Reunião do DA e Grupo de Estudos Feministas de Letras UFRGS
Todo início de ano é igual: as aulas começam nas universidades, e trotes que perpetuam preconceitos ganham as manchetes. É terrível que esses trotes sejam vistos como "integração", e que ocorram logo em espaços que deveriam ser de total combate às discriminações. Publico aqui o email que recebi de uma integrante do Grupo de Estudos Feministas da Letras da UFRGS:
Trote de Engenharia Civil na UFRGS no ano passado incluiu uma cabeça de porco |
"Iniciamos mais um ano letivo e, como é sabido, acontecem os trotes dos cursos nessa época. Infelizmente, é comum assistirmos a reprodução das mais variadas opressões, como machismo, racismo e homofobia, durante os chamados 'momentos de integração'.
No dia 26 de fevereiro, ocorreu o trote da Engenharia Metalúrgica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, como é costume dos veteranos desse curso, foi incitado aos calouros que gritassem em frente ao prédio de Letras a seguinte frase: 'Letras, puteiro, mulher para engenheiro'.
É importante lembrar que esse grito, que ecoou na frente do prédio da Letras, não atinge um prédio ou um curso, atinge pessoas. Mulheres. Mulheres que não estão na Universidade para servir sexualmente aos homens de quaisquer cursos.
O lamentável ocorrido gerou um debate interessante entre xs estudantes e, prontamente, o diretório acadêmico e o grupo de estudo e discussões feministas do curso de Letras se mobilizaram. Foi marcada uma reunião para o dia 27 de fevereiro, na qual ficou decidido que iniciaríamos nossa luta através de uma carta aberta direcionada ao Instituto de Letras, à Escola de Engenharia, ao Centro de Estudantes Universitários da Engenharia, ao Diretório Central de Estudantes e à Reitoria da Universidade.
Também convocamos uma nova reunião para o dia 6 de março, às 9h10 no Campus do Vale da Universidade, na qual serão confeccionados cartazes e debatidos nossos próximos passos.
Assim, nós, alunas e alunos da Faculdade de Letras e demais apoiadores, pedimos a reflexão da comunidade acadêmica, assim como um pedido formal de desculpas e o comprometimento sincero dos cursos em não reproduzir mais essas ofensas em seus momentos de integração."
Carta aberta do Centro de Estudantes de Letras, Grupo de Estudos Feministas da Letras e estudantes do curso à comunidade acadêmica da UFRGS.
A opressão age de tal forma na nossa sociedade que atitudes opressoras podem facilmente ser naturalizadas e passarem despercebidas. A sociedade regida pelo patriarcado reforça a ideia de que há papeis a serem desempenhados por certos grupos de indivíduos e, com isso, reproduz e não rompe com a lógica das opressões. A luta histórica de ruptura com esse estado de coisas, muitas vezes é abafada e secundarizada; entretanto, os estudantes de Letras se unem para dar um basta à opressão dentro da universidade.
Todos os anos, nesses meses de volta às aulas, a opressão é escancarada e, na cabeça de algumas pessoas, transfigura-se em “brincadeira” de integração dos calouros ao curso: o chamado trote. No entanto, está bem claro que essa noção de “brincadeira” é, na verdade, a opressão naturalizada, uma reprodução daquilo com o que, fora da universidade, a maior parcela da população sofre todos os dias: o machismo, o racismo e a homofobia. Lembramos que a expressão máxima dessa opressão são as violências físicas sofridas pelos grupos oprimidos, como espancamentos, estupros e assassinatos, dessa forma, entendemos que a reprodução desse discurso de ódio passa bem longe de ser “brincadeira”.
No dia vinte e seis de fevereiro de 2014, os veteranos da Engenharia Metalúrgica aplicaram o trote aos calouros e, ao chegarem ao lado do prédio de aulas do curso de Letras, pararam e cantaram uma música já conhecida pelos e pelas estudantes do curso: “Letras, puteiro, mulher pra engenheiro”.
Reunião Letras UFRGS em 27/2/14 |
Nós, homens e mulheres estudantes, muitos trabalhadores e trabalhadoras, compreendemos que essa música expressa uma opressão que deslegitima o espaço da mulher na Universidade, na medida em que reforça o papel que o patriarcado impõe à mulher historicamente, isto é, como um objeto a serviço do homem e presa a uma moral sexual que se aplica somente ao sexo feminino. Assim, depois de anos escutando não apenas nos trotes das engenharias, mas presenciando isso dentro do próprio curso, os estudantes de Letras que, em sua maioria são mulheres, decidiram se mobilizar e lutar para que isso tenha um fim.
Entendemos que a Universidade cumpre um papel importante de efervescência intelectual na sociedade, embora ainda sejam poucas pessoas que têm acesso a ela, o que é, também, bastante sintomático da sociedade em vivemos. Sabemos que essa prática não é um caso isolado e que relatos não faltam para exemplificar como o machismo, o racismo e a homofobia são expressos ainda mais fortemente em momentos como o trote, afastando e dificultando ainda mais a permanência dos estudantes na Universidade. Muito embora esteja definido como infração gravíssima no Código Disciplinar Discente da UFRGS, art. 10, “[...] praticar, induzir ou incitar por qualquer meio, a discriminação ou o preconceito de gênero, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual ou procedência [...]”, vemos muitos casos acontecerem e nada ser feito.
Embora o que causou a mobilização tenha vindo de um trote da engenharia, ressaltamos o caráter opressor de atitudes que ocorrem nos trotes de muitos outros cursos, inclusive no de Letras, que, como já supracitado, é majoritariamente feminino.
Com isso, entendemos que, como discurso da classe dominante, a opressão pode manifestar-se e ser reproduzida também pelos oprimidos, o que reafirma a necessidade da mudança em situações como o trote, pois, mesmo que essas atitudes demonstrem somente a superfície do problema, é uma oportunidade para que as pessoas possam debater e compreender a situação. A partir disso, comprometemo-nos a tensionar para que os nossos próximos trotes não mais reproduzam esse tipo de atitude.
Dessa forma, pedimos um posicionamento das estâncias institucionais e representativas da Universidade, como o Instituto de Letras, a Escola de Engenharia, o Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia, o Diretório Central dos Estudantes e a Reitoria.
Ainda que atitudes que colocam estudantes em situações constrangedoras também estejam a serviço daqueles que se beneficiam do silêncio dos oprimidos, afirmamos que NÃO NOS CALAREMOS! Essa carta registra o início de uma mobilização que precisa ser grande, uma vez que sabemos da dificuldade de desacomodar o que está acomodado e romper com o que exclui, explora e oprime.
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/as-conquistas-do-feminismo/
ResponderExcluirolha que coisa nojenta...
Fui ler o texto do constantino que Thaynan colou e essa Camille Paglia deve ganhar $$ de entidades conservadoras pra escrever essas merdas, não?
ExcluirPior que os machista acham que ela está arrasando e nós vamos tudo voltar a ser dona de casa dependendo de dinheiro de homem pra comprar até absorvente só porque ela acha as mulheres independentes muito "enfadonhas". E que estão tornando os homens gays por isso hehe
Camille, apenas cale esta boca.
constantino, morra.
Enfim, mas eu vi lá nos coments que invadiram e deletaram a página do olavo no facebook HAHAHAHAHA
Espero que seja verdade porque esses direitistas são uma corja de mentirosos.
Pelo menos uma boa notícia hoje :D
trote é furada. no começo da minha fase adulta eu conheci idéias extremistas de músicos extremistas a qual eu admiro, e isso me fez não participar do trote da faculdade publica em que estive(e não consegui terminar), na época eu andava com uma faca grande no bolso, e um soco ingles pra acompanhar. ninguem me forçou a nada, caso forçassem a coisa ia ficar feia sem duvidas. eu lembro que era 2009 e eu tinha 23 anos na época, um cara da mesma sala que eu veio falando ''voce não participou do trote'' eu falei ''e daí?'' aí ele disse ''tem que dar dinheiro pra ir na festa'' eu falei ''to pouco me fudendo pra festa'', e ele não falou mais nada.
ResponderExcluirexiste uma necessidade dessa sociedade, da psicologia etc de inventivar o tempo todo a sobressocailização, a vida social, mas eu remei contra essa maré totalmente, devido a influencia de músicos extremistas a qual eu admiro.
Lola, eu estou petrificada com esse post. Isso ultrapassa todos os limites. É agressão gratuita.
ResponderExcluirSerá que esses cavalos (gostei do cartaz) que se dizem estudantes de engenharia ainda têm a pachorra de insinuar que isso é brincadeira? E são estudantes de uma universidade federal, viu.. São a elite intelectual desse país.
Eu sou da opinião que já que esses estudantes de engenharia (a maioria homens) nunca chegarão ao nível de civilidade de estudantes de Letras (não por coincidência a maioria é mulher), que se responda a eles na mesma moeda. Carta não vai surtir efeito, afinal cavalos não sabem ler. Não vai ser fácil pra mulheres chegarem a esse nível de baixeza, mas é uma ideia.
Gente, tenho acompanhado pelo face e o DAMet - Diretório Acadêmico da Engenharia Metalúrgica
ResponderExcluirDiretório Acadêmico da Engenharia Metalúrgica da UFRGS escreveu uma carta resposta (FONTE: https://www.facebook.com/DAMet.UFRGS/posts/415476581929164):
01 de Março de 2014
Aos colegas universitários
Aos vinte e seis dias do mês de fevereiro, aconteceu o trote dos calouros do curso de Engenharia Metalúrgica. Durante o mesmo, foi cantada uma música que acabou por ofender os estudantes do curso de Letras. Esses fizeram uma carta de repudio à atitude que incentiva tal cantoria, e deram início a uma mobilização. O Diretório Acadêmico da Engenharia Metalúrgica (DAMet) vem por meio desta carta esclarecer o fato.
É triste, entretanto verdade, que certos grupos passem por tal situação de desconforto. Mais do que isso, é repudiante a maneira casual com que são vistos tais atos. A discussão proposta pelos e pelas alunas do curso de Letras é especialmente válida por se tratar de uma luta contra o preconceito generalizado.
Quanto ao trote: a música foi cantada sem reflexão. Nenhum aluno ou veterano teve a sincera intenção de ofender quem quer que seja. O fato colaborou para uma mudança no
pensamento dos alunos e alavancou o começo de uma manifestação.
Dessa forma, não podemos deixar de repudiar qualquer tentativa de vinculação do próprio diretório a atitudes assim, pois ela é completamente errônea. O desacordo acontece quando se fala em “engenheiros metalúrgicos machistas”, pois essa associação está
equivocada. Inclusive, deixamos claro o apoio a manifestações contra o machismo, a homofobia e preconceitos em geral. Acreditamos que cada indivíduo desempenha um papel
único na sociedade, e nenhum grupo é merecedor de qualquer tipo de opressão por parte de outros. Propusemos-nos a ouvir as partes atingidas e a ajudar a mudar a péssima "cultura” que fora criada.
Em nome de todos os estudantes de Engenharia Metalúrgica o DAMet pede desculpas aos e às estudantes de Letras. Ressaltamos que errar é humano, o importante é reconhecer o
erro e não repeti-lo. Portanto, pedimos a compreensão dos alunos que se sentiram ofendidos, visto que trabalharemos intensamente para que o fato não se repita (ao menos dentro do curso que representamos), gerando assim valores de respeito e bom convívio com os outros cursos.
Atenciosamente, diretoria DAMet.
(Eicram)
Ao Sabor das Correntes, que mensagem bonita do diretório dos porcos engenheiros. Ele poderia inclusive ENGOLI-LA e fazer bom proveito da digestão.
Excluir"Ressaltamos que errar é humano, o importante é reconhecer o
erro e não repeti-lo."
Só queria salientar que cavalos não são humanos. Porcos são porcos, também não são humanos.
Só isso. Acho que cabia essa observação.
Também vou deixar o convite aos que forem de Poa para estarem dia 6/03 às 09:30 até 10:30 na UFRGS campus Vale.
ResponderExcluirEvento: "Letras: mulher pra engenheiro"? NÃO AOS TROTES MACHISTAS, RACISTAS E HOMOFÓBICOS!" https://www.facebook.com/events/353007758175258/?source=1
Lola! Fico muito feliz que essa mobilização tenha tomado forma. Sou formada em Letras pela UFRGS e, em 2000, quando entrei no curso, fiquei feliz em saber que o trote consistia na doação de 1Kg de alimento, que seria doado posteriormente. No dia da matrícula, éramos convidados a doar e ganhavamos um comprovante da doação. Pois bem... As aulas começaram e imediatamente surgiram boatos de que mesmo os que doaram o alimento seriam alvo de trote... Certo dia, chegaram na sala perguntando quem teria o comprovante. Os que levantaram a mão foram os primeiros a serem puxados para o trote... Sacanagem, não? Por uma coincidência do acaso, eu tinha saído da sala segundos antes para ir ao banheiro e cruzei no corredor com o grupo de veteranas que ia aplicar o trote... O mais engraçado é que nos dias que antecederam o trote, eu procurei o centro acadêmico da Letras e fui ridicularizada ao tentar demover as colegas (sim, na época eram apenas alunAs) da ideia do trote. Procurei também a UFRGS, mas a resposta foi de que "A Universidade não podia fazer nada". Eu escapei do trote, mas vi xs alunxs do curso de Letras serem humilhados... E não esqueço até hoje da cara da colega que liderava o trote porque o objetivo dela era humilhar... Quando a vi aplicando o trote, sinceramente, imaginei que só faltavam a roupa de couro e o chicote, dado o grau de sadismo das brincadeiras e comentários... Também me formei em Direito na PUCRS e lá, durante muito tempo, o trote das alunas da Pedagogia consistia em mandar que as calouras tirassem o sutiã. Faziam uma "corda" amarrando-os e as obrigavam a brincar de "pular corda" em frente ao prédio da Engenharia. Resumindo: as mulheres podem ser muito cruéis com as outras mulheres.
ResponderExcluirSobre o comentário da Helena, eu gostaria de ressaltar que o trote na Letras da UFRGS mudou muito com o passar dos anos. Nós ainda fazemos trote solidário, mas hoje em dia ninguém é obrigado a participar do trote sujo, e está rolando todo um cuidado especial na hora de escolher as brincadeiras, de modo que elas não sejam ofensivas a ninguém. A ideia é ser apenas um momento de integração, sem opressões. Aliás, isso está escrito na própria carta aberta que nós escrevemos. Nós reconhecemos que o nosso trote foi opressor no passado, e nos comprometemos em não deixar que isso aconteça no presente e no futuro, para legitimar a nossa luta.
ResponderExcluirTrote, leve ou pesado, é sempre feito com o intuito de marcar território, mostrar quem manda. É um rito idiota e desnecessário.
ResponderExcluirNão adianta ir pegando mais leve, tem que acabar,exatamente pra quê uma merda dessas serve? Integrar? faça-me rir. Conscientemente ou não, é um momento onde veterenos imbecis dizem "calouro, kiss my ass".
As desculpas são muito vazias, não há o mínimo de reflexão, e sim um recuo, para depois voltar com toda a força.
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Off topic
Estou enojada com essa história do ex-goleiro Bruno ter a possibilidade de assinar um contrato para voltar a jogar. O cara nem cumpriu pena, mas já foi perdoado:
http://br.esporteinterativo.yahoo.com/noticias/ainda-na-pris%C3%A3o--ex-goleiro-bruno-assina-com-o-montes-claros-e-pode-voltar-aos-gramados-141939564.html
Mas que maravilha esse post! Eu tava mesmo pra mandar um email sobre isso!
ResponderExcluirComo disse a uma colega mais cedo, esse tipo de gente não merece um diploma de prestígio como o da UFRGS, que ainda quase garante uma vaga no mercado de trabalho. Não merecem, porque esses são os caras que no futuro vão assediar suas colegas com comentários inapropriados. Esses caras serão o colega que vê uma profissional levar uma cantada no trabalho, e acha normal. Serão o chefe que ouve a funcionária reclamar, e não faz nada. Como estudantes já são assim, imagina o arraso que vão fazer ocupando um cargo de autoridade.
Infelizmente, não vão ser chutados da UFRGS. Resta esperar que mudem com o tempo, o que sinceramente acho bem difícil - mas não impossível. Vamos lá, otimismo.
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@Julia
"E são estudantes de uma universidade federal, viu.. São a elite intelectual desse país."
Não é de chorar? Isso aí é pra ser a elite!
Aliás falando em elite, é bem capaz que ainda se achem melhor do que os outros por estarem onde estão. Mas têm não-sei-quantos-anos-na-cara, e ainda não sabem respeitar o próximo. Passar no vestibular não compensa isso.
"Fui ler o texto do constantino que Thaynan colou e essa Camille Paglia deve ganhar $$ de entidades conservadoras pra escrever essas merdas, não?"
Muito oportuno esse link também, acabei de voltar do supermercado e tive o desprazer de bater o olho na capa da veja que anuncia a entrevista com a Paglia. Eu li umas duas linhas e devolvi a revista porque meu estômago embrulhou. Não me surpreende que a Veja tenha feito uma entrevista com ela.
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@Ao sabor das correntes
Que legal, não tinha visto esse texto ainda.
"Quanto ao trote: a música foi cantada sem reflexão. Nenhum aluno ou veterano teve a sincera intenção de ofender quem quer que seja."
...Exatamente de quanta reflexão uma pessoa precisa pra se dar conta que chamar um curso de puteiro é ofensivo...?
Desculpa, mas isso simplesmente não é um argumento aceitável em vista do que foi feito. Podiam ter ficado sem essa, porque não ajudou o pedido de desculpas.
"O desacordo acontece quando se fala em “engenheiros metalúrgicos machistas”, pois essa associação está equivocada."
Ha
Haha
Hahahahaha
Não, eu ri. Ri mesmo.
Amig@, chamando o Letras de puteiro, do que vocês esperavam ser chamados? LITERALMENTE CHAMARAM AS ESTUDANTES DE LETRAS DE PROSTITUTAS. E acham que as pessoas vão pensar duas vezes antes de chamá-los de machistas? Não é querer um pouco demais, não?
Diante do que foi feito, a associação está correta. Estará incorreta quando isso não acontecer mais. O trote carrega o nome do curso, e o trote foi machista e nojento.
Eu sei que nem tod@ estudante de Engenharia Metalúrgica é machista, isso é o óbvio ululante, como diz a Lola. Agora, sinto muito, se você organiza um trote desses o mínimo que tem que acontecer com você é ser tachado de machista.
Acho ótimo que tenham essa reputação agora - quem sabe assim aumentem as chances de se esforçarem pra mudar. Porque a carta é linda, mas se ficar só na carta, é inútil.
(Sim gente, eu estou com raiva, mas também não é pra menos né).
Meu trote foi há 15 anos, na Faculdade de Educação da USP. Definitivamente foi uma integração, sem nenhum tipo de humilhação, adesão voluntária (sem pressões, tratando igualmente a quem aderiu e a quem não). Quem quis ser pintado foi, quem não quis não foi. Fizeram algumas brincadeiras para os novos alunos se conhecerem, aprenderem os nomes uns dos outros, levaram a turma para conhecer todas as seções e departamentos, bibloteca, bandejão, etc. Teve pedágio (pedir dinheiro na rua), que rendeu pouco e os veteranos tiraram do bolso pra levar os calouros pra tomar alguma coisa (4 litros de batida divididas por 758993930 estudantes e montes de refrigerante).
ResponderExcluirAh, se todos fossem assim!
Vcs já repararam que os trotes mais violentos ocorrem nos cursos mais prestigiados (Engenharia, Direito, Medicina etc). Por que será, né? (Tenho medo da resposta)
ResponderExcluirsou da área de exatas(não engenharia) mas digo pra voces feministas tentarem ferrar esses caras a qualquer custo. caso for aluna da faculdade, cuspa na cara de um dos estudantes de engenharia se vingando do que eles fizeram, se eles partirem pra violencia, usem a lei maria da penha e aleguem que foram vítima de violencia verbal antes de voces cuspirem na cara deles, devido a trote. não deixem barato. não pensem que só porque eles são machos alfas que eles merecem algum respeito.
ResponderExcluireu não sou esquerdista, porem como macho zeta, tenho total ódio pelos alfas, eles são meus maiores inimigos, tanto que eu me recuso a ter vida social, me recuso a conviver com esses bostas. se voces saõ feministas mesmo, voces tem que ferrar esses caras, pelo menos faze-los serem expulsos da universidade. eu to pouco me fudendo se engenheiro é mais importante pra sociedade pois o objetivo dos zetas é fazer um boicote total a sociedade moderna e esse sistema escroto controlado pelos alfas.
ferrem a vida desses caras, não é porque eles são homens que eles seriam aliados do masculinismo zeta, se eles sabem da vida de um zeta com certeza eles falam ''que perdedor, que fracassado'' e ate se unem pra espanca-lo em busca de status social.
por isso mesmo não vou com a cara de conservadores em geral, conservadores costumam defender o bullying, falam que ser anti-bullying é coisa de esquerdista, eu naõ gosto nem de esquerdistas nem de conservadores. não gosto do esquerdismo porque é baseado no coletivismo e isso vai contra meu egoísmo e minha posse a minhas duas propriedades, e não gosto desses conservadores(nazistas são os que odeio mais) pois eles defendem o bullying. caras adeptos do darwnismo social e nazismo saõ os que mais defendem o bullying. por isso eu desejo que um atirador que sofreu bullying entre numa escola e mate os filhos desses conservadores que defendem o bullying, aí sim eles vão perceber que todas as idéias que eles defendem se voltam contra eles mesmos.
eu sei que feministas costumam ser arrogantes, gostam de humilhar homens, mas eu peço a voces, ferrem esses caras, homem que faz trote é alfa e alfa merece se fuder.
@Julia: você entendeu que eu APENAS repassei a carta do diretório a título de atualizar a situação aqui na UFRGS, né?! Em momento algum disse que ela era suficiente ou que achei bonita, porque não acho! Não acho mesmo, inclusive concordo com tudo que fora pontuado pela @Ana.
ResponderExcluirEu sei que você só publicou aqui, não foi pra vc o comentário. E obrigada por nos atualizar.
ExcluirEsse "trote" me ofendeu pessoalmente por eu ter feito Letras, mas é ofensivo pra qualquer mulher que tem consciência da luta que foi para as mulheres terem acesso ao ensino superior. O que me enfureceu mesmo não foi a parte do "puteiro" mas a de "mulher pra engenheiro".
Verdadeiro asco que eu tenho desses caras.
PESSIMITIC Soul, cara dá um tempo com esse ódio todo. E não tá legal você dizendo o que temos ou não que fazer, ok?! Aproveita que você está frequentando esse blog bacana, aberto a discussão e converse com a gente, sem tanto ódio. Se dê essa chance. Nos dê essa chance. :) Desejo, honestamente, felicidades PESSIMITIC Soul.
ResponderExcluirAlfa, beta, zeta... na boa, eu só divido homens da seguinte maneira: os babacas e os não-babacas. Qual vc quer ser?
ResponderExcluirFábio maionese, aprendeu a cuidar do seu cabelo naquela comunidade do orkut que te falei? já tem menos ódio pelo seu cabelo?
ResponderExcluirNão se apegue a rótulos pra se encaixar em um quadradinho, e não vá também atrás encaixar os outros em rótulos para ter motivos para o seu ódio.
Você tem tanta raiva e está tão confuso que eu fico triste por você, sem sacanagem. seu desconforto em ser quem você é e estar onde você está estão te levando a uma situação bem tenebrosa... por dentro. sério, cara, sai dessa. E não faça nenhuma bananada enquanto estiver nessa bad trip aí. Juro que eu te daria um abraço e um quindim (mentira, tenho esse bloqueio quanto a contato físico e até de aperto de mão eu fujo sem perceber. traumas da adolescência).
Você ainda sofre violência? o que aconteceu com você?
hahaha quanto medo, cara. Pode deixar, não te darei nenhum abraço. Mas ainda vai ter quindim, se você não morder minha mão antes de eu conseguir entregar.
ResponderExcluirQuando eu tava no colégio tive um colega que muito provavelmente tinha na cabeça bem uns 90% dessas tuas ojerizas. Uma vez o professor quis brincar com ele e tudo o que ele fez foi respirar fundo e encarar o professor, deu até pra sentir a vontade que ele teve de fazer picadinho do professor. todo mundo ficou em silêncio, olhando, e o prof ficou tão sem graça que acho que ele enfiaria a cabeça debaixo da terra, se pudesse. foi engraçado. ele era bem do seu jeito, esse cara poderia até ser você.
Mas você não me respondeu. e o cabelo?
Aposto que se fosse um trote ridicularizando homens,passaria batido.
ResponderExcluirE o cara ali está certo,antes ser antissocial que hipócrita,porque é assim que funciona a sociedade,somos obrigados a se relacionar com os outros,gente que não gosta de você te dando um sorriso falso,fingindo que te tolera e todo mundo tendo que fazer o mesmo porque isso é ter "educação".
ResponderExcluirNão existe amizade verdadeira,os "amigos" que eu já tive,faziam questão de me zuar e me diminuir.
Amor verdadeiro já acabou faz tempo,se é que um dia existiu.
Então,que se foda tudo,antes só que mal acompanhado.
Fábio Henrique, nada sai de bom das faculdades de Humanas?
ResponderExcluirEngraçado você dizer isso e mencionar a FFLCH, pois dos nove cursos da USP que estão no ranking de 200 melhores do mundo, seis deles são da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.
Ou os cursos de exatas do país são um lixo, ou você já pode começar a dançar pelado no telhado. Só faz isso de noite, porque ninguém precisa ver uma visão infernal dessas.
Mas olha, nem sei porque ainda falo com gente desse naipe. Sobre o post, todo apoio para as meninas da Letras. Não é incomum esse tipo de babaquice vinda dos cursos de mais prestígio, mas continua sendo infeliz sempre.
é fora do tópico mas tô chocada com essa historia , no começo até pensei q era essas lendas de internet.
ResponderExcluirhttp://investik8.wordpress.com/2013/07/17/eden-a-sex-slaves-story/
uma coisa q tenho q tirar o chapéu é por sua persistência Fabio mingau, vc deve sentir alguma coisa muito especial pela Lola pra segui-la por tanto tempo, mesmo dizendo q odeia as idéias dela.
ResponderExcluirTá sem moderação né? Parece que abriu a porta do hospício masculino aqui.
ResponderExcluirtem uns masculinistas que devem ter caído do cadeirão na hora da papinha e batido a cabeça, ou tomado a agua do bidê, só pode...
ResponderExcluirTem dois mascus "zeta" chorando nesse tópico sabe-se lá porque, e o Fábio mingau vem falar do coitadismo dos cursos de humanas. Deixa de recalque, mingau! Be happy!
ResponderExcluirSheldon, me diz se o seu amigo aprendeu a cuidar do cabelo... sério, tenho um monte de dicas. reparto contigo o quindim se me disser.
ResponderExcluirpô Kittsu, não consegui entender ainda esse lance dos cabelos. O que é? Conta aí, please
ResponderExcluirEu odeio trotes. Desde que vi no seu blog o caso do Miss Bixete, eu passei a odiar mais ainda. São notícias como essa que me fazem perder a fé na humanidade.
ResponderExcluirSó que ao que parece, os comentários e as blogueiras feministas salvam a ideia que talvez o mundo ainda tenha jeito.
kittsu me desculpa por tudo que fiz contra voce. eu deixaria voce me dar um soco. eu fui um idiota completo. eu nao sei se voce vai ler isso, quem dera, so queria pedir desculpas mais nada.
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