Nossa, só você foi criada pra ser mulher! Você é única neste mundo vaginante
Não sei se está exatamente na moda, mas nos últimos dias tem se falado bastante de mulheres contra o feminismo. Não que isso seja novidade: sempre existiram mulheres anti-feministas.
Assim como existem várias páginas de "Preciso do feminismo porque...", também existem muitas do tipo "Não preciso do feminismo porque...", ou "Não sou feminista", ou "Damas contra o feminismo" (juro!). Algumas delas devem até ter sido criadas por mulheres de verdade (ou seja, não por homens machistas exercitando seu passatempo favorito de fingir que são mulheres na internet). Recentemente um novo tumblr chamou a atenção. Só não dá pra entender muito bem por que há tantas mulheres polonesas com cartazes. Deve ser uma campanha local, sei lá.
Algumas das frases escritas nos cartazes "Não preciso de feminismo..."
Porque amo homens, porque ser elogiada na rua não é opressão, porque feminismo demoniza a família tradicional, porque não existe patriarcado, porque preciso que meu marido abra potes pra mim, porque homens e mulheres já são iguais, porque homens e mulheres não são iguais, porque suas vaginas não podem silenciar a minha voz [falo por mim, mas acho que tenho usos melhores pra minha vagina], porque quero continuar cuidando da casa e dos filhos, porque a diferença salarial é uma escolha das mulheres, porque eu amo homens masculinos como Christian Grey (do 50 Tons de Cinza), porque não quero que minhas filhas cresçam em volta de feministas vadias, porque muitas delas são veganas marxistas socialistas. E por aí vai.
Quer dizer... Por onde começar? É pra responder todas? Ainda que quase todas estejam calcadas em cima de clichês sobre feminismo? Eu não me canso de repetir: feminismo tem a ver com escolhas. Eu, pessoalmente, feminista desde criancinha, não costumo criticar escolhas pessoais. Eu critico sistemas. Não trabalhar fora, se maquiar, usar salto alto, casar virgem -- tudo isso são escolhas (e quem pode fazer escolhas é privilegiadx, porque significa que a pessoa tem opções). Não são escolhas necessariamente feministas (nem machistas, nem anti-feministas, nem nada), mas são escolhas. E devem ser respeitadas. O que não quer dizer que não se pode falar sobre essas escolhas num plano macro (não individual).
Cerca de 31% das mulheres no Brasil e nos EUA se assumem feministas, o que considero um número bem alto. No começo dos anos 80, nos EUA, antes do backlash (da reação conservadora contra os movimentos sociais), esse número chegava a incríveis 80%. A pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostra que 94% das mulheres (e 90% dos homens!) acha que existe machismo no Brasil. Metade das brasileiras, considerando-se ou não feminista, tem visão positiva do feminismo. Só uma em cinco tem visão negativa.
Tem gente que acha 31% de mulheres feministas pouco. Bom, na pesquisa de 2001 eram 21% das brasileiras que se assumiam feministas. O número aumentou de 21% para 31% em uma década.
É absurdo pensar que toda mulher é feminista. Não é, nunca foi. Afinal, mulheres são criadas neste mesmo mundo preconceituoso. Mulheres aprendem valores machistas. Mulheres entendem, desde muito cedo, que não devem querer as mesmas coisas que os homens, e que as coisas que os homens querem são muito mais importantes.
Tem gente que acha 31% de mulheres feministas pouco. Bom, na pesquisa de 2001 eram 21% das brasileiras que se assumiam feministas. O número aumentou de 21% para 31% em uma década.
É absurdo pensar que toda mulher é feminista. Não é, nunca foi. Afinal, mulheres são criadas neste mesmo mundo preconceituoso. Mulheres aprendem valores machistas. Mulheres entendem, desde muito cedo, que não devem querer as mesmas coisas que os homens, e que as coisas que os homens querem são muito mais importantes.
O feminismo é um movimento (ou melhor, vários) que luta para mudar o status quo. É óbvio ululante que muita, muita gente que não quer mudanças não aceita que tentem mudar o mundo em que vivem. Essas pessoas conservadoras estão desesperadas. São aquelas do "mundo está perdido", "ninguém presta", "antes é que era bom", porque elas percebem que a sociedade mudou muito nessas últimas décadas e continuará mudando.
Ao mesmo tempo, é muito pouca gente que realmente se opõe ao feminismo. Sei que é difícil de acreditar, porque parece existir uma legião de caras nas redes sociais que têm como missão xingar o máximo de feministas todos os dias. Sei que é difícil de acreditar se lermos os comentaristas de grandes portais, ou se ouvirmos aqueles humoristas tão populares. Mas há mais gente que se assume feminista do que gente que se assume anti-feminista. E tem um montão de mulheres no meio, mulheres que nunca nem pensaram no assunto (18% das entrevistadas na pesquisa responderam que não sabem se são ou não feministas).
Na quinta-feira, a revista americana Time validou a "moda" de mulheres contra o feminismo com um artigo dizendo que alguns cartazes têm pontos relevantes, como afirmar que certas partes do feminismo reduzem todas as mulheres a vítimas e todos os homens a predadores. Eu odeio termos como "vitimização" e "vitimista", porque eles implicam que pessoas que de fato foram vítimas devem ficar caladas. "Vitimização", pra mim, é alguém "se fazer de vítima" por algo que não aconteceu ou que não tem importância. E não sei como estupro e violência doméstica entrariam nessas categorias.
Para a Time, um "argumento poderoso" das anti-feministas é que o patriarcado não existe. Afinal, um patriarcado que permite (a autora realmente usa essa palavra, sem se dar conta da ironia e da contradição) que as mulheres votem, trabalhem, cursem faculdade, se divorciem, se candidatem a cargos públicos, e sejam donas de empresas, não pode ser considerado um patriarcado.
Ahn, sério?! Primeiro que não foi assim que aconteceu: um grupo de homens se reuniu e decidiu que, opa, tava na hora de deixar as mulheres terem esses direitinhos aí. Muitas mulheres -- mulheres que essas anti-feministas ignoram ou desprezam -- lutaram para que todas nós usufruíssemos dessas conquistas. Não foi um progresso natural da humanidade, sabe? Eleanor Roosevelt, primeira-dama americana entre 1933 e 45, já dizia: "Os homens precisam ser lembrados que as mulheres existem".
Segundo que falta muito para alcançarmos a igualdade, que é o que o feminismo quer. Mulheres ainda ganham quase 30% a menos que homens, em média. Se continuarmos no ritmo lento que estamos, vai levar 75 anos para que os salários entre os sexos se igualem. Só 10% dos países num mundo com 50% de mulheres são governados por mulheres. No parlamento, as mulheres são em média apenas 22% dos representantes (no Brasil, 8,6%).
Nas universidades sim, as mulheres entraram com tudo. Mas ainda há mais professores universitários que professoras, e, claro, eles ganham mais (bem mais: nas mais conceituadas universidades americanas, um professor homem ganha em média 40 mil dólares a mais por ano que sua colega professora). E as docentes não estão em cargos de chefia. Só 10% dos reitores brasileiros são mulheres.
E terceiro: mesmo que, graças ao feminismo que as anti-feministas condenam, tenhamos conquistado muita coisa, é preciso lutar para essas conquistas não sejam tiradas da gente, para que não haja retrocessos. Há um projeto tramitando na Câmara contra a lei do divórcio, lei conquistada, com muito esforço feminista, apenas em 1977. E em toda eleição alguém (como esta notória anti-feminista americana) diz que o voto feminino deveria ser revogado, porque não foi uma boa ideia.
O que as anti-feministas têm em comum, além do desprezo por feministas? Elas são em sua grande maioria mulheres conservadoras. É só ver as anti-feministas famosas, como Ann Coulter, Phyllis Schlafly, Esther Vilar (ok, não existem muitas anti-feministas famosas) -- todas conservadoras. Você acha que as "musas olavettes" (mulheres fãs do reaça-mór Olavo de Carvalho que têm uma página não muito movimentada no Facebook) são feministas ou anti-feministas?
Mulheres anti-feministas são mais que conservadoras -- são reacionárias. Querem voltar aos anos 1950, quando, segundo elas, os homens respeitavam as mulheres (decerto não existia estupro naquela época), eram cavalheiros, as mulheres (ricas e de classe média) podiam ficar em casa cuidando dos filhos, em vez de (argh!) trabalhar fora, e todo mundo se casava virgem (decerto não existia prostituição) e vivia feliz para sempre, sem essas libertinagens como os adultérios de hoje em dia (decerto não existia traição).
E tudo isso, todo esse reino encantado com cercas brancas, foi destruído pelas malditas feministas! (eu adoraria que o feminismo ficasse com todo o crédito, mas a verdade é que os governos de direita que essas conservadoras apoiavam e apoiam causaram um arrocho salarial tão potente que tornou-se inviável para uma família de classe média se manter com apenas um salário).
E as anti-feministas também detestam com todas as forças a ideia do aborto. Para elas, foram as feministas que inventaram o aborto, que obviamente não existia antes da década de 60, e que hoje é realizado apenas por feministas (o perfil das mulheres que abortam no Brasil -- casada, com filhos, religiosa -- não parece ser o estereótipo da feminista; nos EUA, seis em cada dez mulheres que abortam já são mães, mas claro que devem ser todas mães feministas).
São argumentos tão absurdos que quase se equivalem aos argumentos de anti-feministas mais profissionais -- os masculinistas, vulgo mascus.
Muitos mascus, óbvio, estão festejando que as mulheres "acordaram" pra maldição demoníaca que o feminismo representa pra humanidade. Infelizmente, como mascus são acima de tudo misóginos, eles olham com certa desconfiança para o esforço das anti-feministas:
Não é lindo você, mulher anti-feminista, se aliar à fina flor dos homens que odeiam mulheres?
Na quinta-feira, a revista americana Time validou a "moda" de mulheres contra o feminismo com um artigo dizendo que alguns cartazes têm pontos relevantes, como afirmar que certas partes do feminismo reduzem todas as mulheres a vítimas e todos os homens a predadores. Eu odeio termos como "vitimização" e "vitimista", porque eles implicam que pessoas que de fato foram vítimas devem ficar caladas. "Vitimização", pra mim, é alguém "se fazer de vítima" por algo que não aconteceu ou que não tem importância. E não sei como estupro e violência doméstica entrariam nessas categorias.
Para a Time, um "argumento poderoso" das anti-feministas é que o patriarcado não existe. Afinal, um patriarcado que permite (a autora realmente usa essa palavra, sem se dar conta da ironia e da contradição) que as mulheres votem, trabalhem, cursem faculdade, se divorciem, se candidatem a cargos públicos, e sejam donas de empresas, não pode ser considerado um patriarcado.
Ahn, sério?! Primeiro que não foi assim que aconteceu: um grupo de homens se reuniu e decidiu que, opa, tava na hora de deixar as mulheres terem esses direitinhos aí. Muitas mulheres -- mulheres que essas anti-feministas ignoram ou desprezam -- lutaram para que todas nós usufruíssemos dessas conquistas. Não foi um progresso natural da humanidade, sabe? Eleanor Roosevelt, primeira-dama americana entre 1933 e 45, já dizia: "Os homens precisam ser lembrados que as mulheres existem".
Nas universidades sim, as mulheres entraram com tudo. Mas ainda há mais professores universitários que professoras, e, claro, eles ganham mais (bem mais: nas mais conceituadas universidades americanas, um professor homem ganha em média 40 mil dólares a mais por ano que sua colega professora). E as docentes não estão em cargos de chefia. Só 10% dos reitores brasileiros são mulheres.
E terceiro: mesmo que, graças ao feminismo que as anti-feministas condenam, tenhamos conquistado muita coisa, é preciso lutar para essas conquistas não sejam tiradas da gente, para que não haja retrocessos. Há um projeto tramitando na Câmara contra a lei do divórcio, lei conquistada, com muito esforço feminista, apenas em 1977. E em toda eleição alguém (como esta notória anti-feminista americana) diz que o voto feminino deveria ser revogado, porque não foi uma boa ideia.
O que as anti-feministas têm em comum, além do desprezo por feministas? Elas são em sua grande maioria mulheres conservadoras. É só ver as anti-feministas famosas, como Ann Coulter, Phyllis Schlafly, Esther Vilar (ok, não existem muitas anti-feministas famosas) -- todas conservadoras. Você acha que as "musas olavettes" (mulheres fãs do reaça-mór Olavo de Carvalho que têm uma página não muito movimentada no Facebook) são feministas ou anti-feministas?
Mulheres anti-feministas são mais que conservadoras -- são reacionárias. Querem voltar aos anos 1950, quando, segundo elas, os homens respeitavam as mulheres (decerto não existia estupro naquela época), eram cavalheiros, as mulheres (ricas e de classe média) podiam ficar em casa cuidando dos filhos, em vez de (argh!) trabalhar fora, e todo mundo se casava virgem (decerto não existia prostituição) e vivia feliz para sempre, sem essas libertinagens como os adultérios de hoje em dia (decerto não existia traição).
E tudo isso, todo esse reino encantado com cercas brancas, foi destruído pelas malditas feministas! (eu adoraria que o feminismo ficasse com todo o crédito, mas a verdade é que os governos de direita que essas conservadoras apoiavam e apoiam causaram um arrocho salarial tão potente que tornou-se inviável para uma família de classe média se manter com apenas um salário).
E as anti-feministas também detestam com todas as forças a ideia do aborto. Para elas, foram as feministas que inventaram o aborto, que obviamente não existia antes da década de 60, e que hoje é realizado apenas por feministas (o perfil das mulheres que abortam no Brasil -- casada, com filhos, religiosa -- não parece ser o estereótipo da feminista; nos EUA, seis em cada dez mulheres que abortam já são mães, mas claro que devem ser todas mães feministas).
São argumentos tão absurdos que quase se equivalem aos argumentos de anti-feministas mais profissionais -- os masculinistas, vulgo mascus.
Mascu adverte sobre o que acontecerá se mulheres continuarem sendo feministas (clique para ampliar) |
Mascu aplaude as anti-feministas: continuem segurando plaquinhas! |
Não é lindo você, mulher anti-feminista, se aliar à fina flor dos homens que odeiam mulheres?
Uma excelente e divertida resposta às mulheres anti-feministas foi um tumblr criado faz poucos dias, o "Gatos Confusos contra o Feminismo". Alguém poderia fazer algo parecido aqui no Brasil, né? (fica a dica).
Os cartazes de gatos posando com dizeres anti-feministas incluem:
"Não preciso do feminismo porque sou pela opressão de todos os seres humanos", "Não preciso do feminismo porque preciso de atum. Onde está o atum? Eu pedi atum", ou "Eu me oponho ao feminismo porque eu amo caixas e todo mundo sabe que feministas odeiam caixas". São respostas tão eficientes que o tumblr já está fazendo sucesso na grande mídia.
E olha que gatos, ao contrário de mulheres, têm sim bons motivos pra serem anti-feministas. Afinal, todos os gatos vivem, segundo a lenda machista, com feministas sozinhas e amarguradas que só têm esses gatos como companhia. E óbvio que feministas não tratam bem seus bichanos (ainda mais os gatos machos).
Os cartazes de gatos posando com dizeres anti-feministas incluem:
"Não preciso do feminismo porque sou pela opressão de todos os seres humanos", "Não preciso do feminismo porque preciso de atum. Onde está o atum? Eu pedi atum", ou "Eu me oponho ao feminismo porque eu amo caixas e todo mundo sabe que feministas odeiam caixas". São respostas tão eficientes que o tumblr já está fazendo sucesso na grande mídia.
E olha que gatos, ao contrário de mulheres, têm sim bons motivos pra serem anti-feministas. Afinal, todos os gatos vivem, segundo a lenda machista, com feministas sozinhas e amarguradas que só têm esses gatos como companhia. E óbvio que feministas não tratam bem seus bichanos (ainda mais os gatos machos).
221 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 201 – 221 de 221Resumindo, a liberdade sexual é responsável por todos os males do mundo. Vai ver foi um plano secreto arquitetado por psicólogos e editores de auto ajuda.
Ok. A vida de sua avó foi admirável e ela devia realmente gostar de como as coisas aconteciam.
Agora, já parou para pensar como teria sido caso ela, após todos os afazeres domésticos, fosse espancada pelo marido todos os dias? Já parou para pensar como teria sido caso ela não gostasse de cuidar da casa e da comida e fosse impedida de estudar e trabalhar? E se em algum momento o marido dela faltasse e ela fosse impelida a trabalhar ganhando um salário baixo? E se ela tivesse sido estuprada?
A vida de sua avó foi a vida de UMA mulher. Existem milhares que não tiveram ou têm a mesma sorte.
DEUS É HOMEM, SUAS HEREGES! FEMINISMO É COISA DO DEMO!
Satanás é uma mulher feminista?
olha,com toda franqueza...se continuarmos com essa história( ou é estória?? afee >.<) de "escolha" não vamos a lugar nenhum...cade aquela de "o pessoal é político"? A escolha de algumas afetam TODAS NÓS!
clarice
Lola, tive o desprazer de acessar uma comunidade de "mulheres contra o feminismo" e fiquei muito chocada com a deturpação de ideias e agressividade. Acho que as organizações feministas deveriam tentar responder a estes insultos, pois crescem a cada dia e são discursos que favorecem ao ódio e a repulsa às feministas, e o que é mais bizarro e revoltante...são feitos por mulheres! E as organizações feministas não fazem nada! Ignoram!Como um fenômeno perigoso deste pode ser ignorado????
São nessas horas que me pergunto se nós realmente merecemos defesa...ou se muitas de nós merece que tenha tanta gente batalhando por aí....será que não está na hora de todos nós sentramos e discutir seriamente esse assunto? por que não podemos escolher ojerizar essas mulheres? por que não podemos escolher fechar os olhos quando são vítimas de violência machista?? eu por mim,me recuso a ter empatia por uma mulher dessas!
E esse lance de escolha...se for assim,o homem tem o direito de fazer o que quer conosco,a luta contra o machismo não faz o menor sentido,assim como nenhuma outra luta,já que tudo é "ponto de vista",como se não existissem vítimas no meio.
Que discussão idiota. Elas só disseram que são contra o feminismo, e logo foram taxadas de reaças, burras, e etc. Como se elas não tivessem o direito de expor sua própria opiniao. .. ou será que vocês acham que a de vocês é a unicá que presta e quem discordar é idiota? Dá um tempo! Porque não falam mal daquelas garotas do Femen que depredam coisas, agridem pessoas e etc? Será que concordam com elas? Acredito que é desse feminismo que as moças nas fotos dizem que não precisam.
Eu era feminista até que comecei a ver muita incoerência no movimento, contra objetificacao da mulher mas consideram valesca popozuda exemplo, pressão para que vc transe com "cem homens em um ano" (só uma piadinha...), o homem sempre é o culpado de tudo, etc,
Bom, trabalho e estou fazendo minha 3a faculdade, tenho mestrado, moro sozinha, não me depilo as partes púbicas (porque acho esteticamente feio estar sem pelos parece uma menininha de 10 anos), geralmente estou sem maquiagem (porque sim), pago Minhas contas.... e não acho que esse feminismo marxista sem noção me represente. O engraçado que muitas colegas minhas que se depilam porque o marido pede, usam maquiagem até pra comprar alface, usam salto alto vivem gritando pelo feminismo,
Oras que tal agir e viver como uma mulher independente ? Eu não preciso gritar por socorro PRAS feministas, eu já vivo de maneira independente de acordo com os meus valores.
Ah e sim, sou capitalista porque graças a ele tenho meu negócio próprio. O comunismo o ESTADO é insustentável, quem não entende nada de economia é comunista.
Abraços
Quem sao voces para dizer oque eu tenho que querer, ser, pensar? Voces nao sao absolutamente nada na vida de nós anti feministas, nao precisamos do movimento doentio de voces, nem de que voces venham nos ensinar a ser mulherzinha, ensinar a nos vestir a odiar a vaidade, odiar os homens, odiar o mundo e a propria sombra, nao precisamos de voces para nos controlar, voces enchem a boca pra dizer que nós somos guiadas pelo machismo e aprendemos a ser assim mas pera ai voces querem nos ensinar e colocar os seus padrões doentios em nós? Calma ai gata se somos livres entao somos livres tambem pra mandar esse movimento se foder!!! Eu nao preciso disso, e nao me venha falar que somos ingratas porque o feminismo nos deu direitos pois isso é uma falacia que voces propagam como algo irrefutavel, quase um dogma religioso, isso engana meia duzia de mulheres feridas que estao vuneraveis e voces se aproveitam disso para trazer elas pro movimento de voces, eu tenho é vergonha disso!!! Vergonha de mais!!!
Presente? Qual o voto que foi um homem que deu? Kkkkkkkkkkk bjooo
Parte 01
Eu também fico passada quando vejo essas imagens... Custo a acreditar, o que me faz procurar a ironia na frase… Vai que a moça ta contando uma piada que eu não entendi direito... Quando vejo que ta falando sério me bate aquela vergonha alheia.
Ultimamente tenho me deparado também com uns discursos bem absurdos entre muitas mulheres que se auto-proclamam feministas. Entendo que todas nós somos humanas, erramos, tropeçamos na nossa busca por liberdade e igualdade, mas ainda assim, tem uns discursos que me irritam e que na minha opinião só servem pra causar mais confusão. Exemplo:
Muitas mulheres e até alguns homens vem questionando a obsessão pela beleza imposta pelo patriarcado como "mulher tem que estar sempre depilada, ser magra, estar assim ou daquele jeito". Isso já rendeu muitos textos/manifestos por aí e um monte de postagens redes sociais afora com fotos de pernas peludas, etc. Até aqui beleza, acho super válido. O corpo é da mulher e ela faz o que quiser com ele, se ela não quer pintar as unhas, quer deixar os pêlos crescerem é um direito dela e ninguém tem que ficar metendo o bedelho, hostilizando e dando pitaco... A situação começa a complicar quando algumas mais radicais decidem que são "mais feministas" que as outras porque tem "atitude" e aderiram a esse protesto. Daí começam a hostilizar as colegas, e cobrar delas a tal “atitude”... Porque segundo elas, feminista “de verdade” tem “atitude”: não se depila, não expõe o corpo como um objeto em vestido decotado, não faz chapinha no cabelo, etc. Espalham comentários ácidos e sobre modelos e celebridades instantâneas que usam o corpo e a imagem para ganhar dinheiro, como Kim Kardashian por exemplo, dizendo que são pobres coitadas, fúteis, limitadas, objetificadas, ignorantes e escravas do patriarcado, ou seja, tudo que “uma mulher não deve ser”.
Resumindo: ou você segue a cartilha delas, se adequa às “regras do matriarcado” (heim? Isso existe?), ou você não é feminista “de verdade”, é uma reles “vítima do patriarcado”.
Isso serve até de “trunfo” para elas em discussões de redes sociais… Quando ficam sem argumentos mandam algo como “vou nem perder meu tempo discutindo com mulher branca de classe média que depila a perna e se veste de Barbie pra agradar macho”...
Não entendem que o feminismo luta pelo DIREITO e não pelo DEVER de não se depilar. Se eu gosto de sentir minha pele lisinha, ter meu cabelo de luzes e escovinha, respeitem, oras. O corpo é meu! Não era essa a bandeira, que a mulher manda no próprio corpo? Cadê a coerência? Lutei tanto pra me libertar de uma ditadura machista agora vou me submeter a uma ditadura pseudo-feminista? To fora!
Parte 02
Isso se aplica a muitos outros radicalismos:
-A mulher tem o DIREITO de trabalhar fora, de ter um diploma, mas NÃO É OBRIGADA. Se ela quiser trabalhar em casa e cuidar dos filhos ela pode. Não é uma fraca alienada por isso.
-A mulher tem o DIREITO a não ser explorada e a ter uma vida longe da prostituição. Mas se ainda assim ela ESCOLHER ser prostituta, ela não deve ser criminalizada nem marginalizada. Também faz parte do feminismo defender a escolha dessas mulheres, seus direitos trabalhistas e não trata-las como coitadas.
-A mulher também tem o DIREITO de ser modelo, atriz, celebridade instantânea, posar pelada ou com roupa e o que mais ELA quiser fazer da vida, sem ser tratada como fútil, vazia, objetificada, alienada por ninguém, nem mulheres, nem homens.
-A mulher tem o DIREITO de não apanhar, de não ser abusada... Mas se ELA ta feliz em levar uns tapinhas na bunda durante o sexo ok. E se ela quiser dar uns tapinhas na bunda do(a) parceiro(a) e este(a) estiver de acordo, ok também. Há uma diferença clara entre BDSM e violência doméstica que se chama CONSENSUALIDADE.
-A Mulher PODE ficar por cima no sexo, mas ela não tem OBRIGAÇÃO. Se ela quiser ficar por baixo, de quatro ou qualquer posição que quiser ela PODE! E não é menos feminista por isso. Ficar de quatro na cama não é degradante, desde que seja CONSENSUAL.
Juntando ignorância do povo, desonestidade intelectual da mídia, discurso machista de meias verdades distorcidas e a cagação de regra de umas figuras aí que se acham donas do discurso feministas, vira essa bagunça… Que leva muitas mulheres a dar tiro no pé dizendo “não sou feminista”, “não gosto de feminismo”.
Feminismo é igualdade e liberdade. Simples assim.
Lola, tenho interesse de debater contigo sobre o feminismo. Ficaria Grato com está oportunidade. Não sou um fã de seus argumentos, mas fez um ótimo trabalho naquilo em que acredita.
essas garotas anti-feministas são umas idiotas. o feminismo foi criado pra ajudar as mulheres a se amarem a mostrarem pros homens que elas são mais do que donas de casa ou escravas sexuais, se acham que as feministas são nojentas por não se rasparem e taus esta errado porque a muitas que são FEMINISTAS e FEMININAS. enfim essas garotas anti- feministas são preconceituosas e burras.
Porcaria de texto e eu concordo com a moça do cartaz que diz que feministas são machos mal acabados - não se depilam, não tomam banho, não usam absorventes, fedem e, além disso, são feias, fortes e formais.
"Não trabalhar fora, se maquiar, usar salto alto, casar virgem -- tudo isso são escolhas (e quem pode fazer escolhas é privilegiadx, porque significa que a pessoa tem opções). Não são escolhas necessariamente feministas (nem machistas, nem anti-feministas, nem nada), mas são escolhas"
engraçado isso ser escolha..pra mim é exatamente isso que o patriarcado,que vc diz combater pregae espera de nós.Ademais,é o típico pensamento neoliberal,que prega que tudo é "escolha em nível individual" e não criação de um sistema perversa,pra depois dizqer que prega contra o sistema....será isso esquizofrenia?
A ciência farmacêutica é maioritariamente feminina, sendo a maioria dos alunos mulheres também, tanto no brasil quanto nos países desenvolvidos.
Tendo a maioria da população feminina trabalhando e sendo a principal consumidora de certos produtos, se tentarem retirar os direitos das mulheres o país vai falir pois vai ser retirado também milhões de reais que as mulheres contribuem.
Formais é xingamento? Uma pessoa formal é raro no brasil exatamente por ser alguém de alto valor cultural. Feminista não usa absorvente? Mooncup ficou popular por qual movimento mesmo? Feministas possuem um grau de higiene maior do que as anti-feministas, sendo estas últimas putas civis que são carbe para macho colocar o pinto. São repugnates por serem vagabundas de seres repugnantes.
👏👏👏👏👏
Na verdade as mulheres só tem esse direito à manifestação por causa do movimento feminista... já começaram mal kkkkk
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