A primeira vez que meu cabelo foi submetido a um processo químico eu tinha 5 anos de idade. Minha mãe havia decidido “testar” uma “nova” química que havia dado certo em uma amiga da minha tia. Não culpo minha mãe, todas as meninas com quem eu convivia tinham cabelo que caía nos olhos, mesmo os ditos cacheados. Minha mãe que usava henê no cabelo e por consequência também o tinha nos olhos queria me fazer sentir incluída.
Foi um desastre. Meu cabelo caiu quase por completo. E meu pai que era veemente contra colocar qualquer coisa além de xampu e condicionador no meu cabelo, ficou enfurecido com o resultado -- o que colocou um ponto final temporário na discussão.
Foi um desastre. Meu cabelo caiu quase por completo. E meu pai que era veemente contra colocar qualquer coisa além de xampu e condicionador no meu cabelo, ficou enfurecido com o resultado -- o que colocou um ponto final temporário na discussão.
Uso o termo temporário por que sou negra de pele escura, meus pais também, e estudei em escolas particulares de prestígio na minha cidade e por isso sempre fui “a- única- menina- negra- de- pele- bem- escura- na- sala”. E enquanto todas as outras estavam jogando cabelos ao vento eu sustentava um cabelo afro do tipo 4c. A pressão era tão grande que eu pensei que fosse me engolir, então aos 11 anos de idade eu implorei para a minha mãe me levar a um salão de beleza e alisar meu cabelo.
Dessa vez, meu pai não se sentiu no direito de interferir, porque a vontade havia partido de mim. E eu me senti bem, me senti aceita, e eu pensei que ali estava o fim dos meus problemas, que talvez o problema comigo fosse somente o cabelo. Mas como toda jovem mulher negra, eu descobri que não era. Enfim, o cabelo não crescia, não passava da linha do queixo, nada acontecia; não importava qual tratamento aplicado. E os cabelos lisos esvoaçantes das minhas amigas continuavam lá, para me lembrar que eu ainda não estava no padrão.
Quando completei 15 anos um cabeleireiro me indicou usar extensões capilares. Eu comecei com extensões de 30 cm. E mais uma vez veio a sensação de aceitação, de conformidade com o padrão. Sensação que duraria muito. Até que alguém compartilhou no facebook um link do seu blog, Lola. Não era nenhum post especial, havia uma legenda do tipo “olha que blog legal que eu encontrei”.
Comecei a ler sobre feminismo, sobre o papel que é imposto à mulher na sociedade, sobre o patriarcado... e o que isso tem a ver com cabelo? Bom, comecei a rever a minha imagem, a repensar o motivo pelo qual eu alisava o cabelo, o motivo pelo qual até mesmo com 10 anos de idade eu já havia entendido a mensagem midiática que só cabelo liso ao vento é bonito e como isso foi prejudicial para mim, como era difícil eu me sentir bonita.
Eu nunca tinha lido NADA a respeito do movimento negro, mas o primeiro assunto que li relacionado a ele foi sobre como usar o cabelo natural era uma forma de aceitação da nossa estética natural.
E com 20 anos eu raspei toda a cabeça.
Não passei pela transição capilar. Eu fui a um salão e falei: corte. Depois de 4 anos lendo sobre cabelo, autoestima, feminismo e aceitação eu cortei o cabelo e saí completamente do padrão que eu buscava tanto me encaixar. E eu nunca na minha vida fui tão feliz.
Agora eu gostaria de falar sobre o movimento de volta ao cabelo natural e como a mídia o está subvertendo. Há alguns anos atrás (aproximadamente em 2007) começou-se a notar que mulheres negras americanas desistiram de usar química de transformação nos seus cabelos e começaram o processo chamado transição capilar que é quando deixa-se a raiz natural crescer até o momento que se faz o Big Chop (o grande corte), cortando toda a parte alisada e mantendo somente a natural. Foi uma decisão totalmente pessoal, sem apelo midiático, sem propaganda. E por isso inconscientemente um ato político.
Ato este que não se iniciou com mulheres de cabelo cacheado ou ondulado e sim com mulheres com afros grandes, cabelos que nasciam para cima. Mulheres que agora veem suas vozes silenciadas por uma mídia que reduz todo o processo de aceitação do cabelo natural à "moda do cabelo cacheado".
Mas não é só a mídia que subverte todo o processo de volta às raízes naturais e ancestralidade africana. Boa parte das blogueiras/ vlogueiras/ youtubers de moda relacionada a cabelos naturais também o faz. Subitamente, um movimento que começou com cabelos do tipo 4c se transforma em um movimento onde as únicas que possuem voz são meninas de cabelo tipo 2 ou 3 e quiçá cabelo do tipo 4a.
A descriminação de textura é só mais uma forma de perpetuar o racismo até mesmo em um movimento contra o racismo velado manifestado contra os cabelos não lisos. O absurdo chega ao ponto de em grupos/ forúns sobre o cabelo natural, meninas de cabelo tipo 4 serem “aconselhadas” a usar algum tipo de química para “abrir o cacho", ou são aconselhadas a fazer texturizações que imitam o padrão de curva de cabelos mais aceitáveis.
É uma onda de demonização do cabelo 4c, que na verdade foi o propulsor de todo o movimento. O que é em si uma perversa maneira de continuar dizendo a elas: “Vocês ainda não estão no padrão aceitável, nem mesmo aqui onde nós deveríamos celebrar as diferenças de padrão capilar; façam algo, deem um jeito no seu cabelo, queremos o cacheado e não o crespo”.
É triste. Da mesma forma algumas das meninas tentam reproduzir um discurso de falsa simetria, dizendo que não precisamos desvalorizar o cabelo liso, e a pergunta que fica é: mas o cabelo liso já não é valorizado o suficiente? Liguem suas televisões, assistam suas novelas, olhem nossas jornalistas, atrizes, cantoras. Elas não são apenas brancas, elas possuem cabelos lisos ou alisados. Nós não precisamos valorizá-los. O que é necessário é que o movimento de aceitação do cabelo natural não se dilua e perca sua raiz.
Não adianta, o Capitalismo sempre encontra uma forma de criar mercado com qualquer política afirmativa e vai impor um modelo a ser seguido pra que esse nicho consuma algo.
ResponderExcluirAdorei. Meu cabelo é entre 2c e 3a, e foi uma luta pra aceitá-lo (ainda é ás vezes). Dito isso, eu só posso imaginar como é ter um 4c. Sempre reclamei que não tem representação na mídia e na literatura do cabelo cacheado, imagine o cabelo afro, que cresce pra cima.
ResponderExcluirOutra coisa: eu sou branca e tenho os olhos claros, e meu cabelo é castanho enrolado. A minha vida inteira ouvi gente me mandando fazer progressiva, porque, como assim não quer? A mensagem era basicamente "você está a um passo de ficar 'perfeita', é só alisar esse cabelo e pintar de loiro! Ah, se eu fosse branquinha..." Isso não foi uma vez, nem duas, nem três.
Minha intenção não é dizer que sofro preconceito, pobre de mim. Mas sim ressaltar o quanto o racismo assume formas diferentes de se manifestar.
Dan
Eu tbem sofri disso, sou homem e sempre tive que cortar o cabelo bem curtinho, mesmo eu gostando de deixar grande e passar gel.
ResponderExcluirTenho cabelo do tipo acredito que seja 2c, já passei pela transição e ainda estou aprendendo a tratá-lo. Há pouco tempo ouvi da minha mãe, que tem cabelo alisado, "Mas se você quer cabelo cacheados por que você não faz uma escova progressiva, compra aquela maquininha de fazer cachos e faz com ela?" Olha só, meu cabelo é naturalmente cacheado e ela estava sugerindo que eu alisasse e fizesse os cachos artificialmente, claro que para ficar com os cachos mais dentro do padrão.
ResponderExcluirE é verdade o que a autora diz sobre os forums e as comunidades, eu leio alguns, e uma vez vi que em um deles alguém postou o link pra um artigo que falava sobre como isso que se tornou um processo de aceitação acabava virando uma nova ditadura, com mil regras do que fazer e não fazer nos cabelos, que certos tipos de cabelo eram mais aceitos que outros, e que por exemplo, se alguém postava foto de um cabelo natural com um pouco de frizz as outras julgavam e criticavam, e alguém respondeu algo do tipo "Mas claro que julgamos, nós estamos julgando as pessoas o tempo todo, julgamos pelas roupas que elas vestem, pelo sapato que usam, a vida é assim mesmo!" e foi super aplaudida pelas outras, me deu uma tristeza tão grande ver aquilo, porque vejo uma conexão tão grande entre esse movimento e o feminismo que na minha cabeça eles estavam completamente interligados, então foi meio que um choque ler algo assim nesse meio.
Conheço um rapaz air foi impedido de progredir en uma atividade x porque exigiam que ele cortasse o cabelo bem curto (afro). Todos nessa atividade precisam cumprir a exigência de cabelo curto, mas fiquei pensativa quando à inflexibilidade dessa exigência, uma vez que essa identificação que o rapaz tem com o afro dele vai além da estética. Se fosse um religioso ortodoxo de matriz monoteísta que precisasse manter barba e cabelos intocados, por exemplo, o tratamento seria o mesmo? Não sei. Dá pra pensar nessas diferença.
ResponderExcluirParabéns as moças crespas e cacheadas. Vocês são o máximo e dão o tempero que precisamos nessa sociedade que tende a buscar pela monotonia.
Parabéns pela atitude. Durante muito tempo fomos massacrados pela mídia racista.
ResponderExcluirÉ legal ver alguém vencendo padrões absurdos.
Ex Socialista.
p.s. Se eu tivesse cabelo, usaria um black power, mas a calvície me fez adotar a máquina zero..rrrr
Meu cabelo também é uma mistura do 2C e 3A, mas sou parda(mistura de mãe branca e pai negro). Espero não ser ofensivo, mas sempre achei 1A sem personalidade, sei lá, meio esquisito...
ResponderExcluirSendo filha de cabeleireira e vendo casos com frequência, ainda não entendo como alguém pode gostar tanto de processos químicos agressivos com frequência, já ouvi tanto pra alisar o cabelo que fico me perguntando de onde saíram tantos especialistas na área. (E isso rende uma boas historinhas sobre racismo e objetificação)
Enquanto isso, eu ficava é mentalmente reclamando que meu cabelo não é cacheado o suficiente para fazer certos penteados(e olha que tenho uma baita preguiça). E se tem algo que não suporto é Baby Liss e Prancha/Chapinha. Não gosto de ter cabelo de manequim, sorry.
Parabéns para as que mantém os "cabelos naturais". :3
Pelo menos nisso a Globo influencia positivamente. Taís Araújo, Sheron Menezes e outras atrizes negras estão usando o cabelo mais natural e agora vemos milhares de adolescentes com cabelos naturais. Isso é bacana.
ResponderExcluirPor último recomendo o filme Kbela.
Pelo menos nisso a Globo influencia positivamente. Taís Araújo, Sheron Menezes e outras atrizes negras estão usando o cabelo mais natural e agora vemos milhares de adolescentes com cabelos naturais. Isso é bacana.
ResponderExcluirPor último recomendo o filme Kbela.
13:15,
ResponderExcluirA Globo tem algumas posições pontualmente progressistas, mas na questão racial ela deixa muito a desejar. Quem está acostumado a ver novelas da Globo e vai no Rio pela primeira vez sente um choque, a cidade é muito mais negra do que aquela que a Globo mostra. Claro que a presença de atrizes negras com o cabelo "natural" é bem vinda, mas isso não pode servir de álibi para a Globo se isentar do racismo que sempre promoveu.
Sim!!! Incrível isso. A cidade é super de maioria parda e negra. Acabei de me mudar do sul para o Rio, e de fato fiquei surpresa. Fiquei mais indignada ainda com a falta de participação deles na mídia. E a polêmica que ta rolando sobre a policia fazer apreensão a priori, porque os menores têm 'cara' (leia-se: negros pobres) de que vão fazer arrastão. É o cúmulo!
ExcluirE da crise economica? Vai rolar um post ou vai fingir que o país está bem?
ResponderExcluirSe o Aecio tivesse ganhado ia estar chovendo posts atribuíndo a crise ao PSDB...
Que emoção de ver um post sobre cabelos naturais aqui!
ResponderExcluirComo a autora, eu fui uma criança que começou a alisar o cabelo cedo (7 anos). No meu caso, ainda dei "sorte" de não nascer com o cabelo muito crespo (todas da minha família tem cabelo 4 para cima, o meu é 3b-c) e claro (olha o colorismo). Então, um relaxante já ajudava.
Mas é claro que eu queria ter os cabelos lisos e minha mãe sempre me empurrava produtos para isso. Até que aos 15 anos, depois de tanta química no cabelo, ele ficou ralo e sem vida. Ainda insisti por mais algum tempo, até ele começar a cair.
Eu, que sempre tive o cabelo grande, fiquei apreensiva. Então foi em 2013 que fiz minha última química. Gastava os tubos de dinheiro e meu cabelo estava cada vez mais ralo. Deixei o cabelo crescer e pesquisei na internet tratamentos alternativos e não muito caros. Lógico que fui criticada pela minha própria família (hj eles dizem que EU que estraguei meu cabelo, haha). Minha mãe fazia uma cara de morte a cada vez que eu saía com o cabelo misto (duas texturas na rua). Cortei o cabelo sozinha e hj ele está um cacheado lindo, nunca esteve tão macio e aprendi que ele não dá trabalho de cuidar (consigo só molhar e sair com ele na rua).
Outros pontos que concordo com a autora é essa tentativa de silenciamento. Já expliquei aqui no blog sobre a onda dos turbantes. Também me deparo que os cabelos das negras até o 3c são representados por mulheres brancas. Negras só aparecem com o cabelo 4 para cima.
Outra coisa que é importante lembrar é termos cuidado com a ditadura dos cachos. O mercado já percebeu que somos consumidoras (colocar um "cacheado" ou "crespo" já garante um preço diferenciado), embora seja perfeitamente possível cuidar dos cabelos utilizando ingredientes caseiros (hidratação de maisena, chocolate, babosa, mel, reconstrução com gelatina etc). Vejo com tristeza minha priminha com o cabelo 4b-c tendo que se esconder atrás de tranças pq a própria mãe diz que o cabelo solto dela "é feio".
Que texto maravilhoso!
ResponderExcluirEstou nesse processo, há 1 ano aceitando meu cabelo como é e ostentando-o como ato político e contestador, eu a única de cabelos naturais que sofro com todo o tipo de comparação às minhas 3 irmãs que possuem cabelos alisados e com mega hair.
Confesso que me senti mal por meu cabelo não ter "definição" no início do processo, mas é fato, cabelo crespo não é enrolado, é crespo!
Tenho dias melhores e outros que me acho muito feia, mas sigo na luta, 1 ano e 3 meses sem química, 6 meses de big chop e com um cabelo que cresce pra cima, mas que é o que me conecta com minhas raízes e ancestralidade.
O que foi importante para dar corpo à minha decisão foi o nascimento da minha filha. Quero que ela se sinta bonita desde sempre e para isso preciso dar o exemplo.
Parabéns por trazer essa reflexão para o blog da Lola.
As mulheres deveriam se importar menos com padrões estabelecidos de beleza, entretanto o que vejo hoje é que esses padrões querem se impor até em nós homens.
ResponderExcluirGostei do post. Tenho cabelo cem por cento natural e sempre que vou cortar querem que eu alise e pinte!Gosto do natural como ele é e com fios brancos. Infelizmente essa pressão é demais para as mulheres! É uma pressão para as mulheres para estar em uma padrão e vender mais produtos e mais cremes. E como falaram no texto o cacho tem que ser modelado de tal forma e não o natural: uma vez li isso em um encarta de um jornal e achei terrível foi ficava claro que a moda era o cacheado feito no salão e não o natural. E assim se vende mais produtos e produtos, consumismo e consumismo!
ResponderExcluirdeixem as mulheres em pazzzzz !!! Elas são lindas de Todos os jeitos e misturas !!!! Sejam asiáticas pardas negras ruivas brancas Ou resultado de suas misturas .....
ResponderExcluirIsso é coisa dos infernos mesmo ... Ditar regras até no cabelo !!!!
Sejam naturais ! Isso que é libertador !!!!
Duvido se os homens recebem tanta regras/alfinetadas em prol de “alguma modinha" ...
MarceLLA
Como a maioria comecei com os processos químicos a partir dos 12 anos, meu cabelo é do tipo 4a. Após 13 anos decidi parar de fazer químicas e meu cabelo está quase 100% natural, mas mesmo assim ainda não consegui assumi-lo e uso sempre com escova. Sou economista e trabalho num setor predominantemente machista e branco, já sou considerada fora do padrão por ser negra, ser pós graduada, ser uma intrusa num ambiente masculino e ser feminista.
ResponderExcluirÉ triste, mas a unica linha que me ainda prende nesses padrões ridículos que nos são impostos é o meu cabelo. Obrigada me trazer essa reflexão!
Tirando o cabelo liso e cacheado, o resto é ignorado, como se n existisse.
ResponderExcluirN sofro preconceito como quem tem cabelo crespo, mas fui zoada do mesmo jeito com o cabelo ondulado.
Quase impossível achar na internet como cuidar dos ondulados. Só vejo como deixar o cabelo ainda mais liso e como ter o cacho perfeito.
A loucura é tanta q tem mulher com cabelo liso passando prancha, pq n está liso o suficiente.
As cacheadas pondo kgs de creme para ficar com cacho "bonito" no padrão.
Existe uma necessidade capitalista em padronizar as pessoas, assim como existe a necessidade da sociedade em fazer o mesmo. O diferente, o que deveria fazer as pessoas pensarem, acaba por ser rejeitado por não se encaixar em padrões já criados. O cacheado tem que ter raíz lisa, o crespo não pode ser alto... Enfim.
ResponderExcluirNão sei qual é o tipo do meu cabelo, pq usava química a tanto tempo que já nem sei como é o meu cabelo natural. Estou em transição agora, já soltei os cachos (até onde dá, haha) e não pretendo alisa-los novamente. Trabalho com tecnologia, alocada em um cliente de cultura extremamente machista (a nível de nem disfarçar pra comentar a calça da moça passando), vejo, sofro e discuto sobre machismo praticamente todos os dias. Soltar os cachos, pra mim, está sendo uma experiência muito mais que estética.
Eu não sou negra, portanto não me sinto no direito de me apropriar dessa luta. Mas compartilho a sensação ao ler sobre cabelos. Mil tratamentos, mil jeitos de secar e enrolar e bla bla bla pra que seu cabelo seja no padrão esperado por outrem.
Não, gente. Cada um tem o seu jeito de ser lindo. :)
Eu não, meu cabelo é um 2b-c, sentia uma pressão padronizante mas nada pesado. Hoje uso cabelo raspado, por resistência, mas minha batalha é outra.
ResponderExcluirMinhas filhas, uma é 3a, a outra 3b. E quem sofre a pressão sou eu, para cortar os cabelos para dar 'definição' aos cachos, para passar cremes que 'contenham' os cabelos, para prender em rabos de cavalo ou fazer tranças. Eu, que sempre amei cabelos naturais não gosto de fazer nada disso nelas. E elas sempre voltam da escola com penteados... Bastante creme para grudar os cabelos na cabeça e tirar o frizz, cachos super definidos. A mamãe aqui sempre elogia os cabelos delas, sempre lembro como eles são lindos. Elas tem 4 anos. Arrancam os penteados quando chegam da escola (a não ser que coloquem um brilho e tals), bagunçam os cabelos, deixam soltos. Esses dias estava eu tentando convencer uma delas a amarrar o cabelo, não por nada, só para parar de entrar na boca enquanto tomava uma sopa. Tentei argumentar que tirava depois da refeição. A resposta dela aqueceu meu coração, 'não mamãe, eu gosto dele assim, solto, para os lados, cheio de cabelo'. A outra conta para as pessoas que tem cachos lindos. Eu sei que não chega aos pés dos cabelos 4, mas quero mesmo que elas se amem como são, que saibam que a beleza quem dita somos nós, não os outros.
Obrigada pelo guest post. Um dos mais importantes para mim até agora, enquanto mãe.
Comentário racista num blog feminista, Alex Turner? Tá lindo! Ah, já sei "é sua preferência pessoal".
ResponderExcluirComo é essa coisa de classificar cabelo crespo? Gente, o que é isso? Sério que, além de ser um tipo de cabelo estigmatizado, ainda existe "graus de estigmatização"? Por que para que serve classificar um tipo de cabelo? Fazem o mesmo com os cabelos lisos? Por favor, expliquem, porque eu "to desacreditando" (rs).
ResponderExcluirNão tem pressão para homem em relação a cabelo (como não tem em várias outras áreas). Cabelo grisalho em homem é "sexy", "charmoso"; em mulher é desleixo...
Rugas em homem é "charme", "maturidade"; em mulher é velhice (sempre com forte carga negativa)... sei...
Fora aquele racismo velado que todo mundo pratica e nem percebe, o de se referir aos cabelos afro como ''cabelo ruim'', ''bombril'' e cabelo liso, loiro é bom. Eu mesmo era um que vivia reproduzindo esse conceito, só depois que comecei a me informar mais e ficar mais consciente percebi o quando isso era racista e eurocêntrico ao extremo.
ResponderExcluirUi, agora a moda são os cacheados, mas não pode ter um frizz microscópico sequer, vc tem que passar 2 horas do seu dia fazendo enrolamento no dedinho pros cachos ficarem absolutamente certinhos iguais à da moça do shampoo, que pra sair daquele jeito na foto ficou umas 4 horas no salão
ResponderExcluirmerda lisa, merda crespa, sempre tem alguém falando como a gente deve ser.
Graças a deusa a minha mãe NUNCA NUNQUINHA me deixou alisar o cabelo. Não sei qual a classificação do meu fio e nem me importa. Mas não é nem perto de 4c.
ResponderExcluirMas sabe o que é pior nesse movimento, na minha opinião? A imensa maioria dos canais, blogs e sites que falam de cabelo crespo ou cacheado é de gurias brancas. Cara, claro que não é proibido vc ser branca de cabelo crespo, mas não dá pra negar que o colorismo é beeem menor. Eu penei pra achar canais ou páginas que me representassem, mas mesmo achando minha home no youtube ou minha timeline tem mais caras brancas do que negras.
Tava demorando vc aparecer e falar besteiras
ExcluirPuta que pariu caralho porra!
ResponderExcluirOw Lola, por favorzinho bani esses caras daqui!
Anônimo de 15:15, não sei se sua dúvida é em relação a A,B,C. Mas vai lá:
ResponderExcluirÉ assim. Os cabelos 1 são lisos.
Os cabelos 2 são ondulados. A,B,C definem progressivamente a ondulação.
Os cabelos 3 são cacheados.
Cabelos 4 são crespos.
O que difere o cabelo 3C (cabelo cacheado crespo) de um 4A é que este quando molhado ainda mantém a sua estrutura. Enquanto os cabelos 3C para baixo, molhados, ficam ondulados ou lisos.
Classificar o tipo de cabelo ajuda no tratamento, na estilização, nos produtos a serem utilizados. Meu cabelo, 3B-C ainda se dá com cremes mais ralinhos, enquanto um 4A-B-C pode necessitar de cremes mais encorpados. Também altera a frequência e o tipo de procedimento no cronograma capilar (Hidratação, Nutrição, Reconstrução). O que a autora reforçou é que estamos caindo numa ditadura do cacho perfeito e quase sempre o cacho perfeito é o babyliss da mulher branca.
Alex Turner, acho melhor você pesquisar a definição de racismo no dicionário pra não passar vergonha na internet, pq ler esse seu comentário doeu meu rim esquerdo.
ResponderExcluir15:36 ,qualquer observação ou gosto particular pq características específica é racismo ?? ou eja a mulher q gosta de homem alto e vice versa automaticamente tem ódio dos baixos e considera eles inferiores , n seja tão apressado em julgar os outros ,o pessoal aqui do blog parece viciar nisso .
ResponderExcluirSer mestiço não te isenta de ser racista. (até pq racismo não é só contra o negro)
ResponderExcluirO racismo está em dizer que o branco é mais bonito que o negro sem uma reflexão adequada. De onde vc acha que as pessoas começam a alisar seus cabelos, afilar seus narizes e terem vergonha de suas características negras "feias"? Vc acha que é uma coincidência isso? Vc já parou para pensar que há pessoas com gostos diferenciados. O cabelo que vc acha feio pode ser bonito para outra cultura.
Recomendo que estude um pouco sobre estética e racismo, história da beleza, da feiura, da cosmética.
Alex Troll,
ResponderExcluirSério mesmo que precisa explicar onde está o racismo desse teu comentário? Caso você não saiba, essa noção de que só os traços dos brancos são bonitos é resultado de séculos e séculos de racismo. Você não está inventando a roda ao "constatar" esse senso comum. E o fato de ser mestiço não tira o racismo do teu comentário.
"fico impressionado com a forma com q vcs q defedem causas tão nobres tentam julgar as pessoas por um simles comentário"
ResponderExcluir---> Um simples comentário racista. Apenas. Se não quer ser julgado racista, não venha defecar racismo pelos dedos aqui no blog.
Anon das 15:42, se referir a um negro como ''dotadão, jebão, pauzudão'' também é objetificação e hiper sexualização. Fica a dica.
ResponderExcluirMeu pai é negro e minha mãe é branca. Eu tenho um irmão branco outro negro e outros dois pardos eu sou um pouco mais clara que eles mas tenho o cabelo crespo tenho os lábios mais escuros, Eu sempre alisei meu cabelo e só agora parei.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGente, chega de dar ibope. Se a pessoa não quer admitir que o comentário foi racista, ela não vai admitir pq simplesmente acha isso comum. Toca o barco.
ResponderExcluirEu sou mestiça, minha mãe é negra ("mulata"), meu pai é branco, olhos azuis. Nasci com um cabelo levemente cacheado, acho que nem chega ao 3A. E os comentários de "vc nem parece negra com esse cabelo e olhos". Comentários racistas dos meus primos mais escuros que exaltavam a minha "sorte" de ter olhos claros e não ter "cabelo ruim".
Alex, enquanto vc vier com comentários do tipo "a raça branca é mais bonita" ou "todo mundo prefere características da raça branca" ou whatever, vc será deletado. Vc e quem mais escrever essas besteiras ignorantes. Isso é tipicamente racista, e me espanta que vc não saiba que é racista e que tente justificar como "gosto pessoal" essas asneiras que vc inventou. Vá estudar um pouco sobre a história do racismo, por favor. Recomendo este documentário pra começar.
ResponderExcluirServe também pra quem aproveita pra vir aqui despejar seu racismo falando de jebas de negão etc. Vcs não entendem que sexualizar tanto homens e mulheres negros é proposital, faz parte da estratégia de vê-los como animais?
Eu entendo a visão da moça do post, porque como cacheada e conhecedora desse mundo de youtubers brasileiras posso afirmar que só conheço uma menina de cabelo 4B nessa rede que é a Maraiza, que inclusive está ali em cima ilustrando o post. Vi a crítica ali em cima a quem usa muito creme de pentear, mas saibam que usar técnicas para cachear os cabelos foi o que ajudou muitas meninas a se aceitar e passar pela transição. Vejo que, muitas agora estão usando menos creme, porque tira o volume, e assim estão com os cachos menos texturizados e mais frizz. Acho que é um processo evolutivo essa coisa da autoaceitação. Outra coisa é que quando as youtubers usam menos creme logo vem criticas nos comentários falando que é mais bonito o cabelo que tem cachos mais definidos. E elas tem feito vídeos em resposta a isso, militando agora contra o padrão do cacho definido perfeito. Eu vejo isso como muito positivo, pois deve ser levada em conta a preferência pessoal. Algo no qual a gente não deve interferir, eu mesma tenho dias que acordo e quero cachos mais definidos, outros dias nem passo creme e quero jubão mesmo. E daí? A porra do cabelo é meu e uma das vantagens do cacheado é você poder brincar com ele. Eu, por exemplo, adoro colorir o cabelo, uma coisa que eu fiquei impedida de fazer quando era adepta de progressiva, pois duas químicas poderiam me deixar careca. Hoje em dia, com meus cabelos naturais, eu posso pintá-los da cor que eu quiser, pois eles são mais fortes e não vão derreter se eu fizer isso. Pensem também nessa imposição de cabelo natural ao extremo, só vale cabelo sem creme, sem penteado, na cor e texturas originais ou você tá traindo o movimento? E a liberdade pessoal de ser a cacheada que você quiser ser. A linda da Maraiza mesmo está ruiva agora e por isso ela deve ser ignorada, ter sua representação como cacheada 4B no youtube diminuídapor isso? Seje menas colegas. O cabelo é seu, faça com ele o que quiser e fodam-se os padrões de qualquer tipo. A gente não saiu de uma ditadura pra entrar em outra, liberdade e consciência de si acima de tudo.
ResponderExcluirfora do tópico, o BIZARRO texto do estatuto da família foi aprovado...onde eu puxo a corda?
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/comissao-aprova-definir-familia-como-uniao-entre-homem-e-mulher.html
Estatuto da familia aprovado!!! Nós mulheres vamos virar um simples útero.
ResponderExcluirIsso do racismo das famílias me lembrou uma coisa que ouvi: uma pessoa que conheço, negra com filhos e netos negros. Quando os filhos estavam "grávidos" (rs), ela orava e pedia que não acontecesse a tragédia dos filhos serem negros, ela queria filhos mais claros. Doeu no coração ler isso.
ResponderExcluirUma pergunta pra galera, mas mais para pessoas negras: que vcs acham do cabelo da Beyoncé?
Tipo, a Beyoncé é considerada diva, perfeita e musa por grande parte das feministas e tu é banido de grupos no face caso comente um "ai" sobre ela. Ela é tida como "exemplo de negra poderosa" e "representante das negras na mídia" etc, mas vcs não acham que ela incorpora variadas características tidas como brancas, cabelo loiro e superalisado, etc? Será que seria considerada diva pelas feministas se fosse cabelo afro? Pergunta sincera mesmo, sem provocações.
Não sou especialista afro, nem em Beyoncé, mas viu arriscar. Acho que ela varia bastante o cabelo, na maioria das vezes acho que está com o cabelo enrolado e meio loiro....
ExcluirNem sabia dessas classificações! O meu é ondulado e já tem uma pressão para a "desprogressiva", pois até hoje não me convenceram das qualidades desse processo.Viva nossos cabelos diferentes e maravilhosos,cabelo não tem que ter regras,nem precisa ter cabelo se quiser !!! Rsrsrs
ResponderExcluirAnônimo e Zrs, esse texto não era aquele que dizia que abordo seria proibido em todos sos casos?
ResponderExcluirBeyounce só reforça a imagem de que a negra pra ser considerada bonita tem de ter traços finos e cabelo alisado. Não vejo nada de exemplo de mulher negra poderosa. É apenas mais do mesmo
ResponderExcluirB.
ResponderExcluirÉ esse texto mesmo!! Mas na materia não fala nada. Só abrange o problema dos homossexuais. Esquecem q há outros temas chocantes nesse texto
Estava pensando nessa questão.
ResponderExcluirBeyoncé nem está tanto para isso, quem cai no estereótipo MESMO é a Rihanna. É modelo, totalmente físico de uma, tem pele mais clara, olhos esverdeados, alta e os tais traços "finos".
É só ver que Beyoncé é vista por muitos como a mais "povão" das duas, embora ambas cantem pop. Também reconheço os erros dela, mas no geral acha que ela até busca sair dos status quo.
Ao contrário de Rihanna que lançou o horrível BBHMM, juro que estou esperando alguém falar mais sobre esse clipe o criticando! (Não sei quase nada de pop, mas tinha que citar essa bagaça)
SErá q Beyounce teria espaço na mídia se não tivesse rosto de branca?
ResponderExcluirQuanto a aprovação dessa aberração de estatuto da família, não é nenhuma surpresa, infelizmente. O caminho para ser sancionado pela presidência também não parece algo distante diante das circunstâncias atuais.
ResponderExcluirNão duvido q ela sancionará pra agradar a bancada evangelica. Em politica é toma lá dá cá
ResponderExcluir"Não duvido q ela sancionará pra agradar a bancada evangelica. Em politica é toma lá dá cá"
ResponderExcluirTambém não duvido...essa Dilma se fazia de feminista, defensora das mulheres e nos traiu bonito! (mas na minha opinião, com Aecio seria um pouco pior)
Vicky, que album é esse?
Algo com noto é q muita gente q se diz contra o racismo adora zoar o cabelo de negros ,tipo uma menina q conheço q na linh do tempo do facebook co,partilhava textos sobre a Maju , no bate papo falava coigo desdenhando de uma menina do cabelo crespo ,vejo mto disso .
ResponderExcluirÉ mesmo, anon? Qual foi a merda? Esclareça ao invés de vir me atacando. Beijinho no ombro.
ResponderExcluirQuanto a Beyoncé, que cês tavam falando: não, nem ela nem nenhuma outra faria tanto sucesso se não tivesse cara de branca. E quem falou do clipe da Rihanna, meldels, aquele clipe é uma desgraça. Um desserviço enorme. Triste mesmo.
Elen, os canais que vc vê são de negras? Qual o nome deles?
A Rihanna, Oprah Winfrey e a Kelly Rowland não "tem cara de branca" como vc mesmo citou.
ExcluirTodas 3 tem narizinho fino. Quero ver fazer sucesso e se tornar simbolo sexual com narigao largo. So vi isso acontecer uma vez e foi no Brasil com a Zeze Mota. Essa tinha cara de negra mesmo.
ExcluirEu tive o cabelo liso, liso mesmo, até os 13-14 anos. Um dia cortei, e ele nunca mais foi igual. Falo do corte porque a mudança aconteceu logo depois do corte, tipo uma hora depois, mas dizem que não faz sentido e que deve ter sido hormonal (minha menarca foi com 10-11 anos). Obviamente, eu não sabia como tratar meu cabelo no começo e fazia as mesmas coisas de antes, que era basicamente, pentear o cabelo seco.
ResponderExcluirCom o tempo, fui aprendendo a trata-lo e foi ficando mais bonito. Ainda assim as pessoas insistiam que eu tinha que alisar, que o fio era bonito (não era crespo- ah, o preconceito!) e que poderia passar por liso natural. Nunca fiz nada. Deixei o cabelo ser o que quisesse. Tinha dias que ficava mais bonito, tinha vezes que ficava mais amassado, mas ia do jeito que estava mesmo. Aceitei e abracei a mudança. Hoje adoro tudo no meu cabelo enrolado. Deve ser 3b ou c.
Eu trabalho em escola. Vejo aquelas meninas com cabelos lindos, enrolados, cacheados, crespos. Fico feliz de ver que estão se aceitando. Espero que gastem menos tempo querendo aparência perfeita. Tempo é muito importante, mesmo que seja pra dormir...
Será q se eu viesse comentar que a raça negra é mais bonita seria atacadodo mesmo jeito ?Sério vcs são tão alienados quanto alguns daquela *real* q vcs tanto criticam .
ResponderExcluirLola, quando vc vai excluir definitivamente a raven e o Alex?os dois são bastante chatos
ResponderExcluirÓtimo texto! Tenho certeza que se não fosse tanta propaganda e imposição de cabelos lisos, muita gente não ia ligar pra isso.
ResponderExcluirEu tenho mãe branca e pai pardo e meu cabelo é 2A, só que acho que essa foto do post não representa ele muito bem. Ele é bem fino e sem definição, e sinceramente a coisa mais sem graça do mundo. Mesmo sendo ondulado, eu costumava fazer alisamento de vez em quando pra ele ficar com um caimento mais ok (ele tem um caimento a la cientista maluco), mas ando pensando em fazer algum tratamento pra deixar cacheado. É tão mais charmoso <3
Acho que ter um blog e por um espaço pra comentários e excluir aqueles q tem opiniões diferentes é genial mesmo . Eu só mostrei meu ponto de vista ,sem insultos pessoais a ninguém ,show em tolerancia por aqui .Abraços .
ResponderExcluirAlguém pode me dizer qual foi o comentário racista do Alex? Não cheguei ler e gostaria de entender, até pra ver como ele pode estar aqui até agora se defendendo, em vez de admitir o comentário infeliz.
ResponderExcluirAlex,
ResponderExcluirEssa preferência pelo padrão branco de beleza é fortemente influenciada por séculos de racismo. Por isso, alegar que é apenas gosto pessoal é ofensivo e racista. Não se trata de cortar opiniões discordantes (leia os demais posts que verá que muita discordância é aceita) apenas o que for considerado ofensivo.
18:25 . Não neguei que esse padrão n seja influenciado inclusive escrevi isos no meu comentário deletado , mas tipo se ouço alguém dizer " acho lhos azul mais bonito do q olho preto" n o chamo de racista , claro existe imposição de mídia ,mas ele tem o direito de achar o quiser ,ele n insultou ,eu mesmo n tenho esse amor q todos parecem ter por olhos azul ,acho um olho bem escuro mais bonito ,enfim ,o problema e q alguns aqui radicalizam ,parecem aqueles fanáticos religiosos querendo queimar as bruxas na fogueira .
ResponderExcluirO Alex fez alguns outros comentários racistas, anon. Mas esses foram os que mais me chamaram a atenção:
ResponderExcluir"O problema do blog as vezes é isso * tudo é a midia ,impor padrão* ,na boa até as mulheres que tanto falam de beleza afro ,cabelo natural , se pudessem escolher nascer cm o cabelo liso e brancas não pesnariam duas vezes tbm vejo muitas mulheres que criticam essa imposição da mídia (q existe ,mas tbm n é culpa apena dela) darem graças a deus por serem brancas ,fato é que as características faciais da raça branca assim como cabelo são sim mais bonitas q o da raça negra e isos n é só pela mídia qualquer um com uma par de olhos vê isso " (Alex)
"15:13 , Pra vc que não sabe eu su mestiço .Me explique ode está o racismo em dizer que as características raciais da raça brancas assim como o cabelo são mais bonitos q o d araça negra ? Ah 99 % da ppulação mundial dever ser racista tbm , pq alisam cabelo ,deixam o nariz masi fino , q são traços típicos de ..."
Alex, em vez de ficar reclamando, veja o documentário, leia, entenda por que vc é racista e faça de tudo para se livrar disso. E como o André disse, o que mais tem aqui é comentário discordante. Tem um monte de opiniões diferentes em todas as caixas de comentários. Mas racismo em nome do tal "gosto pessoal" é demais pra mim.
não quero defender ninguém, até porque ninguém me defende.
ResponderExcluirmas alegar que alguém goste de algo por influência de séculos atrás, é quase o mesmo argumento conserva do "pecado original", eu acho...
até porque há séculos ser gordo era bonito e elitista e hoje é o inverso.
então ter gosto pessoal é ok, exceto se for gostar de branco ? falando assim soa tão cego e totalitário quanto evangélicos ignorantes.
NÂO estou dizendo que afirmar que apenas uma raça é bonito / melhor é certo. espero não ser distorcido ou mal-entendido.
== OFF: sobre o tal estatuto da "família" que tão comentando no twitter, tem gente dizendo que é inconstitucional e só "fumaça" pra angariar votos pro ano que vem. será ? é de fato inconstitucional ? ==
Li num site juridico q o STF iria considerar inconstitucional, pois fere uma decisao do proprio STF a cerca da uniao homoafetiva. Mas nao sei se isso é possivel. So alguem de direito poderia vonfirmar.
ExcluirAlex,
ResponderExcluirNão se trata apenas da cor do olho. Muita coisa ofensiva costuma se esconder por baixo da "preferência pessoal", por isso muita gente considera ofensivo (aparentemente a Lola também). Não vejo em que isso pode contribuir com alguma coisa nesse debate. Além disso, seus comentários soam bem estranhos. O de 17:22 parece que usa um caso particular de hipocrisia para desmerecer todo um movimento político legítimo e necessário. O de 17:52 apela para falsa simetria. O de 18:05 é mimimi. O de 18:32 foca num ponto lateral para legitimar o principal. Não sei se é o caso, mas fica parecendo trollagem.
Se pensar algo a respeito da estética de etnia x e não ter medo de dizer é ser racista , ficarei muito feliz de ser chamado assim então .
ResponderExcluirZero,
ResponderExcluirO pecado original é um "fato" pontual "ocorrido" 5000 anos atrás. O racismo vem atuando há séculos e ainda hoje influencia as pessoas. É bem diferente.
Anônima que se chocou com a classificação do cabelo: como é o seu cabelo? liso, cacheado ou crespo?
ResponderExcluirEu particularmente gosto do feminismo interseccional que entende que o coletivo mulheres não é homogêneo. Somos todas consideradas inadequadas e estamos todas vulneráveis a uma industria que quer esvaziar as nossas lutas, sim, mas para as mulheres negras encontrar formas não só de aceitar, mas de amar as próprias características e especialmente o cabelo é uma luta política, um ato de rebeldia, uma pequena grande revolução num país, além de machista, racista, em que essas características simbolizam o feio, o inferior por default (cretinamente travestido de gosto pessoal), vide o comentário do "Alex Turner", sujeito que pelo que entendi é mestiço, usa como avatar e como nome um artista branco. Isso aí ja explica que ele tem problemas seríssimos de aceitação. O interessante é que diz que mulheres negras são racistas, enquanto ele tá tendo a pachorra de ser racista num post sobre aceitação e luta política das negros num blog feminista, sendo ele mesmo um mestiço.
Bolsa espelho Dilma pelamordideus!!!
(já aviso que não vou explicar o que é ou não racismo, tire o seu banquinho, saia de fininho e vá estudar, meu filho)
O fato da Beyonce ter características mais "brancas" não a imuniza de receber uma enxurrada de críticas chamando ela de feia. Assim como a miss Angola. Assim como FKA Twigs (cantora que namora o Robert Patinson e tem que escutar o tempo todo que ele trocou a "deusa" Kirsten Stweart por uma "macaca"). Essas três curiosamente são mais "brancas". Daí que os brancos as consideram sub brancas, aquele velho papo de gente branca pode usar turbante, fazer permanente, pintar o cabelo de azul. Mas se uma mulher negra pintar o cabelo de loiro, "fica artificial". E os negros também as desprezam porque acreditam que são aceitas por serem mais "brancas".
No fim das contas Beyonce faz shows em que projeta um letreiro escrito feminista em letras garrafais, com voz in off que lê trechos de uma escritora nigeriana, casou com um preto que é respeitadíssimo no que faz, os dois destinam dolares e dolares pras causas negras, vide os presos nos protestos contra a polícia racista nos EUA, ela usa o cabelo black power, trancinhas, de tudo quanto é jeito, tem uma voz foda ao contrário das suas companheiras de ofício que não cantam nada, é discreta, usa as roupas feitas pelas mãe, canta na posse do presidente. Então assim, eu acho ela super poderosa. Mas quem não acha, não me ofende.
Rihanna faz o tipinho mais bad girl, o clipe foi meio nada a ver mesmo, mas ela já falou e muito sobre racismo que sofreu em distintos países e fez musicas falando sobre o racismo estrutural nos EUA. Fez um clipe super polêmico em que se vinga dum estuprador, então sei lá, acho meio complicado isso de que são quase brancas querendo ser aceitas. As coisas são mais complexas, me parece.
Sobre post: muito bom! Interessante ver como é uma história comum na vida de muitas pessoas. Usar produtos químicos e agressivos desde muito cedo, muitas vezes incentivados pelos pais que realmente só querem que os filhos sejam aceitos e não sofram. O tema entrou na agenda nos meios mainstream mais recentemente mesmo, não tem como exigir que os nossos pais soubessem nos orientar. Mas temos a chance de fazer diferente com a próxima geração. Legal que tenho visto muitas pessoas se revoltarem contra a imposição do cacho perfeito.
o "zero" da 18:42 foi perfeito , a Lola e alguns snaos do blog poderiam dar um lida no q ele falou e tentar assimilar .
ResponderExcluiralex: vc ja disse que não só não vê problema, como fica feliz em ser chamado de racista.
ResponderExcluirtodo mundo aqui te chamando de racista, com exceção da outra criança esperança (zero).
qual é o conflito??
Roxy . Quer dizer q por colcoar uma foto de uma artista q admiro só por ele ser branco tento problemas co aceitação ? sério ? e pra fechar o arsenal de genialidades o clássico " vá estudar " ,q argumento pr ase passar por superior . 2 mais 2 é 4 ."não é ,vá estudar " ,fácil parecer ter razão assim né ? sério salvo raras excessões aqui só tem lunático q vê racismo em tudo ,acho q até qunado um negro morre de parada cardíaca é racismo .
ResponderExcluirAndré,
ResponderExcluiro que quis dizer é o que pretexto é o mesmo. discordo de qualquer besteira conservadora / evangélica, mas não podemos começar a agir igual.
foi apenas uma analogia, o "pecado original" seria nascer branco, no caso.
foi só o que quis dizer, será muito prejudicial se começarmos a agir de modo semelhante a eles.
alegar que ainda influencia, é uma coisa. entendi como se você quisesse dizer que o gosto pessoal de hoje é influenciado unicamente por fatos de séculos atrás. (porque já vi muitos alegando isso).
até porque racismo é social, e não biológico. foi isso. espero termos nos entendidos.
só pra encerrar quer dizer q na ótica maluca de vcs qualquer um q ache olho azul bonito ,nariz fino bonito , é automaticamente racista ?
ResponderExcluirque beleza....
ResponderExcluironde eu disse que ele foi ou não racista ? eu fiz um comentário de aspecto geral.
não conheço ele e nem o estou defendendo. nem mencionei ele. dei minha opinião sobre um fato, não sobre o individuo.
Alex: o clássico vá estudar significa somente saber as lutas que quer se meter. Um conselho da tia: esse é um espaço de militância. Se você não quer ler, se informar, perguntar, não quer frequentar presencialmente os espaços ou ao menos saber minimamente quais são as questões da agenda dos movimentos negros, então pelo menos fica calado e tenta aprender alguma coisa e não fica tentando ensinar o papa a rezar.
ResponderExcluirEu li um monte pra perder meu tempo me preocupando em não ofender a sua sensibilidade juvenil. Ofender não é só xingar, falar alto e debochar. E você sabe muito bem que você não sabe porra nenhuma sobre o assunto e tenta impor às pessoas que sabem, um argumento completamente estúpido. Isso também é ofender quem leva a sério essa luta, é ofender o esforço e a inteligencia de quem se preocupa de verdade, é ofender porque vc tenta rebaixar o debate. Esse post é pra discutir a apropriação do mercado de uma luta política das mulheres negras. Não pra explicar prum mestiço que não se aceita o que é racismo.
E mais: quando alguém fala pra você se informar melhor, e posta o link, você ignora e continua com a sua postura de rebelde sem causa. O que é ainda mais ridículo porque essa causa meu querido, afeta você também. Não adianta vc reproduzir argumento dos racistas achando que dessa forma vai ficar imune.
Pra finalizar: é isso mesmo, você tem problemas sério de aceitação. Normal: os negros e mestiços tem pouquíssima representatividade, você não é o único. Mas ó tem artistas negros muito mais geniais que esse bobo do Alex Turner. Procure aí Miles Davis, John Coltrane, Charles Mingus, Dizzie Gillespie, Wilson das Neves, Jorge Ben, Gilberto Gil, Tim Maia, Curtis Mayfield, Michael Jackson, Paulinho da Viola, Nina Simone, Bad Brains, Public Enemy.
Vai estudar.
"só pra encerrar quer dizer q na ótica maluca de vcs qualquer um q ache olho azul bonito ,nariz fino bonito , é automaticamente racista ?"
ResponderExcluir---> Ninguém está afirmando que gostar de uma determinada característica física é racismo. A questão aqui é problematizar o que leva as pessoas a considerarem apenas os traços da etnia negra (no caso o cabelo natural) como feios e fora do padrão.
Qual o propósito de vir "argumentar" que os traços das pessoas brancas são mais bonitos em um post sobre aceitação do cabelo natural e ainda afirmar que tem orgulho de ser chamado de racista? Só vejo como um só: trollar.
Ok, já entendemos que vc gosta de ser considerado racista. Agora para de encher o saco.
Ensinar papa a rezar e vc pensa que é quem ? Que com usas alucinações vai salvaro m undo do racismo , ah e estudo ,se leu tanto leu as coisas erradas ,pq só vi estupidez e arrogancia , ofato do Alex Turner ser branco desqualifica ele como artista ? Não tenho problema algum de aceitação e algué mq vive no mundo da fantasia igual a vc n seria a pessao adequada pra me examinar .
ResponderExcluirSério ouvia falar horrores das feministas e da esqueda ,sobre monopolizar as virtudes e serem umas quase lunáticas que culpam o capitalismo por tudo ,achei q fosse exagero ,mas na boa alguns dias no blog e afirmo ,quem fala isSO sobre vcs TEM TODA RAZÃO
Eu vou dizer pela ultima vez, depois disso vc vai falar pras paredes:
ResponderExcluirtamo todo mundo sendo bombardeado por imagens, mensagens, discursos racistas. Você não veio de marte, portanto normal você ser um mestiço racista. O que é chato pra caralho é você ficar fazendo o capitão do mato e desprezando a luta dos seus iguais que resolveram adotar uma estratégia diferente da sua, que é bem conformista. Tentando impor goela abaixo, o que já nos é imposto. Mas até aí normal: cada um sabe onde o calo aperta. Vou te julgar não. Uns nasceram pra Pelé. Outros pra Aranha. Mas ó, te digo uma coisa: se aceitar, se amar e ter orgulho de si quando tá todo mundo dizendo o contrário não é fácil, mas é infinitamente melhor.
abracinho
Certo, Alex. Vc vem aqui, fala um monte de besteira racista, o pessoal te responde calmamente, sendo bem legal, e sua resposta é "Vcs consideram tudo racista, já tinha ouvido falar de vcs, vcs são lunáticas e eu que sou uma maravilha".
ResponderExcluirAgora vá embora. Todo mundo já te deu atenção demais. E não adiantou nada. Vc continuou sendo estúpido. Espero que vc se afaste, reflita, leia, aprenda, e um dia mude de ideia e reconheça que vc foi racista -- e escroto com quem te tratou bem.
Adeus!
Alex,
ResponderExcluir"Sério ouvia falar horrores das feministas e da esqueda ,sobre monopolizar as virtudes e serem umas quase lunáticas que culpam o capitalismo por tudo ,achei q fosse exagero ,mas na boa alguns dias no blog e afirmo ,quem fala isSO sobre vcs TEM TODA RAZÃO"
Se todo ativista ganhasse um pirulito toda vez que escuta esse "argumento" estariam todos mortos de diabetes.
Pois é, André. Se fosse assim, todos os ativistas, coitados, já teriam entrado em depressão. Ao mesmo tempo me pergunto se seres como eles vão entender uma simples ironia.
ExcluirEvan Daniels
É esse cara que parece lunático, heuein.
ResponderExcluirPra mim, tá na cara que é troll.
Vá se fudê pra lá, na moral
Vc só "entende" porque é um alienado, analfabeto funcional que prefere ouvir o que pessoas tão ignorantes quanto vc falam ao invés de se informar.
ResponderExcluirVá chorar em outra freguesia, troll!
Evan Daniels
Alex Turner
ResponderExcluir"quem realmente é intolerante ?"
A midia.
Ser tolerante com quem tem orgulho de ser racista e se nega a aprender sobre movimentos que lutam contra preconceitos?
ResponderExcluirSer tolerante com intolerantes e/ou seus validadores? Não, isso seria conivência.
Mas pode ter certeza que a midia é muito mais poderosa.
ResponderExcluirHa uma grande enxurrada de gente que acha o nao eurocentrico como nao adequado e essa enxurrada de gente é o que chamamos "alienados".Por isso torna-se complicado distinguir gosto pessoal de alguem ou induzido por essa midia.
Lola: o que você está achando do governo Dilma e sua pátria educadora?
ResponderExcluirEstou achando muito ruim. O país está em crise, e provavelmente estaria em crise com qualquer governante. O governo cortou uma montanha de dinheiro da educação, tanto que minha universidade está em greve desde o dia 18 de agosto. Muitas outras entraram em greve já no final de maio. Concordo com o que um professor disse numa assembleia recentemente: "A única coisa boa que o governo Dilma fez até agora no seu segundo mandato foi impedir que Aécio fosse eleito".
ResponderExcluirOntem o Stédile deu uma excelente palestra na UFC e disse que vai demorar muito pra gente sair da crise, talvez até 5 anos. E que não vai ser uma eleição que vai nos tirar da crise porque independentemente do governo, foi um modelo que se exauriu. Por isso que, para Stédile, não faz diferença se Lula voltar em 2018. E ele também disse que erramos, nós da esquerda, em focar apenas no governo, que é UM dos jogadores, e nem é o mais importante.
Só esse piti com o menino q jura q não tá sendo racista já justifica q a gente precisa falar e muito de mulher negra aqui no blog. Mulher negra, mulher lésbica, mulher gorda...
ResponderExcluirEu poderia discorrer anos aqui sobre a invisibilidade e a solidão da mulher negra, inclusive dentro do movimento negro. Poderia dizer aqui o quanto é dificil encontrarmos um referencial de beleza negra; o qnto as nossas representações são rasas e superficiais; que na fila da objetificação somos as mais descartáveis (branca para casar, mulata p f*der, negra pra trabalhar); nos nossos corpos explorados para vender o Brasil como terra do sexo fácil e abundante; que os primeiros filhos desta nação foram estupros de negras e índias; sobre como a carne mais barata do mercado é a negra. Mas simplesmente cansa ensinar o bê-a-bá para quem acha que veio do céu esse tal gosto pessoal pela branquitude, que adivinhe, é um gosto que quase todo mundo tem. Ah, o tempo da escravidão foi tão longe né? Depois da boazinha da princesa Isabel libertar os negrinhos, todos se deram as mãos e cantaram Ilariê. Tem gente que prefere acreditar nessas historinhas. No fundo, esses pseudo racionais não são tão diferentes dos cegos crentes q criticam.
Desculpem se alguém já postou, é que achei pertinente pelo assunto. É o discurso da Viola Davis ao ganhar o Emmy 2015.
ResponderExcluirEmocionante, chorei ao ouvi-la...
https://www.youtube.com/watch?v=e0M6Zn2UDQA
Que lixo de comentário o do Alex... É tão problemático tanto para negras com auto estima que se aceitam e estão nesse movimento de transição, quanto pra garotas negras com baixa auto estima, cansadas de serem chamadas de feias só por serem negras.
ResponderExcluirAí vem um bosta desse e diz que todas queriam ter nascido brancas? Além de deslegitimar a palavra de muitas negras, ainda contribui pra desvalorização da beleza negra.
Ele nem falou de gosto pessoal, ele diz que todos no mundo preferiam e acham mais lindo a beleza branca. É como se ele, que tem esse gosto, acha que pode ler a mente de todos, e se acha o foda por vir dizer a ''verdade'' aqui na cara de todos, chamando-as de mentirosas que não sei aceitam porra nenhuma, queriam eram ser brancas.
Se tu é mestiço e queria ser branco, problema é teu cara, vai se resolver, trabalha a auto estima, acessa mais a lola e sai desse mundinho racista seu.
Esse mané tá negando ainda a própria auto rejeição? Ele mesmo diz que todas as mulheres negras queriam ser brancas, no fundo. Então ele, logicamente tem esse sentimento e projeta nas outras pessoas.
Alex deu piti e saiu batendo a porta... Tomara que não volte mais, esses tipos de comentários racistas e depois a arrogância dele com quem tentou explicar, só mostra que não precisamos de gente assim aqui.
ResponderExcluirPorra, que merda de estatuto é esse? Primeiramente, não tem nada falando de aborto no estatuto, não espalhem desinformação (mas que vai ser usado pra justificar campanha pra criminalização de qualquer tipo de aborto, aaah, vai!). Mas tem uma merda "Art. 10 Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter em sua base
ResponderExcluirnacional comum, [b]como componente curricular obrigatório, a disciplina “Educação
para família”[/b], a ser especificada, em cada sistema de ensino e estabelecimento
escolar, de acordo com as características regionais e locais da sociedade, da cultura,
da economia e da clientela."
e
'Art. 13 O Dia Nacional de Valorização da Família, que ocorre no dia 21 de
outubro de cada ano, nos termos da Lei nº 12.647/2012, [b]deve ser celebrado nas
escolas públicas e privadas com a promoção de atividades no âmbito escolar que
fomentem as discussões contemporâneas sobre a importância da família no meio
social.[/b]"
CACETE, e tem gente que reclama que escolas "doutrinam" os alunos no socialismo só porque ensinam a porra da teoria marxista (junto com a crítica e as merdas que tentativas de implantar socialismo resultaram) e querem celebraçãozinha de família de homem e mulher e MATÉRIA OBRIGATÓRIA na porra do ENSINO MÉDIO pra mostrar família de homem e mulher? Se fuder, cara. Ensino médio os meninos tem é que estudar e comparar socialismo, capitalismo, anarquismo, socialismo de mercado, estado mínimo, bem estar social e o caramba a quatro, não é ficar lendo cartilhinha de família feliz não, porra.
22:52
ResponderExcluirconcordo. os conservas (massa) adoram falar de "doutrinação" esquerdista em escolas, que engraçado. os mesmos criam os filhos em igreja ou na base do "porque sim"...
e acho hilário como a mesma pessoa que alega que todos os outros são idiotas e paga de "ser superior" mas tem um medo de ser "doutrinado" pelos mesmos... (gays na mídia, "doutrinação" marxista nas escolas, etc.)
é só ver pessoas chamando os outros de idiotas, mas segue Olavo / Veja sem questionar (pleonasmo). é brincadeira... #OnlyInBrazil
Meu cabelo é 1A, mas o padrão de beleza mesmo é o 2A. Quando eu era criança, dormia com trancinhas no cabelo para acordar com ele ondulado. E hoje o cabelo da Gisele tb está quase sempre ondulado... Tudo é feito para que ninguém esteja contente, na verdade... Claro, não estou comparando ter o 1A com o 4C. Ninguém sofre racismo por ter o 1A (muito pelo contrário), mas não me parece, pela minha vivência, ser o TOP dos cabelos... É como disseram aí em cima: o capitalismo faz coisa. Se a indústria disser que o cabelo 2A é o padrão, quem tem liso vai ter que cachear (comprar babyliss, sprays de todo tipo, porque não é fácil "segurar" o ondulado num cabelo muito liso, etc), e quem tem crespo, vai ter que alisar pra depois fazer babyliss!!! E é assim que eles ganham muito dimdim com a nossa infelicidade!
ResponderExcluirPoxa, Zero, fiquei indignada mesmo com esse estatuto. Conheço professor que baba em Marx? Conheço! Mas nenhum deles deixou de ensinar as rupturas dentro do próprio socialismo, nenhum deles deixou de notar a fome nos países socialistas, a corrupção, nenhum deles tentou esconder os campos de concentração russos, nenhum deles nega o atraso da Berlim capitalista em relação a Berlim socialista depois de quebra do muro. Mas daí não pode falar de uma das formas de governo que DITOU o século XX, junto com fascismo e democracia porque né, tá doutrinando os alunos. Mas exigir que escola celebre e tenha matéria obrigatória pra estudar a concepção de família que eles acabaram de definir não é doutrinação? É o que, caramba? Porque se um professor agora, nessa "educação para família", elaborar uma aula expondo outros modelos familiares, não pode porque "ataca a família definida pelo estatuto". Vai poder só tecer elogios a essa família tradicional e reforçar que "os pais devem se manter junto pelo bem dos filhos", "uma adolescente grávida deve zelar pelo seu filho e futura família" e o caramba a quatro. Tou curiosíssima pra saber a ementa que eles vão elaborar pra essa bosta de disciplina.
ResponderExcluircabelo 1A é cabelo lambido.
ResponderExcluir23:30
ResponderExcluirsó é doutrinação se for o outro... é sempre igual. tão previsível.
mas não me surpreende. são os mesmos que querem o criacionismo nas escolas. imagine formar médicos / biólogos a base de folclore ?
e é incrível vê-los com um enorme ar de superioridade ainda. é surreal...
Aqui quase ninguém se indentífica.Sou negra.estudei e sempre trabalhei muito.nunca me vi como coitada.fui funcionária pública,trabalhei em diversas empresas e vi poucos negros e mulheres em cargos altos.em contrapartida nunca achei que fosse problema dos outros e sim, meu.militei em movimentos de igualdade racial,os menos radicais,e me considero socialista.o que acho difícil de entender é este discurso doutrinário,que escolhe o que odiar,pode para uns e não para outros,controlar como os outros vão pensar.Você cita stédile,você acha certo o que ele faz?crise independente de presidente?custa acreditar nisso.pode falar sobre igualdade de gênero mas não pode sobre a família?percebo um problema estrutural nesta esquerda que você faz parte. já leu Ayn rand?escritora incrível,que foi expulsa a pontapé do feminismo,ali tem mais argumentos do que seu blog inteiro
ResponderExcluiré cansativo falar,mas nenhum país que seguiu pelo comunismo deu certo,o mesmo não pode ser dito dos países que seguiram pelo liberalismo,direita e conservadorismo.
ResponderExcluirPriscilla,
ResponderExcluirVocê se diz negra e socialista, mas desqualifica os movimentos negros e as dificuldades dos negros, admira Ayn Rand, critica o MST, admira o liberalismo, a direita e o conservadorismo?
Lola; sou a Anonima das 20:17.
ResponderExcluirGrata pela resposta.
Poderia explicar melhor o sentido da fala do Stédile, de que erramos por focar no Governo, que é apena UM dos atores, mas não o mais importante...
Do jeito que as coisas estão indo, vamos regredir 100 anos em piscar de olhos.
ResponderExcluirque post interessante! eu sou branca branquela de olho claro e cabelo "ruivo/loiro/castanho claro/cor de burro quando foge" e me identifiquei e identifiquei minha mãe em alguns trechos. é óbvio ululante que nem eu e nem ela nunca sofremos racismo (ela também tem cabelo claro e olhos claros e é branca), mas... minha mãe tem o cabelo bem crespo. não sei identificar por essas letras e números, mas passa do ondulado e não chega no último espectro, só é extremo crespo e volumoso. minha mãe é neta de um negro nascido logo após a lei do ventre livre e filha de uma parda e um branco, meu pai é filho de imigrantes italianos e minha mãe foi a primeira brasileira a entrar na família mesmo. bom, só dei essa explicação pra ilustrar que nos meus vinte e três anos de vida vi minha mãe alisando o cabelo a todo e qualquer custo e dizendo que o cabelo dela era "uma bosta, parece bombril, é uma merda e nada alisa direito essa juba". eu tive o cabelo liso até a minha primeira menstruacao, liso escorrido que não parava nem um rabicó no lugar. minha mãe sempre exaltou isso e aí no belo dia que meu cabelo acordou levemente crespo e ondulado começou a cruzada dela comigo. há doze anos escuto a mesma coisa, que meu cabelo nunca tá arrumado, que eu preciso fazer chapinha pra ele assentar (hj ele ta bem curto e disforme, mas também pela descoloração), que eu pareço maloqueira assim, que pena que a " a adolescencia estragou teu cabelo" blablabla. em 23 anos eu nunca vi ela com o cabelo ao natural, só em fotos antigas ou quando ele tá molhado. é absurdo. ela nega todas raízes dela e inclusive manteve o sobrenome "importado" do meu pai ao se divorciar porque era "mais bonito". isso que ela nunca na vida sofreu preconceito por ser branca e de olho azul... eu nunca fiz alisamento definitivo nem nada que passe de cor (acho que já tive todas no cabelo), e ele é bem " maleável" e sustenta qualquer penteado que eu quiser, seja liso, ondulado, crespo, se eu dormir com ele molhado acorda meio black power... e ela fica o tempo todo apontando isso, de que meu cabelo é fácil de domar e eu devia aproveitar pra fazer chapinha e escova sempre, já que eu sei (trabalhei em salão por algum tempo e sempre gostei de mexer no meu) e blablabla ad eternum. eu queria entender qual o grande problema dela com os traços negros que ela herdou (nariz e forma do cabelo) e pq ela é tão racista com ela mesma e com os outros :( acho que morro e não descubro a resposta.
ResponderExcluirO que é cara de branca?
ResponderExcluirAnon 23:30
ResponderExcluirÉ mesmo de vomitar... ao que tudo indica, resta torcer para que a racionalidade e o mínimo senso de humanidade prevaleçam no senado e esse Estatuto da Segregação seja derrubado antes de ter a possibilidade de receber a sanção da presidência.
Sobre a aberração do projeto que restringe o atendimento às vítimas de estupro, ao que tudo indica, será votado na semana que vem. É a inquisição batendo às portas.
brasil.elpais.com/brasil/2015/09/24/politica/1443130735_444626.html
08:31 sorte das que tem cabelo "pixaim" então, que jamais se deitarão em sua cama (ARGH!)
ResponderExcluirQuer dizer que no congresso a abominação chamada de estatuto da família foi aprovada? Bom, sorte que eu nunca quis formar família mesmo. Abomino a família tradicional e de maneira nenhuma teria uma. Família tradicional é uma merda, e mesmo que essa merda de estatuto seja sancionado vou continuar gritando pra quem quiser ouvir, e no ouvido dos conservadores FAMÍLIA TRADICIONAL É UMA MERDA!
ResponderExcluirTô louca pra chegar pra minha família reaça e contar que, se Dilma aprovar essa abominação, meus avós vivendo junto com a irmã da minha avó não será mais considerado família; minha mãe divorciada vivendo só com os filhos não será mais considerado família; minha tia também divorciada com as filhas não será mais considerado família; minhas tias avós irmãs vivendo sozinhas não será mais considerado família; uma prima deficiente mental vivendo com a tia dela não será mais considerada família. Tô louca pra ver a cara deles.
Quanto à restrição ao atendimento de vítimas de estupro o que realmente me horroriza e me deixa triste são as mulheres estupradas que vão sofrer dupla violência. Eu sou classe média, tenho dinheiro, parentes médicos e muitos contatos, e se precisasse eu abortaria sem riscos graves nem problemas com a lei-que, aliás, vou oferecer pra quem chegar junto de mim com esse problema e esses bostas não poderão fazer nada pra impedir. Minha angústia é pelas mulheres pobres, sem condições, eu tem que recorrer a clínicas clandestinas ou a contrabando de misoprostol e ainda podem ser presas e processadas, enquanto os pastores e deputados levam suas mulheres e filhas a clínicas de aborto caríssimas pagas com o dinheiro dos trouxas que tiram a comida dos filhos pra pagar dízimo de picareta.
Confesso que apesar de saber o quanto de lavagem cerebral é feita nas igrejas, quero mesmo que as mulheres que apoiam essas restrições e esse estatuto se fodam lindamente na mão desses assassinos misóginos que elas mesmas ajudaram a colocar no poder. Talvez quando essas "mulheres virtuosas" começarem a morrer e a ver suas mães, irmãs e filhas morrendo por causa desses estatutos comecem a pensar que tem algo errado ali.
Anon das 04:18 vá tomar no cu.
25 de setembro de 2015 08:31
ResponderExcluirVc quis dizer no seu pornô. Mulher em sã consciência iria deitar com uns nojos como vc e esse anônimo de 8h45.
Nariz fino, olhos claros, cabelos alisados ou perucas. Ouvi dizer que tem umas fazendo clareamento de pele. Além de estarem dentro do padrão (magras ou malhadas). É mais fácil para negras mestiças de pele mais clara serem toleráveis aos brancos (chama-se colorismo).
ResponderExcluirNaomi Campbell, Halle Berry, Bey, Rihanna e aqui no Brasil, a Thaís Araújo e a Camila Pitanga, por exemplo, apresentam traços mestiços, "morenas".
Por isso que comemoram bastante a ascensão de mulheres como a Lupita Nyongo, que é uma negra de pele escura e traços marcadamente africanos.
__________________________________
Sobre o Estatuto, também já vi que há entendimento jurídico para considerar inconstitucionalidade. Em todo o caso, é curioso que no momento político e econômico que vivemos, a direita cristã está mais preocupada em ficar regulando quem pode ou não pode ser considerado família. Mais curioso é saber que tem um monte de deputado em seu segundo, terceiro casamento, amante e filho fora do casamento.
Ai que bosta. A Priscilla voltou. E vcs reclamam de mim...
ResponderExcluirRoxy, eu não gostei do clipe da Rihanna. A mensagem parece ser legal (uhull se vingue do Hannibal) mas a forma como foi executada... '-' ela mais maltratou a mulher do do que ele. Mas gostei muito do clipe novo da Lady Gaga, que fala de estupro, mas é gráfico. Nem vou deixar o link.
Oi Raven, são dois clipes diferentes. O bitch bettet have my money eu disse no meu comentário que achei nada a ver. O que ela ela se vinga do estuprador é mais antigo, chama i shot a man down ou algo assim.
ExcluirAh tá. Ué. Nem vi. Huahua vou procurar.
ExcluirOi Raven, são sim. Algumas meninas que se identificam como negras são hostilizadas por terem pele branca e olho claro, como a Nina Gabriellas. Ai vão os links dos canais das brasileiras, sigo umas meninas de fora também:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/user/blzinterior
https://www.youtube.com/user/rayzabatista
https://www.youtube.com/channel/UC3h-QOy-ORxFSG9L9SuRF5g
https://www.youtube.com/channel/UCNMBpQF9GRsk3_4_lFdshOg
https://www.youtube.com/channel/UC__EwKqH1DI_Z-xPPjPXL-Q
https://www.youtube.com/user/FuaseModices
https://www.youtube.com/user/yulibalzak
https://www.youtube.com/user/Larirezendee
Raven, 2ª parte dos canais:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/user/TheBiancas241/featured
https://www.youtube.com/user/luany77/videos
https://www.youtube.com/channel/UC2cqv5AjwM5rlDvjLOEtm_Q
https://www.youtube.com/user/blogapenasana
https://www.youtube.com/user/TheJoyceGirl/videos
"com voz in off que lê trechos de uma escritora nigeriana, casou com um preto que é respeitadíssimo no que faz"
ResponderExcluirMas que é super machista.
B: É bem possivel que seja mesmo . Assim como boa parte dos homens e mulheres, ainda que um tanto estejam desconstruindo machismo. Ate onde sei, os dois fazem musicas juntos, se envolvem em causa dos direitos humanos juntos, mas se eu souber de alguma noticia que ele tentou censurar ou regular qualquer forma de expressao dela, posso considerar nao acha-los mais um casal poderoso, tranquilamente. Mas ser machista não o impede de ser um musico e produtor super foda, ainda que tenha mandado super mal com aquele serviço de streaming, o que tb não faz dele um musico ou produtor medíocre. Eu respeito quem não pensa assim, mas consigo gostar das peças do Nelson Rodrigues mesmo considerando ele um misógino.
Excluir"Raven:
ResponderExcluir! !
! !
----( 0 )----
/ \ / \
/ \ / \
\ / \"
O quê que é isso?!!! :O
10:46:
ResponderExcluir"Super-machista" respeitadíssimo não é vergonha pra ninguém, viu? Acorda!
Ingrid,
ResponderExcluirera pra ser um desenho, mas o formato do blog altera a "imagem" depois que envia.
Nossa, que garoto mais mal educado e abuzado esse tal de Alex Turner. Desde que ele surgiu em outra postagem eu suspeitei que era um troll que só veio para contrariar e encher o saco, mas não imaginava que era tão ignorante e mau caráter assim... afff Eu quando vi a foto do perfil dele pensei mesmo que era ele aquele cara branco, até pensei: "O que esse branco playboyzinho besta acha que está fazendo?!". Ainda bem que já foi, e que nunca mais volte racista.
ResponderExcluir*abusado
ResponderExcluirIngrid,
ResponderExcluirVamos marcar? Vc já declarou que gosta do que faz.
Ah tá! hahaha, eu tinha pensado que era um pênis.
ResponderExcluir.
......///\\
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.....|_|_|
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25 de setembro de 2015 10:58, marcar o quê?!
ResponderExcluirAh, anônimo, então o fato dele ser negro e respeitadíssimo, ele tem passe livre pra ser machista? Legal.
ResponderExcluirMarcar, gata!
ResponderExcluirTipo assim:
Eu te dou o que vc gosta e vc me dá o que eu quero, e ambos ficamos satisfeitos.
Sábado ou hj à noite?
Ingrid, deve ser o mesmo que deixou o comentário indelicado para a Raven. Ignora.
ResponderExcluirE sobre o post, puxa, eu não sabia que existiam numerações para todos os tipos de cabelo! E adorei, porque fica mais fácil para muitas coisas...
ResponderExcluirO meu cabelo eu ainda não sei ao certo qual é a numeração, mas ele é igual ao da Maria Betânia e da Elba Ramalho. EU pessoalmente sempre gostei porque minha mãe desde quando eu era criança elogiava e dizia que era cabelo de cigana/bruxa/coisas místicas que minha família sempre apreciou... mas quando cheguei a adolescência a pressão externa para eu alisar foi forte e eu entrei nessa e fiz um alisamento com química que resultou em queda extrema, fora que no pouco tempo que eu fiquei com ele liso eu perdi muito a identidade, olhava no espelho e via outra pessoa... a partir daí eu nunca mais fiz nada no meu cabelo, nunca mais. Hoje o meu cabelo é criticado por algumas pessoas por ele ser irregular (eu não aparo as pontas, ele é cheio de pontas, seco e enorme em comprimento mas eu gosto, gosto muito e me sinto satisfeita. Eu elogio meu cabelo, olho para ele e assemelho muito com uma vistosa samambaia, um cabelo de mulher da caverna (meu pai diz isso) e acho bonito o estado natural. E quanto a secura dele, bem, isso eu parei de me preocupar tem 8 anos, quando um professor disse que todo tipo de cosmético, cremes, etc são iguais as maquiagens, eles não nutrem o cabelo, eles só maquiam, que o que pode nutrir mesmo são os alimentos que comemos mas mesmo assim o tipo dele pode nunca mudar devido a genética! Então eu saquei que o meu cabelo é seco (sempre foi) porque minha genética é essa mesmo e é melhor para mim que eu me aceite. Pra mim foi assim, mas lógico que não julgo quem gosta de cosméticos, cada um sabe o melhor para si.
E quanto aos cabelos afros, esse post até me tirou muitas dúvidas porque minha amiga está saindo com um cara que tem um Black Power e ela me disse que ele tinha muito trabalho para manter daquele jeitinho fofo. Aí eu pensei, pô, se é natural, como pode dar trabalho?! E aí está a resposta no post, porque até para manter o cabelo afro estão estipulando padrões e as pessoas estão usando deveros produtos químicos para ter o tal "formato perfeito/cacho perfeito". Uau! A padronização é foda.
O útimo tipo de cabelo das fotos do post, eu só vi uma vez ao vivo a pessoa assumir. Era um homem lindo, ele tinha exatamente esse tipo e todo mundo achava lindo e tal. Tenho certeza que se não fosse tantos padrões as pessoas teriam mais amor aos seus cabelos naturais.
25 de setembro de 2015 11:07, não, eu tenho coisa melhor para fazer e homem melhor para foder (literalmente).
ResponderExcluirNossa, esse último comentário da Ingrid destruiu o troll, seja ele mascutroll ou possível radtroll. kkkk
ResponderExcluirObrigada Elen!
ResponderExcluirAcho que a opressão contra a mulher negra e seus cabelos nunca acabou, nem diminuiu... Ela só mudou de forma. Se antigamente a pressão era para a mulher alisar seus cabelos hoje a pressão é para que eles fiquem naturais, sob pena de estar "traindo" o movimento negro. Me poupem, cabelo é cabelo.... Seja a mulher negra, branca, india, oriental, que cada uma use da forma que quiser, que se sentir melhor!!!! Muito mimimi para cabelo... cabelo nasce até no c*, esse assunto é como tosquiar porco, muito berro e nenhuma lã....
ResponderExcluiresse aqui,Raven, a musica é muito boa, o clipe tb, foi bem polêmico na época do lançamento:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=167pfeTF9uA
anônima 12:07
eu concordo em parte com o que você tá falando. Um dia li uma carta de uma menina crespa pra amiga que alisava. Péssima a carta. Super infantilizando a amiga, evangelizando, falando em sororidade e não respeitando as escolhas da amiga. Então acho que num nicho muito pequeno, o das mulheres negras que resolveram assumir o cabelo como uma luta política, pode haver essa pressão sim. Note que eu falei que existe, dentro desse nicho que sinceramente é minúsculo e não se compara com a pressão da sociedade inteira para "adequar" os cabelos crespos à norma, ou seja liso.
Agora, discordo totalmente do "cabelo é cabelo". As mulheres não são homogeneas. Questões de raça, classe social, orientações sexual se cruzam e incidem de forma diferente nas mulheres, quanto mais elas acumulem "minorias" (preta, lésbica, gorda, pobre), mais oprimidas serão. O cabelo liso, a pela branca ainda são a norma. Nenhuma pessoa branca tá encrespando o cabelo. Nenhuma pessoa branca tá passando creme para enegrecer a pele. Estão há séculos dizendo que tudo o que se refere a uma determinada etnia é feio, inferior. Esse é um projeto estrutural, consciente e articulado de poder. Não coisa de um ou outro indivíduo ignorante. Esse projeto tem seu braço na economia, na cultura, na política, na estética. Então não só é válido, como é mais que necessário e urgente que as pessoas estigmatizadas e as outras que não são, mas que não querem viver uma sociedade desigual e escrota assumam essa luta nas mais diferentes vertentes.
Falar que cabelo nasce até no cu é o mesmo que dizer que até cadelas estão parindo, pra que tanta conversa sobre parto? Humanos recém nascidos e filhotes de cachorro são coisas completamente diferentes. Assim como o cabelo da cabeça e o do cu. E você sabe muito bem disso.
Use seu cabelo da forma que achar mais bonito. Você não é obrigada a assumir luta política nenhuma. Mas não despreze a luta das mulheres que escolhem uma estratégia diferente da sua.
Falando em negritudes e assuntos semelhantes, queria saber do povo e principalmente dos negros e negras daqui:
ResponderExcluirO que vcs pensam sobre essa onda no Face de condenar casamentos interraciais e chamar quem se relaciona com brancos de "palmiteiro".
Só eu que acho loucura?
Como não vivo o racismo, não sei o que pensar.
Eu ri. Catador de palmito... Gente, que bobageira... rsrs
ExcluirPois é:
ResponderExcluirhttp://i.imgur.com/BGEYYeu.png
Amo o 4c!
Galera, leiam o estatuto e não espalhem desinformação. O estatuto considera família a união de homem e mulher e seus descendentes, OU comunidade formada por qualquer um dos pais e seus descendentes. Ou seja, pai e mãe solteiro, viúvo ou o que for e seus filhos SÃO família pelo estatuto. Talvez até avós e netos, pais e filhos adotivos, mas aí tem que entender de juridiquês e eu não entendo. O que NÃO é família pelo estatuto são casais homo, tios e sobrinhos, irmãos. Continua sendo um retrocesso, mas não espalhem informações falsas que só vão servir pra fazer vocês de bobos depois. LEIAM o estatuto pra criticá-lo.
ResponderExcluirB.
ResponderExcluirHá no movimento negro uma corrente que defende relacionamentos afrocentrados e que negros que se relacionam com brancos querem "clarear" sua descendência. Tem gente (minha família, por exemplo) que acha que relacionamentos afrocentrados nos protegem contra a opressão (minha tia já afirmou que nunca deixaria a filha dela se relacionar com um branco, pois os brancos a tratarão como "empregada"). Há alguma motivação para isso? Sim, mas vejo como uma maneira de se proteger meio absurda.
Eu sou uma filha de relacionamento interracial e todos os meus relacionamentos sérios foram interraciais. Para algumas pessoas, eu posso ser "racista" e querer branquear a minha descendência, mas na boa? Segregar não é o caminho. Impor qualquer coisa a alguém é se tornar o opressor dela, é reduzir as pessoas a robozinhos programáveis. Se eu estou com alguém que me respeita, vou trocá-lo só pq ele não tem a mesma cor que eu?
Porque certamente o fato de que avós, netos, tios, sobrinhos e irmãos serão prejudicados pra um bando de enrustidos amargurados sofrendo de obssessão doentia com o ânus, a vagina e o pênis alheios satisfazerem suas perversões é besteira de feminazi gayzista misândrica que quer destruir a sociedade. Obrigada por me informar que esse estatuto é a merda que eu achava que era, com um enrola trouxa pra pegar os desinformados, anon das 12:52. Mas não me surpreende, afinal família tradicional é em si uma merda, qualquer coisa feita com o intuito de defender isso só poderia ser um maremoto de merda também...
ResponderExcluirBem o stédile marcha em cima da propriedade privada,ameaça o governo e dissemnina o ódio.Ayn rand era feminista,prega a liberdade individual e a importãncai de decidir por si só,sem doutrinar.Não vejo nenhuma contradição em pensar nos mais necessitados e reconhecer abusos,acreditar que todas pessoas tem direitos é reconhecer que todos são difrentes.o que o stédile fez de relevante?só por que concordo com idéias sociasi tenho que concordar com tudo?comprar o pacote?
ResponderExcluirNão admira a direita,disse que ela trouxe mais resultados,nem tampouco conservadores,tanto que considero a autora deste blog uma olavo de carvalho de esquerda,tamanho os absurdos que ela escreve.quais países que seguem este socialismo radical deram certo?quais outros movimentos podem disseminar tanto ódio quanto o feminismo e não da em nada?e o pior,muitas falando mal do do dono da casa onde moram...
ResponderExcluirPriscilla,
ResponderExcluirMas você comprou o pacote todo, o problema é que comprou na loja do outro lado da rua. E aqui na região onde moro o MST é bem ativo, normalmente eles ocupam apenas propriedades griladas. Mas as reportagens costumam esconder essa informação.
Essa historia de falar da soilidão da mulher negra e chamar homens negros de palmiteiros é um absurdo.
ResponderExcluirAliás, tinha lido em algum lugar que a maioria dos casais inter- raciais é homem branco e muher negra, pois seria resquicio da época da escravidão. . não sei se é verdade. mas o que sei que é verdade são esse fatos aqui. Va nessa pagina do facebook , e procure a postagem
Aventuras na Justiça Social
19 septembro
Seri que a pagina tem varias merdas, mas nesse ponto, eles trazem dados de verdade, ou seja: 50% das brancas são solteiras, contra 52% das pardas e negras.
logo: muito blabla por pouca merda.
Para quem acha que a solidão da mulher negra é absurda: http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2014-1/janeiro/a-cor-da-relacao.-mulheres-negras-e-as-dificuldades-com-romances-serios
ResponderExcluirNão se relacionar com homem não e solidão e liberdade.
ResponderExcluir"mas nesse ponto, eles trazem dados de verdade, ou seja: 50% das brancas são solteiras, contra 52% das pardas e negras."
Então em alguma coisa pelo menos as negras levam ligeira vantagem sobre as brancas.
Mila, as pessoas que eu ouço falar sobre solidão da mulher negra são as mesmas que chamam os caras de palmiteiros. Chamam o Thiaguinho (cantor de pagode) de palmiteiro, por exemplo, por ter se casado com uma branca e assim, contribuir para a solidão da mulher negra.
ResponderExcluirEu sei B., como eu te disse são defensores de relacionamentos afrocentrados.
ResponderExcluirMas é pq esse é um assunto espinhoso dentro do movimento negro. O texto que eu postei fala disso. Mas eu prefiro analisar isso do ponto do feminismo negro, pois o movimento negro tem muito machismo.
O homem negro, especialmente o do movimento, não vai admitir que procura mulheres brancas para se relacionar e que isso tem uma questão de status (é por isso que eu falo para não tratar homens negros como coitadinhos td vida, eles também oprimem a mulher negra). No finalzinho do texto, há uma experiência da moça relatando sobre a diferença de abordagem entre homens negros e brancos. Eles entendem que a mulher negra é mais fácil e que vai dar bola para eles pq são negros tb. Analisando a situação da ótica feminista, a gente tem variáveis:
1. A percepção da mulher negra como feia e indesejável;
2. A percepção da mulher negra como para relacionamentos passageiros e não duráveis;
3. A mulher negra como símbolo da negritude associada a valores ruins (pobreza, sub emprego etc).
A minha treta com essa ala de relacionamentos afrocentrados é que eles não conseguem entender a solidão da mulher negra como machismo (objetificação da mulher) e racismo, inclusive por parte dos próprios negros. A luta deveria ser para que a mulher não seja vista como objeto, troféu para o homem e que nesse jogo a mulher negra seja o objeto com menos valor. Agora obrigar as pessoas a se relacionar com negros, eu não concordo. Usando como exemplos as moças do texto do INESC, está a dificuldade de se relacionar com negros em ambientes de classe média. Normalmente, somos os únicos em nossos ambientes. Segundo, esse negócio de "preto só ficar com preto"; "branco com branco", gordo com gordo etc, é cagar para os sentimentos das pessoas.
Em suma, minha crítica à abordagem afrocentrista do mov negro mainstream é que não há uma problematização para retirar da mulher negra o papel de objeto renegado do branco. Ela meramente passa a ser o objeto do negro sob a desculpa de exaltação da raça, da proteção "ao racismo da família do cônjuge e dos nossos descendentes".
ResponderExcluirA solidão da mulher negra (que não se restringe a relacionamentos heteros, esses dias me deparei com a solidão da lésbica negra) não será resolvida enquanto não houver a desconstrução da mulher como objeto de contemplação e status dos homens por suas aparências e simbologias anexas. Enquanto a análise for superficial (ou apenas feminista ou apenas do mov negro, sem complementação das duas) a mulher negra não terá esse impasse resolvido.
Hahahahaha
ResponderExcluircomo previsto no post de friendzone, mulheres negras (como já fizeram as gordas em outros posts) se lamentam por não ter relacionamentos.
É, só homem mesmo que não pode reclamar se não for desejado pelo público feminino.
50% contra 52%? Sério que isso é margem estatística pra problematizar?
ResponderExcluir25 de setembro de 2015 15:24
ResponderExcluirNão entendeu nada mesmo... o papo é objetificação e desvalorização da pessoa por ser negra.
Eita dificuldade de pensar qualitativamente!
ResponderExcluirVamos lá:
1. Onde foi que o anônimo retirou esse dado?
2. A problematização parte de uma análise qualitativa, que observa aspectos estatísticos, históricos e sociológicos.
3. Se formos partir de dados quantitativos, questões relacionadas à minoria seriam relevantes.
4. No feminismo, estudar e problematizar o feminino sempre será relevante.
5. Uma tese de doutorado: http://www.revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2015/09/PachecoAnaClaudiaLemos.pdf
Qualitativo sem respaldo estatístico não passa de opinião.
ResponderExcluirPara as moças que não arranjam parceiro (romântico ou sexual) vai a mesma fala que direcionam os homens que reclamam de friendzone: ninguém é obrigado.
ResponderExcluirE "estatística" sem fonte não passa de falácia.
ResponderExcluirMoça, não perde seu tempo tentando ensinar pra mascu troll munido de dado de facebook. Vc tá na boa tentando responder uma dúvida legítima da B e o mascu querendo dar pitaco no que o feminismo tem que lutar. Feminista de verdade se preocupa com todas as minas e não silencia quando elas querem falar.
ResponderExcluirfico pensando o que será um motel 5 "estrlas". seria 5 estrias ? uma alusão ?
ResponderExcluir" estrlas "
"vcs já o são"
"boa-suja"
3 strikes, out ! é muito erro de escrita.
"E eu tenho tudo o que vcs gostam"
- não creio que elas gostem de um pau pequeno que não sobe e de um machistinha egocêntrico.
a única coisa grande que tu tem é teu ego...
a grande diferença, que você esta convenientemente ignorando, caro anônimo, é que nós feministas estamos assumindo uma luta pela diversidade, pela ampliação de modelos, pela desconstrução de um padrão hegemônico excludente. enquanto vocês projetos de machistas adolescentes estão interessados em manter o modelo vigente, que inclusive não beneficia vocês. Me explico: vocês querem manter uma ordem em que são são consumidores e mais que isso, merecedores de um objeto do desejo que é uma mulher dentro dos padrões. A questão é que vocês estão falhando e falharão ainda mais rotundamente por dois motivos muito simples:
ResponderExcluir1. As mulheres no padrão são de fato objetos do desejo numa cultura objetifica, tipifica as mulheres para desuní-las e desorganizar a luta política delas. No entanto, são também indivíduos com "desejos",entre aspas porque é uma grande ficção, uma farsa, esse desejo. Esse desejo dessas mulheres pode bem estar de acordo com o que é proposto pela própria cultura patriarcal, que não deixa de objetificá-las. Elas entendem que possuem um capital muito exclusivo, o capital sexual e querem alcançar benesses através desse capital. Querem o macho que vocês chamam de alfa. O cara com dinheiro, status, poder que vão oferecer mundos e fundos pra elas. Porque elas entendem bem o que elas são e o que elas representam nessa cultura: um cobiçado objeto do desejo. Daí que nesse sistema de trocas, elas, ao contrário de vocês, não não advogam contra a causa delas próprias. Por que diabos desperdiçar um capital exclusivo desses? Daí que ridicularizam mulheres que vivem a fantasia do príncipe encantado, mas essa fantasia encontra um paralelo em vocês. É a fantasia do cara feio, escroto que vai ser amado de forma desinteressada por uma Barbie. Daí ficam chorando e transformando um blog feminista num muro de lamentações teen com esse papo de friendzone. De forma que vocês saem perdendo por nao quererem mudar o sistema, e sim tentar desesperadamente mantê-lo, presos numa ilusão de merecimento. Pura ilusão porque esse merecimento é contrariado todos os 365 dias do ano...Todos os anos...
2.Enquanto isso, as mulheres estão compreendendo seu lugar no mundo, lutando para terem suas vozes ouvidas, seus direitos respeitados, estão num processo consciente de aceitação e de autonomia, identificando e valorizando suas potencialidades para muito além desse padrão que exclui sim (mas exclui os homens também). Estão estabelecendo vínculos com caras que também estão apoiando essa mudança. Aqui no mundo real, tem gente de tudo quanto é jeito se relacionando com gente de tudo que é jeito, lutando sim, sofrendo também, mas gozando muito. Lola é um caso concreto disso. Eu e as minhas amigas também. Ainda assim, a luta continua. E vocês são tão burros que tao ficando pra trás. E sabem disso. Daí essa tentativa falida de se agarrarem de forma desesperada num tempo "bom" que nao volta nunca mais, expressando esse desespero recalcado através desse seu sarcasmo, ou da agressividade, o que sinceramente, não engana ninguém. Aliás seu comentário me lembra a historia da colunista gorda que era atacada por um hater gordo, que não suportava que ela fosse consciente da desigualdade, lutasse contra isso e no meio tempo, se aceitasse, se gostasse e tivesse uma vida boa. Tu tá igualzinho.
beijo no ombro.
Roxy,
ResponderExcluir1) por que o feminismo critica os homens que perpetuam o padrão sócio-afetivo-sexual machista/capitalista mas impede que homens critiquem mulheres que fazem o mesmo?
2) se as mulheres de todos os tipos se relacionando saudavelmente no "mundo real", qual é a revindicação afinal? solidão da mulher negra e gordofobia são ficções?
3) por que mulheres "tem direito" a um relacionamento afetivo? por que "tem direito" a relacionamentos sexuais? de que forma esse "direito" se difere do entitlement masculino? é porque no mundo do feminismo se substitui o termo "alfa" por "no padrão"?
tu é mais patético que eu pensei. tu fede a medo e desespero, com um toque de infantilidade.
ResponderExcluirxingamentos por internet já são infantis, mas tu consegue mesmo te superar.
tanto ataque pra terminar com "metido a besta". e não faltou os clássicos apelões "pai / mãe" como se eu fosse infantil o bastante como tu és, pra me importar com isso.
na tua cabeça enlouquecida, você crê que me "atacando" você estará se mostrando pras "fêmeas", isso aqui não é selva, cara. a única coisa que tu tá mostrando é ser um grande bundão.
e claro, tem o plus do "me chupa / engole" que demonstra que tu ficaria excitado com outro homem. quem é o gay então ? (não que gay seja ofensa, como ele faz parecer).
Tu é o anônimo que respondeu ou é outra pessoa? Gostaria de saber.
ResponderExcluirMas vamo lá:
1) O feminismo eu tenho entendido que não critica x ou y. Critica um sistema. Um sistema de poder em que determinado grupo detém o poder. Vale lembrar que o feminismo é amplo. Existe aquela vertente que recupera a luta de classes marxista: a classe mulher é o grupo oprimido e a classe homem, é o opressor. Essa opressão se dá a partir (mas não só) da divisão sexual do trabalho. Existe tb o feminismo interseccional que entende que esses coletivos não são homogeneos. Recupera o conceito de diferença. Dentro do coletivo mulher, a mulher negra é a diferença, por exemplo. Existe um feminismo que entende que a luta deve ser assumida apenas pelas mulheres. Entendem nesse caso que a mulher não pode ser machista, mas reprodutora do machismo, porque ela não se beneficia diretamente do mesmo. E o homem por sua vez não poderia ser feminista, porque bem isso implica advogar contra sua propria causa. Essa ideia tá associada com o feminismo marxista, acho. Utilizam por exemplo a metafora dos empregados de uma fábrica e do dono da mesma: os proletarios não poderiam contar com a adesão do dono da fábrica pra mudar a situação deles. Mas eu particularmente, tendo mais ao feminismo interseccional. Lembrando que entre mulheres brancas e negras existe uma distancia. Entre as mulheres brancas e os homens negros tb. E entre os homens brancos e as mulheres negras existe um abismo. Isso só pra ficar na questão da raça cruzada com a classe social. Existem outras questões.
2)O fato de que existem mulheres se relacionando saudavelmente no mundo real, não implica que não exista desigualdade. A desigualdade não necessariamente significa que não existam pessoas que se relacionem de forma saudável. Solidão da mulher negra e gordofobia não são ficções. Agora na minha opinião existe uma forma de subverter isso. Essa forma parte do coletivo e produz seus efeitos no indivíduo. Este post é um belo exemplo disso: um movimento coletivo das mulheres negras para assumirem uma caracteristica fisica delas, que é estigmatizada, como um valor. Isso produz um efeito que é a melhoria da autoestima no indivíduo. O indivíduo com autoestima esta livre do racismo? Não. Mas tem mais recursos para se defender, lutar contra ele. A reivindicação é que mulheres sejam tratadas como seres humanos. E desconstruir um sistema de hierarquias e desigualdades que se expressam na economia, na politica, na cultura, no mercado do amor, em todos os âmbitos da vida social.
3)Não acho que pessoas tenham um "direito" a um relacionamento afetivo ou sexual. O que eu acho é que o sistema de desigualdades se expressa também nessa esfera, do mercado do amor. Portanto, como nas outras esferas, existem privilegiados e desprivilegiados. Isso não tem nada a ver com genética, gosto pessoal, ou qualquer bobeira determinista dessa. Tem a ver com uma cultura a serviço dum projeto muito consciente de poder que tb se expressa nessa área. Daí que pode ser desconstruído. As pessoas tendem a pensar, desde essa concepção romântica, que o amor está isento de tudo isso e não está. A desconstrução imagino que irá produzir um efeito também nessa esfera. Ao menos eu tô apostando nisso! No mais, eu acho que essa historia de alfa é uma bobeira retirada do mundo animal que só os machistas usam. Eu usei no meu comentario anterior para adequar meu discurso ao meu interlocutor.
@Mila eu acho q a solução proposta pelo feminismo radical mais revolucionária e mais libertadora. Combater o olhar validador masculino, um dos instrumentos de opressão, é acabar de vez com a dependencia q a aprovação masculina causa nas mulheres
ResponderExcluirEu acredito na solidão da mulher negra... Mesmo eu sendo parda clara. Porque as negras são vistas como menos bonitas. Quem não lembra daquilo de ''mamilo preto''? Se até em mulheres mais claras isso é ''defeito''(Cléo Pires), se alguém tem nariz mais larguinho também é considerado defeito, nunca vi dizerem que nariz batata é bonito, só tolerável dependendo do rosto, cabelo crespo então? Considerado defeito. Nunca vi romantizarem olhos negros também, normalmente só elogiam os olhos das pessoas se forem claros, azuis ou verdes. Cabelo liso? Noossa, que sorte. Também vejo que valorizam na mídia mais as negras de olhos claros, como se isso fosse muito comum, não é. Por que alguém que tem nariz batata precisa operar? Por que precisa alisar o cabelo crespo? E tem rapazes que dizem que é questão de ''gosto'' acharem os mamilos rosas mais bonitos.
ResponderExcluirbando de chatos. Falam que tem 52% de negras sozinhas,e 50% de brancas. Caceta, essa diferença é minuscula. Ainda segundo as estastiticas, mulher com mais anos de estudos ficam mais solteiras.E a maioria que tem mais de 8 anos de estudos é... brancas! E ai?
ResponderExcluirVixe, não sei o q vcs ganham em serem vistas como coitadas. Eu odeio ser coitada.
Do mesmo jeito que falam para mascus que estão sozinhos por serem chatos ( e não por serem pobres, gordos, cheios de espinhas) falo o memso para vcs: devem estar sozinhas por serem chatas.
Eu sou parda do cabelo toinhoinhoin (gostcho mucho) e nunca tive problema nenhum para achar macho. Não teho olho claro, nem sou rica. Mas simplesmente não sou tãoooooo chata ao ponto de achar que alguém me deve uma relação.
De onde foi tirado esse número de 50% a 52%? Seria 50% das mulheres brancas são solteiras? Fizeram o recorte por idade? Fizeram recorte por idade? Por situação social?
ResponderExcluirTá foda, galera acreditando em estatística que um anônimo disse que viu no facebook. Eu prefiro acreditar na tese de doutorado que a mina postou.
Hm, anonima de 6:30. Então não é verdade pq vc não viu? Ahn, eu nunca vi mulher muçulmana, então pela sua lógica, isso não existe.
Então Carol... tem menos de 1% a mais de mulher no Brasil. Consideremos 1%. Quer dizer que tem a mesma quantidade de homens e mulheres o país. Se tem mulher sozinha, tem homem sozinho.
ResponderExcluirMinha querida anovnima das 9:39 eu sou a anonima das 6:30. Não tenho a menor ideia do que você está falando. Onde eu disse que não existe?? O que eu disse que não existe? Li e reli o que eu escrevi e a frase " não existe/ nunca vi" não parece nenhuma vez.
ResponderExcluirTa maluca ou é analfabetismo funcional memsmo?
Anônima das 6:30
ResponderExcluirMinha interpretação de texto tá ótima. E sou de exatas. Pq a ideia da sua fala é essa:
"e nunca tive problema nenhum para achar macho" Vc diz que o nosso problema é ser chata, já que vc supercool nunca teve problema nenhum pra achar macho. Se vc, que é negra, nunca teve, então as outras negras não terão? Vou ter que desenhar o que vc mesma falou? Vc tbm não deve ter lido que a referência não é só a macho. A menina postou que LGBTS negros falam disso tb.
Anônimo das 13:12, se esquece de lésbicas, bis, assexuais, gays? 1 mulher solteira não significa 1 homem solteiro.
Novamente, de onde tiraram esse dado de 50% a 52%?
Sou negra, acho lindo cabelo cacheado ou crespo, mas prefiro o meu cabelo alisado,não por imposição da mídia ou sociedade, simplesmente me sinto bem assim. Nem por isso sou menos negra do que aquelas que usam seu lindos cachos e muito menos estou negando as minhas raízes. Falam tanto em acabar com o preconceito, mas já senti na pele o preconceito de alguns negros pelo fato de alisar meus cabelos. Acredito que cada um tem que ser do jeito que se senti feliz. E eu sou muito feliz com meu cabelão liso.
ResponderExcluirMeu pai era negro e minha mãe super branca. Eu nasci branca do cabelo ondulado tipo 2. Eu tenho certeza que muita garota passou pela mesma situação que eu: eu alisava meu cabelo desde muito nova! Seja com chapinha, escova, química... Motivo: todas as garotas alisavam e eu queria me sentir incluída, mesmo sendo branca. Além do mais eu ouvi várias vezes que "por ser branca o cabelo liso ficava melhor". E assim foi até meus 29 anos. Eu detestava alisar o cabelo! Dava trabalho, ressecava meu cabelo horrores... Graças ao movimento iniciado pelas negras hoje eu me aceitei e uso meu cabelo natural. Deixei as ondas aparecerem. Cortei toda a parte destruída pela química e calor da chapinha e secador. Me aceitei e não me importo com comentários idiotas tipo "não penteou o cabelo hoje?"... Enfim. Agradeço as pessoas que aderiram e propagaram esse movimento do amor próprio e aceitação.
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