H., de 28 anos, me enviou seu texto instigante sobre o caso Verônica.
Caso Verônica já ganhou manchetes internacionais |
Eu sei, eu sei, opinião perigosa, mas tenho um motivo muito pessoal para pensar assim: sou homem trans [uma pessoa que foi designada mulher ao nascer e depois fez a transição para homem], e jamais, em nenhum momento, gostaria de ser colocado numa prisão masculina.
Complicado, né? Vi algumas pessoas levantando a questão em seus comentários, inclusive indagando se algum homem trans poderia opinar a respeito, e, pois bem, aqui estou. Me colocando em uma situação hipotética onde eu, se cometesse um crime passível de cadeia, jamais me daria ao luxo de escolher um presídio que combine com minha identidade de gênero. E isso por um medo bem simples (que acredito que aterroriza qualquer pessoa que nasceu com uma vagina), e esse motivo é estupro.
A moral é que não tem hormônio e cirurgia que mude minha condição. As cirurgias de transição de mulher --> homem estão anos luz atrás das de homem --> mulher, e mesmo que eu mutilasse a carne do meu braço para criar um pênis não-funcional (ou aumentasse o clitóris para um tamanho pífio), eu jamais teria como esconder por muito tempo de companheiros de cela que eu nasci mulher. E não apenas por questão de corpo (a cirurgia de genital é algo que nunca passou pela minha cabeça, pois o resultado me assusta muito mais do que me tenta), mas por criação mesmo.
Nada que eu fizer na minha vida adulta vai mudar o fato de que eu nasci e fui criado como mulher até o inicio da vida adulta, pelo simples motivo de que não tinha como ninguém saber a respeito da minha identidade de gênero antes de mim. Não me perguntaram se eu me identificava com o gênero feminino quando nasci, não me perguntaram se eu me identificava com o gênero feminino quando fui para a pré-escola ou para o ensino médio. Eu fui criado como menina, e como ninguém ao meu redor era telepata, as marcas da socialização feminina estão nas minhas costas até hoje.
Nada que eu fizer na minha vida adulta vai mudar o fato de que eu nasci e fui criado como mulher até o inicio da vida adulta, pelo simples motivo de que não tinha como ninguém saber a respeito da minha identidade de gênero antes de mim. Não me perguntaram se eu me identificava com o gênero feminino quando nasci, não me perguntaram se eu me identificava com o gênero feminino quando fui para a pré-escola ou para o ensino médio. Eu fui criado como menina, e como ninguém ao meu redor era telepata, as marcas da socialização feminina estão nas minhas costas até hoje.
No geral, falar a respeito de socialização feminina/ socialização masculina é um tabu muito grande dentro do transfeminismo, e nunca me senti à vontade de falar alguma coisa a respeito disso em público por medo de perseguição. Homens trans são muito silenciados e invisíveis em qualquer vertente do feminismo e da comunidade LGBT, especialmente porque nos é negado nosso sofrimento em relação à misoginia. Falam que admitir que homens trans já passaram/ainda passam por misoginia é diminuir nossa condição masculina, mas admitir que eu sofri e ainda sofro misoginia é algo que nunca me ofendeu, ao contrário.
Minha história de vida não contém a narrativa clássica da transexualidade, e pela maior parte da minha vida, tive uma apresentação extremamente feminina. Minha família, no geral, é bem aberta, mas são todos humildes, e com uma visão bem clássica do que é ser homem e do que é ser mulher, e foi num ambiente muito tradicional que fui criado. Nasci com uma vagina, e isso me fez ter uma infância e adolescência similar à de muitas mulheres cisgêneras brasileiras.
Desde que comecei a falar, fui mandado a abaixar o tom, me abaixar, me encolher, diminuir meu tamanho e prezar a delicadeza. Noiei com peso pois me diziam que só poderia ser bonit"a" se fosse magr"a", e me foi privado o acesso a muitas coisas que eu tive interesse mas não eram tipicamente femininas. Meu raciocínio lógico é mais fraco pois meu interesse pela matemática foi tolhido quando ainda estava no ensino fundamental (pois "meninas são naturalmente mais fracas em exatas", dizem por aí), meu tom de voz carrega a pressão de abaixar e afinar a voz, minha linguagem corporal ainda tem resquícios dos comandos de delicadeza.
Cada fibra do meu ser carrega minha história de criação feminina, e não tem corte de cabelo, hormônio ou cirurgia que mude isso. Isso não me machuca nem me magoa: eu abraço meu passado como abraço meu presente, e justamente por isso a ideia de ser a única pessoa com uma vagina em um ambiente lotado me assusta tanto quanto qualquer mulher. Eu seguro as chaves de casa entre os dedos quando passo num beco escuro, eu corro do ponto de ônibus até a entrada do meu apartamento quando volto do trabalho à noite. Esse medo sempre existiu e esse medo persiste pois eu não sou inocente. Sei que não vivo em uma utopia, e sei a condição em que estaria numa prisão masculina.
Minha história de vida não contém a narrativa clássica da transexualidade, e pela maior parte da minha vida, tive uma apresentação extremamente feminina. Minha família, no geral, é bem aberta, mas são todos humildes, e com uma visão bem clássica do que é ser homem e do que é ser mulher, e foi num ambiente muito tradicional que fui criado. Nasci com uma vagina, e isso me fez ter uma infância e adolescência similar à de muitas mulheres cisgêneras brasileiras.
Desde que comecei a falar, fui mandado a abaixar o tom, me abaixar, me encolher, diminuir meu tamanho e prezar a delicadeza. Noiei com peso pois me diziam que só poderia ser bonit"a" se fosse magr"a", e me foi privado o acesso a muitas coisas que eu tive interesse mas não eram tipicamente femininas. Meu raciocínio lógico é mais fraco pois meu interesse pela matemática foi tolhido quando ainda estava no ensino fundamental (pois "meninas são naturalmente mais fracas em exatas", dizem por aí), meu tom de voz carrega a pressão de abaixar e afinar a voz, minha linguagem corporal ainda tem resquícios dos comandos de delicadeza.
Cada fibra do meu ser carrega minha história de criação feminina, e não tem corte de cabelo, hormônio ou cirurgia que mude isso. Isso não me machuca nem me magoa: eu abraço meu passado como abraço meu presente, e justamente por isso a ideia de ser a única pessoa com uma vagina em um ambiente lotado me assusta tanto quanto qualquer mulher. Eu seguro as chaves de casa entre os dedos quando passo num beco escuro, eu corro do ponto de ônibus até a entrada do meu apartamento quando volto do trabalho à noite. Esse medo sempre existiu e esse medo persiste pois eu não sou inocente. Sei que não vivo em uma utopia, e sei a condição em que estaria numa prisão masculina.
Nessa situação hipotética onde eu cometesse um crime e fosse para uma cadeia masculina, não demoraria muito para descobrirem meus genitais. Banheiros coletivos, celas coletivas, chuveiros coletivos... e não é só o corpo. Como falei, minha voz e minha linguagem corporal ainda carregam o peso da socialização feminina, e não é algo que eu ache que jamais vai passar, por mais visivelmente masculino que eu seja.
Muita coisa a respeito da minha vida e da minha história delata minha condição de homem transexual, e em um mundo onde mulheres masculinas (lésbicas ou não) sofrem estupro corretivo todos os dias, é ingenuidade pensar que os homens do presídio me veriam como qualquer coisa além de uma mulher, portadora de uma vagina. Minha identidade de gênero já seria tolhida logo de cara, sequer seria minha escolha. Nessa circunstância, preferiria largar minha identidade de gênero e ser visto como lésbica masculina em uma distopia da minha própria vida em uma cadeia feminina do que ser saco de pancada e vítima de estupro coletivo numa cadeia masculina.
Alguém poderia argumentar que uma travesti sofreria o mesmo numa prisão masculina, mas não tenho como saber pois não sou travesti. Talvez isso abra uma discussão para onde todos nós, transexuais, deveríamos ser mandados em caso de crime, não sei.
[Perguntei ao H. o que ele, como homem trans, teria a propor, pois me parece errado e segregacionista ter celas apenas para pessoas trans. Seria esta a única saída para pessoas trans não serem violentadas, espancadas e mortas numa cadeia? Ele respondeu:]
Muita coisa a respeito da minha vida e da minha história delata minha condição de homem transexual, e em um mundo onde mulheres masculinas (lésbicas ou não) sofrem estupro corretivo todos os dias, é ingenuidade pensar que os homens do presídio me veriam como qualquer coisa além de uma mulher, portadora de uma vagina. Minha identidade de gênero já seria tolhida logo de cara, sequer seria minha escolha. Nessa circunstância, preferiria largar minha identidade de gênero e ser visto como lésbica masculina em uma distopia da minha própria vida em uma cadeia feminina do que ser saco de pancada e vítima de estupro coletivo numa cadeia masculina.
Alguém poderia argumentar que uma travesti sofreria o mesmo numa prisão masculina, mas não tenho como saber pois não sou travesti. Talvez isso abra uma discussão para onde todos nós, transexuais, deveríamos ser mandados em caso de crime, não sei.
[Perguntei ao H. o que ele, como homem trans, teria a propor, pois me parece errado e segregacionista ter celas apenas para pessoas trans. Seria esta a única saída para pessoas trans não serem violentadas, espancadas e mortas numa cadeia? Ele respondeu:]
Honestamente, eu não sei. Não acho que nenhum homem trans, transicionado ou não, estaria a salvo numa prisão masculina, da mesma forma que uma mulher trans completamente transicionada não estaria. Posso te dizer pessoalmente que, por toda minha história de vida, mesmo transicionado, eu jamais perderia o sentimento de horror à ideia de ser colocado numa prisão masculina, mas a questão como um todo é algo muito complicado pra mim, então acho que isso é algo que deveria ser discutido com um pouco mais de delicadeza.
Não sei encontrar um meio termo: não é justo botar mulheres trans com homens cis, mas também não é justo botar algumas mulheres trans criminosas que já tenham agredido e estuprado mulheres, e possam botar em risco outras presas. Como qualquer preso/a, pessoas trans deveriam ter segurança, tanto de não sofrerem abusos, quanto de não serem humilhadas/os por sua condição, mas o resto também deve ser considerado.
Enfim, eu realmente não tenho uma opinião definitiva a respeito disso e estou disposto a ver outras propostas, mas pra minha própria vida, pra minha própria experiência, como falei acima, escolho a dignidade do meu corpo a pronomes.
Meus comentários: Entendo perfeitamente a sua preocupação, H. Se a vida numa prisão já não é fácil para ninguém, ela certamente é mais perigosa não só para pessoas trans, como também para pessoas cis que não sejam heterossexuais. Assim, muitos presos gays e lésbicas que podem esconder sua orientação sexual preferem fazê-lo, já que os riscos de, por exemplo, um homem gay ser estuprado e contrair Aids numa prisão não são nada desprezíveis.
Pesquisei um pouquinho e vi que, de modo geral, as pessoas são designadas às prisões de acordo com seu sexo biológico. Assim, um homem trans como você iria mesmo para uma prisão feminina (onde sem dúvida estaria mais seguro; porém, homens trans também podem ser abusados nessas prisões, geralmente por guardas), e uma mulher trans iria para uma prisão masculina. Em algumas prisões, travestis e mulheres trans são colocadas em celas junto a homossexuais afeminados. Há vários casos no mundo em que mulheres trans ganham na justiça o direito de serem transferidas para a prisão feminina.
Outro problema para pessoas trans na cadeia é que muitas vezes há interrupção nos remédios. Mesmo as que recebiam tratamento hormonal antes da prisão, com prescrição médica, têm esses seus direitos desrespeitados.
De maneira geral, a comunidade LGBT parece preferir prisões próprias para pessoas trans. Pelo menos quando uma das primeiras prisões desse tipo foi aberta, na Itália, em 2010, houve comemoração. A Itália tem cerca de 60 prisioneiros trans.
Ano passado houve um avanço, que ainda carece de implementação: o Estado de SP elaborou uma resolução que estabelece normas de tratamento pra travestis e transexuais no âmbito carcerário. Essa resolução permite que a pessoa trans tenha a autonomia para decidir o gênero que quer manter enquanto estiver na cadeia.
Eu mantenho que a travesti Verônica, depois de julgada e condenada, tenha de cumprir sua pena numa prisão feminina. Ela não pode correr risco nem por em risco a segurança de outros presxs, pois todos estão sob tutela do Estado e devem ser protegidxs.
Porém, enquanto o risco que travestis e mulheres trans sofrem na prisão está bem documentado, há pouquíssimos indícios de que elas seriam uma ameaça à segurança das prisioneiras cis.
Não é uma questão simples, e não há unanimidade nem entre ativistas LGBT. Só sei que o feminismo que eu defendo não exclui pessoas trans.
Meus comentários: Entendo perfeitamente a sua preocupação, H. Se a vida numa prisão já não é fácil para ninguém, ela certamente é mais perigosa não só para pessoas trans, como também para pessoas cis que não sejam heterossexuais. Assim, muitos presos gays e lésbicas que podem esconder sua orientação sexual preferem fazê-lo, já que os riscos de, por exemplo, um homem gay ser estuprado e contrair Aids numa prisão não são nada desprezíveis.
Outro problema para pessoas trans na cadeia é que muitas vezes há interrupção nos remédios. Mesmo as que recebiam tratamento hormonal antes da prisão, com prescrição médica, têm esses seus direitos desrespeitados.
De maneira geral, a comunidade LGBT parece preferir prisões próprias para pessoas trans. Pelo menos quando uma das primeiras prisões desse tipo foi aberta, na Itália, em 2010, houve comemoração. A Itália tem cerca de 60 prisioneiros trans.
Ano passado houve um avanço, que ainda carece de implementação: o Estado de SP elaborou uma resolução que estabelece normas de tratamento pra travestis e transexuais no âmbito carcerário. Essa resolução permite que a pessoa trans tenha a autonomia para decidir o gênero que quer manter enquanto estiver na cadeia.
Eu mantenho que a travesti Verônica, depois de julgada e condenada, tenha de cumprir sua pena numa prisão feminina. Ela não pode correr risco nem por em risco a segurança de outros presxs, pois todos estão sob tutela do Estado e devem ser protegidxs.
Porém, enquanto o risco que travestis e mulheres trans sofrem na prisão está bem documentado, há pouquíssimos indícios de que elas seriam uma ameaça à segurança das prisioneiras cis.
Não é uma questão simples, e não há unanimidade nem entre ativistas LGBT. Só sei que o feminismo que eu defendo não exclui pessoas trans.
Mulheres lesbicas se dão muito bem, no presidio feminino sim, as que eram ditas hetero aqui fora, ate se torrnam lesbicas la dentro.
ResponderExcluirVejam o caso da helise Matsunaga, que picou o marido (para muitas feministas no Facebook, uma heroina) E da Suzane von Eu Sei La o Que, que eram Hetero aqui fora, e ´presas, viraram lanchinho da Sandrão,"macho alfa do pedaço" presa por sequestrar e matar uma criança de 5 anos.
A verdade, que diferente da sexualidade masculina, que e convicta ( homem quando e hétero, é hétero, quando e gay e gay) a sexualidade feminina "DERRAPA NA CURVA" e se adapta as situações, de forma utilitarista.
Eu nunca vi um homem virar gay depois de um trauma com o sexo oposto, ou decepção amorosa, agora mulher virar lesbica,nestas situações, e o que mais tem. E o feminismo e a forma mais eficaz, que lesbicas experientes tem, da fazerem meninas pegarem nojo de homem, e assim arrumarem suas 'namoradinhas"
O assunto é homem trans e vc falando de lésbicas.. Mascu tem uma fixação em lésbicas que nunca vi igual.
ExcluirCom certeza, até porque toda feminista lésbica. Faz sentido.
ResponderExcluirAi que bom que nós nos adaptamos ao ambiente entao. Evolução é isso aí! :-D
ResponderExcluirAno que vem acho que vou virar lesbica. Odeio que o pessoal me chame pelo nome do meu marido, de repente estndo com uma mulher u fico menos invisivel.
Yara
Homem quando é hétero continua hétero dentro do presídio por machismo, não quer sofrer preconceito. No fundo o que não deve sentir de carência hein, um abraço do amigo, carinho antes de dormir, uma masturbação a dois... "Oh ceus, isso não pode, tenho que me controlar ou vou ser espancado aqui".
ResponderExcluirDaí apelam pros travestis ou afeminados, mas claro que ainda são heteros, "imagina, eu ser gay só porque peguei o travesti ou o afeminado, nunca, sou 100% hetero". Homossexualidade mesmo só em presídios femininos porque a sexualidade da mulher derrapa na curva (sic)
ResponderExcluir"Daí apelam pros travestis ou afeminados, mas claro que ainda são heteros, "imagina, eu ser gay só porque peguei o travesti ou o afeminado"
ResponderExcluir_
Na verdade sim, ate porque travestis, são mulheres trans,então e uma relação hétero, identidade de gênero e o que conta.
Sou totalmente contra, encarcerar uma trans entre mulheres Cis, acho que deveriam ter uma ala separada para elas. Presas entre mulheres cis, representam sim um risco, afial elas tem pênis, e ereção, ou seja, e como soltar alguém com uma arma entre as demais.
ResponderExcluir"Eu nunca vi um homem virar gay depois de um trauma com o sexo oposto, ou decepção amorosa, agora mulher virar lesbica,nestas situações, e o que mais tem"
ResponderExcluir_
Não mascu nojento, vocês viram coisa pior, viram masculinistas misóginos doentes, nós pelo menso procuramos amor.
Nossa, Mingau, essas lesbicas masculinas (by cleycy) trepam mais que voce, mesmo as presas. Eu até ficaria tristinha pelo seu infortúnio, aí eu me lembro quem você é e penso que se fosse o último homem da terra, a última mulher preferiria ser lésbica...
ResponderExcluirExiste uma portaria da Secretária de Direitos Humanos ligada a Presidência da República de 2014, que determina que presos transexuais tanto do gênero feminino como masculino deverão ir para presídios femininos.
ResponderExcluirJá os homossexuais e travestis em presídios masculinos deverão ter espaços próprios, por conta da vulnerabilidade deles, mas não são obrigados se quiserem ficar com os outros presos podem.
Achei interessante, pois já é um começo para que o assunto seja melhor tratado pelas autoridades, também acho que transexuais devam ficar em presídios femininos, mas somente se o crime não seja relacionado a violência contra mulher , pois seria um risco para as outras presas.
Fábio: http://m.youtube.com/watch?v=peA6xbaBMBk
ResponderExcluirO aberração aqui é ter estupro dentro de uma cadeia, como vc disse o Estado deveria proteger os presos já que estão todos sob sua tutela. E proteger inclui evitar estupros! O problema está no despreparo dos agentes publicos, visto que não raro o abuso vem deles proprios. Quanto a questão da divisão carceraria é mais complicado, acho que num mundo ideal o certo seria a cadeia ser mista e com fiscalização para não ocorrer abuso sexual e outros tipos de crime, do jeito que está hoje acho que deviam dar o direito a pessoas trans de escolher pra onde iriam. Em relação a orientação sexual já foi provado que em ambientes que sótem um sexo as pessoas tendem a se tornarem homossexuais mais pela carencia mesmo, fato que mais uma vez coloca em xeque a sexualidade humana.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluir"Nossa, Mingau, essas lesbicas masculinas (by cleycy) trepam mais que voce, mesmo as presas"
Se tu soubesse meu oficio, tu não falava isso boneca rsrsrs, uma dica : Eu faço escolta, e dou proteção, para moças profissionais em "entretenimento masculino"
E elas são muito carentes, adoram um protetor, rsrsrs
"Eu mantenho que a travesti Verônica, depois de julgada e condenada, tenha de cumprir sua pena numa prisão feminina. Ela não pode correr risco nem por em risco a segurança de outros presxs, pois todos estão sob tutela do Estado e devem ser protegidxs. "
ResponderExcluirE que tal proteger as mulheres encarceiradas com esse animal COM PINTO dentro de uma cela com 30 pessoas em um ambiente de confinamento?
Não entendo esse feminismo que faz qualquer coisa pra privilegiar homens.
ResponderExcluirNossa mingau, proxeneta?
ResponderExcluirE na verdade o que lesbica faz, nem e considerado sexo, mas sim preliminar, que e o sexo sem penetração, o maximo que elas fazem, e um "bater canoa, lamber a tampa do Danone" rsrsrs
ResponderExcluirLola, pede um guest pro mingau. O título poderia ser Aprendiz de Cafetão...
ResponderExcluirkkkkk sexo só o que o mingau faz com o prato... Todo o resto que o mingau não participa (e vamos combinar, deve ser coisa pacas) não é sexo...
ResponderExcluirO mingau tem um sonho, no sonho ele é o Mel Gibson em O Troco...
ResponderExcluirNa realidade (triste para ele, ótima para nós) ele é só o cara revoltado porque ninguém que não tenha ficado com ele nove meses na barriga não faça seu mingauzinho...
KKKK acorda pra vida filho o que mais tem é hétero aqui fora que vira a casaca lá dentro, tem até um caso famoso de dois homens que matavam gays e depois na cadeia adivinha se pegaram, tá pensando o que é muito mais fácil um homem ter experiências homossexuais que mulheres.
ResponderExcluirVide edmundo que diz que já comeu mt viado por aí(pensando que isso não faz ser gay kkk)
e outros tantos jogadores de futebol e famosos que pegam travecos e gays.
Eu não sei em que mundo você vive mas esse não é o real!
Ué, quando feminista radical fala que a socialização existe e persiste mesmo com essa experiência de transição de gênero vira transfobia...
ResponderExcluirUm exemplo de socialização masculina é o silenciamento dos homens trans citado no post. É só juntar 2+2.
"Ué, quando feminista radical fala que a socialização existe e persiste mesmo com essa experiência de transição de gênero vira transfobia...
ResponderExcluirUm exemplo de socialização masculina é o silenciamento dos homens trans citado no post. É só juntar 2+2."
A diferença gritante entre homens e mulheres trans mostram o papel que a socialização tem.
Quem disse que sexo é só penetração
ResponderExcluirjá sei os filmes pornos, é por isso que muita mulher até hoje não sabe o que é sentir orgasmos, os homens são muito fracos, tá na hora de aprender satisfazer uma mulher.
Fábio nunca lambeu candidato a corno
ResponderExcluirfabio tu viajou legal muito homem casadinho aí paga pra dar e comer cu e as mulher é que são tudo viada
ResponderExcluirsobre o caso concordo ate homem tem que ter medo de homem ow raça ruim
O FÁBIO E A CEGONHA
ResponderExcluirUm dia o fábio foi visitar a cegonha e convidou-a para jantar.- Vem, anda comer.
Na noite seguinte, a cegonha chegou a casa do fábio.
- Que bem que cheira! – disse a cegonha ao ver o fábio a fazer o mingau.
- Vem, anda comer. – disse o Fábio, olhando o comprido bico da cegonha e rindo-se para si mesmo.
O Fábio, que tinha feito um saboroso mingau, serviu-o em dois pratos rasos e começou a lamber o seu. Mas a cegonha não conseguiu comer: o bico era demasiado comprido e estreito e o prato demasiado plano. Era, porém, demasiado educada para se queixar e voltou para casa cheia de fome.
Claro que o Fábio achou montes de piada à situação!
A cegonha pensou, voltou a pensar e achou que o Fábio merecia uma lição. E convidou-o também para jantar. Fez um apetitoso e bem cheiroso mingau, tal como o Fábio tinha feito. Porém, desta vez serviu-o em jarros muito altos e estreitos, totalmente apropriados para enfiar o seu bico.
- Vem comer, amigo Fábio.- Anda, vem comer amigo Fábio, o mingau está simplesmente delicioso. - espicaçou a cegonha, fazendo o ar mais cândido deste mundo.
E foi a vez do Fábio não conseguir comer nada: os jarros eram demasiado altos e muito estreitos.
- Muito obrigado, amiga Cegonha, mas não tenho fome nenhuma. - respondeu o Fábio com um ar muito pesaroso. E voltou para casa de mau humor, porque a cegonha lhe tinha retribuído a peça.
isso que você acha que não é sexo satisfaz mais do que essa tua pika pequena, suja e fedorenta e rodada
ResponderExcluirO autor do post está certo na sua colocação sobre o risco de ser estuprado. Apesar de se identificar como homem, ele nasceu com uma vagina e os outros presos vão realmente considerá-lo um "buraco" a ser usado. O melhor seria que homens trans fossem pra prisões femininas. Não sei como seria com mulheres trans como a Verônica, pois apesar de ser uma mulher ela agride outras mulheres. Acho que o melhor seria fazer como a Itália e construir presídios específicos pra pessoas trans.
ResponderExcluirFábio, as lésbicas não vão abrir uma exceção pra você. Elas não vão transar contigo só pq você fala da sua tara por lésbicas a cada 5 minutos. Desista. Ah, e considerando que pra você sexo é só penetração, você é PÉSSIMO de cama; se nem as mulheres hétero querem transar com você, por que acha q lésbicas iriam querer? Elas não ligam pras suas taras. Volte a tomar seu mingau de cogumelo e deixe as lésbicas em paz, please.
Para o autor do guest post:
ResponderExcluirGostei muito da sua abordagem do problema. Eu queria saber sobre o ponto de vista de um homem trans desde que li o post da Verônica.
Achei sua análise muito construtiva, pq vc consegue balancear ideal x realidade. Achei muito forte quando vc disse "escolho a dignidade do meu corpo a pronomes" pq mostra que infelizmente os aspectos práticos podem ser muito mais devastadores do que o que temos como ideal.
Lola, me desculpe, mas sua posição de que trans mulheres devem ir pra presídios femininos me parece simplista demais. O autor do guest post conseguiu captar a complexidade da discussão muito melhor. Acho que é a primeira vez que não concordo com vc.
Feminismo que defende agressores de mulheres condenados na justiça, que duvida de uma criança vítima de estupro pelo pai famoso e que quer colocar um agressor portador de pênis no meio de mulheres encarceiradas: aqui se vê.
ResponderExcluir"Porém, enquanto o risco que travestis e mulheres trans sofrem na prisão está bem documentado, há pouquíssimos indícios de que elas seriam uma ameaça à segurança das prisioneiras cis."
ResponderExcluirUsar estatísticas americanas do sistema prisional americano na cultura americana para colocar mulheres em risco, aqui se vê também.
Vamos brincar de Google? Procurem aí o caso do pedófilo assassino de criança que se declarou mulher para ir para uma prisão feminina nos EUA, já q os EUA aparentemente é exemplar para o Brasil.
Anon de 15:18, eu procurei no google e não encontrei nada.
ResponderExcluirE todas dando atenção ao Fabio. Incrivel...
ResponderExcluirSobre o assunto do post: homens trans, na minha opinião, deviam ficar em cadeias femininas.
"homem" que fala boneca é um desperdício de oxigênio. tu se acha o pica da galáxia, hein, tio?
ResponderExcluirFabio é um desperdício de ossos e sangue.
não cry, tio.....
o tio do mingau tem razão, não é sexo....
ResponderExcluiré por isso que se chama SEXO oral....
eu cabaço sei mais que o tio aí....
Tu manja muito do conceito de preliminar fião, SQN
ExcluirTu manja do conceito de sarcasmo?
Excluiro tio do mingau não tem inveja das lésbicas reais, ele tem das lésbicas de pornô, que sempre tem um pistolão de borracha....
ResponderExcluirele queria o pistolão....
OFF: é mesmo esdruxulo pornô lésbico com pau de borracha, elas são lésbicas, caraio....
Tem andado tão complicado colocar pessoas em caixinhas de estereótipos com esses relatos... É tão mais fácil assumir verdades absolutas e independentes da realidade. Tão mais confortável...
ResponderExcluirParem de ficar discutindo com troll, a discussao ja se perdeu pq vcs estao mais preocupadas se o Fabio gosta de lesbicas ou nao. Preguica.
ResponderExcluirQUANTAS VEZES SERÁ NECESSÁRIO COMENTAR QUE OS COMENTÁRIOS NÃO DEVEM SE DESVIRTUAR DO TEMA DO POST, PRINCIPALMENTE SE FOR PARA FICAR ALIMENTANDO
ResponderExcluirMASCUTROL QUE VEM AQUI JUSTAMENTE PARA CAUSAR ISSO.
AFF PARECE QUE GOSTAM
Quando esse caras comentam eu simplesmente ignoro, corro a barra lateral solenemente, agindo como se aquele comentário jamais tivesse sido feito.
eu não quis desvirtuar só dar de relho no tio do mingau.... malz...
ResponderExcluiro negocio é a Lola dar um jeito de bloquear, assim como no twitter ou outras redes...
e deixa chorar, que vão chorar em outros sites que "feminazi não aceita opinião contraria" quando todos sabemos que eles não opinam porra nenhuma...
acho que seria vantajoso pra todos....
Você não convenceu ninguém de sua "conversão". Não está do nosso lado, não finja que está...
ResponderExcluirKittsu.
ResponderExcluirsó quis zoar o tal do Fábio mesmo.
não quero convencer ninguém agora, estou sendo sincero.
uma coisa que disse lá no meu twitter em uma conversa e direi agora.
minha "conversão" não se deu da noite pro dia de fato, tudo o que escrevi nos outros posts eram ideias que eram "zumbis", mas ainda rondavam minha cabeça.
esse blog (aqui) foi o ultimo lugar que as apresentei antes de "enterra-las" de vez. foi um ultimato.
eu já não tinha a mesma convicção de quando elas "surgiram", mas ainda assim estupidamente não as vias como de toda errada.
mas depois de ver em massa, de mulheres, das quais eram as opiniões que eu queria, levei o "choque" necessário e acordei de fato pra verdade MESMO.
não quero te "empurrar" isso ou te convencer de nada, estou apenas contando o que aconteceu comigo....
A minha mais sincera opinião: presídios, banheiros, vestiários, dormitórios divididos por sexo, etc, como o próprio nome diz, são divididos por sexo, não são divididos por "gênero" ou qualquer outro conceito semelhante. Esses espaços são divididos por sexo por motivos bem óbvios que todo mundo sabe quais são e eu não preciso perder meu tempo explicando.
ResponderExcluirPessoas do sexo masculino querem acesso a espaços exclusivos para pessoas do sexo feminino porque desejam ter acesso irrestrito ao espaço pessoal e corporal de pessoas do sexo feminino e porque são narcisistas que acreditam que devem ter direitos sobre tudo e só se importam em satisfazer seus desejos e seu próprio ego, não dão a mínima para pessoas do sexo feminino, sua segurança, sua saúde e seus direitos. Se pessoas do sexo masculino devem ser separados uns dos outros porque também ameaçam e causam prejuízos à vida e à integridade uns dos outros, a solução é enfiar pessoas do sexo masculino no mesmo espaço fechado de pessoas do sexo feminino?
ResponderExcluirSeria interessante saber o que uma presidiária cis pensa da ideia de ter um travesti como companheiro de cela...
ResponderExcluirForçou a barra anon de 11:50, estou vendo muito isso.
ResponderExcluirQuerem respeito aos gays, mas ficam de chacota com quem é hétero, ficam dizendo que todo mundo é bi, famosas como Daniela mercury dizendo para n sei quem beijar ela ou namorada, n lembro direito, para provar que n tinha preconceito...
O cara hétero, n tem nada com outro homem na cadeia, obviamente pq é hétero, sendo assim n há razão para ter nada com outro homem.
Quer dizer que toda mulher presa vira lésbica?
Nunca vi problema nenhum na homossexualidade, mas posso ficar anos sem transar com homem que n vou ficar com mulher, por quem n sinto nada, só por estar carente.
Mimimimimimimimi
ExcluirObrigada, H., pelo seu depoimento. Fui eu quem sugeri nos comentários do post sobre a Verônica a opinião de um homem trans. Vejo que as coisas realmente não são nada simples, nem redutíveis a crenças que parecem, a princípio, mais igualitárias.
ResponderExcluirAcho que devemos, todos, estar mais abertos às opiniões das pessoas que estão diretamente implicadas na questão, e sermos menos intransigentes nas próprias opiniões. Não é tão simples quanto parece.
Ainda sobre o Idelber, texto de 2005 confirmando as praticas posteriormente denunciadas: http://www.rafael.galvao.org/2005/02/o-estranho-caso-do-professor-idelber-e-do-doutor-avelar/
ResponderExcluirNao sei se as autoras do tumblr ja conheciam esse texto. Abs.
Lolinha, sabe quem discordaria com esse seu postzinho? Ó, fazer uma listinha rápida de cabeça:
ResponderExcluirGermaine Greer, Robin Morgan, Susan Brownmiller, Mary Daly, Sheila Jeffreys, Janice Raymond, Kathleen Barry, Ti-Grace Atkinson, Adrienne Rich, GLORIA STEINEM na década de 70(embora ela tenha mostrado algum apoio as trans hj em dia, não acho que o discurso que ela mantém seja compatível com transativismo)Carol Hanisch, Christine Delphy, Kathie Sarachild, Kathy Scarbrough...
Sabe quem são essas mulheres acima? As criadoras do movimento feminista. Até mesmo o símbolo do feminismo moderno foi criado por Robin Morgan.
Nos EUA, Lola, uma transsexual estuprou e matou duas mulheres. Você a colocaria num presídio feminino?
Quanto mais o tempo passa, mais transfóbica fico, pois quanto mais o tempo passa, mas eu sei que aquilo que chamamos de masculino e feminino são construções. E você, Lola, demostra uma mentalidade similar a de um esquerdomacho.
"Nos EUA, Lola, uma transsexual estuprou e matou duas mulheres. Você a colocaria num presídio feminino? "
ExcluirCertamente, já que é totalmente ok colocar a Verônica e seu pênis de homem e sua força de homem e a sua agressividade de homem espancador junto de mulheres dentro da mesma cela.
Nesse caso é simples, travesti (com orgao reprodutor masculino) = prisao masculina.
ResponderExcluirTranssex (operada) = prisao feminina.
É o segundo (acho que é até mais) cara que fala asneira de sexo esse Fábio.
ResponderExcluirAnon, os tempos mudaram. O feminismo da década de 70 até hoje é criticado por ter excluído mulheres negras e lésbicas. Gloria Steintem foi uma que mudou totalmente seu posicionamento e hoje jamais consideraria mulheres trans não mulheres. Hoje só uma corrente muito pequena do feminismo ainda se dá ao luxo de excluir mulheres. Não é o meu feminismo. Um feminismo que exclui e segrega e hostiliza um grupo já muito oprimido não me contempla.
ResponderExcluirAcredito ser indefensável permitir que em ambiente de confinamento compulsório alguém com pênis fique junto das mulheres. Basicamente um convite ao estupro. Lugar de travesti que comete crimes é na cadeia sim, em ala separada sim, mas em presídio masculino. Separam até evangélicos, qual o problema de separar essas pessoas também?
ResponderExcluirUma ideologia/movimento que faz coro com o patriarcado afirmando que mulheres são homens castrados/homens feminilizados, afirmando que a submissão é "o certo" para as mulheres, que gostar de coisas "femininas" (rosa, boneca, embelezamento, maquiagens, cabelos longos, roupas apertadas, vestidos, batom, bolsas, sapatos de salto, etc.) é coisa de mulher (então se você se identifica com essas coisas, você é mulher) e que a dominação é "o certo" para os homens, que gostar de coisas "masculinas" (azul, carro, ciências, tecnologia, esportes, artes marciais, cabelos curtos, roupas práticas, sapatos confortáveis, etc.) é coisa de homem (então se você se identifica com essas coisas, você é homem) pode ser qualquer coisa, menos feminismo.
ResponderExcluirLola, essas feministas da década de 70 que citei continuam com a mesmíssima opinião ainda hoje. A única dessas que mudou um pouco a opinião foi a Steinem, mas como te falei, foi por covardia. Ela ficou com medo de sofrer a perseguição que a Germaine Greer sofre. Germaine Greer recebe ameaças de estupro, de morte. Um travesti chegou a mandar uma carta esporrada pra ela dizendo que o esperma dele tem mais mulheridade do que ela jamais teve. Outra coisa, a melhor amiga da Gloria Steinem é a Robin Morgan. Pra mim a retratação da Gloria Steinem foi bem pequena e duvidável perto de tudo que ela escreveu. Ela falou que as palavras dela do passado foram distorcidas com a internet. É mentira. Eu tenho a versão original do livro dela e ela continua a mesmíssima feminista radical da década de 70: se opondo a legalização da prostituição, o bdsm e a pornografia (hétero ou gay), os papéis de gênero. Características CLÁSSICAS do feminismo radical. Ela nunca disse que transsexuais são mulheres, ela disse que entende que hoje em dia as pessoas não queiram mais viver num binarismo de gênero. "Essas vidas devem ser celebradas, não questionadas", foi o que ela disse. Pensamento comum do feminismo radical. Veja se o que ela disse algum tempo dps dessa retratação não tem tudo a ver com o pensamento radical: "I would say that each of us has only one thing to gain from the feminist movement: Our whole humanity. Because gender has wrongly told us that some things are masculine and some things are feminine... which is bullshit." Isso tem alguma coisa a ver com transativismo? hahahaha NUNCA! Embora tenha algumas feministas que vão mais longe e escrevem livros e livros se opondo, como Sheila Jeffreys, a maioria das feministas radicais concordam com tudo que a Gloria diz. O que elas não querem é que os espaços femininos e a segurança feminina seja colocada em risco em nome de id de gênero. De resto, até mudança de sexo e nome social as feministas radicais suportam. O problema é que essas trans querem o protagonismo do feminismo, querem silenciar mulheres, querem invadir espaços, querem obrigar as feministas a pensar que prostituição e pornografia é empoderador. Você está muito enganada sobre o Feminismo da Segunda Onda. Essas supostas críticas vêm lá do backlash que feminismo sofreu. Coisa de reaça que fala de comunista no McDonald. O feminismo mais radical da Segunda Onda nunca foi racista. Há grandes feministas negras daquela época: Alice Walker, Angela Davis, Flo Kennedy, Dorothy Pitman Hughes. Hoje em dia não há nem feministas negras nem feministas brancas com a força dessas mulheres. Falam do racismo da segunda onda como se houvesse racismo na terceira. hahaha
ResponderExcluirVocê também está desinformada com o feminismo lésbico. As grandes teóricas lésbicas são TODAS da Segunda Onda. Algumas delas estão entre as citadas no meu outro comment. Você quer saber mesmo onde existia lesbofobia e racismo na segunda onda? Em feminismos LIBERAIS como o da patética Betty Friedan. Dps dê uma pesquisada no papelão dela com aquela coisa de "Lavender Menace". Nem da Gloria Steinem ela gostava, por achar que Gloria era "man-hater".
Não é a toa que a outra patética, Camille Paglia, segundo ela "Betty era a única feminista que se diferenciava do feminismo 'stalinista' da época da Gloria Steinem". A Camille gostar da Betty Friedan diz muita coisa. Betty Friedan, Bella Abzug eram todas água com açucar, eram café com leite. O feminismo radical da segunda onda era completamente anti-capitalista, anti-hierarquia e queria uma mudança profunda na sociedade. No feminismo radical ñ havia lugar para feministas reformistas que mantém o sistema como Betty Friedan e afins. Gloria começou meio discreta qdo iniciou com a Ms. Magazine, mas dentro de 2 anos ela radicalizou e as feministas que no início falaram mal, começaram a ver na Ms. uma poderosa arma de luta.
"Um travesti chegou a mandar uma carta esporrada pra ela dizendo que o esperma dele tem mais mulheridade do que ela jamais teve."
ExcluirExatamente a atitude esperada de um homem, usando o falo e o produto da ejaculação para intimidar e constranger mulheres.
"O que elas não querem é que os espaços femininos e a segurança feminina seja colocada em risco em nome de id de gênero. De resto, até mudança de sexo e nome social as feministas radicais suportam. O problema é que essas trans querem o protagonismo do feminismo, querem silenciar mulheres, querem invadir espaços, querem obrigar as feministas a pensar que prostituição e pornografia é empoderador"
ExcluirE mulher está tão acostumada a baixar a cabeça pra homem que, em uma comunidade supostamente feminista, uma MULHER, pessoa XX com útero, cometeu a extrema ousadia de falar sobre pílula anticoncepcional e foi expulsa por não ter colocado aviso de trigger warning "em respeito às irmãs trans desprivilegiadas do aparelho reprodutor feminino". E aí se você comete outra ousadia, a de apontar o absurdo da situação você é transfóbica e está silenciando a autoridade (masculina, socializada como homem e portanto naturalmente confortável em ser impositiva sobre mulheres ) presente.
Eu tenho várias críticas ao feminismo radical mas sem a menor dúvida a proteção declarada dos espaços femininos não é uma delas.
E Lola você não me respondeu sobre a trans que estuprou e matou duas mulheres nos EUA. Você a colocaria num presídio feminino?
ResponderExcluirGente, que preguiça dessas Radfems nos comentários.
ResponderExcluirVão ler um pouco sobre o que a Daniela Andrade fala sobre protocolo transexualizador, e ai continue a dizer se o transfeminismo defende estereotipos de genero.
Façam-me o favor!
"Anon das 22:42, no face tem travesti que dizem na maior cara de pau que elas tem orgulho de seus pênis, que elas tem orgulho de serem "ativas" e que não são menos mulheres por causa disso."
ResponderExcluirOK, trans necessariamente devem sofrer de disforia?
Cade o estereotipo de genero que "mulheres devem ser passivas" aqui?
Se eh a mesma comentarista anonima, seu discurso ta sem coerencia interna.
Gente que quer obrigar mulheres, com chantagem, a fazerem sexo com quem elas não desejam porque, apesar de ser impossível ignorar a existência do órgão sexual, na verdade trata-se-ia de um "pênis feminino" age como homem, deve ser tratado como homem e não merece nenhuma acolhida de qualquer vertente do feminismo realmente séria e verdadeiramente comprometida com as MULHERES.
ResponderExcluirEu nem sou feminista radical, aliás sou só uma leiga, mas não acho difícil entender o que elas falam gente!
ResponderExcluirO feminismo radical prega, que o gênero como nós conhecemos é uma construção, até ai o feminismo como um todo sempre pensou isso. Se vc aceita a transexualidade, transgeneridade e até a homossexualidade* e principalmente acolhe isso como pauta do feminismo, vc está implicitamente afirmando que uma das principais pautas do feminismo é na verdade um engano, ou seja, o gênero não é construção social é biológico e sendo assim cabe as mulheres reformularem anos de luta.
Não digo que tem que se concordar com o feminismo radical, mas que tem lógica tem.
E outra, o feminismo pulverizou tanto suas pautas que é impossível não perder força, parece aquela velha máxima, mulher é tão boazinha que tem lutar por todo mundo em detrimento de si mesma.
E por ultimo, me parece covardia sempre jogar racismo na conversa quando o assunto é feminismo radical, se houve/há racismo isso não desqualifica a lógica por trás do pensamento feminista radical.
*Aqui logicamente não falo do desejo sexual da pessoa, mas sim dos trejeitos, e do que comumente a sociedade conhece como apresentação de um homossexual, ou seja, lésbica é machão e gay é afeminado.
Anônima de 0806. Entendo seu ponto. Até um pedaço até concordo. O que acho problemático é essa parte: "mulher é tão boazinha que tem lutar por todo mundo em detrimento de si mesma."
ResponderExcluirNão acho que seja questão de ser boazinha. Mas eu sou parda. Sofro com racismo. Leve, mas sofro. Sou bissexual. Sofro com homofobia. Muitas vezes vinda, inclusive, de homossexuais, que acham q bis são 'indecisos'. E sou mulher. Não acho que sendo feminista e, por exemplo, lidando com racismo, eu esteja lutando a luta dos outros ou sendo boazinha (ou pior, condescendente) com negros. É uma luta minha tb.
Eu pergunto pra vc oq já perguntei antes: se isso seria tomar a luta dos outros e em detrimento a minha oq fazer com um monte de mulher cis que não é branca? Ou que é lésbica? Esse é um questionamento sério. Eu realmente quero saber o pensamento de vcs (delas? Já que vc disse que não é rad) a respeito disso, pq quando procuro algo no meio "rad" só encontro agressividade.
Raven Deschain, realmente no meio feminista radical não há muito espaço para diálogo, por isso falei que não me considero feminista radical, eu apenas compreendo essa pauta, e entendo que causa dano a primária ideologia feminista aceitar a transgeneridade e transexualidade.
ResponderExcluirEu não concordo de nenhuma forma com racismo nem com homofobia, o que penso em resposta a sua pergunta é, individualmente nós podemos lutar por quantas causa que quisermos usando claro, uma critério de prioridades e momento, mas como grupo, no caso o feminista é preciso entender qual a principal pauta, e tentar manter um foco, porque algumas pautas que tem sido abraças conflitam com outras, e ai o que fazer?
Quanto a vc, vc fala de sua sexualidade como sendo bi, eu acredito que dentro do feminismo radical isso é implicitamente tratado, pois veja, se o gênero é construído e muito possivelmente a sexualidade tmbm, então num futuro próximo seria muito mais aceitável a bissexualidade que a homossexualidade como nós conhecemos, novamente falando de trejeitos. Entende o que quero dizer?
Aqui eu não falo do tratamento digno que deve ser dado a qualquer pessoa, respeito a dignidade humana não entra em questão, a questão é, abraçar algumas pautas pode fornecer ferramentas para desqualificarem a alegação feminista de que o gênero é uma construção social.
Mas isso tudo é claro é muito difícil, porque movimentos são feitos por pessoas, é tudo muito difuso, posto que, compreensivelmente todos querem lutar para melhorar sua própria condição no mundo.
Um dia desses teve uma reunião de um grupo lgbt no meu serviço e uma trans (rs várias) usaram o banheiro. Uma delas eu consegui identificar ser trans. Gente, era uma senhora. Não era a "periguete musculosa e bronzeada da prostituição e drogas" que parecem que sempre associam com travestis. Era só uma senhora, poderia ser passar pela mãe de alguém ali... Não sei se é verdadeira essa noção de que são "inquisidores do espaço feminino", não foi isso o que aconteceu. Ao contrário de quando entrou um homem no banheiro feminino e mijou de porta aberta. nesse dia sim fiquei ofendida.
ResponderExcluirCompreendi. Obrigada. =)
ResponderExcluirKittsu, em um subway aqui de Curitiba, a gerente é uma moça trans. E olha: que #phineza. Morro de inveja. Por conhecer pessoas assim, reluto em achar que toda trans é Verônica.
Raven, nessa foto de perfil é vc? Se for, vc é negra. É parda mesmo, não é preta, mas é negra. E racismo leve não existe.
ResponderExcluirNossa, quanta TERF aqui e as pessoas preferindo dar atenção pra mascu ao invés de questioná-las.
ResponderExcluirE quanta ignorância nos comentários!
Primeiro de tudo: já existe resolução federal que sugere que pessoas trans* (tanto mulheres quanto homens) vão para as penitenciárias femininas.
Achar que uma mulher trans vai estuprar as demais detentas só pelo fato de possuir um pênis e ter tido uma suposta socialização masculina (que é algo totalmente subjetivo. socialização não é a mesma nem para pessoas cis), é de uma transfobia IMENSA!
E quanta ignorância sobre o sistema penitenciário, ein????
Da mesma forma como em algumas prisões masculinas os agressores sexuais são mantidos separadamente dos demais detentos, o mesmo poderia ocorrer nas penitenciárias femininas. Portanto, se hipoteticamente uma mulher trans estiver cumprindo pena por estupro, ela deveria ser deixada separada das outras detentas da mesma forma que ocorre nas prisões masculinas (alguém conhece algum caso de mulher trans acusada de estupro no Brasil? Pq se as radfem vivem se baseando na "realidade material" para dar carteirada, tem que haver alguma prova disso na materialidade tb).
Olha, vão estudar!
ResponderExcluira) Os trolls me dão nojo, mas vamos ao tema.
b) Ninguém deveria ser violentado na cadeia, nem homem e nem mulher, os carcereiros deveriam evitar eles recebem salário para tomar conta dos presos.
c) A sociedade está evoluindo para a idade das trevas, tudo resolvido na violência
d) Não apoio Verônica mas não aceito a violência que ela sofreu
"E outra, o feminismo pulverizou tanto suas pautas que é impossível não perder força, parece aquela velha máxima, mulher é tão boazinha que tem lutar por todo mundo em detrimento de si mesma."
ResponderExcluirConcordo e discordo.
Discordo, pq tem a questão levantada pela Raven: uma mulher negra e lésbica, ao lutar por si, vai tb acabar lutando pelos negros e homossexuais. Ok.
E concordo pq já vi gente, feministas inclusive, passando a mão na cabeça de homens (cis) negros só por serem negros. Detalhe: eles eram assediadores. E a menina que falou do assédio (que era branca) saiu como a "sinhazinha" da história. Acho que nesse ponto de vista, o anon tem certa razão. Mas tb não sei se é isso que ele quis dizer.
Concordo TOTALMENTE com o anonimo " mulher é téao boazinha que luta em detrimento de si mesma".
ResponderExcluirEu sou mulher. Essa é minha maior luta. Não pode pagar empregada porque é escravizar ainda mais as mulheres pobres. Enquanto as classes não se acertam, tenho queabandonar o trabalho para cuidar do filho.
Não pode comer carne, porque " você acha um frango infeiror ao humano ,não encha o saco quando os homens te acharem inferior" ( sim, alguém disse isso no blog da Lola).
Não pode falar que tal cara te tratou mal, porque, ai coitado você fala isso so porque ele é negro.
E por ai vai.
Entendo perfeitamente o que a Reven disse. Tem gente que combate em varias frentes. mas tenho a impressão que todas as outras frentes passam na frente do feminismo.
PArece que so posso lutar pelas mulheres no dia que não tiver mais um pobre no mundo, no dia que ninguémmais comer carne, no dia que todas as energias forem renovaveis, no dia que todos os negros estiverem bem. Ai sim, so la, vamos dar atenção a esses problemas menores, como o das mulheres.
Yara
Yara, vc disse tudo o que eu queria dizer.
ResponderExcluir"É parda mesmo,não é preta, mas é negra"
ResponderExcluirWHAT!!!!
Yara, dá cá um abraço.
ResponderExcluirConcordo plenamente com a anonima de 08:06. Parece que as feministas moderadas de hoje não conseguem parar de tentar provar que são"boazinhas e meigas". Nada assusta mais uma feminista do que ser confundida com alguém que odeia homens. Não me leve a mal, eu não odeio homens, nem um pouco. Mas também não passo a minha vida tentando provar o contrário. Não deixo de lutar pela minha causa para não causar uma má impressão.
ResponderExcluirEssa ideia de que temos que lutar por todas as outras minorias dentro do feminismo é um reflexo disso. É a eterna vontade de agradar. O discurso é sempre o mesmo - "vem ser meu amigo. Veja como eu sou boazinha, eu também luto por você".
Já quanto ao tema do post, eu discordo da Lola. Me incomodaria muito ficar na mesma cela de alguém que possa potencialmente me estuprar. Todos me estuprariam? Claro que não, assim como nem todo homem cis estupraria. O que não torna menos absurdo ter celas mistas.
No mais, existe uma diferença entre travestis e transexuais. Travestis são homem que se identificam como tal, ou pelo menos parcialmente como homens. Não tem sentido nenhum irem para prisão feminina.
Yara, vc disse tudo, cara. Obrigada!
ResponderExcluirAnon das 11:55, eu não estou muito preocupada em agradar não. Eu não quero ser confundida com alguém que odeia homens porque eu não odeio homens, ué. Homens são importantíssimos na minha vida e eu os amo (mulheres também). E porque eu acho que é impossível mudar o mundo sem mudar também os homens.
ResponderExcluirMas duvido muito que alguém seja feminista pra agradar quem quer que seja. Seria mais fácil agradar sendo antifeminista. A Camille Paglia, por exemplo, agrada bastante, por isso tem tanta mídia.
Eu não luto contra o racismo, a homofobia, a transfobia, a gordofobia etc pra agradar. Eu luto porque acredito que esses preconceitos estão completamente errados e porque acho que todos eles estão relacionados com opressão e com o patriarcado. Não é uma luta diferente do feminismo, pra mim. É A MESMA LUTA. Eu não incluo mulheres trans no meu feminismo porque sou boazinha. Incluo porque acredito que mulheres trans são mulheres.
Porque EU me sentiria muito mal sendo feminista segregacionista, feminista que exclui.
A partir de qualquer um dos pontos de vista tradicionais, seja essencialista, determinista biológico, ou completamente construcionista social - aceitar que corpos reconstruídos para imitar a aparência física feminina sejam incluídos na classe sexual 'Mulher' (por mais mal definida e problemática que possa ser essa categoria) parece não ter lógica nem mesmo de base. Mesmo a partir de uma perspectiva puramente construcionista social, a socialização infantil é muito enraizada na fisicalidade. Talvez trans MtT (macho para trans) também não sejam machos, mas é questionável se isso deve fornecer automaticamente uma base para a definição de "mulher" incluir qualquer ser humano que é considerado "não macho". Apenas amontoar automaticamente qualquer um "não macho" em ser mulher, é bizarro. Somos uma classe/sexo completa e própria.
ResponderExcluirTambém não me considero radfem, não li nada de teoria e autoras radicais, mas sigo muitas no Twitter e Facebook (assim como sigo liberais e itersec) e concordo com muitas coisas que elas falam.
ResponderExcluirYara e a anônima que falou sobre "mulheres boazinhas", vocês acertaram bem. O que eu gosto no feminismo radical é que ele tenta focar as pautas nas mulheres, enquanto outras correntes ficam até considerando as "opressões" que os homens sofrem. Por exemplo: recentemente um cara branco hétero escreveu um texto falando que "o homem branco é o que mais sofre no mundo", algumas feministas criticaram e outras vierem defender o cara, falando que "nós como oprimidas, não podemos desconsiderar que os homens são oprimidos também!". É de chorar quando leio uma coisa dessas. Querem que as feministas abracem todas as causas do mundo, mas quem mais vai lutar pelas mulheres?
Sobre o post: entendo esse moço que escreveu o guest, e realmente acho que homens trans correriam muito risco em uma prisão masculina. Sobre mulheres trans, eu não sei o que dizer. É claro que nem todas seriam um risco, mas alguém como a Verônica, por exemplo, eu considero um risco para as outras (afinal, ela quase matou uma mulher, uma senhora). Talvez fosse melhor mesmo ficar em celas separadas.
PS: vale lembrar que não acho certo travestis sofrerem violência por parte de policiais. Estou dizendo isso porque é só criticar a Verônica que chovem pessoas falando que a gente "gostou" do tratamento que ela teve na prisão.
A insistência de que mulheres feitas pelo homem sejam aceitas como mulheres, é a expressão institucional da convicção errônea de que as mulheres são machos defeituosos. (Germaine Greer, A Mulher Inteira - 1999)
ResponderExcluirLola lindeza do mundo, venho responder seu comentário mesmo não sendo o anon das 11h55.
ResponderExcluirAcho que o que x anon quis dizer é que na hora das lutas multiplas, muitas vezes hierarquizamos, e nessa hierarquia, as outras frentes passam antes do feminismo.
Alguns exemplos citados:
-a menina que reclamou de assedio e foi chamada de sinhazinha
- A travesti - que tem pênis- e é posta na cela com mulher. para que ela se sinta bem, colocamos as mulheres em perigo
- ser quase coagida a lutar pela causa vegetariana porque eu defendo "somos todos iguais" -sim, mas eu me acho superior a um frango, me julguem!
Eu também luto pelos direitos das outras ditas minorias. Mas caso tiver que prorizar, pririzo as mulheres, coisa que muita femisita tem medo de fazer, para não passar por mulé-mal-cumida.
Não é agradar no sentido de ser hipocrita, mas sim de poder escolher minhas próprias lutas, sem desmerecer as outras, mas se tiver que escolher, minha escolha está feita.
Yara
Que tal um guest post com a Yara sobre esse assunto?
ResponderExcluirSou a anônima do 29 DE ABRIL DE 2015 08:06
ResponderExcluirYara seu comentário em 13:01 foi perfeito exatamente o que eu iria responder.
E é essa a impressão que tenho tmbm
Caso tiver que prorizar, pririzo as mulheres, coisa que muita femisita tem medo de fazer, para não passar por mulé-mal-cumida.
É preciso desmitificar um pouco o feminismo radical.
Gostaria de um guest post da Yara tmbm ;)
E por que tem que priorizar algum assunto, ainda mais se, como eu falei, machismo tem ligações estreitas com homofobia, racismo, transfobia, gordofobia, capacitismo etc? (e inclusive com especismo, Yara). Meu blog tem 7,5 anos e 3,7 mil posts sobre um monte de assuntos. Muitos são sobre feminismo. Mas até parece que vou deixar de falar de racismo, homofobia, etc. Dá pra pensar que tem feminista que fala de mil e outros assuntos não porque não priorize as mulheres, não porque "tenha medo de priorizar as mulheres", não porque "quer agradar", mas porque, pra ela, os assuntos estão relacionados com feminismo?
ResponderExcluirEspecismo, por exemplo. Eu não sou vegetariana nem vegana e sou bastante especista -- também me considero superior a um frango e incomparavelmente superior a diveros insetos. Mas nem por isso eu deixe de achar relevantes assuntos como especismo e feminismo, machismo relacionado a consumo de carne etc. É claro que especismo pode ser um assunto feminista. Eu não tenho nem que concordar com tudo que está sendo dito, mas é importante conhecer um pouco.
Yara, uma travesti deveria ser colocada numa prisão feminina não para "se sentir bem", mas para não ser violentada. Pra mim, há uma distância entre "sentir-se bem" e "não ser violentada".
Desculpe, gente, os argumentos estão muito rasteiros se são do tipo "vc fala disso pra agradar ou por ter medo". Entendam: o que vcs não consideram lutas feministas podem ser vistas como lutas feministas por muita gente.
Pra quem "não julga mulheres", algumas de vocês parecem bem rápidas em achar que feminista fala disso ou daquilo pra agradar ou por medo.
Ora, mas claro que uma mulher trans deve ser presa numa cadeia feminina. Ela não tem culpa de ter um pênis.
ResponderExcluirLEMBREM-SE: não se nasce mulher, TORNA-SE uma. Uma mulher trans é tão mulher quanto qualquer outra.
A única ressalva que faço é que deve haver uma fiscalização, para não termos uzomi fingindo que é mulher trans só pra comer mulher na cadeia.
Lola eu gostaria que vc me respondesse
ResponderExcluirComo defender/acreditar na transgeneridade/transexualidade sem negar a afirmação de que não se nasce mulher, torna-se?
Não estou querendo causar, é uma pergunta mesmo, se puder responder ou ao menos comentar a respeito seria bom.
Ou quem sabe até fazer um post, ou convidar alguém para fazer.
Lola, não sei as gurias (Yara e anonimas), mas quando comentei nem estava me referindo a você, nem ao seu blog, e nem falando que algumas feministas falam/fazem tal coisa pra "agradar". E MUITO MENOS que as causas do racismo, homofobia, etc. sejam descoladas do feminismo. Seria erroneo da minha parte descolar essas causas.
ResponderExcluirO que quis dizer (e imagino que as meninas tb...) é quando essas causas entram em "conflito", como no caso que citei da moça assediada por camelôs.
Ela fez um depoimento falando do assedio, que ficou literalmente encurralada por vendedores ambulantes a assediando e "comendo com os olhos" e se sentiu mal. Uma página do Face escreveu uma nota de repudio com um titulo mais ou menos assim "Eu só vejo mais uma sinhá".
Englobar diferentes causas no feminismo por serem inerentes a ele = OK, é o mínimo.
Priorizar sempre outras pautas em detrimento das mulheres (CIS E TRANS) = nada OK
"Como defender/acreditar na transgeneridade/transexualidade sem negar a afirmação de que não se nasce mulher, torna-se?"
ResponderExcluirPelo que eu sei, essa frase da Simone de Beauvoir não tem nada a ver com transgeneridade. No contexto do livro, ela usa essa frase para afirmar que o "ser mulher" é seguir as regras que a sociedade impõe para ser uma mulher "feminina" ("mulher de verdade", como gostam de dizer). A mulher não tem liberdade de nascer e existir do jeito que ela é, como o homem tem. A mulher precisa ser educada para preencher esse molde de "mulher de verdade" que a sociedade impõe. Por isso a Simone diz que nós não nascemos assim, somos moldadas pela sociedade.
"E outra, o feminismo pulverizou tanto suas pautas que é impossível não perder força, parece aquela velha máxima, mulher é tão boazinha que tem lutar por todo mundo em detrimento de si mesma."
ResponderExcluirEu não concordo que tenha perdido a força ou vá chegar a perder. Acho que o feminismo pode, sim, aderir a outras causas (racismo, homofobia, transfobia) e ainda estar totalmente focado na mulher. Não é tão difícil assim...
O 'problema' é que cada pessoa tem sua opinião e às vezes não bate com a de outras, e leva tempo para todo mundo chegar a um consenso e lutar pelo mesmo X.
É assim mesmo com movimentos sociais, especialmente os que lutam contra a opressão, ou uma cultura extremamente impregnada nas pessoas. Nem todo mundo tem o mesmo entendimento. E é ainda mais complicado em um país como o Brasil, em que as pessoas parecem preferir manter a opinião ignorante do que estudar, e alguns nem tem acesso a educação.
Infelizmente, as coisas andam devagar, quase rastejam :/
Acho perfeitamente possível se lutar em várias frentes: mulheres negras/mestiças tem especificidades diferentes de mulheres brancas; assim como mulheres pobres e ricas; mulheres magras e gordas etc.
ResponderExcluirSó que às vezes cansa ser simpática a causa alheia quando não os outros movimentos não pensam nas mulheres tb.
"Só que às vezes cansa ser simpática a causa alheia quando não os outros movimentos não pensam nas mulheres tb."
ResponderExcluirTHIS.
Lola, ninguém falou que racismo, especismo, homofobia não são importantes, ou que falamos disso para "agradar homem", ou ainda, que você não deveria falar disso no seu blog. Tenho certeza que a maioria das pessoas gosta da diversidade de assuntos propostos.
ResponderExcluirEu sou ativista de sofá na luta por por Homossexuais e Negros. E claro que acho que elas tem uma ligaçãoo forte com feminimo.
MAAASSSSS não são a mesma luta. Não são. Quantos negros do movimento negro dão porrada na esposa? E acham que mulher deve cozinhar e calar a boca? E gays misóginos? Vamos pertuntar aos militantes veganos se o feminimo "é a mesma luta deles". Ou aos negrOs.
Eh preciso sim falar dos tipos diversos de opressão, e simpatizar com os movimentos, e ficar feliz com as vitorias, mas como diria o filosofo: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
POrque um gay pode lutar pelo casamento dele sem ter que ouvir que ele é um comedor de frango hipocrita? E porque um negro pode lutar por igualdade e ninguém vai chama-lo de hipocrita porque "embora lute pelos negros se recusa pagar pensão pro filho"?
Talvez a luta deles seja a nossa, mas nossa luta não é a deles. E devemos saber que na hora que o bixo pega, estamos sozinhas, e nos por em primeiro lugar.
Yara
Nas prisões femininas poderiam ter alas para mulheres trans.
ResponderExcluirDizer que não se nasce mulher, torna-se, não é dizer que qualquer um pode se tornar mulher, que se tornar é mulher é uma escolha própria ou auto-identificação. Vocês que ficam usando essa frase fora de contexto pra justificar a agenda trans dentro do feminismo, sequer já leram a citação completa da mesma?
ResponderExcluir"Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização como um todo que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino. Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um Outro."
A Simone de Beauvoir não tava falando de trans, seus machos idiotas egocêntricos. Ela tava falando de como as pessoas do sexo pessoas feminino são moldadas por toda a civilização para se tornarem "mulheres", o outro dos homens, para desempenhar o papel de servi-los. Ela tava falando que as fêmeas não nascem escravas, mas são tornadas escravas pela sociedade masculina, não tava falando de macho narcisista que tem fetiche de se "ser mulher" não. Acorda pra vida!
ResponderExcluirPs: B, era isso mesmo que eu quis dizer.
ResponderExcluirNa hora que as lutas entram em conflito, vem : cor, classe, orientação sexual, nacionalidade, profissão dos pais, time de futebol, e depois, bem depois, o sexo da pessoa.
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E Jesus Christ, ninguém disse que as lutas não são compativeis.
yara
Bizzi, no contexto de Beauvoir da sim para questionar a transgeneridade. Se "'ser mulher' é seguir as regras que a sociedade impõe para ser uma mulher 'feminina'", quando alguem diz que se identifica como mulher, vc está se identificando com o que mesmo??
ResponderExcluir"Ora, mas claro que uma mulher trans deve ser presa numa cadeia feminina. Ela não tem culpa de ter um pênis."
ResponderExcluirA culpa é das mulheres então, pra variar? Nenhuma mulher tem culpa nenhuma por alguém ter pênis. Sorry not sorry.
Yara,
ResponderExcluirParabens. Falou tudo. Esse negócio de ficar misturando causas acaba perdendo o foco. Até pq movimento nenhum compra a causa feminista.
CeticaSsa, anônima das 13:46
ResponderExcluirEstava olhando minha resposta e vi que confundi os comentários. No contexto do livro a Simone não fala de transgeneridade, mas de acordo com pergunta da anônima das 13:46, e assim como você falou, é possível utilizar a frase para contestar sim. Foi confusão minha mesmo.
Gostaria de dizer que, a partir do momento em que começaram a ignorar os comentários desconexos, a conversa se tornou muito esclarecedora nos comentários. Adorei saber mais sobre o tema, e toda a discussão nos comentários. Por mais posts e comentarios assim, por favor!
ResponderExcluirHomens liberais às vezes abraçam o seu 'lado feminino' - mas todo mundo parece esquecer que o 'lado feminino' de um homem não tem nada a ver com ser mulher, biologicamente ou socialmente. O 'lado feminino' dos homens sempre só poderá ser uma parte da masculinidade, mas talvez uma parte que é difícil para os homens aceitarem em sua própria identidade - o conceito masculino de "Outro" é uma parte do próprio Eu dele. Este "Outro" ou "gêmeo" do Eu do sexo masculino pode ser uma versão mais suave, mais delicada da masculinidade, mas não é ser do sexo feminino.
ResponderExcluirAo longo da história, esta "geminação" da masculinidade pode ser vista na mitologia, religião e política. Exemplos abundam - Castor & Pólux, Apolo e Dionísio (que muitas vezes apareceu 'em forma feminina'), Cain & Abel, revoluções sócio-políticas, por vezes, descritas como as revoltas de Filhos delicados contra seus Pais cruéis, até mesmo o moderno uso político-militar dos termos 'falcões' e 'pombas' - e a imagem do Deus irado da tradição Judaico/Cristã/Islâmica - contrastado com Seus Filhos ou Profetas delicados, 'efeminados'. Como Robert Graves explica em A Deusa Branca:
Será alegado que o homem tem como válida uma reivindicação à divindade como mulher. Isso é verdade apenas em um sentido; ele é divino não em sua única pessoa, mas apenas como gêmeos. Como Osíris, ele está sempre com ciúmes de seu irmão gêmeo - Set, e vice-versa; ele não pode ser os dois ao mesmo tempo, exceto por um esforço intelectual que destrói a sua humanidade, negando a dependência de ambos os gêmeos em relação a Ela, e este é o defeito fundamental de ambos os cultos Apolínio e Jeovístico. O homem é um semideus; ....o homem inveja a integridade Dela, foge com a divindade Dela, e diz a si mesmo mentiras sobre a sua própria integridade, e desse modo se torna miserável; porque se ele é divino e completo, ela não pode ser.... Ela se torna uma mera ninfa, e o amor dele por ela se transforma em desprezo e ódio...
Esta dança eterna de Osíris e Set, pode superficialmente valorizar mais altamente aquelas características tradicionalmente associadas com o macho, mas a 'metade feminina' dele, o 'lado feminino' do macho, também é valorizado, mas retornado para nós como a única definição de mulheridade a qual tanto nascidos-homens ou nascidas-mulheres podem aspirar. A mensagem para todo mundo é que os homens são mulheres "melhores" do que as nascidas-mulheres são, e uma parte do processo de se tornar uma "mulher real" (e digna de ser 'a outra metade' do homem) é negar, remover, minimizar, ou reconstruir toda a biologia exclusivamente feminina (e as construções sociais também) para se ajustar à imagem do "Outro" Eu dele.
Yara, fiquei curiosa: como a questão da classe entraria em conflito com o feminismo? Com aquilo da empregada doméstica que vc falou? Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.
ResponderExcluirbeijos
Anônima do 14:10 e para a anônima anterior.
ResponderExcluirEu não sou macho muito menos masculinista, sou mulher e concordo com vc pelo que li do seu comentário.
Justamente por isso perguntei a Lola, acho muito difícil abarcar a agenda trans nas lutas do feminismo justamente porque acredito que isso distorce a luta central do feminismo.
O que eu quero questionar é justamente o que a CeticaSsa fala
Bizzi, no contexto de Beauvoir da sim para questionar a transgeneridade. Se "'ser mulher' é seguir as regras que a sociedade impõe para ser uma mulher 'feminina'", quando alguem diz que se identifica como mulher, vc está se identificando com o que mesmo??
Oras se eu aceito uma pessoa afirmando que nasceu se identificando como mulher eu aceito que ser mulher como a sociedade impões que elas sejam é o normal.
Aí que tá, eles não negam o feminismo, eles se apropriam do feminismo e o distorcem totalmente, fazendo recorte do que convém pra servir aos interesses deles.
ResponderExcluirMuito interessante esse guest post. Eu nunca tinha pensado nesse assunto e agora fiquei encafifada. Depois de ler acho perigoso sim mandar um homem trans para uma prisão masculina. Mas também não tenho conhecimento de como funciona a proteção e relacionamento de outros presos com mulheres trans em prisões masculinas. Seria legal ter um guest post de alguém que tem essa vivência.
ResponderExcluirYara EU TE AMO.
ResponderExcluirQuer ser minha amiga?
Vc disse exatamente TUDO que eu ando pesando do feminismo atualmente.
Parece que toda luta é mais importante que a da mulher
Agora tenho que ouvir que ser mulher CIS é privilégio. Meu cú. Meu cú que ser socializada como INFERIOR é privilégio.
Alice.
Ah, B..não acho que a palavra seria "conflito", mas acho que é um caso de colocar uma luta como mais importante que a outra.
ResponderExcluirPor exemplo, se você tiver empregada - mesmo pagando bem e com tudo certinho- vão falar que vc vai queimar no marmore do inferno, pois está explorando outra mulher. Mas enquanto isso não tem solução, para quem tem criança pequena e trabalha, faz o que? Falam que vc é uma escravocrata de merda.. mas e aí? Paramos de trabalhar?
Sim, sim precisamos de creches, mas e enquanto isso?
Outro exemplo: estava a Europa enviando livros para Africa. Que bom. Mas livros velhos, com conteudo super machista. rases do tipo: "se o marido trair, a mulher deve aceitar." Algumas femnistas se revoltaram e queriam que o governo frances analisasse os livros antes de enviarem. Resultado: "São tudo umas vadia que querem que a Africa fique na ignorancia."
outro exemplo: quando vazou que memsmo as atrizes mais renomadas de Holiwood ganham menos que os atores.
resultado: todo mundo reclamando dessas vadia que ganham 10 milhões e estão ai enchendo o saco, e niguém fala das faxineiras e cozinheiras? Suas vacas, vão se preocupar com coisa séria.
Ninguém vê que o problema não está em ganhar 10 milhões em vez de 15, mas sim que mulheres sistematicamente ganham menos. E isso é sintoma da droga da sociedade.
Eu sempre me embanano com as palavras, mas quando a pauta das mulhrees entra, sempre tem um problema mais grave e mais urgente para ser reolvido. Não acho que entrem em conflito, mas acho que sempre escolherm a causa de classe antes da nossa. ( claro, tem homem pobre, mas não tem homem mulher...)
Acho que é isso... não são lutas conflituas, mas usam para diminuir nossa causa.
Beijocas,
yara
machos ("mulheres") trans entrando no feminismo e em outros espaços femininos são como os soldados gregos dentro do cavalo de Troia, sendo a figura fantasiosa e ilusória da "feminilidade" o cavalo de madeira enviado pelo patriarcado, o "presente de grego" dos homens para as mulheres.
ResponderExcluirQuando tive um primeiro contato com o tal do feminismo interseccional, eu achei genial. Depois, analisando melhor, comecei a ver as falhas.
ResponderExcluirParece que todas as causas do mundo vêm antes do feminismo propriamente dito.
Que eu saiba, mulher é mulher e pronto. Todas sofrem com o machismo e a misoginia. Então eu via umas feministas diminuindo a luta de outras porque elas eram "privilegiadas" por serem brancas, ou ricas, ou magras, etc. Ora, se todas são MULHERES, por que o feminismo de uma é mais importante que o da outra?
Eu entendo que há diferença entre o que uma branca e uma negra passa, por exemplo, mas ambas sofrem com o machismo. A luta de uma não deveria ser desvalorizada por causa da outra.
É claro que precisamos lutar contra racismo, homofobia, lesbofobia, transfobia, gordofobia e quantos outros preconceitos existirem. Mas essas lutas são de todos, não das feministas somente. Negros sofrem racismo, não só mulheres negras. Quando você luta contra o racismo, você luta por todos, independente de gênero.
Existem movimentos em defesa de todas as minorias. Assim como existe um movimento em defesa das mulheres - o feminismo. São lutas que deveriam caminhar juntas, concordo, mas cada uma mantendo a sua essência.
O problema é que o feminismo hoje em dia quer abraçar tantas causas, englobar tanta gente, que o foco se perde. E nós - MULHERES, pura e simplesmente - de novo, não somos a prioridade.
"É parda mesmo,não é preta, mas é negra"
ResponderExcluirWHAT!!!!"
Simples anônimo, negro não é igual a preto. Negro é a soma de pretos mais pardos. Portanto dizer que a pessoa é negra ou parda, negra ou mestiça, negra ou "mulata", está completamente errado. Se ela é parda, mestiça, misturada, o que for, ela é negra. Pq parda é cor, preto é cor. Negro não é cor, negro é identidade.
Povo passa a vida confundindo esses conceitos mas na hora em que Ronaldinho vai lá e fala que não é negro (pq na cabeça dele ele era pardo) aí sabe direitinho o que é negro, só deu brancos de todos os lados achando um absurdo.
Yara, no caso da mulher que tem filho/casa pra cuidar, uma alternativa dita em alguns grupos é o marido dividir as responsabilidades. Mas de novo entra a pergunta: e se OS DOIS trabalham?
ResponderExcluirPara as que comentaram sobre a questão empregada x feminismo x racismo deem uma lida neste texto, achei muito bom
ResponderExcluirhttps://piraodasmulheres.wordpress.com/2014/07/08/sem-tempo-para-me-voltar-contra-mulheres/
Oportunidade de defender o privilégio de ter empregadA. Pq óbvio que a empregadA não tem filho e não trabalha fora.
ResponderExcluirYara colocou bem : "Talvez a luta deles seja a nossa, mas nossa luta não é a deles".
ResponderExcluirSempre cobram de nós, mulheres a atitude de abraçar o mundo e lutar por todos. Mas, na hora de lutar por nós, ficamos sozinhas. Por que? Nós somos O Outro.
Uma vez, em uma reunião política, o pessoal falando "quando houver a revolução, aí sim as mulheres vão ser livres, enquanto isso, no capitalismo, isso não vai acontecer. Só com o socialismo a emancipação da mulher será possível"...
ResponderExcluirSorry, até concordo na essência, mas não vou esperar o advento do socialismo pra me emancipar.
Mais ou menos. Concordo que a critica que se aplica à esquerda, das pautas femininas serem sempre preteridas aconteçam nos outros movimentos. No entanto, o feminismo rad me parece um feminismo branco, cis, classe média, urbana, que tenta universalizar as suas demandas para o total das mulheres. E esse feminismo é excludente, e por si só, quer transformar as suas demandas nas demandas de todas as mulheres. Os problemas da mulher pobre, da mulher rural, da mulher negra, da mulher indígena, tem origem no machismo, mas manifestações e problemáticas diferentes que não têm como ser dissociadas do ser mulher nessas condições
ResponderExcluirGraciema OBRIGADA! Tava queimando a cuca pensando e vc expôs exatamente oq eu queria dizer.
ResponderExcluirAnon aí de cima. Eu sei, sempre me identifiquei como negra. Mas já me corrigiram dizendo qud o termo correto é 'parda'. E tb já disseram q eu spu branca! Vê se pode!
Quanto ao racismo. Vejo ele em níveis sim. Meu irmão tem um tom de pele mais escuro apenas e foi chamado de macaquinho por uma pedagoga. Eu nunca.
Raven, quem te corrigiu com certeza nunca estudou o assunto. E sim, pretos geralmente sofrem mais agressões fisicas, verbais, emocionais, do que pardos. São os níveis que vc cita. Racismo é o sistema que proporciona tais agressões. Os pardos são menos agredidos quando se aproximam do que é ser branco e mais agredidos quando abraçam sua identidade negra. Mas nunca serão identificados como brancos, mesmo que tentem embranquecer sua aparência ou seus valores.
ResponderExcluirPessoas brancas já me disseram muitas vezes que eu não sou negra. Antes de me afirmar como negra, eu não achava que era negra, achava que minha pele era morena, que meu cabelo era ruim, que meu nariz precisava de plástica, que eu era sempre a menos bonita, que meus antepassados não tinham vindo de lugar nenhum, etc. Troquei tudo por ser negra pq é assim que as pessoas me veem e, sobretudo, pq negro é lindo.
Me identifiquei muito com seu comentário. Eu cresci nos anos 90 e absolutamente todas as referências daquela época eram pessoas loiras de olhos claros. Eu passei mais da metade da infância achando que se meu cabelo fosse liso, se meus olhos fossem claros, raios a minha pele nem pra ser mais clara. E isso era uma tortura, nossa. Mas era só o que conhecia. Foi ótimo crescer e procurar o que eu queria e me libertar dessa brancura toda. E vc tem razão. Sempre tem um branco pra dizer que não sou negra. Pombas. Tb não sou branca.
ResponderExcluir"Eu sempre me embanano com as palavras, mas quando a pauta das mulhrees entra, sempre tem um problema mais grave e mais urgente para ser reolvido. Não acho que entrem em conflito, mas acho que sempre escolherm a causa de classe antes da nossa. ( claro, tem homem pobre, mas não tem homem mulher...)
ResponderExcluirAcho que é isso... não são lutas conflituas, mas usam para diminuir nossa causa."
Mulher tá em último lugar INCLUSIVE no feminismo moderno. Depois as Rads que são "extremas". Foda é ver um monte de "feminista de facebook" batendo palma pra isso.
"Parece que toda luta é mais importante que a da mulher
ResponderExcluirAgora tenho que ouvir que ser mulher CIS é privilégio. Meu cú. Meu cú que ser socializada como INFERIOR é privilégio."
Porque o desprivilégio dos pobres homens está sempre em primeiro lugar
"Oras se eu aceito uma pessoa afirmando que nasceu se identificando como mulher eu aceito que ser mulher como a sociedade impões que elas sejam é o normal."
ResponderExcluirNormal é mesmo, porque vem da norma. As pessoas que defendem isso na verdade são as que menos lutam e mais protegem a norma, ou seja, a estrutura do patriarcado.
Mulheres trans têm todo o espaço do mundo no feminismo liberal e homens trans são silenciados por esse mesmo feminismo. Porque mulher, desde sempre, foi ensinada a dar extremo valor às opiniões e aceitação dos homens e a ficarem contra outras mulheres.
ResponderExcluirSim.
ResponderExcluirNÃO EXISTE PRIVILÉGIO CIS! NÃO EXISTE PRIVILÉGIO EM SER MARCADA, DEFINIDA, LIMITADA, CONTROLADA E DOMINADA PARA A EXPLORAÇÃO DE SEU CORPO, SUA SEXUALIDADE E SUAS CAPACIDADES REPRODUTIVAS.
ResponderExcluirO que é a "feminilidade" para o patriarcado? Por que transexuais reivindicam a condição de mulher reproduzindo estereótipos que o patriarcado impõe às pessoas do sexo feminino e as feministas radicais criticam tanto isso?
Porque "ser mulher" não é usar roupas curtas, apertadas, maquiagem, salto alto, cabelos longos... enfim, porque "ser mulher" não é reproduzir os ritos que o patriarcado criou para marcar [sim, marcar, como se marca gado mesmo], controlar, submeter, violentar e explorar as mulheres, seus corpos e seu sexo e sexualidade.
Essas "marcas" que o patriarcado nos impõe, e que tenta a todo custo fazer parecer que são características naturais de mulheres, são, na verdade, ritos violentos contra nós. O que se considera "feminino", "sensual", "sexy", nada tem de feminino, na verdade. Tudo o que consideramos "feminino" no patriarcado são rituais criados por ele para submeter as mulheres. Esses rituais, indumentárias e comportamentos não são exatamente sexies ou femininos, eles são, na verdade, demarcações que o patriarcado cria e recria pra evidenciar o corpo feminino e apontar mais claramente quem pertence a classe de pessoas que pode ser explorada, assediada, agredida, violada e morta por homens e quem não pertence a essa classe. Além de, também, terem sido progressivamente desenvolvidas de acordo com a lógica patriarcal pra nos fragilizar, docilizar e domesticar para impedir, de forma física ou subjetiva, nossa reação e autodefesa contra ataques de machos [correr e lutar com roupas muito curtas, apertadas ou com salto alto é mais difícil, o cabelo longo facilita muito o ataque e controle da presa, criar força física e aprender a se defender acreditando que judô é coisa de menino e balé é coisa de menina é praticamente impossível, crescer acreditando que meninos são fortes e valentes e meninas frágeis e delicadas tem a mesma função de fragilização e domesticação]. A associação dessas armadilhas psíquicas e corporais criadas pelo patriarcado com feminilidade e sensualidade é apenas uma estratégia patriarcal pra nos fazer adotá-las mais facilmente, sobretudo quando, como complementar a isso, temos essa mesma cultura patriarcal nos dizendo, desde que nascemos, através da educação e estímulos que recebemos dessa cultura, que nosso esforço pra sermos femininas, sensuais e seduzir machos é nosso maior poder, nossa mais importante função social e nossa maior capacidade como mulheres, e que, portanto, seduzir e "conseguir" um macho deve ser nosso principal objetivo de vida. Assim, então, "nos tornamos" também mais sedutoras e poderosas quando/se/ quanto mais aderimos às marcas que o patriarcado nos destina como marcas de sensualidade e feminilidade - mas que agora sabemos que, na verdade, são marcas para o controle, a dominação e a submissão - e se fecha o ciclo de controle e dominação imposta às mulheres através dos estereótipos de gênero e de sua naturalização como condição feminina.
Obedecer a esses ritos e suportar essas marcas não significa "se identificar" com elas. Significa que fomos tão violentamente alienadas de nossa condição que naturalizamos todas essas violências que nos foram impostas como se isso fosse ser mulher, porque não nos foi permitida ser outra coisa que não a mulher que o patriarcado nos impõe, já que fugir dessa condição [lésbicas, butches, mulheres "vadias", "masculinizadas" ou qualquer outra mulher que ouse exercer sua liberdade e sua autonomia] significa ser ainda mais violentada pelo patriarcado por estar "desobedecendo" tudo aquilo que ele nos impôs como sendo o que é "ser mulher". Isso, obedecer ao patriarcado e performar feminilidade não é "privilégio cis", isso é exatamente se submeter à violência histórica e fundamental que o patriarcado nos destina e contra a qual o feminismo sempre lutou. "Privilégio cis" é discurso misógino e culpabilizador de mulheres, que visa silenciar e apagar essa violência histórica contra nós, naturalizando-a como sinônimo de feminilidade, como "ser mulher".
ResponderExcluirNascer no sexo masculino e não vivenciar na alma e na pele a realidade da socialização feminina, não vivenciar todas essas marcas e rituais limitadores e dominadores que o patriarcado impõe contra as mulheres e desejar reproduzir toda essa violência desses ritos e marcas contra nós e ainda afirmar e reafirmar [fazendo coro com o patriarcado] que isso é "ser mulher" não faz de uma pessoa mulher [e muito menos feminista!], ao contrário, faz dela uma pessoa misógina que reafirma como condição natural e inerente à condição de mulher tudo aquilo que o patriarcado impõe contra nós pra nos submeter, tudo aquilo contra o que eu luto, critico e combato e do qual tento me libertar, a mim e a minha classe.
O patriarcado não brinca, amigas... tudo nele é feito pra nos [mulheres] coagir, violentar, subordinar e explorar. Não se enganem.
(Demonha Ana Paula)
trans homem não deve ir pra cadeia masculina pela mesma razão que trans mulher não deve ir pra cadeia feminina, gente com pinto e gente com vagina não deve ficar confinada compulsoriamente no mesmo espaço. Lembrando que no espaço em questão as pessoas não têm a escolha de saírem de lá, cadeia já é um ambiente naturalmente tenso e no dia que acabarem todas as drogas do mundo, procura na cadeia que tá tudo ali.
ResponderExcluirUltimamente tem aparecido várias notícias de crianças bem jovens, algumas de 4, 5 anos de idade, que a família acata a alegação de transsexualidade e já cuida dentro de casa mesmo de mudar o pronome, a roupa e o tratamento. Se essas pessoas vão passar pela socialização determinada pelo gênero, que não tem nada a ver com natureza mas sim imposição de papel social, coisa aprendida, altamente patriarcal diga-se, o crescimento e desenvolvimento destes indivíduos será bem diferente das trans-pessoas que passam a vida experimentando um papel social e a partir de um determinado momento resolvem seguir outro rumo.
ResponderExcluirÉ tão clara a importância da socialização que basta ver o comportamento do ativismo trans homem e trans mulher. Trans homem é exatamente como o autor do guest post relatou, vai carregar a mulheridade social pro resto da vida, a educação, as cobranças, a não-ocupação dos espaços. Trans mulher, por sua vez, quer ocupar todos os espaços e silenciar mulheres porque foram educados e criados como homens a vida toda. Só mesmo da cabeça de uma trans mulher que sairia a teoria absurda do cotton ceiling por exemplo, porque só homem se acha no direito de alardear estar na friendzone. Mulher tem obrigação de fazer sexo e se relacionar com quem os homens acham que devem e não com quem elas querem.
Defender a manutenção de todo esse sistema é muitas coisas, menos feminista.
O nível de racismo que a Raven se refere se chama colorismo. Conforme o anon da 15h59 já disse, o pardo é "tolerável" nos meios brancos (possuir traços mais finos, fios mais claros, nariz afilado, você é morena, etc), mas jamais terá os mesmos privilégios dos brancos.
ResponderExcluirJá pretos estão no limbo total.
"O nível de racismo que a Raven se refere se chama colorismo. Conforme o anon da 15h59 já disse, o pardo é "tolerável" nos meios brancos (possuir traços mais finos, fios mais claros, nariz afilado, você é morena, etc), mas jamais terá os mesmos privilégios dos brancos.
ResponderExcluirJá pretos estão no limbo total. "
Quanto mais embranquecida a pessoa, mais tolerável ela é.
Eu acho a Danai Gurira (a Michonne, da série The Walking Dead) uma mulher espetacularmente bonita mas é fato que mulheres negras não-embranquecidas estética e/ou cirurgicamente têm um espaço muito menor que uma Taís Araújo, por exemplo.
E só pra completar, quando uma mulher como a Danai Gurira (negra, com traços negros, nariz, boca, cabelo etc.) tem espaço, é pra "africanização", que não deixa de ser um modo de apartar as pessoas e colocá-las "no seu devido lugar". Uma coisa bem parecida acontece com as modelos plus-size, que só servem na mídia se não tiverem barriga (intervenção cirúrgica evidente) e preferencialmente peladas. Sempre tem uma fetichização envolvida.
ResponderExcluirConcordo bastante com o anonimo das 17:23. No texto percebemos que, mesmo hoje se identificando como homem, a autora demonstra vários comportamentos "femininos." Ele, como todas nós, foi ensinado a ter medo, passividade, consciência das fronteiras do seu corpo e tudo mais.
ResponderExcluirO que me assusta em ter mulheres trans nas cadeias femininas é exatamente isso. Ele foram ensinados a serem homens e reproduzem isso involuntariamente.
Queridas Mulheres: vocês são excludentes?
ResponderExcluirVocê tem uma tranca na sua porta da frente? Você está excluindo pessoas da sua casa? Do seu carro? Você tranca a porta do banheiro ou simplesmente não deixa ninguém entrar quando você está lá dentro? Você impede que alguém possa ter acesso a sua cama? E quanto a sua boca, vagina ou ânus? Por quê? Você sabe que não é permitido discriminar as pessoas, não é? Por que você é tão odiadora?
Anon das 18:33 por favor, que isso tenha sido uma piada, do contrário (se você for homem) vou te mandar ir pra um lugar que você vai detestar. Não é pra meretriz que te deu à luz nem pros quintos dos infernos. Mas te garanto que você não vai gostar.
ResponderExcluir29 de abril de 2015 18:40
ResponderExcluirSim, isso é sarcasmo... quem sabe assim algumas pessoas pensam bem nas posições contraditórias que tomam e se tocam pro que estão apoiando.
Assunto muito pertinente... A realidade é que é muita conversa, para poucas ações.. Esse é nosso páis.
ResponderExcluirPra quem não sabe o que é Cotton Ceiling ou quer um exemplo do entitlement das mulheres trans:
ResponderExcluirhttps://factcheckme.wordpress.com/2012/03/13/the-cotton-ceiling-really/
Compartilhando: Quando alguma feminista pós-moderna da terceira onda usarem esse resquício de Backlash que a Lola usou pra falar que o feminismo da década de 70 (Segunda Onda) era racista, elitista, lesbofóbico e outras mentiras, avisem que nem todo feminismo era liberal e elitista como o de Betty Friedan. As diferenças entre o feminismo radical da Segunda Onda com o LibFem Pós-Moderno da Terceira Onda pela feminista Carol Hanisch:
ResponderExcluirhttp://i.imgur.com/Ec6aJKq.jpg
Há mais semelhanças entre feministas da terceira onda com a Camille Paglia do que vocês imaginam. Pq é que a Camille idolatra a Madonna e diz que ela (Madonna)foi a verdadeira feminista? Simplesmente pelo fato de que ambas são ferrenhas defensoras da pornografia, da prostituição, do BDSM, das sex wars.. Elas são a mais completa tradução do Pós-Feminismo. São o Backlash em forma de gente.
ResponderExcluirAnon das 15:16, de onde tirou esses conceitos? Quero fontes. E quem disse que quando Ronaldinho disse que é bem tratado por ser branco, todo mundo pasmou com isso porque ele é "negro"? Ele não é branco, mas ninguém disse que ele é negro se eu não estiver enganada. Achei estranha a afirmação dele, mas também não o acho negro.
ResponderExcluir"Travestis e transsexuais não desafiam a construção social de gênero. A meta deles é ser homens masculinos e mulheres femininas." Judith Lorber
ResponderExcluirNenhum homem pode ter a história de ter nascido e socializado nesta cultura como mulher. Ele pode ter a história de querer ser uma mulher e de agir como uma mulher, mas esta experiência de gênero é o de um transsexual, e não de uma mulher. A cirurgia pode conferir os artefatos femininos, mas não confere a história de ter nascido mulher nesta sociedade. -Janice Raymond
ResponderExcluirEu não vou chamar um homem pelo pronome "ela"; 32 anos de sofrimento nessa sociedade androcêntrica, e tendo sobrevivido, me rendeu o título de "mulher"; Uma andada na rua por um travesti masculino, cinco minutos de ele sendo assediado (o que talvez ele goste), e então ele se atreve, se atreve a pensar que ele entende nossa dor? Não, em nome de nossas mães, não devemos chamá-lo de "irmã". Going too far - The personal chronicle of a feminist (Robin Morgan)
ResponderExcluirvejo alguns comentários que me parecem meio transfóbicos. Uma mulher trans é tão mulher quanto uma mulher cis.Um homem trans é tão homem quanto um jhomem cis. A solução nunca deve ser a discriminação. O homem trans deve ficar numa prisão masculina, e as pessoas deveriam se preocupar em CONSCIENTIZAR os presos o não estuprarem, e não ao homem trans a temer. Nunca.
ResponderExcluirDa mesma forma, a mulher trans deveria ficar numa cadeia feminina, onde grupos de apoio deveriam conscientizá-la a não estuprar as mulheres, jamais as mulheres a temê-la.
Acho que estamos com uma ótica mais do feminismo radical nos comentários, mas eu gosrtaria de saber a opinião da Lola e das feministas mais experientes sobre o assunto.
O que transsexuais não entendem é que o que eles veem como feminino é criação social. É ser uma mulher castrada. Eles não conseguem entender que nem tudo é rosinha e lacinho, eles não entendem que nós podemos ter um bocetão fedido e peludo, que coisas de meninos e meninas é uma prisão. Eu tenho 51% da população para me preocupar e eu tenho que falar sobre "transfobia" ? Eu sequer sabia que isso existia. Aracnofobia sim, transfobia não. Eu não gosto de ver pessoas na mídia caçoando de mulheres e de coisas que nos oprimem e ainda ganhando prêmios com isso. Eu achei 'Mrs. Brown' extremamente ofensivo, não consegui assistir por mais de cinco minutos. Não se pode caçoar de negros, não se pode caçoar de nenhum grupo de minoria, nem mesmo de 'funckin' trangender people', mas podem caçoar de nós. Não, eu quero que isso PARE AGORA. Mas não vai. Não enquanto nós mulheres rirmos e batermos palmas para provar que temos senso de humor. São eles que protestam contra mim, jogam coisas em mim, mandam cartas ameaçadoras com comportamento extremamente masculino (me desculpem) e a dor que sinto é a dor de um estupro multiplicado sete vezes. Já fui estuprada, então posso falar. Minha opinião é que é medicina ruim, mas estamos no início disso tudo e espero realmente que as pessoas acordem. Eu nem falo de transgêneros há anos. Eu os reconheço como vítimas, inclusive." GERMAINE GREER
ResponderExcluirVai a merda anon das 1:05, quem não tem experiência em feminismo é você, seu/sua leigx.
ResponderExcluirNunca vi mulher de próstata nem homem menstruando. Aliás, Gloria Steinem escreveu uma sátira ótima uma vez: "Se os homens pudessem menstruar..."
blablablá feministas radicais transfóbicas blablablá pensamento ultrapassado dos anos 60/70 blablablá sexo biológico não importa blablablá socialização masculina ou feminina baseada no sexo de nascimento é mito blablablá gênero do cérebro blablablá gênero blablablá homens são mulheres e mulheres são homens blablablá identidade de gênero blablablá autoidentificação blablablá pessoas ignorantes discriminadoras blablablá transfobia blablablá vão se instruir, vão estudar, vão se conscientizar blablablá....
ResponderExcluir-.- zzzzZzzzzZzzzzZzzzzzZzzzzzZzzz
Vc achou os comentários MEIO transfóbicos, anon das 1:05? Lamento informar que grande parte está completamente transfóbicos. Aliás, não entendo feminista radical. Quer xingar mulher trans, sugerir que todas são estupradoras em potencial, negar a elas a identidade de gênero que escolheram, recusar-se a usar os pronomes corretos, mas não querem ser chamadas de transfóbicas. O trecho da Germaine Greer diz que transfobia nem existe. Pois é, pessoas trans não são assassinadas violentamente neste país. É só impressão...
ResponderExcluirOs comentários aqui são de corar de vergonha, sinceramente. Tenho muita pena de quem pensa dessa forma. É muito ódio pra ativistas que deveriam lutar contra todas as opressões.
A anon das 1:32 diz que nunca viu mulher de próstata ou homem menstruando. Talvez vc nunca tenha visto, mas existem. Uma mulher trans pode ter próstata, e portanto tem que fazer exames para detectar câncer de próstata. Um homem trans não operado precisa ir ao ginecologista pra detectar câncer de útero ou ovário. E homem trans menstrua.
Já publiquei a sátira de Gloria aqui, mas ela mudou de opinião e hoje sabe que sim, homens menstruam. As pessoas aprendem, evoluem. Pelo menos algumas.
Germaine Greer sempre foi considerada a "diva" do feminismo, o que concordo 100%. GODDESS save the queen GERMAINE GREER! A PRIMEIRA feminista a problematizar transsexualismo e travestismo em 1970, com A Mulher Eunuco. Transfobia logo na primeira página <3 Botando prafudê com April Ashley.
ResponderExcluirUm resumo para quem ainda não entendeu a palhaçada:
ResponderExcluirConservadores: os sexos devem se adaptar ao gênero. Ex. menina brinca com boneca, menino com carrinho.
Feministas: gênero não existe, é uma construção social para oprimir as mulheres. Feministas acham que menina e menino podem brincar de carrinho e boneca a vontade.
Trans: gênero existe e é definido pelo cérebro e o sexo deve se adaptar a ele, ou seja se você gosta de brincar de carrinho você deve ter um pênis e tomar hormônio masculino para se tornar um homem, se gosta de brincar de casinha então deve ter uma vagina e tomar hormônio feminino para se tornar uma mulher.
Mas como não existe nenhuma maneira efetiva de mudança de sexo, trans querem viver em um mundo de fantasia e quem não compactuar com eles será chamado de transfóbico e será perseguido. Menstruação, gravidez, estupro, assédio sexual, aborto, é tudo privilégio.
Portanto, se nós vivêssemos em um mundo trans, todas as feministas, pelo fato de não se adaptarem as normas de gêneros, seriam classificadas como homens e tomariam testosterona. Procurem no Google sobre "Transkids", para saber o que eu estou falando.
O que os trans querem é pior do que os conservadores sempre fizeram.
O feminismo no Brasil sempre foi na linha radical, só não era chamado assim antes. Existiam ótimas comunidades no Orkut e fóruns e muitas discussões fora da internet.
ResponderExcluirDe uns tempos para cá, por influência do backlash norte-americano, apareceu este feminismo que acha que prostituição não afeta a mulher, que filme pornô não tem nada a ver com estupro, que lutam para a mulher poder escolher a cor do esmalte e principalmente a confusão de feminismo com humanismo.
Anna, sua linda!
ResponderExcluirTambém sempre tive a impressão que o feminismo (infelizmente apenas de internet, já que no Brasil o que se há conhecimento além de internet é apenas FEMEN, MdV e outros absurdos sensacionalistas da terceira onda) aqui sempre foi numa linha mais radical desde o orkut. Lola diz que Feministas importaram a briga dos EUA, mas quem importou a briga foram as próprias trans quando perceberam que o feminismo radical não batia com o que elas acreditavam. Antes era chamado de "Segunda Onda", "Tradicionalista", "Ortodoxo". Lembro das comunidades no orkut. E o pior é que as trans conseguiram enfiar na cabeça das feministas liberais que o feminismo radical é racista e mais um monte de mentira. Basta ver blogs como Blogueiras Feministas e Blogueiras Negras como elas caíram direitinho. Já vi inclusive trans deslegitimando mulher chamando ela de "sinhazinha acadêmica"... :(
Pessoa que enviou o texto sobre as empregadas: wow! Ela passa a ideia dela tão bem, e tão claramente...
ResponderExcluirpra quem quser ler: https://piraodasmulheres.wordpress.com/2014/07/08/sem-tempo-para-me-voltar-contra-mulheres/
Concordo. Sempre quando o assunto é empregada se fala: "patroa faz isso". pq so falam da patroa, né? porque até ter empregada é culpa das mulheres. Não dos homens. Normal. Tudo é culpa nossa mesmo.
E puxa, claro que o marido tem que dividir as tarefas. Meu pai sempre dividiu tudo com minha mae, mas os dois trabalhavam. Se não fosse uma babá para ficar comigo e meu irmão até as 7 da noite, qual seria a saida? - Tem qe reolver a luta de classes - sim! Mas esperando que se resolva, vamos mandar a mulherada tudo de volta para casa. Sem poder aquisitivo. Dependendo do marido. Belezura.
E gente, olhem esse outro link: https://piraodasmulheres.wordpress.com/2014/07/03/negra-feminista-e-radical/
Ela é negra e falar que embora seja super importante a luta anti racismo, essa luta é dirigida por homens, e que eles são super machistas, por isso ela se sente melhor no feministmo. Vale muito muito a pena ler.
YAra
Yara, eu concordo muito contigo... e olha que eu sou vegana! :p
ResponderExcluirTb acho que muitas feministas perdem muito tempo e energia lutando para quem está cagando e andando para nós. Voltando às raízes do nome, feminismo tem que cuidar das mulheres. Todas as mulheres, as negras, lésbicas, pobres etc.
Pessoas trans, como tem causas próprias que nada tem a ver com as mulheres cis, tem um movimento próprio: o LGBTT. Os homens trans tem sim grandes desvantagens em relação às mulheres trans pelo fato de terem nascido mulheres: a socialização feminina, o risco de gravidez e a força física feminina (convenhamos. em geral, menor). Tanto que as mulheres trans são muito mais vistas que os homens trans. Como já disseram, meninos são criados para ocupar espaço.
Excelente texto, btw... nada como um ponto de vista diferente...
Anna
ResponderExcluirEu considero que é ainda pior do que o que você falou, pois além de "se gosta de brincar de carrinho/casinha, tome hormônio masculino/feminino e tenha um pênis/vagina para ser homem/mulher", ainda é também "se gosta de brincar de carrinho/casinha, aja de acordo com os estereótipos de gênero masculino/feminino para ser homem/mulher".
Os governos, que consistem em muito poucas mulheres, apressaram-se a identificar como mulheres os homens que acham que o são e mandam que se castrem para prová-lo, porque vêem as mulheres não como outro sexo, mas como um não-sexo. Ninguém que se submeteu à intervenção cirúrgica visando a transformação sexual jamais pediu um transplante de útero/ovários; se esses transplantes fossem obrigatórios para as pretensas mulheres, elas desapareceriam da noite para o dia. A insistência em que as mulheres feitas pelo homem sejam aceitas como mulheres é a expressão institucional da convicção errônea de que as mulheres são homens defeituosos. A verdade biológica é o oposto; todos os biólogos sabem que os homens é que são mulheres defeituosas. Embora os órgãos externos sejam a expressão do defeito cromossômico, a remoção deles não alterará o fato cromossômico, da mesma forma que a remoção de rabos de filhotes de cachorro não produzirá uma raça sem rabo.
ResponderExcluir— Germaine Greer, A Mulher Inteira, 1999
Desculpem, eu novamente. mas olhem essa frase do blog pirao das mumlheres:
ResponderExcluirFarinha pouca, meu pirão primeiro é a ideologia masculina como um todo, em todos os espaços.
Mulheres até quando vocês vão depender dos homens para comer o seu próprio pirão? Se tem uma coisa que aprendi é que há pouca justiça no mundo.
Nesse caso a farinha sendo pouca, garanta seu pirão primeiro. Os homens que estão alocados em outras minorias não lutarão por você e nem dividirão os frutos dessa luta com você, nem comigo. Vem comer do pirão das mulheres, mas pra isso nos ajude a garantir nosso quinhão de farinha. “
Yara
Yara, eu quero ser sua amiga!
ResponderExcluirO que me assusta em ter mulheres trans nas cadeias femininas é exatamente isso. Ele foram ensinados a serem homens e reproduzem isso involuntariamente.
ResponderExcluirna boa eu não entendo q diabo de feminismo é esse que, literalmente pra favorecer homem, ignora isso e quer colocar mulheres em risco.
Mas como não existe nenhuma maneira efetiva de mudança de sexo, trans querem viver em um mundo de fantasia e quem não compactuar com eles será chamado de transfóbico e será perseguido. Menstruação, gravidez, estupro, assédio sexual, aborto, é tudo privilégio.
ResponderExcluire trigger warning pra falar de menstruação, pode? super pode
tadinhas dazirmã sem o privilégio da endometriose
É PRA ACABÁ
e um monte de mulher compactuando com isso pra não tomar pecha de transfobia,mas pera: tá certo isso?
alguém vê trans homem fazendo esse tipo de circo em ativismo? pq será né
ResponderExcluirEu sei que o comentário da anônima 30 DE ABRIL DE 2015 03:25 soa grosseiro, mas é um resumo muito pertinente da situação
ResponderExcluirÉ a lógica que as pessoas leem disso tudo.
Yara sou a anônima que mandou o link, eu gostei muito do nível dos comentários e sempre que isso acontece eu procuro pesquisar o tema e acabei encontrando esse blog piraodasmulheres, o texto é mesmo revelador.
"Uma mulher trans é tão mulher quanto uma mulher cis"
ResponderExcluirDesculpe, mas nunca.
"Anon das 15:16, de onde tirou esses conceitos? Quero fontes. E quem disse que quando Ronaldinho disse que é bem tratado por ser branco, todo mundo pasmou com isso porque ele é "negro"? Ele não é branco, mas ninguém disse que ele é negro se eu não estiver enganada. Achei estranha a afirmação dele, mas também não o acho negro.
ResponderExcluir29 de abril de 2015 22:16"
Eu tive que rir, "eu achei estranho" "eu não o acho negro". Você pode achar o que quiser, aqui estavamos falando sobre algo mais importante do que vc individualmente acha ou pensa que acha ou diz que acha. E não foi todo mundo que criticou o Ronaldinho por ele dizer que não era negro, foram pessoas brancas.http://www.midiaindependente.org/pt/red/2005/05/317716.shtml. "Eu quero fontes". Ah quer? então seria bom começar pesquisando, pq vc acha que alguém vai fazer isso por vc? É o fim do mundo, a pessoa baseia toda uma discussão de décadas no seu próprio preconceito e ignorância e ainda quer se achar a medida da verdade. Sem paciência. Vai pesquisar, te dou uma ajudinha: Kabengele Munanga, Florestan Fernandes, Antônio Guimarães, Abdias Nascimento, Clóvis Moura, Regina Paim Pinto, Petronilha Gonçalves, Anatol Rosenfeld, Petrônio Domingues, Amilcar Araujo Pereira, Eneida A dos Reis, Joel Zito Araújo, Joel Rufino, Lélia Gonzalez, etc, etc, etc... Não é só ler, viu? Tem que ter discernimento critico também.
"gênero não existe, é uma construção social"
ResponderExcluirE construções sociais não existem?
Vou tentar convencer a moça da padaria a me servir café da manhã grátis, pois dinheiro é uma construção social e portanto não existe...
Aposto um café da manhã como não vai dar certo.
Tá. Então socialização não importa quando somos mulheres cis, afinal, "mulher não nasce assim, é socializada assim", mas importa quando se trata de uma mulher trans, afinal, foi socializada como homem??
ResponderExcluirSocialização só importa se for pra encaixar no conceito de merda de vcs?
Homens (cis ou não) são incapazes de desconstruir socialização? Só mulher consegue?
E por fim, olha. O feminismo de vcs é uma bosta. Com todo o respeito a Yara e as anônimas que estavam me respondendo (que disseram que não são rads). Tá todo mundo errado. Feministas lib ou inter tão erradas. Homens cis tão errados. Homens trans tão errados (deviam continuar sendo mulheres). Mulheres trans tão erradas (tudo tem pau!). As únicas que parecem estar certas são as "que reproduzem machismo". Essas sim merecem chazinho e abraço!
Sério, esse feminismo excludente não me representa.
E, por falar em construções sociais, duas delas estão completamente ausentes desta discussão, embora sejam relevantes para o tema.
ResponderExcluirA primeira é a prostituição; a segunda é a falocracia. A primeira acho que está ausente só por que é tabu, mesmo; mas a segunda está ausente por que se for mencionada vai ser preciso entender a diferença entre transsexuais pré-op e pós-op - e, o que é mais, a especificidade de quem quer ter todos os atributos "secundários" de uma mulher, mas não abre mão do pênis (e aí isso se mescla com a questão da prostituição, por que o pênis é exatamente o "instrumento de trabalho" de pessoas como Verônica Bolina).
Adoro a Raven.
ResponderExcluir"Então socialização não importa quando somos mulheres cis, afinal, "mulher não nasce assim, é socializada assim", mas importa quando se trata de uma mulher trans, afinal, foi socializada como homem?? "
ResponderExcluirParece que alguém não entendeu o ponto (previsível).
Não entendi, é? Haha
ExcluirEntão porfa, me ilumine. Pq foi oq apreendi dessa chatice transfóbica que tá rolando aqui.
B., isso rola pq ao invés de ficar 'vc é menos negro do que eu', 'o meu cabelo é mais crespo do que o seu', 'ai o meu peito é mais definido, bi', e afins, negros e gays se unem e metem a boca. Diferente de nós mulheres, que além de segregar mulher e homem trans ainda batemos palminha pra mulher machista, que consegue ser tão ruim quanto qualquer cara machista, tendo alguma influência, como espaço num jornal em horário nobre no SBT.
"Não se pode caçoar de negros, não se pode caçoar de nenhum grupo de minoria, nem mesmo de 'funckin' trangender people', mas podem caçoar de nós."
ResponderExcluirPois é, é uma coisa que eu noto. Na mídia, já é crime o racismo e a homofobia, mas falar mal das mulheres, aí pode, tá liberado.
Donadio, rad adora esquecer que a maioria das trans acaba caindo na prostituição, pq é uma das únicas profissões que elas conseguem. E concordo com seu ponto de vista em outra postagem. Paga bem! Vendo tudo isso que elas postaram aqui, devem achar que é o mínimo. Devem achar que foda-se esse 'homem com pau'. Tem mais é que se ferrar.
ResponderExcluirSério. Que irritante esse tipo de pensamento.
-tb adoro vc, anon.-
Ah Reven eu acho que mulheres trans, se querem ser mulheres, e se sentem mulheres, seja la o que for isso, e querem ser mulhers, que sejam. Não tenho nada a ver com isso.. E repeito, e luto por elas sim.
ResponderExcluirVou falar mais uma vez o que estou repetindo desde ontem: sou por um femnismo incusivo, desde que não "me deixem sem farinha para fazer meu pirão.". Ou seja, Primeiro as mulheres -TODAS AS MULHERES- , depois as sub-divisões (mulheres brancas, negras,gays,trans,pobres, ricas....)
Eu acho que tem que incluir as trans sim. Me problema é só sempre colocarema nossa luta em sugundo lugar, seja a "luta principal" trans, negra, gay, etc...
Beijos!
OFF: ( Gente ,a gente deveria montar uma pagina no FB para "leitoras da lola e outros feminismos).. ai a gente pode colocar links interessantes e coversarmos entre nós, memso que com perfis anonimos, o que acham? )
yara
Raven, para você, o texto sobre o chazinho e abraço que tanto falo aqui:
ResponderExcluirhttp://lugardemulher.com.br/mata-ninguem-nao/
"Paga bem! Vendo tudo isso que elas postaram aqui, devem achar que é o mínimo."
ResponderExcluirAh, o radfemismo é ainda mais encarniçado contra a prostituição do que contra a transexualidade. E sim, a lenda que o movimento fomenta é a de que a grande maioria das prostitutas são na verdade escravas sexuais.
Mas aí, é isso que sustenta materialmente o radfemismo: a luta contra a prostituição, que enriquece as ONGs características da seita. Se a percepção social for a de que prostitutas são mulheres que, na média, ganham bem mais do que as mulheres de escolaridade equivalente em "trabalhos honestos", vai por água abaixo a coleta de fundos para "salvar" as prostitutas (ensinando-as, talvez, a costurar ou cozinhar?)
Bem assim mesmo, Raven...
ResponderExcluirMulher trans = macho que quer ser mulher (já vi a expressão "piroco"...)
Mulher machista, tipo Sheherazade = nosso irmã, é mulher que só reproduz o machismo, tadinha.
B, nem isso. Radfem adora falar em sororidade mas isso é só entre as "irmãs", ou seja, feministas que pensam exatamente como elas. Veja o que elas falam da Cynara Menezes, por exemplo. Veja o que elas falam de qualquer feminista que elas consideram feminista liberal. Só ontem eu fui chamada de "feminista esquerdomacho" e de "Rola Aronovich", porque eu tenho um falo no cérebro. Isso não vem de mascus, mas de radfems!
ResponderExcluirAqui, um post interessante (de 2007) sobre travestismo no blog do Duílio Ferronato:
ResponderExcluirhttp://blogdoduilio.folha.blog.uol.com.br/falaai/arch2007-02-16_2007-02-28.html
Alguns highlights:
O/a travesti que está sendo entrevistada/o interrompe a entrevista para falar ao telefone com uma "maricona" (gíria de travesti para os clientes):
"Alô, quem é ? Bruno ? Fala Bruno, aqui é a Sandra. Você viu meu site ? Gostou ? Eu gosto de fazer o ativo e você ? Ai, então a gente vai se dar bem."
"Você gosta de usar lingerie bem apertadinha ? Eu gosto de homens de lingerie."
"Eu te como sem tirar a sua calcinha. Puxo de lado e enfio." (sim, isso é o travesti para a maricona, não o contrário.)
"o dote você vai gostar"
"120 no meu local" - o preço. Quem ganha isso por duas horas de trabalho, sem um curso superior?
O Duílio pergunta, a Sandra responde:
"DF – É verdade essa história que os caras só querem fazer o passivo com as travestis ?
SANDRA – 98 % sim, eu não dou há mais de 3 meses. Ninguém quer me comer. Se você fala que é passivo eles desligam na sua cara. Eles só querem travesti ativo e dotado."
"DF – Sua mãe sabe que você faz programa ?
SANDRA – Sabe nada, por isso que eu não quero que você coloque minha foto na internet. Minha irmã é médica e tem internet lá no pronto socorro que ela trabalha. Minha mãe pensa que eu trabalho num salão. Ai, mas eu não gosto de trabalho de salão. Ganha pouco. Eu já trabalhei em loja lá no interior, mas o quê eu ganhava lá em 1 mês eu ganho aqui em 3 dias. É puxado fazer programa, mas ganha bem."
"DF - Mas você tem que pagar comissão para um cafetão ?
SANDRA – Você tem pensamento pequeno mesmo. Cafetão é coisa de puta. Eu não sou puta ! Travesti é diferente, mas você tem pensamento pequeno e não entendeu ainda."
09:49, voce viajou legal,hein? E tem a cara de pau de dizer que não tenho discernimento crítico. Quer ver que é voce que não tem? "É parda mesmo, não é preta, mas é negra". Que eu saiba preto e negro são sinonimos e só vi voce fazendo essa separação. E voce sabia que para os brancos mulato é negro e para os negros mulato é branco? Ou seja, voce tem a mentalidade eurocentrica. Muita falta de lógica considerar negro alguém descendente de negro, mas também de branco. Por isso que digo que Ronaldinho não é branco mas também não é negro e não porque eu acho, é porque é a realidade, ele descende de brancos e de negros. AH! VEJA O QUE FLORESTAN FERNANDES FALA SOBRE NEGROS E MULATOS! ELE NEM CONSIDERA MESTIÇOS E NEGROS A MESMA COISA. Tenha agora a cara de pau de dizer que eu é que não tenho discernimento crítico, além de que parece que nem se aprofundou em nenhum desses autores.
ResponderExcluirQuem essas mulheres excludentes, odiadoras de homens, feministas radicais, lésbicas, pensam que são achando que têm o direito de não acolher pênis, não aceitar pênis, não querer pênis, não gostar de pênis, ter nojo de pênis?
ResponderExcluirAmarrem elas no pau. Acendam a fogueira... Queimem essas bruxas!
"Tá. Então socialização não importa quando somos mulheres cis, afinal, "mulher não nasce assim, é socializada assim", mas importa quando se trata de uma mulher trans, afinal, foi socializada como homem??
ResponderExcluirSocialização só importa se for pra encaixar no conceito de merda de vcs?"
Meu, você tá lendo em voz alta o que tá digitando? Lê isso que você escreveu e vê se tem algum sentido.
Isso é pura desonestidade intelectual ou você tá no modo automático que nem presta atenção no que diz? Quem sabe se você parar de fazer projeções nas feministas radicais pra poder atacar você para um pouquinho pra pensar no absurdo do que você tá falando e defendendo. Reveja suas atitudes, faz bem e é fundamental ao seu próprio crescimento.
"O termo pardo foi introduzido no Censo e nunca mais saiu porque corresponde ao mestiço", explica. "É uma das categorias que têm menos rejeição entre os brasileiros." Segundo ela, mesmo compondo uma casta intermediária, os pardos podem - E DEVEM - ter a consciência de que fazem parte da categoria dos negros. "Os dados sociais referentes a eles são sempre mais parecidos com o dos negros do que com o dos brancos"
ResponderExcluirMaria Aparecida Bento
http://racabrasil.uol.com.br/edicoes/92/artigo12147-2.asp/
IBGE usa classificação de cor preta; grupo negro reúne pretos e pardos
ResponderExcluirhttp://vestibular.uol.com.br/noticias/redacao/2013/05/03/ibge-usa-classificacao-de-cor-preta-grupo-negro-reune-pretos-e-pardos.htm
Raven,
ResponderExcluirmeça suas palavras e suas ações, parça.
ResponderExcluirhttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982006000200012&script=sci_arttext
"Como bem salientou Edward Telles, em seu livro Racismo à brasileira, de 2003, há três critérios de classificação racial/de cor no Brasil: o do IBGE, com suas cinco categorias (amarelo, branco, indigena,pardo preto); o popular, que tem na categoria morena o seu carro-chefe; e o do movimento negro, com a polarização entre brancos e negros. Cada qual tem suas vantagens e desvantagens. Em Não somos racistas, cabe um reparo: negro não é tudo aquilo que não é branco, conforme está logo na orelha do livro. Afinal, a categoria negra jamais incluiu amarelos e indígenas, os quais, apesar de representarem apenas cerca de 1% da população brasileira, têm enorme importância histórica, social e cultural para este país. "
Apesar de toda a ideologia de gênero do patriarcado que sempre distorce totalmente o que significa ser do sexo feminino e o que significa ser do sexo masculino, que inventa inúmeras mentiras sobre "ser mulher" ou "ser homem", é um conhecimento básico da realidade material que modificar o corpo com hormônios artificiais e cirurgias plásticas, implantar silicone nos peitos ou fazer mastectomia para remover as mamas, mutilar os órgãos genitais e moldá-los para terem uma aparência externa semelhante à do outro sexo, não modifica realmente o sexo biológico de alguém. Cada célula do corpo de uma pessoa atesta a realidade do seu sexo biológico e não há nada no mundo que possa alterar isso.
ResponderExcluirEssas cirurgias e demais procedimentos "transexualizadores" são extremamente agressivos, invasivos, mutilatórios, nada nada saudáveis, e são profundamente conservadores no sentido que reforçam drasticamente os papéis de gênero, moldando pessoas para se encaixar neles. No fim das contas, esses procedimentos nem resolvem o problema do sofrimento dessas pessoas vítimas da imposição de estereótipos e papéis de gênero, na verdade o agravam, pois o problema não é individual com 'soluções' individualistas, mas é sim um problema social, que só pode ser resolvido coletivamente com a abolição dos estereótipos e papéis de gênero através de mudanças profundas na sociedade que darão fim ao patriarcado.
"Um outro dado que merece destaque é que a população negra, para a demografia, é o somatório de preto + pardo. Cabe ressaltar, no entanto, que preto é cor e negro é raça. Não há "cor negra", como muito se ouve. Há cor preta."
ResponderExcluirhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000100006
"Com os estudos da genética, por meio da biologia molecular, mostrando que muitos brasileiros aparentemente brancos trazem marcadores genéticos africanos, cada um pode se dizer um afro-descendente. Trata-se de uma decisão política"."
ResponderExcluirhttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142004000100005&script=sci_arttext
""Não causa surpresa que os pretos se declarem pardos, porque o preconceito do Brasil é baseado na representação, aquilo que as pessoas acham de si mesmas ou o que os outros acham delas. E, enquanto os negros tiverem em desvantagem no acesso à educação ou ganhando salários menores, por exemplo, é compreensível que muitas pessoas não queiram assumir uma identidade negra", afirma o escritor e historiador Joel Rufino dos Santos, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)."
ResponderExcluirhttp://noticias.uol.com.br/especiais/pnad/ultnot/2009/09/18/ult6843u18.jhtm
"Autoafirmar-se negro é, além de uma postura política, um grito de resistência. Não há como combater uma opressão sem reconhecê-la primeiro e sem conhecer sua raiz.
ResponderExcluirColorismo, amizades, é por definição a divisão de negros entre “os verdadeiros” (de pele escura) e os negros-não-negros (de pele clara). O colorismo é o que podemos chamar de uma forma legítima de racismo velado. Desde o nascimento, negros filhos mestiços de pai branco e mãe negra e vice-versa, são chamados pardos. Pardos por quê? O que é, afinal, ser pardo?
“Pardo” é mais um dos muitos termos criados para nos chamarem “não tão negros assim”. Somos chamados de negros-não-negros por não sermos aptos ao padrão que a branquitude estabeleceu para legitimar nossas identidades, mas ao mesmo tempo não possuímos privilégio branco. Nossos traços gritam e nenhum embranquecimento os cala."
http://feminiciantes.blogspot.com.br/2015/01/o-que-e-colorismo.html
Por que espaços só para mulheres devem ser abertos a homens que dizem que são mulheres? Só porque eles dizem que são mulheres temos que acreditar que eles são de fato mulheres? Que feminismo é esse que aceita a premissa patriarcal que os homens devem nomear a realidade, logo a realidade é o que os homens dizem que ela é, mesmo que isso não tenha lógica nenhuma ou que não faça o menor sentido para as mulheres, que não contemple a realidade das mulheres, que vá contra as mulheres?
ResponderExcluirNão sabe dizer quem é negro? então pergunte a um policial.
ResponderExcluirEm última análise, o feminismo radical e as teorias do transgenerismo estão em completa oposição. Pois a fim de se apoiar o transgenerismo, gênero tem de ser apoiado. Assim, a subordinação das mulheres tem de ser apoiada para que o transgenerismo seja apoiado. Gênero é uma desigualdade de poder, um status social com base em quem é permitido fazer o que a quem. Em outras palavras, os homens como a classe dominante são permitidos abusar e dominar as mulheres, a classe subalterna. É isso que o termo gênero verdadeiramente significa. Gênero, em seu cerne, não é um binário ou um espectro. Gênero é uma hierarquia de desigualdade de poder que justifica e permite o abuso e a dominação das mulheres pelos homens. Assim, em seu cerne, o transgenerismo apoia o abuso e a dominação das mulheres pelos homens. E é por isso que as feministas radicais nunca poderão apoiar o transgenerismo, seus conceitos e teorias.
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