Em maio, publiquei um guest post muito interessante de uma moça que sente desejo por professores universitários, e transou com um (e depois se arrependeu, porque o sujeito espalhava suas "conquistas" pra faculdade inteira).
O post rendeu muitos comentários e uma boa discussão sobre relacionamento sexual/afetivo entre professores e alunas (eu poderia falar de professoras e alunos, de professores e alunos, de professoras e alunas, mas, convenhamos, o primeiro caso é infinitamente mais comum).
Uma outra leitora, Rachel Mourão, escreveu um texto dizendo como isso funciona nos EUA. Ela faz doutorado em Jornalismo na Universidade do Texas, em Austin. Antes, ela havia cursado mestrado em Estudos Latino-Americanos e Comunicação Internacional da Universidade da Flórida. Ou seja, já tem mais de três anos que ela está nos EUA. Fale, Rachel!
O post rendeu muitos comentários e uma boa discussão sobre relacionamento sexual/afetivo entre professores e alunas (eu poderia falar de professoras e alunos, de professores e alunos, de professoras e alunas, mas, convenhamos, o primeiro caso é infinitamente mais comum).
Uma outra leitora, Rachel Mourão, escreveu um texto dizendo como isso funciona nos EUA. Ela faz doutorado em Jornalismo na Universidade do Texas, em Austin. Antes, ela havia cursado mestrado em Estudos Latino-Americanos e Comunicação Internacional da Universidade da Flórida. Ou seja, já tem mais de três anos que ela está nos EUA. Fale, Rachel!
Ao ler o texto da G. e os comentários no post, fiquei chocada com a realidade das políticas em relação à conduta sexual nas instituições mencionadas. Sou estudante de doutorado e professora assistente na Universidade do Texas em Austin e só conseguia pensar: como assim todos na faculdade sabiam que o professor fica com as meninas e ninguém toma nenhuma atitude administrativa? Como assim ele faz comentários sexuais sobre as alunas do curso e ninguém falou nada? Cadê o profissionalismo dessa administração?
Fiz faculdade de jornalismo na Universidade Federal do Amazonas e nunca percebi nenhuma atitude inadequada dos meus professores, então nunca havia pensado que não existem ações punitivas neste sentido. Sem querer julgar ninguém –- afinal, são (quase) todos adultos e (quase) todos solteiros -– acho problemática uma relação entre professor (ou qualquer outra profissão) e subordinado. Sei de casos de assédio sexual que começaram como uma paquera saudável e terminaram em uma espiral de chantagem colocando em risco o emprego do assediado/nota do aluno.
Comecei a lembrar de algumas coisas relacionadas. Na primeira vez em que fiz intercâmbio nos Estados Unidos, meu professor americano (que eu havia conhecido no Brasil) foi me receber e eu, como uma brasileira ainda sem-noção da severidade da coisa, fui direto dar dois beijinhos, como é de costume em Manaus. Na hora ele deu um pulo para trás e disse: aqui temos que agir de forma profissional, como professor e aluno. Fiquei bem confusa: entendo que dar dois beijinhos não faça parte do costume local, mas por que esse mesmo professor sempre dava os beijinhos quando estava no Brasil, se acreditava que não fosse uma prática “profissional”?
Agora, lendo os relatos deixados no post, entendo que para um professor no Brasil, a simples insinuação de que se tem “algo a mais” com alguma aluna é bem diferente da realidade americana. Não sei se o meu professor fez por mal, ou se tinha noção do quanto eu achei sua atitude insultante (dizer que no Brasil é ok não ser profissional).
Na Universidade do Texas, onde estudo e dou aula, as regras são claras e rígidas. Ao entrar na universidade, todos os empregados têm que fazer um curso online de ética e procedimentos gerais, que inclui módulos sobre conduta sexual inadequada. Não é a primeira vez que eu faço um curso deste tipo. Na Universidade da Flórida, durante meu mestrado, havia inclusive testes ao final de cada módulo, com simulações de possíveis situações inadequadas, para testar como aluno e professor lidariam com o caso. Entre outras coisas, a política da UT prevê punições administrativas para:
a) Conversinhas usando termos sexuais, comentários inadequados, incluindo piadinhas e anedotas de cunho sexual no ambiente de trabalho, ainda que o alvo da piada não esteja presente. Ou seja, contar vantagem sobre a trepada da noite anterior é considerado inadequado e passivo de punição.
a) Conversinhas usando termos sexuais, comentários inadequados, incluindo piadinhas e anedotas de cunho sexual no ambiente de trabalho, ainda que o alvo da piada não esteja presente. Ou seja, contar vantagem sobre a trepada da noite anterior é considerado inadequado e passivo de punição.
b) Uso de materiais de cunho ofensivo durante aulas que não sejam relacionados ao tema do curso. Ou seja, piadinhas machistas no meio da aula, imagens ofensivas, humilhação de alunxs, etc, geram punição
c) Não obedecer os limites da relação supervisor/subordinado, incluindo qualquer participação em relação amorosa entre supervisor, técnico desportivo, orientador etc e aluno, mesmo que em relação consensual.
Neste caso (consensual), a relação deve ser reportada imediatamente para a administração para que se decida se constitui conflito de interesse. Por exemplo, se você for casado com um aluno que precisa se inscrever na sua aula, você deve explicar a relação para a administração, que decide se você pode ou não avaliar este aluno.
No meu caso, meu chefe inclusive pediu para evitarmos nos encontrar com alunos fora do nosso escritório, ainda que em locais públicos como Starbucks ou biblioteca. Algumas vezes alunos pedem ajuda individual em algum projeto, e temos que estar sempre atentos pra não marcar nenhum encontro que possa ser interpretado como date. Outros departamentos têm políticas mais ou menos rígidas, mas geralmente só saímos do ambiente profissional em grupos de pelo menos dois alunos.
Neste caso (consensual), a relação deve ser reportada imediatamente para a administração para que se decida se constitui conflito de interesse. Por exemplo, se você for casado com um aluno que precisa se inscrever na sua aula, você deve explicar a relação para a administração, que decide se você pode ou não avaliar este aluno.
No meu caso, meu chefe inclusive pediu para evitarmos nos encontrar com alunos fora do nosso escritório, ainda que em locais públicos como Starbucks ou biblioteca. Algumas vezes alunos pedem ajuda individual em algum projeto, e temos que estar sempre atentos pra não marcar nenhum encontro que possa ser interpretado como date. Outros departamentos têm políticas mais ou menos rígidas, mas geralmente só saímos do ambiente profissional em grupos de pelo menos dois alunos.
As regras também garantem que qualquer denúncia seja confidencial -– seja vinda da vítima ou de terceiros, ajuda para vítimas e direitos legais para quem for acusado.
Que fique claro que não estou dizendo que nenhum professor americano tem caso com alunxs.
Todos conhecemos, inclusive, historias terríveis de professorxs e treinadorxs americanxs que abusaram sexualmente de seus alunos. Só que, quando descobertos, geralmente não são tachados de fodões. Pelo contrário, são ameaçados de perder o emprego e ir para a cadeia (se a vitima for menor de 18 anos).
Ainda que os EUA sejam um país bastante machista e misógino, acho importante que instituições de ensino estabeleçam limites para relações de risco, e punições para quem decide sair por ai constrangendo pessoas, especialmente se forem subordinados. Não consigo imaginar viver em um ambiente acadêmico marcado pela falta de confiança nos professores que, ao invés de criarem espaço para o desenvolvimento intelectual, decidem reforçar um sistema de opressão.
Nota da Lola: Este artigo em inglês aponta que a Universidade de Connecticut acabou de proibir interações sexuais entre alunxs e professorxs. A primeira a banir esse tipo de relacionamento foi Harvard, em 1984. Algumas universidades, como a de Iowa, proíbe apenas o relacionamento entre professores e alunxs que ele esteja ensinando ou supervisionando.
Eu consultei um professor colega meu na UFC, com muito tempo de casa, se havia alguma restrição na nossa universidade. Ele respondeu que não, e que nunca soube de nenhum problema decorrente desses relacionamentos.
Todos conhecemos, inclusive, historias terríveis de professorxs e treinadorxs americanxs que abusaram sexualmente de seus alunos. Só que, quando descobertos, geralmente não são tachados de fodões. Pelo contrário, são ameaçados de perder o emprego e ir para a cadeia (se a vitima for menor de 18 anos).
Ainda que os EUA sejam um país bastante machista e misógino, acho importante que instituições de ensino estabeleçam limites para relações de risco, e punições para quem decide sair por ai constrangendo pessoas, especialmente se forem subordinados. Não consigo imaginar viver em um ambiente acadêmico marcado pela falta de confiança nos professores que, ao invés de criarem espaço para o desenvolvimento intelectual, decidem reforçar um sistema de opressão.
Nota da Lola: Este artigo em inglês aponta que a Universidade de Connecticut acabou de proibir interações sexuais entre alunxs e professorxs. A primeira a banir esse tipo de relacionamento foi Harvard, em 1984. Algumas universidades, como a de Iowa, proíbe apenas o relacionamento entre professores e alunxs que ele esteja ensinando ou supervisionando.
Eu consultei um professor colega meu na UFC, com muito tempo de casa, se havia alguma restrição na nossa universidade. Ele respondeu que não, e que nunca soube de nenhum problema decorrente desses relacionamentos.
Lola, na UFMG outro dia mesmo um professor foi afastado devido a protestos feitos pelos alunos contra as barbaridades que ele dizia na aula, e o fato de que parte dos pontos eram dados apenas pelo que ele chamava de brilho nos olhos. Os comentários porém são de chorar.
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/10/professor-da-ufmg-e-afastado-apos-denuncia-de-assedio-sexual-e-moral.html
mais um motivo para detestar o brasil
ResponderExcluirTotalmente off topic:
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2013/10/rede-anuncia-camiseta-com-frase-em-ingles-que-diz-otimos-estupradores.html
Obrigada por me informar, Marina. Só fiquei sabendo desse caso estarrecedor hoje, com o seu comentário. Tem muita coisa rolando. Minha solidariedade às alunas (e alunos) da UFMG!
ResponderExcluirEu acho que só tem problema se for professora com aluno. Porque professor com aluna, eu vejo direto na USP. Eu tenho uma conhecida que namorava (talvez ainda namore) um professor 40 anos mais velho. Todo mundo sabia. Ela ainda era aluna de graduação quando o relacionamento começou. Ela ia esperar por ele no fim das aulas e ficava dando beijinho na frente da galera. Eu achava estranho pacas, mas... Não era da minha conta. E em toda unidade da USP tem algum caso assim. Já vi professor brincar na sala com a aluna/namorada dizendo que ela ia passar na matéria porque o professor era tranquilo e coisas assim. Eu acho inapropriado, mas é a cultura em que estamos. Se fosse uma professora de 40 anos com um aluno de 30, já iam descobrir com certeza alguma regra que proibiria a relação.
ResponderExcluirLola, só pra te avisar, estão postando a foto da sua casa no 55 chan. Aposto que é o Marcelo.
ResponderExcluirEu sou casada com meu ex-professor, mas só começamos a nos relacionar anos depois da minha formatura (confesso que por mim teria sido antes). Sofremos muito preconceito por causa da diferença de idade (ele é 27 anos mais velho do que eu) e por eu ter sido sua aluna. Há quem ache que ele me seduziu e que sou uma vítima, que nosso relacionamento já existia há muito tempo, que ele traía a esposa anterior comigo, que eu sou uma interesseira. Mas a verdade é que sou profundamente apaixonada por ele. Acho que temos que saber separar situações de abuso de relações consensuais, pois nem tudo é preto no branco assim.
ResponderExcluirAew, na boa, acho nada a ver isso ai. Assedio sexual eh condenahvel de qlqr forma e qlqr jeito, mas proibir pessoas adultas de se relacionarem, sem assedio nem anda, soh normal mesmo, nada a ver. se a menina e o professor veio ou novao querem sair, transar e beijar e fazer o que for q q os outros tem a ver com isso, que preconceito...
ResponderExcluirO mesmo vale ao contrario, eu morria de paixao por uma ou outra professoras da faculdade, logico que na epoca era muita areia pro meu caminhaozinho,estagiario pobre andando de onibus com cara de pirralho e espinhas na cara ainda, sem qualquer elegancia ou classe, sem qlqr atributo intelectual... maaas, nada a ver proibir. eu ja era de maior, elas mais ainda, que repressao sexual isso ai.
Não é repressão sexual não,isso é feito pra proteger tanto o aluno quanto o professor.Imagina só,um professor começa a desejar uma aluna porém ela não se interessa.O cara pode muito bem chantageá-la...dizer que vai reprovar e coisas do tipo.Uma outra situação seria o professor facilitar a vida do aluno só por manterem uma relação amorosa,por exemplo.
ExcluirTenho uma colega que se casou com um dos professores dela da federal da minha cidade.
ResponderExcluirO relacionamento começou quando ela estava no primeiro ano, e ele sempre esperava as aulas delas terminarem, e buscava ela de carro, para saírem.
Ele deu aula para ela durante um semestre e nunca soube que ele foi repreendido ou algo assim.
Até onde sei não deu em nada para nenhum dos dois.
Lola, eu morei em Manaus durante a minha adolescência e na escola, bem como nos cursinhos de inglês e pre-vestibular eu SEMPRE conheci meninas que namoravam professores.
ResponderExcluirNo 3o ano havia 3 professores que davam aula para minha classe que namoravam alunas.
Uma dessas meninas um dia chegou a confidenciar para as amigas que não terminava com medo de que ele a prejudica-se na matéria.
Eu me lembro que na época eu achava um absurdo que a escola fechasse os olhos para aquilo... Até pq no terceiro ano a maioria daquelas meninas tinham 16 / 17 anos, ou seja, menores de idade.
Na universidade (estudei na UFAM) nunca conheci um professor/a que tivesse um relacionamento com aluna/o, mas tive um professor que flertava descaradamente com as alunas e outro que adorava usar palavras e frases de cunho sexual (a maioria vem vulgares) como exemplos para suas explicações nas aulas. Ele era professor de português, mais exatamente sintaxe, a maioria dos alunos em sala eram do mulheres. Não sei se o objetivo era constranger, intimidar ou conquistar (se era a 3a opção, falhou miseravelmente).
Ninguém nunca foi a coordenação do curso, argumentava-se que em faculdade federal ninguém daria ouvidos e se desse, ainda poderia haver represália.
Enfim, concordo com a autora do post: é importante que instituições de ensino estabeleçam limites para relações Professor x Aluno, até mesmo para proteger e resguardar amba as partes.
Ola a todos. Algo que até presenciei até o ano passado. Essa situação alunx/propessxr/x e deverás preocupante, eu em plena sala de aula já ouvi professor dizente horrores sobre XXs, humilhar-nos pela nossa ignorância (aparentemente o que ele queria foi/era $$), e a escola nada fazia. Temo muito por os caloiros iludidos.
ResponderExcluirEu estou acompanhando esse caso da UFMG e o que me chamou atenção foram os comentários no principal jornal do estado. Havia vários de gente que se dizia ex-aluno, tentando desqualificar a denúncia. Aparentemente as alunas gravaram o que ele dizia em sala de aula. O que é ótimo, pois não existe justificativa para um professor dizer que quer "conversar na horizontal" com determinada aluna ou definir parte da nota de acordo com o "brilho dos olhos".
ResponderExcluirSobre o guest post achei muito interessante e correta a postura das universidades americanas. É óbvio que existe a necessidade de regras mais rígidas, por aqui também.
Acho meio exagerado. Se a relação é consensual, qual é o problema? É claro que é necessário certo cuidado para não haver conflito de interesse (o professor ajudar a namorada a passar, por exemplo), mas olha, pelo que eu já vi na UFRGS, os alunos mesmo cuidam para que isso não aconteça. Temos uma colega que namora um professor e tem muita gente que fica na ponta da cadeira durante as aulas, só esperando um motivo pra sair correndo e denunciar o cara. Mas ele nunca fez nada de mais, e ela nunca tirou vantagem desse relacionamento. São só namorados. Nada de mais, na minha opinião.
ResponderExcluirOlá a todos,
ResponderExcluirEu sempre achei os Estados Unidos um país muitos repressivo do ponto de vista sexual. Há uma moral protestante muito forte nas suas instituições. Não vejo mal em um relacionamento consensual entre alunxs e professxres, desde que não haja beneficiamento ou prejuízo para as partes. Outro ponto que não deve-se passar despercebido, é a possibilidade de terceiros, em anonimato, denunciarem uma relação amorosa que não lhes dizem respeito (esse tipo de vigia, por um cidadão para espionar outros, é típico de ditaduras: Alemnha nazista, Brasil, Itália, Chile, Argentina, etc.) Lembremo que em alguns estados americanos algumas posições sexuais até pouco tempo eram consideradas crimes, como a sodomia. Isso é um excesso, por mais que haja abusos não acho que se deva tentar controlar ou punir relações de cunho pessoal. O que vocês acham?
P.S: Nossas culturas são apenas diferentes, as vezes é feita uma valorização exarcebada da cultura estrangeira em relação à brasileira. É o mal de Nabuco que permeia boa parte da sociedade brasileira.
ResponderExcluirAnon das 15:41, se vc puder tirar um print disso e mandar pra mim, agradeço. Correndo pra aula agora...
ResponderExcluirUma relação afetiva entre professores e alunos é muito mais do que uma questão de consentimento:é, principalmente quando é um professor (homem), uma relação de poder. Senão, vejamos: para um cara que ganha pouco, é desvalorizado socialmente, quando deveria ser "o provedor", é tentador exercer esses "pequenos poderes" com os alunos. E realmente o máximo que a escola vai fazer é abafar o caso... mas aí os outros alunos já sabem, tornando o convívio insuportável para a aluna (no feminino mesmo, pois um aluno na mesma situação não sofreria um décimo da perseguição por parte dos colegas).
ResponderExcluirNo local onde trabalho, um professor saiu com uma aluna, mas o que ninguém sabia é que ela tinha um quadro psiquiátrico... o qual se agravou depois desse fato, ameaçando a segurança de estudantes e funcionários. E aí? "Ah, mas ele não podia adivinhar!" Mas se fosse profissional e levasse seu trabalho a sério, nada disso teria acontecido.
Infelizmente, um dos ambientes onde mais falta profissionalismo é nas instituições de ensino...
Antes que digam que um docente universitário ganha bem, acredito que, para alguém que tem, no mínimo, um mestrado, o salário é, sim, muito baixo (menor do que o de um engenheiro somente com graduação, por exemplo).
Não só em faculdade, mas em cursinho também.Na minha escola, o que não falta é namoro entre professor e aluna.
ResponderExcluirManaus e Ufam sendo citados aqui \o/
ResponderExcluirMoro em Manaus e quando eu estava no 3º ano do ensino médio, eu soube que o professor de biologia "pegava" as alunas da escola. Lembrando agora eu vi esse mesmo professor beijando uma menina na boca dentro da sala de aula. Foi num meio de uma prova, onde todos (ou quase todos) estavam de cabeça baixa e a aluna quando entregou a prova, beijou o professor ou ele a beijou (não lembro quem teve a iniciativa).
Eu concordo que todas essas regras americanas parecem exageradas demais, como se vivessem num clima de vigilância e desconfiança eterna; mas certamente elas não desnecessárias,pois francamente desnecessária é a situação que temos aqui no Brasil com professores assediando alunas,fazendo comentários detestáveis misóginos, homófobos e até racistas em sala de aula.
ResponderExcluirEu até acho que não precisava essa formalidade toda, essa ‘sisudez’ entre as partes, mas antes isso do que o assédio,e toda a informalidade que as vezes az as pessoas esqueceram que são professores e alunos, e não amigos, ou íntimos, porque as vezes a intimidade acaba sendo forçada nessa cultura expansiva que nós temos e isso é um tanto desagradável.
Sou da opinião que relacionamento entre professor e aluno deva ser não de amizade,mas sim profissional,talvez com um pouco de camaradagem.
Não sou contra o romance de duas pessoas adultas, mas não é isso que temos na maioria dos casos , mas sim situações de assédio, assédio a adolescentes, alguns maiores de idade é claro,ainda sim, adolescentes, e isso não pode ocorrer, há de haver juízo.
Sou de Manaus e estudei História na UFAM!
ResponderExcluirDiferente da moça do guest post, minha realidade era outra. Professores ficavam com alunas direto,sem contar um professor imbecil que passava a aula toda falando "das putas que comeu". Muita gente detesta esse cara por causa disso, só que o mais irritante é o quanto o comportamento dele é visto como normal, e quem não gosta das piadinhas dele é um chato,careta,e tals. Ele não é o único a falar bobagens assim, mas éo principal.
Uma coisa que me incomoda é o fato de muitas garotas não se importarem com as gracinhas, dão risadinhas, deixam muito pra lá...pra todo mundo o "fulano é assim mesmo,não tem jeito, não se deve levá-lo a sério".
É muito dificil se queixar para alguém porque os professores se protegem, experimenta ir ao departamento que vão rir da sua cara.
Não sei se já comentei ak, mas uma vez ele disse aos alunos que ak tinha muita "professora encostada". Depois explicou que encostada é "akela mulher que ninguém mais quer comer" e citou os nomes...é só um exemplo, dava pra excrever um livro só sobre as besteiras que ele fala, isso porque eu desistia de fazer matérias com ele de tanto nojo que tinha, ainda bem que ele nunca tirou uma gracinha comigo, porém a fama dele vai longe.
De forma geral,os professores do curso paqueram muito as alunas, varia muito, tem o canastra, tem o que dar em cima na cara de pau (em plena sala de aula), o quietinho discreto, o respeitável, que nenhum (calouro ingenuo) aluno acharia que ele sai com alunas, e tem os machistas nojentos. Eu prefiro o tipo canastra, só dá um sorriso, joga um charme, mas nada alem disso, acha que só gostam de exercitar o ego, e nunca fazem piadas sacanas.
Infelizmente por aqui se misturam muito as coisas, basta trabalharem juntos em um projeto, um laboratório de pesquisa, e a garota já fica toda deslumbrada.
Sobre sair contando pra geral, bom acho que ambos (professor e aluna) fazem muito isso, mas cada um deumjeito.Aliás,aqui quem espalha são as meninas,e infelizmente alguns casos envolvem ganhos materiais; o último barraco que deu foi a aluna ter pedido para o professor-paquera, uma segunda chamada em uma prova, pois ela não tinha ido muito bem. A besta foi contar e a coisa se espalhou, e alguns alunos revoltados foram falar com o professor. O cara ficou envergonhado e negou tudo.
Desculpem a bagunça do texto, mas a coisa é por aí.
Sou totalmente contra.
ResponderExcluirPode ser que não seja nada de mais um relacionamento entre profs e alunxs, mas acho que tem muito mais coisas ruins que PODEM vir a acontecer que prejudicariam muita gente e até mesmo a própria instituição.
É um risco que não compensa.
Depende do que tu sentes...
ExcluirEu fico chocada com essas histórias de alunas e professores e comentários misóginos em sala de aula.
ResponderExcluirÉ o machismo da nossa sociedade esfregado na nossa cara.
O que me assusta não é que essas histórias acontecem, mas que as pessoas as achem normais... os caras não estão nem aí, não tem medo de serem repreendidos, demitidos, hostilizados, nada.
Enquanto isso tem feminista sendo ameaçada só porque publicou o relato de uma machista chorão.
Que mundo é esse?
Na boa, não sendo estupro (em qualquer forma jurídica) ou coação moral de qualquer forma, acho que ninguém tinha que se meter.
ResponderExcluirSaí com vários professores (e duas professoras) desde o ensino médio até a graduação e nunca tive nenhum problema, ninguém me forçou a nada, todo mundo foi discreto e meu nome não caiu na boca do povo. Fazendo tudo direitinho, escolhendo bem e tendo sorte, dá problema não.
Infelizmente a gente precisa também do fator sorte, mas isso é com qualquer pessoa, seja seu professor ou não. Uma colega da faculdade saiu com o mesmo professor que saí algumas vezes, quis dar uma de boa e saiu falando por aí, ferrou para os dois. Eu passei ilesa e no fim ele que pagou o pato, até parece que enfiou uma arma na cabeça da coitadinha.... tenha dó. Todo mundo era adulto ali mas pelo visto maturidade sexual independe da idade da pessoa, gênero, se ela trabalha ou estuda e outros fatores.
Nossa, eu não sei, na Universidade as pessoas são adultas e pode rolar algo consensual, apesar de ser uma questão muito delicada, de qualquer forma.
ResponderExcluirMas não podemos esquecer que isso acontece no ensino médio muitas vezes e daí fica muito mais sinistro!
Aconteceu comigo, primeiro ano do ensino médio, meu professor de religião em um colégio católico, parece absurdo, mas foi o professor de religião!
Lembro que me senti muito mal, tinha 15 anos, ele 35,37, não sei ao certo, ele fazia comentários estranhos com todas as meninas da sala, irônicos, contava de sua própria vida sexual "limpa" e "santa", dizia que só namorava sem sexo, que devíamos fazer o mesmo para nos preservar, promovia jogos na aula e nesses jogos ele ficava perguntando sobre a vida sexual das meninas, para descobrir o que fazíamos ou não, era bizarro!! Tudo usando Deus e a pureza como justificativa, era uma coisa muito moralista, doente e sem sentido.
Um dia, ele me parou pra conversar no intervalo de aula e disse que vinha reparando em mim, que eu era a mais correta das meninas da sala (!!!???), que ele percebia meu valor (???), imagino que ele chegou a essas conclusões porque eu tinha um perfil mais estudioso, gostava de ler, ele me via na biblioteca compenetrada, eu tirava ótimas notas e ele interpretou isso como um valor superior, ou algo assim.
E disse com todas as letras que queria me namorar!!! Eu fiquei muda!!! Impactada e sem reação alguma, pra mim ele era muuuito mais velho e era meu professor, não fazia sentido aquelas palavras na boca dele. Ele disse que não tinha pressa pra receber uma resposta, deixou claro que queria um namoro "santo", sem sexo, que iria respeitar minha virgindade (!!, nunca que eu tinha dito nada sobre isso a ele, me senti tão invadida! Eu era virgem mesmo, mas isso realmente não dizia respeito a ele), enfim, fiquei muda!!
Depois ele passou a me entregar balas e chocolates nos intervalos, bilhetinhos com passagens da biblia, fazia elogios a mim na sala de aula na frente de todo mundo, passou a me comparar a outras meninas da classe, na frente delas, em aula!! Como que para me enaltecer..., eu ficava muito nervosa com isso tudo e não sabia bem como agir.
ResponderExcluirResolvi me abrir com uma garota do terceiro ano, que era já bem mais velha que nós, na minha percepção claro, ela tinha 18,e ela era diferente, era mais politizada, falava certas coisas que me deram a intuição que eu podia falar com ela, contei tudo e ela ficou horrorizada, disse que eu precisava denuncia-lo pra diretoria, eu fiquei apavorada com isso, fiz ela prometer que não contaria pra ninguém, fiquei com vergonha, não sei porque, e ela vendo que eu não iria falar de mim na diretoria, me convenceu a só denunciarmos os casos em sala de aula genéricos, sem falar da abordagem que ele fez comigo, dai eu aceitei e fomos juntas na diretora que nos recebeu com o maior carinho e escutou atentamente, e ficou muito revoltada. (isso que não havíamos falado da abordagem comigo!!), não sei, eu deveria ter falado na hora e provavelmente ele seria despedido, mas eu fiquei imaginando que ele pudesse depois me fazer algum mal, me perseguir, não sei, resolvi não falar.
Ele foi chamado a diretoria e deve ter levado uma bronca enorme, mas continuou como nosso professor, mas ele mesmo disse em sala de aula que agora exigiram dele que ele seguisse uma pauta programada, que ele estava proibido de falar de assuntos pessoais em sala e que a diretora queria conferir todas as programações de aula dele pessoalmente.
Ele passou a dar aulas meio agressivo, nos atacando de outro modo, com uma certa severidade que ele dizia ser "o profissional que querem que eu seja", e disse que nós perdemos um "amigo".
Depois de um tempo ele pediu demissão e nunca mais o vi.
Pensando hoje, acho que provavelmente ele se sentiu intimidado em ser controlado por uma mulher, já que a diretora era uma mulher.
Nossa, essa passagem da minha vida me voltou inteirinha lendo esse guest post e nunca havia parado pra perceber essa história como abuso. Foi né? Claro que foi, mesmo que ele não tenha nem me tocado, foi claramente um abuso de poder.
Faço mestrado em uma federal e tenho reuniões com o meu orientador duas vezes por semana. As reuniões acontecem na sala dele e ficamos os dois discutindo na frente de um computador os rumos do meu trabalho.
ResponderExcluirMeu orientador tem ligações com um grupo nos EUA e costuma ir até lá para fazer parte de sua pesquisa, e uma das primeiras histórias que ele me contou sobre isso é que as nossas reuniões seriam algo impraticável na universidade que ele trabalha lá. Apenas o fato de ter um professor e uma aluna em uma sala com a porta fechada por uma hora seria suficiente para que levantassem suspeitas. Ainda, se realmente fosse o caso, se eu fizesse uma denúncia ele teria sérios problemas, já que a porta estava fechada e ninguém poderia ver o que estava acontecendo.
O que acontece lá é que há muitas divisões de vidro, como portas de sala. E ainda, dependendo a situação essa ficaria aberta. Talvez seja um cuidado extremo, porém protege os alunos e professores.
Ainda, nunca se entra em um elevador sozinho com uma mulher. Mesmo com câmeras. É melhor esperar o outro e não arriscar um processo. Novamente parece a primeira vista exagerado, mas aos poucos consigo entender o porquê de todas essas medidas.
Olha, eu ja morei fora por 7 anos, é triste, eu não gostaria que fosse assim, mas voltar para o Brasil, para mim, foi como se tivessem aberto os portais da Idade Média. (Evidentemente tem muita coisa que eu adoro aqui, mas em termos de civilidade, politica e direitos humanos, a coisa ta feia).
ResponderExcluirO irritante de todas essas historias é que o pensamento patriarcal perpassa e estimula todas as atitudes relatadas nas historias, tanto das mulheres quanto dos professores. Porque a mulher que se deixa seduzir por um professor DENTRO DE SALA DE AULA (conhecê-lo em outra circunstância muda todo o contexto) tende a ser uma mulher que busca essa afirmação, que precisa dessa segurança de um homem que a ENSINE as coisas, que seja seu guia. Sinto muito, mas me parece que a maioria dos casos é isso. Não tem nada mais sintomatico do que relação Professor x Aluna (o Mestre e a Discipula). Ainda que haja exceções, e sempre ha, sempre tem o caso do professor que se apaixona perdidamente e a aluna também, e vira uma historia de amor, e tal, isso não é a regra, a gente sabe bem. A regra é o professor se aproveitar dessa aura de superioridade que o cobre aos olhos de algumas (varias) alunas. E, evidentemente, para o homem nesta posição, no Brasil, rá, abriram as portas do harém, né.
O problema pra mim é so esse. Não acho que proibir seja a solução, mas estabelecer regras, com certeza. Quê que é isso de professor beijando aluno na boca dentro da sala, gente?! E professor pegando aluna de 16, 17 anos?! Acho completamente inapropriado.
Acho curiosíssimo um monte de gente achar que não há problema algum (???) em alunx namorar professorx.
ResponderExcluirPrimeiro que há uma hierarquia. Há uma relação de poder (ainda que não seja exercido). É como terapeuta/médico namorar paciente. Como chefe namorar subordinadx.
As pessoas admiram (e é normal) certas pessoas. É normal umx alunx admirar umx professorx. É normal umx paciente admirar seu/sua terapeuta/médicx/psicólogx. É normal admirar x chefe. E é dever de quem está na posição mais privilegiada impor limites.
Será que é tão difícil entender que, se algo der errado, não é quem está na posição hierarquicamente superior que vai se dar mal?
Será que é difícil compreender que se um relacionamento professor-aluna (e aqui o gênero é claro pq é o que mais acontece) degringola, é a ALUNA quem vai "pagar o pato"?
Porque a corda SEMPRE arrebenta para o lado mais frágil. SEM-PRE.
Ahhh, mas são ADULTOS numa relação consensual.
Será? Será? Será? Até que ponto?
Muito feliz por não viver nesses países puritanos nojentos.
ResponderExcluirBom, alguns pontos:
ResponderExcluir1-Se tem uma classe profissional que não sofre NENHUMA RESPONSABILIZAÇÃO por seus atos no Brasil são os PROFESSORES, qualquer exercício profissional no país há proibições éticas, morais e legais que punem a conduta do profissional que age sem zelo, com incompetência e ferindo a ética, MENOS COM OS PROFESSORES que no MÁXIMO respondem às instituições de ensino onde lecionam.Isso é criminoso, pois um profissional desprezível pode passar anos lecionando e deformando os alunos.
2-Não sei se é uma questão nacional, não tenho vivência internacional para afirmar isso, mas suponho,que usamos o trabalho mais para socializar do que para produzir, sob esse aspecto, o foco é totalmente desvirtuado do que devemos produzir para a construção de relações.
3-Enfim, há uma questão que precisa ser dita, algumas pesquisas ~soa financiadas pelo dinheiro público, e lógico se a relação atrapalhar o desenvolvimento das mesmas o prejuízo suplanta à questão particular.
Lola, acredito que professoras e alunos é bastante recorrente também, palpito que até mais. Ocorre que, nesse caso, mulher mais velha com homem mais novo ( que, inclusive, é um dos maiores terrores/medos do patriarcado) o caso é perfeitamente/desesperadamente abafado pelo patriarcado como a maioria dos casos entre mulheres mais velhas e homens mais novos. Na minha faculdade mesmo não haviam casos de professores com alunas, mas de professoras com alunos haviam e ficou tão abafado que até hoje quase ninguém sabe.
ResponderExcluirVitória, o triste é que ele viveu a juventude dele linda e maravilhosamente bem enquanto a sua...e é sempre interessante pensar no caso de as idades serem trocadas e você ser a mais velha, só a título de raciocínio mesmo, uma vez que a idade chega para todo mundo.
ResponderExcluirEdson das 22:37 - Existe um professor de biologia em Manaus "famoso" por ser "pegador" de alunas.
ResponderExcluirSeu comportamento é lastimável e inapropriado, ele esta sempre falando "em flerte" com qualquer aluna do sexo feminino, com ares de conquistador.
Todos sabem desse comportamento e,infelizmente, muita gente acha o máximo. Reflexo da imaturidade e da cultura machista.
E além de machista e inadequado, esse comportamento não é nem um pouco profissional... Mas a escola e o cursinho pré-vestibular onde ele provavelmente ainda leciona, simplesmente fecha os olhos.
Gente, não tô entendendo tanta gente dizendo que não tem problema, que se for consensual tudo bem.
ResponderExcluirRelação professorxaluno envolve nota, avaliação, se for na faculdade o futuro acadêmico do aluno pode ser influenciado. Não dá pra aceitar!
Não descarto a possibilidade de amores eternos nascidos nessa situação, mas tem no mínimo que esperar acabar os módulos em que haja a possibilidade do professor/a avaliar o aluno/a, incluindo, claro, TCC, dissertação e afins. Mas de preferência mesmo depois da formatura.
E esse papo de professor pegando aluna do ensino médio, meu deus!!! Tô super chocada! Já achava o horror os boatos de que isso acontecia no cursinho (onde a maioria já tinha 18 anos e o professor não avalia nada).
Eu acho que é questâo de ética. É impossível um professor avaliar com isenção um aluno com quem esteja envolvido. Sem falar que sexo pode se tornar "moeda de troca", o que deveria ser impensavel em uma instituição de ensino.
ResponderExcluirEsse post me lembrou de outro tipo de relação parecida, entre medico e paciente,pois pode haver manipulação do paciente para obter vantagens de cunho sexual.
ResponderExcluirEu,pessoalmente,acho que se houver interesse de relacionamento,( sendo ou nao correspondido!)o medico deve abrir mão do paciente e indicar outro colega para tratá-lo.Dai ir relacionamento afetivo pode se iniciar,( ou nao!!) mas se houver esse tipo de interesse de qualquer uma das partes,correspondido ou nao, nao acho saudável,
Dai cai naquela outra estória : o casal ja tem um relacionamento, e um dos dois e medico.Quando um adoece , o que e medico pode atender ou operar o outro??
Acho complicado porque tem envolvimento emocional,
Tem colega meu que nao aceita nem atender amigo, nem familia , por conta do emocional ser um fator que atrapalha,
Eu , pessoalmente,nao vejo problemas se o caso for simples ( por ex: tratar uma dor de garganta do seu namorado), mas para problemas mais sérios , especialmente os que envolvem cirurgias, nao acho legal,
Conheço uma pessoa que disse que o marido dela, cirurgião plástico, fez a cirurgia de pálpebras dela,..ai eu acho meio complicado.
Uma vez o GO escreveu pro CRM e perguntou se podia fazer o parto da esposa dele, resposta resumida " poder, pode, mas nao recomendamos , porque num imprevisto você pode nao ter o sangue frio para lidar com a situação , por conta do envolvimento emocional "
Sou professora, não sou sedutora em potencial, mas alguns alunos e até alunas lésbicas se declararam apaixonados(as) por mim. E independente da idade ou sexualidade reverti a situação de forma ética e amigável. A meu parecer não vejo correto um educador se envolver de forma amorosa com alunos (as), mas alunos menores de idade porque o adolescente está descobrindo as relações afetivas e o professor é um auxiliador, educador, ajudador. E há casos em que a relação é criminosa . Quando eu fazia a quinta sêrie, tinha 10 anos e um professor de inglês usava frases pornogràficas para traduzir. Absurdo e inaicetâvel. Muitas meninas foram assediadas eu tinha nojo daquele homem e embora houvessem denûncias crimes de pedofilia não eram vistos com atenção. O tempo passou e eu era obrigada a suportàlo na escola em que eu dava aulas. Ele era visto como um professor legal, engraçado e o resultado foi:
ResponderExcluirhttp://amp-ma.jusbrasil.com.br/noticias/2327973/promotoria-da-infancia-poe-pedofilo-atras-das-grades-em-bacabal. Ele foi preso em flagrante com menores, condenado a 26 anos e uma criança de 11 anos grávida. E o pior é que as vítimas no total são 40, mas apenas 10 tiveram cosagem de denunciar. Se tivesse um limite entre professor e aluno muito teria sido evitado. Sem contar que quando é uma professora a critica é maior. Se fosse uma professora de inglês que tivesse esse comportamento ela jà teria sido exonerada do cargo, mas quando é um professor, um homem é dito como garanhão, bonitão.
Alexsandra no Maranhão tem muito disso e fecham os olhos . Tem um aqui que tem 13 filhos cada um com uma aluna. Também vejo fecharem os olhos. As professoras vivem numa ditadura em que mal podem sorrir ou se enturmar que é chamada a atenção ou talvez até demitida.
ResponderExcluirQuanto a assunto do post ( entre professor e aluno) confesso que fico dividida : alguns disseram ai em cima " se for consensual , se nao houver manipulação ou coação , nem abuso, nem for com menores de idade,qual o problema ?"
ResponderExcluirE como saber se esta havendo manipulação ou coação ? ( as vezes so a própria aluna sabe e tem medo de contar e sofrer represálias...)
Estou pendendo mais pro modelo americano, por enquanto,vou ler mais argumentos...
Eu achei as regras americanas muito exageradas. Desde que professor e aluno se respeitem dentro da sala de aula, o que acontece fora não diz respeito à instituição. Ninguém é aluno ou professor 24 horas por dia. Eu namorei um professor, que hoje é meu marido.
ResponderExcluirEstávamos apaixonados, oque devíamos ter feito então? Ele ter desistido de seu trabalho e ficado desempregado? Ou eu teria abandonado a única faculdade que existia na minha cidade? Ou desistirmos do nosso sentimento por isso ser inconveniente?
Anônimo das 10:30.
ResponderExcluirPrimeiro que meu marido casou super jovem com a primeira esposa. Na verdade ele era mais jovem do que eu quando se casou e teve filhos pouquíssimo tempo depois. E nem ele e nem ela se queixam de terem perdido a juventude e coisa do tipo.
Eu tive tempo pra curtir, ter outros namorados, viajar, e não perdi juventude nenhuma. Aliás conheço muita mulher jovem que se envolve com um cara da mesma idade que é machista, violento, silenciador, comedor de mingau e elas sim não perdem só a juventude, mas tb a vida.
Não tenho medo de envelhecer, e nem medo de mulheres mais jovens e mais bonitas do que eu. Pq grande parte desse preconceito vem de mulheres mais velhas com baixa auto-estima que não conseguem se libertar dos traumas que uma sociedade machista causou. Só que não se combate etarismo com mais etarismo.
Pelo seu comentário percebo logo que é uma pessoa etarista e preconceituosa. Deixa isso de lado e vai ser feliz.
Comentários bem estranhos. Não são apenas ''adultos que querem ficar juntos'', estamos falando de um professor com aluna ( muitas vezes décadas mais velho). Há uma relação de poder aqui. Vê no ouro guest post, a menina tbm queria sair com o professor (tudo consensual) e no final se ferrou. Os professores têm sim que ter limites. Escolas, cursinhos e faculdades precisam parar de fechar os olhos pra esse problema. Seria Ok um chefe paquerando suas funcionárias e fazendo comentários toscos?
ResponderExcluirParece que a situação na ufam eh bem pior do que eu presenciei. Que tristeza.
ResponderExcluirIsso, vamos fixar a opressão e tratá-la como algo limitado aos significados do senso comum. Vamos tratar todos os casos entre professores e alunas como assédio sexual, troca de favores e relação de poder. Vamos enxergar todos os professores que, por algum acaso se relacionaram com uma aluna, como tarados pervertidos machistóides. Pq né, todos devem ser iguais à esse sociólogo da UFMG e esses pervertidos da UFAM.
ResponderExcluirUma relação de respeito, cumplicidade, amizade e tesão genuínos não pode existir dentro desse cenário. No fundo somos todas vítimas e as que dizem que não são é pq passaram por uma lavagem cerebral acadêmica. Salvem suas filhas dos bancos das universidades!
Alexandra,
ResponderExcluirEstudei na UFAM e sei EXATAMENTE do que vc esta falando.
E tb no colegio (fiz o então-chamado-2o grau no colegio Objetivo) tinha colegas de sala que namoraram professores. Inclusive um famoso de Quimica, que tb dava aula em cursinho pre-vestibular.
Concordo que seja uma questão de ética profissional. Sem duvida, em um relacionamento entre professorx e alunx, mesmo que consensual, sempre há uma relação de poder, ja que professorx é uma figura com autoridade. Especialmente na escola, onde o aluno na maior parte das vezes é menor de idade.
Vitória, devo iniciar dizendo que isso "Não tenho medo de envelhecer, e nem medo de mulheres mais jovens e mais bonitas do que eu." foi você quem trouxe para a conversa, o que, para mim, revela um medo sem limites. "E nem ele e nem ela se queixam de terem perdido a juventude e coisa do tipo." claro, até porque é o tipo de queixa que só pioraria a vida, pois o tempo passa, não volta mais e não adianta choro depois. Mas, muito provavelmente, o seu marido não perdeu a juventude mesmo não, aliás viveu a dele e agora vive a sua!! O etarismo, ao contrário do que você disse, é ratificado em sua maioria por homens e não preciso dar exemplos para isso devido a frequência com que os fatos ocorrem (apesar que tantos outros homens preferem as mais velhas). Faça a experiência quando for mais velha de tentar convencer um homem mais novo de que "não existe etarismo, vá ser feliz", se você não tiver dinheiro (não precisa ser muito, tendo em vista que somos um país de muitas desigualdades sociais) na conta para oferecer, existem grandes chances de ele rir na sua cara! Eu, ao inverso do que você disse, não sou etarista, inclusive meu namorado é anos, muitos anos, mais jovem que eu. O que eu quis propor foi um raciocínio mesmo, sem maiores dilações! A sua vida é sua e o problema é todo seu. :)
ResponderExcluirErrado anônima, vc que colocou o MEU envelhecimento em pauta e respondi ao seu exercício. Aliás, por ter proposto exercício tão tendencioso me faz crer que o medo ve, de vc e não de mim. E vc realmente vive a minha vida para saber quem vive a "juventude" de quem? Aliás qual é esse padrão de juventude que vc tem em mente? E já que vc vive com um homem mais jovem, vc está aproveitando a juventude dele, tal qual meu marido estaria fazendo?
ResponderExcluirEntão pq a maioria dos homens são etaristas então não posso sofrer com isso no meu relacionamento? E o senso comum que diz que eu sou interesseira por me envolver com um homem mais velho é o que? Meu marido ser chamado de pervertido e eu de vadia é o que, se não etarismo e misoginia?
E me espanta vc sofrer com o etarismo e praticá-lo. Lamentável.
Sobre o assunto UFMG, eu e outras alunas e alunos organizamos uma carta de apoio aos colegas graduando. O prof. Francisco assedia moralmente as mulheres para quem dá aula desde 1997. Hoje chegamos a 100 assinaturas. Machistas formandos em Sourbonne, não passarão também!
ResponderExcluirNão, Vitória. Claro que não. Inclusive ele quis casar comigo e eu não quis porque sei que ele quer um amor para toda vida e eu, infelizmente, não vou poder oferecer isso a ele. Por esse motivo, já disse a ele que pode arrumar outras namoradas, ele não arruma porque não quer. Conversamos muito disso, não acho certo uma velha como eu destruir o sonho lindo daquele jovem, ele está bem consciente, não se preocupe! Se mesmo assim você continua ~espantada~ com o ~meu etarismo~ eu não sei mais o que te dizer. Falei que a idade chega para todos e, por incrível que pareça, não pensei em critérios de beleza antes de você me lembrar deles. Ademais, Vitória, é como você disse "seja feliz". Façamos isso, eu e você! Só quis propor uma reflexão mesmo. Seria legal voltar aqui, eu e você, daqui uns 30 anos para que eu possa ouvir novamente suas experiências! Mas acho que até lá já morri, infelizmente! Beijos!!
ResponderExcluirOutra coisa, sugiro pensar duas vezes antes de questionar o relacionamento de quem quer que seja. Vc não tem esse direito.
ResponderExcluirLola, passando para elogiar o blog! Obrigada por ajudar tantas mentes!
ResponderExcluirVitória, não sei qual parte do "a título de raciocínio" que você não entendeu. Observe que não falei do seu relacionamento em nenhum momento. Aliás, até por motivos óbvios, eu jamais "questionaria" o seu relacionamento, não conheço você e não conheço quem com você convive. E não questionaria exatamente porque não tenho esse direito. Mas o direito de propor reflexões é perfeitamente garantido. Dessa forma, sua sugestão não pode ser aproveitada, haja vista que se trata de algo que eu não fiz e nem pretendia fazer. De coração, Vitória, eu não quis te causar nenhum desconforto! Paremos com isso e vamos fazer a coisa mais certa que você sugeriu que é sermos felizes! Desculpa qualquer mal entendido! :)
ResponderExcluirDepois que vim morar fora, percebi o quanto a cultura brasileira é permissiva com certas coisas. Muita gente aí (vejo pelos comentários) acha super natural envolvimento de professor com aluna (sim, vou usar esses gêneros, que estão na maioria dos casos), quando na verdade elas envolvem uma hierarquia, uma relação de poder e um conflito de interesses que já as colocam em uma categoria diferente de outras relações consensuais entre adultos, usando as palavras que disseram aqui.
ResponderExcluirEssas regras das universidades americanas podem parecer exageradas e puritanas aos nossos olhos brasileiros permissivos e informais. Mas elas são necessárias. Como alguém disse mais acima, nesse tipo de relação a corda quase sempre arrebenta pro lado mais fraco, o da aluna. Fora que o professor vai ter seu julgamento e avaliação prejudicados por estar envolvido emocional e sexualmente com a aluna. Claro que existem exceções que se tornam histórias de amor, mas a maioria desses casos me parece assédio e abuso de poder, fora a total falta de profissionalismo de misturar trabalho com vida pessoal. Já sobre esses casos bizarros de ensino médio, sinceramente acho que tem algo muito errado com professores formados e vividos que ficam procurando aluninhas adolescentes. Acho que cabe à pessoa mais experiente impor limites e saber separar as coisas, afinal esse é seu trabalho.
Além, obviamente, dos casos de assédio, eu particularmente não tenho opinião formada sobre o fato de professores e alunas se relacionarem sexual/afetivamente no ambiente da universidade. Claro que existem comentários maldosos de que a aluna x está se relacionando com o professor y em busca de favores acadêmicos e profissionais, mas acho que são todos adultos e cada um sabe de si. O que as pessoas fazem de suas vidas não me diz respeito.
ResponderExcluirO que me deixa alarmada mesmo são os casos de envolvimento sexual entre professores e alunas do ensino básico. Existem muitas pessoas que culpam o "fogo" das adolescentes por dar em cima dos professores e eles, coitados, não resistem porque afinal de contas, são machos e precisam espalhar sua sementinha por aí. Mas, mesmo que haja esse assédio por parte das alunas, penso que os professores são adultos e, por respeito a si mesmos e à sua profissão, é obrigação deles cortar qualquer tipo de intimidade. Os que não fazem isso estão se aproveitando da sua condição de superioridade hierárquica na escola e sua idade avançada para se aproveitar da imaturidade das alunas.
Concordo totalmente com as regras americanas TOLERANCIA ZERO. Se to larem um caso aqui outro ali ascoisas raem do controle. A relaçãn professor e aluno deverà ser de ensino aprendizagem e nada mais. Existem casos de coação, abuso de poder e ameaças que quem ta de fora não percebe e chega aqui e fala : NÃO TEM NADA A VER SENDO CONSENSUAL PODE. Vi um caso em que um diretor tava tendo caso com uma aluna. Ela t4wmha 14 anos e era virgem e ele um miserâvel não aceitou um não da menina e a estuprou dentro do carro. A maioria desses professores querem sô aventura. Quando termina o ano terminam o namoro e pegam outra . Ridiculo .
ResponderExcluirSou professora em uma universidade particular (católica) e conheço um caso que resultou em inquérito administrativo e dois casos que concluíram em demissão em função do envolvimento de professores com alunas. Dos três casos que soube, somente um não foi demitido, mas foi afastado por um semestre até que o processo interno tivesse terminado. Não soube de nenhum caso envolvendo professoras.
ResponderExcluiré realmente triste sem comentários
ResponderExcluirTenho uma longa história de relacionamentos com professores que começou com 14 anos. Independente da questão ética envolvida, mesmo com 14 anos eu sabia bem o que estava fazendo, ia atrás, provocava, mandava bilhetes, insistia até conseguir o que queria. Nessa época ainda não era sexo. Então não vou culpar esse e nenhum outro professor, porque foi um contrato assinado pelas duas partes.
ResponderExcluirFelizmente nunca peguei o tipo calhordão machista, talvez porque desde que me conheço tenho uma conduta mais agressiva sexualmente no sentido de tomar iniciativas, dizer o que quero, ir atrás e não esperar. Não é todo homem que gosta disso então nem todas as minhas investidas foram bem-sucedidas, mas quando foram, creio que foi bom para os dois.
Com 17 para 18 anos namorei um professor que não dava aula especificamente para minha turma mas não tivemos problemas, a gente só não ficava de intimidade dentro da escola ou por perto, só não era um super segredo (nem nas nossas famílias).
No cursinho saí com um monte de gente, na faculdade idem, professores também.
Pode até ser um fetiche meu da época mas sendo bem sincera isso nunca me causou mal ou benefício além de uma relação como outra qualquer.
Casei faz tempo e não foi com professor rssssss
Minha opinião é que o que deve valer, acima de tudo, é a consensualidade e não haver o que chamaram aí de coerção moral da autoridade hierárquica. Então o cara se valer da posição para abusar abertamente, verbal e moralmente de alunas e obter favores sexuais unilaterais é uma coisa, mas quando os dois querem mesmo eu não vejo mal. Nem com 14 anos de idade, que é a idade do consentimento sexual no Brasil por exemplo e a partir daí já não se fala mais em violência presumida, o consentimento conta.
Se professor(a) e aluna(o) têm um relacionamento "extra-curricular" c consentido, na realidade isso não deveria ser da conta de ninguém.
entre professores e alunas (eu poderia falar de professoras e alunos, de professores e alunos, de professoras e alunas, mas, convenhamos, o primeiro caso é infinitamente mais comum).
ResponderExcluirPor que será?¬¬
Queria ver feminista responder isso seriamente
ResponderExcluirLola, adorei o Guest Post. Tanto pelo assunto quanto pela pessoa. Dei pulinhos de felicidade ao ler que ela cursou Jornalismo na UFAM. Minha linda faculdade *-*. Sempre sonhei em fazer o meu doutorado em Oncologia Clínica fora do Brasil, viajar e conhecer novas culturas, e ver um caso vitorioso como o da Rachel só me faz me esforçar ainda mais.
Antes de serem professor(a) e alun@ são seres humanos e acredito que como tal tem todo o direito de se relacionarem com quem desejarem e claro, cada caso é um caso! Se o casal souber separar o relacionamento da relação professor(a)-alun@, forem maiores de idade,solteiro... Não vejo problema algum em manterem um relacionamento!
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