Estou mandando esse e-mail apenas como mais uma forma de desabafo! Mais uma, mesmo que depois de tanto tempo. Meu caso não é assustador (ou pelo menos não se compara ao de tantas meninas), nem sairia em jornal, nem nada do tipo. É só uma reflexão de que como o menor (se é que existe menor ou maior) dos abusos pode causar sim danos e traumas escondidos.
Pois é! Sou mais uma mulher nas estatísticas que foi abusada. Não houve penetração, não durou mais que alguns minutos. Mas demorou 12 ANOS para que eu aceitasse que fui abusada e finalmente falasse com alguém sobre o que me aconteceu!
Eu estava voltando da cidade da minha avó de ônibus. Era comum eu viajar sozinha nas férias para lá, e pegava o ônibus noturno para dormir. Eu devia ter 16 para 17 anos, sei disso, pois vestia uma calça que usava muito no meu segundo grau e jogava game-boy.
O ônibus ia vazio como sempre, mas depois de umas três cidades, enchia. E nisso subiu um homem, cheio de bolsas de golfe, e sentou do meu lado. Me apertou um pouco com aquelas bolsas, mas eu era muito tímida e acabei me encolhendo no canto e voltei a jogar o game-boy.
Ele conversava alto com um amigo que sentou na cadeira do outro lado do corredor. Nisso ficou virado quase de costas para mim.
Com o passar da viagem, o ônibus foi ficando silencioso, e os dois também pararam de falar. Aí ele se ajeitou na cadeira. Quando sem querer a perna dele encostou na minha, tirei minha perna na hora e me encolhi mais. Rapidamente olhei para ele tentando lançar um olhar de desaprovação, já que eu estava cada vez mais me encolhendo no canto, mas lembro com perfeição do riso maldoso dele.
Com o passar da viagem, o ônibus foi ficando silencioso, e os dois também pararam de falar. Aí ele se ajeitou na cadeira. Quando sem querer a perna dele encostou na minha, tirei minha perna na hora e me encolhi mais. Rapidamente olhei para ele tentando lançar um olhar de desaprovação, já que eu estava cada vez mais me encolhendo no canto, mas lembro com perfeição do riso maldoso dele.
Na hora não me dei conta. A timidez me fez afastar e me resignar. Voltei para meu jogo, até perceber a mão dele perto da minha perna. Gelei! Me afastei ainda mais, só que não tinha mais para onde ir… e (putz, mesmo já tendo falado está difícil escrever) ele foi colocando a mão por baixo da minha bunda.
Eu disse lá em cima que não passou de alguns minutos, mas eu realmente não tenho muita certeza. Eu quis tanto esquecer esse fato que apaguei muitas coisas. Mas o fato é que ele chegou com a mão até entre minhas pernas e me acariciou.
Para minha sorte a parada seguinte chegou. Saí o mais rápido que podia, fui ao banheiro, fiz meu lanche, voltei correndo para o ônibus e perguntei ao motorista se tinha lugar vazio para que eu trocasse de lugar. Até aí eu não chorei! Mas na hora que o motorista perguntou o porquê, e eu não consegui responder, ele olhou para o meu lugar e eu vi em seus olhos que ele percebeu o que era e não fez nada, falou que devia ter no fundo, e que eu me virasse. Aí eu chorei!
Cheguei na minha cidade, meus pais me esperando. Eu não fiz nada. Me sinto fraca, Lola! Meus pais, apesar de todos os defeitos, são protetores ferrenhos de mim e da minha irmã (e agora de nossas filhas). Sei que meu pai moveria o mundo para condenar aquele velho nojento! Mas eu me calei. Senti nojo de mim. Eu me senti exposta!
Sabe, Lola, até agora, quando consegui contar para o meu namorado, pai da minha pequena, eu não tinha ideia do por que não fiz escândalo… Eu sabia que senti medo, mas não entendia exatamente todo o resto, o nojo, a fraqueza, a exposição.
Eu me tornei feminista depois de ter minha filha. Passei a ler muitas coisas e seu blog foi um deles. E isso me mostrou que aquele fato, que eu não considerava um abuso, foi sim de abuso.
E eu era menor de idade! Outro fato que me surpreendi ao contar para meu namorado, foi constatar que eu era menor. Por anos seguidos quando essa história voltava a minha mente eu jurava a mim mesma que eu já estava com 20 ou 21 anos. Mas quando contei me dei conta do game-boy e da calça. Foi assustador pensar nisso!
Eu tive vários problemas sexuais, não afirmo que tudo tem a ver com essa história, mas imagino que foi algo que ajudou a me travar sexualmente.
Para minha sorte, estou há quatro anos com alguém que me respeita e tenta compreender todos meus traumas sexuais. Mas ainda fico indignada como levou doze anos para eu falar isso, para aceitar que fui abusada. Eu não admitia isso para mim, eu nem consigo saber o que eu achava. Sei lá, parece que eu insistia que foi sem querer, que ele não fez de propósito, tudo que nos fazem acreditar!
Obrigada, Lola! Obrigada a todas as feministas que lutam para que pessoas como eu não se escondam! Que a gente admita o que aconteceu para que não deixemos mais que aconteça! Poder finalmente chorar faz bem, lava a alma e me traz mais força para seguir em frente!
Meu comentário: N., querida, que bom que você aceitou que foi abuso, e que você conseguiu contar pra alguém. Por pra fora nos ajuda a entender o que aconteceu. E esse entendimento nos ajuda a superar e a querer lutar.
Sabe, aprendi muitas coisas desde que comecei o blog, há seis anos. Uma delas, que eu nunca tinha ouvido falar, foi que são bastante comuns esses casos de abuso em viagens de ônibus mais compridas, em que supostamente todo mundo deveria estar dormindo. Eu nunca tinha imaginado isso!
O que me choca não é só a covardia desses caras, mas também a nossa passividade. Tem que fazer um escândalo na hora. Nada de ser educadinha, como somos condicionadas a ser desde crianças. Já é uma droga que tantos homens sejam tão espaçosos (eles devem achar que nascem sentando de pernas abertas, e que mulheres nascem cruzando as pernas! Surpresa: é tudo ensinado! Homens são ensinados a ocupar todo o espaço público que puderem!), e ainda mais essa.
Eu já contei a história de quando me dei conta que estava sendo boazinha demais e facilitando muito pra cara mau caráter. Faz mais ou menos uns sete anos, quando eu fazia com frequência o trajeto entre Floripa e Joinville (duas horas de ônibus). Eu não estava dormindo, mas o senhor ao meu lado decidiu conversar comigo. E eu, toda gentil e polida, respondendo numa boa, mesmo que eu quisesse dormir.
Até perceber que o senhor estava me cantando. De repente, ele segurou minha mão; depois, beliscou a minha perna. E eu, feminista desde pequena, não fiz nada além de emudecer. Pouco depois, inventei uma desculpa para sentar em outro lugar no ônibus.
Quer dizer... o cara que tá todo errado e eu que tenho que mudar de lugar?! Nada disso! Esse acontecimento foi muito importante pra mim, porque me fez refletir. Depois disso, eu virei uma nova Lolinha. Hoje é bem mais difícil eu levar desaforo pra casa.
Chega da gente se calar. Vamos ser gentis com quem nos trata com gentileza, mas vamos por a boca no trombone quando algum ser obsoleto invade o nosso espaço, o nosso corpo. E mais: vamos ser solidárias umas com as outras. Imagine a revolução que seria se agressores percebessem que não somos um meigo buffet a sua disposição.
Meu comentário: N., querida, que bom que você aceitou que foi abuso, e que você conseguiu contar pra alguém. Por pra fora nos ajuda a entender o que aconteceu. E esse entendimento nos ajuda a superar e a querer lutar.
Sabe, aprendi muitas coisas desde que comecei o blog, há seis anos. Uma delas, que eu nunca tinha ouvido falar, foi que são bastante comuns esses casos de abuso em viagens de ônibus mais compridas, em que supostamente todo mundo deveria estar dormindo. Eu nunca tinha imaginado isso!
O que me choca não é só a covardia desses caras, mas também a nossa passividade. Tem que fazer um escândalo na hora. Nada de ser educadinha, como somos condicionadas a ser desde crianças. Já é uma droga que tantos homens sejam tão espaçosos (eles devem achar que nascem sentando de pernas abertas, e que mulheres nascem cruzando as pernas! Surpresa: é tudo ensinado! Homens são ensinados a ocupar todo o espaço público que puderem!), e ainda mais essa.
Eu já contei a história de quando me dei conta que estava sendo boazinha demais e facilitando muito pra cara mau caráter. Faz mais ou menos uns sete anos, quando eu fazia com frequência o trajeto entre Floripa e Joinville (duas horas de ônibus). Eu não estava dormindo, mas o senhor ao meu lado decidiu conversar comigo. E eu, toda gentil e polida, respondendo numa boa, mesmo que eu quisesse dormir.
Até perceber que o senhor estava me cantando. De repente, ele segurou minha mão; depois, beliscou a minha perna. E eu, feminista desde pequena, não fiz nada além de emudecer. Pouco depois, inventei uma desculpa para sentar em outro lugar no ônibus.
Quer dizer... o cara que tá todo errado e eu que tenho que mudar de lugar?! Nada disso! Esse acontecimento foi muito importante pra mim, porque me fez refletir. Depois disso, eu virei uma nova Lolinha. Hoje é bem mais difícil eu levar desaforo pra casa.
Chega da gente se calar. Vamos ser gentis com quem nos trata com gentileza, mas vamos por a boca no trombone quando algum ser obsoleto invade o nosso espaço, o nosso corpo. E mais: vamos ser solidárias umas com as outras. Imagine a revolução que seria se agressores percebessem que não somos um meigo buffet a sua disposição.
O problema é que não somos criadas para reagir. Nos ensinam que se "nos dermos ao respeito", nada vai acontecer. Só que não é verdade. E quando acontece alguma coisa,ficamos sem reação. Sentimos vergonha, como se a culpa fosse nossa.
ResponderExcluirtenho 38 anos e sofro varios tipos de abusos masculinos ha pelo menos 36 anos, pelo que me lembro. desde uns seis anos de idade.
ResponderExcluirnunca fui estuprada, mas as baixarias me acontecem sempre, de varias formas, em QUALQUER (qualquer mesmo) lugar: trabalho, rua, universidade, metro, onibus, biblioteca. acho que o unico lugar em que nao sofri abusos e assedios foi na minha propria casa.
hoje em dia estou mais alerta. trato mal qualquer homem que me aborda, nao confio neles. em geral, quando eles vem querer se aproximar, na rua, no metro, no onibus, mostro o dedo do meio. tem funcionado, eles se afastam. mas alguns me xingam: vaca, cadela, vadia.
o mais absurdo é que ELES ficam surpresos quando eu reajo, quando, pela logica, quem deveria ficar surpresa com o assedio deles sou EU.
marina
Isso me fez lembrar um episódio que eu tinha esquecido. Eu tinha uns oito anos, quando eu fui ver Titanic no cinema. Sei que estava com meu pai, mas não sei porque ele não estava sentado do meu lado. Ele sempre sentava. Lembro bem que eu estava sozinha na fila da frente, e um homem chegou no meio do filme e sentou do meu lado. Depois, colocou o pênis para fora e começou a se masturbar. Com oito anos, nem sabia o que ele estava fazendo, mas ele virou para mim e perguntou: quer pegar?
ResponderExcluirEu sai correndo e fui sentar com meu pai. Nem sei porque eu tou contando isso, sei que é a maior besteira, e tinha esquecido completamente. Acho que é só porque lembrei. Nunca falei para ninguém.
Estou a 4 anos num relacionamento,no nosso primeiro ano,foi maravilhoso,e ai quando já estava totalmente envolvida,td começou, as agressões verbais,física,e sexual.No inicio muito bonzinho,me contou do seu passado como se tivesse sidi vitima de traição e de agressões, acreditei,confiei em contar do meu passado e quando teve nossa PRI.eira discussão, começou a me julgar,a me agredir fisicamente,e depois de td,ele me forçava a ter sexo com ele.Ele fazia eu me sentir culpada,falava que só ele pra me assumir,ainda mais com uma filha,sempre tive vergonha pois mesmo com td isso,não conseguia deixar de amá lo,e ainda não consigo me libertar,preciso de ajuda,porque pelo que ando pesquisando,nao param as agressões.Eu acredito que ele me ama,mas não entendo porque faz isso comigo. dutravivi@bol.com.br
ResponderExcluirÉ muito comum garotas bem novas sofrerem abuso, justamente pela timidez e dificuldade de se expressar.
ResponderExcluirPortanto N. não se culpe por não ter reagido, eu e com certeza um numero imenso de mulheres ja passamos por situações semelhantes na adolescência, e da muito nojo e raiva de vermes como esse homem que te agrediu, eles por serem mais vividos, ja contam com a inexperiência de suas vítimas.
Mas acho q esse espaço aqui presta um serviço inestimável, não só para mulheres em geral, como principalmente as mais jovens que ainda estão despertando para o pesadelo que é o machismo, aqui creio q aprendam a lidar melhor com ele, e sejam mais reativas.
Adorei seus conselhos Lola, tb fico passada com a folga de caras machistas todos muito espaçosos, só preciso me controlar mais, pq a vontade que tenho é de atingi-los com uma bazuca.
tem que reagir, sempre... sem vergonha nenhuma...
ResponderExcluirmuito bom o blog
O que eu vou falar pode parecer polêmico mas faz sentido, vocês vão entender. Seja sempre agressiva nesses casos, eles nunca esperam que uma mulher seja agressiva então você ainda conta com o elemento surpresa. Eles entendem bem a linguagem da violência, vão entender rapidinho o recado.
ResponderExcluirLi naquele ThinkOlga, no texto que fala sobre as cantadas de rua, um cara dizendo que mulher que reage a cantada não se dá o respeito. E que ela dá margem pro cara reagir também, depois não pode reclamar.
ResponderExcluirAlguém teve que explicar pro cretino que a reação é NOSSA. E ela é de direito. A não ser pra ele e pros que acham que mulher tem que aguentar merda calada.
Anon 15:02
ResponderExcluirNão é besteira. Isso é abuso também.
Anon 15:24
ResponderExcluirEle não te ama não. Larga esse traste.
Pq será que vcs tem tanta necessidade de dizer q todo mundo viu ou sabe o que aconteceu e n fez nada.
ResponderExcluirO motorista deve ler mentes pra saber o que aconteceu só de olhar para cara dela
Pois é né, anônimo das 16 e 54. Porque se uma menina de dezessete anos chega perto de você chorando e aponta pra um homem mais velho é claro que você não percebe que tem algo de errado, que é só uma menina fresca que não quer sentar ao lado de um velho bonzinho.
ResponderExcluirA dificuldade de vocês pra ter empatia com uma mulher que sofre uma violência sexual é tanta que você prefere se apegar a um pequeno detalhe da história, que fica claro que o motorista só não entendeu se for idiota ou conivente com esse tipo de situação, a mostrar alguma empatia por ela.
Embora eu concorde que homens não deveriam abrir as pernas o máximo possível e ocupar espaço demais, sentar com as pernas juntas é certamente mais desconfortável para homens do que para mulheres - tem uma certa coisinha que fica no meio, sabe?
ResponderExcluirmarina você tem que se tratar da cuca eu sou homem e nunca violentaria uma mulher paz.
ResponderExcluirincrível todo dia e uma nova estória de abuso.
ResponderExcluirAnon 17:24
ResponderExcluirMas não se pode desconfiar de um pobre homem, não é mesmo? Vai ver a menina/mulher é só uma fresca ou mentirosa.
Mas não se pode desconfiar de um pobre homem, não é mesmo? Vai ver a menina/mulher é só uma fresca ou mentirosa.
ResponderExcluirdesconfiar é claro que pode,mas a garota podia estar chorando por n motivos mas vcs e a autora rapidamente deduziram que o motorista sacou tudo e fez pouco caso,mesmo sem ele ter dito nada sobre o que ele achou ou deixou de achar.
tenho que concordar com o camarada ai de 16:54,muitas causas feministas são justas mas essa história de que todo homem é estuprador em potencial,todo mundo viu,sabe do abuso e não faz nada,acha normal,legal,não me desce.
só quem acha isso normal é o estuprador.
moro em um comunidade,uns anos atrás tinha um fdp que já tinha estuprado 2 mulheres,uma delas denunciou,a história rodou por aqui e uns bandidinhos conseguiram pegar ele antes dos policiais,nem queiram saber o que fizeram com ele.
não vi ninguém falando do estupro como se fosse nada,todo mundo estava revoltado.
nossa, como é que os primeiros comentarios ao post foram escritos no dia 21 de dezembro de 2013?
ResponderExcluirque coisa estranha
Anon das 22:14, os primeiros dois comentários foram publicados no dia 21/12 porque o post foi publicado nesse dia. Acontece de vez em quando, por descuido meu. Eu agendo muitos posts pra frente (mas eles não estão prontos -- não têm imagens, não têm links, não têm revisão, nada) e deixo no blogspot, num lugar do blog onde só eu tenho acesso. Só que muitas vezes eu esqueço de jogar mais pra frente, e eles são publicados sem querer. Aí, até eu tirar o post e agendar pra outro dia, outras pessoas já leram e algumas já comentaram. Este ano serei mais cuidadosa.
ResponderExcluirconcordo com o sandro não da pra saber o que aconteceu so se ele fosse telepata.
ResponderExcluir"velho nojento"...
ResponderExcluirOlha o PRECONCEITO NOJENTO aí...
E nem me venham falar que não é pois é o mesmo que dizer que chamar alguem que tem a pele preta de "preto nojento" não é racismo.
Dá pra saber sim.
ResponderExcluirBom, pelo menos uma mulher saberia.
Mas com certeza essa foi a primeira menina/mulher que foi abusada dentro do ônibus desse motorista. Ele foi premiado com este evento super raro e não soube o que fazer, coitado!
ironia off
Sandro
ResponderExcluirtambém tem essas histórias aqui que o melhor amigo te dopa, te estupra e ainda sai contando vantagem por aí.
http://prazamiga.com/2012/10/abusada-pelo-amigo/
Passei por uma experiecia semelhante. Estava voltando da minha cidade para a cidade onde faco faculdade. Em um domingo a noite. Eu estava com a luz acesa, lendo. O homem ao meu lado parecia querer dormir, por isso no meio da viagem apaguei a luz. Ele pegou minha mao e comecou a acaricia-la. Fiquei se reacao, sem saber o que fazer. Depois de um tempo ele se levantou e foi ao banheiro...
ResponderExcluirEu tratei de acender de volta a luz,voltar a ler.
Fiquei assustada, pensando no que teria acontecido se eu tivesse deixado a luz apagada a viagem inteira.
Pior que eu sempre quero recomenar as minhas amigas que peguem carona,pelo grupo da faculdade, pois considero mais seguro, mas nunca tenho coragem de falar abertamente sobre o que aconteceu.
Anon das 00:21, não acho que seja a mesma coisa dizer "velho nojento" como "preto nojento", porque tem um contexto muito maior na segunda ofensa. Mas sem dúvida é preconceito sim. Hoje em dia eu não usaria esses termos ("velho nojento", pois negrou ou "preto nojento" eu nunca usei) de jeito nenhum. Dá pra encontrar bastante preconceito meu nos posts antigos, principalmente naqueles escritos antes de 2008, quando eu comecei o blog. Mas não quero apagar o meu passado. Faz parte do meu aprendizado e da minha evolução como pessoa. Mostra o quanto eu aprendi com o blog, e, principalmente, com o feedback que recebo.
ResponderExcluirOff topic
ResponderExcluirEsse vídeo apareceu na minha home e além de todo o machismo principalmente do cara (fora a mulher q diz q gosta de ser tratada como carne na cama) ainda tem 2 piadinhas de estupro que fizeram muito sucesso nos comentários.
Mas as feministas que são loucas, eles são só zueiros!!
Mete a colher - O que as mulheres gostam
http://youtu.be/n1DZgWqFG4Q
Vejam 4:52 e 15:52
"Dá pra encontrar bastante preconceito meu nos posts antigos, principalmente naqueles escritos antes de 2008, quando eu comecei o blog. Mas não quero apagar o meu passado. Faz parte do meu aprendizado e da minha evolução como pessoa. Mostra o quanto eu aprendi com o blog, e, principalmente, com o feedback que recebo."
ResponderExcluirPoxa Lola! Acho que isso daria um post super legal... vc contar os preconceitos dos textos que você foi perdendo no caminho...
Ah Lola. Não sei se nesse caso seria pré-conceito (no sentido da palavra mesmo, de conceito pré concebido). Ele era velho. E estava sendo nojento. Eu falaria a mesma coisa.
ResponderExcluirSão todos asquerosos. Meu caso foi perturbardor. Eu dava aula num interior na cidade em que moro e a escola disponibilizava motorista. Fui ao lado do motorista e durante a viagem ele falou de várias coisas eu apenas acenava. Ele percebeu que eu estava insegura e totalmente desconfiada. Eu já sofri vários estupros na adolescência dum maníaco até que ele foi preso... E do nada o motorista pergunta se to me sentindo bem já que eu tava pálida e parou o carro numa estradinha de terra. Falei que sim e ele falou PRECISO DUMA MUIESINHA QUE NEM TU PARA ME AGRADAR. Aquilo foi tão asqueroso que tentei sair, mas ele travou a maldita porta e partiu para cima de mim. Ele saiu me arrastando do carro e me jogou para o banco de traz. Gritei o máximo que pude. Eu o empurrava e ele tirava minhas roupas. Fiquei nua completamente vulnerável. Ele foi para o banco da frente e eu me encolhi chorando pedindo "por favor " que me desse as roupas. Mas em vão ele dirigiu uns quilômetros mato a dentro e fez . Me estuprou covardemente. E o pior é que me deixou nua no mato. Fiquei o dia em choque sem sair do lugar. A minha voz tinha sumido, meu corpo doia e marcas do cinto de segurança estava por todo meu corpo. Quase anoitecendo um vaqueiro me encontrou e meu intento foi só de correr dali. Ele me vestiu, me acalmou me levou para uma fazenda e me entregou a policia. O motorista sumiu. E ainda fui demitida. Agora me tranquei em casa. Para mim todos os homens são predadores sexuais. Não sei como vou me recuperar . Mas to tentando não é um ou dois estupradores que vai matar a mulher que há em mim.
ResponderExcluirOFF-TOPIC (mas nem tanto...)
ResponderExcluirLola, vc ficou sabendo disso?? Asqueiroso!!
http://www.fatocurioso.com/garota-se-recusa-a-ficar-com-policial-e-leva-bala/
Eu estava aqui pensando depois de ler esse relato, de como eu e muitas outras mulheres foram/são ensinada a não reagir.
ResponderExcluirMinha mãe sempre dizia que eu nunca deveria reagir e sim abaixar a cabeça e ir embora.
Nunca se passou algo assim comigo, mas se tivesse,minha família não teria ficado do meu lado, disso eu tenho certeza.
As próprias famílias criam tanto o predador quanto a presa perfeita para esse tipo de abuso e para a perpetuação do mesmo.
Jane Doe
Algumas pessoas n ligam mesmo se a mulher é estuprada mas segundo vcs o mundo inteiro acha isso o máximo.
ResponderExcluirÉ mentira.
Vivian
ResponderExcluirn sei pq mostrar esse caso,por um acaso eu disse que estupros não acontecem?
A outra ali falando de gente fazendo piadinhas com estupro.
Quem faz piada com isso pra mim é que pode ser considerado estuprador em potencial ou talvez até ja tenha abusado de alguém,mas pq alguns fazem n significa que o mundo inteiro aprova os abusos com mulheres e isso é que vcs dão a entender.
Que todo mundo acha isso foda.que mais cedo ou mais tarde todos os homens vão abusar de uma mulher.
Ora, ora, mas não é curioso como a suposta maior dificuldade masculina de fechar as pernas devido ao "pacote" não desapareça por completo quando a pessoa ao lado é também homem?
ResponderExcluirMas tem gente sonsa nesse mundo, não?
dutravivi@bol.com.br. Para você e todas que estão lendo.
ResponderExcluirQuando começar um namoro,NUNCA conte o seu passado,sua vida,suas experiências para ele.
Melhor dizendo,conte sobre s pessoas maravilhosas que conheceu,mas nunca que sobre sua vida sexual,seus sofrimentos que acaba acontecendo de ele usar contra vocês.
dutravivi@bol.com.br Enquadre ele com uma conversa séria,se ele gostar de ti mesmo vai parar de te agredir.
Se não mande ele pastar.
Sobre a questão do "velho nojento": e se fosse outro contexto e saisse "velh@ charmos@", seria preconceito?
ResponderExcluirE dizer um fato como esse: "o açougueiro me olhou de cima abaixo" ou "o pedreiro bêbado gritou b*, quando passou diante da casa de uma mulher q mora sozinha" é preconceito (de classe) mesmo qdo estes cidadãos agiram assim enquanto trabalhavam? devem ser poupados pq não são empresários?
E VELH@ tod@s vão ficando, seja afrodescendente (cientstas afirmam q o berço da humanidade é a Africa, então tb sou afrodesc), açougueiro (ainda não vi mulher),pedreiro, empresári@...
Para o anonimo que escreveu"nossa, como é que os primeiros comentarios ao post foram escritos no dia 21 de dezembro de 2013? " E daí?
ResponderExcluirIsso é besteira sua. Importa saber que o fato aconteceu. Eu por exemplo li esse post acontecimento hoje.
QUando tenho tempo leio os post antigos. Deixe de ser grog anonimo,se liga!!!
Quando a questão de chamar o coisa de Velho nojento. Vamos chamar então de pobre nojento,carniça nojento,lixo nojento.
Mulheres ser educada é importante,mas na hora de fazer escândalo,gritar xingar.armar um barraco,dar um golpe nesses estupradores não enfraqueçam. GRitem,xinguem,defendam-se.
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E é impressionante como tem gente que diz que "ah, não foi estupro". Poxa, mesmo que alguém segure seu braço a força, sem vc querer, é um abuso. Não é sexual, mas é abuso.
ResponderExcluirAbuso sexual então, mesmo q não seja sexo propriamente dito, mexe mto com a cabeça da pessoa. E tem gente que trava, mesmo.
Eu já fui abusada ("bolinada" como se diz) em locais publicos, desde festa até rua mesmo, e sempre reagi. Aliás, coloco tanto a boca no trombone que alguns chegam a falar que eu exagero, que eu falo muito disso.
Mas eu falo. O mundo tem que saber e essa cultura do silêncio é horrível, é como se quisessem nos ver caladas só pra o problema não ser resolvido. Mas eu falo mesmo.
Na minha opinião foi abuso. Constrangeu a moça, violou o espaço dela e ainda passou a mão numa área bem íntima de toda mulher. Ele merecia umas boas marretadas na mão, ou melhor nas mãos. Eu viajo muito tava atê sumida aqui do bloguinho e me deparo com cada uma que nem a Janis Joplin suportaria.
ResponderExcluirHOMEM DE PERNA ESCANCARADA
HOMEM RONCANDO EM MEU OMBRO
HOMEM QUE LEVANTA O BRAÇO DO ACENTO INVADINDO MEU ESPAÇO. HOMEM ARROTANDO E COÇANDO O SACO COMO SE EU NÃO ESTIVESSE PRESENTE. Sou rebelde e já briguei com uns carniças que na madrugada ou durante o dia mesmo me assediava. As vezes aparece uns que me intimidam aí eu mudo de lugar quando dar falo que meu pai está em outra poltrona logo atraz de mim. E assim vou tentando me manter distante. Mas já encontrei verdadeiros cavalheiros, respeitosos. É cara ou coroa.
"Na minha opinião foi abuso. Constrangeu a moça, violou o espaço dela e ainda passou a mão numa área bem íntima de toda mulher."
ResponderExcluirAssino embaixo.
se não reagir, o sujeito vai achar que a menina tá gostando... então o negócio é botar pra quebrar mesmo
ResponderExcluirmas também ficar remoendo um negócio q não durou dez minutos durante doze anos e que não acarretou em nenhum dano permanente, aí eu acho meio bobo sinceramente
quase todo trauma tem um tantão de orgulho ferido mesmo... a pessoa não soube agir na hora aí fica passando o filme na cabeça a vida toda, achando que assim vai mudar o passado.
bola pra frente aí que o cara certamente nem lembra de vc
Anônimo das 16:34
ResponderExcluirVai tomar naquele lugar , seu machista insensível. Queria ver se fosse com você ou com uma filha sua se vc teria essa mesma opinião.
Se só tem merda para falar, permaneça calado e respeite a dor da vítima. Abusos físicos destroem a ALMA da pessoa. Há como conviver com isso, esquecer NUNCA.
BABACA!
Thalita
Claro que o cara não lembra. Putz, que comparação. Sabe-se lá de quantas mulheres ele abusou na vida? Se acha que o cara que chama mulher de bucetuda na rua e assobia como se mulher fosse cachorro lembra de todas também? Claro que não! A sensação de humilhação e abuso é da vítima e isso não se esquece fácil pra algumas pessoas.
ResponderExcluir"Vai tomar naquele lugar , seu machista insensível. Queria ver se fosse com você ou com uma filha sua se vc teria essa mesma opinião."
ResponderExcluirSou mulher, tenho 52 anos, coisas MUITO PIORES que uma passada de mão já me aconteceram e eu toquei a vida em frente sem o menor problema. Concordo com quem disse que trauma é orgulho ferido. Especialmente se isso não te deixou aleijado, não fez você sair da sua casa, do seu emprego, não deixou cicatriz, quando você poderia estar bem mas não está PORQUE ESCOLHEU SER UMA VÍTIMA.
Anonimo das 13:26...
ResponderExcluirUma novidade: vc nao e a medida de todas as coisas. Vc nao tem o direito de diminuir a dor de ninguem, nao importa o q tenha acontecido com voce,