Gostei muito deste texto que Vladimir, um matemático esperando o diploma, escreveu e mandou pra mim:
Uma amiga minha, em quem confio pra essas coisas de olho fechado, ao saber do atentado à sede da revista Charlie Hebdo, perguntou se o século XX não tinha acabado. Eu, que não sou historiador e não tinha grandes visões de mundo no pouco do século XX que vivi, não sei exatamente o que ela quis dizer. Mas minha pobre análise de quem foi educado na escolinha por filmes hippies e minha parca visão de quem assiste os fatos recentes do meio de uma floresta utópica, rodeado por vetores tangentes e macaquinhos catando manga, me diz que, se o século XX não acabou, pelo menos uma parte dele foi esquecida: os apelos pela paz.
Sim, em um momento em que tudo é relativizado, principalmente mensagens de apoio e as dores das vítimas, quem resta impassível e intocada, com raízes profundas nos nossos sentimentos mais primitivos, linguagem universalmente compreendida e abraçada, é a violência.
Depois de derramado o sangue, os líderes trazem cem planos de defesa e mobilizam milhares de soldados. A CIA, que abandonou tanto a década de 60 quanto a polícia brasileira, alerta sobre os possíveis ataques que se seguirão na Europa e no Vaticano.
Quatro milhões de pessoas marcham em silêncio na França, acompanhando os mais antagônicos líderes mundiais e se noticia, talvez seja verdade, que é uma marcha pela liberdade de expressão (!).
Enquanto isso pouco se olha para a onda de ataques contra a comunidade muçulmana, e quem o faz é para emendar um “Viu? Te disse que aquele jornal incentivava a islamofobia!”. No mundo das hashtags, discute-se se #jesuis ou #jesuisnepais Charlie ou Ahmed, enquanto ninguém nota franceses chamando muçulmanos para andarem juntos no transporte público em acolhimento contra a onda de ódio.
Quatro milhões de pessoas marcham em silêncio na França, acompanhando os mais antagônicos líderes mundiais e se noticia, talvez seja verdade, que é uma marcha pela liberdade de expressão (!).
Enquanto isso pouco se olha para a onda de ataques contra a comunidade muçulmana, e quem o faz é para emendar um “Viu? Te disse que aquele jornal incentivava a islamofobia!”. No mundo das hashtags, discute-se se #jesuis ou #jesuisnepais Charlie ou Ahmed, enquanto ninguém nota franceses chamando muçulmanos para andarem juntos no transporte público em acolhimento contra a onda de ódio.
Sim, meu único sorriso ao ler as notícias e análises que se seguiram foi ao ver uma breve nota se referindo a essa atitude, aparentemente iniciada pelos australianos depois do sequestro ocorrido lá recentemente, de união. Porque é claro que a esse atentado segue um acirramento de tensões entre a extrema direita e o fundamentalismo religioso, ambos forças crescentes, e não só no continente europeu.
E é claro que isso tem que ser combatido, em particular a extrema direita que ganha força e pode assumir os órgãos do poder estabelecido. Mas por que a alternativa é transformar o jornal em um mártir da extrema esquerda francesa?
E é claro que isso tem que ser combatido, em particular a extrema direita que ganha força e pode assumir os órgãos do poder estabelecido. Mas por que a alternativa é transformar o jornal em um mártir da extrema esquerda francesa?
Primeira capa da Charlie após o ataque em 7/1/15: "Tudo está perdoado" |
Sim, precisamos de um sonho. Um sonho que não seja desconstruído, reconsiderado, ponderado e relativizado. Pois é essa a perda que tivemos na virada do século (coloque-a no momento que quiser). Se antes se cantava “Imagine” no Central Park com flores nos cabelos, hoje só lembramos que o John batia em mulher e que o movimento hippie provavelmente era elitista e discriminatório. Pode até ser verdade, mas não é disso que são feitos sonhos.
Lembro-me quando eu era pequeno e saiu nos jornais que a União Européia ia unificar a moeda e adotar a livre circulação de pessoas. Achei incrível e fiquei ainda mais contente com a cidadania italiana que eu ia logo receber (bem, acabou que não foi tão logo assim). Era como se eu fosse me tornar parte de vários países em um país só, que abdicaria dessas instituições que sempre achei meio esdrúxulas que se situavam nas linhas que separam um país de outro (será que tem cerquinhas? Uma linha marcando? A única vez que cruzei uma fronteira por terra eu estava em um ônibus, talvez estivesse dormindo.).
Com o tempo, o valor simbólico dessa, que já era a terra dos meus ascendentes próximos, foi crescendo. Um continente que valoriza a vida urbana, o espaço público, cheio de praças e pessoas andando e pedalando. Um continente que não conhece o medo da violência urbana do novo mundo e onde as pessoas andam na rua. Onde as ruas terminam em becos com pedras romanas e onde a arte urbana não é uma invenção, mas já estava lá quando todos chegaram.
Na Alemanha o governo decidiu abandonar a energia nuclear. Na França as universidades oferecem residências para os seus estudantes, independente da renda. Na Espanha os casais andam livres e se amam sem que a moral se ofenda. Na Holanda os defensores dos carros não podem alegar que “aqui não é Amsterdã”. Na Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, os melhores índices de desenvolvimento humano, educação e saúde do mundo. Lugares onde a liberdade reina, as pessoas podem tirar fotos de documentos com caçarolas de macarrão na cabeça, onde há um partido pirata e onde prisões são fechadas por falta de público.
Em todos os países a saúde e a educação são públicas, o transporte urbano é amplamente utilizado e a desigualdade social é eficientemente combatida. O continente do welfare state, cuja quebra, mesmo sendo resultado de trapalhadas no novo mundo, foi comemorada por liberais e até mesmo por alguns de cá que simplesmente acham que não dá pra ser tão bom assim de verdade.
E não dá mesmo, a imagem acima é só um retalho idealizado. Não importa. É um continente construído em um sonho. Um sonho que guia movimentos do lado de cá do Atlântico. O sonho europeu mantém viva a esperança nos daqui que querem um mundo que seja como essa Europa. Um sonho que pode ser desconstruído, até facilmente, pode. Mas não deveria.
Manifestantes em Paris |
Je suis Charlie no Egito |
é uma forma de ver as coisas. ivana bentes parafraseando os titãs, na ocasião da última eleição, dizia: "só quero saber do que pode dar certo."
ResponderExcluirtambém adotei essa estratégia, me cai muito melhor que niilismo paralisante. mas esse começo de governo tá pedreira! mas ivana continua: é o governo contra o governo, eles tem katia abreu, nós temos juca ferreira.
Enquanto isso na Europa, o terror contra o terror, disse a karina buhr, é o primeiro ministro de israel marchando contra o terror.
E caetano "2014: o século já chega à adolescência. Foi um ano sem pai nem mãe. O mundo, que vinha se contorcendo desde que saiu da primeira década - com primaveras, indignados, occupies - , fez caretas de fim. Economia europeia em crise interminável (com a nostalgia do Estado babá, o chauvinismo anti-imigrantes e a histeria da austeridade se debatendo); Rússia tentando reeditar o czarismo soviético (e tendo como reação a isso tanto o mito da democracia liberal quanto a insânia de grupos neo-nazi); Síria em guerra horrenda (onde um ditador brutal atinge seu próprio povo e termina dando mais energia a grupos sectários do que aos seus inimigos que buscam a liberdade). Aqui, crendo que, se o mundo não acabar, o nosso país poderá dar uma contribuição original para o jeito de se arrumar a vida humana na terra (mas como, se somos um povo com polícia assassina, com façções criminosas dominando as áreas mais carentes das grandes cidades, racismo denegado, escolas de baixa qualidade, ausência de saneamento básico em vastas áreas, atraso no desenvolvimento do aspecto físico da população - os feiosos de Ed Motta e de Elizabeth Bishop são apenas meros sobreviventes da mortalidade infantil, descendentes de gerações e gerações de retirantes subalimentados - , caos visual no urbanismo de todas - todas - as cidades brasileiras de qualquer porte?...), seguimos votando no PT. Falo de mim: quase que Dilma empata com Aécio. Acho que o PT merece o êxito alcançado. O PSDB merece o êxito alcançado. Os anos FH-Lula foram grande avanço em nossa história. O pouco já é muito: não tínhamos quase nada. Votei em Marina e adoro que ela tenha assustado o establishment político nacional. Até um texto em inglês dando conta de que ela tinha mandado matar Eduardo Campos por membros da CIA a mando de George Soros recebi por email de militantes petistas. A campanha de Dilma dizimou Marina..."
eu só acho que se o século XX foi a era dos extremos, de acordo com o outro, essa é a era das terríveis contradições, que não é nem que não existissem. talvez agora estão só mais expostas nos wikleaks da vida. o que faremos com elas? "não importa"? sei não, acho esse tipo de otimismo que define as terríveis (e perigosas) contradições como "não importa" um tanto quanto conservador...
A noruega acaba de aprovar uma lei, que proibe a construção de mesquitas la, a menos que igrejas possam setem construídas também na Arabia Saudita( oque e proibido) O justo chama-se RECIPROCIDADE, simples assim. Querem que toleremos, quem não nos tolera, na Arabia Saudita, quem for pego com uma Biblia em local publico, e preso, no Irã, se um cidadão se converter ao cristianismo, ele e enforcado.
ResponderExcluirVamos parar de hipocrisia, todo mundo sabe que a esquerda e aliadinha do radicalismo islamico, pois vê nele, um aliado "indireto" para destruir seus inimigos cristãos, a velha tatica do "inimigo do meu inimigo, e meu amigo"
A esquerda marxista/gramscista, tem por objetivo a destruição das bases da civilização ocidental como a conhecemos, o direito romano, a filosofia grega,e a moral judaico/cristã. Por isso vemos aberrações, como a defesa do terror, que se assemelha em muito ao terror revolucionário que eles pregam.
É um texto muito bonito (e é mesmo, não estou sendo debochada), mas, infelizmente, a defesa é uma reação esperada. O moço que fez reféns no mercado judeu era considerado pacato e muito educado pelos vizinhos. Imagina a mente dessas pessoas sem saber exatamente o que julgar, quem julgar. Não dá pra esperar que todos consigam dar as mãos ao próximo, pelo menos não agora.
ResponderExcluirAdorei o texto. Como sonhar com um mundo melhor se não acredita em evolução e mudança? Valorizar o que é certo é quase tão importante quanto denunciar e se revoltar quanto ao que é errado.
ResponderExcluirEsse não foi um atentado contra a liberdade de expressão como a mídia anuncia. Foi um atentado político.
ResponderExcluirOs extremistas sabem que com atentados terroristas, o ocidente vai cercar ainda mais o oriente de munição, armamento e... guerras. E é isso que os extremistas querem: GUERRAS!
Eles não estão interessados se o próximo país vai ser Itália, Alemanha, EUA ou UK, eles estão apenas interessados em fazer o ocidente e o oriente guerrearem. E é aí que o ocidente encontra seu "rabo preso": são os EUA o país que mais fornece armamento de guerra pro oriente e assim, o extremistas mantém o país (EUA) nas mãos, com rédeas curtas...
Apenas peço que enxerguem além do que mídia foca (cristãos contra muçulmanos) e foquem no que sempre fez o mundo ser o que é: DISPUTA DE PODER.
Ai que lindu! Pena que que só um sonho totalmente desconectado da realidade!Esse não é o momento pra dar lugar ao ódio, mas não tbm não é esse tipo de raciocino Poliana classe media que vai fazer diferença!O mundo não precisa de sonhos, precisa de planos de ação pra garantir a vida e a dignidade de todos.
ResponderExcluirE aqui, "os mais antagônicos líderes mundiais e se noticia, talvez seja verdade, que é uma marcha pela liberdade de expressão (!).", o nome disso dai é oportunismo, amigo.
Só tenho 2 coisas a dizer sobre a postagem:
ResponderExcluir1ª morre pouco mais de uma dúzia de pessoas na frança é comoção mundial, morrem centenas no iraque e na siria, vai pra estatisticas;
2ª tudo isso por uma suposta existência de 'alguém superior (deus)', imagina se tivesse provas concretas da existência do mesmo!?
Lola, obrigado por não ter publicado um comentário meu explicando o motivo da existência das listras das zebras!
Um link bacana pra quem ainda não viu: http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/2015/01/je-ne-suis-pas-charlie.html
ResponderExcluir12:06,
ResponderExcluirIsso não é reciprocidade, isso é burrice. O que mais alegraria os ditadores da Arábia Saudita é que todos os demais países se tornassem igualmente autoritários.
Eu costumava relativizar. Grande bobagem, a verdade não admite "relativo".
ResponderExcluirE ela é simples: muçulmanos em si não são problema, mas têm IMENSO potencial de ser, pois sua religião é parada no tempo como qualquer uma seria (isso não é ruim per se) e manda no Estado, enquanto a cristã pelo menos foi empurrada pra longe dos negócios estatais (o que, no entanto, destruiu completamente a decência das pessoas ocidentais e nos transformou no que somos hoje, com mulheres acreditando em feminismo e homens em "revolução socialista" enquanto só chafurdam na lama feito porcos).
Não há ganho aqui. Estão na verdade, matando a si próprios sem perceber. A maioria das vítimas do terrorismo sempre foi muçulmana. Irônico, mas verdade.
BLH
Eu sou uma entusiasta da UE também! Acho que se essa sopa cultural conseguir se unir, todo o resto do mundo também poderá.
ResponderExcluirO texto é bonito e eu concordo que devemos cultivar sonhos, mas confesso em em alguns momentos achei o texto bastante "Poliana classe média" (como falou Ta-chan)
ResponderExcluirQuem estuda o alcorão, mesmo que por cima, encontra diversas passagens horriveis, o profeta é assassino, pedófilo e estuprador.
ResponderExcluirVocê não pode falar sobre isso senão é VOCÊ quem não respeita o outro.
Sinto muito mas burca é uma coisa medieval e um livro onde o profeta é assassino sangue frio só pode ser um guia prático para o terrorismo.
Respeito as pessoas que seguem essa religião mas não respeito a opressão às mulheres e crianças que esse livro propõe. Ou seja, não respeito muito talvez, me incomoda essa opressão.
Na França existe muita intelectualidade para suportar algo tão nojento, não importa quão eloquentes sejam seus seguidores. Mas eles sabem respeitar os fanáticos religiosos mesmo assim... e tem que ser fanático para ignorar toda a crueldade do livro "sagrado".
Não, vc não respeita muçulmanos. Por favor fique quieto.
Excluir"O mundo não precisa de sonhos, precisa de planos de ação pra garantir a vida e a dignidade de todos."
ResponderExcluirPrecisa de sonhos, sim senhora. Os planos sao essenciais, mas essa de nao sonhar eh muita amargura na vida. O que te motivaria alem disso?
Na França existe muita intelectualidade para suportar algo tão nojento, não importa quão eloquentes sejam seus seguidores. Mas eles sabem respeitar os fanáticos religiosos mesmo assim... e tem que ser fanático para ignorar toda a crueldade do livro "sagrado".
ResponderExcluirAnom da 16:30, a biblia eh igualzinha. Eu fui criada com a minha avo me dando sermao com uma biblia na mao e um Rosario na outra. Minha avo eh a pessoa mais doce, humana e compreensiva que eu conheco. Intolerancia nao tem nada a ver com fe. Por ser beata de igreja ela nunca achou que teria direito de oprimir ninguem, ela pregou o amor e continua pregando, como Jesus ensinou aos catolicos e outras religioes cristas.
O Isla prega ensinamentos excelentes, como a caridade, por exemplo. Tambem prega a igualdade entre os sexos. Eu tenho amigos muculmanos e muculmanas que sabem que a fe nao eh um livro escrito, eh o que a gente aprende em casa, nos principios.
Não se pode esquecer o contexto. Os muçulmanos são minoria política na Europa e discursos de ódio como o do Charlie Hebdo ajudam a legitimar, perante a população, ações de força contra essas minorias. Igual ao que foi feito contra os judeus no período entre guerras. Inclusive naquela época os judeus sionistas também apelavam para atentados terroristas contra os britânicos que controlavam a Palestina.
ResponderExcluirIslã não prega igualdade entre os sexos conheço muito bem o islã mulher não pode sair de casa sem homem, usar burca pq mulher se mostra só pro marido, mulheres são agredidas com o apoio das leis, eles são bem cruéis com as mulheres, se eu tiver oportunidade vou ajudar algumas mulheres do islã a se libertarem desse cativeiro.
ResponderExcluirMenos por favor. Vá ler o Alcorão e ver menos programas sensacionalistas
ExcluirMuito bonito o texto. Gostei da abordagem.
ResponderExcluirSó tenho um comentário pra fazer... Morei na Espanha e "...os casais andam livres e se amam sem que a moral se ofenda." não foi exatamente o que eu vi e senti.
E uma pequena correção: o certo é je ne suis pas. Entre o ne e o pas deve ficar o verbo ;)
Então vamos ler a opinião de um muçulmano integrado. Foi bom ler algum jornal eletrônico que se salva nessa mídia podre. Veja e pragmatismo político se completam, adoram jogar gasolina no incêndio. E as pessoas que comentam são deploráveis, um festival de baixaria, falando absurdos, tanto de europeus quanto de muçulmanos. http://jornalggn.com.br/noticia/o-ggn-ouviu-um-muculmano-frances-para-entender-a-crise-religiosa
ResponderExcluirFaltou dizer que é preciso reviver o sonho de um Estado Palestino independente e livre da opressão sionista.
ResponderExcluirVamos esclarecer uma coisa, burqas são vestimentas tribais. A maioria não usa. O mais popular é o véu que esconde os cabelos. As turcas e as marroquinas que seguem a tradição (a maioria não usa) são as que sabem melhor combinar com estilo. Eu acho particularmente lindo, principalmente com aquela maquiagem árabe. As minhas amigas muçulmanas não usam véu, pois não é imposição na família. A família tem que ser muito tradicionalista e controladora para poder fazer com que as moças usem o véu. Pensem num evangélico tradicional, cuja a doutrina impõe que as mulheres não cortem o cabelo e só usem saia. É por aí a coisa. E gente, mulheres são oprimidas no Brasil, controladas por seus maridos, e nem precisam trajar véus ou burqas.
ResponderExcluirgente falando que conhece bem o islam,
ResponderExcluirmas não sabe a diferença entre burca e hijab (véu),
ta serto
Pergunta pra Malala Yousafzai porque ela ainda usa hijab. Ela não tem obrigação nenhuma de continuar usando.
ResponderExcluirAproveita e pergunta se pra ela o Talibã representa Islam. Levou um tiro na cabeça e continua muçulmana porque sabe a diferença.
ResponderExcluirFalar em reciprocidade é lindo entre iguais. É preciso lembrar que os muçulmanos que vivem na França são, em sua maioria, oriundos de antigas colônias francesas. Então, a relação entre eles sempre foi desigual. Era uma relação de opressão e subordinação. Não exste reciprocidade entre opressor e oprimido.
ResponderExcluirO texto é bonito e aponta pra reflexões interessantes. Mas é muito ingênuo: essa ideia de Europa é a que nos vendem há tempos - para nós, gente do Mundo Novo. Essa bela Europa se fez às custas de muita exploração do Novo Mundo, e não há como ignorar essas feridas. Mais do que ingenuidade e sonho, precisamos de solidariedade, empatia e utopia para seguir caminhando.
ResponderExcluirMoço do guets post:
ResponderExcluirCuidado com o eurocêntrismo e com o pensamento colonial. Nem tudo é o que parece ser ainda mais na Europa. Toma cuidado com essa idealização da Europa como paraíso e o resto do mundo ruim.
Sigo seu blog a pouco tempo, ando fora das redes sociais e levo uma vida bem trivial.
ResponderExcluirEntão, sem maiores rodeios: EU TE AGRADEÇO PROFUNDAMENTE POR ESCREVER!!!!!! Muito obrigado pela abordagem coerente de temas tão delicados. Muito obrigado por ser democrática. Muito obrigado por me acrescentar tanto!
Minha energia sempre melhora quando eu paro para ler você
É isso. Continue!!!!!
Olá Lola.
ResponderExcluirAte achei interessante o artigo, apesar dele ser muito utópico em algumas partes, especialmente pelo fato desse não ser o mundo desejado pelos muçulmanos.
Que ninguém se engane, pois levando-se em consideração como e o ser humano e como são os islâmicos, os islâmicos estes nunca viveram todos de forma pacifica com nós ocidentais.
Boa noite
Acho que os islâmicos vivem de forma muito pacífica aqui no Sul, Brasil, Ocidente.
ResponderExcluirAcho que os islâmicos vivem de forma muito pacífica aqui no Sul, Brasil, Ocidente.
ResponderExcluir15 DE JANEIRO DE 2015 22:14
Porque não são nem 1% da população
Mas que diferença faria se fossem mais que 1% numa sociedade como a brasileira? Números altíssimos de violência. Pessoas marginalizadas e esquecidas em favelas (nossas faixas de Gaza) , vivendo sob a ameaça de traficantes e da polícia violenta. Desigualdade social escancaradas, onde os de classe privilegiada não gostam de conviver com pessoas pobres, e são contra programas de inclusão (vide bolsa família, cotas). Depois vem querer discutir a questão europeu-muçulmano.
ResponderExcluirEurocentrismo mandou lembranças...
ResponderExcluirAnônimo das 12:06, não é verdade que um iraniano não pode ser converter ao cristianismo, ou que ele será morto se o fizer. O Irã tem uma comunidade grande de armênios cristãos e de judeus. Acreditar no que se lê em jornais de grande circulação dá nisso. Viajo ao Irã todos os anos, meu irmão é casado com uma iraniana e o país está looonge de ser o que se fala.
ResponderExcluirAnônimo 8:08, o problema é que muita gente só conhece o mundo através da mídia tendenciosa, que só mostra o que lhe convém. Teerã é linda e tem gente muito boa. Claro que existe recantos no país que são esquecidos e dominados pelos radicais. Alguma semelhança aí com certas regiões ignoradas no Brasil, onde pessoas vivem condições de escravos?
ResponderExcluirA Nigéria tem cidades como são Paulo, só para constar. E os nigerianos da classe privilegiada ignoram totalmente as vilas onde os extremistas dominam e aterrorizam a população.
Tem muitos lugares lindos no oriente médio, muita gente humana e boa, mas infelizmente os maus alcançam todos os cantos deste planeta.
P. Serra
"slã não prega igualdade entre os sexos conheço muito bem o islã mulher não pode sair de casa sem homem, usar burca pq mulher se mostra só pro marido, mulheres são agredidas com o apoio das leis, eles são bem cruéis com as mulheres, se eu tiver oportunidade vou ajudar algumas mulheres do islã a se libertarem desse cativeiro."
ResponderExcluirVc não conhece nada do Islã, deixa de ser mentirosa.
Youssef
O cristianismo protestante também é um fenômeno de amplo crescimento nas classes baixas no Brasil. Não vejo ninguém defendendo que essa religião tem ser poupada porque é dos "oprimidos"...
ResponderExcluirAnon 10:12, você esqueceu que faz parte da nossa cultura reclamar de tudo e de todos sob qualquer situação?
ResponderExcluirDepois de ler comentários de gente tanto da esquerda como da direita, cheguei à conclusão que ambos se completam. Porque é exatamente assim como você escreveu.
No entanto, ainda li algumas pessoas coerentes, mas elas são gotas no oceano.
qual eh o intuito deste post? justificar o humor ofensivo?
ResponderExcluirIntuito de praticar islamofobia nos comentários.
ResponderExcluirNão tem a ver com o tema central do post. Mas bem: não dá pra ignorar o fato de que o Lennon era um doido varrido espancador de mulheres e torturador de crianças. Mesmo que ele tenha escrito uma letra de música bonita. Isso tem nome e nem é difícil - hipocrisia -.
ResponderExcluirAgora essa discussão da burqa e do hijab já deu no saco neh? Opressor não é usar um dos dois (por livre escolha). Opressor é vcs quererem tirar dessas mulheres essa escolha. Muçulmanas não são coitadinhas que nós, do Ocidente Iluminado temos que pegar pela mão. Assim como existe feminismo aqui, tb existe lá. E assim como nem todo mundo é feminista aqui, nem todo mundo é feminista lá. Ou por acaso eu preciso sair de peitos de fora pra ser feminista pra algumas aqui?
kkkkkkkkk
ResponderExcluirO Youssef veio defender o Islã. Só faltou o Mohammed.
Brincadeira tá? Bju
Melhor prevenir.
ResponderExcluirHahahahah, é muito engraçado ver feministas defendendo muçulmanos.
ResponderExcluirPois bem, continuem fazendo isso e aproveitem bem o tempo que lhes resta, pq se a invasão muçulmana não for contida, em breve vcs todas deverão usar burca e dividir um marido com mais 3 esposas.
Ah, e antes que digam, se disserem que não casarão e que levarão uma vida "livre", serão apedrejadas.
Ora, se o islã é uma religião de paz, por que não permitem a construção de igrejas cristãs e de outras religiões nos Estados em que o islã é religião oficial?
É uma religião de paz, sim, igual a pax romana...
Anon 21:40 pára de ler veja e ver novela da globo. Junta uma grana e vem para europa conhecer toda essa mulherada de burqa que divide o marido com outras três esposas.
ResponderExcluirDesconhecimento e má informação da mídia são mesmo uma desgraça
Anon 04:50, assistindo O Clone eu aprendi que muçulmano que tem mais de uma esposa são só os muito ricos.
ResponderExcluirSe anon 21:40 tivesse assistido seria mais bem informad rs
Anonimo das 21h40, eu MORO na França, ta?
ResponderExcluirE muita mulher é obrigada sim a usar a porra da burca. In clusive a França reenforçou as leis do "trazer a esposa para morar na França" pq muito muçulmano tem mais de uma.
Tu conhece mucçulmano? Não pelo visto. Porque eles são sim extremamente machistas. NA FRANCA comprei um pedaço de pizza, EU PAGEUI e o cara muçulmano deu o troco pro meu namorado; Perguneti a razão ,e ele respondeu: "porque dinheiro é coisa de homem".
Você não conhce. Não fale.
Sério que tem gente falando que o Islã não é machista?
ResponderExcluirChegamos a esse nível de hipocrisia?
Claro que a esmagadora maioria dos muçulmanos é machista assim como o homem latino, principalmente os que vivem abaixo da linha do Equador, e nem precisa usar burqa. Mas para não ser injusta, passei situações bem machistas em Portugal, em três restaurantes não recebi o menu, só meu marido e nossos amigos homens. Na hora de pedir, eles perguntavam ao meu marido. Pois é, e nem eram muçulmanos. Italiano então... Putz. Machismo não é exclusivo de determinada etnia, apenas varia na intensidade. Tem homem ocidental aqui que proíbe a mulher de sair de casa e não deixa aprender o idioma, que é para não começar a ter "idéias". Vão buscar as mulheres lá no Brasil ou na Tailândia, trazem para cá e isolam do mundo. Eu mesma já ajudei várias em situações difíceis.
ResponderExcluirfeminista defendendo o islã faz tanto sentido como judeu defender o nazismo, lógica mandou lembranças
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