um casamento gay. Mas...
Na América de 1800, lésbicas viviam suas relações abertamente; esse costume era tão aceito que essas relações ficaram conhecidas como Casamentos de Boston. Um casal lésbico, Sylvia Drake e Charity Bryant, eram consideradas uma unidade familiar na receita americana. Na Espanha, Elisa Sanchez Loriga se passou por homem pra casar legalmente com Marcela Gracia Ibeas. Quando descobriram a farsa, bom... a justiça espanhola continuou considerado o casamento delas legal. Nos idos de 1800, vejam bem.
O artigo no Cracked tem links pra todas as fontes de pesquisas. Peraí que eu vou buscar uma escavadeira e um porta aviões pra recolher os corpos.
Meu Deus. Eu sabia somente dessa questão do bebes na idade media. O resto foi novidade
ExcluirNo século 19 era comum as mulheres não votarem, vamos retornar esse costume e retirar esse direito das mulheres (ironia)
ExcluirOla Lola
ResponderExcluirOlha esta post eu achei esplendido, eu e acho que todo adepto do relacionamento aberto, nos adoramos ver casos de relacionamentos abertos de sucesso, e este e mais um.
E ate lamento que o estilo aberto de relacionamento, ainda (em 2016) não seja o modelo padrão para os relacionamento, pois se isso acontecesse o número de pessoas agredidas por causa traição ou só ciúmes mesmo, iria a quase zero, sem falar no fato que as relações de casal seriam bem mais tranquilas. mas percamos a esperança, pois um dia agente chega lá.
Um grande abraço
Se vc que ter um relacionamento aberto isso é problema seu, agora não venha querer impor sua visão de mundo como a correta e aqueles que não a seguem como reprimidos.
ExcluirVc adora ver outro homem dando um trato na sua mulher guarde suas fantasias para vc
Gente tenho medo do que vem por ai. Esse impeachment rolando e esse congresso ultraconservador. O governo de SP é uma prévia do que vem por aí: A ideia perfeita deles é fechar escolas e construir cadeias. Acho que vem tempos bem difíceis por aí.
ResponderExcluirEu sei que o post não é sobre isso mas... De verdade nas redes sociais não da mais pra falar sobre isso
ExcluirSe o governo do PT não tivesse dado motivo isso não estaria acontecendo, infelizmente existem motivos jurídicos para o impeachment.
ExcluirAgora o que me deixa intrigado são essas pessoas que diante dos roubos da Petrobrás e do BNDES, não aceitam que o governo é corrupto
Fernanda, os estudantes de SP que se preparem. Se a "Grande Mídia" estava fazendo vista grossa para a aberração do Alckmin, agora é que não vai ligar mesmo. Ele vai reintegrar as escolas na base da bomba.
ResponderExcluirNefasto o nosso futuro.
A escola em que eu estudei esta ocupada. Eu to com medo sim sabe. O povo esta apoiando qualquer um que tire o PT do poder. Estão fazendo qualquer negocio. Os mesmos que odeiam feministas e querem nos colocar no modo devido lugar são os mesmos que amam o Cunha o Bolsonaro o Feliciano e odeiam o PT. Todo extremismo é ruim.
ResponderExcluirAnon 22:06
ResponderExcluirVocê não me citou nominalmente, mas percebi que foi uma resposta para mim.
"agora não venha querer impor sua visão de mundo como a correta e aqueles que não a seguem como reprimidos."
Bom eu não chamei ninguém de reprimido aqui, mas admito que exagerei nesta parte, eu mesmo acho que ideal e que nao tenha padrão algum para relacionamentos, ai cada um faz o seu acerto de relacionamento como quiser.
"Vc adora ver outro homem dando um trato na sua mulher guarde suas fantasias para vc"
Aqui esta um dos erros das pessoas que não entendem logica das relações abertas.
1 - por acaso eu preciso gostar de ver uma parceira minha transando com outro, pra gostar de RB?
2 - numa relação aberta por acaso eu preciso ver a outra pessoa fazendo uma extra?
3 - por acaso as trepadas por fora, não podem ficar em sigilo?
Calma você precisa aprender mais sobre RB, para poder emitir opinião sobre isso.
Olha teve outro post sobre relacionamento aberto em que o cara disse que a mulher contava sobre suas tranças com ele, e o cara também disse que só exigia que a mulher ligasse para ele não ficar preocupado, sendo que ela ligava quando estava para transar com outro, o cara só faltava fazer trancinhas nela enquanto ela contava.
ExcluirO que chamou atenção foi quererá ela quem tinha casos fora, talvez buscando o que não tinha em casa : um homem
A família tradicional existe para que se perpetue o patriarcado para que seja passado de geração pra geração, só não vê quem não quer...
ResponderExcluirAmor e conto de fadas não existe
É isso que dá gente que se alfabetizou politicamente em 2013 ser usada como massa de manobra e ficar se achando o último biscoito do pacote.
ResponderExcluirQuando gente como Ronaldo Caiado, Aloysio Nunes, Aécio Neves e (lógico) Eduardo Cunha são os baluartes morais, é porque há algo de podre na República.
Pena que essa gente só vai se dar conta disso quando reviverem os áureos tempos de FHC, com nada menos que 50 milhões de miseráveis e quase 20% da PEA desempregada.
Assim como tem gente que não vê que caiados e cunhas são ruins, tem outros que não vêem as lavagens de dinheiro do PT, a queda do PIB, a inflação alta, as alianças com corruptos e outras coisas mais
ExcluirVou roubar seu comentario, licença
ExcluirNo séc. 19 era comum analfabetos funcionais morrerem em trabalhos insalubres e perigosos sem nenhum direito trabalhista. Vamos retomar esse costume e tirar esses direitos dos homens?
ResponderExcluirNo séc. 19 era comum enforcar quem cometesse o menor delito. Vamos retomar esse costume e tirar o direito à vida dos homens?
No séc. 19 era comum que homens não ricos não tivessem acesso à educação. Vamos retomar esse costume e tirar o direito è educação dos homens?
No séc. 19 era comum que presidiários fossem torturados, deportados, ficassem sem comida e água. Vamos retomar esse costume e tirar o direito à integridade física dos homens?
22:14 vocês anti mulher sempre dão a mesma bola fora: esquecem que o aborto não afeta os direitos humanos de ninguém. Um embrião não é uma pessoa sujeito de direitos, por mais que vocês queiram pensar o contrário. Uma mulher é. Um homem, por mais detestável, baixo, nojento e "pró-vida" que seja, também é sujeito de direitos. Uma criança já nascida, que vocês chamam de porra alheia, também é um sujeito de direitos-por mais que você não queira. Embriões não são sujeitos de direito. Cés't la fin.
Que obrigação uma pessoa tem de sustentar filhos que não são dela? Cuidado com a paternidade sócio afetiva, uma das maiores injustiças de nosso direito
ExcluirAnónimo 22:48,
ExcluirVerdade. Recentemente 4 jovens foram alvejados por 63 paternidade socio-afetivas.
"Um embrião não é uma pessoa sujeito de direitos"
ResponderExcluirNão diga isso!!! O "Povo de Deus" baterá à sua porta com tochas e não descansarão enquanto suas narinas não se regozijarem com o aroma de sua carne queimada.
Cara, para com essa ladainha de paternidade socioafetiva.
ResponderExcluirIsso é uma situação jurídica de super exceção e muito rara de ocorrer.
Larga essa cachaça e esses amiguinhos. Não está fazendo bem.
Não se preocupe Rafael, já convoquei a liga das abortistas, os conspiradores da ditadura gay, o alto comando feminazi e os ativistas pela destruição da família tradicional pra luta. Já estamos carregando as metralhadoras e programando os drones.
ResponderExcluirConcordo plenamente, tanto que não há manifestação masculina sobre o assunto, fogem quando tocam no calo. Não sei o que fazem aqui, família tradicional/família feliz, coisa nenhuma sempre a mulher se fode.
ResponderExcluirSe a mulher engravidar em um relacionamento aberto, como ela vai saber quem é o pai?
ResponderExcluir22:59
ResponderExcluirputz com a problemática toda esse é o problema?
pensei que existia teste de DNA.
Eu também não acredito em amor de homem, homem vê mulher como inferior ngm ama assim.
ResponderExcluirNão adianta a mulher que for ter um relacionamento sério vai se dá mal a maioria das vezes.
Fazer anal e gozar na cara com o consentimento da mulher tratar ela como inferior?
ExcluirAnon 22:52, vou responder para não fugir do debate, mas não vamos desvirtuar o tópico:
ResponderExcluirNão é justo punir o PT (e apenas o PT) por erros cometidos por todos os partidos. É correto? É. Mas não é justo.
Não é justo termos senador do PSDB citado em delação e o juiz dizer que não vai investigar porque é em Furnas, fora do objeto, que é a Petrobras. Meses depois, debruçaram-se sobre a Eletronuclear, também fora do objeto, mas de grupo político distinto.
Não é justo Paulo Francis ter denunciado roubalheira na Petrobras, não é justo ter diretor envolvido com falcatrua nomeado por FHC e outro (pasme) desde os temos do Sarney e deliberadamente o juiz limitar o escopo ao ano de 2002 em diante.
Não é igualmente justo que um determinado partido (curioso, não é o PT, PSDB ou tampouco PMDB) ter o MAIOR número de parlamentares alvo de investigação e além de nenhum estar detido, isso sequer é divulgado.
Não é justo que a Operação Zelotes, cuja monta indicada pelo MP equivale a TRÊS lava-jatos esteja engavetada. Não é justo que empresas envolvidas na mesma Zelotes tenham desvios da ordem de centenas de milhões de reais e isso sequer seja divulgado.
É igualmente estranho que o Mensalão do PT, demonstrada e provadamente oriundo do Mensalão do PSDB tenha sido julgado e finalizado enquanto o outro SEQUER tenha um juiz nomeado no foro de primeira instância, caminhando a passos largos para a prescrição.
Isso só demonstra que a mídia e vocês direitistas estão POUCO SE FODENDO PARA A CORRUPÇÃO. Quem quer limpar o país não aceita os desmandos acima sem ao menos questionar.
Por fim repito: Quer limpar o país, vamos! Terá em mim um aliado.
Quer usar esse pretexto para atacar seletivamente um único grupo político? Terá em mim um opositor.
Relacionamento sério não todos mas pelo menos o sério que envolve um suposto vínculo maior deve ser evitado o máximo. No final vc saí magoada, e não ganha nada só frustração e traumas. Eu conheço uma mulher que namorou 10 anos com o mesmo homem assim que terminaram ele já casou com outra enquanto ela esperou 10 anos pra nada.
ResponderExcluiro assunto aqui não é PT ,quer falar sobre isso vai pro twitter, nosso pouco espaço vai ser discutido sobre nossos assuntos, vai lá em blog mascu mandar Dilma tomar naquele lugar mas aqui quem manda são as mulheres.
ResponderExcluirPara o Jack das 19e09
ResponderExcluirqual o problema disso ?
eu so quero que meu filho seja feliz, independente, tenha saude, seja honesto e trate as pessoas com respeito.
Nao tenho nada a ver com quem ele vai se relacionar, so quero que seja alguem que o deixe feliz. (e tanto faz se a mulher teve 3 filhos de pais diferentes, ou 3 filhos do mesmo pai...os filhos sao dela, nao dele...logo,nao eh um problema meu, e eu nao tenho que opinar sobre isso!) Eu ficaria muito triste eh se ele fosse um desses pais que nao estao nem aih pros filhos, sendo casado ou nao.
Se ele e a mulher que tem 3 filhos estao felizes, que otimo! assim como existem muitos casais felizes nesta conformacao.
Vamos supor que a mãe solteira ganhe uma paternidade sócio afetiva na justiça e seu filho fica sem pagar, pela lei os avós devem pagar, vamos imaginar um valor acumulado de três filhos e vc sem pode pagar vai para a cadeia, ai eu quero ver vc dizer que não problema seu
Excluirhomem só fala merda
ResponderExcluir23:18
ResponderExcluirChegou O desespero pra mudar de assunto, vá se preocupar em usar camisinha primeiro.
Casamento é instituição patriarcal falida, tudo que essas pragas impõe dá errado.
ResponderExcluir23:18 - Cara, nem teve caso de paternidade socio-afetiva extensiva aos pais. não surta.
ResponderExcluirE outra, se seu comichão é com alimentos, saiba que juridicamente qualquer parente próximo de você (laço de primeiro grau) pode te pedir pensão. Sabia?
Acho legal tu se mudar para uma caverna.
Em homem não se pode confiar, quantos homens filmam as mulheres escondido, quantos não querem se aproveitar pra depois fazer a fama das mulheres, pra homem toda mulher é vagabunda.
ResponderExcluirEsse negocio de paternidade sócio afetiva me lembra um causo. Uma conhecida minha o irmão dela casou com uma mulher que tinha três filhos. E ela veio com essa conversa que talvez o irmão dela tivesse que pagar pensão. Mas nossa o cara era um pe rapado um coitado e a mulher era só gerente de um banco. Tipo foi ridículo ela pensar isso por que a mulher devia ganhar bem mais que ele, que na verdade so fazia uns bicos... Af pobre homens ludibriados pelas mães solteiras que so querem pensão. Esses caras são ridículos demais
ResponderExcluirA exceção querendo ser regra
ExcluirFernanda Melo 23:35
23:46 - Exceção, regra... Baseado em que evidência? Já sei: IEVI (Instituto Estatístico Vozes da Internet).
ResponderExcluirRealmente eu vejo milhares de mulheres com bons empregos e mães solteiras com homens pé raptados
ExcluirTÁ SERTO
Eu vejo. Alias hoje em dia os maiores interesseiros são os caras.
Excluir00:02, eu conheço mais de uma. Uma inclusive é juíza de direito (ganha mal, né?).
ResponderExcluirOnde tiro minha carteirinha de ET?
Para ANONIMO DE 2 DE DEZEMBRO DE 2015 23:18
ResponderExcluirEu nao estava me referindo a casos como esse.
Por que acho que eh viajar muito pensar que alguem faria isso ne ? (se pode acontecer, eu so teria a lamentar, pagar e nunca mais olhar na cara da pessoa)
Do mesmo modo que minha filha pode se relacionar com um homem, engravidar dele e ele sumir e nao pagar pensao e sobrar pra eu ter que ajudar. Pode acontecer ? Pode. Mas nao eh por isso que eu nao vou querer que minha filha se relacione com ninguem pq isso aconteceu com a filha do amigo do meu vizinho.
Supondo que todo mundo eh adulto e arque com suas responsabilidades, meus filhos podem se relacionar quem com quiserem, so espero que meus filhos sejam felizes e do bem.
Gente esses caras são ridículos mesmo. O que mais vejo é cara sumindo pra não pagar pensão. Se fingindo de autônomo e não comprando nada no próprio nome so pra não ter que pagar pensão. Já vi foi mulher pagar pensão dos filhos o marido pra livrar o cara da cadeia. Avo que paga pensão pros netos e por ai vai. Dai vem um energúmeno com essa. E olha o que mais conheço são mães solteiras. Por que hoje em dia mulher não aguenta qualquer tipo de relacionamento. E conheço sim varias que tem bons empregos. Mulheres felizes e maravilhosas. Se incomoda com isso evite as. Fara um favor
ResponderExcluirExatamente. Enquanto morrem 50mil pessoas assassinadas no Brasil tem branquinho preocupado em ser atingido por um meteoro.
ExcluirAnonima 23:07
ResponderExcluirPara que ta chato, as mulheres em sua maioria nunca vai parar de se relacionar com homens, pois gostam de homens, agora se tem mulher que se ferra, porque não sabe escolher direito os caras com quem se relaciona, e ainda aceita ser mal tratada dentro do relacionamento, ai e outro assunto, e o feminismo existe justamente para corrigir isso.
Enfim desistam que vocês nunca vão acabar com união entre homens e mulheres.
Queridas Lola e Rê Bordosa (dos mesu personagens preferidos dos quadrinhoss, junto com Bob Cuspe),
ResponderExcluirEstou em um relacionamento aberto há 4 anos. Sou homem e achei sim o tom daquele relato bem triste. Vi sim angústia ali e não foi pelos motivos citados por vocês.
Minha impressão não foi porque ele "não tem a mulher ali como posse exclusiva", "cara que cede aos desejos da mulher é um coitadinho", "se ele escolheu trabalhar em casa ta fadado a ser trocado por outro porque mulher gosta é de macho viril forte e provedor(*)" ou "tem autoestima baixa porque não oprime a esposa". Até porque penso que isso tudo se aplicaria também a mim e acho que eu e outros que conheci não me passam essa sensação de angústia que ele passa.
(*)Vejam bem, onde moro, mesmo como homem, posso ter licença paternidade de até 3 anos enquanto ela trabalha. Atualmente ela está bem na carreira e parece que vai continuar assim. Planejamos filhos para 2017 e tudo indica que eu vou ser quem vai ficar em casa para cuidar da cria.
Continuo achando o tom daquele relato bem triste, deprê e e cheio de angústia. O original é ainda mais pra baixo que o traduzido.
Sobre o tema, eu não curto muito a cena de swing e ela menos ainda. Onde vivemos acho que como o tabu é menor não existe esse escândalo todo em ter um relacionamento aberto e isso dispensa a necessidade de recorrer a um nicho. Acho até legal às vezes. Ela não curte muito então há tempos não vou a nada assim. Particularmente não curto os "formatos" da cena de swing apesar de entender que são necessários. Eu e ela temos um arranjo muito individual.
Relacionamento aberto é legal mas tem várias armadilhas. Já vi gente próxima ter problemas. Uma coisa que particularmente me chateia mas acabo pensando que não é problema meu, é a coisa super comum de que a mulher só pode se relacionar com mulheres. As poucas pessoas que sabem de nosso arranjo, às vezes chegam a achar estranho que minha namorada não é bissexual. Por exemplo, tenho amigas que estãp ou estiveram em relacionamentos abertos e que também não são bissexuais (de acordo com as próprias) mas transam com mulheres para fazer show pro namorado pois achava que "faz parte" de estar em um relacionamento aberto. Conste que NUNCA vi um relacionamento aberto no qual o homem transava com outros homens. Conheci apenas um e, apesar do carater aberto da relação, quando era com outros homens era um grande segredo. Acho que tem algo errado aí.
Minha namorada não curte mulher e eu não curto homem. A gente não curte muito sexo grupal também. Em geral a gente sai com outras pessoas individualmente. Mais comum é quando estamos juntos nos encontrarmos com pessoas com quem saímos apenas socialmente.
Coloquei isso acima pois é comum que achem que a gente vive uma vida de suruba e não entendam como pode ser possível que não seja. Ela reclama que se um homem sabe, especialmente se for latinoamericano, com frequencia passa a acreditar que ela está permanentemente disponível para qualquer um que se aproximar. Precisa ver então o espanto dos homens quando sabem que nesse nosso arranjo não envolve eu com duas mulheres.
Enfim, apenas algumas reflexões. Reitero que achei o relato cheio de sentimentos ruins e não tem nada a ver com os motivos que vocês colocaram.
Caio
Antigamente essa era lei fugiam pra não pagar agora que dá cadeia e suja o nome pq senão eles tavam de boas
ResponderExcluirNunca conheci um cara que fosse pai socio-afetivo, mas conheço uma penca que foge pra não pagar pensão, não quer os filhos, como se aquilo que saísse de dentro deles nem tivesse existido.
ResponderExcluirE como falaram aí se o cara não puder pagar alguém da família dele tem que pagar a pensão por ele, eu também acho injusto, só o pai tem que pagar a pensão e se não desse cadeia ia continuar o que acontecia antigamente pernas pra que te quero, eles iam fugir da responsabilidade como sempre fazem.
ResponderExcluirEu sei que não vai parar, por isso mesmo falei pra que pelo menos fugir de relacionamento sério, não tem essa de não saber escolher homem não gosta de mulher aceita.
ResponderExcluirNão existe igualdade em relação heterossexual, todos os homens vão ser errados por isso, não há igualdade nesses relacionamentos. Se vc ainda acredita em homem certo problema seu, mas não queira tentar iludir as leitoras com essa conversa pra boi dormir os fatos já falam nem preciso muito.
ResponderExcluirOlha, eu já tive três relacionamentos abertos com homens cis het. Tem um lado muito bom, sim, mas minha experiência me mostrou o seguinte: 99% dos homens não está preparado para esse tipo de relação.
ResponderExcluirTudo é muito legal até a parceira fazer uso da liberdade dela. Aí é muito comum eles fazerem chantagem emocional, ficarem magoados... A maioria absoluta dos homens têm muita dificuldade de abrir mão da posse sobre a mulher. Acresça-se a isso o fato de muitos também não terem o hábito de refletir sobre os próprios sentimentos e limites como as mulheres fazem. Uma mulher em geral só topa uma relação aberta se tá muito segura que quer isso. Já vi homens que topam meio que no impulso, sem olhar para si mesmos antes.
Depois dessas experiências (e de conversar com outras mulheres que passaram pelo mesmo) cheguei a conclusão que pra mim, relação aberta agora só com outra mulher. Com homens a coisa ainda fica muito desigual.
Relacionamento hétero é desigual seja o tipo que for.
ResponderExcluirOlha eu estava acompanhando a discussão aqui, e sobre o RB o que eu vejo que prejudica muito os relacionamentos deste tipo, e que muitos relacionamentos abertos, são iniciados como um relacionamento fechado, o que dificulta muitos as coisas, pois quando a pessoa inicia um relacionamento fechado, ele(a) idealiza inicialmente, um relacionamento fechado e bom, e uma abertura do relacionamento gera em maior ou menor grau uma frustração do projeto idealizado quando relacionamento começou.
ResponderExcluirPor isso penso que um RB para ter altas possibilidades de dar certo, deve iniciar aberto e ser entre duas pessoas que gostem deste tipo de relação, ai fica tudo bem para ambos os lados.
Quando é que vão publicar um guest post onde uma mulher vive um relacionamento aberto e transa com HOMENS, sem que o marido se importe? Porque transar com mulheres é bem comum, né? Homem aceita, faz parte do fetiche, ele não se sente ameaçado. Esse post não acrescenta em nada. É mais do mesmo. Não vejo nada de empoderador e revolucionário no relato dessa mulher. Apenas reproduz as relações de dominação. Essa mulher acha que é livre e descolada, mas está vivendo na bolha da ilusão da liberdade, criada pelo marido, para exercer controle sobre ela.
ResponderExcluirAnônimo 09:15
ResponderExcluirOnde esta dito neste texto, que a autora não transa com outros homens?
O que entendi e que relacionamento dela e totalmente aberto para os dois lados.
mais interpretação de texto por favor
Anon das 09:15, leia meu post das 07:32.
ResponderExcluirAnon das 09:25, se não me engano a Rê Bordosa já havia comentado antes que no relacionamento dela, fora ela e o marido, só entram mulheres. Posso estar enganado.
Caio
Eu não tenho nenhuma crítica ao fato da moça do post relatar que transa com mulheres. Gostei do relato e achei enriquecedor. Mas do ponto de vista do feminismo, eu gostaria realmente, como alguém já falou antes, de saber de um relacionamento aberto onde a mulher transasse apenas com homens. Esse é o maior desafio, não tenho a menor dúvida.
ResponderExcluirO namorado mais machista que tive, (ele nem era machista no quotidiano, digamos assim, ele dividia as tarefas de casa, fazia mais do que eu inclusive) mas ele era de uma possessividade absurda. Do tipo de fiscalizar meu celular e minhas coisas. Pois bem, ele adorava quando eu fantasiava que transava com outra mulher. Às vezes ele embarcava na fantasia e "participava", e chegou a me afirmar que não se importaria que eu realizasse a minha fantasia sem ele só para contar depois. Me digam se não é o cúmulo do machismo?
Anon das 09:53, sobre "eu gostaria realmente, como alguém já falou antes, de saber de um relacionamento aberto onde a mulher transasse apenas com homens", eu estou em um relacionamento assim. Minha parceira só transa com homens e eu só com mulheres. Se eu resolvesse transar com homens ou ela com mulheres, estaria ok também mas nunca ocorreu. No entanto, de fato é mais raro. No meu caso nós nem temos o hábito de estar juntos quando saímos ou transamos com outras pessoas.
ResponderExcluirCaio
Caio,
ResponderExcluirComo vocês lidam com a aceitação social? Já rolou de algum conhecido que não sabia da situação de vocês vê-lo com outra ou sua esposa com outro e estranhar? E como se lida com a família no caso? As pessoas com quem vocês saem sabem do relacionamento aberto e encaram numa boa? E como vocês lidam com eventuais ciúmes?
caio,
ResponderExcluirSe permite a indiscrição, a minha maior curiosidade é saber se com xs "outrxs" rola apenas sexo. Ou se o afeto faz parte, e como fica, nesse caso, para o casal "original".
Eu faco parte de relacionamento fechado
ResponderExcluirNa verdade, nunca me foi questionado se eu gostaria de um relacionamento aberto
o meu ciumes beira praticamente ao zero,
ele tem amigas, algumas intimas e proximas, e eu nao encano com isso
e o mesmo comigo,
saio sozinha com meus amigos
nao temos nenhum stress no que tange a liberdade.
Mas como foi falado em algum post acima,
se me fosse questionado sobre relacionamento aberto,
diria que nao,
pois acho que no mesmo risco de uma pessoa casada que tenha amante perturbador, eu teria esse receio de ser incomodada por uma terceira pessoa que nao tenha noçao de espaço. E ser incomodada, na verdade, abrange um monte coisas...
Para os que estao em relacionamento aberto,
isso ja aconteceu com voces ?
Anônima 12:25
ResponderExcluirEu atualmente estou sozinho, mas já tive relação aberta, e comigo nunca aconteceu isso.
O segredo ara evitar problemas como que você citou e sempre ser honesto(a) deixando bem claro para quem você for se encontrar, que com você só o que vai acontecer e ficada ou sexo(se houver), ai pessoa já não fica alimentando esperanças falsas, e ai fica muito difícil da algum problema.
Anon das 10:14
ResponderExcluir"Como vocês lidam com a aceitação social? Já rolou de algum conhecido que não sabia da situação de vocês vê-lo com outra ou sua esposa com outro e estranhar? E como se lida com a família no caso? As pessoas com quem vocês saem sabem do relacionamento aberto e encaram numa boa? E como vocês lidam com eventuais ciúmes?"
A gente só fala sobre isso com gente muito próxima. às vezes "vaza" pois tem gente que acha uma curiosidade interessante de conversar. No entanto, a maioria das pessoas não sabe e a gente prefere assim. Ela especialmente não curte que se comente. Na família dela acho que ela só conversou com isso com a irmã mais nova e ela não acha ruim, s´p estranha. Na minha família unca conversei com ninguém a respeito até porque eles estão longe, em outro país. Sobre ciúmes, como qualquer outro casal, acho. A gente quer tempo exclusivo e acho que na mesma medida que seria se não estivessemos com a relação aberta. Sair com outras pessoas não é algo que acontece sempre (às vezes meses sem nada assim).
Anon das 10:43
"minha maior curiosidade é saber se com xs "outrxs" rola apenas sexo. Ou se o afeto faz parte, e como fica, nesse caso, para o casal "original"."
Sobre afeto, ssó posso responder por mim. Vários níveis de afeto e amizade, depende. Como quando se está solteiro e você vai saindo com pessoas. Se eu saio com uma menina gosto muityo quando ficamos amigos e isso continua mesmo depois que transar não seja mais uma opção por algum motivo. Às vezes rola sim de um percevber no outro um certo afeto "demais" por outra pessoa e isso chateia sim. No entanto nunca houve um grande problema. O afeto dos outros já foi sim problemático no passado mas a gente vai aprendendo.
Não rola só sexo sempre. Às vezes sim. Depende do tipo de relação que você desenvolve com a pessoa.
Caio
Anon das 12:25
ResponderExcluir"no mesmo risco de uma pessoa casada que tenha amante perturbador, eu teria esse receio de ser incomodada por uma terceira pessoa que nao tenha noçao de espaço. E ser incomodada, na verdade, abrange um monte coisas...
Para os que estao em relacionamento aberto,
isso ja aconteceu com voces ?"
Já aconteceu sim e não foi legal. Uma vez com cada um de nós. Começou com gente que se aproximou de boa mas com o tempo desenvolveu um certo sentimento de posse. A gente vai aprendendo e supera.
Caio
Eu e meu marido estamos juntos há mais de 16 anos (entre namoro e casamento) há mais ou menos 2 anos resolvemos experimentar. Sexo nunca foi problema para nós, sempre foi bom a única coisa é que, naturalmente com o tempo foi ficando menos frequente. A idéia surgiu e não foi problemático falarmos disso (ter sexo com outras pessoas), pois temos muita confiança um no outro, temos muito diálogo e respeitamos opinião um do outro, resolvemos entrar nessa juntos (mesmo porque, se eu não quisesse, ele não se interessaria e nem voltaria a falar disso). Não foi uma decisão para agradar alguém. Estavamos ambos curiosos e, se qualquer coisa não nos agradasse, era só conversar (e caso não quisessemos mais, parariamos imediatamente). A primeira vez que fomos no swing estavamos MUITO nervosos. O medo de encontrar algúem que conhecemos sempre vai estar lá, não importa quantas vezes vc volte. Enfim, não sabiamos nada de nada, se ficaríamos só assistindo, se algum casal iria nos chamar, como fazer uma abordagem, o que esperar, enfim... Somos um casal jovem e bonito, a maioria do público parecia um pouco mais velho. Nesse dia um casal tbm jovem nos orientou, deu umas dicas, estivemos com eles mas sem fazer a 'troca'. Cada um com seus parceiros e o máximo foi ela ter me beijado e tocado, mas nada além disso. Esse primeiro contato foi fundamental, começamos a ter idéia mais clara da coisa. A moça nos disse que o importante é definir regras entre o casal e SEMPRE respeitar essas regras. Então, com o tempo e outras experiências essas 'regras' foram ficando mais claras (por exemplo, escolhemos relacionar sempre com CASAIS para troca, p/ ninguém ficar de fora, estabelecemos que estaríamos sempre juntos e nunca em ambientes separados, JAMAIS colocar ninguém em nossa casa, em nossa cama, etc). Não preciso dizer que camisinha SEMPRE e, acima de tudo RESPEITO entre todos, ninguém é obrigado a fazer o que não quer. Não parecia tão complicado... NA TEORIA. Porque mesmo assim tivemos uns aborrecimentos, desde falta de higiene a indivíduo pressionando p/ fazer algo que eu não quisesse (e usar a propria parceira como 'garantia', dizendo p/ meu marido que 'ela também pode fazer em você', e outras bizarrices). Meu maior medo ANTES de entrar nisso era que afetasse o nosso casamento, de acabarmos ficando dependentes 'dessa vida', e as consequencias psicológicas que isso poderia nos trazer. Felizmente, nada mudou em casa e nem nossos sentimentos, conversávamos disso sempre que surgia a necessidade e sempre chegamos a um consenso. Realmente, confiança entre o casal é o segredo.
ResponderExcluirNão somos adeptos a essa vida, nem queremos ser, tivemos experiências boas e ruins, foi por uns 6 meses (1 ou 2 vezes por mês). E paramos porque conhecemos um casal lá e meio que acabamos sempre marcando com eles, mas com o tempo o cara trocava de namorada e ele passou a me incomodar, querer mostrar posse sobre mim, cochichava umas coisas do tipo como se meu marido fosse corno (hein??) e uma das últimas vezes me entregou um papel com seu telefone (encondido do meu marido, sendo que ele também tinha o seu número e eles conversavam entre eles para marcar os encontros), então entendí o recado, ele queria que eu fosse sua amante sem o marido saber, que canalha! Contei tudo p/ meu marido, ele ficou puto com o cara e nem preciso dizer que joguei o papel fora, nunca mais quis saber desse babaca. Paramos de frequentar, mais por não querermos encontrar esse fdp (que era um frequentador da casa) e depois também não tivemos mais vontade, muitas outras coisas aconteceram, conhecí o feminismo, etc... Percebí o quanto de machismo também existe nesses ambientes, mas é tudo disfarçado. Disfarçado com a idéia de que mulher também pode ter liberdade sexual... Mas olha só a atitude dos caras!
Se hoje falamos em nos relacionar com outras pessoas, raramente. Não falamos que nunca mais faremos isso, pelo contrário, deixamos em aberto se surgir a vontade e uma oportunidade, quem sabe um dia
E vcs, que tipo de experiências chatas tiveram?
LS
Cês tem problemas com sexo hein? Já tentaram análise?
ResponderExcluirquem ?
ResponderExcluirAssim gente, não adianta fazer pergunta genérica tipo "em relacionamento aberto tem isso? tem aquilo? qual a regra? pode isso? pode aquilo?" simplesmente porque você está desconsiderando que cada pessoa é uma pessoa e cada relacionamento é um relacionamento. Então se perguntarem para MIM, ô fulana, no seu é só com mulher ou com homem também? aí tudo bem, dá pra responder porque estou falando do MEU relacionamento. Mas isso não é clube não gente, não tem livro de regras, tem gente que é mais flexível, tem gente que caga e peida regra num relacionamento "semi" aberto onde o parceiro só deixa pra poder ficar junto e controlar a situação, tem gente que não tá nem aí, varia muito!
ResponderExcluir"Se a mulher engravidar em um relacionamento aberto, como ela vai saber quem é o pai?"
ResponderExcluirOlha existe uma tecnologia bem nova que responde a essa sua questão, é chamada "Teste de DNA". Vá a uma biblioteca e pesquise sobre isso! Eu poderia sugerir você usar uma outra tecnologia bem avançada para obter a informação, chamada "Internet", mas talvez seja muito avançado para você.
"Não vejo nada de revolucionário nisso, é a pura e simples comodidade."
ResponderExcluirE qual o problema? Relacionamentos têm de ser incômodos para serem válidos?
"As pessoas não casavam assim que saíam da faculdade; casavam no final dos 20 anos."
ResponderExcluirQuando isso?
Não existe um passado homogêneo; a "idade de casar" variou muito ao longo do tempo. Mas é bem óbvio que o nosso momento histórico é um em que a "idade de casar" aumentou muito. A começar pelo fato de que a expectativa de vida aumentou, e com ela a saúde das pessoas na meia-idade. Até o século XIX, uma pessoa de 40 anos de idade era "velha" - especialmente se fosse mulher.
"O divórcio sempre existiu; Grécia, Roma, Inglaterra dos anos 1800 (Henrique IIIV). Nos anos 20, na América, o divórcio era tão comum que todos achavam que em alguns anos casamento seria coisa do passado."
Hum, se você pula direto da Roma antiga para a Inglaterra reformada, o seu conceito de "sempre" é um pouco complexo. Não, o divórcio não existiu "sempre"; ele era comum em sociedades pré-cristãs (mas em geral era um privilégio masculino, isto é, o marido podia "repudiar" a esposa, mas o contrário era muito mais complicado). Durante a Idade Média, na Europa, ele não existia. Henrique VIII (no século XVI, não nos anos 1800) teve de fundar uma religião nova para poder se divorciar.
"Como a morte prematura era muito frequente, mães e pais solteiros e famílias com padrastos, madrastas e enteados eram muito comuns. Traduzindo pra linguagem mascuzal, na época que eles achavam perfeita moralmente, era muito comum homens casarem com mães solteiras e assumirem os filhos delas junto com os próprios (posicionando o caminhão pra recolher os corpos)."
Era comum viúvos e viúvas casarem de novo. Não me parece que casar com mãe solteira fosse comum; a maternidade fora do casamento costumava ser uma muito estigmatizante, aliás tanto para a mulher como para os filhos; ser "bastardo" era motivo para ser discriminado e marginalizado a sério, talvez não muito menos pesado do que ser homossexual ou negro há uns quarenta anos atrás.
"Na Europa do séc. XIX o aborto era liberado e considerado uma opção legítima; o feto só era considerado vida depois que a mulher o sentisse se mexer no útero pela primeira vez (chorem, pró-vidas; CHOREM, buahahahhahaha!)"
Na Europa do século XIX o aborto começa a ser criminalizado (a Inglaterra vitoriana fica no século XIX, e não tinha nada de liberal no tocante ao aborto, ou a qualquer assunto sexual) como um crime contra o feto; antes disso ele era comum, embora longe de "liberado" ou "legítimo". Em geral não havia problemas para mulheres casadas abortarem (a não ser que o marido se opusesse ao aborto). Mas como o pressuposto era que mulheres solteiras não tinham relações sexuais, um aborto nesse caso era um escândalo.
"Casamento gay sempre aconteceu. Era comum na antiga Roma, e o próprio imperador Nero se casou duas vezes com homens. Na China antiga homens mais velhos casavam com homens mais novos e os traziam pra família."
Nero era imperador, fazia o que bem entendia. Não estava sujeito às leis que regiam os mortais comuns.
"Na América de 1800, lésbicas viviam suas relações abertamente; esse costume era tão aceito que essas relações ficaram conhecidas como Casamentos de Boston. Um casal lésbico, Sylvia Drake e Charity Bryant, eram consideradas uma unidade familiar na receita americana. Na Espanha, Elisa Sanchez Loriga se passou por homem pra casar legalmente com Marcela Gracia Ibeas. Quando descobriram a farsa, bom... a justiça espanhola continuou considerado o casamento delas legal. Nos idos de 1800, vejam bem."
O casamento delas nunca foi anulado, mas é evidente que ambas foram perseguidas por causa do assunto. Aliás, se "casamento gay sempre existiu", por que uma delas teve de se passar por homem para casar?
"Não diga isso!!! O "Povo de Deus" baterá à sua porta com tochas e não descansarão enquanto suas narinas não se regozijarem com o aroma de sua carne queimada."
ResponderExcluirEsse é um excelente motivo para dizer e repetir isso:
Um embrião não é uma pessoa sujeito de direitos"
E o "Povo de Deus" que se dane. Cambada de cristãos marca-diabo, que não segue os ensinamentos de Jesus para nada, a não ser para fiscalizar o corpo alheio.
"Vamos supor que a mãe solteira ganhe uma paternidade sócio afetiva na justiça e seu filho fica sem pagar, pela lei os avós devem pagar, vamos imaginar um valor acumulado de três filhos e vc sem pode pagar vai para a cadeia, ai eu quero ver vc dizer que não problema seu"
ResponderExcluirQue lei é essa em que os pais têm de pagar pelas dívidas dos filhos?
Sério, cara, pára de imaginar besteira e de dar ouvidos a maluco que não sabe o que diz.
"Relacionamento hétero é desigual seja o tipo que for."
ResponderExcluirNós vivemos numa sociedade desigual, em que todos os relacionamentos, qualquer que seja o tipo ou formato, são em princípio desiguais.
Não tem como viver numa ilha de equidade e justiça num mar de exploração e opressão.
"Me digam se não é o cúmulo do machismo?"
ResponderExcluirMachismo? É. Claro.
O cúmulo do machismo? Bem, não. É fácil pensar em 3.835 coisas mais machistas do que isso.
Donadio, seus dados estão errados, eu já havia disto em outro post que você interpretou errado a expectativa MÉDIA de idade na idade média, pesquise.
ResponderExcluirEmbora a idade MÉDIA do primeiro casamento na nossa sociedade não ser baixo, antigamente não se casavam tão cedo como imagina, essa de menininha casando ao 12 anos é mentira, só olhar documentos antigos.
Sobre essa questão de relacionamentos abertos com a mulher transando apenas com homens.
ResponderExcluirAcredito que, neste caso, os homens que aceitariam isso seriam justamente os masculinistas, visto que uma teoria deles é "não se apegar". Ou seja, desde que eles pudessem transar com as mulheres que quisessem, acredito que eles nem se importariam se a mulher transasse com quem quer que seja. Não parece ser isso? Justamente eles?
Anon. 15h32: não necessariamente um homem que mantém uma relação aberta com uma mulher faria ou pensasse isso. Mas vaticinar que um homem só pode admitir uma relação aberta pensando dessa forma é que me parece um visão bastante masculinista.
ExcluirO fato é que vivemos numa cultura extremamente machista, logo as relações possivelmente reproduzirão os codigos machistas: homens se sentindo donos e mulheres sentindo que se nao forem objeto exclusivo, não valem ou nao representam nada para o homem. Assim como relações monogamicas podem ser ultra machsitas, relações nao monogamicas tb podem. A relação aberta nao aumenta machismo, apenas pode ser uma outra modalidade de expressão do mesmo. Ou não. Assim como uma relação monogamica pode nao reproduzir a maioria dos codigos machistas. Depende de um milhão de fatores, mas os principais esta a auto estima e a autonomia da mulher e a segurança e empatia de um homem orientando uma relação que potencializa as capacidades intelectuais, profissionais, afetivas e sexuais dos dois. E isso pode ser tanto na modalidade monogamica, quanto na modalidade aberta. Os termos e condições são estabelecidos pelos dois e são cumpridos pelos dois com amor, respeito, empatia e afeto. Existirão momentos em que os dois podem ter problemas - qualquer que seja a modalidade - entre si ou com terceiros, quartos. E isso é normal. Podem refletir se estao numa dinamica que contudo é a mais satisfatoria pros dois. Ou podem ponderar adotar uma outra dinamica. Me parece que as coisas não são tão fixas e irreversíveis como querem noa fazer crer. Existe sim um modelo hegemonico, que nao é por ser hegemonico que é o mais adequado e satisfatório para todos. Mas acho que ganhamos todos com a perspectiva de cada um fazer o seu arranjo do que com a perspectiva de impor um modelo em que todos devem se encaixar. Que existam casais que tenham relação aberta e sejam felizes, não implica que não possa existir casais monogamicos felizes. Tambem existem as relações abertas ruins, claro, estabelecidas a partir de uma troca desigual entre os generos. Mas o que eu quero dizer é qie qualquer modalidade tem maior chance de fracassar se não questionar práticas fundadas na desigualdade.
Outra coisa:se as pessoas se cuidam para nao engravidar em relações monogamicas, porq ue nao fariam isso numa relação aberta? Me parece que a origem dessa preocupação é o bom e velho pânico machista de deixar a propriedade para um filho ilegitimo (panico esse propagado por homens e mulheres machistas). Tem um filme sobre isso aliás, do mesmo diretor de corra lola corra que nao lembro o nome agora, mas recomendo.
Sobre falar ou não pra familia: tem gente que é um livro aberto. Tem gente que não e tudo bem. Cada um sabe a melhor maneira de editar a propria informação.
Sobre envolver afeto e não só sexo: é possivel que algumas pessoas possam vivenciar o amor apenas de forma serializada. É possivel que outras possam vivenciar de forma concomitante. E esta bem.
Somos sete bilhões de pessoas. Ou seja, não dá pra pensar que o que parexe absurdo pra gente, é necessariamente absurdo pra todos. Dito isso. A escolha do outro não interfere na sua. Que existam casais em relações abertas nao implica que a sua relação seja boa ou ruim. Não se trata de uma questão evolutiva: todos devem se adaptar aos novos codigos. Se trata apenas de convivet e respeitar as diferenças. E claro, se trata de combater machismo onde quer que ele exista, não importando a modalidade da relação.
André eu entendo que cada um tem o seu tempo, mas assim, fiquei decepcionadíssima com seu comentário.
ResponderExcluirDonadio,
ResponderExcluirSó uma curiosidade, os pais respondem sim pelas dívidas dos filhos, quando a dívida é de alimentos.
http://www.oabsp.org.br/comissoes2010/advogados-idosos/noticias/stj.-alimentos.-responsabilidade-dos-avos.-obrigacao-complementar-e-sucessiva.-interpretacao-do-art.-1.698-do-novo-codigo-civil
@anom das 15h32:
ResponderExcluirSobre essa questão de relacionamentos abertos com a mulher transando apenas com homens.
Acredito que, neste caso, os homens que aceitariam isso seriam justamente os masculinistas, visto que uma teoria deles é "não se apegar". Ou seja, desde que eles pudessem transar com as mulheres que quisessem, acredito que eles nem se importariam se a mulher transasse com quem quer que seja. Não parece ser isso? Justamente eles?
Só que não.
Quando eles falam em "não se apegar", na realidade eles querem dizer "não assumir compromissos". Eles querem transar com as mulheres que quiserem, mas à moda de cafajeste: sem qualquer relacionamento envolvido, com o sexo a um telefonema de distância. E o aparente desapego é para que o cara possa ser capaz de terminar o seu relacionamento em qualquer momento sem sofrer danos emocionais.
E, para eles, a mulher tem de ser exclusivamente "dele" e completamente submissa a ele. Como se fosse uma posse. Se ela estiver transando com outros caras, na mentalidade doentia deles, essa mulher vira uma "vadia rodada" e precisará ser descartada imediatamente.
No Cracked tem os links pras fontes, Donadio. Eu fiz uma tradução meio tosca dos tópicos mas você pode ir lá ler o artigo e as fontes. O fato é que essas coisas que os mascus e machistas acham que é invenção dessa nossa época moderna existiam há muito, muito tempo-inclusive nas épocas que eles consideravam perfeitas.
ResponderExcluir"Como a morte prematura era muito frequente, mães e pais solteiros e famílias com padrastos, madrastas e enteados eram muito comuns. Traduzindo pra linguagem mascuzal, na época que eles achavam perfeita moralmente, era muito comum homens casarem com mães solteiras e assumirem os filhos delas junto com os próprios (posicionando o caminhão pra recolher os corpos)." Eu coloquei desse jeito porque os mascus consideram viúvas com filhos mães solteiras. Não adianta explicar a um mascu a diferença entre mães viúvas e mães que sempre foram solteiras.