AMOR, REVOLUÇÕES E PÉROLAS

A FernandaCuryx me enviou essa mensagem de amor na sexta

Pessoas queridas, reconheço que é com preguiça e muito pouco tempo livre que escrevo o post de hoje. Mas é que tenho uma ou outra novidade pra contar.

Primeiro, vou conhecer alguns lugares novos. Esta sexta, dia 21 de março, irei a Redenção, perto de Fortaleza. Redenção foi o primeiro município brasileiro a abolir a escravidão (aliás, o Ceará foi o primeiro estado a acabar com o trabalho escravo no Brasil, 130 anos atrás. Dia 25 de março é feriado estadual para comemorar esta data). 

Darei uma palestra sobre escritoras negras na literatura norte-americana, na Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira). Infelizmente não vai dar pra conhecer nada da cidade, porque só vou e volto no mesmo dia (até porque sábado aplicarei provas do Toefl o dia inteiro, como fiz ontem). 

Luma e Nilma na Unilab

Mas espero que seja apenas a primeira visita a esta importante universidade (é lá que leciona Luma Andrade, a primeira mulher trans com doutorado, e é lá que Nilma Lino Gomes é reitora, a única reitora negra numa universidade federal brasileira). Aliás, nesta última sexta participei de um evento muito bacana na UFC sobre as lutas das mulheres, e uma das minhas colegas de mesa foi Silvia Cavalleire. Faz tempo que eu digo que Silvia, aluna de Letras, é a primeira mulher trans a presidir um Centro Acadêmico no país, mas agora já estamos achando que é a única no mundo mesmo. 

Marabá, PA

Dia 4 de abril pisarei pela primeira vez na região norte! É a única região que ainda não tive o prazer de conhecer. Estarei na Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), em Marabá, para fazer parte da banca examinadora de um concurso para professorxs (até quarta ainda dá tempo de se inscrever, e tem muitas vagas pra várias áreas). Ficarei em Marabá até dia 8/4, e aproveitarei pra dar uma palestra lá quando eu chegar, dia 4/4.

Do Pará irei direto pro Paraná. Pra Curitiba, pra ser mais exata. O Partido Acadêmico Renovador, em conjunto com a pós da Faculdade de Direito da UFPR, está organizando o seminário Horizontes 2014: Mulheres que ousam lutar, entre os dias 8 e 10 de abril. Meu painel, sobre Mulher, discurso e mídia, acontecerá no dia 9, às 19 horas. 

Mas a programação inteira promete! E as chamadas para trabalhos estão abertas até o dia 30 de março. Espero conhecer um monte de guerreiras paranaenses que só conheço virtualmente!

Aí dia 11 de abril, aqui mesmo em Fortaleza, na Casa Amarela, darei o minicurso "Feminismo e Cinemão", no Curta o Gênero. Não sei como dá pra se inscrever no minicurso. 

Mas fiquei muito feliz com o convite, porque o Curta o Gênero tem muito prestígio.

Ah, e meu curso de extensão "Discutindo gênero através de cinema e literatura" começou na terça, e lotou, cheio de pessoas maravilhosas de umas 15 áreas diferentes. Vou ter que fechar em cinquenta vagas. Mas quem ainda está querendo se inscrever, não se preocupe: vou oferecer o curso (com outro conteúdo) no semestre que vem. Já estou fazendo lista de espera. Mande um email: lolaescreva@gmail.com 

E dias 17 e 18 de maio estarei no 4o Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais, em SP. Foi o sempre ultra-simpático Miro Borges que ligou pra me convidar. Eu participei do primeiro, quatro anos atrás, também em SP, e foi muito legal. E o fato de ser no final de semana facilita...

Como ainda falta um tempinho até lá, ainda não sei se terei um dia a mais em SP (que seria aproveitado pra dar alguma palestra), ou se irei direto do Espírito Santo (outro estado que ainda não conheço!) pra SP. E pode ser que eu esteja num outro evento em SP mais pro final de maio. Quando eu souber, eu aviso.

Entendem por que eu geralmente não tenho tempo nem pra respirar? 

Como nem só de amor e revoluções vive o mundo, tenho que compartilhar com vocês (desculpem) as pérolas mascus e reaças que ouvi hoje. Escolha a sua favorita: 1) Feministas são mulheres com um histórico de terrorismo e que se juntam em grupos para fisicamente atacar mulheres que discordam delas. 2) Está cientificamente provado que todos os serial killers foram obrigados a brincar de boneca quando eram crianças. 3) Não é o homem machista que bate em mulher. É o homem feminista. 

4) Quando feministas contam a história das sufragistas, escondem o fato de que havia mulheres que... não eram sufragistas. 5) Não se pode andar livremente hoje, pois o país está muito inseguro. É só sair na rua pra encontrar filhos de mãe solteiras!

É sério, eu juro que não estou inventando! Como eu sempre digo, não tenho criatividade pra tanto!

Bonus track, por parte de um padre espanhol (cortesia do Jornalismo Wando): "As mulheres podem praticar felação com seus maridos sempre que eles pedirem. Mas quando o fizerem, devem pensar em Jesus para não se tornarem pervertidas".

Aleluia, irmãs!