Esses dias recebi dois exemplares (um pra mim, outro pra ser doado à biblioteca da UFC) do livro Presos que Menstruam, da Nana Queiroz.
Ainda não tive tempo de lê-lo, mas é um tema importantíssimo: mulheres encarceradas. Lembro que, quando eu era adolescente, fui ao Carandiru entrevistar algumas presas. Foi uma experiência inesquecível. Falei com mulheres que haviam sido condenadas por homicídio, todas pobres e negras, e a justificativa era a mesma: haviam matado o parceiro em legítima defesa. Eram elas, abusadas durante anos, ou eles.
Três anos atrás, o Direito da UFRN me convidou para falar de Criminologia Feminista. Tive que pesquisar bastante para poder apresentar algo minimamente contundente. E sempre que você se aproxima daquilo que toda a sociedade quer varrer pra baixo do tapete, você aprende muito. O que mais dói na vida da maioria das presas é como elas foram abandonadas. Diferente dos homens presos, que continuam sendo visitados por esposas e filhos, as mulheres presas são largadas, esquecidas por todos.
Por isso o livro da Nana, Presos que Menstruam, é tão relevante (ele está à venda em todas as livrarias do Brasil e também pela internet. Nana, uma pessoa que admiro, escreveu sobre sua experiência:
Há uma coisa que devo confessar antes que você decida-se a ler meu novo livro Presos Que Menstruam, da Editora Record: eu me apaixonei por uma presa enquanto viajava pelo sistema carcerário feminino do Brasil para escrever esses relatos. Não, eu não nutri uma paixão homossexual por ela, mas uma paixão na conotação mais inocente da palavra.
Essa menina respondia por assalto a mão armada, nunca disparada, mas tinha um olhar matador. Os olhos dela me diziam que éramos iguais, que eu também tinha os meus delitos pessoais, olhos que me impediam de acusá-la de qualquer coisa. Eles me perturbavam.
Quando eu escrevia sobre ela, eu chorava. Quando eu ouvia de novo e de novo suas entrevistas, eu ficava abalada e frágil como uma criança. Corria para um canto para me esconder dos meus pensamentos.
Quando eu escrevia sobre ela, eu chorava. Quando eu ouvia de novo e de novo suas entrevistas, eu ficava abalada e frágil como uma criança. Corria para um canto para me esconder dos meus pensamentos.
Eu tive que parar a história de Safira pela metade para poder continuar escrevendo. Mais tarde, eu entendi que a vida dela me comovia tanto porque éramos tão parecidas, que se eu tivesse vivido a vida dela e ela a minha, seria possível que fôssemos exatamente eu e ela sentadas naquela sala, mas de lugares trocados.
Meu desejo de contar histórias de mulheres como Safira surgiu da percepção de que elas praticamente não existem para a sociedade. É comum encontrar na imprensa, na literatura e no cinema, por exemplo, as discussões mais diversas sobre os presídios masculinos, mas sinto que a mesma atenção não é dada às nossas encarceradas. E é muito importante que a sociedade conheça as histórias dessas mulheres.
Porque quando criamos empatia por nossos infratores, quando somos capazes de encontrar pontos de identificação com eles, como os muitos que encontrei com Safira, nos afastamos daquele desejo social atávico de vingança e caminhamos em direção à compreensão e à vontade de reabilitar além de punir. E acima de tudo, porque quando nos aproximamos da humanidade de nossas detentas, acabamos nos aproximando, na verdade, é da nossa própria humanidade.
Porque quando criamos empatia por nossos infratores, quando somos capazes de encontrar pontos de identificação com eles, como os muitos que encontrei com Safira, nos afastamos daquele desejo social atávico de vingança e caminhamos em direção à compreensão e à vontade de reabilitar além de punir. E acima de tudo, porque quando nos aproximamos da humanidade de nossas detentas, acabamos nos aproximando, na verdade, é da nossa própria humanidade.
O Estado também ignora que há mulheres presas no sistema. É fácil esquecer que mulheres são mulheres sob a desculpa de que todos os criminosos devem ser tratados de maneira idêntica. Mas a igualdade é desigual quando se esquecem as diferenças. É pelas gestantes, os bebês nascidos no chão das cadeias e as lésbicas que não podem receber visitas de suas esposas e filhos que temos que lembrar que alguns desses presos, sim, menstruam.
Mas, durante essas viagens ao submundo, descobri que não era apenas o governo que nos impedia de falar sobre o assunto. Tabus são mantidos, também, pelos que se recusam a falar sobre eles. E nós, enquanto sociedade, evitamos falar de mulheres encarceradas. Convencemos a nós mesmos de que certos aspectos da feminilidade não existirão se nós não os nomearmos ou se só falarmos deles bem baixinho. Assim, ignoramos as transgressões de mulheres como se pudéssemos manter isso em segredo, a fim de controlar aquelas que ainda não se rebelaram contra o ideal da “feminilidade pacífica”. Ou não crescemos ouvindo que a violência faz parte da natureza do homem, mas não da mulher?
Não que quebrar tabus seja trabalho simples de ser feito. Como dizia Dostoievski: "Nada é mais fácil do que denunciar o malfeitor, nada é mais difícil do que entendê-lo". Aprendi a verdade dessas palavras durante esta reportagem. Conheci e me relacionei com mulheres adoráveis e muito tempo depois fui descobrir que haviam matado um filho pequeno, feito parte de organizações criminosas ou colaborado para um assassinato acontecer.
Parecia que o trabalho se dava às avessas nessas horas. E mais do que toda violência descrita aqui, escrever esse livro foi um trabalho imenso de agressão interna. Lutar contra preconceitos, esticar partes de mim à força e à custa dos meus instintos mais naturais. Eu também senti raiva. Eu também senti pena. Eu também chorei, sorri, me arrependi. Hesitei.
Impressionava-me como cada uma dessas mulheres poderia ser tão fragmentária. Algumas intercalavam momentos de bondade extrema com crueldade absurda. Sensibilidade com frieza. Loucura com sanidade. Suas histórias não pareciam ter relações de causa e consequência ou ligação lógica alguma. Decidi, então, que só havia um meio de contá-las: feitas de fragmentos desconexos, como as minhas entrevistadas.
E o resultado foi esse livro, uma colcha de retalhos que foi costurada ao longo de quatro anos. A linha e a agulha são entrevistas, visitas aos locais descritos, livros, artigos, estudos e processos de minhas entrevistadas. O tecido é composto por trechos de vida de sete mulheres com quem convivi com mais profundidade, na oficina da Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" de Amparo ao Preso, onde trabalham, e de algumas outras com quem me encontrei eventualmente em minhas incursões às penitenciárias do país.
Há também pequenos diálogos e cenas que presenciei nessas visitas, relatos de pessoas que trabalham na área, textos de presas e pequenas análises sobre o assunto. Mas, acima de tudo, esse é um romance sobre histórias reais e pretende dar a dados e números os rostos das minhas entrevistadas.
Há também pequenos diálogos e cenas que presenciei nessas visitas, relatos de pessoas que trabalham na área, textos de presas e pequenas análises sobre o assunto. Mas, acima de tudo, esse é um romance sobre histórias reais e pretende dar a dados e números os rostos das minhas entrevistadas.
Essas mulheres fizeram estrago e recobramento dentro de mim. Gosto de pensar, é claro, que, no final, me fizeram alguém melhor e mais tolerante. Só que mais dura também. E eu também fiz alguns estragos nelas. Cutuquei os seus fantasmas, cavuquei suas feridas. Algumas vezes, elas me pediam chorando para parar de perguntar. Outras tremiam alucinadas para reconstruir uma justificativa dentro de si. E eu mexi na vida delas.
Nessas páginas, você também vai conhecer outra personagem muito especial, a Camila. Uma mulher corpulenta, mas de rosto frágil. Os olhos são castanhos esverdeados -– e não raro parecem ainda mais claros por estarem marejados. Aos 34 anos, às vezes ela parece uma menina. O seu sorriso, sua receptividade, tudo diz que está desesperada por carinho e compreensão.
Tive muitos encontros com a Camila e os dois primeiros foram muito próximos um do outro. Antes de encontrá-la pela terceira vez, tive que me afastar por uma semana, me dedicar a outros assuntos. Quando a vi novamente, seus olhinhos pidões se encheram de lágrimas e ela me disse:
Tive muitos encontros com a Camila e os dois primeiros foram muito próximos um do outro. Antes de encontrá-la pela terceira vez, tive que me afastar por uma semana, me dedicar a outros assuntos. Quando a vi novamente, seus olhinhos pidões se encheram de lágrimas e ela me disse:
– Que bom que você voltou. Achei que tinha assustado você.
E eu a abracei, devo ter dito algo como um “claro que não” desconcertado e maternal, e senti, pela primeira vez, como a minha presença estava mudando aquelas histórias que eu contava. Que eu já tinha adquirido uma responsabilidade, ainda que pequenina, sobre a felicidade daquelas mulheres. Aquilo me surpreendeu, me alegrou, me deu medo de escrever. Desde então, parecia que cada linha que saía nestas páginas estava sendo lida por elas, como fantasmas na minha nuca. Eram minhas fiscais, minhas juradas. Um júri de sete mulheres representando milhares de outras.
E o abraço da Camila me lembrava que eu devia ser justa no relato que faria delas. Em alguns casos, até mais justa do que a Justiça havia sido. E isso me apavorou. Se decidir fazer a leitura do meu livro, então, não diga que não foi avisadx: estas são histórias de mulheres apavoradas, contadas pela mais apavorada de todas elas.
O sistema prisional brasileiro estar entre um dos piores do mundo, o sistema não ressocializa ninguém, a execução da pena não funciona e claro quem não tem defensor particular fica mais tempo preso. Mas discordo totalmente que as mulheres que estão presas são por legítima defesa em decorrência da violência doméstica. Mulheres traficam, formam quadrilhas, matam, etc, a pesquisadora se envolveu demais com as apenadas que entrevistou, nunca vi um réu ou ré em sala de audiência que não estivesse profundamente arrependido e com os olhos marejados. E acreditem as prisões femininas são infinitamente melhores que as masculinas, mas é fato que as mulheres são abandonadas quando são presas.
ResponderExcluirNada a ver, mas...
ResponderExcluirRecomendo o documentário "The Perfect Victim", de 2012, sobre mulheres dos US que assassinaram seus maridos abusivos antes de uma lei (de 2007?) que considerava que os juízes deviam ter alguma atenção extra a alegações de abuso e violência (antes disso, violência doméstica era "motivo" e bastava pra condenar) - mostra alguns casos de mulheres que receberam a pena máxima e buscavam a liberdade condicional depois de passar muitas décadas na cadeia.
Disponível no Hulu, de graça, mas precisa de algum treco pra desviar proxy, porque só tá disponível pro povo dos Estados Unidos. Eu usei uma extensão de navegador chamada Hola Unblocker.
comentarista das 12:13, acho que você confundiu o que a Lola disse com o que a guest poster/autora do livro disse.
ResponderExcluirAs mulheres com quem a Lola conversou no Carandiru foram as que mataram em legítima defesa.
As mulheres do livro "Presos que Menstruam" são outras, e no texto da Nana ela diz que elas cometeram variados crimes. Inclusive ela comenta qual o sistema penitenciário onde conheceu as mulheres presas que entrevistou, que não é o Carandiru.
Esse tema é muito interessante, vou procurar o livro para comprar.
A questão é que, quando se fala sobre pessoas que cometeram crimes, quando se fala COM essas pessoas, vc vai humanizá-las. vai reconhecer um humano ali, não um monstro. e é mais fácil lidar com monstros. vc se distancia, pode ignorar as semelhanças. claro que vai ter alguém esbravejando que nunca matou ninguém, mas sei lá. conheço pessoas horríveis que nunca mataram ninguém.
essa linha tênue em que vc admite que não há tanta diferença assim entre você, "pessoa de bem", e alguém que cometa um crime é extremamente incômoda, pois te faz descer do pedestal, assumir algumas coisas que não são bonitas.
será que alguém vai me aconselhar a levar alguma pessoa criminosa para casa ou desejar que eu ou alguém que eu ame seja vítima de um crime? vamos aguardar.
Independente do gênero,seja homem ou mulher,a pessoa precisa pagar pelos seus crimes.Feministas nunca falam das mulheres pedófilas,estupradoras,,assassinas que matam para roubar um bebê como um caso recente da Patricia Xavier.
ExcluirTodos somos seres humanos,podemos nos transformar em monstros ás vezes,depende do seu problema,da ocasião etc.
Mas antes de cometer qualquer crime nós temos o livre arbítrio de decidir ou não fazer aquela ação.
Independente do gênero,seja homem ou mulher,a pessoa precisa pagar pelos seus crimes.Feministas nunca falam das mulheres pedófilas,estupradoras,,assassinas que matam para roubar um bebê como um caso recente da Patricia Xavier.
ExcluirTodos somos seres humanos,podemos nos transformar em monstros ás vezes,depende do seu problema,da ocasião etc.
Mas antes de cometer qualquer crime nós temos o livre arbítrio de decidir ou não fazer aquela ação.
Independente do gênero,seja homem ou mulher,a pessoa precisa pagar pelos seus crimes.Feministas nunca falam das mulheres pedófilas,estupradoras,,assassinas que matam para roubar um bebê como um caso recente da Patricia Xavier.
ExcluirTodos somos seres humanos,podemos nos transformar em monstros ás vezes,depende do seu problema,da ocasião etc.
Mas antes de cometer qualquer crime nós temos o livre arbítrio de decidir ou não fazer aquela ação.
Monstros não existem, o que existe é humanos sem empatia pelos outros daí cometem as atrocidades que vemos. Não, não vou mandar vc levar um criminoso para casa, até porque se quiser levar está no seu direto. Mas não nutro empatia por criminosos e não me sinto em nenhum pedestal, apenas pauto a minha vida fora de qualquer situação me torne uma criminosa
ResponderExcluirNão se fala de encarceramento feminino porque é um problema social de vulto muito menor que o masculino e presídios femininos não apresentam a superpopulação, a degradação e violência presentes nos presídios masculinos.
ResponderExcluirUé, feminista odeia quando homens que homens podem ser vítimas de estupro e violência doméstica porque dizem que não faz parte da estrutura do patriarcado nem são padrões sociais relevantes, são fatos isolados. Encarceramento feminino não faz parte da estrutura do patriarcado nem é um padrão social, são fatos isolados.
Parabéns, Anônimo das 14:00! Disse tudo!
ExcluirQuando falaram que era negado absorvente pras mulheres as pessoas só sabiam falar que vagabunda não merece regalias, achei absurdo
ResponderExcluirE Graças né porque se mulher fosse violenta igual a homem o mundo tava perdido.
ResponderExcluirQuem disse que a gente odeia que fale de estupro masculino? o que eu odeio é essa hipocrisia de vocês.
Mulher estupra homem=sorte do garoto, queria eu ser estuprado!
Homem estupra mulher=azar
Homem estupra homem=azar
vocês só colhem o que plantam com esse machismo todo e depois querem jogar a culpa na "falta de empatia" das feministas.
Ficam toda hora perguntando mas e as feministas, sempre querendo nos por em dúvida.
D. Stoffel, quem fala esse tipo de asneira não é homem, é um imbecil! Não generalize! Do mesmo jeito que tem mulher machista, tem homem idiota!
ExcluirMelhor comentário Taty, acho que a autora do livro romantizou demais na pesquisa dela, o problema não são as mulheres encarceradas, se estão é porque cometeram um crime e tem que pagar por ele. O problema é o sistema prisional em si,tanto para homens como para mulheres.
ResponderExcluirExistem perspectivas teóricas abolicionistas, até mesmo com recorte de gênero - abolicionismo do sistema penal e busca de formas restaurativas de resolução de conflitos penais. Ainda não li o livro da Nana, mas me parece ser a linha dela
ExcluirTaty eu discordo em alguns pontos
ResponderExcluirEu odeio quando ficam cobrando de feministas, os machistas sempre fazem isso,
mas as feministas não vão pra o oriente médio, mas cadê as feministas nessas horas.
Eles adoram tentar nos por em prova me dá um ódio porque eu sei que eles não tão nem aí pras mulheres do oriente médio ou seja lá o que for eles só querem arrumar um jeito de falar mal.
Feminismo não que por mulher de boazinha como dizem por aí as vezes até falamos de estupros e crimes como violência contra homens, mas eles só sabem reclamar da maria da penha.
D Stoffel, concordo muito com vc com criticas as críticas barulhentas e vazias aos feminismos como no caso do oriente médio.
ExcluirNo caso específico da mulher encarcerada, nós que atuamos na defesa da mulher, seja no processo de conhecimento, seja na execução penal, sentimos realmente falta de todo o esforço e combatividade dos movimentos de mulheres, gostaríamos muito de ver a mesma energia destinada à luta contra a violência doméstica, por exemplo.
Quer ver violência obstétrica, vá ver presa dando à luz algemada... É agonizante, aquilo é tortura, genocídio das mulheres pobres... Fere além do corpo, fere a dignidade e a alma...
Sem contar inúmeras outras violações de direitos... O sistema carcerário é cruel.
Para todo mundo que tem uma olhar com mais compaixão aos presos (porque aos que pregam ódio, nem vou me dirigir):
ResponderExcluir- se fala muito que o sistema prisional é péssimo, e blá blá blá...
mas voces realmente se preocupam com essas pessoas ?
Nao estou pedindo pra ninguém levar pra casa, mas acho que o governo deveria incentivar as empresas e industrias a terem uma abertura para a inserção de ex presidiárixs. Quantos de voces, que tenham uma micro empresa já contrataram alguém nessas condições ? Quantos deixariam de contratar alguém nessas condições ? quantos de voces, que trabalham em alguma empresa, tem algum colega de trabalho que foi ex-presidiárix? Voces conhecem empresas que fazem essa inserção ?
Sei que em muitos locais os presxs aprendem alguma ocupação. Mas e depois ? existe algum dado sobre a inserção deles no mercado de trabalho ?
Sim, sonho ter a minha empresa um dia, e quero dar essa chance.
ah, e pra terminar, antes que alguém me pergunte, nao estou me referindo a estuprador ou abusador de menor, esses eu nao tenho o que dizer, talvez gostaria que ficassem presos pra sempre ou espero ouvir alguma outra proposta de ressocialização.
Esse post me fez lembrar do seriado Orange is the New Black e de um documentario recente que passou no sbt reporter.
ResponderExcluirAmbos falam da vida da mulher encarcerada.
D Stoffel
ResponderExcluirSe alguém disser que feministas não vão para o Oriente Médio, você pode mostrar essa reportagem:
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2015/07/ex-modelo-canadense-relembra-horrores-da-guerra-ao-enfrentar-estado-islamico-na-siria.html
E mais essa aqui: http://mairakubik.cartacapital.com.br/2015/02/09/as-armas-mulheres/
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ResponderExcluir
ResponderExcluirFiz uma matéria com presidiárias uma vez e percebi que a maioria estava lá encarcerada por conta de tráfico de drogas. Umas diziam que ficaram desempregadas, a oportunidade apareceu, tinha filho para sustentar... outras que o faziam para ajudar seus companheiros.
Percebi, como a Nana apontou no post, a invisibilidade das detentas. Os homens recebem visitas das mães, das esposas e namoradas. O dia de visita de uma cadeia feminina é vazio. É como se tivessem ainda mais vergonha de uma mulher que pratica crime.
Há pouco tempo, alguém postou um link aqui no blog sobre as condições das meninas que cumprem medidas socioeducativas. Em várias unidades, as meninas não possuem as mesmas oportunidades que os homens (esportes, educação e infraestrutura).
"Independente do gênero,seja homem ou mulher,a pessoa precisa pagar pelos seus crimes..."
ResponderExcluirParabens. Unico comentário inteligente.
Só o q faltava... O povo comete crimes com as mais variadas desculpas e temos de nos apiedar? E as vítimas? Na cadeia, só tem inocente?
E não me venham com o velho papo q falta oportunidades na vida. Gente pobre e sem oportunidades são a maioria do povo brasileiro e nem por isso nossa população é em sua maioria composta por bandidos. Td na vida é escolha. Uns escolhem o caminho mais rápido, o do banditismo, outros o correto, q é trabalhar e viver dentro da lei.
Sendo assim, não tenho pena nem me identifico com bandidos ou bandidas. Essas pessoas destruíram a vida de outras e merecem pagar por seus atos e serem esquecidas nas cadeias
Uma pessoa vendendo umas parangas de maconha e uns pinos de cocaína destruiu a vida de alguém? Conte-me mais sobre isso...
Excluir"Essa menina respondia por assalto a mão armada, nunca disparada, mas tinha um olhar matador."
ResponderExcluirNossa... Imgaino q pessoa adorável.Assaltando quem trabalha e ainda usando uma arma, q é claro ela iria disparar, pq ninguém usa uma arma sem ter intenção de usar. Q anjo de candura. Até me comovi. Ela era vítima na historia, né? Só Que Não
O lado do preso é UM lado da história.
ResponderExcluirTem o outro lado, o lado da vítima.
Sempre que falamos com detentos, temos de ter em mente as pessoas que não estão ali - as vítimas deles.
A maioria dos presos sempre tem um motivo incrivelmente razoável pra ter cometido seus crimes. Tudo compreender é nada punir.
Precisamos entender um pouco menos e punir um pouco mais.
Puts, que legal agora o feminismo flerta com a bandidagem, acha ladrão revolucionário.
ResponderExcluirCadeia não e retiro espiritual, se ta e pra se foder mesmo, e se acharem ruim e só quando saírem fazerem o máximo possível para não voltarem, sabem como? fazendo algo "revolucionário" E SÓ NÃO MATAR, NÃO ROUBAR, NÃO VENDER VENENO PARA CRIANÇA EM PORTA DE ESCOLA.
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ResponderExcluirSe as mulheres parassem de visitar os homens na cadeia talvez a criminalidade diminuísse... O cara rouba, mata, estupra e a mulher tá lá, passando a mão na cabeça do pobrezinho...
ResponderExcluirEu tenho uma parente muito próxima que está presa. Realmente as mulheres são muito mais abandonadas do que os homens quando estão nessa situação (os próprios agentes penitenciários comentam isso). São poucas as presas que recebem qualquer auxílio da família, e a maioria esmagadora vem de mãe, irmã, filha, amiga, cunhada, etc. São raros os homens que não abandonam a mulher. Pai de presa, então, é uma coisa mais rara ainda (vou toda semana visitar, e devo ter visto uns dois até hoje).
ResponderExcluirNas prisões masculinas há grande preconceito e intolerância com presos acusados de estupros. Na feminina também há esses casos e elas ficam excluídas, mas o que também tem é mãe acusada de ter matado o filho e que por isso não é aceita. Essas viram até um problema para a administração, pois as outras não as toleram de jeito nenhum.
Os casos de roubo (assalto) são poucos, o que pega mesmo é tráfico de drogas (mais de 80% dos casos). É um dinheiro muito fácil, especialmente para quem não tem perspectiva de nada na vida (não estou justificando, apenas descrevendo a realidade).
Esse livro deve ser muito interessante, pretendo ler.
Vcs falam tao mal das feministas radicais mas agem as vezes com a mesma postura de de odio. A autora e a lola nao querem dizer que elas sao inocentes e foram injustiçadas, so que elas sao seres humanos que podem sim errar, cometer atos absurdos e se arrepender tbm oras! Quem aqui nunca fez algo ilegal na vida? Seja fumar um baseado ou roubar uma barrinha de chocolate no supermercado? Claro que isso nao dá cadeia mas ja nos torna infratores de alguma lei. So dei esse exemplo pra nao atirarmos pedra no telhado dos outros sem pensar um pouquinho antes. Essas mulheres sao criminosas sim, mas ainda sao humanos e vao ter o direito de redenção ate depois da morte, como qualquer um de nós! O que nao rola é elas serem menos desprovidas de direitos do que os homens presos. Estes tbm sofrem na cadeia, mas nao menstruam e nao parem filhos que precisam ser amamentados. E elas tbm deviam receber visita intima de companheiras e visitas de familiares tbm..ou por acaso mulher nao pode sentir tesao, carencia, saudade e necessidade de apoio? Mas isso vai de quem é proximo delas, por exemplo: eu visitaria uma amiga ou parente presa.
ResponderExcluirE mais um detalhe: a maior parte das presas foram condenadas por trafico ou assalto a mao armada por terem topado ser cumplices dos seus companheiros. Vão na ideia fraca dos caras por estarem apaixonadas...nao que isso justifique que so os homens sejam culpados, mas faz a gente pensar sobre o assunto.
Ler a caixa de comentários (de um local que deveria ser minimamente racional e diferenciado da selva que é a internet hoje), e deparar-se com tanto ódio e intolerância, explica bastante o caso do cara linchado no poste em São Luis.
ResponderExcluirEspero que vc nunca se case, anônimo de 13 de julho das 23:05. E nem procrie.
ResponderExcluirDan.
Exatamente, Rafael. São as pessoas horríveis, que a Mirella citou. Talvez nunca matem ou roubem ninguém, mas não deixam de ser horríveis (claro que pra vítima faz toda a diferença, mas deu pra entender).
ResponderExcluirDan.
http://entretenimento.r7.com/mulher/amor-bandido-o-que-leva-uma-mulher-a-se-apaixonar-por-um-serial-killer-30112014
ResponderExcluirkkkkkkk
leiam esse texto. Elas foram para a prisão encontrar um novo amor, kkkk...
ResponderExcluirElas não os conheciam antes de eles serem presos kkkk.. conheceram eles lá na cadeia...
Elas vão atrás das sementinhas diabólicas deles...
http://contraopressaocarceraria.blogspot.com.br/2007/06/parece-estranho-mas-real.html
Ódio = querer que bandidos sejam presos. É piada???????
ResponderExcluirPessoas de esquerda não enxergam na criminalidade necessariamente algo ruim, mas sim algo util a revolução.Incentivar a rebeldia nos jovens desafiando a sociedade constituida é uma força sábia de criar futuros revolucionários que não aceitarão qualquer tipo de autoridade ou hierarquia.
ResponderExcluirEu, particularmente acredito que crimes não-violentos nem deveriam ter detenção, mas os violentos deveriam ter penas muito mais severas.
ResponderExcluirMatou um filho? Que apodreça na cadeia, nada é mais vil e egoísta que privar outro indivíduo da própria vida.
Talvez eu reveja isso quando a ciência conseguir ressuscitar cadáveres.
"Eu, particularmente acredito que crimes não-violentos nem deveriam ter detenção, mas os violentos deveriam ter penas muito mais severas"
ResponderExcluirCrimes muito violentos precedem os crimes ditos não violentos que não foram devidamente punidos e corrigidos de inicio, o problema e a crescente falta de limites em nossos jovens.
O cara começa, batendo carteiras, não e punido, parte para o assalto a mão armada, não e punido, dai comete um latrocinio, quando finalmente e para ser punido, já e tarde, a cultura criminosa já e forte no intimo dele.
Você tem dados estatísticos ou empíricos disso? Casos de latrocínio são raros. A esmagadora maioria das pessoas está presa por roubo ou tráfico, e nem por isso comete um latrocínio. E também não necessariamente começou praticando furto.
ExcluirÉ muito fácil falar sem nunca ter atuado no sistema penal, é higienista e também racista - porque o sistema é seletivo para punir negros e pobres.
Lola, há anos atrás eu lhe mandei um email falando sobre o tema, porque o feminismo silenciava sobre a mulher encarcerada - o que chamo de feminismo primário e de bons antecedentes. Estou no sistema penal desde 2012 e não vejo a presença marcante do movimento feminista na defesa dos direitos da mulher encarcerada, os quais acabam sendo defendidos pelxs defensorxs dos direitos das pessoas privadas de liberdade em geral.
ResponderExcluirNo caso Elize Matsunaga, por exemplo, achei revoltante não ver uma feminista sequer vir defender a Elize, visitá-la pra saber o que aconteceu. Mas quando é pra punir, como no caso da New Hit, aí sobra gente querendo se manifestar.
O discurso dos "direitos humanos para humanos direitos" está também forte na esquerda, basta ler muitos dos comentários acima, e por isso Elize e muitas outras foram esquecidas. E continuarão sendo, porque o movimento social gosta de 'vítimas', coitadinhas no sentido mais moralista-cristão possível. Lamentável.
E antes que me acusem de qualquer cagação de regra, não é esse o escopo, o movimento faz o que quiser. Eu também não sou 'feminista' nos termos que hoje lemos por aqui no Brasil, porque sigo a Teoria Queer. Mas é uma contradição grave que deve ser apontada, e eu posso apontar sim, com legitimidade, por trabalhar na defesa de mulheres encarceradas e estar há três anos no sistema penal, bem na linha de frente de batalha.
Quer mais contradição do que discutir violência obstétrica sem falar que muita mulher presa é obrigada a dar à luz ALGEMADA? Não tem nem o que dizer, isso é mais do que violência obstétrica, isso é tortura. E movimento social calando a respeito...
Parabéns pela postagem! Abraço!
Elize Matsunaga e uma injustiçada, uma mulher que sofria abusos de um porco capitalista mimado, que a tinha como um objeto, e ameaçava tomar a filha delas, e joga-la fora, como um brinquedo quebrado, o que ela fez foi um ato extremo de uma oprimida sob pressão, queria eu que todas as mulheres tivessem a coragem delas de dar ao opressor o que ele merece.
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ResponderExcluirNa minha opinião isso é um reflexo dos valores da nossa cultura. Ora, se tal valores condicionam as mulheres à sentirem medo de serem abandonadas, ou de perderem aquele que acreditam ser seus provedores,ao ponto de não conseguirem sequer se separar de seus parceiros que as agridem na própria casa, certamente tais mulheres mergulhadas nesses valores não deixarão de visitar seus companheiros presos, devido os mesmos medos.
ResponderExcluirPorém o inverso não é o mesmo, a nossa cultura não condicionam os homens nesse processo de submissão, pelo contrário, quanto mais parceiras melhor e para um homem dedicar sua vida à companhia de uma mulher somente pode ser com aquelas consideradas "boa moça" ou "moça para casar", como preceitua nossos valores culturais.(E uma presidiária definitivamente não se encaixa nesse perfil)
Claro que não podemos generalizar, se qualquer pessoa da minha família ou amigo(a) próximo estivesse na prisão, com certeza eu ia participar de seu processo de ressocialização, certamente outros homens e mulheres devem compartilhar desse meu raciocínio
Desculpa, mas tem diferença entre você matar uma pessoa no momento da agressão, por consequência da defesa, e esperar a pessoa dormir ou baixar a guarda e matá-la. Esse último não é legítima defesa! E o post trata como se fosse.
ResponderExcluirSe tivessem apenas se defendido, não estariam presas. Teriam sido absolvidas por terem agido em legítima defesa.
"Mimimi as feministas não falam das mulheres que matam, das mulheres que estupram, dos omis que sofrem". Nunca vi aqui no blog alguém comemorar quando mulher mata o marido. Mas se a violência das mulheres é um assunto que incomoda tanto vcs, a Internet tá aí pra isso. Criem um movimento condenando a violência das mulheres, vcs são livres pra isso.
ResponderExcluirFazendo coro com a Stoffel, se mulher fosse violenta como homem, o mundo tava pior ainda do que está.
E elas tbm deviam receber visita intima de companheiras e visitas de familiares tbm..ou por acaso mulher nao pode sentir tesao, carencia, saudade e necessidade de apoio? Mas isso vai de quem é proximo delas, por exemplo: eu visitaria uma amiga ou parente presa
ResponderExcluirUé, e não tem o direito igual? A diferença é as pessoas não vão visitar. Aí, vc já tá querendo dar pitaco na liberdade dos outros. Se não querem ir visitar, ninguém pode obrigar.
O GNT exibiu uma série ano passado mostrando os homens visitando suas companheiras na cadeia.
ResponderExcluirhttp://gnt.globo.com/especiais/mais-da-tv/materias/serie-paixao-bandida-mostra-relacao-de-casais-separados-pela-prisao.htm
Quero muito ler o livro!
ResponderExcluirLola, te mandei um email sobre o tema, você recebeu?
ResponderExcluirRubens.
"Eu, particularmente acredito que crimes não-violentos nem deveriam ter detenção, mas os violentos deveriam ter penas muito mais severas"
ResponderExcluirExistem crimes não violentos q destroem a vida das vítima. Uma exemplo é o rapto de crianças. Ha varios casos de roubo de crianças ainda na maternidade em q a sequestradora rouba com a intensão de criar o bebê. Não há violência envolvida, mas o sofrimento da família é algo insuperável.
Penso q todo crime deve ser punido com severidade, violento ou não, para evitar o incentivo a novos crimes e para ao menos tentar amparar a vítima, q geralmente é deixada em segundo plano nessas discussões sobre a criminalidade.
A discussão sobre justiça restaurativa é antipunitivista e não deixa, em absoluto, a vítima em segundo plano.
ExcluirQual é a proporção de rapto de crianças para roubo, tráfico e receptação? Não dá para discutir política criminal pela exceção, é como discutir redução da maioridade penal pelo estupro e pelo homicídio.
Ninguem esra discutindo politica criminal por excecao. Foi apenas um exemplo de q crimes violentos tb destroem vidas e q todos os vrimes devem ser punidos
ExcluirO grande problema é o descumpraimento sistemático e proposital da Lei De Execuções Penais, para homens e mulheres,
ResponderExcluirAgora, ninguem vai dar um abraço carinhoso e maternal na vítima da Camila?Isso que irrita, isso que gera o desejo de vingança, saber que a vida humana vale tão pouco, mas tão pouco que quem a tira fica apenas um tempo sem poder circular, só circular, porque todo o resto faz a vontade.
Rafael, o que vc quis dizer com sistemático e proposital descumprimento da LEP?
Excluir"Eu, particularmente acredito que crimes não-violentos nem deveriam ter detenção, mas os violentos deveriam ter penas muito mais severas"
ResponderExcluirVamos então soltar a galera da lava jato.
"No caso Elize Matsunaga, por exemplo, achei revoltante não ver uma feminista sequer vir defender a Elize"
ResponderExcluirTu tá de brincation with me?
Não. Niguém dos movimentos sociais foi ver a situação de violência de gênero à qual ela estava submetida, porque ela deixou de ser uma vítima no arquétipo cristão e virou "bandida". É a mesma coisa do "#somostodxsVeronica", que durou até a página dois, até chamarem Veronica de bandida assassina. É o feminismo primário e de bons antecedentes, que não aceita mulheres reincidentes ou de maus antecedentes criminais.
ExcluirPobre Elize, só matou e picotou outro ser humano, é óbvio que a vítima é ela. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Só rindo kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirNessas discussões sobre criminalidade, nunca vejo um único comentário sobre a vítima, apenas se fala dos acusados e seus sofrimentos. Só quero entender: por quê isso?
ResponderExcluirAnônimo das 23:52, é isso mesmo. É uma porcaria, por que faz mais de duas décadas que há leituras feministas desconstruindo o conceito de vítima, mas grande parte da movimento ainda está preso a essa categoria, que 'só' mulher agredida merece sororidade, nenhuma que cruze a linha da agressão merece tal empatia ou consideração alguma. E digo mais: há ainda aquela parte do movimento é absurdamente punitivista, e de quebra reforça o sistema penal com tudo o que ele tem de escludente com discurso feminista. Fico de cara...
ResponderExcluirAnônimo, eu quis dizer que temos uma lei de execuções penais excelente, mas não é cumprida e nem observada, isso é sistemático e qualquer advogado criminalista ou mesmo promotor de justiça pode confirmar,nesse caso, a prisão, que é uma exceção vira regra, é proposital porque ao descumprir a LEP mantem - se toda uma gama de interesses politicos que vivem da situação dos presidios e cadeias, afinal, a bancada da bala não
ResponderExcluirsem motivo, se o sistema melhorar, se LEP for cumprida o discuros "Lei e Ordem" cai por terra, e é ruim para quem vive dele, seja bandido de terno ou sem.
Postei mais tarde do que queria, mais a mensagem foi enviada, é o importante.
ResponderExcluirSério, caras? Prisão masculina é pior que feminina? Se a maioria das pessoas presas fossem mulheres e reclamassimos da superlotação vocês diziriam que elas são todas sociopatas e que merecem estar lá por não seguirem o bom exemplo de homens não criminosos. Como a maioria é homem, querem que tenhamos pena dos homens.
Ambos são uma merda, locais lotados, morfo nas paredes, atendimento à saúde precário e todo resto que imaginarem. O feminino é pior porque mulheres são sempre menos respeitados, sem absorventes (se o governo se desse conta de existência de coletores menstruais seria ótimo para elas e para os gastos), desrespeitas na gravidez e parto, são humilhadas por terem se rebelados de "parceiros" violentos.
Ia falar mais, porém digitar pelo celular é meio tenso. Irei buscar o livro, o estilo de escrita não me agrada, mas é difícil achar material sobre o tema, parabéns a moça que realizou a pesquisa.
Vicky
Vicky, nem todas as presas s~e rebelaram contra parceiros violentos.
ResponderExcluirEu disse "todas as presas", Rafael? Não. Mas não podemos ignorar essas mulheres. SÃO um grande número.
ExcluirVicky
Se não gostam de viver em presídios, por que ficam traficando entorpecentes? Se não gostam de criar filhos em presídios, por que não pedem uma laqueadura pelo sus, que é gratuita apesar de demorada?
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