Olhem só que caso incrível. Só se fala nisso desde quinta ou sexta nos EUA.
Rachel Dolezal, uma professora universitária de estudos africanos e presidente da NAACP (National Association for the Advancement of Colored People, uma prestigiada e histórica associação americana que luta pelos negros) vive na cidade de Spokane, cidade de 200 mil habitantes no estado de Washington. Ela, que tem 37 anos, há quase uma década "se passa" por negra.
Rachel fez mestrado com bolsa integral na Universidade de Howard, considerada a "Harvard negra". Apresentou um homem negro como sendo seu pai. Tinha uma coluna num jornal local sobre assuntos raciais. Deu uma entrevista afirmando que na sua infância caçava com arco e flecha (porque ela dizia também ter ascendência nativo-americana). Postava fotos em que mostrava seu cabelo "natural". E dizia que seu irmão de 21 anos, que é negro e vive com ela, era seu filho.
Foto da polícia da corda encontrada em frente à casa de Rachel |
Rachel virou a palavra da vez porque seus pais, que não falam com a filha há anos, vieram a público dizer que ela não é negra. Divulgaram fotos de Rachel jovem, em que ela era loira, com sardas. Quando Rachel era adolescente, eles adotaram quatro crianças negras. Segundo eles, foi aí que começou a fixação dela com a negritude. Rachel mais tarde se casou com um negro e teve um filho.
Após a separação, segundo os pais, é que Rachel iniciou sua "passagem" como negra.
Os pais biológicos de Rachel |
Seus outros irmãos adotivos que moram com os pais afirmam que Rachel é branca. Um deles disse: “Posso entender o estilo afro no cabelo e tudo isso. Mas dizer que seu irmão é seu filho, isso eu não entendo”.
Até agora, a NAACP tem sido muito discreta, dizendo que apoia Rachel e que ela e sua família estão em batalha legal pela custódia de um dos irmãos (o que vive com ela), e por isso compreende que Rachel não queira falar sobre isso. Além disso, reiterou que pessoas de todas as raças podem fazer parte da associação, e inclusive presidi-la.
Este é o resumo que tenho pra oferecer por enquanto, mas há "descobertas" e desdobramentos ocorrendo a toda hora. Espera-se que Rachel se pronuncie (após uma entrevista-surpresa desastrosa) hoje à noite.
Eu, que nunca enganei ninguém a respeito de coisa alguma; eu, que nunca me disse negra. Eu, que apesar de ser ativamente contra o racismo e outras opressões, não faço parte do movimento negro. Eu, que sou ameaçada cotidianamente por ter um blog feminista, mas que nunca sofri racismo.
Comentário de alguma radfem que vem trollar no blog |
E escrevi um tuíte descrevendo isso. Como não havia sido a primeira vez que eu era vista como parda, e como eu vinha tendo dificuldade para me dizer branca (sempre dizia "mais ou menos branca"), escrevi um texto falando dessas inquietações.
Idêntico ao que Rachel fez, hein?
Mas me comparar com Rachel é fichinha perto das outras comparações que vêm sendo feitas -- principalmente com Caitlyn Jenner. Faz pouco tempo, Caitlyn deixou para trás Bruce Jenner, ex-atleta olímpico americano, e se assumiu mulher. Uma das perguntas mais feitas por conta do caso de Rachel é "Por que uma mulher pode se declarar homem e ser aceita, e uma branca não pode se declarar negra?"
A atriz Mia Farrow foi uma das que perguntou no Twitter: “Aceitamos que uma pessoa pode se identificar como transgênera. 'Trans-étnica' poderia ser algo real?” O termo transracial virou uma hashtag popular no microblog nesses dias.
Uma das muitas piadas no Twitter: Orange is the new black |
Acho essas comparações de Rachel com Caitlyn bastante absurdas, porque sugerem que uma mulher trans é uma fraude. Mas há tanto para se falar sobre isso, que prometo um outro post.
Na realidade, Rachel está mais pro protagonista de Tootsie, em que um ator desempregado se passa por mulher para conseguir um papel feminino. Na "vida real", ele continua sendo homem. Mas pro público e pro elenco da novela em que participa, ele é mulher (e as confusões derivam disso nessa excelente comédia).
Na realidade, Rachel está mais pro protagonista de Tootsie, em que um ator desempregado se passa por mulher para conseguir um papel feminino. Na "vida real", ele continua sendo homem. Mas pro público e pro elenco da novela em que participa, ele é mulher (e as confusões derivam disso nessa excelente comédia).
Aliás, a história de Rachel lembra Soul Man. Não sei se alguém se recorda desse filme besta de 1986 com o C. Thomas Howell. Ele faz um rapaz branco que não tem como pagar o alto preço de estudar em Harvard, então se disfarça de negro, com peruca e blackface (e todos os estereótipos raciais – e racistas – que vem junto) para conseguir uma bolsa.
Li vários textos interessantes sobre o "caso Rachel", todos em inglês. Um artigo do Boston Globe explica o fascínio que brancos têm pela cultura negra (minha tradução): “Estudiosos e críticos culturais perceberam há muito tempo que, já que a cultura branca é vista como não-existente ou chata, os brancos consomem e adotam estilos e práticas não-brancas para construir identidades cool e exóticas. E como brancos podem 'vestir” a negritude sem a ameaça de serem assediados ou mortos sem motivo pela polícia, a emoção de performar negritude tem muito menos risco que a vida real como uma pessoa negra. Ademais, brancos podem parar a performance quando quiserem e voltar a serem racialmente sem marca”.
Um artigo no Slate diz: “Pertencer à comunidade negra é herdar uma cultura rica e importante; ser racialmente negro é enfrentar discriminação e violência”. O autor Jamelle Bouie cita um homem, filho de escravos negros, que poderia ter se passado facilmente por branco (o que não era incomum em épocas passadas). Mas Walter Francis White não quis, e escreveu em sua biografia: “Eu sou negro. Minha pele é branca, meus olhos são azuis, meu cabelo é loiro. Os traços da minha raça não estão visíveis em mim”. Ele foi líder da NAACP durante 24 anos, de 1931 a 1955. Diz Bouie:
“Ambos os fenômenos, de negros que decidiram 'passar por brancos' e de negros que poderiam passar mas se abstiveram, ilustram a realidade porosa da raça, e mais crucialmente, de como é diferente de etnia. Por um lado, 'preto' é uma confirmação de identidade. Descreve uma certa cultura e uma certa história, ligada às vidas e experiências de africanos escravizados e seus descendentes. É uma cultura fluida, com espaço para uma grande variedade de pessoas, desde brancas a negras, a pessoas de ascendência latino-americana e caribenha.
“Por outro lado, descreve a parte mais baixa na hierarquia racial americana. É uma construção, mas foi construída por características físicas, quando americanos coloniais capturaram africanos, transformaram-nos em escravos, e os fizeram 'negros'. Designa as pessoas que podiam ser escravizadas; as pessoas que tinham que viver sob a lei discriminatória de Jim Crow; as pessoas a quem podiam ser recusados empréstimos para comprar casas e a quem se podia jogar nos guetos, as pessoas que podem ser roubadas por autoridades municipais mesquinhas”.
Este artigo também é muito bom. Ele diz que “Se você parece negro, você é negro na América, independentemente das suas raízes étnicas ou de como você se identifica; definir-se como birracial não impediu Tony Robinson de entrar na longa lista de jovens negros desarmados mortos pela polícia”. E conclui: “Sem sua história fabricada, [Rachel] Dolezal teria sido apenas uma pessoa branca dedicada a causas negras".
A dúvida é: por que isso seria um problema? Eu pessoalmente não concordo que uma pessoa branca receba bolsa para estudar na conceituada Universidade de Howard (há relatos que ela ainda era branca quando estudou lá), ou que uma pessoa branca presida uma NAAPC, porque considero que isso seria roubar protagonismo, e porque essas atitudes tirariam oportunidades de negros.
Mas Howard e a NAAPC não se opõem à presença de brancos, e Rachel não seria a primeira branca. É essa dúvida que, a meu ver, patologiza a questão, e faz pensar sobre a sanidade de Rachel.
Casamento de Rachel |
Por exemplo, aqui há um artigo instigante falando do fascínio que Rachel tem por sofrimento. Ela não se passava apenas por negra, mas também por uma pessoa chicoteada, torturada, abusada. O autor fala do caso de um judeu que fez sucesso na Europa, vinte anos atrás, publicando uma memória sobre sua sobrevivência no holocausto quando criança. Só que ele não era judeu. Nem vítima do holocausto. Mas parecia acreditar que era.
Bom, este texto já está gigante, e tem um montão de coisa pra discutir. Continuo aqui.
É muita picuinha nesse mundo, uma coisa é ser identificada como negra e outra totalmente oposta é a criatura criar uma estória que sempre foi negra e mentir sobre suas origens.
ResponderExcluirInteressante ressaltar que mais de 90% dos que se dizem brancos no Brasil, em países como EUA ou Alemanha, são considerados latinos cucarachas, ou seja uma raça a parte. Brancos nestes países, somente os caucasianos mesmo, descendentes de anglo saxoes, germânicos etc.
ResponderExcluirQuanto ao caso, nos dias de hoje, de esquizofrenia coletiva, plantada pela esquerda ocidental, e normal, o vitimismo ta na moda.
Não acho que seja vitimismo atrelado á qualquer movimento. Creio que seja um caso particular de uma pessoa com sérios problemas psicológicos. Como foi dito, ela não apenas fingia ser negra, tem um componente masoquista muito forte aí. Acho que mesmo que tivéssemos uma outra história, onde não existisse opressão de etnias, ela encontraria outro jeito de se passar por oprimida.
ResponderExcluirDan
"quando americanos coloniais capturaram africanos, transformaram-nos em escravos, e os fizeram 'negros'. Designa as pessoas que podiam ser escravizadas"
ResponderExcluirMeia verdade, não foram os estadunidenses que capturaram os negros para escraviza-los, mas sim os compraram de tribos africanas, que venciam outras tribos, tornando os sobreviventes vencidos escravos.
No Brasil foi a mesma coisa, os portugueses não entravam na África capturando ninguém, mas sim negociavam com reis de tribos africanas vencedoras de guerras locais, os seus escravos vencidos.
A herança destas guerras tribais, podem ser sentidas culturalmente até hoje, basta ver o massacre dos Tutsis em Ruanda, e os extermínios étnicos ocorridos no Sudão, e ignorância esquerdista considerar todo africano como a mesma "raça negra" quando na verdade por lá, eles se dividem em vários grupos étnicos, de história complicada.
A escravidão e uma mancha na história de toda raça humana( a única que existe) brancos escravizavam brancos na europa por exemplo, desde os tempos gregos, até o império romano, que escravizavam os germânicos. Egípcios escravizavam hebreus etc.
Do que foi publicado pela seção local da NAACP da qual ela fazia parte (https://facebook.com/story.php?story_fbid=10152952782158947&id=6476528946) não há indício de ma fé na ação dela, o que pra mim desqualifica as acusações de mentirosa, enganadora, etc.
ResponderExcluirSeria um fetiche racial?
ResponderExcluirPatrick, querido, não consegui abrir a página. Por tudo que li sobre o caso, acho que houve má fé sim, pelo menos em algumas situações (principalmente se Rachel forjou ameaças). Mas parece que há um grande componente de problemas psicológicos envolvidos.
ResponderExcluirFábio do Mingau, dá um tempo, vai? Volte pra sua escolta armada.
Eu acho que se tivesse ficado só na questão transracial não teria problema.
ResponderExcluirMas o monte de mentiras e falsas denúncias de ameaças é que complica. ...
Acho que ela tem uma desordem psicológica, não é possível. Algum tipo de transtorno de personalidade.
ResponderExcluirFalando em transtorno, Lola, para além da "estética negra/fetiche" isso me lembrou "Síndrome de Münchhausen" em que um paciente finge que ta doente, até se flagela ou ingere medicamentos para simular doenças e conseguir atenção dos profissionais de saúde e atenção/carinho dos familiares.
ResponderExcluirMas ao invés de simulação de doença parece haver uma simulação de preconceito, racismo e e outras mazelas sociais, que chamariam a atenção de militantes bem intencionados.
Tudo bem ela pode ate ter alguma doença mental, mas é mau caráter tb sim.
ResponderExcluirPode ter uma doença de querer atenção a qualquer custo ou fantasiar as coisas. Mas é muita cretinice usar uma luta séria contra o racismo pra se promove, com esses fins tão egoístas.
É louca. Mas é uma louca bem escrota.
Alice
Eu não acho que ela seja um fraude, pq fica claro que ela se identifica como negra e não ta fingindo só pra conseguir algo. os unicos exageiros são fingir que o irmão é filho e as supostas ameaças. Aqui no brasil sim, que ta cheio de gente que finge ser negro só pra se beneficiar com as cotas.
ResponderExcluir"Eu acho que se tivesse ficado só na questão transracial não teria problema."
ResponderExcluirHAHAHAHAHA, vocês esquerdistas são muito engraçados!!! "transracial", que piada!!!
Louca ou não, essa mulher é uma fraude. E de boas intenções, o inferno está cheio. Dedicar sua vida a lutar contra o racismo é digno, mas chegar ao ponto de querer ser, sentir e internalizar o sofrimento que os negros passam me revolta. Foi-se o tempo do negro de 'alma branca', onde o amigo negro era tão valoroso que era visto como branco, mas a moda agora, é o amigo branco se achar tão 'igual' a ponto de querer ser negro. Sai a negação, entra a apropriação do discurso, a dicotomia das relaçoes sociais continua, e com ela a desigualdade. O tempo muda, mas o racismo vai ganhando novas maneiras de se manifestar, junto do silenciamento, especialmente de mulheres negras. Aí quando a agressividade torna-se a principal arma de defesa de quem apanha todos os dias, adivinha: erradas, todas erradas...Não concordo com o discurso agressivo de muitas, mas entendo. E na dúvida, fico do lado de quem supostamente tem uma 'postura perigosa', mas ironicamente pode ser morta pela polícia amanhã.
ResponderExcluirE nem sei até que ponto posso ficar com raiva dessa mulher, pois não tenho certeza de sua total sanidade.
É bizarro, ofensivo, confuso, e só passei ak pra deixar esse link maravilhoso: http://myblackmatters.com/to-members-of-the-black-community-who-insist-on-supporting-rachel-dolezal/Louca ou não, essa mulher é uma fraude. E de boas intenções, o inferno está cheio. Dedicar sua vida a lutar contra o racismo é digno, mas chegar ao ponto de querer ser, sentir e internalizar o sofrimento que os negros passam me revolta. Foi-se o tempo do negro de 'alma branca', onde o amigo negro era tão valoroso que era visto como branco, mas a moda agora, é o amigo branco se achar tão 'igual' a ponto de querer ser negro. Sai a negação, entra a apropriação do discurso, a dicotomia das relaçoes sociais continua, e com ela a desigualdade. O tempo muda, mas o racismo vai ganhando novas maneiras de se manifestar, junto do silenciamento, especialmente de mulheres negras. Aí quando a agressividade torna-se a principal arma de defesa de quem apanha todos os dias, adivinha: erradas, todas erradas...Não concordo com o discurso agressivo de muitas, mas entendo. E na dúvida, fico do lado de quem supostamente tem uma 'postura perigosa', mas ironicamente pode ser morta pela polícia amanhã.
E nem sei até que ponto posso ficar com raiva dessa mulher, pois não tenho certeza de sua total sanidade.
É bizarro, ofensivo, confuso, e só passei ak pra deixar esse link maravilhoso: http://myblackmatters.com/to-members-of-the-black-community-who-insist-on-supporting-rachel-dolezal/
Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Rachel apropriou-se da negritude. Partiu dela "virar negra", aliás, as atitudes da Rachel parecem até um tipo de distúrbio de identidade (quem entender do assunto, por favor, diga se tem cabimento). Lola nunca disse que era negra, jamais reivindicou essa identidade. Quem a identificou como negra foi outra feminista negra. Aquele post que ela fez, no meu entender, foi uma reflexão sobre isso.
ResponderExcluirComo a Thai-chan disse, aqui no Brasil tá cheio de gente que quer se passar por negra pra colher benefícios, que são mecanismos de equidade ao que o negro passa no dia a dia. Já que adoram meter o pau nas cotas, justificando os "milhares" de negros "ricos" que podem se beneficiar dela, falo dos falsos brancos. A pessoa passa a vida toda se identificado como branco (e é identificado como tal. Ter cabelo cacheado não te torna negro), às vezes até é racista, mas na hora das cotas tem a cara de pau de se dizer negro. Ser negro na hora da luta ninguém quer.
Falando por mim? Isso me ofendeu pra cacete. Transracial não existe, plmdds. Essa menina, além de uma fraude mentirosa é louca de pedra. Merece internamento numa belíssima cela acolchoada.
ResponderExcluirNão estou acompanhando o caso, mas sempre é bom ter cuidado porque os jornais de lá não são muito confiáveis também. Não duvido que boa parte das acusações não passe de boato.
ResponderExcluirÉ realmente muito estranha. bizarra, a atitude da Rachel, sim deve ser um transtorno mental. Tudo bem vc apoiar uma causa e se identificar com um grupo. Porém fingir que você é uma coisa que não é?
ResponderExcluirLembro-me uma vizinha minha que mudou, não vejo ela faz dois anos, e ela ao contrário da Rachel dizia não ser negra. Apesar dos pais dela afirmarem várias vezes que os bisavós dela eram descendentes de escravos,e os pais dela serem negros tb, a pele, o cabelo e tudo mais indicando que ela é negra, ela vivia dizendo que não era, o preconceito dela era tamanho, que a moça em questão além de fazer alisamento e prancha no cabelo, falava comigo que não podia andar debaixo de sol para não ficar com a pele mais negra, para não confundirem ela com a sua mãe que era feia (assim ela dizia.).
Ela tinha um namorado Lola que amava ela demais, e chegou a terminar com ele pq ele perguntou um dia pra ela pq ela não deixava o cabelo com tranças afro, ela ficou muito nervosa e depois me contou q nunca havia sido tão ofendida na vida..Ela era totalmente contra as cotas nas faculdades e dizia pra mim que achava uma vergonha aquilo.
Um dia falei com ela que ela me ofendia com esses comentários, afinal, eu tb sou negra, minha mãe é negra, meus avós tb. Discutimos feio. Nunca mais ela olhou na minha cara até se mudar.
Pessoas querendo ser o que não são, escondendo o que são, coisa mais bizarra.
Tamara
Se ela quer se identificar como negra deixa ela tem tantos orientais querendo se ocidentalizar
ResponderExcluirThai-chan, permita-me discordar. Pra estudar em Harvard, eu diria que sou vogon, se preciso fosse.
ResponderExcluirRepostando o link e a minha conclusão sobre o caso: se a seção local da NAACP - onde ela vive seu ativismo e este é acompanhado de perto pelo movimento negro - lhe dá apoio ("The NAACP Alaska-Oregon-Washington State Conference stands behind Ms. Dolezal’s advocacy record") quem sou eu para discordar?
ResponderExcluirNinguém, porque tu eh branco.
ExcluirLola não sabe mais o que faz pra sujar o nome do feminismo radical. Ela não só acha como quer provar que o único feminismo que presta é só o dela! E feministas radicais nem feministas são, não é? Só pq alguém vem bancar a engraçadinha no seu blog, então já é feminista radical, Lola? Ela pode ser feminista liberal se passando por radical, o que mais tem é feminista liberal querendo sujar nossa imagem e nos deslegitimar, taí o seu post que não me deixa mentir. Muito feio, sororidade zero vc fazer um print de algo que poderia ser escrito por qualquer uma e generalizar como se toda a vertente fosse um bando de trolls. Quantas vezes eu vou ter que falar que feminismo não é autoidentidade? feminismo é postura! Principalmente o radical!
ResponderExcluirvai se foder radfem
ExcluirTamara, o caso da sua vizinha tem algumas diferenças com o da Rachel, creio eu.
ResponderExcluirNo caso dos negros, e ainda mais aqui no Brasil, com o colorismo, é comum que tudo o que as pessoas possam fazer para negar a identidade negra, elas vão fazer. Chapinha, escova, clareamento de pele, plástica etc. O quão mais perto da pessoa parecer negra, menos "tolerada" (tolerada entre aspas mesmo, pois um indivíduo mestiço jamais terá a mesma aceitação social que um branco) ela é. Mesma coisa com alguns orientais com a ocidentalização da aparência.
Em geral, essas atitudes refletem o racismo que a pessoa tem de si mesma e com o racismo que a sociedade mostra a ela. Pode ser um caso de transtorno mental? Pode. Mas em geral, o que vejo em casos como o de sua vizinha, é uma tentativa de se "normalizar". Triste, mas compreensível. Quando vc cresce vendo e aprendendo que só são bonitas e bem sucedidas as pessoas brancas, dos cabelos loiros e lisos e que as negras são preteridas, é óbvio que um dos caminhos é modificar sua aparência. Tem uma personagem interpretada pela Luiza Brunet, na novela A Próxima Vítima, se não me engano, que negava a todo custo sua negritude. Dizia que era descendentes de índios.
Em relação a Rachel, conforme alguém já disse, ela assumiria a identidade de alguém negro, pois ora, eles ainda são marginalizados no contexto em que ela vive. Se marginalizados fossem humanos com cristas de Klingons, ela assumiria este papel. O caso da Rachel parece ser muito mais de um transtorno de ordem psicológica do que simples má-fé.
A sua postura é a pior possível, Radscum. Vc é das radtrolls a que mais se aproxima de ter uma assinatura. Não é o seu nome, lógico, mas pelo menos vc assina. Assim qualquer uma que lê os comentários acompanha as besteiras que vc fala. Vc é fiscalizadora de feministas e cassadora de carteirinhas. Lição de moral vindo de vc e de outras amiguinhas da sua espécie é piada. Vcs não têm como falar em sororidade.
ResponderExcluirE ninguém precisa "sujar" o feminismo radical. Vcs se sujam sozinhas ao serem tão preconceituosas e segregacionistas.
Sim Mila é um caso diferente em alguns aspectos, mas em outros é igual sim, eu achei seu comentário ótimo e muito bem escrito, porém continuo acreditando que em ambos os casos são pessoas negando quem elas realmente são, fingindo, escondendo..
ResponderExcluirAcho muito boa a pretensão de uma pessoa em assumir uma causa, se identificar com um grupo, e ajudar na luta, porém, fingir ser o que não é, ai pega pesado.
No caso da minha vizinha, ela chegava a ofender a mãe dela, os avós, e várias outras pessoas assim como eu mesma, pois além de dizer não ser negra ela ainda ofendia toda a nossa cultura, xingando mesmo.
Penso q ela tb tinha algum transtorno mental mas na época eu era nova e não soube enxergar.
Tamara
Essa história de que apenas anglo-saxões e germânicos são considerados brancos fora do Brasil é lenda. O próprio idiota do Hitler classificava os povos mediterrâneos como brancos. Brancos de uma categoria II mas ainda brancos.
ResponderExcluirSim, Tamara. E nesse sentido eu concordo inteiramente com vc. Não só nos aspectos de raça/etnia, mas em outras inúmeras que cobram de nós. Adultos criticam tanto os adolescentes que fazem tudo para se "entrar na turminha", sendo que este é um comportamento que ultrapassa essa idade.
ResponderExcluirCom esse papo, me surgiu uma dúvida. Seria preconceito nosso achar estranho essa atitude da Rachel, já que ser "negro é ruim"? (Digo, passar por preconceito. Ninguém em sã consciência ama ser discriminado)
Ah, me diga pq minha atitude é a pior possível? Eu não caço carteirinha de ninguém, perto de outras feministas radicais sou até tranquila nesse aspecto. Eu não tirei carteirinha nem da menina que falou que gostava de BDSM, mas a gente fala pau e vocês entendem pedra. Não somos preconceituosas, Lola. Eu pelo menos não sou. Negros não aceitam blackfaces, mas ninguém me perguntou se eu gosto do meu sexo sendo parodiado por aí. Quanto a sororidade, não são todas as feministas radicais que defendem e acreditam nisso. Ti-Grace Atkinson teria dito: "Sisterhood is powerful: it kills sisters!"
ResponderExcluirE vc colocando no twitter prints de que você nem sabe se vem mesmo de feministas radicais pra um monte de esquerdomacho pós-moderno dar RT e caçoar só me faz duvidar ainda mais da existência da sororidade. EM QUALQUER VERTENTE!
E antes de você dizer que a minha vertente é segregacionista e preconceituosa pq assim como os negros que não aceitam brancos como negros nós não aceitamos machos como fêmeas, dê uma olhada no facebook quem é que faz parte dessa mesma vertente. Susan Brownmiller! "Transfóbica" do jeito que eu gosto! : https://www.facebook.com/susan.brownmiller.7/posts/10207506007467238
Viu ela falando que a Janice Raymond foi perseguida por transsexuais na década de 70? Repara na conversa dela com amigos. Viu o comentário de uma lésbica (e idosa) falando que por ela, ela tiraria o T e até o B da sigla LGBT? Virou minha ídola! Vai falar que Susan é lésbica também, mesmo ela sendo heterossexual? Já vi você insinuando que feminista radical é lésbica só pq critica penetração. Eu sou heterossexual e critico, não tenho um pingo de chauvinismo heterossexual ao contrário de 99,9% de vocês feministas liberais e grande parte das radicais, embora você pense que não!
lola vc é contra a marcha das vadias?
ResponderExcluirli um texto problematizando a marcha e concordei.
"Susan Brownmiller: Janice Raymond was treated brutally by the trans-activists of her day. Today's trans activists are trying to bully everyone on twitter they suspect is a "rad-fem," which everyone who questions their definition of femininity."
ResponderExcluir"Por que uma mulher pode se declarar homem e ser aceita, e uma branca não pode se declarar negra?"
ResponderExcluirOlha, tá aí uma ótima pergunta - sem zoeira.
Qual o limite do determinismo físico/biológico e da identificação? Lembrando que da mesma forma que várias comentaristas aqui estão falando que a Rachel tem problemas mentais e coisas afins, existe o "transtorno de identidade de gênero".
De qualquer forma, entendo a revolta dos negros porque eu tbm me revoltaria com uma pessoa hetero sendo porta-voz LGBT.
Eu não tenho nada contra radfems, eu entendo porque elas não quererem trans no movimento
ResponderExcluirmas também entendo o porque de algumas feministas as permitirem.
Eu não acho mal ate como disse acima acabei de ler um texto problematizando a marcha das vadias, mas tem gente que a apoia também.
"Por que uma mulher pode se declarar homem e ser aceita, e uma branca não pode se declarar negra?"
ResponderExcluireu acho que é porque elas não fazem cirurgia como os boys, mas já vi uma japa que era negra tipo ela posava de nigga sabe se pintava e tudo mais.
Um homem e uma mulher podem ignorar o seu corpo, seu órgão sexual e dizer que é de outro sexo, mas uma pessoa branca n pode ignorar a sua pele e dizer que é negra, pq isso é fingimento e negar quem se é? Qual é a lógica nisso??? Se é tudo da mente, qualquer um pode dizer que é qualquer coisa e vai estar certo.
ResponderExcluirSó eu que acho isso loucura? Daqui a pouco vai ter gente alegando que é um animal, o south park satirizou isso, o garoto judeu fazendo plástica pq se identificava como negro e o pai dele fazendo plástica para virar um golfinho, que ele sempre quis ser.
kkkkkkkkkkkk
outra dúvida se o homem é mais forte que a mulher o BDSM não estaria errado?
ResponderExcluirsendo a mulher sub e o homem domi
Mas isso aí é identificação de gênero, a pessoa já tem comportamento do outro sexo,e não se vê como homem ou mulher.
ResponderExcluirnão existe comportamento de negro, ou de branco.
por isso que trans deve ser identificado como trans,
ResponderExcluiro neymar já disse que era branco, daqui a pouco vai virar bagunça.
Anon 15:49
ResponderExcluirMinha vertente é abolicionista (de gênero e de prostituição), problematizamos sexo, somos anti-pornografia e anti-bdsm, sim. Mas a menina em questão não é feminista radical e acho que é domi sim (menos mal), mas gostei das coisas que ela falou contra prostituição e pornografia mesmo não sendo feminista radical e gostando de bdsm. Pelo menos não é hipócrita como 99% das feministas liberais não-abolicionistas que parecem achar que prostituição é emprego dos sonhos de toda mulher. Lola é um típico exemplo dessa hipocrisia. Uma vez vi uma entrevista com ela onde ela dizia ser contra a prostituição, mas a favor da regulamentação (!) hahahahaha, hipocrisia do caralho, só pq misóginos amiguinhos dela como Jean Wyllys dessa esquerda pós-moderna influenciada pelo neoliberalismo quer regulamentar a prostituição. Essa gente não leu o que Marx pensava a respeito da prostituição, nem esquerdistas são. Não existe esquerda radical no brasil, aqui é tudo dividido entre liberal/conservador. Lola é do tipo "vale tudo pra não ter semelhança com reaça, até apoiar prostituição, pedofilia, assassinato, tráfico, estupro."
Mila, assim como vc disse uma pessoa negra, por conta do preconceito que sofre, e de todo um padrão de beleza criado por uma sociedade completamente louca, acaba por vezes querendo modificar a sua realidade, alisando o cabelo, pranchando, modificando seu modo de ser, simplesmente pq a sociedade impõe, e por isso não achamos nada estranho uma pessoa negra de cabelo crespo (como eu) relaxar o cabelo (sim eu já fiz muito isso), por ser um padrão, e simplesmente para ser aceita..O que é normal e acontece com frequência, mas o que dizer de alguém que nada contra a corrente? Um branco que quer ser negro? Mesmo com todo o preconceito, e com toda a luta para atingir qqr ideal, mesmo sabendo que tem-se em nossa sociedade todo um estigma contra a cultura negra? Pq essa mulher branca dos cabelos lisos e louros quis ser negra, eis a questão?
ResponderExcluirNossa Lola cada vez mais interessada pelo assunto, vc podia estender esse post, tenho tantos comentários a fazer e a discussão é sempre interessante pois nos faz aprender cada vez mais pena que o tempo é escasso todo tempo que dá dou uma espiada nos comentários.
Tamara
Nossa, eu não consigo condenar a moça dessa forma, não. Qual é o mal de se identificar com a cultura, entender e lutar pelos direitos dos negros e contra o racismo? E qual o mal em querer usar a pele morena, cabelos cacheados? Não somos livres para fazermos escolhas sobre a nossa aparência? Olha, se exite uma disputa judicial pela guarda do irmão/filho tenho certeza que os pais biológicos estão expondo-na para ganhar a guarda.
ResponderExcluirQuanto ao fato de ter apresentado um homem negro como seu pai, não ficou claro o contexto (eu mesma considero o ex-marido da minha mãe como meu pai).
Se ela se enxerga negra, desculpa, mas não sou eu que vou dizer que não é.
Fabi
Olha, eu acho isso complicado.
ResponderExcluirTipo,o raciocinio "ah mas se existe transgenereidade tb pode existir transracialidade" pode ate parecer fazer algum sentido a primeira vista, mas e uma falacia. Pessoas transgeneras sempre existiram, em todas as epocas. "Transraciais" nunca existiram...
E essa Rachel Dolezal parece de fato ter algo mal resolvido da imfancia com a adocao das criancas negras pelos pais....
Michael Jackson lhe mandou lembranças, ele e tantos outros negros que viraram brancos, ah desculpa, mas nunca existiram transraciais né, malz.
ExcluirE diferente. Essas pessoas nao sao "transraciais", sao negros que nao querem mais sofrer racismo.
ExcluirQuando questionaram a Lola por ficar feliz por ter sido vista como negra, com o argumento de que ninguém quer ser negrx e sofrer opressão, fiquei pensando que isso é bem parecido com a transfobia. Tipo, você é biologicamente homem e quer ser mulher num mundo machista, isso é ofensivo, etc.
ResponderExcluirEm tempo, não concordo com nenhuma dessas duas proposições. Acho normal querer ser negrx assim como estar em desacordo com o sexo biológico.
Uma das crianças da minha família não quer ser branca, porque a mãe e a irmã são visivelmente miscigenadas. E ela não tem idade pra compreender privilégios, e quer ser "pretinha", nas palavras dela.
"Acho normal querer ser negrx assim como estar em desacordo com o sexo biológico."
ResponderExcluirOk! E se um negro quiser ser branco, tá valendo?
Michel Jackson
ExcluirNão reconheço comportamento de gênero a não ser o da construção social, nesse caso, um homem que se "identifica" como mulher, nada mais é do que um homem que gosta de moda, maquiagem, certos tipos de filme e música etc, conceitos considerados femininos , ou seja, é a prova de que não existe coisa de homem e coisa de mulher, uma vez que um nascido homem tem afeição por essas coisas. No caso, um homem que se "reconhece" como mulher nada mais é do que um homem que gosta de determinados tipos de coisas que fogem à ideia social do que um homem deve gostar. Continua sendo um homem, pois a única diferença entre homens e mulheres é o aparelho reprodutor. Igualmente no que diz respeito à negros e brancos, uma pessoa que nasce negra é negra, pois o que torna uma pessoa negra é a maior quantidade de melanina na pele, o resto, reitero, é construção social, é o que a luta contra o racismo se esforça pra destruir pois resulta na morte da população negro. Ela nasceu sem esse adicional de melanina, ela é branca, fim.
ResponderExcluirE mais , porque tem tanta feminista que fica irada quando vê homem tentando se meter no feminismo, mas acha ok que uma branca possa fazer todo esse rolê pra representar os negros, grupo a qual não pertence? Isso me soa muito contraditório (e me faz pensar que as mulheres que defendem isso são brancas).
SL
"Pessoas transgeneras sempre existiram, em todas as epocas."
ResponderExcluirSério?? cita um exemplo da Grécia antiga pra gente!
Da Grecia Antiga nao me ocorre, mas na Russia czarista existiam homens trans. Assim como no sec. XIX nos EUA, no Brasil do inicio do sec XX (Madame Sata podia ser vista como mulher trans). So que essas pessoas nao eram legitimadas como trans, apenas como.homossexuais. mais tarde se compreendeu a diferenca
ExcluirNa Galleria dei Ufizzi em Florença, no Louvre e no Museu Vaticano há cópias de uma escultura de um hermafrodita dormindo, cujo original era um bronze de aproximadamente 155 AC. Trata-se de uma pessoa com penis e, de resto, aparência e penteado femininos.
Excluir"Qual é o mal de se identificar com a cultura, entender e lutar pelos direitos dos negros e contra o racismo?"
ResponderExcluirSe o negro quiser se identificar como branco, também vai valer??
É só nesse blog que a gente vê que as ciências humanas estão chegando à esquizofrenia...
Michael Jackson, Neymar, por aí vai...
ExcluirCOncordo plenamente com a Tati.
ResponderExcluirÉ por isso que as ciências humanas cada vez mais perdem a credibilidade.
Lola, sem mentir, quando vi essa materia lembrei de vc, mas é claro que são coisas completamente diferentes. Problema é que você tem muitos perseguidores, até dentro do feminismo, e quando alguém tem picuinha, começa a falar besteira ao menor pretexto.
ResponderExcluirNão acredito que não teve pelo menos um pouco de má-fé nas atitudes dela, nem que ela tenha algum desvio psicológico. Afinal, ela estava consciente do que fazia quando armou as situações pra manter o disfarce, se distanciando dos pais intencionalmente, fingindo ser mãe do irmão. Li em um dos artigos que o irmão dela disse que ela tinha alertado a ele: "don't blow my cover". Vi em uma entrevista em que ela diz que ela não dá "two shits" pro que estão falando contra ela. Isso sem contar em prints de tuítes no nome dela, onde ela mesma se compara à Caitlyn Jenner e ao Michael Jackson. Apesar de que, até onde a gente sabe, essas coisas podem ser forjadas, mas eu não duvido que tenha sido ela mesma. Então eu não sei, com essas coisas fica difícil de acreditar que não tenha sido má fé.
Eu não sou negra, mas fiquei chocada com o caso. Além de afetar negativamente a comunidade negra, ela caga o termo "transracial" que tem significado totalmente diferente do que ela tá tentando dar e ainda por cima arrasta junto as pessoas transsexuais que, não basta já serem largamente invalidados pela sociedade, agora vão ter que ficar aturando essas comparações absurdas.
" mas na Russia czarista existiam homens trans."
ResponderExcluirSério? Qual a fonte da sua afirmação?
Também relevante: http://hotair.com/archives/2015/06/15/rachel-dolezal-resigns-as-president-of-spokane-naacp/
ResponderExcluirLolinha querida,
ResponderExcluirVc que é professora de Universidade e é uma pessoa culta, poderia postar suas observações acerca do assunto da aposentadoria da mulher ser aos 55 anos de idade + 30 anos de contribuição, e para o homem ser 60 anos de idade + 35 anos de contribuição, levando-se em conta que a expectativa de vida das mulheres brasileiras é 7,3 anos maior que a dos homens, segundo os dados das Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil.
Sou casada e ambos trabalhamos, mas acho injusto que meu esposo tenha que trabalhar 5 anos a mais que eu, que já vou estar aposentada e vou ter que esperar mais 5 anos pra ele se aposentar, para que nós possamos curtir a aposentadoria juntos.
E o pior é saber que, se nossa vida seguir a tendência Brasileira, ele descansará (irá desencarnar) primeiro que eu, a vai me esperar por longos 7 anos lá do outro lado.
Esse é um assunto muito importante e não vejo nem um comentário seu sequer acerca disso.
Obrigado,
Vânia
Em um mundo ideal homens e mulheres deviam se aposentar com o mesmo tempo de contribuição. Na nossa sociedade, em que boa parte das mulheres têm dupla jornada e ganham menos que os homens em uma mesma função, acho justo nos aposentar nos mais cedo.
ExcluirEm um mundo ideal homens e mulheres deviam se aposentar com o mesmo tempo de contribuição. Na nossa sociedade, em que boa parte das mulheres têm dupla jornada e ganham menos que os homens em uma mesma função, acho justo nos aposentar nos mais cedo.
ExcluirPronto eu me identifico como um gnomo hermafrodita, então pode? Se ela mentiu sobre não ser negra para presidir a NAACP foi porque tinha vantagens pecuniárias.
ResponderExcluirAssim como a Vânia, também gostaria de ver uma postagem da Lola sobre diferença de idades em relação ao sexo na aposentadoria.
ResponderExcluirNão consigo ver nexo nisso, sinceramente. Por que homens têm que contribuir 5 anos a mais? Qual o posicionamento do feminismo acerca desse assunto?
Beijos, Lola!
Lola,
ResponderExcluirReforço o coro das colegas acima sobre a questão da aposentadoria diferente para mulher/homem. Afinal, isso também não é uma afronta ao movimento feminista, que exige um tratamento igualitário e sem discriminação para ambos sexos?
Porque o movimento feminista não aborda essa questão junto aos nossos Congressistas, exigindo igualdade de tratamento e exigindo mudança na lei pra já, aproveitando que estão discutindo o fator previdenciário e vão mexer na Constituição, nesses pontos?
Raven, se você ficou ofendida e diz que não existe transracial porque não se ofede com as mulheres trans?? Ou se ofende?
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirConcordo com algumas pessoas que falaram que ela estava de má-fé e que a transexualidade não tem nada a ver com raça. Aliás, não existe raça, somos todos da raça humana e pronto. Porém, o preconceito sofrido pela pessoa negra, somente ela que irá sentir. No caso, ela não teve uma infância negra e nem uma adolescência negra. Ela não passou a parte mais difícil da vida, quando o ser humano ainda está em formação, sendo negra e sofrendo preconceito por isso. Então, acho condenável a atitude dela. Se ela fosse uma ativista, simpatizante com a causa, mas assumisse que era branca, eu não veria problema, mas, se transformar e fazer relatos de coisas que não passou, pra mim é fraude. Estelionato puro. Vi alguns dizendo que, no caso de o negro sofrer mais do que o branco, ela não estaria tendo benefício. Isso é completamente o contrário do que mostram as reportagens: ela estudou em Harvard na cota dos negros (não se sabe se fosse como branca, ela teria conseguido a sua vaga) e ainda lidera o movimento negro, fazendo disso a sua profissão. Sou contra todo o tipo de farsa e mentira. As pessoas podem querer ser outra da que ela nasceu, sem problemas, mas assuma isso.
Mas ela deve ter passado por algumas coisas tendo 4 irmãos negros, ou não?
ExcluirHahahah! Que historinha very louca, minha gente!
ResponderExcluirAssim, não vou afirmar nada pq não conheço a moça e tal.
Não acho legítimo uma pessoa branca ser presidente de uma associação que representa negros. Não faz nenhum sentido. Ela sabe como é, casou-se com um negro, teve irmãos negros, mas entender não é sentir. Mas se a associação dela permite, não há oq dizer.
Esse lance de substituir a família, dizer que o irmão é filho é meio tenso, acho que com tda essa exposição agora ela tenha algum suporte para ser menos freak, hahaha, não dá pra saber ainda o quanto de má fé há nessa história. Pior que o Lance Armstrong, será?
Tirando tudo isso, pra mim tá ok.
Não gosto de justificar td oq um indivíduo faz através da perspectiva "do movimento", seja feminista (seja la oq for isso), ou black (oq que tenho mais contato).
Vi uns comentários falando de "macho". Olho pro meu marido, que trata as mulheres com a dignidade que ele acha que um ser humano merece, é chamado de otário pelos q acham q ser assim é ser idiota e não vejo um inimigo. Vejo um parceiro, um amigo, uma pessoa honrada. Feministas tb me chamam de otária pelo jeito como o trato. Que porra é essa de separar o mundo em macho e macho vestido de mulher? Se homem não pode ser feminista, como conseguiremos condições iguais? Minha vizinha chora quando diz que "na china eu seria considerada um homem".
Vejo minha amiga trans, mais viada que a sandy, q toda vez tem receio de entrar no banheiro feminino e nao entendo pq ela tem que passar por isso Mas entendo q meu amigo trans tenha medo de ir no masculino, mas vai, pq anda armado.
Uma pessoa negra querer ser branca já de cara nos remete a uma longa história, mas uma pessoa branca ser negra? Td mundo pensa "tá maluca?! Vc já tirou a sorte grande!" realmente. Mas pq não pode?
As pessoas. Os movimentos são feitos de pessoas.
Prefiro julgar em linhas gerais, se a pessoa quer ser filhote de Gaganás que seja, ué! A Lola semana passada era preta. Nessa semana já é transex, e daí? Hahahahah
Ela é honesta? Ajuda velhinha a atravessar a rua? Faz campanha do agasalho no prédio? Combate o preconceito? Ajuda os irmãozinhos sempre que pode? Oq importa se nasceu homem, mulher, preto, branco, italiano, se já foi um pouco de tudo? Não acredito em limitar o mundo que cada pessoa é, pq não vejo função boa nisso.
Independente de td isso, existe a conduta de cidadão e isso sim é problema de todos.
Muito provavelmente (ler o blog ta me indicando isso), eu não problematize suficientemente as questões, mas meu pragmatismo não deixa. Eu quero viver bem com meus irmãos mais doq quero normatizá-los.
No mundo ideal não haveria divisão de raça ou sexo! Só seres humanos livres!
ResponderExcluirConcordo com o anom 17:08
ResponderExcluirAs vezes acho que a Lola cria personagens ficticias de Radfemen atacando ela, apenas para os homens verem e se simpatizarem com a mesma. Ultimamente a Lola anda com a moral muito baixa entre o público não-feminista, e a forma que ela encontrou para reverter isso é arrumando encrenca com as radfem. Enfim, essas radfem que postam aqui é a própria Lola disfarçada.
ResponderExcluirTomem cuidado, meninas.
Anônimo 19:40,
ResponderExcluirEntão todos os "perfis radicais" que rebosteiam transfobia internet afora são da Lola? Impressionante! A Lola deve ser tipo uma deusa onipresente, pra conseguir estar em toda a internet ao mesmo tempo.
Aff... Agora as transfóbicas estão distorcendo os fatos sobre Rachel Dolezal pra tentar legitimar transfobia... Desonestidade intelectual não tem limites.
ResponderExcluirÉ triste ver esse tipo de militância de "meu pirão primeiro"... A incapacidade de sentir empatia pelos outros. É como dizer "eu não luto pelo feminismo porque eu acho justo e certo, mas porque me convém; se eu fosse homem eu seria machista, pois não ligo em defender IDEAIS, eu defendo meus INTERESSES. Sou incapaz de respeitar qualquer um que não seja meu espelho, ou seja, quero mais é que transexuais, gays, judeus e negros se fodam".
Feministas radicais piram se um homem disser o que elas devem vestir... Mas se sentem no direito de zoar as transexuais, chamando as moças de "caricatura ofensiva de mulher" e dizer que elas não tem o direito de ser o que são e se vestir como se vestem. Ta "serto"! Troféu hipocrisia pra vcs!
Denise Marinho
ResponderExcluir"Olho pro meu marido, que trata as mulheres com a dignidade que ele acha que um ser humano merece, é chamado de otário pelos q acham q ser assim é ser idiota e não vejo um inimigo. Vejo um parceiro, um amigo, uma pessoa honrada. Feministas tb me chamam de otária pelo jeito como o trato. Que porra é essa de separar o mundo em macho e macho vestido de mulher?"
Eu também penso a mesma coisa. Leio uma pérolas por aí dizendo "o macho branco é o inimigo", "toda penetração é um estupro", "todo homem é um estuprador em potencial", "todo homem é machista, opressor e abusivo"... Daí olho pro meu marido (que sempre me apóia em tudo), pro meu pai (que foi a primeira pessoa a me dizer que eu não valho menos por ser mulher) e para os meus amigos (que me tratam como igual) e não vejo esse "predador" todo. Existe violência de gênero e macho opressor? Claro que existe, mas fazer disso uma regra é uma bela porcaria. Daqui a pouco pra ser "considerada feminista de verdade" vou ter que inventar que meu pai me bate, meu marido me espanca e meus amigos me estupram.
O mundo perfeito de omis gentis da Rê Bordosa, onde todos são galãzinhos reais de novela das nove, não corresponde a realidade, a realidade da mulher no dia a dia, e ter que lidar com centenas de predadores ao seu redor, nos violando com olhares, comentários, e assedio nojentos.
ResponderExcluirRê fake Bordosa, seu iuzomismo bate no meu emponderamento, e volta rolando, bjos fofis.
Vai ver se eu tô na esquina, Radscum. Vou começar a deletar seus comentários. Vc é apenas uma troll como outro qualquer. Qual é a diferença entre vc e um mascutroll espalhando mentiras? Olha o que vc escreveu:
ResponderExcluir" Lola é do tipo 'vale tudo pra não ter semelhança com reaça, até apoiar prostituição, pedofilia, assassinato, tráfico, estupro'."
Agora me diga onde que apoio pedofilia, assassinato, tráfico e estupro. A minha posição sobre prostituição não é nada hipócrita, nem incomum. Eu gostaria de viver num mundo sem prostituição, mas enquanto existir, quero que prostitutas tenham os mesmos direitos que qualquer outra profissional.
Vc é ridícula, filha. Vê se cresce.
Anon das 22:05, as experiências da moça com os homens é diferente da sua e a opinião dela também. No seu empoderamento não há respeito pelas pessoas que pensam diferente de vc?
ResponderExcluirLola quando você chama uma feminista radical, de "Radscum" você eta se referindo de forma pejorativa a Valerie Solanas certo ? Pois bem, você conhece a história da Solanas? sabe pelo que ela passou com o próprio pai? Acha certo desmerecer uma feminista histórica assim, e acha certo desmerecer uma feminista em seu blog, sem saber o que ela passou nas mãos de opressores nojentos ?
ResponderExcluirAna Clara
Ha ha, fazia tempo que ninguém dizia que eu escrevo comentários de um monte de gente aqui. Sinto saudades dessas acusações lunáticas. Sabe, tem bastante feminista radical pela internet. Eu sou todas elas? Ou só as radtrolls que escrevem aqui?
ResponderExcluirAna Clara, eu jamais chamaria alguém de scum. Acho super agressivo, horrível. Só chamo a Radscum de Radscum porque esse é o nome que ela se deu. Veja como ela assina os comentários.
Parece que as pessoas gostam de ver doença aonde não existe. Basta aparecer algo fora do comum e já inventam um monte de classificação derogatória.
ResponderExcluirEnquanto verdadeiros doentes se passam como normais, doentes que acreditam em coisas mirabolantes e ativamente destroem a vida de terceiros em nome de suas crenças.
Aeee Rê. É nóis no fake! Hahahaha
ResponderExcluirMadame Raven, c'est moi!
ResponderExcluirRaven, nós não existimos de fato, somos apenas facetas da personalidade da Lola. Na verdade, na internet inteira só existem duas pessoas: o anônimo que comentou e a Lola (porque a Lola criou todos os perfis virtuais pra conversarem entre si).
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Rê Bordosa, pode apostar como tem gente que acha que o anônimo que comentou também sou eu! Todo mundo no mundo sou eu! Eu não sei como não fico egocêntrica com essas acusações malucas... Faz um tempinho diziam que o maridão não existia. Aí viam fotos e diziam: é tudo photoshop! Agora se convenceram que ele é real. Mas todos os comentários aqui no meu blog sou eu mesma falando comigo. Espero que vcs não se sintam muito mal por não existirem.
ResponderExcluirAnônimo das 22:05,
ResponderExcluirEu narrei a MINHA realidade. Eu não disse que não existem homenens machistas e abusivos, disse apenas que nem todo homem é machista e abusivo.
Não entendo esse apego que as pessoas tem ao maniqueísmo "ou todo homem é machista ou nem um é", isso só demonstra uma falta de capacidade de analisar fatos para além do estereótipo, visão estreita, hipocrisia e imaturidade.
Nossa, Lola, você é tipo uma deusa panteísta... Você é a vida, o universo e tudo mais. :D
ResponderExcluiranônimo das 17h07, tá valendo, sim. Inclusive deve ter de monte, visto o tanto de opressão que sofrem.
ResponderExcluirNão regulo o desejo de ninguém ser isso ou aquilo. Só não tenho como satisfazer esses desejos.
Rê, isso é o que o maridão deveria dizer pra mim todo dia, mas tem vezes que ele esquece...
ResponderExcluir:D
ResponderExcluirEu também sou fake da Lola! (E da Raven! - Oi, Raven, saudades).
ResponderExcluirInteressante porque alguns comentários tornam as opiniões de quem os posta "verdade absoluta" automaticamente. Isso nos faz cair em alguns dos pontos levantados naquele texto que a Lola publicou em duas partes na semana passada e que muita gente achou "hermético" e "rebuscado".
Só que aquele texto chama a atenção também para isso, para esse radicalismo absoluto que impede a discussão e a possibilidade de questionamento. É o velho "se não concorda comigo é meu inimigo". Acusam a Lola de fazer isso, mas também o fazem e isso sim me parece loucura.
Nos últimos tempos me abstive de comentar em vários posts porque o nível de intolerância dos comentários estava (está) absurdo.
Como diz a Rê Bordosa (um dos personagens do Angeli de que eu mais gosto - gostei da sua escolha!), nem todo homem é machista e abusivo, mas parece que esse fato é solenemente ignorado porque o argumento simplista e generalizante é mais cômodo. O "é assim e acabou porque eu disse" elimina a necessidade de argumentação (sqn).
Concordo com algumas posições que algumas militantes rad colocaram em alguns posts, inclusive que há sim discussões que não interseccionam com questões trans, mas nem por isso dá para entender a necessidade de fazer "trans-slut-shaming". A co-existência não é só necessária - é inevitável! A não ser que todas as rad que não querem ver homens, trans e "feministas liberais" nem pintadas de ouro se recolham a uma "Themyscira escondida dos olhos do patriarcado" e vivam como amazonas, a convivência com todos os tipos humanos da sociedade é incontornável.
Então, o que é melhor? Lutar para que essa sociedade se torne um lugar seguro para todas as pessoas, independente de gênero, cor, orientação sexual etc. ou alimentarmos uma guerra insana em que não é possível haver "vencedores" porque todos estão certos e todos estão errados ao mesmo tempo?
Oi, Flávio!
ResponderExcluirLegal encontrar alguém que entenda a minha referência a personagem do Angeli. É um apelido que ganhei ainda na adolescência por algumas semelhanças, rsrs.
Além daqueles dois textos excelentes, tem um outro aqui no blog que gostei muito e diz coisas bem lúcidas sobre radicalismo "depoimento de uma ex-testemunha de Jeová".
"A maior parte do tempo das pessoas é gasta com a manutenção da religião e captação de novos membros. Além disso você é encorajado a não investir na sua vida material (trabalho, estudo) e sim na vida espiritual, não ler revistas, livros e outras publicações "seculares" (do mundo), se relacionar apenas com outros "irmãos" e jamais namorar uma pessoa de fora da organização -- que eles acreditam ser a única a adorar o deus verdadeiro e a única que será salva."
"desassociado (assim que chamam aqueles que eles expulsam lá de dentro, e ninguém mais pode falar com a pessoa, pra não contaminar)".
Qualquer semelhança com outros movimentos "radicais" não é mera coincidência. E o problema é justamente esse: falta de espaço para diálogo entre membros e com os de fora. A discordância deixa de ser algo positivo, ferramenta para o diálogo e passa a ser "ameaça" e motivo de exclusão.
Deixa de haver produção de novas idéias. O conhecimento da lugar ao dogma. E dogma não faz revolução, não provoca mudança, pelo contrário, o dogma paralisa.
Ô Lola, vai começar a deletar meus comentários?
ResponderExcluirPensei que você fosse menos autoritária. Aproveita pra deletar também todos os comentários de ódio que os mascus deixam aqui.
Quer dizer, se você não concorda com a hipocrisia dela e pede pra ela parar de falar mal do radfem printando comentários que ela nem sabe se são mesmo de radfems pra colocar em posts e no twitter, ela já acha que você está trollando, tá perseguindo. Acho que terapia pode ajudar tua mania de perseguição. Do jeito que as coisas vão indo, daqui uns dias vira esquizofrenia. Pode apagar, Lola! Mas saiba que você tem todos os defeitos que você nos acusa de ter: você está sendo autoritária, difamatória e acha que ninguém na internet é feminista séria a não ser você mesma. Uma dose de autocrítica pro teu ego!
Ah e como falei ali em cima: a gente fala pau e vocês entendem pedra. Embora prostituição seja estupro e tenha pedofilia adoidada nesse meio, o que quis dizer é que você adora dizer que somos transfóbicas, preconceituosas e temos opiniões parecidas com as dos reaças, então falei pra você tomar cuidado com o tipo de coisa que você defende só pra não ter semelhança com eles, afinal de contas eles também não apoiam essas coisas aí, então por isso você vai apoiar tbem?! A sua posição sobre a prostituição é hipócrita e é por isso que não é incomum. Você devia saber que a regulamentação da prostituição não deu certo em nenhum lugar e que só favorece os cafetões, os prostíbulos e os clientes. Te desafio a achar qualquer ícone feminista que seja a favor da regulamentação.
Mas isso não vem ao caso aqui, é assunto pra um outro post. Direito seu querer a regulamentação da prostituição, mas então não se diga marxista, não fale mais de sua "verve socialista" aqui. Já temos elitistas de mente burguesa demais na esquerda deste país, não precisamos de mais gente roubando o protagonismo da classe operária. A teroia marxista é para o proletariado, para os oprimidos (inclusive as prostitutas), não para universitários, psolistas, petistas, gente branca, heterossexual que fica falando no twitter e no facebook do ódio e segregacionismo em movimentos de luta e querendo pautar como os militantes devem ser.
E concordo com a Ana Clara, vocês feministas liberais adoram sair falando bosta no nome da Valerie Solanas sem saber de 10% do que ela passou, sem saber de todos os motivos que deixaram ela naquele estado. Até Andy Warhol tinha empatia por ela, mesmo depois de quase ter sido morto. Nem toda feminista radical é seguidora dela, Shulamith Firestone não era, eu tbém nunca disse que sou, mas não vou desgostar de alguém que sofreu pra caralho pq vcs estão preocupadinhas com os sentimentos dos machinhos que foram ofendidos pela obra dela, que de paródica não tinha nada. Diga aos seus machinhos (de calça ou de saia) que male tears continua livre!
Sabem aquele famoso discurso "misandria nunca matou ninguém, misoginia mata todos os dias"?
ResponderExcluirSe Valerie Solanas não fosse tão ruim de mira, a misandria teria feito sua primeira vítima e enterrado essa teoria para sempre.
Sorte do Andy Warhol que ela era tão boa em tiro quanto em razão e coerência, rsrsrs.
Lola, muita atenção a essa citação do seu texto:
ResponderExcluir"brancos podem 'vestir” a negritude sem a ameaça de serem assediados ou mortos sem motivo pela polícia, a emoção de performar negritude tem muito menos risco que a vida real como uma pessoa negra. Ademais, brancos podem parar a performance quando quiserem e voltar a serem racialmente sem marca"
Isso explica bem o incômodo que aquele seu tweet causo em mkim e uma infinidade de outras pessoas negras.
Eu gosto de ler você. É uma das primeiras coisas que faço todo dia quando ligo o computador. Acho mesmo uma pena que você insista em sugerir que as pessoas negras estão erradas, de ficar se justificando. Não acho que você fez por mal, sei que você não fingiu nada. Seria legal apenas aceitar que você não precisa, e nem pode, como pessoa branca, achar ofensivo para que de fato seja.
"Já temos elitistas de mente burguesa demais na esquerda deste país, não precisamos de mais gente roubando o protagonismo da classe operária."
ResponderExcluirMarx nunca foi operário na vida. Logo, ele também tava roubando o protagonismo da classe operária.
Acho que tem uma galerinha precisando estudar história por aqui: vocês são muito mal-informados, além de incoerentes...
Lola, a NAACP não é bem essa coisa bonita não. Na verdade ela surgiu com o auspício do establishment para evitar que os negros se radicalizassem. Foi um "calaboca" criado e gerido por brancos (só foi ter um lider negro mais de 60 anos após a fundação) e chegou a compartilhar dados de membros mais exaltados com o governo dos EUA para fins de vigilância.
ResponderExcluirLolinha,
ResponderExcluirMAIS UMA VEZ, PEDIMOS:
Fale alguma coisa sobre a QUESTÃO LEVANTADA PELAS SENHORAS DAS 18:03, 18:57 e 19:08, SOBRE A APOSENTADORIA DA MULHER ser aos 55 anos de idade + 30 anos de contribuição, e para o homem ser 60 anos de idade + 35 anos de contribuição, levando-se em conta que a expectativa de vida das mulheres brasileiras é 7,3 anos maior que a dos homens, segundo os dados das Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil.
Enquanto vc fica se preocupando em responder coisas estúpidas como "Radscum" e por aí vai, tem assuntos muito mais profundos, mas importantes e mais inteligentes para serem debatidos neste canal e vc não dá nem resposta???
Qual a intenção sua de não debater sobre esse assunto?
Nós, mulheres casadas preocupadas com o futuro de nossa família na velhice queremos respeito e consideração por parte de vcs, que parecem que só querem saber de briguinhas e discussões banais.
Obrigada e aguardando.
Gente, vou falar sobre mulheres se aposentarem antes que homens. Vou até escrever um post, ok? Mas tá um pouco difícil, porque é final de semestre na faculdade. Além de correção de papers e testes (um deles ainda tenho que acabar de fazer), tenho 3 bancas, uma palestra, um paper pra escrever até sexta, o minicurso que darei na China... E mais mil e uma coisas.
ResponderExcluirRadscum, vc é pura projeção, só pode! Vc me acusa de tudo que vcs fazem. Poucas vezes vi um grupo com total ausência de auto crítica como radfems. Aliás, já vi: os mascus. E pergunte pra eles como são deletados por aqui.
Oi Flavio! =*
ResponderExcluirGente, isso tá pegando fogo. Anon, eu tb não gosto da radscum, mas chamar ela de "coisa estúpida" foi demais neh? Chamar alguém de coisa, demonstra que vc tá cagando pras mulheres que se aposentam, pros homens que se aposentam pra qualquer um... Afinal qualquer um pode ser uma "coisa". Agora, Radscum... Nunca vi nenhuma lib falando de Solanas. Eu por exemplo, não quero matar homem nenhum. Só o motorista do bonde quando ele atrasa, mas daí as vezes esse trabalhador é mulher tb... Tou brincando. Sério, guria, tu tem q legar uma vida mais leve. Raiva demais nesse coraçãozinho negro.
Tá tendo:
ResponderExcluirMascu se passando por ~senhora preocupada com o futuro da família~ para reclamar sobre o "privilégio" da mulher (que tem dupla e tripla jornada) de se aposentar mais cedo.
Daqui a pouco chega a ~liga das mulheres militares do Brasil~ para defender o alistamento obrigatório.
PENSEI JUSTAMENTE O MESMO! Pra mim todos esses comentários pedindo para abordar o tema foram feitos pela mesma pessoa, que eu duvido ser uma dona de casa preocupada com o fato do marido ter que trabalhar mais que ela, tadinho!
ExcluirRê Bordosa,
ResponderExcluirVocê pelo visto sequer sabe da história Valerie Solanas x Andy Warhol. Então quer dizer que se uma feminista (que é humana) matar um homem amanhã por motivos que não tenham nada a ver com o feminismo, então toda feminista é misândrica por causa disso e misandria (essa ilusão) mata sim?!
Olha o nível dos seguidores deste blog: agora tão dizendo que misandria mata! O que mesmo se acontecesse, seria uma falsa simetria do caralho hahaha. Na boa, Rê Bordosa, não sei nem pq eu tô perdendo meu tempo respondendo pós-pós-pós-feminista feito vc. Já percebi seu histrionismo da primeira vez que olhei pra tua cara. Você tem arrumado picuinha com todo mundo aqui só pra chamar atenção. Tô te ignorando desde um outro post aí e vc não me esquece. Como já te falaram, teu iusomismo bate no meu radicalismo e volta, "fófis"!
Anon 6:05
Esquerdomacho pós-moderno detectado. Tá ofendidinho?
Mal-informado é você. Como todo liberal pós-moderno, aliás! É típico de machinho mesmo mandar as mulheres irem estudar e começar o show de mansplaining na primeira contestação. Eu devia deixar vocês posers, psolistas e petistas neoliberais do caralho passando vergonha, mas Marx não era da nata não, meu bem. De tanto insistir nessa mentira, ela se tornou verdade, mas o fato é que houve uma época em que Marx chegou a vender os próprios talheres e pratos, penhorou joias de sua esposa e alguns de seus filhos foram criados pelo Engels, pq Marx não teve como criá-los. Vocês universitários branquinhos, heterossexuais e neoliberais sempre adoraram usar essa falácia pra roubar o protagonismo e desrespeitar a vivência de gente periférica. Tá na hora da classe média fascista brasileira reconhecer seus benefícios e saber seu lugar de fala. Aliás, mesmo que Marx tivesse sido ~~bilionário~~, a teoria foi criada para trabalhadores, a revolução aconteceria com a ditadura do "proletariado", não de quem se beneficiava da exploração deles. John Stuart Mill, um macho, foi uma das primeiras pessoas a escrever sobre feminismo, mas não é por isso que sufrágio/feminismo era sobre ele e que os homens poderia liderar o movimento feminista. Desconfia, seus otários! A propósito, passei uns meses fazendo parte de um grupo socialista russo online pra ver como era e aprendi muito. Fiquei chocada em ver como não são nada pós-modernos. Há costureiras socialistas, marceneiros socialistas, cristãos socialistas, idosos socialistas. Gente muito séria e respeitosa que sentiria vontade de cuspir na cara de psolistas (na verdade qualquer esquerdinha brasileiro, é tudo liberal mesmo) e gente que se diz socialista, mas quer regulamentar a prostituição.
"Tá tendo:
ResponderExcluirMascu se passando por ~senhora preocupada com o futuro da família~ para reclamar sobre o "privilégio" da mulher (que tem dupla e tripla jornada) de se aposentar mais cedo.
Daqui a pouco chega a ~liga das mulheres militares do Brasil~ para defender o alistamento obrigatório." [[[[[[[2]]]]]]]]]
Desisto disso aqui!
Ai Lola, apaga logo. Nem que seja pra ela parar de se envergonhar...
ResponderExcluirLola, não falo com mascu, mas eles certamente aplaudiriam sua defesa da regulamentação da prostituição. Outro dia teve um aqui que comentou que se a prostituição fosse abolida no Brasil ele iria atrás de prostituta na Bolívia (ou era no Paraguai?)
ResponderExcluirNa Suécia agora querem proibir os machos suecos de comprarem sexo mesmo em outros países, isso sim é progresso!
Isso aí que me chamou de "estúpida" é macho, Raven.
ResponderExcluirComece você mesma dando bons exemplos pra eles.
Focando no caso da moça tema do post, penso que essa atitude pode ter uma série de questões como causa. Imagino que o fato dela ter sido filha única e enfrentar a adoção, pelis pais, de 4 outras crianças negras pode ter influenciado. Ou porque ela se identificou com a vivência do preconceito sofrido pelos irmãos, ou porque pode ter elaborado um pensamento de que os pais a trocaram por irmãos negros e ela também quis enegrecer para reconquistar o suposto amor perdido dos pais. A tudo isso somam-se outros fatores como o que ela enxergou como oportunidades e vantagens! Acho que nunca se saberá, de fato, o que a levou a tudo isso!
ResponderExcluir"Se Valerie Solanas não fosse tão ruim de mira, a misandria teria feito sua primeira vítima e enterrado essa teoria para sempre."
ResponderExcluirA primeira? E o povo ainda tem a cara de pau de comparar misoginia com misandria? Agora vou exigir meus direitos de "branca vítima de racismo" também.
Dan
O problema não foi o "estúpida". Isso vc é. O problema foi o "coisa". Isso vc não é.
ResponderExcluirE eu não vou dar bom exemplo porra nenhuma. Não pari nenhum de vcs. São todos adultos. Respondam por seus atos. Eu hein?!
"Interessante ressaltar que mais de 90% dos que se dizem brancos no Brasil, em países como EUA ou Alemanha, são considerados latinos cucarachas, ou seja uma raça a parte. Brancos nestes países, somente os caucasianos mesmo, descendentes de anglo saxoes, germânicos etc."
ResponderExcluirSei.
E por que diabos a maneira como as pessoas são racialmente classificadas nos Estados Unidos ou na Alemanha é "certa", e a maneira como as pessoas são racialmente classificadas no Brasil é errada?
Culturalmente, cada uma dessas formas é "adequada" à cultura que a produziu e mantém. Cientificamente, todas elas são "erradas" e absurdas.
Fora isso, o que você propõe é que o racismo americano é melhor que o racismo brasileiro. Haja...
Lembrei dos B-Stylers no Japão. Ainda assim, muito diverso da sugestão de transracialidade.
ResponderExcluirhttps://www.vice.com/read/b-style-japan-desir-van-den-berg-photos
Minha impressão é que se trata de um caso de pseudologia fantástica ou mitomania:
ResponderExcluirhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mitomania
Calhou de a fantasia principal dela ser relacionada à raça, mas tenho a impressão de que isso é acidental; o importante é viver uma vida imaginária, mais interessante do que a vida real.
O que o donadio disse é relevante. O processo de miscigenação e cultura é diferente em cada país. Acredito que o propósito de classificar os outros por raças tem mais a ver com privilégios destinados a cada um que de valorização étnica.
ResponderExcluirEu penso que os movimentos sociais estão perdendo completamente o seu foco. Passam a discutir questões totalmente particulares (como o caso em questão) como se fosse o feijão com arroz do dia a dia. Me parece que a mulher que motivou o post é uma pessoa com sérios problemas psicológicos, mas isso só poderia ser atestado por avaliações clínicas.
ResponderExcluirSe os homens se aposentam mais tarde, olha, eles é que deviam tomar uma atitude em relação a isso. Sério, não é trabalho das mulheres defender os "direito" dos omi.
ResponderExcluirTem tanta gente que acha que feminista tem obrigação de defender os homens dos "mals" que o machismo traz pra ele, isso é coisa de gente que acha que feminismo é inválido se defende só mulher, que os homem tem que tar envolvido em tudo, que o movimento não tem valor nenhum se não traz beneficio pros omi, tudo omicentrismo.
Tá cheio de machinho vitimista reclamando que não pode chorar na frente dos amigo ou admitir que brochou porque passa vergonha ou que não gosta de dizer que ganha menos que a mulher, mas tentam mudar as coisas? tentando desconstruir comportamento de genero? não , só choram pras feminista , porque alem de tudo acham que mulher é receptaculo de sentimento masculino.
MULHER NÃO É OBRIGADA A CUIDAR DE OMI, TOMEM RESPONSABILIDADE POR SUAS PROPRIA LUTAS PORRA
Macho é parasito e precisa explorar as mulheres, que fazem todo trabalho de base pra eles em tudo tudo. Mulheres, cortem o cordão umbilical que prendem vocês a esses vermes superdesenvolvidos e através do qual eles sugam suas energias e se mantêm vivos e fortes o suficiente para continuar a oprimi-las e escravizá-las. Sanguessugas oportunistas nojentos. Fetos gigantes mal abortados cuja linha de vida não foi cortada quando deveria ter sido, há muito tempo atrás. Morte aos vampiros!
ResponderExcluirAnon de 17 e 05, vc falou muito bem oq anda me incomodando ultimamente. Ótimo seu comentário.
ResponderExcluirAnônimo disse...17:30
ResponderExcluirNão vou dizer nada, vai que é doença. kkkkkkkkkkkkkkkkk
Perdeu a oportunidade de realmente falar nada o cara misógino mal disfarçado que vive tentando se enturmar e chamar atenção de feminista, se achando o sabidão, profundo, intelectual, com uns papinhos previsíveis, rasteiros ou copiados mesmo e ainda assina com o nome do marquês de Sade e usa uma imagem do Zangief como foto do perfil hahahahahahahahahaha
ResponderExcluirMascu acha que é aristocrata kkkkkkkkkkkkkkk morro de rir
ResponderExcluirVolta pra URSS, Zangief, ou é pra França do século XVIII?
Muito confuso esse seu delírio identitário, mascuzão.
Tinha alguém menos pior pra querer ser não?
Marquês de Sade... pfff, nojento!
Comprovado, é doença mesmo. Misandria é pura piada, na realidade não tem nenhuma capacidade de fazer alguma coisa contra os homens, mas precisa atacar virtualmente para se sentir realizada, não passa de uma frustrada, coitada. kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirSuas conclusões a meu repeito são irrelevantes, você não significa nada para mim, é apenas um anônimo se passando por mulher para sujar o nome do feminismo, felizmente já conheço esse movimento suficiente para saber que caricaturas como você são minoria. E isso é o máximo de atenção que vou lhe dar, então não se ao trabalho de me responder.
Anônimo disse... 18:55
ResponderExcluirSupondo que não seja a mesma besta acéfala.
Você pode provar que sou mascu? Ou que me acho aristocrata?
Como faço para voltar a um tempo e lugar onde nunca estive?
Minha real identidade só importa a quem me conhece.
Eu sou quem sou, não gostaria de ser outro que não eu mesmo.
Mas encarnando a personagem por um momento, coisa que nunca fiz, diria: Para você é divino Marquês, recolha-se a sua insignificância plebeia.
Agora como eu mesmo: Vai á merda femitrolzinha patética, sua misandria só me faz rir de tão impotente que é. kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Radscum,
ResponderExcluir"Já percebi seu histrionismo da primeira vez que olhei pra tua cara."
Que lindo! (SQN)
Uma "feminista" que acha que a mulher deve ser julgada pela aparência!
Seu discurso é uma piada pronta, to rindo litros!
"Raven. Comece você mesma dando bons exemplos pra eles."
Já ouvi esse discurso de que "mulher tem que dar exemplo" em algum lugar... Ah! Sim, os machistas! Eles também adoram dizer isso.
Anônimo das 22:05,
"Rê fake Bordosa, seu iuzomismo bate no meu emponderamento, e volta rolando"
Anônimo me chamando de fake é no mínimo hipocrisia.
E não sei que "empoderamento" é esse que não te dá o mínimo de segurança, fica aí na paranoia de enxergar o "predador" no rosto de cada homem, espreitando nas sombras prestes a te atacar.
Radscum disse,
ResponderExcluir"agora tão dizendo que misandria mata!"
Dan disse,
"A primeira? E o povo ainda tem a cara de pau de comparar misoginia com misandria?"
Sim, seria o primeiro (e único) caso de morte por misandria que eu teria notícia, não me ocorre nenhum outro. Qual é o problema de vocês com interpretação de texto?
Ainda bem que Solana sempre foi exceção da regra e ruim de mira, misândricas até agora não se mostram assassinas, apenas chatas e contraditórias.
E sim, eu li sobre a história da Solanas, o que não quer dizer que eu ache lindo ou justificável.
Vou desenhar: se um homem escrever um manifesto de ódio a mulheres e meter uma bala na mesma não é crime de ódio? Então porque o contrário não é verdadeiro?
O fato da Solana ter sido violentada por homens dá a ela carta branca pra matar todo e qualquer homem que encontrar pela frente?
Um serial killer estaria menos errado em matar mulheres porque foi abusado pela mãe na infância (sim, esses casos existem)?
Uma pessoa que foi assaltada por um negro aleatório tem mais direito de odiar negros?
Um americano que perde o emprego porque o patrão prefere explorar a mão de obra dos imigrantes tem o direito de odiar imigrantes?
Cadê a coerência minha gente?!!!
Cadê a coerência em pregar respeito por um gênero e ao mesmo tempo odiar/difamar o outro?
Ódio não é e nunca foi instrumento de mudança. Coerência e reciprocidade sim!
HAHAHAHAHAHAHAHAHA maluco delirado
ResponderExcluirLola, achei este (que deixo o link) um ótimo texto sobre esse tema. http://www.revistaforum.com.br/osentendidos/2015/06/15/querida-negra-voluntaria/
ResponderExcluir"o raciocinio "ah mas se existe transgenereidade tb pode existir transracialidade" pode ate parecer fazer algum sentido a primeira vista, mas e uma falacia."
ResponderExcluirDe fato. Mas por quê?
Uma coisa é que os sexos biológicos são inevitáveis. Você pode imaginar um mundo sem negros, ou sem brancos: não vai ser muito diferente deste em que a gente vive, só um pouco menos variado. Mas não dá pra imaginar um mundo sem mulheres. Elas podem estar escondidas dentro de casa e usando uma burca, mas em algum lugar elas têm de estar, ou a sociedade não se reproduz.
E aí vem o seguinte: para viver num mundo onde existem homens e mulheres, as crianças são socializadas desde cedo para reconhecer as diferenças (e as "diferenças"), de maneira que elas acabam tendo de se posicionar a respeito do binário de gênero muito cedo (se brincar de carrinho é coisa de menino, uma menina que goste de brincar de carrinho vai ter de desistir de algo de que gosta, ou disputar a identidade de gênero - com três anos de idade, sem nenhum referencial teórico, e contra o mundo inteiro, incluindo as pessoas que são mais importantes para ela).
Não quero dizer que essas expectativas sejam totalmente inexistentes no que toca à raça (veja-se o Neil deGrasse Tyson tendo que contrariar as expectativas de que um menino negro "deveria" querer ser atleta, em vez de cientista), mas tenho a impressão de que elas são muito menos importantes, impostas com muito menos brutalidade e numa época mais tardia da vida, e - talvez sobretudo - que elas são muito menos impositivas no caso da raça branca (um menino negro querer ser cientista cria conflito, mas um menino branco querer ser atleta é irrelevante), especialmente se compararmos com a violência com que o estereótipo masculino é imposto (se uma menina brincar de carrinho é um problema, um menino brincar de boneca é um problema muito maior).
Enfim, tenho a impressão de que a transexualidade tem a ver com a extrema precocidade com que os estereótipos de gênero são impostos, e com a universalidade dessa imposição.
Rê Bordosa:
ResponderExcluirEntão, a misandria não faz vítimas, como alguém já disse: misandria irrita, misoginia mata. É a tal da falsa simetria. Lógico q eu não vou chegar no Andy e dizer que não, que ele não deve levar Solanas a mal, pq ela é mulher e passou o diabo por causa disso. Mas justamente por ser um caso isolado, não existe uma base cultural/histórica apoiando a violência contra o homem. Mesmo ele sendo vítima, não daria pra ele negar ou ignorar que a sociedade é machista (sem jamais ser obrigado a perdoar quem tentou matá-lo). Talvez eu tenha interpretado errado, mas o que pareceu no seu comentário é que vc justifica os homens que se unem pra "acabar com a misandria". Enfim, posso ter interpretado mal.
Dan
Dan, eu estava sendo irônica.
ExcluirFoi uma forma de dizer para quem tava na onda de "entendam a Solanas, tadinha, ela tem razão. Ela me representa como feminista", que hipoteticamente, se as mulheres virassem todas Solanas, se "igualassem o jogo", proclamando odio e sendo violentas com os homens aleatoriamente, isso não seria bom nem pra homens, nem mulheres. Afinal, homens não violentos tb seriam mortos injustamente e homens violentos continuariam sendo violentos e tentariam usar o fato para justificar dizendo "não há assimetria", elas tb nos ferem na mesma proporção.
Dois erros não fazem um acerto. Ainda bem que não somos Solanas, que a grande maioria de nós não tem intenção de aumentar a quantidade de ódio e violencia no mundo e sim diminui-la.
Bom, Donadio, eu concordo que não deveria existir essas classificações ou as pessoas não deveriam levá-las tão a sério assim, mas infelizmente o mundo é o mundo e a classificação americana ou europeia - não sei quem começou com isso - são as que são válidas para o mundo todo.
ResponderExcluirComo brasileiro vc é latino no mundo inteiro. Se vc for preencher algum formulário de outro país, possivelmente vai ter um campo para vc marcar que é latino. Isso obviamente é pq moramos na América Latina, e não vejo problema nenhum nisso...
Só acho chato que uns brasileiros não aceitam essa realidade e ficam de 'mimimi' de 15% frances, 60% irlandes, 1/4 hungaro, e acham que são melhores que os outros por causa disso! Se soubessem que em NENHUM LUGAR isso conta...
"Bom, Donadio, eu concordo que não deveria existir essas classificações ou as pessoas não deveriam levá-las tão a sério assim, mas infelizmente o mundo é o mundo e a classificação americana ou europeia - não sei quem começou com isso - são as que são válidas para o mundo todo."
ResponderExcluirSei. O seu conceito de "mundo todo" inclui China, Índia, Japão, Oriente Médio, América Latina, África?
Por que duvido muito que eu seja considerado "latino" em qualquer desses lugares.
"Como brasileiro vc é latino no mundo inteiro. Se vc for preencher algum formulário de outro país, possivelmente vai ter um campo para vc marcar que é latino. Isso obviamente é pq moramos na América Latina, e não vejo problema nenhum nisso..."
Sério mesmo que você acha que vai ter um quadradinho para eu marcar "latino" no formulário da imigração mexicana? Ah, sei, o México não faz parte do "mundo todo".
Não existe essa classificação "válida para o mundo todo", e o mundo todo não é a Anglosfera, nem parecido com ela.
"Só acho chato que uns brasileiros não aceitam essa realidade e ficam de 'mimimi' de 15% frances, 60% irlandes, 1/4 hungaro, e acham que são melhores que os outros por causa disso! Se soubessem que em NENHUM LUGAR isso conta..."
Isso é complexo de vira-lata (por sinal, imitação de americano, são os americanos que gosta de se considerar "Irish American", "Italian American", etc.), e é um mal de que eu absolutamente não sofro. Meus antepassados vieram para cá por que a vida nos lugares onde eles estavam originalmente era uma merda.
No dizer de um imigrante italiano, "Cosa intende per nazione, signor Ministro? Una massa di infelici? Piantiamo grano ma non mangiamo pane bianco. Coltiviamo la vite, ma non beviamo il vino. Alleviamo animali, ma non mangiamo carne. Ciò nonostante voi ci consigliate di non abbandonare la nostra Patria. Ma è una Patria la terra dove non si riesce a vivere del proprio lavoro?"
E brasileiro que se "orgulha" do lugar de onde seus antepassados fugiram não entende a história dos ditos antepassados.
Desonesta. Ninguém disse que ela tinha razão ou representava alguém no feminismo. Tá escrevendo esses comentários duplicados, triplicados só pra aparecer. Iuzomista otária.
ResponderExcluirAnônimo 19:56,
ResponderExcluir"Aiin, mimimi. Iuzomista otária feia, boba e chata! Cara de pastel! Belém, Belém, nunca mais to de bem. To de mau!"
Deprimente! Vê se cresce, filha!
E anônimo, alguns dos meus comentários estão saindo duplicados sei lá porque diabo. Provavelmente uma falha na minha conexão de internet. Clico para enviar e não vai, espero, espero, clico de novo e vai duplicado. Simples, não? Para "aparecer", eu não preciso floodar comentários, nem chamar os outros de "feio, bobo e uzomista cara de pastel", só preciso dos meus bons argumentos.
ResponderExcluirBjus, querida!
Totalmente histriônica
ResponderExcluirEu não vejo um grande problema quanto ao que essa tal Rachel fez. Ela é apenas uma mulher doente. No meu sentir, as mentiras que ela conta só se voltam contra ela, não prejudicando sobremaneira as pessoas ao redor. Enfim, é um caso ao qual não precisaria ser dada tanta repercussão.
ResponderExcluirAFRO CONVENIENCIA
ResponderExcluirEu acho que as mulheres negras deviam parar de colocar nome à sua preferencia por brancos como SOLIDAO DA MULHER NEGRA, muito facil dizer isso mas ficar de olho no branco.
Falam tanto de amor afro e estao com brancos, senao tivesse tanta miscegenaçao talvez essa nao teria fingido facilmente ser negra porque nao haveria sararas.
A maioria das negras de militancia sao casadas com brancos, vergonha, nao assumem.
Eu prefiro mil vezes casar com um nego da minha raça.