Patrick, que eu adoro, é Auditor Fiscal na Receita Federal.
Na minha primeira palestra sobre feminismo, que dei em Mossoró a convite dele, ele me surpreendeu com um dado. Recentemente pedi a ele que escrevesse um post sobre a diferença salarial entre gêneros que existe até no funcionalismo público.
Escrevo este post abordando a questão das diferenças de gênero no serviço público, a partir da observação do mundo que me cerca. Basicamente a instituição onde trabalho. Vou aproveitar o gancho pra tratar um pouco também da questão racial, já que, no início deste mês de novembro, a Presidenta Dilma encaminhou ao Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL) prevendo a reserva de 20% das vagas em concursos públicos para pessoas negras.
A reação foi amplamente negativa na maioria dos meios de comunicação. Só para ilustrar, embora o PL, em seu art. 1º, afirme que a reserva de vagas é de 20%, o blog tido como o mais acessado de Natal/RN –- disputa em audiência com o principal jornal da cidade -– manchetou o assunto “informando” cotas de 40% e anunciando no corpo da notícia que a proposta poderá acabar com a “meritocracia” no serviço público.
Pausa. Pra rir. Se pesquisarmos pela palavra "meritocracia" naquele blog, vamos encontrar quase 600 posts. A despeito de falar tanto em meritocracia, o seu autor não demonstra qualquer constrangimento com o fato de que 19 em cada 20 de seus posts terem origem pirata e não passarem de um simples Ctrl-C/Ctrl-V, grande parte dos quais violando até o direito moral de autor, ao sequer citar quem preparou os textos que copiou e, na cara de pau, escrever no rodapé do feed RSS “O post XXX apareceu primeiro no Blog do GG”. Fim da pausa.
À primeira vista, o edital de um concurso público parece ser uma oportunidade transparente e sem preconceitos para pessoas oriundas de minorias. Tanto é assim que, em 1992, quando eu era aluno secundarista da Escola Técnica Federal (atual Instituto Federal) do RN, em uma visita da turma à empresa estatal de distribuição de energia elétrica, encontramos trabalhando lá uma Técnica em Eletrotécnica que havia se formado na primeira turma mista da nossa Escola, no final da década de 1970.
É uma profissão onde até hoje as mulheres tem dificuldade para conseguir emprego! Inclusive, há poucos dias Lola publicou um guest post sobre uma técnica industrial que teve que mudar de profissão por não conseguir emprego na área por culpa da discriminação de gênero.
A propósito, um aspecto que pouco se lembra da ditadura militar é esse: mulheres foram proibidas de praticar diversos esportes (como futebol e judô) e exercer várias profissões. Como já citei, nossa Escola só começou a aceitar o ingresso de mulheres nos cursos técnicos da área industrial já na segunda metade dos anos 1970. No caso da prática do futebol, a proibição persistiu de 1964 até 1981.
Ainda agora, em pleno 2013, o Governo Federal, através da Força Aérea Brasileira, mantém uma escola pública de nível médio com acesso vedado a garotas. É a Escola Preparatória de Cadetes do Ar de Barbacena (MG). Isso embora a Academia da Força Aérea, para a qual a Escola prepara seus alunos, aceite mulheres em dois de seus três cursos de Oficial (Intendente e Aviador; a vedação persiste no de Infantaria).
Eu comecei falando do PL das cotas para pessoas negras, mas acabei tomando o rumo da questão de gênero. Por uma razão simples: pra mim, que não sou pesquisador e não tenho acesso a estatísticas agregadas nem a questionários de entrevistas, é mais fácil levantar dados mostrando as disparidades gritantes na questão de gênero.
Vamos aos números: o último concurso para o cargo mais bem remunerado da Receita Federal (Auditor Fiscal) ofereceu 200 vagas. Quantas mulheres foram aprovadas? Apenas 35, ou 17,5%. Um resultado, a meu ver, assombroso! Como esse número se explica? Essa é uma ótima pergunta que eu gostaria de ver pesquisadores na academia estudando, mas eu não vou me furtar de dar uma opinião.
Aliás, cabe ressaltar que o concurso previa uma cota de 5% para portadores de necessidades especiais (10 vagas), mas apenas um foi efetivamente convocado. Porque cota não é sinônimo de aprovação automática, e todos os candidatos (eram 26 mil, no total) têm que superar as notas mínimas (apenas 250 conseguiram, entre eles o único portador de necessidades especiais), sempre muito elevadas.
A Receita Federal do Brasil (nosso nome oficial) é o resultado da fusão, em 2007, da Secretaria da Receita Federal (SRF) com a Secretaria da Receita Previdenciária (SRP). Como costuma acontecer em fusões, acaba prevalecendo a cultura corporativa da instituição maior, o que é uma pena, pois todos os relatos que as pessoas oriundas da SRP me fazem é de que lá havia um equilíbrio muito maior de gênero do que na instituição resultante da fusão.
Minha percepção é que, como as pessoas aprovadas no concurso de Auditor Fiscal tomam posse em localidades inóspitas e de fronteira, onde há carência de creches e escolas, e o mercado de trabalho é pouco dinâmico, as mulheres são mais prejudicadas. Lola já postou aqui como é mais difícil para a mulher convencer o homem a largar sua vida profissional e segui-la do que o contrário.
Além disso, nossa atividade vem assumindo um papel excessivamente hierarquizado e se privilegia a competição em detrimento do trabalho em equipe, com regiões competindo entre si por orçamento. Isso significa, por exemplo, que se a sua região ficar mais bem classificada no ranking nacional de metas do que as outras, vai ser mais fácil trocar a mobília velha na qual você trabalha. Essas características são bem propícias à criação de um caldo de cultura machista.
Em 2011 eu convidei Lola pra fazer uma palestra sobre feminismo, às vésperas do Dia Internacional da Mulher, na Delegacia da Receita Federal em Mossoró, onde na época eu era o chefe.
Para me preparar à vinda de Lola, elaborei uma planilha onde tabulei o salário de todas as pessoas que trabalhavam na Delegacia e suas Agências, fossem servidores públicos ou terceirizados. No total eram 29 mulheres e 64 homens. Quando calculamos o salário médio de cada gênero, a diferença foi gritante: R$ 4.422,57 (homens) versus R$ 2.400,80 (mulheres, 43% inferior). Não havia (não há ainda) nenhuma Auditora Fiscal naquela Delegacia, o que puxava a média feminina pra baixo.
Se involuímos recentemente com a fusão, prevalecendo a cultura da Secretaria onde havia mais diferenças de gêneros, também temos regredido firmemente em outros aspectos. Depois que me mudei para Natal, tomei conhecimento de que, nos anos 1980, havia na sede local do Ministério da Fazenda uma creche mantida pela associação dos servidores (Assefaz). Essa creche utilizava a estrutura física do Ministério (algumas salas), mas era custeada pela associação, sem ônus para a administração pública.
No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu a prática, alegando que um patrimônio público estava sendo utilizado em benefício privado. Até aí tudo bem, mas eu gostaria de apontar para uma baita hipocrisia do TCU: no mesmo local, algumas dezenas de carros particulares -– de servidores -– ocupam espaço público e são custodiados por seguranças terceirizados custeados pela administração pública. Ou seja, segundo o TCU: 1) “babás” para automóveis particulares bancadas com dinheiro público, OK; 2) profissionais de educação infantil, bancados pelos próprios servidores por meio de sua associação, propiciando um ambiente de trabalho mais equânime do ponto de vista de gênero, NÃO-OK.
Ressalto que o fato se repete na própria sede local do TCU e provavelmente em todas suas outras unidades, além de em milhares de repartições públicas de todo o país, sejam federais, estaduais, municipais, do poder executivo, legislativo ou judiciário, onde pajear automóveis de particulares é visto como atividade "essencial" do serviço público.
A questão do racismo, embora eu não disponha de qualquer número, também existe na Instituição. No final de 2008, foi distribuído um calendário de mesa que, escudado no argumento do "bom humor", tratava do assunto segurança institucional com ilustrações racistas (tente adivinhar a cor dos personagens malfeitores e criminosos, retratados inclusive em alguns casos com rabo, chifre e tridente; sim, a resposta é essa mesma que você pensou). Isso é resultado de um ambiente de trabalho onde, na ausência de diversidade racial, os freios e contrapesos deixam de funcionar.
Além disso, baseada num parecer da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, a Receita Federal não respeita os feriados municipais do Dia da Consciência Negra, marcados para o próximo 20 de novembro. O fundamento é que a Lei nº 9.093/1995 só abriu espaço para feriados municipais se forem de matiz religioso (o que francamente me parece inconstitucional). Sendo assim, só em cidades como Araraquara, onde o dia 20 é o Dia da Consciência Negra e dos Orixás, ele é respeitado.
Além disso, baseada num parecer da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, a Receita Federal não respeita os feriados municipais do Dia da Consciência Negra, marcados para o próximo 20 de novembro. O fundamento é que a Lei nº 9.093/1995 só abriu espaço para feriados municipais se forem de matiz religioso (o que francamente me parece inconstitucional). Sendo assim, só em cidades como Araraquara, onde o dia 20 é o Dia da Consciência Negra e dos Orixás, ele é respeitado.
Portanto, Lola, se eu vejo um problema no Projeto de Lei das cotas é porque ele se restringe unicamente à minoria negra, ignorando a questão de gênero.
P.S.: enquanto redigia esse post, William Douglas, juiz federal muito conhecido como autor e professor na área de concursos, escreveu um belíssimo texto, sem qualquer juridiquês, mostrando porque mudou de opinião em relação às cotas para negros.
DENÚNCIA DE MACHISMO NO ESPORTE:
ResponderExcluir"Taekwondo cogita uniforme mais sexy para as mulheres"
http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2013/11/21/taekwondo-cogita-uniforme-mais-sexy-para-mulheres-musa-nao-gosta-da-mudanca/
http://en.mastaekwondo.com/2013/08/female-taekwondo-uniform-could-be-redesigned/
Além do óbvio, 2 breves comentários sobre os links acima: no primeiro, note o uso da expressão "Isto é Talisca Reis" seguida por fotos (sensuais?) da mesma, e não "Essa é Talisca Reis" (aliás, qual a relevância dessas fotos pra notícia mesmo?).
No segundo link, veja a foto em que apenas HOMENS estão sentados na mesa avaliando o novo uniforme PARA AS MULHERES. Ridículo isso.
E os argumentos deles nem vou comentar.
Mulheres tem de ganhar menos sim. Estão sempre engravidando, tirando licenças enormes, saindo mais cedo pra isso e aquilo, desde "crise de TPM" e "levar o filho à escola" até "fazer as unhas". Além de terem de trabalhar 5 anos a menos que homens para se aposentar. Nunca vi uma mulher, feminista ou não, defender que quer trabalhar os mesmos 35 anos que os homens. Curioso né?
ResponderExcluirÉ fácil de resolver MASCUTROLL .
Excluir-PAGUEM IGUALMENTE A GENTE TRABALHARÁ MAIS
- HOMENS SE RESPONSABILIZEM PELAS TAREFAS COM OS FILHOS.
- PATRÃO AO INVÉS DE LIBERAR A MULHES VÁ VOCÊ LEVAR O FILHO DA FUNCIONÁRIA PARA A ESCOLA E AO PEDIATRA.
- DURANTE A TPM AGUENTE NOSSAS CRISES CALADINHOS SEM NOS DEMITIR.
- LICENSA TODOS TEM DIREITO . MAS CLARO QUE O MOTIVO É DIFERENTE.
- TA RECLAMANDO DA LICENSA MATERNIDADE? QUANDO HOMEM ENGRAVIDAR A LICENSA FICA PARA VOCÊS ATÉ LÁ A LICENSA É DA GENTE.
Reclame com a presidentA Dilma por não sancionar a lei de igualdade salarial. PT e suas bandeiras bandeiras populistas, só servem na hora de ganhar voto. Se em 12 anos de poder não fizeram nada, ou são incompetentes ou mentirosos.
ResponderExcluirhttp://economia.estadao.com.br/noticias/economia-brasil,governo-recua-da-ideia-de-sancao-de-projeto-que-iguala-salarios-de-homens-e-mulheres-,105434,0.htm
Anônimo das 10:50, se o mundo não fosse machista os homens tirariam licença paternidade/maternidade de mesma duração que a das mulheres.
ResponderExcluirSe o mundo não fosse machista, os homens também sairiam mais cedo para levar o filho à escola, afinal, no mundo igualitário o filho é responsabilidade tanto do homem quanto da mulher.
Se o mundo não fosse machista, os homens e mulheres se aposentariam com a mesma idade, afinal os únicos motivos para isso ainda existir é aquela ideia paternalista de "sexo frágil" e o fato de que as mulheres, ainda hoje, costumam cuidar mais da casa/família do que os homens (a chamada dupla jornada). Mas se o mundo não fosse machista, essas responsabilidades seriam divididas igualmente entre homens e mulheres, sem necessidade uma dupla jornada quase sempre exclusiva para mulheres.
Aliás, se o mundo não fosse machista a expectativa de vida das mulheres e dos homens deveria ser a mesma.
Portanto, anônimo, não reclame do feminismo, reclame do machismo.
Concluindo, anônimo das 10:50, considerando que seus argumentos só são sustentados pela existência do machismo, dizer que as mulheres devem ganhar menos porque assim o machismo sustenta, isso faz de você um machista.
ResponderExcluirResumindo o texto do William Douglas, para entender (e defender) qualquer tipo de iniciativa pró-minorias, a receita é simples: humildade para reconhecer os próprios privilégios.
ResponderExcluirQuem defende meritocracia ainda não parou para pensar, com honestidade, sobre isso.
Só uma pequena contribuição: frequentei uma dessas creches da Assefaz e graças a isso pude ser amamentada até os 3 ano +-, o que pode ter me garantido uma primeira infância bastante saudável. Lá iniciei os primeiros exercícios psicomotores e pude participar de um monte de atividades que eram promovidas até + ou - meus 8 anos...
ResponderExcluirAcredito que essa creche fez muita diferença para mim e minha família como um todo, foi uma grande pena terem acabado com essa iniciativa.
Lembro tb da existência de um restaurante dentro prédio para os funcionários, sempre com uma comida saudável e balanceada, que aos poucos foi sendo sucateiro e chegou a ser fechado.
Outra coisa são os cargos de chefia, quase sempre e quase todos ocupados por homens, minha mãe foi vice a maior parte do tempo e qnd ela conseguia exercer uma chefia o salário dava uma boa aumentada, então esse é outro fator de desigualdade...
Pensando agora nos últimos posts, parece q não faz muito sentido argumentos como " em pleno séc. XXI...", pq parece q não há limites para o retrocesso...
Mulheres engravidam sozinhas... sei... sei...
ResponderExcluirAgora, elas carregam 9 meses a criança sozinhas (*desgaste físico enorme*); por mais apoio que tenham parem ou passam por cirurgia; se amamentam segundo o recomendado pela OMS o fazem sozinhas. Se não tem dinheiro para pagar salário (*ou explorar*) para outras mulheres cumprem dupla (*trabalho fora e dentro de casa*) na maioria das vezes, sozinhas; se são hiperativas ou necessitadas, às vezes ainda arranjam tempo para fazer algo em casa que possa ser vendido para engrossar a renda da família sozinhas.
Quanto às escusas para faltas, não sei onde certas pessoas trabalham, mas nunca vi isso acontecer em escolas. Mas uma coisa é certa, quando o marido é acomodado, ou ganha mais, não raro quem se sacrifica ficando em casa com filho/a doente ou levando ao médico é a mãe. E, claro, ai da mãe que colocar sua carreira na frente de seus deveres...
É por isso, entre outras coisas, que mulheres se aposentam antes. E é justo. Injusto é o pai não ter uma licença paternidade maior, não poder dividir com a esposa a que ela possui, caso seja acordo entre os dois. Mas vá ver quem fica vetando esse tipo de mudança: HOMENS, DEPUTADOS QUE NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA PAIS, MÃES E CRIANÇAS. As desculpas, a mesma que o governo do PT deu para não mudar a lei: o mercado. Ah, sim, há outras desculpas machistas, mas os reclamantes - HOMENS - não vão procurar saber quais são. Aliás, nem assinam seus comentários, as gracinhas.
Vejamos, eu sou um empresario, capitalista, viso o lucro e baixo custo de produção.
ResponderExcluirEntão porque eu contrataria homens, se posso contratar mulheres, para poder pagar menos pelo mesmo serviço prestado ?
Apresento as feministas, a lógica.
Todo incompetente odeia a meritocracia, e cria mil teorias para justificar suas teses.
ResponderExcluire os comentários começam super bem, anônimo e felipe destilando bestialidade.
ResponderExcluirenfim, só resta ignorar.
muito bom o guest post, muito bom ver um relato tão cuidadoso sobre a realidade de uma instituição, ainda mais sendo federal, batendo em pontos tão importantes e que muitos tentam tornar invisíveis. temos muito que caminhar, muito mesmo, para conseguir ter uma igualdade minimamente aceitável.
"Lola já postou aqui como é mais difícil para a mulher convencer o homem a largar sua vida profissional e segui-la do que o contrário"
ResponderExcluir=
Na verdade o que ocorre e uma questão cultural ai, e muito mais fácil encontrar homens dispostos a prover mulheres a ficarem em casa, do que mulheres a prover um homem a ser "do lar"
Aérea, para a qual a Escola prepara seus alunos, aceite mulheres em dois de seus três cursos de Oficial (Intendente e Aviador; a vedação persiste no de Infantaria).
ResponderExcluir=
Lola a senhora sabe qual a missão a cumprir da infantaria?
Fisicamente mulheres não suportariam o treinamento de imfantaria, a vida real não e como os filmes de ação.
"Mulheres tem de ganhar menos sim. Estão sempre engravidando" - Claro, o sonho de toda mulher é ter 80 filhos e não existe nenhuma evidência de que elas queira outra coisa, tipo uma carreira, hobby ou distração.
ResponderExcluir"tirando licenças enormes" - Claro, precisamos disso para termos 80 filhos.
"saindo mais cedo pra isso e aquilo desde "crise de TPM" e "levar o filho à escola" até "fazer as unhas"" - Claro, usamos os homens exclusivamente para reprodução já que eles não fazem realmente parte da casa e são inuteis que não colaboram com nada, mas temos que estar sempre lindas para eles. "levar o filho à escola" é realmente só uma desculpa, usamos esse tempo também para fazer o cabelo e unhas. Sonhamos com 80 filhos, mas todos analfabetos.
"Além de terem de trabalhar 5 anos a menos que homens para se aposentar. Nunca vi uma mulher, feminista ou não, defender que quer trabalhar os mesmos 35 anos que os homens. Curioso né?" - Pleiteiem o direito à licença paternidade de mesmo prazo que o feminino (E USEM ESSE TEMPO PARA SEREM PAIS) e pleiteiem a redução de tempo para aposentadoria, sua anta. Tu tem que ser muito, MUITO burro para, ao invés de usar uma boa situação do outro para ter também uma boa situação, usar a própria situação ruim para puxar o outro pro buraco junto com você. Claro que você não vai ver uma merda dessas. As malvadas feministas não querem te puxar pro buraco, querem sair do buraco tendo os mesmos direitos que você já tem. Pare de usar a politica do quanto pior melhor, você só perde.
É cada uma que parece até duas, viu.
Estão sempre engravidando, tirando licenças enormes, saindo mais cedo pra isso e aquilo, desde "crise de TPM" e "levar o filho à escola" até "fazer as unhas".
ResponderExcluirNossa, sempreeeeeeee mesmo. Engravidar então! Nossa, todo dia! E levar o filho na aula? Não existe nem transporte escolar, nem pai para levar a criança nesse Brasilzão, né? Com todas as mulheres do Brasil - que alias você conhece todas pelo jeito - em seus respectivos empregos acontece isso daí...
"Vamos aos números: o último concurso para o cargo mais bem remunerado da Receita Federal (Auditor Fiscal) ofereceu 200 vagas. Quantas mulheres foram aprovadas? Apenas 35, ou 17,5%. Um resultado, a meu ver, assombroso! Como esse número se explica?"
ResponderExcluir----------------------------
A prova foi igual para todos ? homens e mulheres ?
A questão salarial se deve também a uma questão cultural e ate mesmo biológica, Mulheres sentem muito mais ficando longe de seus filhos por mais tempo, portanto fazem menos horas extras. Já homens são muito mais cobrados socialmente como provedores, portanto acabam sacrificando mais o convívio com os filhos ( e isto dói) e se dedicam mais a fazer horas extras.
ResponderExcluirEu nunca vi um frentista de posto de gasolina, ganhar menos que uma frentista de posto de gasolina.
ResponderExcluirEu nunca vim um cobrador de ônibus, ganhar menos que uma cobradora de ônibus.
Eu nunca vi um bancário ganhar menos que uma bancária.
ate porque estas categorias são regulamentadas, e possuem piso salarial.
Sempre que eu leio matérias sobre esse assunto acabo lendo vários comentários de pessoas que dizem que isso é lorota de “feminista psicótica”, nunca viram um caso de alguma mulher que recebesse menos que um homem.
ResponderExcluirO que essas pessoas não entendem é que não é porque você não vê que não exista, eu duvido muito que essas mesmas pessoas tentam assistido um estupro de uma mulher.
A ameaça de estupro assim como a desigualdade salarial pode não ser uma realidade para você mas para milhões de mulheres é.
Com relação às cotas raciais no serviço público, há um certo exagero não? Afinal de contas a pessoa que chega a disputar uma vaga no funcionalismo público já rompeu a barreira da educação que a impedia a ter acesso a esse tipo de certame, ou seja, já está em condições de igualdade com os outros candidatos.
ResponderExcluirOlá autor do guest post:
ResponderExcluirLi todo o "belíssimo texto" e com todo o respeito não o achei belíssimo. O autor nos convida a passar um dia "na cadeia" como ele passou. Ele deu cursinho pré vestibular para negros interessados e q o respeitaram e chama isso de "cadeia"?
Então como eu chamaria meu cotidiano profissional no ens. fundamental pauperizado?
E juntar "deus" com "princesas negras"...aff
Quase vomitei no comentario do anonimo das 10:50... é tao absurdo que nao pode ser serio
ResponderExcluirAnon das 13:16
ResponderExcluirNossa, tu pergunta pra todos xs frentistas, bancárixs e cobradorxs que tu encontra qual é o salário deles? E depois tu faz um gráfico comparativo entre mulheres e homens??
Anônimo das 10:50, "curioso" é a sua burrice. Então mulheres têm que ganhar menos pq estão sempre engravidando? Sério que você não percebe o machismo da sua afirmação. Como as mulheres engravidam mascuzinho? Fazendo sexo com homens. Uma gravidez é sempre responsabilidade de duas pessoas, embora a mulher fique com a parte infinitamente mais difícil. Aí tem a licença maternidade que é um direito da criança recém nascida, que precisa ser cuidada e alimentada constantemente. Em nossa sociedade isso é função da mãe. Então você acha que a mulher deve "pagar" pela licença maternidade ganhando menos. Isso deve ser muito lógico na sua cabecinha cheia de estrume, você deve pensar que gravidez é sempre "culpa" da mulher, homens não têm nada a ver com esse assunto.
ResponderExcluirE qual seria a solução? As mulheres deveriam parar de engravidar?
Que pena que a sua mãe não teve essa ideia!
Cão do Mato, não publiquei seu comentário porque vc é insuportável. Se tirar os termos como "fofo" e "criança linda", talvez eu publique.
ResponderExcluirPor enquanto, o comentário hors concours dessa caixa é que nós mulheres estamos "sempre engravidando". Ha ha ha, isso quando a média de filhos por mulher está em dois. Nossa, essa mulherada que vai passar 18 meses da vida grávida (sendo que ela vai trabalhar durante a maior parte desses 18 meses)! Lógico que ela MERECE ganhar 30% a menos que os homens durante toda a carreira!
Não vejo nenhum problema em mulheres se aposentarem antes. O problema é que, como a lei não faz distinção entre a Dona Maria, que é mãe solteira e mora na favela e a dondoca filhinha de papai que passou no concurso para juíza (justamente porque tinha o papai e a mamãe para bancar os estudos), a aposentadoria antecipada acaba sendo um direito para umas, mas um privilégio para outras. Isso sem contar que, cada vez mais as mulheres estão casando mais tarde e adiando a maternidade, o que faz com que o período da vida em que têm a famosa "dupla jornada", fique cada vez menor. E também tem os casais que optam por não ter filhos. Essas mulheres também podem se aposentar antes, mesmo não tendo que trocar uma única fralda na vida...
ResponderExcluirLola, esse texto do William Douglas é antigo e defende as cotas de negros apenas nas escolas públicas. Ele é contra cotas para concurso público (texto de 2011. https://www.google.com.br/search?q=willian+douglas+cotas+negros+concurso&ie=utf-8&oe=utf-8&rls=org.mozilla:pt-BR:official&client=firefox-a&channel=fflb&gws_rd=cr&ei=_EyOUorEBsrVkQfs1YHYBA#channel=fflb&q=william+douglas+cotas+negros+concurso&rls=org.mozilla:pt-BR:official&spell=1):
ResponderExcluir"E onde chegamos agora? Nas cotas raciais nos concursos. Eis o homem, outra vez, abusando. Abuso grave. Já que passaram as cotas nas universidades, porque não também nos concursos? E nas empresas? “Exageremos outra vez! Façamos o que podemos! Aproveitemos o poder para inverter a mão dos abusos!”
Reparem: uma coisa é colorir de todas as nossas cores todos os lugares. Ver negros nos restaurantes finos, ver negras desfilando nas Fashion Weeks, isso será ótimo. Outra coisa é, no afã de acelerar este, de fato, vagarosíssimo processo, errar a mão e prestar um desserviço a todos, inclusive à própria causa.
Não devemos ter cotas raciais nos concursos, como se propõe. Uma coisa é ter cotas nas escolas, nas universidades, nos estágios. Aí sim, pois estamos falando de preparação para a vida e para o mercado. Essas cotas devem ser mantidas, aperfeiçoadas e, com o passar do tempo, obtido seu bom efeito, suprimidas. Mas as cotas nos concursos pervertem o sistema do mérito. Para o direito e oportunidade de estudar, é razoável dar compensações diante de um país e sistema ainda discriminadores, mas não para se alcançar os cargos públicos."
E aqui outro link de 14 de novembro de 2013 em que ele afirma que é contra cotas em concursos públicos http://blogwilliamdouglas.blogspot.com.br/2013/11/continuando-o-debate-cotas-nos-concursos.html
Ema
Nunca ninguém conseguiu explicar, de maneira prática, como se dá essa diferença salarial entre homens e mulheres na iniciativa privada. Dentro de uma mesma empresa, não há como pagar salários diferentes para pessoas com o mesmo cargo. A CLT não permite. Entre empresas existem diferenças salariais, mas elas afetam igualmente homens e mulheres. Não tem como a empresa A pagar X para uma mulher e a empresa B pagar "X menos 30%"(sem pagar os mesmos "X menos 30%" para os homens). Sobra uma possibilidade plausível: a empresa demite um homem e contrata no seu lugar uma mulher ganhando menos. Isso dá prá fazer. Só tem um detalhe: as empresas também fazem isso com homens. Mandam embora um cara experiente, que ganha bem e no lugar contratam um outro homem ganhando menos. Só que, como essa redução salarial não teve nada a ver com questões de gênero (no caso da mulher também não há, o objetivo é reduzir custos), não se fala que o salário foi reduzido por causa disso. Mas quando a pessoa que vai ser contratada ganhando menos é mulher, aí entra nas estatísticas como um salário menos devido ao fato de ser do sexo feminino.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluirVejamos, eu sou um empresario, capitalista, viso o lucro e baixo custo de produção.
Então porque eu contrataria homens, se posso contratar mulheres, para poder pagar menos pelo mesmo serviço prestado ?
Apresento as feministas, a lógica.
"Eu sou capitalista e machista, penso que um homem sempre me dará mais lucros do que uma mulher, embora em trabalhos como costura eu não tenha dúvidas que deva explorá-las antes de qualquer macho. Afinal, a minha lógica é definida por padrões culturais, e exploração capitalista e dominação de gênero compartilham uma linguagem de poder.
Apresento ao machista, ciências sociais, onde a lógica é só mais um campo do conhecimento e nem de longe a forma como o mundo funciona.
Você não fala mais de politica, Lola? Esperava um post sobre a prisão do Genuino e do Dirceu.
ResponderExcluirO jovem Patrick se esqueceu de alguns detalhes no seu longo texto:
ResponderExcluir1) Afinal, o salário de auditor fiscal é o mesmo para homens e mulheres? O rapaz escreveu, escreveu e não mencionou nada a respeito;
2)E daí que as mulheres eram só 17,5% dos aprovados no concurso de auditor? É necessário verificar a quantidade de mulheres inscritas. Se o número de aprovadas foi proporcional ao de inscritas, está tudo dentro do esperado;
3)O próprio Patrick reconheceu que, na unidade da Receita em Natal, não havia (e não há) nenhuma mulher auditora. Ora, se o salário de auditor é o maior que existe na RFB, é ÓBVIO que a média dos rendimentos das mulheres vai cair, e muito. A comparação tem que ser feita entre pessoas ocupando o mesmo cargo, com as mesmas atribuições;
4)Ainda que, mesmo proporcionalmente, os homens sejam aprovados em maior número, qual o problema? As mulheres que estudem, se dediquem e se esforcem para se equiparar aos homens. Se fosse o contrário, um monte de gente estaria aplaudindo...
Cão do Mato,
ResponderExcluirVocê está totalmente equivocado.
Participei de um processo seletivo para ingressar em uma empresa junto com um colega de classe que se formou junto comigo. Nós dois recebemos proposta para a MESMA vaga (mesmo cargo) e a proposta salarial dele estava 1000 reais acima da minha. Entraríamos juntos na empresa e a contratação é CLT.
Cadê seu deus agora?
¬¬
palmas para Valéria Fernandes e outras,que explicaram bem o negócio,se o anon,não entendeu,fazer o que...??
ResponderExcluiragora,tem mais uma coisa que me incomoda,é o preconceito existente em certos discursos de raiva:porque toda mulher pobre tem que ser a "DONAMARIA",e toda mulher rica tem de ser a "DONDOCA FILHINHA DE PAPAI?"mulher que trabalha é mulher que trabalha,isso em qualquer lugar ou situação,e é dessas que se está falando...se o salário já é desigual,vamos ainda reforçar mais as desigualdades forçando o linguajar preconceituoso?
mais um discurso em que a mulher não tem o direito de ser...se a mulher quiser esticar o tempo do casório e planejamento de filhos,o que isso tem a ver com os direitos dela já adquiridos e o que certas pessoas pensam??
Eu sou mulher,tenho direitos,deveres,sofro preconceitos,e portanto,os poucos privilégios que,creio,possa vir a ter,eu os utilizo sim,sem nenhum pouco de remorso,nem vergonha alheia!
Mas,mudando de assunto,Lola,o discurso "belíssimo" do rapaz,que eu li depois do texto,conforme link indicando,tem um trecho que me incomoda bastante,pois no final,o cara admite que as cotas devem ser ampliadas já,e que todos devem concordar,dando a entender que isto seria para condicionar e amansar as pessoas desfavorecidas que conviverão no mesmo mundo que a filha dele,que vai á Disney,tem aulas de balé e psicólogo,etc...ele,no fundo,me pareceu bem hipócrita,por declarar isto e confirmar que pensa egoísticamente num mundo em que sua filha possa transitar sem perigos...é claro que queremos os filhos em segurança,mas pensar em cotas e relacioná-las a este sentimento me pareceu apelação demais!
Anônima das 15:40 disse:
ResponderExcluir"Você está totalmente equivocado.
Participei de um processo seletivo para ingressar em uma empresa junto com um colega de classe que se formou junto comigo. Nós dois recebemos proposta para a MESMA vaga (mesmo cargo) e a proposta salarial dele estava 1000 reais acima da minha. Entraríamos juntos na empresa e a contratação é CLT."
Acho que você bobeou...Deveria ter entrado com um processo contra a empresa. Além do mais, acho que você deve ter tido um pouco de azar. Nos empregos que tive na iniciativa privada, minhas colegas ganhavam a mesma coisa que eu (e todos os outros homens). Seu caso me parece ser uma exceção. Exceções que existem em todos os lugares. ( A Christine Lagarde entrou para a chefia do FMI ganhando mais do que o Straus Khan, mesmo indo ocupar EXATAMENTE o mesmo cargo, rsrsrs...)Além disso,precisamos ver também quais eram as qualificações suas e as de seu colega. Tinham a mesma escolaridade?Falavam ambos fluentemente algum idioma? Tinham mesmo tempo de experiência?
o movimento das feministas antigamente era sério ,lutavam por direitos,agora vcs lutam por privilégios.
ResponderExcluironde está toda essa desigualdade de salários que pouca gente vê?
agora vcs merecem salários iguais simplesmente por serem mulheres?
não posso afirmar que isso n ocorra,mas supondo que alguém pague menos a uma mulher por ela ser mulher,isso é uma atitude da pessoa,misoginia da pessoa,mas vcs com seu mau-caratismo pegam esse fato e afirmam que se uma pessoa faz isso ,todos fazem,enchem a boca para falar que isso é a regra e a realidade.
hj tenho um bom salário e não conquistei ele só por ser homem,estudei bastante para subir dentro da minha empresa e lá o salário é igual para todos,de acordo com o cargo.
"Eu sou capitalista e machista, penso que um homem sempre me dará mais lucros do que uma mulher, embora em trabalhos como costura eu não tenha dúvidas que deva explorá-las antes de qualquer "macho. Afinal, a minha lógica é definida por padrões culturais, e exploração capitalista e dominação de gênero compartilham uma linguagem de poder.
ResponderExcluirApresento ao machista, ciências sociais, onde a lógica é só mais um campo do conhecimento e nem de longe a forma como o mundo funciona"
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Moça,isto não passa de retorica, alem de ser baseado em desconstrutivismo intelectual puro, sem fundamento real.
Prove para mim que uma empresa prefere pagar mais para um funcionário homem, do que menos para uma funcionária mulher, me mostre os contracheques de um balconista e uma balconista na mesma empresa, com a mesma carga horaria.
Se isto que você afirmam fosse verdade, teriamos um surto de desemprego entre os homens não?!
Afinal a hora trabalho deles seria 30% superior a de uma mulher, pelo mesmo serviço prestado.
"Dentro de uma mesma empresa, não há como pagar salários diferentes para pessoas com o mesmo cargo. A CLT não permite."
ResponderExcluirVocê pode nos dar o artigo da CLT que não permite isso?
Vou postar como anônima para não vincular as pessoas que citarei. O Cão de Mato diz que não se pode pagar salários diferentes para cargos iguais, mas o que acontece na prática é que os profissionais são colocados em patamares diferente. Tenho muitos amigos, homens e mulheres, que trabalham em multinacionais. Dois exemplos que eu lembro logo de cara é uma engenheira com mestrado e que gera diversas patentes por ano estar em um cargo menor que um engenheiro só com graduação e que gera uma patente ao ano. A cada ano ela bate a meta de patentes e o único prêmio que recebe é ter sua meta individual aumentada. Outro caso é uma designer, com inglês fluente e pós graduada que trabalha na empresa há dois anos. Um estudante de design (não graduado) e não fluente em segunda língua acabou de ser contratado pro mesmo patamar salarial. Esses são apenas dois exemplos, mas é uma constante por aí...
ResponderExcluire tem gente que dá atenção a troll...
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluirAérea, para a qual a Escola prepara seus alunos, aceite mulheres em dois de seus três cursos de Oficial (Intendente e Aviador; a vedação persiste no de Infantaria).
=
Lola a senhora sabe qual a missão a cumprir da infantaria?
Fisicamente mulheres não suportariam o treinamento de imfantaria, a vida real não e como os filmes de ação.
21 de novembro de 2013 12:59
Ixi anônimo, estás desinformado, mulheres estão quebrando barreiras antigas como essas, viu essa reportagem? http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/11/ex-aluna-do-colegio-militar-de-porto-alegre-treina-na-mais-prestigiada-academia-militar-da-america-4326527.html
Deixa eu facilitar sua vida e ressaltar a parte mais bacana:
Para ser escolhida como representante do IME na disputa, a gaúcha participou de uma seleção interna no IME, com testes físicos dignos de um Rambo: incluíam corrida, flexões, abdominais e sustentação na barra. Kizzy obteve o primeiro lugar e se habilitou a ser primeira representante oriunda do Colégio Militar de Porto Alegre a participar desse torneio militar internacional. A competição envolve homens e mulheres, algo incomum no Brasil.
Tirou primeiro lugar...Opps, e agora qual vai ser a desculpa?
A confusao em relaçao. Esta questao da renda de negros e brancos e de mulheres e homens esta relacionada a quantidade de dinheiro(isto e a massa salarial) recebida por todo um grupo especifico de pessoas e nao ao salario individual especifica,que e igual para qualquer trabalhador,seja branco,indio,negro,homem,mulher,homossexual ou heterossexual. Todas as professoras ganham salario inicial de 903 reais mensais pra 20h semanais no Rio Grande do Sul e os homens tambem. A diretora da escola no entanto ganha muito mais que todos os professores e nao e devidoao fatode ela ser mulher,mas por que em nossa sociedade de classes quem tem cargo de chefia ganha salarios muito maiores. Da mesma maneira numa empresa de construçao civil as engenheiras ganham o mesmo salario que os engenheiros . No entanto como os diretores e presidentes sao todos homens, a massa salsarial das engenheiras fica menor devido ao fato de nao haver mulheres nos cargos executivos. Os salarios sao iguais,os cargos e que sao diferentes. Como ainda ha poucos negros e mulheres nos cargos de chefia e de comando e nos cargos cientificos e de propriedade de empresas, a massa salarial das mulheres e dos negros e menor, embora os salarios sejam iguais para a mesma funçao.estou teclando de um tablete positivo muito ruim de digitar,por isto nao estou usando os centos.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluirLola, esse texto do William Douglas é antigo e defende as cotas de negros apenas nas escolas públicas. Ele é contra cotas para concurso público
De fato, anônimo, eu tomei um drible do Pragmatismo Político, que publicou o artigo com data de 12/11/2013 e me fez crer, com minha boa fé quase tão grande quanto a da Lola, que era um texto inédito. Agradeço sua percepção.
Isso me fez puxar pelo texto de ontem da Lola, Minhas reflexões no dia da consciência negra, em que esse debate foi evoluindo no seu grupo de amigas e, ao final, chegaram à conclusão que o sistema de cotas era justo também para concursos.
Ideologicamente, o texto de William Douglas derruba todos os argumentos anti-cotas. Por isso mesmo que ele vai ter que aceitar, mais dia menos dia, que a grande ficha vai cair ;)
Engraçado... Eu moro ao lado de uma "sauna" (puteiro mesmo) e o horário de incontestável maior frequência é das 14 às 18 horas.
ResponderExcluirEma, me desculpe por ter me dirigido a você, no comentário anterior, como se fosse um anônimo. Não tinha visto que você havia assinado seu texto ao final.
ResponderExcluirJá tinha lido o texto desse juiz, pois foi amplamente compartilhado no face, porém, ao contrário do autor do post, nao gostei do ponto de vista do juiz. Eu senti mais ou menos a vibe "tadinhos dos negros pobres gente, eles querem passar na faculdade". A iniciativa das cotas vai muuuuuuito além de fazer favor para os negros. O meu primeiro namorado era negro e minha mãe morria de implicância com ele pela sua cor. Conhecidas minhas, advogadas, ja foram confundidas com faxineiras pq eram negras. Moro em Bh e minhas amigas negras vivem reclamando do racismo do homem belo-horizontino e eu ja ouvi homens assumirem que nao ficam c mulheres negras. É esse racismo desgraçado que precisa acabar. Se a escravidao negra nao tivesse existido, a cor da pele seria apenas uma informacao adicional, e nao um criterio excludente.As cotas podem significar um passo pequeno em direção ao fim do preconceito racial, mas n deixam de ser uma tentativa.
ResponderExcluirbrancapobremascientedeseusprivilégios disse...
ResponderExcluirOlá autor do guest post:
Li todo o "belíssimo texto" e com todo o respeito não o achei belíssimo. O autor nos convida a passar um dia "na cadeia" como ele passou.
Cara brancapobremascientedeseusprivilégios, quem tem um martelo na mão acha que todo problema é um prego. William Douglas poderia ter feito referência ao ditado popular sobre calçar os sapatos dos outros, mas usou uma expressão mais comum no meio jurídico, em que, no estudo do direito penal, se recomenda "passar um dia na cadeia" para a pessoar ter empatia pelo outro e ter a percepção dos dois lados da questão.
Agradeço ao relato anônimo das 12:01 por nos contar como foi positiva a experiência da creche da Assefaz. Um grande abraço!
ResponderExcluirugh, esses comentários dos mascus me dão uma vontade de me mudar para a suécia...
ResponderExcluirValeu, Patrick!
ResponderExcluirSe estivermos um pouquinho antenadxs nessas questões, percebemos essas disparidades nos nossos locais de trabalho fazendo o "teste do pescoço" (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/teste-do-pescoco-revela-racismo-no-brasil.html). Mas é sempre bom quando alguém resolve "fazer as contas" propriamente, pq aí conseguimos sair do caso a caso.
Também gostei muito desse texto do juíz sobre as cotas, e pra complementar a leitura/discussão, recomendo um texto de meu amigo Cristiano, também sobre as cotas: http://aguadachuva.wordpress.com/2012/05/04/as-cotas-e-eu-por-cristiano-rodrigues-6-2/
beijos!
Eu não consigo entender a dificuldade de quem é contra cotas em concursos públicos ver que para passar no concurso é preciso ser aprovado no mesmo processo de seleção que os demais. A meritocracia continua a existir - com a diferença que garante-se que ela não privilegie a mesma elite de sempre...
ResponderExcluirnao eh a toa que esse cara nao eh pesquisador, os salarios sao baseados nos cargos e nao tem diferenca de salario pro mesmo cargo.
ResponderExcluirO problema eh aprovacao na prova? Tem alguma conspiracao impedindo que mulheres sejam aprovadas?
Hoje tem mais mulheres nas faculdades (em muitos cursos que nao sao voltados para um concurso como da receita) alguem estah reclamando que tem mulher demais na faculdade? Lutam pela igualdade, mas se homem nao chega na faculdade nao tem problema, afinal a luta eh pela "igualdade" da mulher...
Sou servidora pública, do Serviço Exterior Brasileiro.
ResponderExcluirNa minha carreira, para avançar e ter acesso aos melhores postos e salários, é preciso ir para os piores postos.E ir para o exterior, como um todo.
Adivinha quantas mulheres topam? Pois é, em geral, quando são casadas, é raríssimo marido largar tudo pra acompanhar a esposa que vai trabalhar nos cafundós da África. Mesmo quando a esposa consegue um bom posto (digamos, Paris ou Nova York), o marido que "topa acompanhar" é visto como um grande homem que topa fazer essa gentileza pra mulher.
Mulher abandonar a carreira e segiuir o marido? Relativamente comum.
E quando acontece de marido e mulher serem do SEB, e, portanto, os dois poderem trabalhar fora juntos, em geral precisa-se decidir por privilegiar a carreira de um. Adivinha qual costuma ser privilegiado? Dica: ah, mulher tem tendência NATURAL a cuidar de criança, então vamos privilegiar o homem e a mulher pode "viver engravidando enquanto faz a unha".
Mesmo no serviço público há a distinção porque na hora das escolhas difíceis, as mulheres nào costumam ter o apoio das famílias que os homens tem.
Concordo com o "anônimo das 10:50h". Já tive uma empresa com algumas dezenas de empregados (hj estou aposentado) durante muito tempo e na minha experiência aprendi o seguinte: trabalhar com muitas mulheres juntas SEMPRE dá problema. Mesmo com mulheres de alta cultura, os problemas são sempre os mesmos: fofocas, implicâncias entre elas, brigas desnecessárias, falatórios, pedidos constantes para "sair meia horinha antes" através das mais diversas desculpas, desde as sensatas (problemas com filhos, escolas dos filhos, médicos etc) até as mais estapafúrdias ("furou o pneu do trem do metrô"). É uma verdadeira dor de cabeça ter muitas mulheres juntas trabalhando numa mesma empresa. Sem falar nas TPM's, licenças-maternidades, atestados médicos. Você tem problemas todos os dias, todos os dias tem uma mulher reclamando de outra, pedindo pra sair mais cedo, um inferno. Nos setores onde há mais homens trabalhando, SEMPRE há menos, BEM MENOS, problemas. Sem falar que se precisar de algum empregado que fique até mais tarde por conta de alguma emergência, ao perguntar pros homens é tranquilo, já mulheres fazem um escarcéu, reclamam, nunca podem. Sem falar que mulher não fica nem UM MINUTO além do horário, ao contrário, CINCO minutos ANTES já pararam de trabalhar e tão esperando chegar o final do horário.
ResponderExcluirEm suma, essa foi a minha experiência: ao longo das décadas, fui deixando mulheres na minha empresa somente nos poucos setores em que SÓ UMA MULHER poderia fazer o trabalho, nos demais, a maioria, onde tanto fazia ser homem ou mulher, eu só colocava homens e ao longo desse tempo as incomodações e problemas foram diminuindo consideravelmente!
Concluo, portanto, dizendo: infelizmente para as mulheres, teno de dizer, ganhar menos que os homens devia ser normal. É o que penso e o que vivi. Sinto muito se for antipático, mas perguntem para qualquer dono de empresa do setor industrial, como era o meu, e confirmarão o que estou relatando.
Sei que mulheres ganham menos que homens, mas gostaria de ler um ou mais textos que explicassem por a mais b como isso acontece, até para eu ter argumentos para debater com quem se recusa a acreditar nisso. Por exemplo, numa empresa em que um homem e uma mulher desempenham a mesma função, com igual carga horária, o empregador simplesmente paga menos à mulher só porque ela é mulher? Como isso acontece de fato? Que desculpas o empregador usa para justificar essa diferença salarial?
ResponderExcluirNão vou rebater todo o seu machismo, mas fiquei curiosa com isso aqui:
ResponderExcluir"fui deixando mulheres na minha empresa somente nos poucos setores em que SÓ UMA MULHER poderia fazer o trabalho"
Esse trabalho era feito com o útero, ovários, alguma coisa assim?
Pois então, pra quem tem dúvidas a discriminação é na cara dura mesmo. Se é mulher já oferecem um salário menor.. Recentemente numa matéria sobre isso me deparei com um cara cujo trabalho é negociar salários. Ele negocia os salários das pessoas que o contratam por e-mail.
ResponderExcluirEle disse que pras mulheres a negociação sempre é mais dura, menos flexível a aumentar o salário e já começam oferecendo menos.
A matéria é essa:
http://content.time.com/time/nation/article/0,8599,1983185,00.html
Parte do comentário dele:
"As a professional salary negotiator, I have seen the gender pay gap problem firsthand. I have negotiated over 700 salaries representing both male and female employees, but I specialize in helping women negotiate their salaries. Here’s what I’ve learned over the years. Employers negotiate MUCH harder against my female clients than my male clients. When my client is a female, the employer concedes less often, he rejects more counteroffers, and he’s FAR more likely to make a lowball offer."
"Sei que mulheres ganham menos que homens, mas gostaria de ler um ou mais textos que explicassem por a mais b como isso acontece, até para eu ter argumentos para debater com quem se recusa a acreditar nisso. Por exemplo, numa empresa em que um homem e uma mulher desempenham a mesma função, com igual carga horária, o empregador simplesmente paga menos à mulher só porque ela é mulher? Como isso acontece de fato? Que desculpas o empregador usa para justificar essa diferença salarial?"
ResponderExcluirErres (se é que posso te chamar assim), eu não sei exatamente como funciona nas empresas privadas - só que é bem mais fácil do que no serviço público.
E no serviço público eu sei como é.
No tempo em que a Dra. Cláudia Costin era Ministra da Administração, ela quis investigar essa questão da desigualdade salarial entre os sexos. E me calhou de fazer uma série de levantamentos no banco de dados dos servidores (não, eu não fiquei com isso em papel, e não sei qual o andamento que foi dado depois pela alta gerência - a ministra saiu, o assunto morreu, e eu também logo mudei de local de trabalho e perdi o acesso aos dados).
Minha primeira idéia era de que, sendo o acesso ao serviço público feito por concurso, os salários deveriam ser necessariamente iguais para ambos os sexos. Fiz o primeiro levantamento, e havia uma diferença considerável (uns vinte a trinta por cento, se bem me lembro).
Então parei para pensar, e imaginei o seguinte: embora o acesso ao serviço público seja por concurso, e, portanto, igual para todos, na sociedade em geral os homens são mais escolarizados*, logo, predominam nos cargos de nível superior, o que explica a diferença. Controlei os dados pela variável "nível do cargo", e, como, de fato, os homens predominavam (bastante) no NS e as mulheres predominavam no Nível Auxiliar, a diferença diminuiu. Até consideravelmente. Mas não acabou.
Parei para pensar de novo, e me dei conta de que, até 1988, a Constituição não impedia os órgãos públicos de discriminarem por sexo (não havia, por exemplo, delegadas de polícia federal até a nova Constituição ser promulgada); logo, a média dos homens tinha um tempo de serviço maior do que a média das mulheres, implicando adicionais maiores. Eliminei portanto os adicionais de tempo de serviço do cálculo, e a diferença diminuiu de novo. Mas ainda continuava a existir.
E assim fui. Tirei os adicionais por chefia (os famosos DAS), e, como a maioria dos chefes eram homens, a diferença diminuiu de novo (como os chefes são poucos, porém, desta vez não diminuiu muito). Tudo que eu podia imaginar que pudesse explicar a diferença, fui tirando, e a diferença, em geral, foi diminuindo, diminuindo, diminuindo... até que ficou uma diferença de uns dois ou três por cento, que eu simplesmente não consegui nem entender nem explicar.
(continuando)
ResponderExcluirMais tarde alguém me deu uma explicação, que me parece plausível: em muitas carreiras, há um sistema de promoção, e as promoções passam (ou na época passavam) por uma comissão que avalia os diversos candidatos e decide quem será promovido. E essas comissões são compostas na maioria por homens, e quando há igualdade de condições entre candidatos homens e candidatas mulheres, tendem a promover os homens (por que são, na idéia deles, "arrimo de família", o provedor principal de um pequeno grupo de pessoas, enquanto as mulheres, de novo na idéia deles, apenas "complementam" a renda familiar).
Então... até onde eu sei - e o que eu sei se refere a um período que já é passado há quase duas décadas - existe uma diferença salarial considerável; uma parte pequena dessa diferença (uns dois ou três pontos percentuais) é devida à discriminação ativa dentro do próprio serviço público; mas a maior parte é devida a desigualdades que antecedem à entrada no serviço público (o que, tecnicamente, é chamado "diferença de composição").
Suponho que nas empresas privadas seja semelhante, provavelmente com uma parte maior sendo devida a diferenças de discriminação e a parte devida a diferenças de composição se mantendo mais ou menos dentro da mesma amplitude. Mas isso é suposição.
Agora, só sendo cego para não ver que as diferenças salariais existem e são gritantes.
*naquela época isso ainda era verdade.
Erres, sei algumas coisas por alto....
ResponderExcluirFalando da NOSSA cultura, não de determinismo biológico, pq em outros locais pode ser bem diferente:
Empregador costuma oferecer um salário menor para mulheres pq em geral elas não barganham, aceitam o valor dado; mulheres não tem o hábito de pedir aumento.
(Pra ilustrar, tem o caso aqui da comentarista que recebeu uma proposta $1000 menos q um colega pro msm cargo...
Uma vez recebi uma proposta de trabalho que o valor d contrato era só 30% do que era o combinado e os caras - era uma empresa de engenharia civil - se assustaram qnd foram questionados...
Minha irmã recebeu uma proposta de trabalho numa empresa legal, só q oferecendo um salário de fome, como ela já teve outras experiências e sabe o qnt o trabalho dela vale, ela pediu para reverem o valor, novamente cara de susto...)
Mulheres não costumam ser indicadas a cargos de chefia, salvo cargos "femininos": diretoria de escola, chefe de enfermagem...
(Pra isso tb deve valer o teste do pescoço.)
Outra, o capitalismo é lyndo (#sqn), adepto da meritocracia tals.... Mais aqui no Brasil há a cultura do QI beeeem forte, o que reinforça desigualdades de gênero... Então não, não existe meritocracia, talvez sorte...
Mimizentos de 21:19, essa situação poderia ser diferentes se existisse a efetivação do que a Thaís (15:44) falou...
Então é só machismo puro de sua parte msm... Ah! E uma incapacidade de analisar o cenário como um todo...
Em geral, pelo oq eu vejo, há corpo mole das duas partes ("as pessoas querem um emprego, não trabalho"), mas os homens qnd fazem um trisco já ficam bufando que trabalham por uma tropa, q levam a empresa na costa....
Cão do Mato disse...
ResponderExcluirO jovem Patrick se esqueceu de alguns detalhes no seu longo texto:
1) Afinal, o salário de auditor fiscal é o mesmo para homens e mulheres? O rapaz escreveu, escreveu e não mencionou nada a respeito;
Caro Cão do Mato, é tão difícil assim interpretar textos? O post é sobre dados agregados, não individuais.
2)E daí que as mulheres eram só 17,5% dos aprovados no concurso de auditor? É necessário verificar a quantidade de mulheres inscritas. Se o número de aprovadas foi proporcional ao de inscritas, está tudo dentro do esperado;
Essa é a nossa diferença básica: você entende como algo "normal" que metade da humanidade esteja subrepresentada numa instituição pública, eu não.
3)O próprio Patrick reconheceu que, na unidade da Receita em Natal, não havia (e não há) nenhuma mulher auditora. Ora, se o salário de auditor é o maior que existe na RFB, é ÓBVIO que a média dos rendimentos das mulheres vai cair, e muito. A comparação tem que ser feita entre pessoas ocupando o mesmo cargo, com as mesmas atribuições;
4)Ainda que, mesmo proporcionalmente, os homens sejam aprovados em maior número, qual o problema? As mulheres que estudem, se dediquem e se esforcem para se equiparar aos homens. Se fosse o contrário, um monte de gente estaria aplaudindo... (grifo meu)
O blogue é da Lola e boa parte do seu conteúdo giram em torno desse problema, que você sequer considera como tal. A sua perspectiva de mundo gira em torno de si mesmo, a nossa, em torno da comunidade e da sociedade como um todo.
Eu li um comentário aí em cima sobre o comportamento cultural das mulheres quando vão negociar salário, e é verdade. Não é regra, claro, mas acontece muito da mulher aceitar o que estão oferecendo, ou pedir um pouco menos do que queria, e os homens pedirem acima do que merecem pela sua capacidade e experiência. Lembro que um professor da minha pós tocou no assunto, e eu conversei sobre isso com uma colega que estava mudando de emprego, junto com o namorado. Os dois trabalhavam na mesma área, tinham a mesma idade e experiência bem semelhante, e ele estava pedindo mais, e ela nem tinha pensado nisso. Dentro desse mesmo espectro, tive um colega de trabalho que tinha um escritório de contabilidade, com vários funcionários. Uma vez ele disse que só contratava mulheres porque o único funcionário homem que ele teve tentou roubar os clientes dele e abrir o próprio escritório. Que homem era traidor e gananciosos demais (palavras dele) e mulher confiável. Mais tarde conheci também um escritório de advocacia que só contratava mulheres. Tirando a parte da traição, confiabilidade etc, aparentemente homens sentem que precisam e, principalmente, merecem ganhar mais, e mulheres muitas vezes não.
ResponderExcluirEu moro em Viena com meu companheiro, trabalhamos na área de TI da mesma empresa. Eu fiz faculdade na área de TI na Áustria, trabalhei na HP na Irlanda e falo 4 línguas (português, espanhol, inglês - que tenho o cambridge C2, o maior nível - e o alemão B2). A empresa onde trabalhamos é uma multinacional, portanto a língua que se fala é o inglês. Meu companheiro é austríaco, trabalhou na HP alguns anos, que foi onde nos conhecemos. Ele não tem faculdade, não tem nenhum certificado Microsoft e não tem nenhum certificado de línguas. Fomos contratados no mesmo período, porém apesar de todas minhas qualificações ele ganha 1000 euros a mais que eu. Para o MESMO cargo.
ResponderExcluirAlém dele ser homem e austríaco (eu tenho passaporte europeu, portanto aqui sou espanhola) não consigo imaginar outra razão pra diferença de salário. E não, aqui não tem CLT, o esquema é completamente diferente. Se eu fosse processar cada empresa que me oferece um salário menor do que o dele, fico sem trabalho.
Isso não é exceção, é o que mais ocorre por aqui e por aí.
No aguardo de ver essa diferença salarial entre homens e mulheres num mesmo cargo na mesma empresa
ResponderExcluirAqui um artigo sobre o tema em uma revista que não é exatamente de esquerda:
ResponderExcluirhttp://veja.abril.com.br/especiais/mulher/ser-mae-nao-profissao-p-024.html
Outro veículo de comunicação de direita, sobre o mesmo tema:
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33203&sid=46#.Uo9wrKRy3-s
Alguns leitores que se dizem empresários postaram aqui mesmo depoimento dizendo que pagam menos às mulheres, dando as suas "razões" para tanto.
Por outro lado, ainda quero saber qual é o artigo da CLT que proíbe diferenças salariais entre homens e mulheres.
Sawl - The Rebel
ResponderExcluirAdorei a iniciativa de uma empresa de brinquedos de estimular meninas pra se interessarem pela área de Exatas.
O vídeo da criativa propaganda da empresa é esse:
GoldieBlox, Rube Goldberg, & Beastie Boys "Princess Machine"
http://www.youtube.com/watch?v=UFpe3Up9T_g
Sawl - The Rebel
Rene Freire tá no aguardo porque? Tá com preguiça de ler os casos relatados acima?
ResponderExcluirAnônimo das 21:19, você é um incompetente para gerir sua equipe de funcionários, mas coloca as culpas nas mulheres? Faça-me o favor... é como um mascu que sofreu bullying quando era criança e agora a culpa de tudo é das mulheres, esses depósitos de p... Se não sabe ser chefe então tá no lugar errado.
ResponderExcluirJulia das 00:52h: incrível, mas o machismo começa na cabeça das próprias mulheres! Quando falei de "tarefas que só uma mulher poderia desempenhar", não insinuei nada "sexual" ou "reprodutivo" para vc citar "ovários", "úteros" e etc. Minha indústria era no ramo têxtil, isso muito tempo atrás, na época havia necessidade, para dar acabamento em algumas peças, de costureiras, bordadeiras, etc., muita coisa ainda era manual. E para essas tarefas só havia mulheres (ao menos naquela época). Só isso.
ResponderExcluirAnom das 14:14 A Julia (a outra Julia, eu sou a de Viena) foi irônica. Você disse um trabalho que só uma mulher pode fazer e ela comentou sobre ovários e partes do sistema reprodutor porque esse é no caso, uma diferença no corpo feminimo pro masculino. Portanto, se é da indústria textil acredito que não importe ser do sexo masculino ou feminino. Na realidade você que foi machista com essa alegação, porque não há "trabalho de homem" ou "trabalho de mulher".
ResponderExcluirJá q estão falando tanto de cotas olha só q precedente maravilhoso se abriu....
ResponderExcluirhttp://politica-brasil.blognovo.com/2013/11/21/deputado-rogerio-medida-no-pmdb-propoe-cotas-de-10-para-evangelicos-em-concursos-publicos-no-espirito-santo/?ref=nf
"ugh, esses comentários dos mascus me dão uma vontade de me mudar para a suécia...
ResponderExcluirOnde a disparidade salarial também existe...
http://www.thelocal.se/20121107/44276
E nem ao menos é significativamente menor do que no Brasil:
"Graphs show a significant gap at the beginning of working life, reaching 37 percent for 20- to 24-year-olds, before gradually narrowing until retirement (26 percent for 40- to 44-year-olds, 24 percent for 60- to 64-year-olds), after which it balloons to 40 percent for 80- to 84-year-olds."
Sara, a fonte dessa notícia sobre cotas para evangélicos é de uma página de humor, o bobagento.
ResponderExcluirMulher tem que ganhar menos, pois os homens é quem sempre pagam mais. Tem que pagar entrada nos eventos, tem que pagar bebida para elas. Mulher raramente precisa de dinheiro próprio.
ResponderExcluirPatrick , não tenho certeza se vc esta certo.
ResponderExcluir"O deputado estadual capixaba Rogério Medina (PMDB) sugeriu a reserva de 10% das vagas em concursos públicos no Espírito Santo para evangélicos. A proposta foi feita na sessão solene em homenagem ao Dia do Evangélico, realizada na Assembleia Legislativa na última quarta-feira.
O autor do projeto alega que os evangélicos são vítimas de preconceito nos departamentos de recursos humanos das empresas privadas. Chegou a afirmar em discurso que “por sermos tementes a lei de Deus e não nos envolvermos em maracutaias os gestores sempre optam por católicos e até mesmo umbandistas na hora de contratar alguém”.
O projeto segue agora para a comissão de constituição e justiça e se for aprovado vai ser votado em novembro. Caso se torne lei os concurseiros deverão apresentar certidão de batismo e declaração assinada pelo pastor atestando a atuação religiosa do candidato. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se manifestou dizendo que o projeto “é vergonhoso, preconceituoso e fruto do oportunismo barato de pastores neopentecostais”."
Vou postar como anonimo para não deixar ligação com a empresa. Para os que não entenderam como uma mulher pode ganhar menos que um homem na mesma função no setor privado, tenho um exemplo que acontece comigo: Não ganho necessariamente menos que meus colegas, mas tenho mais funções para o mesmo salário.
ResponderExcluirEu e mais 2 rapazes exercemos uma função X em um escritorio. Todos os dias eles tem que chegar, sentar em frente aos seus computadores e fazerem seu trabalho administrativo. Eu, a única mulher nesta função, tenho que chegar (antes que todos os outros funcionarios), tirar todo o lixo das lixeiras, limpar o chao e banheiros e fazer o cafezinho para só depois ir fazer meu serviço administrativo.
Dados importantes: Tenho mais tempo na empresa que os dois rapazes e o serviço de limpeza que tenho que fazer leva cerca de 1 hora, ou seja, tenho 1 hora a menos para fazer o meu trabalho administrativo mesmo que o volume de trabalho administrativo seja o mesmo para os 3 funcionarios.
Anônimo das 21:19, você é um incompetente para gerir sua equipe de funcionários, mas coloca as culpas nas mulheres?
ResponderExcluirkkkkkkkkk inacreditável kkkkkk tudo,sempre é culpa dos homens.
essa é competência feminina? se vcs errarem nos seus trabalhos vão jogar a culpa no chefe?
nem competência para assumir os próprios erros tem...
se a culpa é do cara,todos os funcionários dele,incluindo homens,deveriam dar problema.
Eu estudo para concursos e realmente a quantidade de negros nas salas fazendo provas é bem menor. Mas, sinceramente, antes de falar em cotas de 20% para negros, acho que se deveria começar a discutir como os concursos são feitos hoje em dia. É raro, muito raro, concursos com uma boa média de vagas disponíveis. No último concurso do INSS para nível médio, eram oferecidas apenas UMA VAGA. Foram quase 1 milhão de inscritos no Brasil todo e para a minha cidade, concorri com mais de 3000 pessoas por uma vaga. Como vão tirar 20% de uma vaga? E quando forem duas? Já se coloca um número risível para não ser obrigado a convocar. E como funcionaria o sistema de cotas no chamado "cadastro de reserva", que em outras palavras significa: "Sua nota foi ótima, mas se a gente sentir vontade, a gente te chama". Como seriam separadas as vagas nesse sistema bem cruel? São convocados (quando são) os de maior nota, mas eles costumam convocar pouca gente. Como tirar os 20% daí? O fato é que se chama o mínimo dos aprovados, mesmo com vários órgãos precisando de funcionários. Sem falar da verdadeira máfia de cursos e mais cursos, livros e tudo mais visando ensinar matérias que talvez nem serão usadas na repartição em questão. Inscrições cada dia mais caras e órgãos que abrem concursos sem regularidade, demorando anos para fazê-lo. Acredito que o sistema de cotas venha a corrigir uma injustiça histórica, mas não vejo isso como a solução mágica de um sistema naturalmente excludente e que deve ser revisto sim. E o quanto antes.
ResponderExcluirObrigada xará por explicar pro machistinha.
ResponderExcluirHomem não pode costurar e bordar, não né?
Cada coisa que a gente tem que ler..
Mimimi...a culpa é da mulher...mimimi...trabalho de mulher.E quando alguém explica nunca entendem. Machismo paralisa o cérebro, pelo jeito.
ResponderExcluirCaro Patrick:
ResponderExcluirTodos os dados estatísticos oficiais sobre diferenças salariais entre homens e mulheres giram em torno de comparações feitas entre cargos iguais, com as mesmas atribuições, pois é assim que tem que ser. Uma comparação só é válida nessas condições. Caso contrário, eu posso comparar o meu salário com o da Gisele Bündchen e chegar à conclusão de que ganho menos por ser homem. Agora, quanto à subrepresentatividade das mulheres em órgãos públicos, acho que você precisa se decidir: seu artigo é sobre diferenças salariais ou sobre a pequena presença das mulheres em cargos de alto nível? Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Se as mulheres não se animam ou não são incentivadas a prestar certos concursos, que se tomem providências para mudar esse quadro. Mas isso não tem nada a ver com salário. Um detalhe: mulheres já são, há algum tempo, maioria nas universidades e, recentemente, se tornaram maioria na Medicina. Quando o homem é subrepresentado, ninguém acha ruim, né?
Anonima de 22 de novembro de 2013 20:26, isto que ocorre com você chama-se desvio de função, procure manter contato sempre com testemunhas destes fatos, e não se preocupe, pense nisto como uma poupança para o futuro ;)
ResponderExcluirLolinha, ótimo post. Quero apenas fazer uma observação quanto ao uso de "portadores de necessidades especiais", pois isso faz parte da minha formação e área de pesquisa.
ResponderExcluirHoje usamos "pessoas com deficiência". E talvez não seja surpresa para você o quanto o "pessoa" surpreendeu muita gente. Existem muitos trabalhos sobre o tema, e diversas transformações sociais envolvidas na longa evolução terminológica, mas posto aqui os links de dois resuminhos:
http://www.prograd.uff.br/sensibiliza/por-que-terminologia-pessoas-com-deficiencia
http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal70/utilidade_publica_pessoas_deficiencia.aspx
Beijocas
Para as "Julias" que me redarguíram: vcs não leram direito o que escrevi e me censuraram. Ou escrevi mal: desculpem, sou um idoso. Vamos lá: eu disse no início: "sou aposentado...tive um indústria por décadas...muito tempo atrás...etc".
ResponderExcluirEu nunca disse que "há trabalho de homem ou trabalho de mulher". Infelizmente não existe máquina do tempo. Se existisse, transportaria vcs para os anos 50-60-70, no interior do Estado de Minas Gerais, conservador, retrógrado, atrasado, quase medieval (como era - em alguns locais ainda é - o interior de TODO o Brasil) e as incumbiria de achar 60 homens que bordassem, que era o contingente de bordadeiras que tínhamos! Duvido que encontrassem UM! Se algum homem naquela época fizesse isso, seria um escândalo, acabaria expulso ou linchado pela cidade, isso depois de sofrer todo o tipo de escárnio, discriminação e gozação, sua família junto. Atenção, vou frisar antes que distorçam novamente o que eu citei: não estou dizendo, nem nunca disse, que "bordar é serviço só de mulher"! O que eu disse é que, no local onde era a minha indústria, na realidade de uma cidade média do interior de um Estado conservador (até hj), isso há 40-50-60 anos atrás, ERA ASSIM. Eu vi, eu vivi isso, se duvidam, perguntem aos idosos que conhecem. E não havia nada a se fazer, era a cultura da época. Assim como, naquela época, não havia (se havia, era exceção) mulheres policiais, juízas, lutadoras de boxe e por aí vai.
Esclarecido? Espero que sim. MAs se precisar, volto aqui e explico mais, tranquilo.
Adoraria ver o autor do post comentar sobre o fato das mulheres serem maioria dos aprovados em universidades e diversos concursos.
ResponderExcluirQuestão de gênero ?
Esse texto é uma piada.
ResponderExcluirSou auditor fiscal da SEFAZ/SP e não existe diferença de salários por ser homem ou mulher. O 1º lugar no concurso de 2009 foi de uma mulher. Não existe qualquer discriminação para concurso público. A representação de mulheres em concursos de auditor fiscal é menor porque elas não se interessam pela carreira.
Mulher ganha menos por estar disposta a trabalhar menos. Ser delegado dá uma dor de cabeça que poucas mulheres querem ter.
NENHUMA mulher que não quis ir pra externa (fiscalização de rua), foi. Os homens foram obrigados a ir.
Cota pra negro pra concurso de nível superior é ridículo. Ora, o negro que presta esse concurso já tem nível superior. Precisa de cota também? Nesse caso, melhor dar pensão vitalícia. E um atestado de burrice.
O Willian Douglas não passa de um aproveitador barato, mudando de opinião conforme lhe seja conveniente.
Samuel
Muitas coisas são omitidas nessa história de pesquisas de igualdade salarial.
ResponderExcluirUm homem e uma mulher tem que ganhar o mesmo salário se exercem a mesma função, com a mesma época de admissão e tralhando a mesma quantidade de horas por semana.
Qualquer coisa fora disto é pura manipulação de estatísticas.
Fonte: 20 anos de experiência em RH e DP.
Agradeço a Donadio por essas informações muito importantes de dentro da máquina pública!
ResponderExcluirE trago também novas informações, Lola: no último concurso de Auditor Fiscal no âmbito da Secretaria da Receita Previdenciária (2004), o número de mulheres aprovadas chegou a 33,2%, ilustrando uma queda pela metade no ingresso de mulheres pós-fusão entre as duas secretarias.
Daniel disse... [compilação do seu comentário aqui e no meu caderno]
ResponderExcluirSobre seu post no blog da Lola, gostaria de ler comentários a respeito do fato das mulheres serem a maioria dos aprovados nos vestibulares e em diversos concursos, como os da Magistratura.
Questão de gênero ? Opressão ao sexo masculino ?
Como o sr parece indicar a adoção de cotas de gênero, pergunto se homens em concursos e vestibulares que forem minorias, também serão contemplados com tal medida.
Obrigado.
Daniel, você abordou uma questão interessante: homens também são oprimidos pelo machismo.
Este fim de semana a Gol Linhas Aéreas tornou público por meio de seu twitter oficial que não contrata homens para a área de polimento de aeronaves. Eu testemunhei ao menos duas feministas registrando seu protesto: Lola e a Feminista Cansada.
Por testemunho pessoal, eu sei que na minha cidade escolas privadas não contratam pedagogos para trabalhar com educação infantil. Podem participar da seleção, enviar currículo, mas sempre são vetados na hora da contratação.
Levante dados, números, testemunhos e se organize que o bom combate a qualquer forma de discriminação sempre será bem vindo.
Samuel disse...
ResponderExcluirNENHUMA mulher que não quis ir pra externa (fiscalização de rua), foi. Os homens foram obrigados a ir.
Caro Samuel, o nome disso é machismo. Recentemente, num evento do sindicato, estive conversando com colegas aposentadas, pioneiras como auditoras nos anos 1970, e elas me narraram como foi difícil abrirem espaço para trabalhar na fiscalização, onde frequentemente eram recusadas para compor duplas pelos fiscais mais experientes.