Eu nem ia falar mais nada sobre o professor intelectual de esquerda que tem o estranho costume de mandar selfie de pinto, mas algumas coisas ficaram tão ridículas que quero falar mais um pouquinho sobre o caso.
Umas pessoas não muito inteligentes disseram (não pra mim, mas de mim): Como é que ela ousa denunciar isso? Isso num tuíte. Poucos tuítes depois, vem este: Ela sabia do caso desde julho e não denunciou por quê? Omissa!
Isso da mesma criatura. Mais de uma, até.
Agora pra críticas mais sérias. Respeito a Cynthia, mas acho que desta vez a amizade dela com o professor falou mais alto (leia aqui).
Primeiro que não se deve generalizar a reação como ação de um feminismo misândrico e punitivista. Tirando mascus, que juram que eu sempre escrevo que "todo homem é um estuprador" (provem, por favor: um print só de algum texto meu já basta), quem acompanha este blog sabe que não sou feminista radical, que defendo que homens podem e devem ser feministas, que acho que punir nem sempre é a melhor opção, e mil e um outros posicionamentos que desagradam muitas feministas mas me deixam tranquila com a minha consciência.
É até divertido às vezes, porque, enquanto sou vista como A Feminista Radical por quem não entende absolutamente nada de feminismo, sou vista pelas feministas radicais como aquela uma lá que tenta agradar o patriarcado. Como se eu estivesse aqui pra agradar alguém! Se eu quisesse popularidade, seria uma reaça machista.
No seu texto, Cynthia diz que "falta alguém" com formação terapêutica para ponderar as emoções envolvidas e evitar ações precipitadas", assim como "falta alguém" com formação jurídica "para avisar que o método escolhido é inadequado" (aqui tem uma excelente resposta a este ponto, esta sim escrita por uma radfem).
Eu concordo. Falta muita gente pra acolher mulheres mesmo. Eu tento há anos incentivar alunas de Direito de várias universidades onde palestrei para fazerem um site com orientações online gratuitas. Para muitas vítimas que me procuram e que estão na universidade, recomendo sempre o coletivo feminista daquela universidade.
Mas tudo que vi neste caso foi gente dizendo que divulgar o ocorrido não foi o certo -- sem propor o que poderia ser feito. Denunciar a quem? Denunciar o quê? Eu sou uma das que acham que não houve crime. Não sei se mandar foto não solicitada do pau seja crime (mandar pra menor de idade é crime sim, mas não sei se o professor fez isso com a menina de 15 anos).
Mas, tipo, não é bacana. Vi feminista dizendo que isso não tem nada de mais, que faz parte da revolução sexual. Ahn, olha, pode ser que muita mulher e feminista adore abrir seu computador e pimba, encontrar lá um pênis inclinado à esquerda. Nada contra quem sinta tesão por isso. No entanto, em geral esta artimanha é usada como opressão, não como algo libertador. E como exibicionismo. E sim, poupem-me de explicar que tem gente com fetiche em exibicionismo, em sadomasô, em cuckold etc. Claro que tem, mas tudo deve ser negociado antes. Não foi o caso. Não é difícil de entender.
O fetiche do professor parece ser justamente a submissão, o controle, a humilhação, o poder sobre as mulheres com quem ele se correspondia/corresponde e, principalmente, sobre os maridos delas, "cornos" que ele queria amansar. Se ele só fizesse isso com quem quer participar desses fetiches, ótimo, maravilha, nem estaríamos aqui discutindo. Mas teve muita mulher que não gostou, que se sentiu abusada. São elas que denunciaram.
E acho absurdo a Cynthia dizer que é contra um feminismo que trata as mulheres como vítimas imbecis indefesas (também sou contra, e não vejo qualquer corrente feminista fazendo isso) ao mesmo tempo que ela sugere que as garotas que denunciaram foram "incentivadas" a tornar o caso público, como se elas não tivessem autonomia pra decidir. Cynthia sugere que elas foram vítimas da "manipulação da fragilidade alheia" -- manipulação não do professor, que escolhia as mulheres a dedo, procurando sempre as fragilizadas, as com culpa religiosa --, mas dessas perversas feministas que só querem fortalecer um "movimento político misândrico".
Pelo que sei, cinco das muitas mulheres que o professor assediou se reuniram através do Facebook, e juntas, sozinhas, resolveram o que fazer. Só tenho contato com uma dessas cinco. Eu fiz o que podia fazer: a escutei, fui solidária, respeitei seu pedido de "por favor, não conta pra ninguém" (ela me enviou o primeiro de muitos emails no final de julho). Eu pensei que isso tudo nunca iria vazar, já que tanta gente conhece as histórias há dez ou quinze anos, e nunca houve denúncias, só fofocas (pra não perder a fé na humanidade, fiquei sabendo que muitos homens de esquerda já não gostavam do professor por causa dessas histórias).
Pelo que sei, cinco das muitas mulheres que o professor assediou se reuniram através do Facebook, e juntas, sozinhas, resolveram o que fazer. Só tenho contato com uma dessas cinco. Eu fiz o que podia fazer: a escutei, fui solidária, respeitei seu pedido de "por favor, não conta pra ninguém" (ela me enviou o primeiro de muitos emails no final de julho). Eu pensei que isso tudo nunca iria vazar, já que tanta gente conhece as histórias há dez ou quinze anos, e nunca houve denúncias, só fofocas (pra não perder a fé na humanidade, fiquei sabendo que muitos homens de esquerda já não gostavam do professor por causa dessas histórias).
Quando a moça que tinha me contatado em julho fez o Tumblr -- junto com outras mulheres --, ela me pediu ajuda para divulgá-lo. A intenção dela(s) é que outras moças saibam que aquele professor respeitado, feminista, de esquerda, que vive fazendo julgamentos morais em público, em particular contradiz tudo o que diz. E vira um predador, ao ponto de enviar para uma menor de idade prints de um caso de "amansar corno" do qual ele mais se orgulha: o de um policial que apontou uma arma na cabeça da esposa que o traía. Porque violência doméstica e ameaça de feminicídio são não apenas piadas, como também estratégias para seduzir uma menina de 17 anos.
E como se pode falar em "ações precipitadas", se essa menina passou por esse assédio há três anos? Se a moça que entrou em contato comigo guardou a história -- que pra ela foi uma violência -- durante meses? Anos, meses em silêncio. Elas não me pareceram exatamente precipitados.
E assim, true story: uma feminista nada radical, ao conhecer os detalhes da história, contou para as vítimas que, quando conheceu o professor pessoalmente, anos atrás, já tinha ouvido falar bastante sobre ele mandar fotos nu para várias mulheres. Ela perguntou pra ele por que isso, e ele negou, constrangido, e disse que tinha um casamento aberto. A explicação não a convenceu e, a partir de então, essa feminista tentava avisar discretamente qualquer menina de quem ele se aproximava. Segundo ela, se ela soubesse da "abordagem tão agressiva", teria se pronunciado há mais tempo.
Porém, pra um montão de gente, principalmente os amigos e amigas do professor, e os inimigxs de tudo quanto é feminismo em geral, tudo isso jamais deveria vir a público. O cara deveria poder curtir a vida adoidado tranquilamente, sem ser incomodado por essas beatas moralistas que fazem o maior escândalo ao ver um pau. Nunca viram? Não gostaram? É só deletar, ora! Deixem o cara tão liberado em paz, suas mal-amadas!
Que outras bobagens li e ouvi? Ah sim, a maior de todas deve ter sido esta, vinda de um outro professor universitário, amigão do arauto da revolução sexual:
Certo. Tudo não passa de um plano sórdido do PT para difamar seus inimigos. Não existem mulheres que se sentiram agredidas e o denunciaram, não existem prints (é tudo forjado ou, no mínimo, editado), não existem relatos, é tudo criação de uma petista (eu!) calhorda e moralista (eu! eu!). É, o cara me chamou de bispa calhorda antes de deletar seu perfil no Twitter.
Como eu não tenho cojones mas tenho peito, e como não sou obrigada a ouvir esses desaforos com um sorriso no rosto, vou responder: cara, calhorda é você, que faz e fala qualquer coisa pra blindar o amigo. E nem você nem ninguém me intimida. Sou professora universitária que nem vocês! Vá abusar das relações de poder com suas alunas!
Ok, fim da carteirada no carteirudo ignóbil. That felt good!
Eu realmente tenho muito poder. E alguns dizem que o feminismo é vitimista. |
Bom, não vai dar pra comentar um por um dos absurdos. Só que o Nassif não perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Ao linkar meu texto, ele aproveitou para dizer que, tadinho, em 2010 foi alvo de linchamento de feministas comandadas pelo professor. É impressionante: o tempo passa, o tempo voa, mas o machismo sem noção do jornalista continua numa boa. Putz, Nassif: o professor não comandou coisa alguma.
Foi a Cynthia (que ultimamente deu pra crer que mulheres precisam ser comandadas) que chamou a atenção pro seu deslize. Aí euzinha escrevi um post. Seu problema não foi ter colocado a palavra feminazi no título (aliás, é muito difícil decifrar ao que um termo como feminazi se refere? Gayzista e Gaystapo também?), foi ter publicado todo um post misógino de um mascu no seu site. Daí, quando contestado, agiu com agressividade típica.
O professor só entrou na onda duas semanas depois. Inclusive, ele escreveu um bom texto sobre quem estava considerando os questionamentos a você, Nassif, um linchamento. Reproduzo uma parte daquele texto aqui. Vai que pode ser didático pro caso de agora:
Sim, de fato causa constrangimento ver críticas de feministas sendo tratadas como linchamentos. Nisso concordamos.
Pra terminar o surrealismo, Túlio, marido da Cynthia, também escreveu um texto, que pode ser resumido em poucas frases: "Não quero falar do meu amigo, mas nada do que ele fez é crime e como não é crime vocês não podem falar sobre isso e como falaram vocês vão ser todas processadas".
Bela forma de mostrar empatia por mulheres que se uniram pra denunciar o que elas consideram um abuso! Espero que, algum dia, essa esquerda feminista dedique às mulheres (inclusive a mulheres feministas que são xingadas, julgadas moralmente, ameaçadas de morte e estupro, sem que ninguém diga nada ou ofereça assessoria jurídica) um décimo da defesa que oferece ao amigão que teve cassado seu livre direito de enviar selfies de pinto.
Bela forma de mostrar empatia por mulheres que se uniram pra denunciar o que elas consideram um abuso! Espero que, algum dia, essa esquerda feminista dedique às mulheres (inclusive a mulheres feministas que são xingadas, julgadas moralmente, ameaçadas de morte e estupro, sem que ninguém diga nada ou ofereça assessoria jurídica) um décimo da defesa que oferece ao amigão que teve cassado seu livre direito de enviar selfies de pinto.
Sim, coragem continua sendo enfrentar todo um sistema que insiste em perpetuar preconceitos. E moralismo é seu pau de óculos.
Novos desdobramentos: Um pouco mais sobre o caso do professor.
Mas elas contataram a Cynthia pra pedir auxilio antes de fazer o tumblr. A Cynthia não quis ou não podia ou não tinha tempo para ajudar. Por amizade talvez ao Professor Pintinho. Mas pelo jeito ela não deu indicação de outro profissional ou de um terapeuta.
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/lucyatobleronne/posts/10152650887323052
Lola, como meu print foi parar aí?
ResponderExcluirabraço
Sueli
Adorei a resposta, muito bem escrita. Já a incorporei ao texto (incluí um link). Eu já tinha colocado um print de uma menina que disse que uma das meninas pediu assessoria jurídica e não obteve resposta.
ResponderExcluirSe puderem, coloquem um link pra este texto lá no FB. Obrigada.
coerência é algo muito importante pra um professor universitário e pra um intelectual. você é visto como referência, você tem orientandos e orientandas, seu currículo é fortalecido pela sua conduta ética e por aquilo que você HONESTAMENTE defende (no "palco" ele defendia a luta feminista e nos bastidores se valia de suas credenciais pra humilhar). mesmo que não dê pra configurar crime o que ele fez (e não sou jurista), ele precisava ser desmascarado, sim. imaginem quantas bolsas com dinheiro público ele não recebeu, tirando os cargos públicos/em univs. publicas que ocupou. não pode mandar foto de pau sem ser consensual, não pode assediar menina de 15 anos. ponto final. e se alem de tudo você ocupa uma posição de poder, de prestigio, pra perpetuar o assédio, a coisa piora ainda mais.
ResponderExcluirSueli Tigra, eu li em alguma página do FB, não lembro qual, porque estava com umas 7 páginas do FB abertas (eu não tenho FB, mas li vários comentários que foram mandados pra mim), gostei do seu coment, colei e copiei. Se quiser, eu tiro, mas pensei que a página fosse pública.
ResponderExcluirLola, parabéns pela coragem e pela coerência. Não quero que o Avelar seja linchado, tenha o pinto cortado nada disso (mas seria muito legal se ele viesse a público pedir desculpas sem exigências). Além de uma questão ética, o machismo é também um problema estrutural, principalmente na sociedade brasileira. A despeito disso, quero expressar toda solidariedade a essas mulheres corajosas. E peço a meus colegas homens que parem de fazer comentários culpabilizando essas mulheres. Escutem, por favor, nós não temos o direito de julgá-las. Pensem um pouco antes de digitar. Enfim, acho preocupante também essa violência reacionária de alguns amigos do professor. Essa agressividade não ajuda o professor, pelo contrário, mostra que se trata de alguém que não está disposto a repensar suas ações e que vê o mundo de modo extremamente egoísta. Querem ajudar o professor Idelber Avelar? Parem de dar desculpas, parem de criar factóides. Apelem para a humanidade de todos nós, porque todos nós temos nossas incoerências, neuroses, nossas esquisitices, egocentrismos, pisadas na bola mais ou menos feias.
ResponderExcluirOlha, na boa... Não estou entendendo a controvérsia. Qual o problema de prevenir sobre um cara que posa de feminista e curte assediar mulheres jovens exibindo a genitália? Poxa, se existe tanta dificuldade pra mulheres se manifestarem sobre desconfortos é porque a autoestima da gente vem sendo predada há milhares de anos. É preciso falar sobre isso até mesmo pra que outras mulheres se sintam seguras para cortar avanços de homens que praticam assédio agressivo. Crime ou não crime, assédio virtual não deixa de ser um tipo de agressão. Não vejo por que o fato das moças não terem bloqueado logo de cara invalidaria a responsabilidade dele.
ResponderExcluirPra quem ta falando que a advogada negou ajuda, só existe essa advogada no brasil?? Uma amiga passou por um abuso parecido com o mar ido, além de colo e apoio eu fui atrás de uma advogada pra ela e marcamos uma consulta, ela foi acessorada do que deveria fazer pra se defender. Procurar "justiça" via blogs só expõe as vítimas ao ridículo. Essas meninas no twitter e facebook precisam sair um pouco da internet e ajudarem as pessoas na vida real. Mimimi mo twitter não evolui sociedade machista não, desculpe.
ResponderExcluirResposta muito boa à Cynthia:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/lucyatobleronne/posts/10152650887323052
Vá abusar das relações de poder com suas alunas!
ResponderExcluirNão devia ter dito esse tipo de coisa. É errado e dá margem a distorções. Mesmo que tu tenha sido irônica, as alunas do cidadão não tem nada a ver com a história e nem deveriam ter sido mencionadas.
É, Koppezinho, eu estava sendo irônica. Não acho que ninguém tenha que abusar de ninguém. Fico na torcida pra que esse cara seja bom professor e não se valha da sua posição de autoridade pra humilhar alunxs. Aqui no Twitter é fácil ser valentinho. Ou nem tão fácil, já que ele deletou os perfis um dia depois.
ResponderExcluir"Ai, gente, que que é isso, sou feminista, mas não sou misândrica".
ResponderExcluir"Ai, gente, sou feminista, mas não gosto quando me confundem com lésbica". Tá bom, gente, já entendi que vocês adoram os homens, não precisam ficar repetindo isso a cada sentença que escrevem, ok? Por que cês têm tanto medo dos ômi acharem que cês não estão com eles? Credo :(
Já que não querer ver foto de pau não-solicitada é "moralismo", minha vontade era mandar uma enxurrada de foto de piroca pra esse bando de defensor do professor aloprado e da "liberdade sexual". Aí talvez eles começassem a entender.
ResponderExcluirLola restringiu o meu comentário no post anterior, e eu nem falei nada de mais, só que a moça foi irresponsável por dar corda a um cara que visivelmente tinha problemas... Afinal, nada ok mandar uma foto do próprio pênis, como a própria Lola disse neste post...
ResponderExcluirBom, esse professor é um psicopata, porque nada justifica o cara enviar uam foto do prórpio pênis pra uma pessoa que ele nem conhece, mas também a Lola foi irresponsável d aconselhar a moça a ter um relacionamento aberto no post anterior... A questão aqui não é o tipo d e relacionamento que a moça tem com seu marido, mas o fato de que é preciso tolher e até barrar esse canalha que anda por aí posando de feminista e assediando mulheres dessa forma hedionda.
lola, vou colar aqui um texto que enviei a uma lista privada:
ResponderExcluir"Engraçado que semana passada eu comentei aqui sobre o filme Capturing Mary, o quanto ele é perturbador. Deixou-me com aquela sensação de dor e vazio incomensuráveis depois de assisti-lo, queria muito que alguém visse para comentar comigo. No filme, a Mary envelhecida (Maggie Smith) conta a história que marcou sua juventude, em meados dos anos 50, quando era uma jovem jornalista de texto promissor e ideias ousadas para a época e passou a ser convidada para as recepções da nobreza londrina.
Não sabemos bem por onde o filme vai nos levar. Parece ser um drama histórico, quando vemos Mary perambular, sozinha e com vaguidão, os salões daquela casa suntuosa, repleta de aparências acetinadas. Cristais, veludo, elegância, tudo reluz, enquanto ela transita, com sua estranheza, pelo lugar que abriga aristocratas e a realeza cultural da época - Alfred Hitchcock, Ava Gardner, todos a seu alcance.
Mary, jovem e bonita, em vestidos e cabelo muito armado, sabe que não pertence aquele lugar. E é com esse sentimento de estranheza que ela percebe as relações entre as pessoas e uma figura em particular: Greville White. Rico, alto, imponente e muito influente, faz as pessoas pararem para ouvir o que ele tem a dizer. Mary pesca trechos de seus comentários e reconhece neles a ambiguidade do ferino humor britânico, elogiando quando pretende desdenhar.
Capturing Mary não é uma história de amor. É uma história de assédio. E, pior que isso, uma história de como é sobreviver ao assédio, suas consequências materiais e psicológicas. Do que isto lega à vida de alguém, às vezes por anos e anos. Embora a personagem seja forte e reativa, não pode ser maior que a influência aristocrática e seu poder de esmagar quem desdenha de suas ofertas.
Um filme extremamente feminista, com nuances que ora nos guiam pelo sentimento de liberdade, ora pelo de impotência...
Por que estou escrevendo isso? Por que nesse fim de semana estourou no facebook uma triste história de assédio. De um professor, figura fácil da esquerda na Internet, próximo e "amigo" de várias feministas. Eu o seguia no meu outro fb, no tuíter e com frequência republicava seus textos, muito bem escritos. As moças que passaram por isso - uma delas tinha 15 anos quando tudo começou -, de forma meio desajeitada e, sim, questionável, decidiram desmascará-lo via tumblr. E agora está aquele ai, ai, ai horroroso. Há quem se preste a defender seu direito a ter fetiches e a falar de sexo via inbox. Há quem defenda que se as mulheres são adultas e se foi consensual o envolvimento, não existe culpa. E há, claro, quem passe dos limites e culpe as "safadas" que se meteram com quem não deviam.
Esse caso me fez pensar no mesmo sentimento de impotência e abandono que o filme me trouxe. Por um lado, quando penso em ter empatia por ele - sou professora e me sinto em constante vigilância, me policio constantemente para não resvalar em um comentário ou piada excessiva nas redes sociais, sei que qualquer conversa descontextualizada exposta poderia acabar com minha carreira - lembro que eu jamais estaria no lugar dele, jamais iria stalkear, cobiçar ou chantagear pessoas com esse sentimento de poder que ele teve.
O que ele fez foi questionável não pelo conteúdo sexual (a não ser pelo caso da menina de 15), mas pelo jogo de manipulações e mentiras e pela força que sua autoridade exercia na prática do assédio.
Por outro lado, sinto-me, sim, muito próxima das vítimas. Sei o que é ser assediada por alguém "legal" e "gente boa" e ter vergonha de denunciar, sei que algumas pessoas se aproximam de outras e ganham confiança justamente pela gentileza, num primeiro momento, para depois revelarem-se em gestos de perversidade. E sei que os efeitos de uma maldade ficam na alma como marcas. Infelizmente..."
Ué, se não há vítimas no caso então não há culpados, portanto a divulgação da conversa privada não constitui difamação.
ResponderExcluir"Sou professora universitária que nem vocês! Vá abusar das relações de poder com suas alunas!"
ResponderExcluirLola apaga isso! Onde vc está com a cabeça!
Parece que está apoiando o cara a abusar das suas alunas, sei que escreveu de cabeça quente e com outra intenção, mas puts apaga isso!
Do mais, apoio totalmente a sua visão sobre o assunto
*pode excluir esse comentário se quiser ou nem aprovar.
O prófi de direito diz que só o que está no CP pode ser criticado, e mesmo os crimes só o judiciário pode admoestar. Mas critica as feministas que usam sarcasmos (hómi, esquerdomacho, etc) que não estão no CP e ameaça todo mundo que está "difamando" o miguxo.
ResponderExcluirnem me deu vontade de ler....Lola cada vez mais me inspira a odiar feminismo...vamos todas continuar amaimado os hoemns que nos tratam como mercadorias sexuais,que criam deamnada para prostituição e pornografia,que torturam mulheres com sexo anal e bsdb,porque afinal tudo é escolha,vamos deixar osmmachos escolherem também...realmente nem sei porque existe lei Maia da Penha...
ResponderExcluirO cara é escroto mesmo e por isso, por um lado, ele merece tudo isso que tá acontecendo.
ResponderExcluirMas por outro lado, por mais que me doa admitir isso, ele realmente não cometeu crime algum, portanto essa história toda só fica parecendo um conto do Nelson Rodrigues nos tempos modernos. Um cafajeste que depois de muitos anos no ofício acabou se acomodando, desagradou algumas amantes e agora tá sofrendo com a vingança delas. Num mundo ideal, esse tipo de coisa deveria ficar só na ficção mesmo, é difícil ver um caso desse e não imaginar uma de nossas tretas pessoais "caindo na net" assim pra todo mundo ficar julgando.
"É triste que vê-la pensar que homens não podem ser expostos - homens que a todo o tempo nos expõem, nos assediam, enchem a porra do nosso saco enquanto se fazem de anjos do senhor."
Olha, se ficar nessa guerrinha de "exposições" os únicos beneficiários serão aqueles que, como eu, adoram ver uma treta.
A menos que algum crime tenha sido cometido, ninguém deveria ter os dramas pessoais expostos assim.
Mas enfim, já que a treta inteira desse professor vazou, o melhor mesmo é me reconfortar no fato de que o karma cobrou caro pelos anos de escrotidão dele e isso tudo é muito gratificante de acompanhar.
"Ai, gente, que que é isso, sou feminista, mas não sou misândrica".
ResponderExcluir"Ai, gente, sou feminista, mas não gosto quando me confundem com lésbica". Tá bom, gente, já entendi que vocês adoram os homens, não precisam ficar repetindo isso a cada sentença que escrevem, ok? Por que cês têm tanto medo dos ômi acharem que cês não estão com eles? Credo :(
30 de novembro de 2014 20:40
pois é...mas eles podem nos odiar á vontade que agente os coloca no colinho e diz que está tudo bem!depois reclamam que violência contra mulher não é levada á sério...
Ele tem vários (as) fakes pelo Twitter e Facebook, não se enganem achando que ele abandonou as redes sociais. Fui abordada por 2 mulheres, um crossdresser, um homem negro, todos eram ele. E duvido que não hajam outros. E, claro,ainda tinha ele mesmo.
ResponderExcluirarrepiou, lolinha. um beijo na sua bochecha <3
ResponderExcluirquanto à lei, a questão é que tem muita coisa ainda não regulamentada na internet. mas pensem em termos lógicos: se um cara pega e mostra o pau pra você na rua, não é atentado ao pudor? por que uma foto que você não pediu não seria a mesma coisa? não está existindo ofensa? sinceramente, gente.
ResponderExcluirAtentado violento ao pudor era um crime existente até 2009, consistindo na prática mediante violência ou grave ameaça de ato diverso da conjução carnal (penetração vaginal).
ExcluirOi, Lola.
ResponderExcluirEstou comentando só porque estou indignada que toda essa movimentação e todo esse desgastes têm motivos político-partidários (tenha dó! Que oportunismo falar isso) ou que seja uma movimentação das feministas misândricas malvadas. Sou militante do PSOL e até já discuti com você sobre o assunto por aqui. Também me identifico com o feminismo radical e já fiz comentários aqui sobre isso.
Isso tudo (acusar uma "ala" do feminismo, ou que seja uma grande articulação de governistas, sei lá) é DESONESTO. É cruel, é canalha, é mau-caratismo. É fazer exatamente o que o patriarcado manda: tirar as mulheres do foco, ignorar o machismo do coleguinha e jogá-lo para debaixo do tapete.
Enfim, queria dizer que te apoio nisso porque sempre sobra muita pedrada pro teu lado e acho que este é um momento que demanda solidariedade entre nós.
MACHISTAS NÃO PASSARÃO.
Surreal o malabarismo pra defender esse cara, mulheres feministas conceituadas separando o feminismo em bom e mau, duvidando da denúncia pq tem rad no meio ou pq foi a lola que divulgou, uma dizendo que a única preocupação dela é com a namorada do cara, tipo, as outras que se fodam nè? Não são do "rolé" mesmo, cara que trisreza...
ResponderExcluirSe eu fosse h nesse momento, nem me preocupava mais com mov feminist, cometeria meus abusos tranquilos,não sem antes construir toda uma reputação junto a certas feministas, garantia de defesa certa.
*cuckold, não cuckhold
ResponderExcluirAiai, as piadas jurídicas.
ResponderExcluirLola, todo meu apoio aos seus posts, adorei a coleção de links e prints, matou a pau!
(parte 1)
ResponderExcluirEssa história toda me lembra alguém que conheci há alguns anos. Tinha um comportamento parecido com o desse professor - procurava mulheres desconhecidas no facebook para assediar; preferencialmente mantinha vínculo com as mais acanhadas ou psicologicamente frágeis; adotava postura agressiva na abordagem. Eu e uma amiga minha chegamos a ter relação com o sujeito em períodos de tempo distintos. A fissura dele não era por submeter "corno", mas por submeter a mulher. Lembro que a sensação que eu tinha diante das abordagens era de que eu estava sendo constantemente manipulada. Diante de uma abordagem agressiva e inesperada por parte de alguém que você respeita, é difícil ter uma reação coerente e bem desenhada, porque você fica pensando "putz! que é isso? será que isso é normal? será que isso é aceitável? o que eu faço?". Mesmo que você fique desconfortável, que você desconfie que isso é errado, fica difícil afirmar e contrapor a outra parte, especialmente quando você é insegurx. Me parece, inclusive, que gente que adota abordagens como a do prof. e a desse meu antigo conhecido prefere mulheres com um perfil menos assertivo, pois são justamente as pessoas que não conseguirão cortar o comportamento abusivo do outro de primeira.
A abordagem agressiva e a manipulação não foi crime no meu caso particular, pois não veio de uma figura de autoridade que usava sua posição para assediar mulheres (e o pior: menores), mas é um comportamento condenável. Manter relações tão doentias com as outras pessoas, propositalmente se aproveitando das fraquezas alheias, é abusivo. Se entendermos isso num contexto em que, de acordo com a nossa estrutura social, mulheres não tem o direito à assertividade e de dizer "não" na primeira oportunidade (tem que ser "talvez", "vamos ver", porque um simples "não" é muito agressivo vindo de uma mulher), eu diria que é um caso escancarado de machismo. Cabe, sim, a denúncia pública ao comportamento do professor. Não é aceitável que um homem que se diz feminista trate as mulheres dessa maneira. O fato de ele ser figura de autoridade e se aproveitar disso para assediar as alunas só torna as coisas piores. Diria que configura abuso de poder.
Acho que esse caso (e todas reações dele decorrentes) servem pra gente refletir sobre o quanto os e as ditas feministas conseguem, na prática, ter um comportamento coerente com as ideias que defendem. O rapaz que cito em meu caso pessoal também se dizia feminista. Mas era "feminista" apenas quando lhe era interessante - ou seja, quando precisava de um argumento para persuadir uma mulher a transar com ele. Nos demais aspectos, inclusive da prática diária, o feminismo subitamente deixava de existir. Parece que é o caso do professor; parece que é o caso de alguns e algumas que o defendem. (continua)
(parte 2)
ResponderExcluirA defesa e principalmente a prática do feminismo não pode ser feita apenas quando nos convém. Algumas pessoas intelectualmente brilhantes, gente progressista - ou amigos nossos - são machistas. Se quisermos ser coerentes na nossa prática, não podemos simplesmente jogar os casos de abuso para baixo do tapete e tentar nos esconder dos fatos ao nos depararmos com eles. Amigo ou intelectual de esquerda machista é tão machista quanto qualquer outro. Agride mulheres da mesma maneira que os desconhecidos. Ponto. Podemos ter afeto por eles, mas isso não significa que eles sejam perfeitos e que não precisarão responder pelas suas atitudes. Ter uma postura de fato feminista é reconhecer que, apesar de nosso afeto, o machismo dos nossos amigos também é condenável.
Por fim, acho que vale também uma reflexão sobre o feminismo dos homens. Eu sou cética em relação a ele. Conheço homens feministas, mas não são muitos. Vários dos que se dizem feministas, na verdade, são oportunistas. Se falarmos pela esquerda, pode-se dizer que acusar o machismo da direita faz com que você possa ganhar um debate moralmente sem ter a menor preocupação sincera com a situação de vida das mulheres. Se falarmos pela liberdade sexual, vários homens dirão que são feministas porque defendem-na, mas só defendem por auto-interesse. No momento em que a mulher diz "não", exercendo seu direito de escolha (ter liberdade sexual também é poder dizer "não" sem ser coagida, viu?), a liberdade sexual, a paridade de gênero, a liberdade feminina de fazer escolhas, tão defendida pelo feminismo, vai pelo ralo, jogando nosso querido feministo em total contradição.
Eu acho que a gente tem que ter cuidado com esses feministos, Lola. E acho que você fez muito bem em trazer esse caso a público. Meus parabéns por manter um espaço de troca tão importante quanto este blog. :)
A vida pública de uma pessoa é uma coisa e suas preferências sexuais são outra coisa. Não há, em absoluto, nada que demonstre incoerência uma pessoa defender a igualdade de gênero e gostar de praticar sexo numa perspectiva onde a mulher esteja em posição de submissão na relação sexual.
ResponderExcluirEsta historia toda esta me fazendo refletir bastante como ha tempos eu nao fazia no feminismo.
ResponderExcluirPor intuicao eu acabei tentendo mais para o lado das mocas que fizeram o tumblr, mas naquela duvida se eu estava sendo injusta.
Porem, qto mais leio sobre o assunto, PRINCIPALMENTE sobre as pessoas q tentam defende-lo, mais eu vejo o machismo estrutural gritando.
Lamento que isto esteja acontecendo com pessoas de verdade e nao seja uma ficcao, mas ta sendo um aprendizado e tanto.
Só mais uma coisa. quem é que tinha 15 anos quando o suposto assédio começou? Na conversa publicada no tumblr a garota do relato 1 diz que tinha "16 quase 17" e estava bem a vontade na conversa com o tal professor, o que configura consentimento. Portanto não há abuso algum. Jura mesmo que acabar com a reputação de um ser humano qualquer por conta de suas preferências sexuais é algo louvável?
ResponderExcluirUma coisa que quero mencionar. Qto a grandes polemicas que acompanhei na Lola, uma das quea apoiei totalmente (depois de muuuuita reflexao) foi a do "estuprador arrependido". Acho qu foi a maior polemica do blog, inclusive.
ResponderExcluirDepois, na discussao sobre o caso Woody Allen, eu nao consegui concordar com a Lola. Nem por isso essa virou chata, boba, cara de mamao.
Agora novamente eu concordo com o posicionamento da Lola. E venho apoia-la, pq eh triste ver pessoas desqualificando a postagem, a denuncia, pq enfim eh a Lola, "q ja nos decepcionou tanto".
As pessoas precisam aprender a discordar, fala serio.
Afinal de contas, se a sociedade é tão patriarcal, tão misógina, se os homens estão tão acima das mulheres nas relações de poder, por que ninguém da a mínima para as verdadeiras vítimas indubitáveis dessa história toda, os cornos, amansados ou não?
ResponderExcluirEles são os únicos que entram na história sem consentir, afinal, as mulheres, manipuladas ou não, sabem onde estão se metendo, eles não. Sofrem tortura psicológica para serem "amansados", sem jamais ter pedido por isso. Imagina o que é você ter uma pessoa que você ama não só te traindo, mas conspirando com o amante para se diminuir, te humilhar, te fazer se sentir um merda para e satisfazerem seus ideais políticos, porque não se enganem, o ato de emascular homens casados e de preferência religiosos, de destruir o matrimônio enquanto instituição, era uma escolha consciente por parte do professor e de suas amantes convertidas para a causa esquerdista pelo papo atraente e carismático do intelectual rebelde, que provavelmente achava estar fazendo a sua parte na "revolução" ao destruir psicologicamente o inimigo.
Adorei Lola,principalmente o titulo e outras mal criaçoezinhas
ResponderExcluirLola, eu estou perplexa e me sentindo muito, mas muito aviltada enquanto mulher. Eu só conhecia a Cynthia Semíramis de nome, mas achava que se tratava de uma feminista. Comecei a ler o texto dela, e, confesso, não consegui ir até o fim. Não posso aceitar que alguém com formação na área do direito e que se diz feminista, não sabe, não reconhece, não vê que o aparelho jurídico brasileiro é profundamente machista, patriarcal. A pessoa fala como se as leis brasileiras fossem capazes de resolver todo o o machismo, todos os problemas de agressões, assédio, injustiças que as mulheres sofrem cotidianamente. Então eu acho que nem precisamos de feminismo.Se a justiça brasileira é tão boa, basta recorrer a ela. As moças assediadas pelo professor amigo dela (segundo o que li) deveriam fazer o que, mesmo? ?Procurar uma delegacia? Pedir uma indenização? Gostaria que ela apontasse a estratégia "correta", já que denunciar e criticar é "linchamento" e "movimento político misândrico".
ResponderExcluirOlha, vontade de vomitar depois dessa...
Desde a metade do texto estava com vontade de comentar, mas não me sentia a vontade para assinar tampouco queria associar meu nome ao comentário para evitar associações com alguém do meu convívio. Qual não foi minha surpresa, ao chegar ao final e ver vários comentários anônimos! Isso é um indicativo de que várias outras mulheres envolveram-se nessa história e realmente fiquei chocada quanto tudo veio a público. Há cerca de dois ou três anos ouvi o relato de uma amiga sobre ele. Ela parecia incomodada, mas extremamente envolvida. De lá pra cá praticamente perdi a amiga, porque fui curta e grossa demais ao dizer que, se ela estivesse gostando da situação, era para aproveitar e se posicionar perante isso, caso contrário cortasse o cara. O relato não foi no estilo "ele enviou foto do pau", mas de noites a dentro com conversas intelectuais que se tornaram cada vez mais perigosas. Enfim, minha vontade de comentar passa por dizer sobre esses meandros da amizade feminina também, sobre o tipo de criação que temos e tantos outros itens que são debatidos como pautas feministas e que um caso desse explode quando se torna público. As cinco garotas que resolveram abrir a boca podem estar passando por um momento agitado, mas haverá dezenas de outras por aí cheias de caraminholas de que espécie cultivadas por esse tipo de imbecil e seus seguidores? Por todas, agradeço às corajosas!
ResponderExcluirÉ por isso que digo e repito: os esquerdistas são, de longe, os piores machistas. Eles usam toda a estrutura de dominação social, inclusive pra se safar dos problemas, enquanto fingem um discurso de "apoio". Conheci esse tipo de manipulador na faculdade. Dei muita corda pra ver até onde ia a cara de pau do cidadão, um iniciante. Hoje deve constranger mulheres por aí. O tal professor teve anos de prática, mas só "pegava" (argh) as mulheres jovens, mais bobas. O feminismo precisa destrinchar e expor essas técnicas de manipulação, que são muito fáceis de detectar. Tem que jogar a merda no ventilador. Pegar cada ponto da cartilha de manipulação do patriarcado e analisar, divulgar, debater. É impossível participar do jogo sem conhecer e dominar as regras, os truques, prever os movimentos. É como jogar xadrez com um campeão sem nunca ter tido acesso as peças do jogo. Sem chance. É dessa forma que o feminismo pode empoderar de verdade as mulheres. Os machistas tem milhares de blogs com receitas passo a passo de como esmagar a auto-estima feminina. Tá na hora do feminismo fazer o seu passo a passo. O nojento usava as mulheres para atingir os homens. O jogo é só masculino. As mulheres, são as peças do tabuleiro, nada mais. E se dizia feminista...
ResponderExcluirÉ isso mesmo, Cética. Por isso sempre digo: esquerdistas são os piores machistas, disparado. Se fingem de aliados, te apunhalam pelas costas, muitas vezes das maneiras mais torpes, e ainda ganham afago de feministas. É pracabá.
ResponderExcluirDe esquerdo/anarcomacho eu quero distância, só são feministos na hora de usar m como bucha de canhão e/ou pra louvar/incentivar a nossa " liberdade" sexual ( pq será né?)e só. Vai discordar de algo pra vc ver, vai apontar machismo no espaço ou de algum "compa" ,até denúncia de violência sexual eles relativizam ( nessas horas a broderagem grita forte ).
ExcluirCética, já experimentei isso na pele algumas vezes. Aprendi na marra que homens apóiam homens. Sempre. É o momento em que adversários políticos ferrenhos se dão as mãos como se sempre tivessem sido aliados. É impressionante. Hoje, não espero nada deles a não ser presenciar a situação que vai fazer a máscara cair. Ela tarda, mas não falha. O professor feminista usava mulheres para atingir homens, num jogo masculino. Jogo entre homens, em que a mulher era a peça a ser manipulada. Quer coisa mais machista que isso? Incoerência não é suficiente pra descrever as ações do cidadão. E, pra variar, o foco está nas mulheres, na moralidade sexual, mas não na incoerência astronômica do tal professor-esquerdista-feminista.
ExcluirUma vez, um esquerdista me disse, não dialogue com homens. Homens não dialogam, trituram. Eles vão te trair. Mais cedo ou mais tarde, vão te trair.
ExcluirEsse daí, o tal professor, foi mais um. Na esteira dele, mais alguns têm se revelado. Outros virão.
oi Lola,
ResponderExcluira questão do "não é crime" como argumento nessa história me parece descabida, como se machismo (e feminismo, por conseguinte) lidassem apenas com essa dimensão da opressão. Fosse assim e não teríamos nunca conseguido colocar em questão as dimensões capilares, culturais e simbólicas da opressão.
Se as mulheres resolveram trazer à público uma dinâmica opressiva que se deu supostamente de forma "privada" (e isso é discutível, considerando todo o plano público das redes sociais através das quais ele construía seu capital social), não há aí nada de contraditório com a própria natureza das discussões sobre gênero, machismo etc.
Fora isso, o uso do "moralismo" como forma de acusar quem está divulgando/discutindo essa história é inacreditável. Nem vou entrar na questão que você e outrxs já tocaram sobre a importância das práticas eróticas serem consensuais, mas só destacar que as mulheres que decidiram expor a história estão sendo atacadas de modo extremamente moralista, na linha do "entrou no jogo e agora reclama". Ou seja, é moralismo falar de uma dinâmica que foi vivida em algum ponto do processo - varia em cada uma, pelo que entendi - como abusiva, é moralismo repercutir isso, mas não é moralismo jogar de volta para as mulheres a culpa por terem se envolvido com o cara.
Para mim, toda essa história só mostra uma vez mais a força, capacidade de renovação e as mil faces que o machismo pode ter...
abraço, adriana
Pra quem não sabe, homofobia também não constitui crime, então não vão linchar ninguém homofóbico nas interwebs, pq o código penal é o cara!
ResponderExcluircomentário lá no post do Túlio Vianna
O que me suprendeu foi o tratamento que deram ao caso da foto do pênis, como um "mero detatlhe". Mudando de assunto, achei a leitura do post que deu origem a polêmica um pouco confusa, no sentido em que só fui realmente enteder a gravidade do caso quando a vítima colocou alguns comentários adicionais e, por fim, nesse segundo post seu , Lola, de "réplica"
ResponderExcluirLola, querida, que comentário infeliz: "Vá abusar das relações de poder com suas alunas!"
ResponderExcluirAos que pagam de revolucionários e agora estão cheios de mimimi por conta do das leis, vos digo: mais vale um processo por difamação do que outras pessoas entrarem nesse joguinho de enganação. ;)
ResponderExcluirO que está me assustando nessa história toda é esse maniqueísmo.
ResponderExcluirSe você não considera a autora do guest post uma vítima, é porque concorda com o comportamento do tal professor, é porque é amiga dele, é porque está jogando pedras nela, é porque acha legal fotos de pinto não solicitadas, abuso de menor...
Ter empatia virou sinônimo de concordar com tudo o que uma pessoa fala...
No meu mundo as coisas não são tão simples assim...
Por um lado são mulheres adultas que estavam cientes da natureza da relação. Por outro, todo mundo já teve seu momento de fraqueza e se meteu em roubada. O cara por um lado é um machista escroto. Por outro lado...é um machista escroto. Só acho que expor o cara é catarse. Só acho que empoderamento passa por incutir na mulher responsabilidade por suas escolhas. Me cansa o teor "vitima manipulada que não tem chance na mão do predador". Prefiro um discurso mais afirmativo de que é melhor ser vc a grande mulher do que ser a mulher por trás do grande homem. Acho que enquanto esse pensamento nao for verdadeiramente questionado, desconstruído vamos ver situações assim: aqui nao era a garota comum alienada deslumbrada com o playboy. Era uma garota esclarecida e um intelectual de esquerda, mas o mecanismo é o mesmo: mulheres deslumbradas. Por que nao incutir nas mulheres o pensamento de que elas são capazes de tudo e muito mais? Mas isso vai envolver escolhas e responsabilidades. Pô o cara desde o começo se mostrou um tremendo babaca. E a garota eternamente deslumbrada por estar sendo "cantada" por um famoso. A fama do cara vinha das suas palavras, mas a garota teve acesso às atitudes que eram radicalmente opostas às palavras. Até quando as mulheres vão entregar sua autoestima e dignidade de bandeja por uma merreca de palavrinhas canastronas? Eu acho a situação lamentavel e a maioria já passou por isso mas o papinho da vitima manipulada tô fora!
ExcluirDona Lola, leio seu blog já tem vários anos e raramente discordei de uma opinião sua - salvo alguns filmes e coisas assim - mas esse seu "Vá abusar das relações de poder com suas alunas!" pegou muito mal, mesmo sendo irônico.
ResponderExcluirCuriosa a opinião de um dos defensores dele que disse que, pelo que aconteceu supostamente não ser crime, as pessoas não poderiam falar sobre isso e, uma vez que falaram, serão todas processadas. Quer dizer que agora as pessoas só podem falar publicamente sobre o que é crime? Claro que não. Se não há crime no que ele fez, muito menos apenas falar sobre o que ele fez seria, caso ninguém invente fatos falsos etc. Não tem nem como fazer isso direito: está tudo nos print screens. Creio que as pessoas têm sim o direito de opinarem sobre o caso, livremente. Foram as pessoas das mulheres que livremente se dispuseram a publicizá-lo. Não existe lei nenhuma que impeça as pessoas a se pronunciarem sobre o caso. Parece-me que isso é apenas um blefe para abafar o caso, uma tentativa de intimidação. A tática aí é dizer que as pessoas que comentaram o caso estão "invadindo" a privacidade dele e, quem sabe, estão o acusando injustamente de ter cometido algum crime. Bem, não sei se ele cometeu algum crime, pelo menos não nos diálogos que foram divulgados. No entanto, se ele eventualmente recebeu e salvou no HD do seu computador alguma foto ou vídeo da menor de 15-17 anos, em que ela mostre o órgão genital, aí sim seria crime (um dos tipos de pedofilia) e a tropa de choque dele nada poderá fazer, pois basta ler os arts. 2º, 241-B e 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para entender a gravidade da situação. Talvez muita gente comece agora a entender por que ele foi tão rápido no gatilho quando apagou os perfis nas redes sociais. Ele, melhor do que ninguém e talvez com muito mais motivos, sacou a gravidade e a seriedade da situação em que se meteu. Esse caso pode ser a ponta de um iceberg. Sim, porque ele fazia esse tipo de coisa, segundo disse uma das mulheres, baseando-se no que ele mesmo contava a ela, há cerca de 15 anos. Se for verdade, é muito tempo para muita coisa que não veio à tona possa ter acontecido. E se ele já se envolveu com outras adolescentes antes? E pior, e se ele tem fotos ou vídeos dessas adolescentes nuas, exibindo o órgão genital, salvos em seu computador? Não tem jeito. Se isso viesse a ser confirmado, seria considerado pedofilia, por força do art. 241-B do ECA. A tropa de choque deveria ter mais cautela quando fosse blefar em defesa do Idelber Avelar. O problema do sujeito pode ser muito pior do que as atuais denúncias permitem concluir. É que querem que ele tenha o direito de continuar a fazer o que fez livremente e na surdina, mesmo sem saber o que exatamente ele pode ter feito ao longo do tempo e com muitas outras mulheres, algumas delas possivelmente adolescentes. A alegação é até contraditória: se não há qualquer problema criminal no que ele fez, nem sequer moral, por que seria um problema falar sobre isso, ao ponto de render um processo judicial?
ResponderExcluirEu sou professor e já comi várias alunas (todas universitárias). Faz parte.
ResponderExcluirnão tenho muito a acrescentar, e vou na esteira do que disseram o outro André e a Adriana, acima.
ResponderExcluirAs respostas da Cynthia e do Túlio ao caso são estapafúrdias porque partem do pressuposto de que o Direito é soberano e dá conta das relações sociais. Qualquer aluno de primeiro semestre em uma faculdade de direito sabe que isso é mentira. Que o discurso legalista é um malabarismo lógico para justificar e, mais que isso, naturalizar todo tipo de opressão que vivemos hoje. Uma discussão séria, seja sobre feminismo, homoafetividade, igualdade racial etc., e que se proponha à esquerda, simplesmente TEM QUE extrapolar o direito.
O professor pode, sim, ao contrário do que foi dito acima em outro comentário, processar quem apareceu com essa história por difamação, o que na verdade é só mais um reflexo do modo como o direito age para proteger sempre quem 'está por cima da carne seca'. Daí a importância desse tipo de discussão, desse tipo de denúncia; tanto pela incoerência do sujeito que, sempre se propôs feminista e de esquerda, quanto pelo absurdo que é o abuso desse poder, desse 'status' de professor, intelectual etc.
Lola, muito agradecida por não se calar diante dessa atrocidade e por me fazer sentir melhor depois de ler seu texto. Vivi também essa experiência com o Idelber - esse jogo de sedução que envolve como você é bonita, vou viajar pra te comer, marido corno, quer ver meu pau. E não foram longas conversas. Em menos de uma hora a coisa toda foi liberada. É bem verdade que quando eu disse que se eu fosse para a cama com ele, meu marido saberia, a conversa encerrou de forma educada. Fui excluída do facebook, mas até aí nada. Pensei que tivesse sido infantil, bobinha e burrinha, por isso não fui capaz de prender a atenção de um homem tão letrado, profundo, e sensível com a alma feminina. Dois anos depois, essas notícias chegaram e lavaram minha alma. Pra mostrar o quanto nossa autoestima pode nos levar a julgamentos dolorosos conosco. Escrevi somente para somar estatísticas, como também para expressar o alívio de ver que, de fato, a máscara rachou e mostrou um aspecto dele que vários amigos virtuais já afirmavam, mas eu achava que não, de jeito nenhum, será...? Sigo mais forte em mim mesma. Beijos
ResponderExcluirNão entendi direito esse caso, mas o problema gira em torno do cara enviar sem autorização fotos do pênis dele e divergência entre o discurso e a prática? Se for isso então onde entra o assédio? Tá, não sou especialista em nada, mas para ser chamado de assédio não teria que envolver uma relação de poder? Patrão com empregado, professor com aluna, essas cosias?
ResponderExcluirE por que estão falando de pedofilia? (vi comentários falando sobre isso) A adolescente tinha 15 anos, não é pedofilia. Não estou falando que não seja crime, mas pedofilia não é. pedofilia não é a prática de atos libidinosos com crianças?
O feminismo agora esta sendo usado para calar a boca de quem discorda do que uma mulher faz.Para censurar.
ResponderExcluirSou obrigada agora a achar bonito uma pessoa trair outra só porque ela é mulher?
Acho que algumas coisas deveriam ser aceitas por todos os envolvidos:
ResponderExcluir1) O próprio Idelber já afirmou que ele não está sofrendo um linchamento. http://www.idelberavelar.com/archives/2010/12/a_busca_incansavel_por_um_feminismo_docil_ou_nao_e_de_voce_que_devemos_falar.php
2) Não há moralismo em achar errado um quarentão usar técnicas PUA com uma adolescente.
3) Há moralismo e machismo em afirmar que as mulheres CASADAS deveriam se dar o respeito e não ficar flertando na rede.
http://pimentacomlimao.wordpress.com/2014/11/30/sobre-a-denuncia-de-assedioabuso-contra-idelber-avelar/
ResponderExcluirEu já recebi foto de pinto, deletei, exclui e pronto. Fim da história.
ResponderExcluirO professor Pintinho se defendeu? Ainda não li nada dele se pronunciando, se bem que com esse exército de miguxos defensores ele nem tem com o que se preocupar...
ResponderExcluirE essa Cinthia? Quer dizer que foram pedir ajuda e ela simplesmente ignorou, porém quando as meninas abriram a boca ela saiu feito uma doida desvairada para defender o professor Pintinho (sorry, amei a alcunha)miguxo. Interessante isso,ela criticar as moças por nao terem ido atrás de ajuda adequada, a mesma que ela se recusou a dar...
Sarah
O tal Idelber é um completo idiota, isso é um fato, mas não sei... essa história toda de ' jogos de poder', 'sedução' e etc pra justificar a conduta das mulheres em se envolver com ele não me convence muito. Se um homem trai, e tenta por a culpa na mulher, dizendo que foi seduzido por ela, todas sabemos que isso é uma besteira sem tamanho, mas quando a mulher trai, de repente foi por causa dos 'jogos de poder' em que ela foi envolvida e seduzida? O cara mandou fotos não solicitadas do pau dele, ok , detestável, mas que tal bloquear o infeliz, ao invés de 'ir entrando na brincadeira'? Ou então, ao mudar de ideia depois de ACEITAR se envolver com ele, cortar de vez o sujeito e assumir a consequencia de seus erros, mesmo que isso tornasse a traição conhecida para seu companheiro? Pelo que li essa Cynthia expos o lado dela, seja por amizade ou não com o sujeito, e agora ela tb é cúmplice/omissa/machista/reaça e tudo mais? Taquem as pedras que quiserem , mas não consigo ver o tal Idelber como esse vilão monstruoso que seduz pobres mulheres inocentes e frágeis. Ele é um zé ruela escroto e machista? sim, mas que parece que não fez nada sem o consentimento das mulheres. Minha única ressalva é com o caso da menor, esse sim precisa ser investigado e esclarecido, pq pra mim as únicas vítima de fato são essa menor e os companheiros/maridos/namorados, com os quais diga-se d epassagem as mulheres não demonstraram nenhuma empatia ou consideração
ResponderExcluirUma grande duvida disto tudo, estou falando um monte sobre pedofilia, mas realmente é pedofilia seduzir uma mulher de 15 anos ?
ResponderExcluirSe sim então temos milhares de casos, de adolescentes e pessoas acima de 18 anos que se relacionam com mulheres de 15 anos.
Ou seja quais os limites? Pode flertar? Elogiar? Mandar foto de pau?
É uma zona cinzenta, mas é necessário que se fale nisto, pq mulheres e homens (adolescentes) de 15 anos estão fazendo sexo, estão mandando e recebendo fotos, estão flertando e em alguns casos até casando.
O excelente comentário da feminista radical, que foi excluído do Facebook mas que ela autoriza divulgar (parte 1):
ResponderExcluir"Cynthia,
Com pesar no coração li suas palavras e considerei que deveriam ser respondidas. E vou começar pela parte jurídica, já que você a mencionou.
A moça em questão te procurou para pedir ajuda. Você não tinha (e não tem) obrigação nenhuma, claro. Mas ela procurou outras pessoas, e conseguiu o apoio que precisava. Quando fiquei sabendo da história, a primeira coisa que fiz foi procurar uma advogada para elas. Então não se preocupe quanto a isso que já foi resolvido. Pode até ser que você não concorde, mas creio que a interpretação do direito é aberta, e não exclusividade de um ou outro legalista.
Ninguém espera que você seja cúmplice de nada, até porque, não foi você quem escreveu o texto para a Lola ou você quem pôs aquele tumblr no ar. A partir do momento em que você não pode ajudar, nada disso é sobre você. Não se preocupe com isso também.
Eu não consigo imaginar qual seria o mecanismo legal para resolver um caso em que não há crime, e por mais que eu queime a mufa, também não consigo pensar em como denunciar um homem "feminista" que manda fotos não solicitadas de seu pênis e faz grooming com uma mocinha de QUINZE anos (sendo que ele tinha quase TRINTA anos a mais que ela) sem... denunciá-lo. Será que mandar uma mensagem em pvt dizendo "Poxa, acho que você devia parar com esse lance de pau voador, não combina muito com feminismo isso" teria adiantado? Tenho um pouco de dúvida. Acho que ele já sabia disso.
De qualquer modo, o que me espanta mais é que, de toda essa situação - e reforço, tivemos um adulto fazendo grooming com uma menina, se isso não é grave dentro do feminismo, não será grave em lugar nenhum - tudo o que você consiga pescar seja esse ataque raso a um espantalho, a um "movimento misândrico" que não existe. Imagino que você esteja chocada com o teor das coisas que seu amigo disse. E aí reside a diferença entre os nossos feminismos: abandonamos a naïveté que é esperar que os "homens aliados" sejam decentes. Claro que isso também está aberto - provavelmente encontraremos homens decentes em nosso caminho no feminismo. Só não nos surpreendemos mais com os que não são. Podemos construir nosso movimento só entre mulheres, compreende? Somos a metade do mundo. Eu ia explicar aqui que "odiar homens" não é requisito para ser feminista radical, mas sinceramente, estou cansada de dar esse tipo de justificativa. Não temos nem força política para que esse ódio seja efetivo, e estamos mais interessadas em construir e apoiar umas às outras.
Quanto a incentivar as moças a publicar as conversas, você está realmente por fora. A idéia partiu delas. Cômodo foi ignorar o apelo. Cômoda foi a década em que esse homem passou pirocoptando na cabeça das minas enquanto tudo corria à boca pequena. Incômodo é o que está acontecendo agora, a "descoberta chocante" de que o bom moço não era tão bom assim. Nós não nos tornamos feministas para servir melhor ao interesses dos homens, Cynthia.
Se você soprar por um momentinho a marola nebulosa que está te impedindo de ver que feministas radicais não são monstras moralistas capadoras, conseguirá enxergar também que não estamos imputando crime nenhum ao seu amigo. Não estamos nem mesmo "julgando o fetiche sagrado" do qual ele aparenta gostar (olha que surpresa: nós não ligamos). O que estamos dizendo é que é inaceitável que um "aliado" faça grooming com uma menina, que mande foto do pau não solicitada. Que não existe NENHUM contexto em que isso seria ok. Que não queremos esse cara, que finge se importar, em nossas fileiras. É muita misandria isso? Deveríamos aguentar as fotos de pau em silêncio? Era pra gente ENGOLIR mais essa?
Sorry, sis, estamos cuspindo.
(cont.)
Parte 2:
ResponderExcluir(...)
Se você espera que façamos tudo de acordo com a constituição, fico me perguntando qual será a sua posição sobre nossos abortos ilegais. Já que são inconstitucionais, como boas feministas não devemos fazê-los?
É muito triste ver uma colega feminista chamando mulheres de "moralistas" e "vitimistas". É triste que vê-la pensar que homens não podem ser expostos - homens que a todo o tempo nos expõem, nos assediam, enchem a porra do nosso saco enquanto se fazem de anjos do senhor. Deixo pra você as palavras do seu amigo:
"Quando esses homens são confrontados por uma feminista, seja em sua ignorância, seja em sua cumplicidade com uma ordem de coisas opressora para as mulheres, armam um chororô de mastodônticas proporções, pobres coitados, tão patrulhados que são. Todos aqueles olhos roxos, discriminações, assédios sexuais, assassinatos, estupros, incluindo-se estupros "corretivos" de lésbicas (via Vange), objetificações para o prazer único do outro, estereotipia na mídia, jornadas duplas de trabalho, espancamentos domésticos? Que nada! Sofrimento mesmo é o de macho “patrulhado” ou “linchado” por feministas! A coisa chega a ser cômica, de tão constrangedora." Talvez ele tenha explicado melhor que eu."
Só tenho uma coisa a dizer pra Lola:
ResponderExcluirEita mulher corajosa! Obrigada por tudo, Lola!
Se eu não me engano, a idade de consentimento no Brasil é de 13 é de 13 anos desde que o/a pareceirxs tenham 5 anos a mais. Portanto, uma garota de 15 e um rapaz de 17 (ou o contrário, ou se forem do mesmo sexo) não é pedofilia. O ilustre professor tinha mais de 20 anos a mais do que a adolescente, então, no minimo, no minimo a coisa é de dar arrepios ( e também, se não me engano, no Brasil só é crime se houver conjunção carnal). Mas independente da lei, vamos pensar se é possível uma relação saudável entre uma menina de 15 e um homem de sei lá, 30.
ResponderExcluirQuando é que geral vai aprender que foi sem consentimento e que mesmo durante o jogo não havia espaço para as mulheres se retirarem ou imporem limites? Esse a meu ver é o segundo fator que torna a conduta do prof questionável (para dizer o mínimo).
Olhem os prints dos tumblr. Tem horas que as mulheres estão visivelmente desconfortáveis com a situação e não há espaço para se retirar ou para interromper o jogo (sério, tem hora que dá vontade de pegar o lápis de era e desenhar pq a situação é assédio). Como mulher, feminista e fetichista estou realmente enojada. E me dá raiva geral falando que é "moralismo"...
Apoio ás vítimas. E aproveito para elogiar a coragem! Acredito que não foi fácil e que não está fácil. Mas saibam que tem gente aqui, do outro lado da tela, que apoia
"Lugar de mulher é onde ela quiser. Roupa de mulher é a que ela quiser. Isso se chama liberdade. E não julgar a mulher por conta das suas escolhas ou aparência se chama respeito. Se você acha que uma mulher deve agir de forma X ou Y, pare e pense no quanto você está desrespeitando a autonomia e as escolhas dela.
ResponderExcluirSe você vê uma pessoa sendo assediada e constrangida, evite contribuir com a situação e dê um jeito de interromper o assédio. Cabe a cada pessoa que estiver por perto zelar para que quem está em volta não seja agredid@ ou assediad@. A omissão aqui significa compactuar com a agressão. Ou, como diz o velho ditado feminista: o silêncio é cúmplice da violência. Ver uma agressão e se calar é ser cúmplice."
"http://blogueirasfeministas.com/…/gerald-thomas-cultura-do…/
To sem entender direito, li posts, o tumblr lá, como não tenho twitter nem facebook, estou por fora. O cara fez o que mesmo, exatamente? O relato fala que ele adicionou a moça, depois passou a dizer que ela era bonita e a dar cantadas, de repente começou a ser explícito e escroto e rolou uma foto de pau. No fim, deu no que? Eu pergunto, sinceramente, para formar opinião. Estou achando os relatos meio confusos...
ResponderExcluirhttp://noticias.terra.com.br/mundo/asia/india-irmas-batem-em-assediadores-com-cintos-em-onibus,86e36571bc50a410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html
ResponderExcluirEngraçado como a coisa é exatamente igual aqui, do outro lado do mundo. Quando o agressor está agindo, todo mundo abaixa a cabeça, ninguém dá um piu sequer. Quando a vítima reage, aparece um monte de gente pra interferir e impedir que ela reaja de acordo com a situação.
Se um dia acontecer comigo, acho que é capaz de eu bater até em quem estava defendendo o canalha....
Ceus! o professor anda mostrando o Biscoito fino pra massas...kkk
ResponderExcluirMachismo: Homem trai e a culpa é da amante.
ResponderExcluirFeminismo: Mulher trai e a culpa é do amante.
Invertendo uma das frases preferidas da Lola: "aos homens a culpa, às mulheres a desculpa."
Beijos de luz.
Off topic:
ResponderExcluirGente, olha que bacana:
http://www.curitiba.pr.gov.br/busaosemabuso/
As campanhas de Cwb costumam ser meio faiadas, mas essa tá excelente.
Ao pessoal que está pedindo para entender: a questão aqui, pela enésima vez se esclarece isso, não é o ponto de vista legal, se o Idelber praticou ou não um crime. A questão é a brutal incoerência, o filistinismo e a hipocrisia cruel entre o Idelber que se vende como intelectual engajado em todas as causas sociais, inclusive aí o do feminismo, e esse Idelber que age absolutamente em contramão das coisas que escreve, esse Idelber macho-recalcado (uma pessoa disse que seus trejeitos e fala parecem muito aos de um homossexual, o que torna evidente quando se assiste alguma palestra dele pelo youtube), que se sente em premente rivalidade com os maridos das mulheres que diz pegar, a tal ponto de propor um joguinho estranho em que envolve o outro a um lamber inconsciente de seu esperma. Esse Idelber infantil e bestializado, que nada tem a ver com um homem culto e cosmopolita, que se alegra com a façanha de levar uma de suas mulheres à beira da morte através de uma arma apontada para sua cabeça; que usa os jargões mais vulgares da dominação sexual; que simula desconhecer que por detrás de sua libido psicopática de seduzir mulheres casadas, se esconde o desenvolvimento de violência familiar em um país que até há poucos anos atrás o código penal tinha como crime contra as mulheres a infidelidade no casamento (essa mesma lei que os "dotores" que defendem o Idelber impõe como sacramento régio para determinar o que se deve ou não aceitar); esse Idelber que, em uma instância perceptível, parece torcer para que o marido traído lhe dê em sacrifício à sua masculinidade competitiva insegura ou a sua vida, ou à vida de sua esposa. Ou será que somos ingênuos demais para negarmos que por detrás desses jogos existe uma eminente vontade do massacre, o que configuraria reconhecimento máximo da posição do opressor no patamar da escala psicológica e social? Não me venham com esse discurso de que todo mundo é cruel e mesquinho na vida privada sexual; isso é um romantismo às avessas, um naturalismo anacrônico. Isso que o idôneo Idelber faz é expressão de seu niilismo e diz muito mais do que o maniqueísmo torpe reinante neste assunto assume aceitar: revela um falso humanista que na verdade é um puro ególatra, que não está nem aí para a alteridade ou para a compaixão pelas tantas diferenças que atravancam o bem estar neste mundo. E isso é evidente não apenas nessa grosseira novela de fotos de pau (que querem aqui tratar como uma coisa normalíssima, que todos aqui fazem todos os dias), mas em tantas outras entrelinhas de suas declarações, como a de que gostaria de que os EUA, o país que por enquanto o acolhe e o trata tão bem, se explodam, que ele não está nem aí. O Idelber é o facsímile de um personagem de Dostoiévski de Os demônios, o Piotr Stiepánovitch, uma manipulador cuja única coisa que lhe importa é seu próprio umbigo. Esse é o problema que está sendo tratado aqui: o sacristão que por debaixo da batina de religioso se esconde o abusador pedófilo, o político progressista que se enriquece ilicitamente com seus nebulosos esquemas de desvio de dinheiro público, o pai de família exemplar cuja vizinhança não acredita ter um espancador de sua esposa nele escondido. Aquele que diz ser uma coisa e alcança posição empática com vários seguidores, e é o oposto do que diz ser.Não há como relativizar isso, com consentimentos ou sem vítimas, isso sendo crime ou não.
ResponderExcluirDois errados não fazem um certo.
ResponderExcluirResposta a dois comentários acima - Parte 1.
ResponderExcluirEu sou o mesmo anônimo que falou acima sobre o blefe dos defensores de Idelber Avelar, quando afirmam que quem fala sobre o caso será processado, uma vez que ele não cometeu nenhum crime.
Discordo de André Bueno, que, com todo o respeito, parece não dominar o Direito Penal o suficiente para saber quando um caso se enquadra como difamação e quando não se enquadra. Ele afirma que o "professor" (sic) "(...) pode, sim, ao contrário do que foi dito acima em outro comentário, processar quem apareceu com essa história por difamação (...)".
Bem, poder, qualquer um pode processar. A questão é se ele tem razão ou não em suas pretensões, isto é, se ele pode validamente processar alguém que divulgou ou comentou o caso. Neste caso, ele não teria qualquer êxito em suas pretensões penais, conforme demonstrarei neste comentário.
Não há qualquer difamação ou ânimo de difamar na conduta de quem, tomando conhecimento do caso, opina fazendo leituras morais sobre a situação (leituras morais, só advertindo, nada tem a ver com moralismo, exatamente). Quem age assim, não imputa nada a ninguém, no sentido penal do termo. Imputar, quando o assunto é difamação, é dizer, com dolo difamatório, que alguém praticou uma ação ou omissão ofensiva a sua reputação. Ao contrário do que disseram os defensores de Idelber Avelar, quem tão-somente comenta o caso, motivado inclusive por relevantes interesses sociais, pedagógicos, de resistência política e tantos outros que podem ser citados, não imputa, propriamente, fato ofensivo, nos termos do Código Penal, uma vez que inexiste o dolo de difamar, elemento subjetivo do tipo penal. As pessoas comentam o caso muitas vezes com a melhor das intenções, seja por questões feministas, de proteção às potenciais vítimas, seja por interesses sociais, para entender o fenômeno do exercício da sexualidade em ambiente virtual e até onde as pessoas podem ir com legitimidade, seja para entender o quanto a privacidade pode ser usada como justificadora de uma série de ações que publicamente não teriam normalmente espaço etc etc etc.
Ou seja, as pessoas podem comentar o assunto dotadas dos mais diversos interesses e motivações legitimadas pela lei, totalmente distintos do dolo de difamar. É importante que se afaste desde já essa sandice de dizer que quem apenas comenta, inclusive as blogueiras feministas, como a Lola, que divulgaram o caso (mas nem por isso deixaram de comentá-lo), teriam difamado Idelber Avelar.
Resposta a dois comentários acima - Parte 2.
ResponderExcluirContinuando com a exposição anterior, a tese de quem divulgou o caso ou quem o comentou, por si só, cometeu crime de difamação é tão absurda que, por ela, nem a imprensa e muito menos os internautas que compartilham notícias de sites jornalísticos nas redes sociais poderiam cobrir ou comentar, respectivamente, algum caso semelhante a esse de Idelber Avelar ou qualquer outro que permita ou implique leituras morais dos fatos. Alguns assuntos terminam ganhando interesse público e extrapolam os limites da privacidade individual. Parece ser exatamente este o caso, num mundo onde a Internet e as redes sociais exercem cada vez maior importância. Passa a ser importante e desperta naturalmente o interesse das pessoas um caso desses, onde assuntos sexuais conversados em ambiente virtual privado podem causar danos às pessoas.
Recentemente, na época em que ganhou um Golden Globe, Woody Allen teve o seu caso com Mia Farrow, que o acusou de abusar sexualmente da filha adotiva Dylan quando ela era uma criança, revisitado nos EUA e não me lembro de ninguém ter acusado os jornalistas que cobriram as repercussões de estarem "difamando" Allen (a propósito, considero que não existem provas conclusivas contra Woody Allen em relação aos supostos abusos. Enfim, quem comenta o caso envolvendo Idelber Avelar está apenas fazendo a leitura moral acerca do que lhe foi submetido, sem necessariamente haver dolo de difamar. Na verdade, os defensores de Idelber Avelar, quando falam em processo judicial, se prendem ao tipo penal da calúnia, tanto que a opinião citada no post fala que o problema seria falar do que ele fez como se fosse crime. Ou seja, se trataria de uma imputação falsa não de fato ofensivo, mas sim de fato definido pela lei como crime, o que caracteriza a calúnia. Em suma, divulgar e comentar o caso, por si só, não caracterizam o dolo de difamar. Se o caso é constrangedor pela sua própria natureza, isso é um problema que foge da alçada de quem comenta ou divulga, sob pena de se tornar alguns assuntos proibidos de serem abordados, o que não é compatível com a liberdade de expressão vigente em nosso país. Qualquer assunto pode e deve ser comentado, debatido, na arena pública, desde que se faça sem intenções dolosas de praticar quaisquer crimes. Não vejo crime no que foi feito, nem pelas blogueiras, nem pelos internautas que comentaram o caso, salvo um ou outro que eventualmente podem extrapolar o direito de opinar e realmente podem praticar algum crime de opinião, atingindo direito de personalidade de Idelber Avelar. A opinião pode e deve ser dada, mas sempre com responsabilidade e dentro dos parâmetros legais e constitucionais.
Acho que quem tá se fazendo de desentendido são vocês. Ninguém achou normal o cara mandar foto de pau. Ninguém fez vista grossa pro fato dele ter tentado ir adiante com uma menina de 15 anos. Mas vítimas? Ah, gente, por favor. Como já disseram n vezes, um cara que trai alegando que foi seduzido é escroto, quem tinha compromisso era ele e não a amante; porque se a mulher trai com a mesma alegação, ela é vítima de manipulação, jogo de poder, do machismo estrutural? Sério? Quando o amante não tinha relação hierárquica nenhuma com ela? "Ah, mas ele é famoso, culto, etc e tal". O nome disso é interesse, não tem relação de poder aí não. Machismo estrutural, quando pelo machismo a moça devia ter ficado quietinha e reportado imediatamente ao marido pra resolver a situação? As moças foram "vítimas" de ter liberdade pra falar com quem quisessem nas redes sociais. Não quero dizer que elas não possam se reunir e falar "fulano é um bosta, galera, toma cuidado que ele dá a entender que vai te tratar como princesa e só te chama de puta safada". Mas dizer que são vítimas? Não dá, simplesmente não dá.
ResponderExcluirO estranho caso do professor canalha que levou algumas mulheres casadas no papo. Um folhetim, apenas. Nunca antes na história... a esquerda produziu canalhas. Nunca antes na história... uma mulher insatisfeita com o casamento caiu nas lábias de um canalha. Nunca antes na história... houve mulheres insatisfeitas que traem seus maridos (ó... o horror! Mulheres não podem ficar insatisfeitas? Mulheres não traem? E caem forninhos...).
ResponderExcluirIdelber. Taí um assunto que tem me dado preguiça. Nível épico de bocejos. Ninguém nunca jamais foi ludibriado pela cafajestagem alheia? aham... senta lá. Ninguém sabe que homem diz até "te amo" pra fazer o próprio pau feliz? Qual o espanto? Apenas mais um homem sendo homem. Pode ser de direita, esquerda, arriba, abajo, centro... Apenas mais um homem sendo homem. Se ele enganava ou não a oficial, não sei; não falei com ela, não vi nenhuma declaração dela.
Gosto de homens que, invasivamente, enviam fotos do próprio pau ou vem com certos papinhos? Detesto. Tenho asco. Nojo. Acho tão machista e abusivo quanto encoxadores de transporte público. Só que no mundo virtual é mais fácil. BLOCK. Dá para bloquear até email, sabiam? Bem fácil de se livrar. E sim, só continua o papo quem quer. Superem.
Ou somos todas mocinhas inocentes trancadas na torre, à espera do príncipe encantado que nos salvará? Todas mocinhas indefesas à espera de quem nos salve? Por que essa tendência de colocar mulheres sempre como passivas? Se elas mantiveram os contatos ao invés de utilizar uma ação simples como BLOCK, não foram também sujeito ativo? Qual o grau de passividade e de atividade de cada sujeito envolvido?
O que me choca é essa sororidade que parece ter ignorado a existência de uma personagem feminina nessa história. Uma moça chamada camilla que, no mínimo, teve sua própria vida, ainda que indiretamente, exposta. Alguém, antes de criar esse folhetim, se preocupou com quais poderiam ser os estilhaços lançados na direção dessa mulher?
Apenas mais um homem sendo homem. Superem. E, se não gostam disso (eu, pessoalmente, detesto!), a melhor forma de atacar essa forma dos homens serem homens não é, definitivamente, a que foi escolhida. Convém pensar melhor antes de jogar merda no ventilador.
E tretas... não é que eu não tome conhecimento delas. É que elas me dão preguiça.
P.S.: li TUDO que foi publicado até agora sobre o caso. E antes que o analfabetismo funcional dê as caras: não estou defendendo o cidadão – homens que agem assim são indefensáveis. Apenas não coloco mulheres como passivas coitadinhas incapazes de apertar um simples BLOCK. O debate nesses quesitos (vida sexual e afetiva) coloca as mulheres como tontas, incapazes de rejeitar os jogos sexuais, abduzidas, etc. Acho que temos que respeitar mais a autonomia das mulheres. Ou apoiá-las de outra forma que não a eterna infantilização e vitimização. Se os jogos sexuais refletem uma assimetria e violência social (ligados a gênero), que se discuta esse imaginário, a estrutura que o produz... e não só os jogos e suas máscaras.
Resposta a dois comentários acima - Parte 3.
ResponderExcluirPor fim, respondendo ao comentarista acima, de Maicon Vieira, que questionou por que estavam falando em pedofilia, cabe alguns esclarecimentos.
Primeiro, como quem falou fui eu, sinto-me na obrigação de esclarecer que a referência à pedofilia se deu a título de hipótese e efetivamente eu expliquei quando isso poderia acontecer, de modo que no próprio comentário anterior se encontra a resposta ao questionamento feito. Mas creio que o assunto merece ser repisado e alguns pontos merecem ser esclarecidos em definitivo.
Segundo, efetivamente, por força do art. 241-B do ECA, caracteriza um dos tipos penais da pedofilia, isto é, como esta é definida legalmente, "Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente".
Terceiro, por força do art. 2º do ECA, "Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Quarto, o art. 241-E do ECA diz que "Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais".
Se você interpretar esses artigos do ECA sistematicamente, verá que, SE Idelber Avelar, ao conversar sobre assuntos sexuais com uma menor de idade, que tinha entre 15-17 anos, recebeu e armazenou no HD do seu computador alguma foto ou vídeo dela nua, em que fosse possível ver o órgão genital dela, ele cometeu o crime de pedofilia na modalidade descrita no art. 241-B do ECA. É o que diz a lei e basta reler os artigos do ECA que eu citei para se certificar disso.
Resposta a dois comentários acima - Parte 4.
ResponderExcluirEssa discussão está sendo interessante para corrigir um erro banal no público leigo em Direito: pedofilia, como é tratada legalmente, NÃO tem a ver necessariamente com fazer sexo com crianças ou adolescentes. Um pedófilo pode até eventualmente fazer isso e a tendência é que ele se sinta atraído sexualmente por isso.
No entanto, esse tipo de ação não é considerado pedofilia, ao menos pela legislação brasileira vigente. Pedofilia está disciplinada no Brasil nos arts. 240 até 241-E do ECA. Nenhum desses artigos fala em ato sexual, praticado diretamente pelo agente do crime de pedofilia, com crianças e adolescentes. São condutas outras, como, por exemplo, divulgar fotos e vídeos pela Internet de crianças ou adolescentes em cenas de sexo explícito ou pornográficas, como tais termos são definidos pela lei (vide o art. 241-E do ECA, acima citado). Quem faz o download das referidas fotos ou vídeos e armazena no HD do computador também comete crime de pedofilia, pela lei brasileira vigente.
No Brasil, quem faz sexo com menor de 14 anos comete o crime chamado de estupro de vulnerável, crime previsto no art. 217-A do Código Penal. Isso é diferente de pedofilia, em termos penais.
Alguém pode achar que existe uma contradição entre o Código Penal e o ECA no trato dos crimes sexuais que envolvem adolescentes, uma vez que o Código penal não traz nenhum dispositivo que criminalize, por exemplo, um ato sexual que seja praticado com um adolescente, ao menos em relação ao agente do crime (quem faz o sexo com o adolescente). Não vejo dessa forma, pois a criminalização da pedofilia busca coibir a sexualização da criança e do adolescente de uma forma que busca evitar danos, uma visão condizente e não contraditória com a ideia que se tem de que tais pessoas ainda estão em formação (um adolescente, por exemplo, não responde criminalmente como um adulto por seus atos). De qualquer forma, ainda que não se criminalize a conduta da pessoa que faz sexo diretamente com adolescentes maiores de 14 anos quando existe consentimento, o fato é que o Código Penal coíbe uma série de condutas em relação aos adolescentes maiores de 14 anos que no mínimo possuem vínculos com ações sexuais, como se comprova pelos arts. 218-A e 218-B, por exemplo, que tratam, respectivamente, dos crimes de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente e favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável. O que fica claro é que o Código Penal, quando tipifica tais condutas, busca proteger a formação das crianças e dos adolescentes, colocando-os livres de qualquer influência indevida nas suas sexualidades, o que é compatível com a tipificação da pedofilia como prevista no ECA. Uma coisa é a livre manifestação da vontade, tanto quanto possível, do adolescente. Outra coisa é se criar ambientes onde a vontade sexual do adolescente pode ser construída atendendo-se aos interesses nem sempre nobres de pessoas adultas, existindo um induzimento que pode ser prejudicial à sua formação. A criminalização da pedofilia busca coibir essa segunda situação.
"Não é crime" é o novo "É só uma piada".
ResponderExcluirMega feliz de nunca ter ouvido falar desse cara... feliz em saber que agora eu e muitas já ouvimos e podemos manter distância
Lolinha: Professor Idelber Avelar (Tulane University) estará hoje palestrando na Universidade Federal do Pará sobre movimentos sociais (ele tem formação em sociologia né ?). Para quem tava esperando uma resposta do profe, aconselho a dar um pulo na palestra.
ResponderExcluirhttps://twitter.com/ALuizCosta/status/539429385942859776
Puta mundo moralista né, André? Agora é moralmente questionável trair o companheiro, humilhá-lo e estabelecer uma relação abusiva ~sem o consentimento dele~ onde ele "bebe" o semem do "ricardão" sob uma chantagem emocional violentíssima? Esse mundo tá muito chato mesmo...
ResponderExcluirAntes que me crucifiquem: eu não tenho qualquer simpatia ou empatia pelo "professor". Acho é pouco o escrutínio sobre a imagem dele.
Só não vou vitimizar quem não é vítima, sorry.
O cara não é apenas mais um professor de esquerda machista. Ele conseguiu a proeza de fazer um monte de feminista classificar as técnicas PUA dele com apenas paquera, conseguiu calar um monte de gente boa de esquerda que com outros personagens não teriam se calado, conseguiu fazer com que defensores intransigentes da liberdade de expressão ameaçassem todo mundo com processo.
ResponderExcluirtenho que concordar que não considero a moça (pelo menos, não a moça do relato anterior) uma vítima. Mas não acredito que é isso que a Lola está propondo. A situação aqui é trazer a tona uma face escondida deste tal professor, que faz tudo isso que todo mundo já cansou de ler há anos, enquanto paga de feminista/defensor das mulheres/ etc.
ResponderExcluirA moça é ~culpada~? Dê que, exatamente? De trair o marido? Bom, não há nenhum castigo que nós passamos aplicar a ela, certo? Se o marido dela souber da história e decidir se separar dela por conta disso, eles é que têm que se resolver.
"Ah, mas falar da vida privada do outro pode, né?". Não é só questão de vida privada. A questão não é ele ter traído a esposa/namorada dele. É ele utilizar da posição privilegiada - de professor e ~intelectual~ - pra dar investidas (extremamente agressivas, por sinal), em diversas mulheres, com o objetivo de humilhar a elas e aos maridos delas.
Acho incrível que aqui ninguém está tendo empatia com as verdadeiras vítimas, que foram os companheiros dessas mulheres.
ResponderExcluirO professor está errado, por ser um babaca enviando fotos de pinto sem ninguém pedir e por ter ficar assediando uma menor. Mas isso não significa que as mulheres adultas estão certas em trair seus companheiros, e ainda querer pagar de pobres coitadas que foram seduzidas pelo professor em questão.
O assuntou lhe deu preguiça, mas LEU TUDO que foi publicado sobre o caso.
ResponderExcluirParei por aí.
Tem que denunciar SIM!
ResponderExcluirLola, que horror! Que conjunto de posts horrorosos. O que me choca aqui é essa colocação de pessoas adultas como vítimas. Vítimas de que? Nem nos pedaços que eles escolheram publicar da conversas elas parecem insatisfeitas. Eu acho que a tara dele (com o que tem de escrota, ou não) é igualzinho à delas. Foto de pau não solicitado? Que diabo é isso? Ele olhou a cara delas no face e foi mandando uma foto de pau? Ou começou a roar uma ciberputaria e rolou uma foto de pau? O maior problema com isso aqui é a tirar a gerência das mulheres, tutelando-as. A ideia de que uma mulher adulta, casada (ou seja, como eu) não tem como se responsabilizar pelo que faz porque se excitou com conversa de malandro (que aliás deixou muito claro o que queria). No fim, vocês é que estão machistas.
ResponderExcluirhttp://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2014/novembro/crimes-de-natureza-sexual-foram-prevalentes-em-pesquisa-realizada-com-idosos-presos
ResponderExcluirSegundo estudo nas unidades prisionais do DF, 45% dos idosos encarcerados cumprem pena por estupro e 24% por crimes contra a vida. Estupro de vulnerável está em 4º no "ranking". Não havia mulheres presas com esta idade. Fiquei imensamente curiosa com os motivos para esta constatação.
13:49,
ResponderExcluirDe fato você está correto, desculpe. Do dicionário:
Flerte: comportamento comum entre seres humanos que consiste numa discreta insinuação de interesse entre pessoas. Normalmente inclui a ejaculação de uma delas sobre a outra e a degustação do sêmen por uma terceira pessoa que não estava ciente do caso.
Eu desconfiava de tanta perfeição no sujeito. Mas achava ele era um idealista sem capacidade propositiva, não um manipulador.
ResponderExcluirO professor sabia muito bem que corria o risco de tudo se tornar público ao se expor dessa maneira grotesca na internet. De vítima esse cara não tem nada.
ResponderExcluir"Ceus! o professor anda mostrando o Biscoito fino pra massas...kkk"
ResponderExcluirEssa foi psicodélica, kkkkkkkk!!!!!
Passei por uma situação parecida: professor, namoro não estava legal, carência... Não sei se consigo considerá-lo um canalha sendo que eu fui canalha com meu namorado (tínhamos acordo de relacionamento monogâmico). Tenho empatia pelas mulheres enganadas porque dói a quebra de expectativa mas, exceto a guria de 15 anos, não consigo considerá-las vítimas. Falando de mim e por mim não me considerei vítima nesse caso que passei.
ResponderExcluirO professor com quem eu me relacionava nunca me prometeu nada, até falava que não estava interessado num relacionamento sério, sempre que me mandava mensagem eu respondia e o atendia até que um tempo depois ele sumiu e eu simplesmente o bloqueei e mesmo assim após correr atrás e ele não me responder. Tenho consciência que o fato dele ser professor, de admirá-lo e de entre tantas alunas, fisicamente dentro dos padrões estéticos vigentes, eu ter sido "a escolhida" fez com que a relação fosse de submissão entretanto eu tinha autonomia para acabar com aquilo quando eu quisesse e não o fiz prontamente.
Quanto as fotos (não me xinguem, please) não vejo diferença entre peito, rosto, pênis, vagina, bunda, barriga, enfim corpo, região do corpo... Quando não quero receber fotos alheias bloqueio, tiro do meu feed de notícias mas não vejo corpos nus como ofensivos, deixando claro : EU não vejo corpos nus com potencial ofensivo. Mas respeito aqueles que não se sentem confortáveis a respeito.
Só não entendi uma coisa, ele é tão boçal, ridículo e todos esse adjetivos com os quais eu concordo, por que as mulheres (novamente isentando a guri de 15, pensamos que somos muito maduros com essa idade...) continuaram falando com ele depois dele fazer algo considerado extremamente ofensivo e machista que foi mandar a foto do pênis, chamá-las de vagabunda e humilharem os companheiros das referidas?
Deixando claro que não defendo o tal professor mas não me interesso por pessoas cujas ações me ofendem de algum modo, corto a conversa de cara no primeiro vagabunda safada.
Os caras reclamam de "linchamento", mas fazem um BAITA linchamento quando é com as feministas que os criticam. Lembro de discussões (não necessariamente minhas) com o nassif, com o pablo villaça (que surpreendentemente não se juntou ao clube dos machos desta vez) e o tsvakko, e TODOS ficaram fazendo chacota das feministas na internet e mobilizaram seus ~seguidores~ pra ir pra cimadas feministas. São um bando de manés que adoram proteger agressores.
ResponderExcluir"Não quero falar do meu amigo, mas nada do que ele fez é crime e como não é crime vocês não podem falar sobre isso e como falaram vocês vão ser todas processadas".
ResponderExcluirHAHAHAHAHAHAHAHAH
ESSE MANJA
Li o que a Cyntia escreveu e em nenhum momento ela está ameaçando as meninas, mas está alertando que elas podem sim passar por um processo.
ResponderExcluirSinceramente tô aqui pensando se esses caras que andam por aí expondo ex-namoradas em conversas, fotos, também não justificam suas atitudes de forma parecida: ela era uma canalha, ela me usou, ela me seduziu, ela me manipulou, ela me traiu,...
Mas calma, calma... Já sei a resposta padrão: não dá pra comparar, porque nessa nossa sociedade homem tem poder pra fazer tudo e a gente não tem pra nada...
Só refletindo...
Aliás, já ando refletindo sobre tantas coisas nos últimos tempos.
O biscoito é fino mesmo?
ResponderExcluirObrigada Rê-Ayala.
ResponderExcluirQue bom que não sou a única aqui que se sente ofendida ao ver todas as mulheres do mundo sendo tratadas como incapazes...
Eu sou homem e gay. Quando li os relatos há alguns dias, fiquei indignado com a situação de assédio e depois um pouco cético sobre os relatos (não sou mulher e não faço ideia de como funcionam as relações heterossexuais), poderia haver alguma injustiça contra o tal professor? Mas pra além de todos os argumentos feministas que li (e que têm me convencido), já vivi uma situação muito desagradável na internet, que envolvia "sexo virtual casual" (com outro homem), que foi de um tesão enorme a um vazio assustador em me descobrir objeto do joguinho sexual de alguém e um medo pavoroso de ter me exposto. Isso não é comparável à nenhuma situação de abuso machista, fora o sexo virtual não existe outra analogia: não era uma relação homem-mulher, não era alguém que transmitia qualquer confiança, não durou muito tempo, não era um cara fodão da esquerda. Mas só com isso eu já me senti mal, não consigo nem imaginar o quanto deve ter sido ruim para as mulheres que realizaram a denúncia.
ResponderExcluirÉ bizarro que tenha gente que ache normal relações sexuais objetificadoras, porque é assunto privado. Não tem outro jeito de conseguir uma punheta ou uma foda? A sensação final é que o cara não é capaz de gozar com outra "pessoa", só com uma "coisa". O contexto machista dá uma outra dimensão que eu não consigo nem visualizar todos os desdobramentos. Fico feliz que isso tenha vindo à tona.
A moça aí em cima disse: "só mais um homem agindo como homem".
ResponderExcluirEpa, aí não, violão: sou homem e nunca fiz uma canalhice dessa.
É um homem (embora haja controvérsias quanto à masculinidade de quem gosta tanto de cornear os outros, de menosprezar mulheres e de entupir furicos) AGINDO COMO UM CANALHA.
Se a moça escreveu isso de coração, tenho pena: nunca conheceu um homem que não seja canalha. Mas aí é azar só dela; os que nos comportamos decentemente não gostamos que nos misturem à canalha.
Qual seria a opinião dos comentaristas se o assunto viesse à tona pela mão dos maridos traídos?
ResponderExcluirA Cynthia, não esqueçam, já tinha feito postagem defendendo o Julien Blanc. Postagem que terminava com um raciocínio tosco tipo "querem impedir a vinda do cara, depois não venham reclamar de quem pede ditadura militar". Tem precedente. Tá amiga dos PUA, a moça ...
ResponderExcluirSe tem uma coisa que me deixa muito irritada é a má interpretação de textos que para mim estão bem claros.
ResponderExcluirMe parece inaceitável a leitura errada do penúltimo post da Lola no seu blog. É pra ler com atenção e ver que em momento algum a Lola pus os nomes dos envolvidos. É um guest post, um post de uma convidada que conta uma história lamentável. Mas a Lola não cita os nomes. Quando começou a aparecer o nome nos comentários eu não fui atrás. Nem conheço a pessoa,nem vou conhecer e nem me diz respeito. Acho um sujeito com um comportamento nojento, disgusting mesmo e não me interesso por coisas assim. Portanto essa pessoa fica fora de meus interesses. A autora do post tem toda minha solidariedade e espero que ela possa superar em breve os maus momentos pelos quais está passando.
Me parece horrível essa onda de julgar e por a culpa na Lola. Nada a ver. Não é porque a Lola é minha filha. É porque acho injusto com alguém que só comenta os fatos sem dar os nomes e sem julgar. La Mamacita
Pq é difícil para uma feminista entender que a mulher participou de uma putaria conscientemente, e que falar isso não é defender o que o cara fez! Ela não é vítima! E falar isso não é um elogio a atitude do cara. Simples assim!
ResponderExcluirrepito: É PRECISO CONHECER AS REGRAS DO JOGO, DO CONTRÁRIO NÃO É POSSÍVEL JOGAR!
ResponderExcluirvejam o relato da mulher de 1 de dezembro de 2014 16:26.
Enquanto as mulheres estiverem "esperando" algo dos homens, o jogo não será justo. Por enquanto, os HOMENS JOGAM UM JOGO QUE JÁ ESTÁ GANHO POR ELES ANTES MESMO DE COMEÇAR!
A mulher do relato não foi "escolhida", dentre várias que estavam dentro do padrão. Foi a que ACEITOU o jogo, a que correspondeu, a que se sujeitou às REGRAS DELE, mas sem conhecer as regras DE FATO. Observem o relato: sempre que FOI PROCURADA, respondeu. Quando procurou, foi sumariamente IGNORADA. ELE estava no jogo. Ela, NÃO. Ela estava "num relacionamento". Tanto que está se sentindo mal até hoje e ele, provavelmente, conta o caso com ela (se é que ele se lembra) como mais um dentre dezenas. Por que escolhem mulheres jovens e comprometidas? JOGAR COM AS REGRAS SOCIAIS E SE PROTEGER, afinal ELAS serão julgadas pela traição.
Impressiona que mulheres caiam nessa. Por isso, o feminismo tem que expor, MAIS DIDATICAMENTE AINDA, o jogo. Tipo tutorial passo-a-passo, como existem os diversos que ensinam aos homens como engambelar mulheres e sair vitorioso. Com palestra e treinamento. Lição de casa. Estudo de caso.
Eu aprendi o jogo lendo "O primo Basílio". Tinha cerca de 14 anos na época e devorei o livro numa noite. Lembro do quanto eu fiquei desconfortável e indignada com as atitudes manipulativas do tal primo e com a ingenuidade, a passividade, a credulidade de Luisa (chorei muito por Luisa ser tão boba, tão manipulada, tão ingênua). Foi esse livro que me ensinou o que era machismo, o que era sociedade patriarcal, o que era o tal poder masculino. Acho inacreditável que as mulheres ainda não consigam identificar e reagir a um canalha manipulador. Que se sintam mal quando respondem pra um homem, quando são ríspidas, quando dizem NÃO. Que se sintam obrigadas a dizer amém, amém, amém, até quando ESTÃO DESCONFORTÁVEIS!!!
Alguns lerão isso como culpabilização de mulheres. Que seja. Mas espero que o evento nos faça mais fortes, mais reativas. O comportamento manipulador é EVIDENTE. Temos que reagir. NECESSARIAMENTE!! Ou jogar o jogo ou desmascarar o jogo. Cair no jogo NÃO PODE SER UMA OPÇÃO.
Os canalhas perdem o poder quando desmascarados. Até hoje me lembro do amargo que me subiu à boca na cena final do primo Basílio. A lição foi aprendida e jamais esquecida. O professor-esquerdista-feminista é só mais um Basílio da vida. Triste é existirem ainda, tantas Luisas.
Sinceramente, também não entendo a polêmica que se formou contra as feministas. E que decepção com o Júlio Vianna.
ResponderExcluirGente, no pior dos casos, de uma coisa todos nós sabemos: na era da internet tudo pode ser usado contra nós. Mulheres são as PRINCIPAIS vítimas disso, sempre.
Daí o cara paga de feminista, paga de apoiador da causa mas é um hipócrita que se esconde sob esses rótulos só pra assediar mulher casada??? EU, como HOMEM, e como feminista, estou ofendido. Acredito sinceramente que essa postura só atrasa o movimento, só avacalha uma luta de feministas que querem a inclusão - sem roubo de protagonismo - de homens na luta. Me aparecem esse bando de machistinhas defendendo o cara? E falando que é DIFAMAÇÃO? Ele mesmo escreve explicitamente que gosta de assediar mulheres casadas! Ele assediou uma menor de idade! E foda-se? A culpa é das feministas? Não dá pra acreditar. A mulher SEMPRE leva a culpa. Se fosse caso de foto sexual sendo divulgada de vingança por algum homem, já sabemos que a condenação seria, DE NOVO, sobre as vítimas mulheres.
Eu estou de saco cheio de me sentir um babaca de tabela só porque esses caras fazem esses absurdos.
Rê_Ayla:
ResponderExcluirestá com preguiça de treta e leu TUDO o que foi publicado, além de escrever um comentário enorme. PQP...
Lola, me salve, tenho 19 anos e minha namorada tem 16. Estaria eu deacordo com a lei praticando pedofilia? Obviamente há consentimento, no que isto diferente deste caso se a moça de 15 anos deu consentimento, os dois casos então no mesmo barco?
ResponderExcluirTrocamos fotos e nenhum de nós é puritano, e fiquei preocupado agora se alguma das mensagens que trocamos caisse em dominio publico, o que eu devo fazer?
Pois olhando este caso eu seria fortemente recriminado
:(
Discordo em parte.
ResponderExcluirTanto Cynthia quanto Vianna foram cirúrgicos em suas críticas:
A estratégia adotada pelas mulheres em exporem o professor pode ser considerada criminosa. Simples assim.
"Do dicionário: Flerte: comportamento comum entre seres humanos que consiste numa discreta insinuação de interesse entre pessoas. Normalmente inclui a ejaculação de uma delas sobre a outra e a degustação do sêmen por uma terceira pessoa que não estava ciente do caso."
ResponderExcluirÔ, amigo, assim você me faz chorar de rir de assunto sério!!! kkkkkkkk!!!
Esse caso não fez cair a máscara apenas do professor em questão. Fez foi cair a máscara de muita gente!
ResponderExcluirSó lembrando que o professor costumava ser contrário às objetificações para prazer único do outro.
ResponderExcluirPalavras da Cynthia Semíramis em situação de abuso (de um homem que NÃO era seu amigo)
ResponderExcluir"Lugar de mulher é onde ela quiser. Roupa de mulher é a que ela quiser. Isso se chama liberdade. E não julgar a mulher por conta das suas escolhas ou aparência se chama respeito. Se você acha que uma mulher deve agir de forma X ou Y, pare e pense no quanto você está desrespeitando a autonomia e as escolhas dela.
Se você vê uma pessoa sendo assediada e constrangida, evite contribuir com a situação e dê um jeito de interromper o assédio. Cabe a cada pessoa que estiver por perto zelar para que quem está em volta não seja agredid@ ou assediad@. A omissão aqui significa compactuar com a agressão. Ou, como diz o velho ditado feminista: o silêncio é cúmplice da violência. Ver uma agressão e se calar é ser cúmplice."
"http://blogueirasfeministas.com/…/gerald-thomas-cultura-do…/
17:31,
ResponderExcluirA crítica da Cynthia naquele caso do Julien era até correta, mas o ponto que ela criticou era totalmente paralelo e de pouca importância no debate. Além disso, ela não se preocupou em analisar e oferecer alternativas, foi só paulada nas feministas mesmo.
De pessoas "inocentes" "seduzidas" por "artimanhas de sedução" da parte de indivíduos mal-intencionados, o mundo dos jogadores de futebol tá cheio, não é mesmo?
ResponderExcluirSaiu o terceiro relato no tumblr. E olha, só fica pior.
ResponderExcluirAcabei de ler o terceiro relato: eita, porra. Ficando pior.
ResponderExcluirEsse tipo de história só reforça a ideia de que pra "fazer sucesso" entre mulheres você tem que ser um escroto. Até em um meio intelectual-feminista um porco desses tem muito mais sucesso que o cara ético que segue a cartilha do "respeito e consideração".
ResponderExcluirDepois não sabem de onde os mascus tiram as ideias de que "bonzinho só se fode"... ponho minha mão na fogo como os "cornos" eram a maioria do tipo "bonzinho".
sinto um plot twist na opinião pública dividida com esse terceiro relato.
ResponderExcluirinclusive virei fã da moça.
Engraçado como algumas feministas estão afirmando que o caso reforça sua misandria. Eu não vejo por quê. O que temos aqui é um único babaca promíscuo e degenerado, mas e as mulheres que sustentaram esse comportamento por 15 anos (!!!). Porque agora pode ter aparecido meia dúzia de arrependidas, mas para cada uma certamente há dezenas, quiçá centenas de mulheres que entraram de cabeça no jogo sem um pingo de arrependimento e participaram ativamente da humilhação e tortura psicológica de seus maridos. E veja só, estamos falando de mulheres feministas, ou seja, supostamente esclarecidas, mais abertas, que respeitam conceitos como "consentimento" dentro de um relacionamento, mas que ainda assim tratam seus parceiros como lixo e são cúmplices em seu processo de emasculação.
ResponderExcluirAgora você entende porque nós "mascús" somos misóginos, Lola? Porque falamos em "marriage strike"? É por isso. Para não ter que lamber porra de "Ricardão" no corpo das nossas esposas.
PS: Também é curioso ver feministas falando que o caso comprova o "machismo estrutural" e blablabla os homens são privilegiados. Minhas queridas, o único privilegiado dessa história toda é o professor, que montou um harém de mocinhas desinibidas e dispostas a tudo. Cade o privilégio em ser "amansado". Na verdade o caso revela uma hierarquia social mais próxima daquela cuja existência é defendida pela Real. Ou seja, no topo o macho alfa, dono do harém, os 20%, abaixo dele a totalidade das mulheres em menor ou maior grau de submissão e abaixo de todos, do alfa e de suas concubinas o macho beta rejeitado e humilhado até mesmo quando consegue um cônjuge.
E há quem chame isso de privilégio.
Adorei o relato da moça. Também virei fã. Será que tem plot twist? Não creio. Amigões do cara nunca vão mudar de opinião.
ResponderExcluirVai se ferrar, ô Mordechai. Leia o terceiro relato. E só uma coisinha: se tem uma coisa em que as feministas são unânimes, é nesse apoio geral e irrestrito ao MARRIAGE STRIKE de vcs. Não conheço nenhuma feminista que fique chateada porque mascu não vai se casar nem se reproduzir.
E ué, até ontem vcs mascus juravam não ser misóginos. Agora são? Já assumiram?
21:02 e 21:22,
ResponderExcluirAgora tentem encaixar o terceiro relato nas suas teses.
Até o Gravataí Merengue, que tinha apoiado o prófi, já retirou o apoio. Quem sair por último apaga a luz.
ResponderExcluirA cada volta o feminista se revela mais machista!
ResponderExcluirPrincipalmente para os coleguinhas que, pra variar, só tem coragem de comentar e criticar como “anônimos”:
ResponderExcluir1- Que tal assinar? Ou só sabem criticar comentário dos outros no anonimato?
2- Tenho profunda preguiça desse caso sim... porém, convém se informar e ler tudo que puder sobre um assunto antes de comentá-lo né #ficaadica
3- Aliás, li agora o 3º relato e... apenas um homem sendo homem. Qual o espanto disso?
4- É generalização falar em “apenas um homem sendo homem”? É. Talvez ficasse melhor “apenas um canalha sendo canalha”... mas a ideia é essa. Qual a surpresa de ver um cara agindo assim? Me surpreendem os que não agem e é porque eles existem que continuo me relacionando com homens ;)
5- De novo: li TUDO que foi publicado até agora sobre o caso. E antes que o analfabetismo funcional dê as caras: não estou defendendo o cidadão – homens que agem assim são indefensáveis. Apenas não coloco mulheres como passivas coitadinhas incapazes de apertar um simples BLOCK ou não atender uma ligação. Mulheres por acaso são seres incapazes que precisam ser tutelados? O debate nesses quesitos (vida sexual e afetiva) coloca as mulheres como tontas, incapazes de rejeitar os jogos sexuais, abduzidas, etc. Acho que temos que respeitar mais a autonomia das mulheres. Ou apoiá-las de outra forma que não a eterna infantilização e vitimização. Se os jogos sexuais refletem assimetria e violência social (ligados a gênero), que se discuta esse imaginário, a estrutura que o produz...
Querido André, para meia dúzia de insatisfeitas tinham dezenas levadas no papo. Regras matemáticas tem exceções, padrões sociais tem ainda mais. Não se faça de desentendido.
ResponderExcluirAdolescente preocupado disse...
ResponderExcluirLola, me salve, tenho 19 anos e minha namorada tem 16. Estaria eu deacordo com a lei praticando pedofilia?
Resposta:
Não sou a Lola, mas vou lhe responder.
Não existe crime de pedofilia. Ninguém pratica pedofilia. Pedofilia é apenas a atração primária por quem não alcançou a puberdade (gente com menos de 9 ou 10 anos).
Adolescente é quem entrou na puberdade (maiores de 10 anos). Quem não entrou na puberdade é criança (menores de 10 anos).
Porém, pela nossa legislação, adolescente é definido como quem tem entre 12 e 18 anos (incompletos).
Não há problema algum em se relacionar com mulheres que tenham 14 anos ou mais, exceto nos casos de prostituição ou pornografia (produzir material, distribuir, vender, etc.).
Espero ter tirado as suas dúvidas.
Bjos
Lana
Pois é, e agora, como fica já que o "detalhe" da menina menor não parece mais um detalhe, e sim uma sistemática?
ResponderExcluirQuantas menores serão necessárias para tocar a sensibilidade dessa gente insensível e sem empatia?
Querido 22:40,
ResponderExcluirNem sei do que você está falando.
Obrigada, Lana, esqueci a dúvida do adolescente preocupado, está uma correria aqui. Pois é, 16 anos não é pedofilia e vc não tem nada que se preocupar. Eu li em algum lugar que inclusive se a diferença de idade for de até 3 anos não é considerado pedofilia. Acho bem ridículo chamar o professor de pedófilo.
ResponderExcluirFalando nele, saiu o quarto relato no Tumblr...
Lola, não é contraditório a pessoa do 4o relato dizer: "Estava muito incomodada, mas imaginei que se eu desse um não rotundo ele ia parar. E também estava realmente considerando estudar no EUA, ele poderia ser um contato importante".
ExcluirOu seja: tolero um abusinho, até certo ponto, pra conseguir a carta de recomendação no mestrado dos EUA.
Não tô defendendo o cara, mal conhecia o sujeito, e não tô duvidando da vítima. Mas aí ela deixou rolar opressão por interesse, né?
Considero imensamente distinto o terceiro relato dos demais. Porque o cara resolveu ser um escroto hipócrita só quando estavam os dois sozinhos em um motel, onde é muito mais difícil sair pela tangente. Ali existia a própria ameaça física e o conflito da diferença de idade.
ResponderExcluirE no texto ela ainda arrematou um belo "Me pisou, não pq me deu um “fora”, mas porque eu não quis ser a puta dele. Quem é que faz julgamento/linchamento moral, agora?"
Tem como discordar dela? Tem como não considera-lo um porco machista hipócrita depois dessa?
No outro relato era virtual, com uma mulher um pouco mais vivida e já nesse ambiente ele foi escroto e muito claro quanto às intenções que tinha, era facílimo cortar o contato.
mas gente, esse cara o maníaco da selfie peniana, como pode tanta egolatria, vaidade e falocentrismo?
ResponderExcluirPergunta aos moralistas: as moças desses dois últimos dois relatos bloquearam as investidas do prófi, já podemos solidarizar com elas? Ou vão ter que apresentar atestado de virgindade também?
ResponderExcluirPossuir ou armazenar no HD do computador foto de adolescente, como definido por lei, em que apareça o órgão genital, é pedofilia no Brasil, uma vez que a foto é considerada pornográfica. Art. 241-B do ECA. A legislação brasileira que trata de pedofilia não diferencia criança ou adolescente para fins de tipificação penal. O crime e a pena são exatamente os mesmos e estão previstos no mesmo dispositivo do ECA. Não dá para brigar com a lei e dizer algo diferente. A lei preceitua dessa forma e trata isso como pedofilia. Reclamem com o legislador. É querer ser mais realista que o rei. Que alguém ache que não é pedofilia, por pura opinião pessoal (afinal, criança não é adolescente), é uma coisa não muito produtiva, mas enfim. Mas não digam as pessoas que não é assim que trata a lei, pois estarão desinformando. E isso não tem nada a ver com "relacionamento". É outro crime, o bem jurídico protegido é outro, a dinâmica perseguida é outra etc. Não criminalizar o relacionamento com um adolescente é muito diferente de criminalizar a pornografia com adolescente. O direito ver nisso um bem jurídico relevante e que deve ser protegido. E sim, no Brasil, pornografia envolvendo adolescente, sexo explícito envolvendo adolescente, tudo isso quando armazenado em computador, é suficiente para processar qualquer um por pedofilia. Aliás, causa uma certa perplexidade perceber o quanto isso é tratado de outra forma por algumas pessoas. É assim na maior parte do mundo dito "civilizado" (palavra nem sempre palatável para algumas pessoas).
ResponderExcluirE pra esse pessoal que insiste que o direito penal é o cara, que basta confiar nele que tá tudo resolvido, nenhuma opressão será ignorada, a musa Audre Lorde: "the master's tools will never dismantle the master's house"
ResponderExcluirNão, anon das 00:03, nada contraditório. A gente (homens e mulheres) tolera muita coisa pra conseguir outras. A gente "engole sapo" no trabalho, por exemplo. Vc conhece muita gente que não tolera nadinha de abuso? Talvez as pessoas muito, muito ricas, mas duvido. E "por interesse" a gente faz muita coisa. Tudo é "por interesse". Tipo: estudar é "por interesse".
ResponderExcluirLola, entendo sua posição. Ao mesmo tempo, tenho críticas. Em um ambiente de trabalho, a pessoa precisa do emprego no mais fas vezes, tem que tolerar. Nesse caso, a pessoa do relato estava tolerando aquele abuso bizarro por algo que não era indispensável à vida dela, e ela poderia conseguir fazer o mestrado no exterior por outros meios. Nesse caso específico eu acho que ela aceitou o abuso por interesse quando poderia muito bem ter batido o pé de cara. É bem diferente, para mim, de engolir sapo no trabalho, de ser abusada porque sob efeito de álcool/drogas, etc.
ExcluirLola, gostaria de enviar meu relato também, porque aconteceu comigo.
ResponderExcluirO professor me adicionou no Facebook devido a um comentário que fiz em um compartilhamento de um post dele. Me chamou pra conversar e comentou que minha foto era bonita. Falou sobre nossas posições ideológicas parecidas e assim conversamos por duas ou três vezes.
Depois ele me colocou em uma conversa com outra mulher, que ele relatava ser "mais experiente" e "já ter pegado", que eu "precisava conhecer". A conversa entre nós duas não rolou e ele começou a ser direto, falando sobre sexo.
Nisso, saí imediatamente da conversa e o bloqueei do Facebook, porque AO CONTRÁRIO DO QUE OS DEFENSORES DELE DIZEM, eu não dei abertura alguma pra uma atitude como essa da parte dele. Foi completamente inesperado e sequer nos conhecíamos.
Ele não fez isso somente com mulheres que "deram trela".
A única forma válida para avaliar se foi assédio ou não é a vítima. Enquadrar no Código Penal, no Civil, em Tratado Internacional ou coisa que o valha, é limitar um problema social a puro legalismo. Que a análise positivista fique com o Judiciário. As vítimas estão dizendo que se sentiram abusadas, então é abuso. Se em uma ação penal ele for absolvido ainda sim será abuso para as vítimas. Se a ferramenta que elas encontraram para denunciar o que sofreram é ilícita, que busquem o Judiciário. Independente de todo o aparato jurídico, se as vítimas se sentiram assediadas, então houve assédio. A análise moral (cristã, sexual, social) de cada um não importa para as vítimas. É a delas E ELAS que importam.
ResponderExcluirOi Lola, não sou um leitor assíduo do seu blog e discordo em diversos pontos de você. Mas concordo com você neste caso do professor aproveitador. Tirando-se nomes e rostos de predadores e vítimas, aposto que os textos de facebook seriam bem diferentes. Gostaria de fazer alguns comentários.
ResponderExcluirO "fetiche" tão defendido na internet, normalmente, é consensual. No cuckold o "corno" gosta de ver sua mulher com outro. Nos relatos isso não acontece em momento algum.
É ponto comum nos relatos as mulheres se sentirem burras por terem caído na "lábia" do professor e se sentirem usadas. Se isso não as torna vítimas não sei o que mais as tornaria.
Porém, meu principal ponto é: nos seus textos sobre o tal professor, você sempre o coloca como ativista de esquerda e feminista como se estas posições o distinguissem de outros homens potencialmente machistas, manipuladores, etc. Não entendo o por quê. Se ele fosse de direita seria "normal" ou seria algo esperado? Pra mim a única coisa que deveria ser dita é "o professor X", o tomador de decisão é o indivíduo e não a esquerda ou o feminismo.
Me lembrei de um episódio de South Park em que criticam pessoas (no caso do episódio instituições como a Igreja e a NFL) que se colocam como servidores de um "propósito maior", mas que frequentemente se veem envoltas em escândalos morais.
No final Fica o velho ditado. As aparências enganam.
Minha conclusão do caso é machismo estrutural:
ResponderExcluirA figura do homem, branco, professor universitário de esquerda (sinto muito amigos, mas PT é central :) ), com fetiches de "dominação", consegue com o uso da internet humilhar mulheres em pleno ano de 2014.
Já não basta os vídeos e fotos porno dos grupos de whatsapp inundando o celulares delas, o individuo manda fonto do seu próprio pênis.
E elas, vítimas do machismo, não podem bloquear ou parar a conversa.
Vai parecer que eu estou sendo sarcástico, mas não: o feminismo começa dentro da gente mesmo.
A não ser que o principal ponto fosse só desmascarar um falso "feministo": então elas são mártires se infiltrando numas quebradas que até eu (que sou bem pervertido) pensaria duas vezes. Admiro a coragem delas, embora ache o metódo novela demais.
lola, você sabe se elas á procuraram contatar mulheres que estudaram com ele na universidade em que leciona? porque seria um agravante a mais, e se ele faz aqui no brasil onde é bastante conhecido, imagina lá nos eua, ainda mais com essa relação de poder muito mais bem definida!
ResponderExcluirbeijos, ml
Ano das 23:39, você fala com uma certeza. Mas está totalmente enganado.
ResponderExcluirNão é pedofilia. Não existe crime de pedofilia.
A lei não trata nada como pedofilia, porque não existe pedofilia na lei. Não existe nenhum crime na lei denominado "pedofilia".
Não existe nenhuma definição legal para a palavra "pedofilia".
Pare de se basear na televisão, que chama de "pedofilia" várias coisas nada a ver, só para polemizar e aumentar a própria audiência.
Pedofilia é apenas a atração primária por quem não alcançou a puberdade (gente com menos de 9 ou 10 anos). É uma definição médica de uma parafilia e só.
Só por curiosidade, o professor apareceu ontem, na palestra na Universidade do Paraná? Se sim, fez algum comentário sobre o caso?
ResponderExcluirConversando com amigas ontem tivemos uma idéia: como os defensores do professor insistem que "não é crime", deveríamos começar a usar o sobrenome do dito cujo como tradução para "grooming".
ResponderExcluirTipo assim, "pô, aquele cara tá AVELANDO aquela menina..."
Algo parecido com o que a comunidade gay americana tentou fazer com o senador Rick Santorum.
(E vocês não queiram saber O QUÊ eles resolvaram chamar de "santorum", rsrsrs...)
Por outro lado sensação de estranheza só aumenta a medida que surgem "relatos". Lembram demais aqueles " contos" de revistinha site porno, todos se parecem. Tem mesma estrutura, tom monocordio. Estranho
ResponderExcluirNem sabia que era esse cara, não entendo toda essa comoção...
ResponderExcluirO que me espanta é a Lola ter colocado um relato tão ridículo tendo outro bem mais grave pra mostrar do que as fantasias de uma mulher casada e sem respeito próprio.
Eu acho que vocês(mulheres) deveriam escolher um lado: ou vocês são, de fato, fortes e determinadas como dizem, ou são "bobinhas que caem na lábia do malandro". Não dá para ser uma coisa ou outra apenas quando convém...
ResponderExcluirRê Ayla
ResponderExcluirnão assino por que tenho preguiça! me convém!
não assino pq seus comentários me dá preguiça, mas eu leio tuuuuuudo, tudinho. pq né?
beijinho no ombro amiga!
Lolinha, concordo totalmente com sua avaliação. O Professor Avelar deve ter contratado advogada para tentar tirar o Tumblr e posts do ar pra dar uma limpada na barra dele e acalmar a onda. Processar ele não vai poder porque não teria tantos advogados disponiveis pra dar conta de todas as denuncias, ia ter que importar advogados de Cuba kkkkk. Sem contar que quando mais se fala no caso mais mulheres aparecem.
ResponderExcluirNo caso em questão o fato de ele ser privado de aparecer por muito tempo nas redes sociais seria uma sentença mais dura que mandar cortar o pinto dele fora, já que todo o capital social e simbólico dele é mantido e reforçado pelo Twitter, blog e Facebook.
Também quero ver ele publicando artigos na Forum e afins depois dessa. E me pergunto que universidade brasileira vai pagar ele pra dar palestra pra "comer" as alunas e professoras locais.
Beijo e mais uma vez parabéns pela tua coragem.
00:03,
ResponderExcluirVocê é o melhor naquilo que faz, mas aquilo que você faz não é bonito de se ver.
espera. Uma das partes da conversa pode muito bem divulgar, se não assinou acordo de confidencialidade. Não é crime, é legítimo. Invasão de privacidade/difamação seria um TERCEIRO grampear e divulgar, sem autorização de nenhum dos dois. A conversa é tão das meninas quanto de quem resolveu falar barbaridades com seu nome real confiando e usando de sua fama de intelectual. Foda ver doutor em Direito "esquecendo" disso.
ResponderExcluirConcordo com tudo que o anônimo das 11:34 escreveu.
ResponderExcluirCara escroto, em vez de dar uma resposta, ameaça processar as vítimas. Nojo de quem defende esse cara.
ResponderExcluirLi os relatos,o cara mostrava fotos da jiromba e ainda assim essderam deletá-lo,as vítimas do patriarcado não puderam deletá-l0, sem dúvida deve ser o pinto mais hipnótico da história humana.
ResponderExcluirGravar conversas na qual você participa e até mesmo anexá-las como prova em processo judicial não é ilegal. O que seria passível de processo é a divulgação desse material de modo a causar constrangimento a algum dos envolvidos (no caso, o professor). Longe de mim achar que o professor deveria processas as meninas ou, ainda, que nada deveria ter sido divulgado, mas é bom saber em que terreno estamos pisando. Não duvido nada que um juiz ache que a divulgação dessas conversas causa constrangimento moral ao profesor e aplique algum tipo de sanção a elas por isso.
ResponderExcluirUm comentário bastante lúcido:
ResponderExcluir"Antes que passe batido: sao todas brasileiras. Idelber nao trataria uma americana assim, ele sabe o que aconteceria."
Colhido daqui:
http://jornalggn.com.br/noticia/idelber-avelar-e-a-baixaria-virtual-por-ancelmo-gois
Lola, eu sou homem, e estou profundamente orgulhoso de você e dessas mulheres que fizeram vir à tona a hipocrisia desse sujeito.
Meus parabéns.
Conheci bem e pessoalmente o professor na Tulane onde fiz pós faz quase dez anos. ANEDOTA 1 (grave): Numa certa época, ele tinha uma relação "séria" com uma musicóloga colombiana de origem porto-riquenha. Um dia qualquer falei com os dois sobre cinema. Dias depois, quando a "namorada" não estava em NOLA (Nova Orleans, Louisiana), vi ele assediando uma professora novinha de um outro departamento de línguas, não lembro qual. Nesse dia, quando ele andava caminhando junto à garota no corredor do Newcomb (prédio onde estão os deptos. de línguas), ele me percebeu. Então, depois que ele se afastou da professora, eu estando do outro lado do corredor, ele continuou caminhando no canto direito do corredor de maneira que eu não pudesse ver ele; ou seja, estava se escondendo de mim que sabia da relação "séria" dele. Não acho essa conduta produto de uma "relação aberta". Esse papo é blábláblá. Para mim, pela expressão facial da jovem professora que vi enquanto caminhava junto a ele, era claro que ela se sentia constrangida e assediada pelo professor. Não importa o que aconteceu depois, a questão é o modus operandi. Na época não falei disso para ninguém. Conto isso agora em solidariedade com as vítimas que tiveram o valor de denunciá-lo através do mesmo meio utilizado pelo professor para assediá-las. Parabens! Não ao maltrato de mulheres! ANEDOTA 2 (muito grave): o professor foi expulso de um trabalho como professor assistente na Universidade de Illinois Urbana-Champaign por um caso de assédio/agressão sexual contra uma estudante de graduação (ou "undergraduate") entre os anos 1998 e 1999. Não tenho certeza se foi consensual, mas nos USA, na academia americana, mesmo o sendo, isso, professor ou instrutor (TA) assediando uma "undergrad", não é formal e legalmente permitido, é punido e é muito mal visto (e eu não sempre concordo com a visão americana). Depois de um antecedente como esse, você simplesmente não consegue mais trabalhar na academia nos USA. Como é que ele conseguiu trabalho depois disso, então? Porque seu amigo, o prof. Christopher Dunn, conhecido "brasileirista" que escreveu um livro sobre o tropicalismo, arrumou uma vaga para ele na Tulane. Ouvi o professor em questão muitas vezes xingar Tulane, dizer que era um lugar medíocre, que ia ir embora daí. Por que nunca cumpriu essa promessa? Porque pelo processo de assédio/agressão sexual na Univ. Illinois Urbana-Champaign ele sabe bem que nunca vai arrumar emprego em nenhuma faculdade em território americano. Perguntem para ele por que segue na Tulane… Por que não está numa faculdade mais "digna" da sua fama intelectual… Nunca se perguntaram isso? Espero ter contribuído em informar ao nosso público leitor no Brasil o que todo mundo já sabe lá nos USA. Desejo também que as vítimas, a través de representação legal formal, como tem se sugerido já, entrem em contato com as autoridades universitárias da Tulane para colocar a este sujeito no lugar que merece: fora da academia! Que não merece ser lugar de condutas sexo-doentes como essas que durante 15 anos ele tem desenvolvido. Como tem se escrito já ao respeito no fb: "não se trata de uma questão judiciária ou moral, mas ética e política". A contradição entre acadêmico ativista e ninfômano vulgar é muito grotesca e dever ser tratada, precisamente, no mesmo espaço público virtual que ele tem, infelizmente, ocupado.
ResponderExcluirAlguém consegue me explicar onde está o abuso se tudo que o tal professor fez foi consentido pela mulher? Ela afirmou que estava GOSTANDO DA BRINCADEIRA. Que ela mesma enviava fotos dela pra ele. Porra, se arrependeu do que fez, do mau carátismo que teve com o marido e agora quer pagar de vitima.
ResponderExcluirPra quem tá dizendo que a moça tinha que apenas bloquear o professor, na boa, vocês estão fazendo o que uma cultura inteira já faz: culpando a vítima, ignorando todo o contexto de opressão, submissão e violência nas ações do professor.
ResponderExcluirAo invés de pensar dessa forma, por que vocês não se perguntam por que esse cara não ficou com o pau nas calças ao invés de sair distribuindo selfie de pica por aí?
A cantada de rua, a selfie de pica não autorizada, tudo isso deriva de uma sociedade que enxerga a mulher como algo que não tem desejos nem vontades, que deve girar em volta do pau dos caras. E quem tá defendendo esse professor, até mesmo feministas, é ótimo para ver o quanto de machismo ainda existe até naquelas que lutam pelos direitos das mulheres.
E pra quem também questionou "ain, a Cynthia não respondeu, só existe essa advogada no Brasil?", é, realmente não existe só ela, mas olha que inusitado, a vítima procurou a Cynthia justamente pela atuação dela como feminista e advogada e ela ignorou o pedido da vítima. E depois ainda soltou um textão no Facebook pra defender o brother. Ao invés de falarem isso, procurem enxergar o contexto antes de disparar chorume.
Sei lá, acho que estamos confundindo as coisas.
ResponderExcluirNão houve crime/abuso/violência. Houve desrespeito, sim, e parece que é típico desse professor.
Mas onde que a moça do relato é vítima? Vítima de quê? De uma foto? Você dá trela pra um cretinão e espera... flores? Você trai seu marido online e quer ver foto de bichinho de pelúcia?
"A cantada de rua, a selfie de pica não autorizada, tudo isso deriva de uma sociedade que enxerga a mulher como algo que não tem desejos nem vontades, que deve girar em volta do pau dos caras."
ResponderExcluirDesculpa, filho, mas quem tá vendo a mulher como alguém sem desejos e vontades é você, que tá dizendo que ela não quis nem desejou a relação que manteve por um bom tempo.
Pra me dizer que eu sou fraca, manipulável e não deveria ser exposta ao convívio de homens ~poderosos e persuasivos~ eu já tenho o machismo, não preciso do feminismo pra isso. Obrigada, de nada.
ResponderExcluirUé, cadê os posts de segunda e hoje? Como não vi o twitter, tô por fora...aconteceu algo?
ResponderExcluirO professor é mais um dos bragger que circulam pelas redes sociais e internet.
ResponderExcluirO abuso do nosso professor não foi um crime. Para ser crime tem que ser tipificado no nosso ordenamento jurídico, no caso, no código penal. Abaixo seque a tipificação do Ato obscenos.
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Escrito ou objeto obsceno
Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa., pois ele não o fez em lugar publico.
O ato dele não foi em lugar público e pouco menos teve a finalidade de comércio.
A moralidade é algo referente a um conjunto de princípios e preceitos. Ou seja, moral é um sistema de conteúdos, um determinado “modelo".
Certa fez uma artista plástica japonesa fez um arquivo de sua genitália em 3D e foi presa. Muitos concordaram com a prisão outras disseram que a prisão era arbitrária pois suprimia a "Liberdade de Expressão".Esse exemplo apenas o conceito da relativação do que é imoral, e não é pelo abuso que devemos proibir o uso.
Mas o professor enviou um arquivo sem o pedido expresso ou enviou sem o consentimento. E isso importa? Se fosse um selfie de terno terno e gravata teria causado tanta indignação se conceito de imoral são diferentes.
Vejo nas redes sociais postagens de fotos de corpo bem torneados, em restaurantes caros, de mães orgulhosas de seus filhos, de cabelos após salão, de pista de dança em baladas disputadas, selfies junto com famosos, enfim, um exibicionalismo.
Mas se ele mostrou seu pênis para uma menor de 15 anos? Mesmo assim não é crime. No Brasil é permitido fazer sexo consensual com maiores de 14 anos. Uma uma mulher ou homem fizer sexo com uma pessoa abaixo de 14 é considerado "estupro presumido". Quatorze anos é a chamada idade do concedimento. O novo projeto do Código Penal pretende descer a idade do consentimento para 12 anos. E quem sabe, no futuro, irá para dez anos?
"E quem sabe, no futuro, irá para dez anos?". Mas que NOJO. Meninas de 10 anos sao crianças. Queria desler essa merda.
ResponderExcluirPrezado Sérgio Carneiro, onde nessa postagem o senhor leu que as atitudes do professor eram crime?
ResponderExcluirCaio Borrilo,
ResponderExcluirEla me pareceu com bastante desejo e vontade, e não é nenhuma menina ingênua, é uma mulher adulta,isso não é culpar a vítima, é ver as coisas como são.
Não vi ninguém achando bonita a conduta do professor, falando que ele não é falso, hipócrita, machista...
ResponderExcluirAs mulheres que se envolveram com ele erraram, se arrependeram, se enganaram, mas chamá-las de vítimas, nessas circunstâncias, pra mim é tratar todas nós mulheres como débeis, como imbecis, como fadinhas que nunca erram, são levadas a errar, a pecar.
Gente que se diz demais entendida em direito parece ter sérias dificuldades em entender o teor de um texto. Para o Sérgio Carneiro aí de cima: me aponte em qual lugar do texto da Lola e das denunciantes está escrito que esse escroto do Idelber cometeu um crime. Será que a Lola vai ter que desenhar?
ResponderExcluirO Idelber pode até ganhar um dinheirinho com um processo, mas se ele o fizer, será o atestado definitivo de que tem a bitola do neurônio fundida. Até agora, o Idelber ainda é mais desconhecido do que propriamente uma sumidade, é mais uma sub-celebridade da internet. Uma vez que ele tenha o telhado de vidro tão evidente assim, a coisa só tá esperando a consumação de um apelo judicial para a bosta estourar de vez no ventilador.
Lembro muito bem de uma situação que vi de perto em minha época de faculdade. Colegas bonitos, brancos, com sobrenome pomposo, com seus carrinhos novos emprestados pelo pai costumavam comentar abertamente sobre suas "caçadas" de fins de semana nas casas de shows da periferia da cidade.
ResponderExcluirGabavam-se das "lavadoras de copo", "piniqueiras" e etc que atraíam - geralmente moças da mesma idade ou um pouco menos, pelo que entendi a maioria negra ou parda. Uma vez, um deles comentou que bateu numa delas no caminho para o motel. "Tirei o cinto e espanquei aquela quenga safada dentro do carro".
Para elas, acredito que, num primeiro instante, aqueles rapazes brilhavam como troféus. Depois de transar com elas, as desprezavam e ridicularizavam.
É óbvio que era uma relação consensual, que envolvia prazer para ambos. Mas é indiscutível, também, a assimetria e os componentes perversos em questão.
Se você não enxerga sua parceira sexual como sujeito, isso é o quê? Uso e objetificação. Se há requintes de desigualdade que resvalam para a crueldade, há um problema aí. Infelizmente não é crime ou tabu. Mas é um problema.
Como eu poderia alertar essas moças a quem eles chamavam de "piniqueiras"? Quem consegue deter a mola rígida do machismo?
Bom, o caso do professor é tão distinto assim? Pelo que vejo ele era bem específico em suas investidas. Procurava mulheres que viviam em regiões periféricas, ex-evangélicas, casadas insatisfeitas e menores de idade (eu li os prints, estes são dados que ele forneceu) e SOBRETUDO procurava pessoas suscetíveis ao seu prestígio social. Ele não ia ao chat do UOL caçar. Ia ao blogroll, na tl.
E as investidas não começavam com foto de pinto. Mas com: "seu sorriso é lindo" ou "você tem a biografia mais incrível do tuíter e o álbum mais lindo do facebook" (esta última para uma menina de então 15).
Honestamente, quem aqui pode culpar alguém que se deslumbrou por uma pessoa de uma condição social hierarquicamente superior a sua?
Eu não vejo um problema na moça ter se encantado. Nem veria um problema real se ele tivesse espontaneamente se encantado por uma moça atraente qualquer de sua TL. Não vejo problema real (me julguem) na foto de pau. Nem, menos ainda, que ela, mesmo casada (quem somos nós para compreender o status dessa relação) não tenha recusado. SEXO ENTRE ADULTOS É UMA QUESTÃO PRIVADA.
Mas, o que estamos discutindo não é uma prática sexual, é uma prática de ABUSO DE PODER, de deliberado uso da carteirada celebridadeblogueira-ativista-acadêmica-dasgringas com pessoas ELEITAS para tal. O assédio não aconteceu por acaso, nem por hedonismo apenas. Aconteceu como parte de uma prática calculista e repetitiva que se valida estruturalmente no machismo.
As pessoas insistem em enfatizar que as investidas sexuais não foram rechaçadas com veemência e estão, para tanto, subtraindo disto TODO UM CONTEXTO que é o que de fato pesa nessa questão.
A prática rotineira adotada por ele visa à humilhação. Ele poderia usar um vocabulário machadiano, aliás. É o rebaixamento psicológico o que choca nos relatos. Elas se sentiram mal com isso, os prints são apenas esboços de como elas se viram pela prática dele, não pela relação afetivo-sexual em si.
O que aconteceu não é um fato isolado nem um fetiche, é parte de uma rotina de stalker com métodos e fins bastante nítidos, que usa da boa fé das interlocutoras para conseguir primeiro sexo, depois rebaixamento da parceira e humilhação.
Enquanto vivermos num mundo em que se tenta subtrair o machismo de relações que SÓ acontecem porque ele existe, fica difícil...
Teve gente acima que escreveu o seguinte, totalmente errada ou equivocada sobre o tratamento legal da pedofilia no Brasil:
ResponderExcluir"Ano das 23:39, você fala com uma certeza. Mas está totalmente enganado.
Não é pedofilia. Não existe crime de pedofilia.
A lei não trata nada como pedofilia, porque não existe pedofilia na lei. Não existe nenhum crime na lei denominado "pedofilia".
Não existe nenhuma definição legal para a palavra "pedofilia".
(...)"
Isso mostra uma profunda ignorância sobre o tratamento legal e jurídico no Brasil da pedofilia. O argumento é frágil: como o ECA, nos arts. 240 e 241-E não cita expressamente a palavra "pedofilia", a pessoa que escreveu essas palavras afirma que não existe o crime de pedofilia no Brasil, na legislação brasileira. Durma-se com um barulho desses. A própria leitura da introdução da Lei Federal nº 11.829/2008 já é suficiente para refutar essa bobagem, pois ela cita expressamente a palavra "pedofilia", especificando que se tratam de condutas relacionadas à pedofilia.
Qualquer pessoa que um dia tenha estudado o mínimo sobre o ECA e sobre a introdução do assunto pornografia infantil ou adolescente na legislação brasileira, o que não se ensina em sala de aula de psicologia ou áreas correlatas, só frisando, sabe que aqueles artigos do ECA tratam do universo da pedofilia.
Os comportamentos ou condutas ali descritos são típicos dos que são praticados por pedófilos. O Brasil encampou inclusive uma visão internacional sobre o assunto. Nada a ver com programa de televisão brasileiro. Ninguém em sã consciência colocaria isso em dúvida. Bem, pelo menos eu achava que não, até ler as linhas acima, completamente equivocadas na forma com que enxerga o assunto.
Basta ler os dispositivos da lei que alterou o ECA para perceber que os agentes dos crimes são notoriamente pedófilos ou se relacionam com desejos, valores típicos de pedófilos. Portanto, queles dispositivos do ECA são o tratamento previsto na legislação brasileira dispensado à pedofilia, sendo inócua qualquer diferenciação entre a pornografia infantil ou adolescente para fins de tipificação penal. Os crimes e as penas são exatamente os mesmos.
Reitero, se alguém salva uma foto pornográfica no HD do computador, como isso é definido pelo ECA em seu art. 241-E, de crianças ou adolescentes, ele comete uma das modalidades de crimes de pedofilia positivados no ordenamento jurídico brasileiro, mais especificamente no art. 241-B do ECA. Essa é a única verdade, irrefutável, pois é texto expresso de lei. Se Idelber Avelar fez isso com adolescentes, pelo menos a partir de 26/11/2008, data da entrada em vigor da Lei Federal nº 11.829, Lei que alterou o ECA para aprimorar o combate à produção, venda e distribuição de pornografia infantil, bem como criminalizar a aquisição e a posse de tal material e outras condutas relacionadas à pedofilia na internet (vejam só, isso está dito expressamente na introdução da Lei em questão, que explica do que ela trata), ele cometeu o crime previsto no art. 241-B e pode ser punido por isso, caso isso reste comprovado em eventual investigação. O resto é ginástica retórica que não tem respaldo nenhum na lei e nos textos doutrinários sobre a matéria.
Quem for preso fazendo isso será tratado como pedófilo, como muitos já foram, porque é isso que eles são para a legislação brasileira. Os psicólogos ou psiquiatras, ou quaisquer outros profissionais, podem discordar disso, em seu preciosismo técnico-científico. Mas aí não influenciará em nada na aplicação da pena e na condenação da pessoa envolvida.
Deixo aqui um link onde tudo isso o que eu falo é melhor explicado: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12794&revista_caderno=12
Link para a Lei Federal 11.829/2008, que alterou o ECA: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2
Talvez depois de ler esses textos, alguém tenha um pouco mais de humildade e não fale bobagem na Internet, desinformando os outros.
"Lola, não é contraditório a pessoa do 4o relato dizer: "Estava muito incomodada, mas imaginei que se eu desse um não rotundo ele ia parar. E também estava realmente considerando estudar no EUA, ele poderia ser um contato importante"."
ResponderExcluirNão é contraditório. Uma relação de assédio sexual é uma relação de poder, e obviamente esta é a tônica desta polêmica toda: alguém com intenção de carreira na área não se sentiria confortável desafiando alguém na posição do Idelber.
Aliás, esta é a tônica das relações de assédio sexual, e foi este um dos argumentos usados pelos senadores Republicanos para desacreditar o testemunho de Anita Hill contra Clarence Thomas em 1991.
André, talvez eu seja radical na minha militância, mas acho que o corte deveria ter sido feito, se o cara fez desse teor sexual uma condicionante de qualuqer comunicação. É tolerar o intolerável, e sim, havia um interesse por algo que não era essencial à vida. Ele a abordou de maneira terrível, mas ela poderia muito bem ter cortado, ela deu continuidade. E eu acho incoerente, acho até uma ofensa à muitxs companheirxs fortes e firmes em seus ativismos, como se elxs fossem algo heroico e sublime demais. Será que a Lola cairia nessa onda de abuso? E nem dá para falar que a Lola é acadêmica, tem base teórica, etc., porque a autora do relato também era acadêmica, com privilégio de classe, igualzinha.
ExcluirEsse argumento que reduz a autonomia da vítima também poderia ser usado em favor do próprio cara, porque afinal ele foi educado em uma sociedade machista, não quis ofender, foi produto de uma cultura anterior e imperativa... Pau que bate em Chico bate em Francisco, não?
Por isso não uso esse argumento em defesa de nenhum dxs envolvidxs. Repito: ela não precisava do emprego, não estava em situação de vulnerabilidade e risco social, sob efeito de entorpecentes, etc. Ela tinha alicerces para ter enfrentado, mas prosseguiu.
Talvez seja radicalismo, mas isso para mim é fraqueza na militância. E militar é um desafio diário. É a mesma coisa que abolicionista penal ser assaltadx e querer que o sistema punitivo castigue autor/autora do crime. É falta de coerência.
Também não entendo a dificuldade, ser vítima não significa ser incapaz, inválida, fraca e irracional. Se assim fosse, a maioria das mulheres se encaixaria nesses aspectos (pelo número de vítimas de abusos). Por ela(s) ser vítima ninguém disse que ela(s) perdeu a agência sobre si mesma, que foi 100% manipulada e coagida, mas considerar que existimos no vácuo e não existem pressões machistas sobre nossa ações me parece descabido.
ResponderExcluirE quanto a foto indesejada (se não prestaram atenção, ela recebeu a foto antes da história ficar mais íntima), quantos relatos parecidos com a descrição do nojo, da culpa, da falta de ação vocês querem? Pq eu já tive mais do que suficiente, inclusive a minha própria história. E dizer q por ser virtual não tem esse peso invasivo é ultrajante, difícil acreditar que mulheres disseram isso.
Acho que "Vá abusar das relações de poder com suas alunas!" não foi muito feliz.
ResponderExcluirOk, então quem acha que não há vítimas no acontecido acredita que não há nenhuma assimetria significativa entre os personagens. Confere?
ResponderExcluirAssimetrias há. Mas ninguém ali estava em situação de vulnerabilidade ou subalternidade em relação a/o outrx. Havia condições de empoderamento, eram todxs intelectuais da esquerda, professor e assediadas. Isso não é pouca coisa. Isso é subestimar um dos lados.
ExcluirDa mesma forma, se mãe/pai de esquerda cria filhxs no binarismo, com azul/rosa e boneca/bola, é erro feio de militância. É desconsideração com muita gente lutando firme e forte.
Subalterna é a mulher preta dando à luz algemada, sobre a qual nenhuma dessas defensoras de internet das ditas vítimas do professor jamais falou. É muito classismo e branquitude em alguma militância, que só vê opressão quando se identifica com a vítima...
Mensagem para as vítimas: Pensar em traduzir os depoimentos ao inglês, de forma de a denúncia ter impacto nos USA. Achei já o primeiro comentário estadounidense falando sobre a possibilidade de ele peder titularidade ou "tenure". Esse é o link: http://boards.4chan.org/pol/thread/39489206
ResponderExcluirVOU COLOCAR EM CAIXA ALTA PORQUE, ESTRANHAMENTE, O MAIS IMPORTANTE DOS COMENTÁRIOS A ESTE POST TERRÍVEL PARECE QUE PASSOU BATIDO. LOLA, É COISA DE VC DAR DESTAQUE NO TEXTO. LÁ VAI:
ResponderExcluir"Anônimo disse...
Conheci bem e pessoalmente o professor na Tulane onde fiz pós faz quase dez anos. ANEDOTA 1 (grave): Numa certa época, ele tinha uma relação "séria" com uma musicóloga colombiana de origem porto-riquenha. Um dia qualquer falei com os dois sobre cinema. Dias depois, quando a "namorada" não estava em NOLA (Nova Orleans, Louisiana), vi ele assediando uma professora novinha de um outro departamento de línguas, não lembro qual. Nesse dia, quando ele andava caminhando junto à garota no corredor do Newcomb (prédio onde estão os deptos. de línguas), ele me percebeu. Então, depois que ele se afastou da professora, eu estando do outro lado do corredor, ele continuou caminhando no canto direito do corredor de maneira que eu não pudesse ver ele; ou seja, estava se escondendo de mim que sabia da relação "séria" dele. Não acho essa conduta produto de uma "relação aberta". Esse papo é blábláblá. Para mim, pela expressão facial da jovem professora que vi enquanto caminhava junto a ele, era claro que ela se sentia constrangida e assediada pelo professor. Não importa o que aconteceu depois, a questão é o modus operandi. Na época não falei disso para ninguém. Conto isso agora em solidariedade com as vítimas que tiveram o valor de denunciá-lo através do mesmo meio utilizado pelo professor para assediá-las. Parabens! Não ao maltrato de mulheres! ANEDOTA 2 (muito grave): o professor foi expulso de um trabalho como professor assistente na Universidade de Illinois Urbana-Champaign por um caso de assédio/agressão sexual contra uma estudante de graduação (ou "undergraduate") entre os anos 1998 e 1999. Não tenho certeza se foi consensual, mas nos USA, na academia americana, mesmo o sendo, isso, professor ou instrutor (TA) assediando uma "undergrad", não é formal e legalmente permitido, é punido e é muito mal visto (e eu não sempre concordo com a visão americana). Depois de um antecedente como esse, você simplesmente não consegue mais trabalhar na academia nos USA. Como é que ele conseguiu trabalho depois disso, então? Porque seu amigo, o prof. Christopher Dunn, conhecido "brasileirista" que escreveu um livro sobre o tropicalismo, arrumou uma vaga para ele na Tulane. Ouvi o professor em questão muitas vezes xingar Tulane, dizer que era um lugar medíocre, que ia ir embora daí. Por que nunca cumpriu essa promessa? Porque pelo processo de assédio/agressão sexual na Univ. Illinois Urbana-Champaign ele sabe bem que nunca vai arrumar emprego em nenhuma faculdade em território americano. Perguntem para ele por que segue na Tulane… Por que não está numa faculdade mais "digna" da sua fama intelectual… Nunca se perguntaram isso? Espero ter contribuído em informar ao nosso público leitor no Brasil o que todo mundo já sabe lá nos USA. Desejo também que as vítimas, a través de representação legal formal, como tem se sugerido já, entrem em contato com as autoridades universitárias da Tulane para colocar a este sujeito no lugar que merece: fora da academia! Que não merece ser lugar de condutas sexo-doentes como essas que durante 15 anos ele tem desenvolvido. Como tem se escrito já ao respeito no fb: "não se trata de uma questão judiciária ou moral, mas ética e política". A contradição entre acadêmico ativista e ninfômano vulgar é muito grotesca e dever ser tratada, precisamente, no mesmo espaço público virtual que ele tem, infelizmente, ocupado. "
O pior é que quando um intequitual desses perde o emprego _ que é o que vai acontecer_ não presta para mais nada na vida. E perdeu uma mamata de uma boa vida em uma faculdade americana_ que o cretino ainda repudiava. Para seu bem, tomara que nele desperte o talento para auxiliar de pedreiro.
ResponderExcluirSério, André, tá parecendo uma feminista radical com essa história de assimetria. Leva esse raciocínio adiante que já já você chega na conclusão que toda relação heterossexual é estupro.
ResponderExcluirSó espero que a pessoa não seja TERF... Porque tem feminista defensora das vítimas citando Sheilla Jeffreys no twitter, um absurdo. Se o professor tivesse assediado uma mulher trans* não seria assédio, então, por ser um "homem mutilado"? Disgusting.
ExcluirLola, Isso vai muito além de machismo... Ao "biscoito Fino" não basta agredir...humilhar as mulheres... Ele tem de fazer o mesmo com os homens...com os Cornos...com os chupadores da porra alheia...( irônico e que, de acordo com o que foi dito por uma das mulheres, o casamento dele é "aberto" por este motivo acredito que ele tb seja um chupador por tabela...ah! Não!!! Nada disso!!! na verdade ele é "liberal"..."moderninho" kkk). Não cabe aí um desrespeito patológico as pessoas? Toda a Libido é canalizada para machucar os outros independente do sexo...
ResponderExcluirolá! alguém sabe dizer porque um dos relatos foi apagado do tumblr?
ResponderExcluirOk, então quem acha que não há vítimas no acontecido acredita que não há nenhuma assimetria significativa entre os personagens
ResponderExcluirAcho que essa grande "reação" se relaciona à tal mulher casada, que não é vítima porcaria nenhuma.
Já uma menina de 15 anos, por exemplo, é uma vítima, sim.
É decepcionante ver gente usando o ~feminismo~ e o "não vamos culpar as mulheres" como se todas fossemos imbecis precisando que passem as mãos nas nossas cabeças...
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluir" Jura mesmo que acabar com a reputação de um ser humano qualquer por conta de suas preferências sexuais é algo louvável?"
30 de novembro de 2014 23:12
Idiota. Sempre não acabam com a reputação das mulheres simplesmente por fazerem sexo???
Vá enfiar um vibrador no cú.
E quanto a foto indesejada (se não prestaram atenção, ela recebeu a foto antes da história ficar mais íntima)
ResponderExcluirPois é, e ainda assim continuou investindo... que coitadinha!
Queridos defensores das vítimas,
ResponderExcluirEu sobrevivo a uma foto de um órgão íntimo de um cara, especialmente se estiver considerando ter um caso extraconjugal com ele.
Bjos de uma mulher
Mandar foto de pau não solicitada e dar em cima de menor é errado. Ponto.
ResponderExcluirAgora, fetiches são ok. Como diz a galera que briga pelos direitos do BDSM nos EUA: 'your kink is OK, it's just not my kink'. Desde que praticados entre adultos consensuais, não há nada de errado.
Isso quer dizer duas coisas: acorda-se antes o que rola e o que não rola. E quando eu disser para parar é para parar. Se não parar, é abuso.
No fundo, queremos (nós, não-baunilhas) que nossas práticas sejam julgadas da mesma forma que dos baunilhas. Só isso. Afinal, não é assim também? Se as pessoas não estão de acordo e se não para quando alguém diz para parar, é abuso. Estupro.
Para quem acha que briga pelos direitos BDSM é bobagem e não se compara à luta LGBT, um link: http://www.newstatesman.com/politics/2014/12/government-finally-ready-legalise-bdsm
Eu estou achando estranho tanta gente colocando o professor como vítima desse caso e se tem alguém se fazendo de vítima são os admiradores dele. Se fosse uma mulher, professora, blogueira famosa metida nisso a conversa dos defensores do prof. seria totalmente outra... e duvido que iam deixar de publicar as fotos onde ela tivesse se exposto mais...
ResponderExcluirNão acho que estão colocando o professor como vítima, mas relativizando o vitimismo de ambos os lados.
ExcluirObrigada.
ResponderExcluirEu posso oferecer aconselhamento jurídico. Sou policial civil aposentado e Bacharel em Direito. Assessoria depende de um escritório de advocacia, que teria de ser escolhido pela pessoa interessada. Ofereço meu perfil do twitter para responder a quaisquer questões legais que se fizerem necessárias: @inspetorlima.
ResponderExcluirPrefiro que esse comentário não seja publicado, para evitar polemicas se vc e suas leitoras decidirem se valer da minha oferta. Estou oferecendo essa ajuda em razão de ter ficado extremamente incomodado pelas práticas do indivíduo em questão. Tenho filhas jovens e sei como me sentiria se elas fossem vítimas desse tipo de canalha.