Como estou no fim de uma semana hiper corrida, sem chances de escrever, publico aqui a moção de repúdio da Marcha Mundial das Mulheres ao projeto do Estatuto do Nascituro.
O projeto, como vocês viram, teve uma vitória importante anteontem, ao ser aprovado na Comissão de Finanças da Câmara. A próxima votação será na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
É preciso que todxs nós falemos como nossxs representantes, para que xs deputadxs não permitam passar essa excrescência. Vamos ter que sair às ruas mesmo. Já! O assunto é seríssimo, e representa a criminalização de todas as mulheres.
Isso inclui eu, você, sua filha, sua irmã, sua mãe, sua esposa. Qualquer mulher que sofrer um aborto espontâneo (algo que ocorre naturalmente em cerca de 25% das gestações) será considerada suspeita de ter provocado um aborto, e poderá ser investigada pela polícia.
Já escrevi sobre o Estatuto aqui. O Blogueiras Feministas publicou um texto, e a Clarah Averbuck, outro. Leiam, informem-se, revoltem-se.
Deixem aqui nos comentários do post as marchas que estão sendo organizadas (ponham links pras páginas, por favor). Vamos juntas brecar este retrocesso!
Deixem aqui nos comentários do post as marchas que estão sendo organizadas (ponham links pras páginas, por favor). Vamos juntas brecar este retrocesso!
A Marcha Mundial das Mulheres repudia com indignação o Projeto de Lei (PL 489/2007) de autoria do ex-deputado Luiz Bassuma (PV-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), que propõe instituir o Estatuto do Nascituro. Este projeto foi aprovado na Comissão de Finanças no dia 05/06 através do substitutivo da deputada Solange Almeida, do PMDB do RJ.
O PL passa a considerar sujeito pleno de direito o óvulo fecundado, ou seja, o organismo concebido e não nascido passa a ter mais direitos do que a mulher.
Tal PL pretende ainda legalizar a violência sexual que as mulheres sofrem, principalmente o estupro, tornando inadmissível o aborto consequente desta violação e instituindo o pagamento de auxílio para sustentação do nascido até os 18 anos. O projeto institui a chamada “Bolsa Estupro”, como é conhecida pelos movimentos de mulheres, reforçando que a punição recairá sobre a própria mulher violentada. A bolsa deverá ser paga pelo agressor e, caso não o faça, o ônus recairá sobre o Estado.
O estupro é um crime hediondo. Através deste projeto, o estuprador passa a ser chamado de genitor, e a vítima é obrigada a se relacionar com o criminoso, já que ele deverá assumir a paternidade. Também vão perder o direito ao aborto legal as mulheres com risco de vida e as grávidas de fetos anencéfalos, uma recente conquista do movimento feminista através do Supremo Tribunal de Justiça.
Afora a hipocrisia, o abrandamento e a naturalização do crime do estupro, e a violação de vários direitos das mulheres, se destaca a pretensão do legislador em querer determinar quando começa a vida, questão que nem a ciência ousou fazer. Ao analisar os dispositivos desta proposta, cai por terra o discurso de “proteção da vida”, pois não se vê nada além do que já tratam as legislações vigentes sobre direitos de personalidade, direito de saúde e direitos patrimoniais dos recém nascidos.
Caso aprovado este projeto, fica proibida ainda qualquer manifestação que trate do assunto aborto, cerceando o direito do debate, quesito fundamental para a democracia.
Assim, entendemos que a proposta do Estatuto do Nascituro deve ser rechaçada, pois ela significa mais um dos ataques dos conservadores, machistas e opressores que:
- Condena as mulheres à submissão, mantendo-as expostas à violência;
- Reflete a omissão do legislativo diante do aborto como elemento de preservação da vida das mulheres e de garantia da autonomia;
- Golpeia a democracia, a igualdade e a justiça, atingindo bens e valores construídos historicamente.
O avanço rumo à aprovação do chamado Estatuto do Nascituro deve ser visto como ameaça aos direitos das mulheres. Nele, estão reunidas as pautas mais retrógradas e de submissão, ostentadas pelo patriarcado e pelas instituições que o perpetuam ao longo dos séculos: o controle sobre o corpo das mulheres, a institucionalização da violência sexual e o domínio sobre o destino e a vida das mulheres.
Marcharemos até que todas sejamos inteiramente LIVRES!
MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES
Meudeusdocéu Lola. A primeira vez que ouvi falar nisso aí achei que fosse piada! Isso não pode acontecer! Gosto do Brasil, mas corro desse país e nunca mais volto se isso for aprovado de vez! O.o
ResponderExcluirJá então que um amontoado de células é um ser vivo, devemos considerar que o "fecundador" do óvulo, o espermatozóide, também é, e lançar um projeto de lei que prevê punição a todo homem que se masturbar e chegar ao orgasmo.
ResponderExcluirÉ tanto absurdo que eu nem sei mais o que pensar, é tanta perda de tempo com esses assuntos subjetivos que o governo insiste em pautar na forma de lei que o resto da população se ferra ainda mais. A única pergunta que me vem à cabeça é por quê essa gente não usa essa energia e "poder" pra investir em benefícios reais para as pessoas, como saúde de qualidade e educação pública?
Mais uma vez a culpabilização da vítima entra em cena, e o estuprador se sairá como "genitor", alguém que terá mais direitos que a mulher.
Eu prometi pra mim mesma que se isso daí for aprovado, vou embora do Brasil. Muito atraso. De preferencia, vou para um país que não seja religioso.
ResponderExcluirEm Recife nós vamos às ruas! Quero convocar as mulheres daqui que leem seu blog para discutirmos no nosso grupo do Facebook e organizarmos o ato.
ResponderExcluirA nossa luta é todo dia!
beijo Lolíssima
Larissa Santiago
Lola nem quis falar nesse assunto pq era seu niver, mas q presente esses FDP deram pras mulheres, é inacreditável.
ResponderExcluirVou fazer todo o possível para estar na manifestação contra essa barbárie, o q estão querendo impor as mulheres, da até vergonha desse pais.
Eu não gosto desse nome "bolsa estupro". Parece papo de direitoso desonesto, tipo "bolsa crack" ou "bolsa esmola".
ResponderExcluirNão passará.
ResponderExcluirNão acredito!! Mais uma vez uma bancada de empresários decidem o futuro de muitas mulheres!
ResponderExcluirQuando será a Marcha?
Lola, aqui no Rio o ato já tá marcado. Será quinta que vem às 18h no Largo da Carioca. Segue o link do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/504789616241313/?notif_t=plan_user_joined
ResponderExcluirAlguém sabe quando será em BH??
ResponderExcluirAqui em São Paulo vai ser dia 15/06 às 13h00 na Praça da Sé.
ResponderExcluirhttp://www.facebook.com/events/501598106576615/501717643231328/?comment_id=501906816545744¬if_t=like
Tb quero saber quando será em BH.
ResponderExcluirSampa!
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/events/501598106576615/
Parabéns, Lola! Ontem não deu pra eu te desejar...
ResponderExcluirSabe, pelo que percebo, aborto é um tabu profundamente enraizado em nossa cultura. E não adianta argumento racional com quem tem uma fé irracional. Só pra vc ter uma ideia, 3 pessoas (uma mulher e 2 homens) me excluíram no Face, e uma mulher me deu unfollow no Twitter desde que comecei a postar conteúdo contra esse estatuto.
Não deveria ser difícil falar sobre isso. Afinal, o feto só começa a virar ser humano, pessoa, a partir da 13ª semana de gestação, que é quando se forma o cérebro. Tipo quando a pessoa tem morte cerebral, mas o coração ainda bate e médicos até cortam pra doar os órgãos, o feto é a mesma coisa. O coração bate, mas não tem cérebro. Será que toda essa gente tão contrária ao aborto também é contra a doação de órgãos?
Eu acho que tudo isso tem a ver com uma ideia romântica sobre o início da vida humana. Eles tentam apagar até a violência sexual com essa palhaçada de milagre da vida.
E o pior é que os autores dessa porcaria são homens. Sempre homens usando religião pra controlar mulheres. 2013, gente...
Patty Kirsche,
ResponderExcluirNão acho que o fato dos proponentes da imbecilidade serem homens seja significativo. Aliás foi uma deputada do PDT que desencavou a joça.
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2013/06/abortando-uma-discussao-os-homens-sao.html
Aos leitores da Lola que estão no RJ :
ResponderExcluirAto contra o Estatuto do Nascituro dia 13/06 às 18 h no Largo da Carioca - Centro.
Segue o link do evento no FB.
https://www.facebook.com/events/504789616241313/?ref=notif¬if_t=plan_user_invited
Brasil está indo para a idade mérdia e não média se continuar assim e com a conivência de poucas pessoas conscientes, pois o que reparei na marcha para Jesus ou em Brasília pelos meios de comunicação e não pessoalmente é de assustar. Fanatismo religioso é doença e parece estar por se instalar de forma sutil, pois vai para os interiores, sertões onde a falta de informação, cultura, educação ou saúde que são essenciais é falta, fora nas periferias urbanas que tem uma igreja evangélica em cada quarteirão. Eu não tenho preconceito contra evangélicos, pois tenho amigos que são e tem uma visão muito consciente e sábia, mas alguns mal informados que vivem na lábia de pastores, por favor, aqui vai virar o talebã do Silas Malafaia e Edir Macedo se continuar assim, é só ver os comentários no Youtube, acredito que pessoas preconceituosas, presunçosas e sem respeito humano postando por lá ou então sociopatas, dementes ou psicopatas cordiais com o fundamentalismo religioso ou terrorismo muçulmano que pode abater pelo Brasil se não houver alguma manifestação forte contra. Estou em alerta quanto a manifestações próximo onde moro, pois resido no interior do interior.
ResponderExcluirLili Marie
ResponderExcluirBarbaridades como estas não estão sendo defecadas no Yahoo e sim Youtube, em um blog do Estadão e apoiado por outros que nem é bom dar destaque por aqui. Psicopatas, dementes, fanáticos religiosos e seus fundamentalistas estão aos montes por aí, infelizmente. Em um breve futuro caso você não seja conservador, fanático religioso pode ser morto, mas não a morte no sentido letal e sim excluído profissionalmente(atualmente perguntam a religião em vagas de emprego), educacional(escolas com vínculo religioso, católicas, adventistas). Melhor fazer algo senão...
sei q esse post é importantíssimo, mas parece q o feminismo esta sob ataque em todos os lados, só noticias ruins, vejam mais essa, agora se nem uma JUIZA conseguiu se defender da violência doméstica, tentem imaginar o q se passa na cabeça de TODAS as mulheres q sofrem violências e ameaças...
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2013/06/juiza-e-assassinada-pelo-ex-marido-dentro-de-forum-em-cidade-de-mt.html
Lola, parabéns pelo aniversário! Muito anos de vida, com saúde e força para lutar contra as injustiças.
ResponderExcluirQuanto a esse estatuto... Sem palavras! São tantos absurdos, esse é só mais um, só que agora "dos grandes". Eu que sou tão positiva, creio sempre na evolução, mas quando me deparo com essa onda de religiosidade intervindo em assuntos que não são de sua alçada, isso me deprime. Existe respaldo jurídico para um projeto gigantesco como esse, de forte cunho religioso, já que estamos em um Estado laico? (laico, graças a DEUS!, mas não se sabe até quando.)
Fazendo um offtopic por aqui, no Yahoo está uma mega discussão, principalmente em uma matéria da Caol Patrocínio, em que ela refuta os comentários machistas de Marina Ruy Barbosa. Com raras exceções os comentários são tristes, repletos de uma ignorância medonha.
Só para ilustrar: tem um tal de Bernardo, que diz que as pessoas devem ter um único parceiro sexual a vida toda. E que uma mulher divorciada não é somente "rodada" é principalmente "burra", porque não percebeu que o cara era um cafajeste (como se cafajeste viesse com tarja na testa). E o mais triste, mas triste mesmo é ver mulheres aplaudindo, e se dizendo "fãs" de um cara desses...
Socorro! Agora não temos mais o direito de errar. Até a minha humanidade querer me extirpar. Eu pensei que tivesse direito adquirido a errar por ser humana. Mas é que a Constituição Federal não fala sobre isso, né? Ficamos sem respaldo jurídico.
Brincadeiras a parte: pessoas, este blog é o maior celeiro de pessoas inteligentes que já conheci, se puderem dar uma força, vez em quando jogar algumas pérolas aos porcos... é deprimente remar no lamaçal da ignorância sozinha. Alguém se habilita?
Monalisa...
ResponderExcluirSerá que estamos vivendo no Islã e não sabemos?
Olha gente, sério, essas coisas me fazem querer jogar a toalha pq né...
ResponderExcluirJá me revoltei, já borbulhei de ódio contra quem propôs esse "estatuto", mas a verdade mesmo é que não acho que existe a menor possibilidade disso ser aprovado. É contra os direitos humanos essa merda.
ResponderExcluirAs marchas e protestos tem que se fazer presentes para que nunca mais proponham coisas estúpidas como essas e os deputados que o propuseram tem que ficar na nossa mira.
Deveriam incluir ficha suja pra aqueles que atentem com projetos contra a dignidade humana.
ResponderExcluirUm amigo meu definiu bem: o Brasil ta virando o Ira de fio dental... :(
ResponderExcluirEstarei com certeza na marcha do Rio.
Se não reagirmos a esse PL, muito em breve a bancada evangélica e fundamentalista religiosa em geral estará falando em Estatuto da Família, entendendo-se por família a união homem + mulher + filhos, como muito gosta de pregar o PSC. A fobia aos GLBTs é irmã siamesa do machismo. Esse PL, se aprovado, deve repercutir inclusive nas pesquisas com as células tronco, tão importantes pelas perspectivas de melhorar a qualidade de vida de inúmeras pessoas, o que inclui também qualquer um de nós ou de nossos entes queridos, pois ninguém sabe se vai precisar, no futuro, fazer uso dos resultados dessas pesquisas. O Brasil está vivendo um momento que me assusta. Fala-se em controle das decisões do STF pelo Congresso Nacional, o que vai ao encontro do desejo dos fundamentalistas religiosos de derrubar a decisão do Supremo que equiparou a união homo à heteroafetiva. Agora esse Estatuto do Nascituro, que se aprovado vai ser um retrocesso tanto para as mulheres como para as pesquisas científicas no país. Precisamos reagir, já!
ResponderExcluirTb concordo com seu amigo Maria F Lamim , a história ta bem parecida, a esquerda aliada aos religiosos deporam o Xa Mohammad Reza Pahlavi que era um ditador, quando a esquerda do Irã achou q iria assumir o poder foram surpreendidos pelos aitolas q tomaram o poder pra si, a desgraça q se seguiu é do conhecimento de todos.
ResponderExcluirAqui nosso governo fica fazendo alianças expúrias com essas bancadas religiosas vai indo pro mesmo caminho.
A única diferença é q lá são os islâmicos, aqui os fundamentalistas cristãos...
Tenho uma deficiência física.
ResponderExcluirQue é parte da minha identidade.
Mas que me entristece, e tenho muita dificuldade pra me assumir assim. Porque não quero definir a minha vida inteira apenas com essa palavra.
... e principalmente porque eu queria que nada disso fosse verdade. Queria que um dia uma solução mágica aparecessa pra me transformar. Queria esquecer disso.
Agora, diante desta afronta, mais do que nunca, sinto necessidade de falar disso.
E de ouvir e divulgar quem mais estiver nesta situação.
Sugiro a fala detsa linda jovem, paraplégica, escoteira, estudante, paulista, mulher, e entre muitas outras coisas, deficiente.
No blog Andando de Cadeira ela diz por que o estatuto do nascituro a afeta. Duplamente.
http://andandodecadeira.wordpress.com/2013/06/05/aprovacao-do-estatuto-do-nascituro-e-porque-isso-me-afeta-sim-como-deficiente-fisico/
Lola, em Juiz de Fora será no dia 15 de junho, aqui tem o link:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/events/148867588633763/?notif_t=plan_user_invited
No Rio de Janeiro acontece dia 13/06, às 18h, no Largo da Carioca (Centro).
ResponderExcluirOps, esqueci o link do evento no facebook!
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/events/504789616241313/
Lola por que em vez de apoiar esse imoral assunto, não permite a legalização da esterilização, do celibatarismo e incentivos ao mesmo em vez de bolsa familia ou auxilio reclusão. Sai mais barato e mais justo.
ResponderExcluirPessoas, essa bancada evangélica quer nos levar para a lama, para chafurdarmos todos juntos. Mas, o que me deixou chocada foi ver que Edir Macedo é a favor do aborto, e o mais interessante é que ele tem opiniões claras, definidas, e muito inteligentes. Olha, por essa eu não esperava mesmo, aqui o link do youtube: http://youtu.be/ynQ-kG21MmM
ResponderExcluir"Gosto do Brasil, mas corro desse país e nunca mais volto se isso for aprovado de vez! O.o" [2]
ResponderExcluirGente, na boa, vocês estão enganadas. Eu não vou colocar aqui minha opinião sobre o projeto, apenas peço que leiam o texto. LEIAM A PROPOSIÇÂO, e não textos em blogs, notícias, etc. O aborto em caso de estupro continuará sendo permitido, assim como em caso de risco de vida. O que o PL muda é: SE a mulher quiser continuar a gestação resultado de estupro, ela terá direito a uma pensão para sustento da criança. SE o estuprador for identificado, será ele o responsável por pagar a pensão. No ordenamento atual, o nascituro já possui direitos, pois o código civil declara expressamente que o nascituro possui direitos desde a concepção. Não muda nada quanto a isso, apenas estão regulamentando uma situação que já existe.
ResponderExcluiro Antônio vc esta de gozação????
ResponderExcluirli esse estatuto estupido, e é inclusive proposto q o aborto seja apenado como CRIME HEDIONDO, onde vc viu q uma mulher poderia fazer aborto em caso de estupro???? nesse estatuto TODOS os embriões tem status e garantias legais de qualquer cidadão.
Prevê tb o fim de quaisquer estudos de células tronco.
É um dos maiores retrocessos senão o PIOR DE TODOS, já visto até agora, uma AFRONTA AOS DIREITOS DA MULHER.
Haa e sr Antônio esse LIXO DE ESTATUTO, tb prevê penas para quem defenda o aborto, agora nem mesmo discutir sobre esse tema vão permitir esse fundamentalistas religiosos FDP.
ResponderExcluirRafa Angel disse...
ResponderExcluirDeveriam incluir ficha suja pra aqueles que atentem com projetos contra a dignidade humana.
Rafa fiquei muito pilhada de fazer um site com essas fichas sujas dos direitos humanos!!!
Esse parecer explica tudinho: http://pt.scribd.com/doc/141632471/Parecer-Estatuto-do-Nascituro-Comissao-de-Bioetica-e-Biodireito-da-OAB-RJ-2011
Lola, uma das razões pra eu ter votado na Dilma foi por eu crer que os direitos das mulheres (e outras minorias, claro) evoluiriam em seu governo. Nossa, como fui idiota. Pensei que, mesmo com o barraco da campanha, termos uma presidente mulher seria empoderador. Agora, estou bem decepcionada e sem saber o que fazer na próxima eleição, porque me recuso a ver essa teocratização do Brasil continuar. Sim, porque Dilma precisa do apoio da bancada maldita e portanto não tem feito NADA pra impedir a implosão do Estado laico. Nunca pensei que fosse dizer isso na vida, mas o Judiciário é o que parece ser a única esperança pra alguns casos.
ResponderExcluirTô acompanhando essa COISA (sim, é uma COISA, não um estatuto) do nascituro à distância, mas estou morrendo de medo de voltar prum país cada vez mais fundamentalista e hostil aos meus direitos como mulher. Se essa merda for aprovada, é mais um motivo pra eu continuar longe. Tenho até vergonha de contar pras pessoas aqui (Bélgica, onde o aborto é aprovado há um tempo e onde até "depuseram" o rei católico por um dia pra poderem aprovar a lei) o quiproquó que é a questão do aborto aí. E agora com essa bolsa estupro, tá ainda mais inacreditável. Concordo com a Nádia (do Cem Homens) que é uma hipocrisia tremenda, feita pra naturalizar o crime hediondo do estupro, visto que existem tantas famílias em situação precária e que não recebem nem sombra desse apoio. É horrível demais, tudo isso.
Ele está certo, eu li o estatuto e alguns pareceres e o projeto não diz nada sobre proibir o aborto em caso de estupro. Tem que ver isso aí, essa informação está sendo repassada errada, eu mesma descobri agora. Na prática vai dificultar sim, mas teoricamente o art. 128 do código penal continua vigente quanto ao estupro. Quanto ao caso de risco de vida da mãe, aí me parece que não. O estatuto diz claramente que a mulher deverá se submeter a qualquer medida de tratamento, ainda que o feto não seja viável, ou seja, um dos incisos do art. 128 vai ser revogado.
ResponderExcluirEm Sc estamos nos organizando.
ResponderExcluirMaiores informações na página da marcha no face:
https://www.facebook.com/MarchaDasVadiasFlorianopolis?fref=ts
A versão do projeto que passou é essa aqui, vejam o art. 13:
ResponderExcluirhttp://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=770928&filename=Parecer-CSSF-19-05-2010
O texto no blogueiras feministas também explica esse ponto que está gerando dúvidas.
http://www.facebook.com/events/169106646591642/?ref=notif¬if_t=plan_user_joined
ResponderExcluirPágina da marcha de Brasília no facebook! Confirmem presença e vamos à luta, por favor.
As pessoas distorcem as coisas por má fé, pra enganar aqueles militantes que apenas seguem a manada. Eu sou contra a legalização do aborto, mas em alguns casos, como o de estupro e risco de vida da mulher (que já são e continuarão sendo permitidos) sou a favor sim! Claro, é uma questão de ponderação de valores. Há muita desinformação e má fé nesse meio militante.
ResponderExcluirPrimeiro legalizaram o casamento gay. Agora querem o aborto. Qual vai ser o próximo tema da luta por direitos humanos: legalização da pedofilia?
ResponderExcluirGente acorda!
ResponderExcluir" É vedado ao Estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores."
Isso significa o que ? Que o nascituro não poderá ser "penalizado" por um ato cometido pelos seus genitores. Que atos cometidos pelos genitores podem acarretar aborto feito pelo estado, além de estupro?
Tem gente aqui repetindo as bobagens de um certo colunista, sem sequer pensar sobre os argumentos dele.
Pensem ae: Tem alguma maneira de um "pai" pagar pensão alimentícia, sem que o nome dele esteja na certidão de nascimento ? O que impede esse pai (leia-se estuprador) de mais tarde pedir direito de visita e até a guarda dessa criança?
Antônio, sua ignorância é bizarra. Casamento gay é entre duas pessoas maiores de idade que possuem uma relação consentida, e o aborto é sobre uma pessoa que quer ter as rédeas da própria vida. Duvido que os machinhos iriam aceitar alguém legislando sobre seus corpos, mas como quem só engravida é mulher, né?
ResponderExcluirGente, pelo amor de Deus cadê os professores de biologia decentes nas escolas desse país miserável?! Um embrião NÃO É UM SER HUMANO. Pode vir a se tornar um, mas no estágio embrionário não passa de um amontoado de células. Agora querem que um embrião tenha mais direitos do que uma pessoa inteira? Faça-me o favor! Esse estatuto é um retrocesso!
ResponderExcluirJá que vc clamou pelos professores de biologia, biologicamente o embrião é um ser vivo, já que formado por células vivas. É um ser humano, pois possui material genético humano, com plenas condições de desenvolvimento. É um ser humano no começo de sua vida, assim como todos já fomos. Matá-lo é um crime monstruoso. Em caso de estupro, é razoável, pois nenhum valor é absoluto, nem mesmo o direito à vida, então, aceita-se o aborto por uma questão de ponderação frente ao sofrimento da mulher. Mas abortar do nada? Só porque deu vontade? Isso é monstruoso.
ResponderExcluirAntonio as 22 e 09: cara, de acordo com o seu comentário eu entendi que alface é um cerumano pq tem células vivas... De acordo com o seu argumento (uma bosta aliás) qualquer ser que tenha células vivas é um cerumano? Cê fica olhando pro chão quando caminha pra não pisar em formiga? Cê não mata aranha neh? Nem compra veneno contra rato neh? Pq isso seria monstruoso!
ExcluirExplica direito isso aí caralho!
Antonio,só digo uma coisa:o corpo é da mulher e ela faz o bem que ela entende dele,logo a sociedade e essa trupe de evangélicos não tem nada de se envolver, não tem nada de ficar dando pitaco e ficar inventando estatuto disso e daquilo!
ResponderExcluirEles seguem preceitos tão antigos ,quanto a idade das trevas,seguem uma biblia onde se coloca a mulher inferiorizada ao homem e etc...
Só não continuo a argumentar, pois já me estendi demais...
Espero que você tenha entendido que o aborto não é nada mais do que um direito que o Estado deveria garantir a mulher qual tem total controle sob seu corpo e qual ela pode bem fazer dele o que quer.
Captou?
Vai sonhando, comunistinha patético.
ResponderExcluirGeeente, alguém tem notícias de manifestações contra esse absurdo em Fortaleza???
ResponderExcluirGastando nosso dinheiro com opressao.Ficha suja na certa,meus carxs!
ResponderExcluirBoa, cadê Fortaleza? Talvez devêssemos começar, Nicole.
ResponderExcluirPessoal, antes de falar sobre qualquer assunto, informe-se sobre ele. Evita-se que fale besteira e que algumas pessoas fique lutando contra inimigos imaginários. Torna a coisa menos quixotesca. Copiei da página da Câmara a versão aprovada no Congresso.
ResponderExcluirO Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei dispõe sobre normas de proteção ao nascituro.
Art. 2º Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido.
Parágrafo único. O conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos ainda que “in vitro”, mesmo antes da transferência para o útero da mulher.
Art. 3º Reconhecem-se desde a concepção a dignidade e natureza humanas do nascituro conferindo-se ao mesmo plena proteção jurídica.
§ 1º Desde a concepção são reconhecidos todos os direitos do nascituro, em especial o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento e à integridade física e os demais direitos da personalidade previstos nos arts. 11 a 21 da Lei nº10.406, de 10 de janeiro de 2002.3
§ 2º Os direitos patrimoniais do nascituro ficam sujeitos à condição resolutiva, extinguindo-se, para todos os efeitos, no caso de não ocorrer o nascimento com vida.
Art. 4º É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, ao desenvolvimento, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à família, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Art. 5º Nenhum nascituro será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, sendo punido na forma da lei, qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos.
Art. 6º Na interpretação desta lei, levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se destina, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar do nascituro como pessoa em desenvolvimento.
Art. 7º O nascituro deve ser destinatário de políticas sociais que permitam seu desenvolvimento sadio e harmonioso e o seu nascimento, em condições dignas de existência.
Art. 8º Ao nascituro é assegurado atendimento através do Sistema Único de Saúde – SUS.
Art. 9º É vedado ao Estado e aos particulares discriminar o nascituro, privando-o de qualquer direito, em razão do sexo, da idade, da etnia, da origem, de deficiência física ou mental.
Art. 10. O nascituro terá à sua disposição os meios terapêuticos e profiláticos disponíveis e proporcionais para prevenir, curar ou minimizar deficiências ou patologia.
Art. 11. O diagnóstico pré-natal é orientado para respeitar e salvaguardar o desenvolvimento, a saúde e a integridade do nascituro.
§ 1º O diagnostico pré–natal deve ser precedido de consentimento informado da gestante.
§ 2º É vedado o emprego de métodos para diagnóstico pré-natal que causem à mãe ou ao nascituro, riscos desproporcionais ou desnecessários.
Art. 12. É vedado ao Estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores.
Art. 13. O nascituro concebido em decorrência de estupro terá assegurado os seguintes direitos, ressalvados o disposto no Art. 128 do Código Penal Brasileiro:
I – direito à assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico da mãe;
II – direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe assim o deseje.
§ 1º Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, será este responsável por pensão alimentícia nos termos da lei.
§ 2º Na hipótese de a mãe vítima de estupro não dispor de meios econômicos suficientes para cuidar da vida, da saúde do desenvolvimento e da educação da criança, o Estado arcará com os custos respectivos até que venha a ser identificado e responsabilizado por pensão o genitor ou venha a ser adotada a criança, se assim for da vontade da mãe.
Art. 14. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Me pergunto o porquê da existência de um estatuto como esse, retrocesso intelectual, uma armadilha a direitos adquiridos. O que fazem na política estes moralistas cínicos muito mais promíscuos do que cada mulher que querem aniquilar – e não só – seres humanos, obrigados a nascer indesejados. Que conceitinho barato de vida tem esses evangélicos nojentos, responsáveis, hoje, pelas leis que temos de obedecer. Imagino que a materialização desta mentalidade, nas suas concepções sedentas por dinheiro e poder, seja o nascimento de seres fadados à miséria para assim torná-los mais um de seus cordeirinhos resignados ao pagamento de dízimos, eleitores e defensores de suas morais. Não é apenas moralismo e religião é má-fé, da pior espécie.
ResponderExcluirPostado o texto aprovado na comissão de família vamos discutir em que que o estatuto pode trazer alterações.
ResponderExcluirAltera a vida das mulheres em relação ao que existe hoje? Rigorosamente nada! No artigo 14 resguarda os direitos de aborto legal nos únicos dois casos que eu acho que deve ser permitido pelo código penal. O artigo 128 libera o aborto em caso de estupro e risco de vida comprovado para a mãe.
O único problema que vejo é que o estatuto proíbe pesquisa com células tronco de embriões e cria um problema danado para os milhares de embriões congelados em clínicas. O resto continua como era. O resto é delírio militante.
Chega ser divertido ver um esquerdista contra uma bolsa. Não me contive. É engraçado, logo os esquerdistas que tanto amam uma bolsa.
Gente, calma lá!! Apesar dessa ler ser COMPLETAMENTE ridícula, ela NÃO, repito, NÃO anula o artigo nº 128 do cógido penal brasileiro que ASSEGURA o DIREITO da mulher nos CASOS DE ABORTO em relação ao estupro, risco de vida da mãe e quando o feto é anencefálo.
ResponderExcluiradorei essa notícia,podem espernear a vontade abortistas!
ResponderExcluiressa abominação deve ser impedida,nós que somos contra realmente somos a favor da vida,não é como vocês que alegam isso mas acham normal impedir a vida de outro ser humano.
atacam religiões,acontece que eu sou ateu e mesmo assim sou contra aborto,não tem nada a ver,matar uma pessoa é crime e ponto final.
esse "amontoado de células" que vocês falam como se fosse nada,são células humanas,não é um cachorro que vai ser gerado a partir delas e se elas existem e estão em desenvolvimento é óbvio que há vida.
aliás ,animais tb tem todo o direito a vida e infelizmente muitos também não respeitam isso.
ResponderExcluir
ResponderExcluirpois é, luiz...
e me espanta q alguém q deteste td e qq tipo de bolsa ou ação afirmativa, não critique ou não se oponha justamente a essa.
e pior q isso, ainda ache td divertido.
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a questão td é muito simbólica e escancara o fato de q, no brasil, as mulheres estão perdendo a pouca voz q conquistaram. e não deixa de ser uma ironia imensa q isso aconteça justo neste momento.
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não está diretamente relacionada com o post, mas tem a ver com as relações entre homens e mulheres no brasil.
http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2013/06/07/no-brasil-as-mulheres-nao-sao-abertas-em-relacao-ao-proprio-corpo-diz-fotografo-spencer-tunick.htm#comentarios
e os comentaristas da notícia não entenderam nada da crítica do artista!!
somos extremamente moralistas, conservadores e travados sexualmente. e nos escondemos atrás da sexualização extremada do corpo feminino, da nudez opressiva da mulher (e não libertária, como muita gente quer crer) e de letras de músicas com alto teor sexual. a liberdade sexual do brasileiro é um mito q só rivaliza com o mito do brasileiro cordial.
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esse estatuto é um retrocesso inimaginável em pleno séc. xxi. e é tb um aviso. devemos ficar atentos, pois a laicidade do estado está ameaçada. se td está ruim sob dilma, alguém imagina o q aconteceria sob serra ou marina? o horror! o horror!!
e pra fechar esse comment confuso, repito algo q digo sempre q na conversa, o tema aborto aparece: o direito ao aborto deveria ser garantido por lei. mesmo q nenhuma mulher no mundo faça um aborto, ele deveria ser um direito garantido por lei. se a mulher tivesse o mesmo status social e político do homem, é assim q seria. mas o fato é q a mulher está ainda subordinada aos ditames masculinos. e esse estatuto é a demonstração disso.
se aborto fosse um direito, nada impediria q lutássemos diuturnamente para reduzir sua ocorrência. esse direito só significaria o reconhecimento da plena humanidade da mulher. mas por aqui, ainda queremos mulheres subordinadas aos homens. e estamos de fato, tão subordinadas, mas tão subordinadas, q muitas se debatem loucamente para jamais deixar de sê-lo (e neste aspecto, a responsabilidade é religiosa, embora não exclusivamente religiosa).
ResponderExcluir"Altera a vida das mulheres em relação ao que existe hoje?"
claro q altera, pois impede qq possibilidade da ampliação dos direitos reprodutivos da mulher ou do casal, uma vez q elimina qq possibilidade de interrupção voluntária da gravidez até a 12ª semana.
se existe algum aspecto positivo nisso (eu, sinceramente, não consigo ver nenhum, já q é td faca de dois gumes), está na possível melhoria do atendimento público à mulher gestante. não por ela, evidentemente, mas pelo embrião/feto q ela carrega.
está claro no art. 4º q as gestantes serão retiradas das ruas, das favelas e dos lares abusivos para receberem alimentação adequada e assistência à saúde, já q não é possível garantir isso ao nascituro sem estender, pelo menos por 9 meses, essas regalias à gestante, afinal, como colocar o nascituro à salvo de qq opressão e violência sem q a gestante tb não seja colocada à salvo, não é mesmo?
as gestantes muito pobres sentirão, por 9 meses, o q é ser cidadã. após o nascimento, gestante e criança (q agora não é mais embrião/feto) serão devolvidas ao mundo cão.
Legislar sobre o corpo das mulheres é sempre divertido, muito engraçado. Aparece até ateu pra defender o estatuto. Só faltou dizer "sou ateu mas acredito em alma".
ResponderExcluirE ainda querem nos tirar de burras. Isso é o que mais me impressiona em machistas. Eles acreditam do fundo do coraçãozinho deles que mulheres são burras. A vida deles seria muito mais fácil se todas fossem, né? Vão sonhando.
E ainda temos que ler comentários de covardes misóginos desoocupados como esse Anônimo anonimato...
Confuso, muito confuso ainda pra mim. Se a maior parte aprovada do estatuto ja existe, por que fizeram de novo? Qual o intuito de "organizar" isso. Eu li o parecer da Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Estado do Rio de Janeiro,e fiquei horrorizada!
ResponderExcluirÉ inacreditável!
A vontade de ir embora daqui realmente surge.
Este estatuto só vem formalizar a velha idéia de que o corpo da mulher é de domínio público. Todo o mundo tem direito de julgar, usar e legislar sobre o corpo da mulher, a não ser a própria mulher. Não é de se espantar que os maiores defensores deste estatuto sejam homens. Agora, uma lei que dá mais direitos a um conjunto de células, não uma vida (ou VIDA em caixa alta como eles gostam de escrever) mas células, devia valer para homens também. Afinal, todas as vezes que eles se masturbam e ejaculam estão matando milhões de potenciais criancinhas!! (E a VIDA? Isso é um genocídio!!). Para eles, à mulher cabe o fardo da gestação, desejada ou não, como a santa virgem Maria (não basta ser mãe, tem que ser virgem também).
ResponderExcluir"Este estatuto só vem formalizar a velha idéia de que o corpo da mulher é de domínio público."
ResponderExcluir- Não, este Esttuto apenas assegura o direito mais básico de qualquer ser humano: o direito de vida.
Falar em "direito ao corpo" seria equivalente a dizer que o ser humano em desenvolviemnto é um extensão do corpo da mulher, como se fosse um fio de cabelo que ela pode cortar. O fato é que dentro da mãe jaz uma entidade que é completamente distinta dela.
Desde 1827, com Karl Ernest Von Baer, considerado o pai da embriologia moderna, descobriu-se que a vida humana começa na concepção, isto é, no momento em que o espermatozóide entra em contato com o óvulo, fato que ocorre já nas primeiras horas após a relação sexual. É nessa fase, na fase do zigoto, que toda a identidade genética do novo ser é definida. Karl Ernst von Baer observou o ovo ou zigoto em divisão na tuba uterina e o blastocisto no útero de animais. Nas suas obras, "Ueber Entwicklungsgeschiechteb der Tiere" e "Beabachtung and Reflexion" descreveu os estágios correspondentes do desenvolvimento do embrião. TODO livro moderno de embriologia humana traz esta descrição. TODOS os estudos científicos afirmam que o desenvolvimento humano se inicia quando o ovócito é fertilizado pelo espermatozóide. TODOS afirmam que o desenvolvimento humano é a expressão do fluxo irreversível de eventos biológicos ao longo do tempo, que só pára com a morte. Então, longe de ser apenas "um conjunto de células" (é assim que você trata um ser humano? Pois você também é um conjunto de células), o embrião é um ser humano em desenvolvimento.
Elisa Berg,
ResponderExcluirSua analogia não é boa, por execrável que seja o Estatuto não criminaliza a menstruação, então criminalizar a masturbação masculina não tem simetria com o que pretende o Estatuto. Nessa questão seria bom se concentrar nos verdadeiros inimigos.
Puta merda. Tem que ser muito, mas muito boçal para se achar digno, capaz e justo, na posição de terceiro que jamais se envolverá em primeira pessoa no assunto (por pura incapacidade biológica), de determinar com base em suas percepções pessoais (de terceiro que JAMAIS passará por isso, repito) o que é e o que não é requisito suficiente para contrabalançar o direito à vida, que não é absoluto.
ResponderExcluirAliás, eu acho que um elemento assim consegue ser ainda mais boçal do que aqueles que repetem como matracas o mantra que o líder religioso implantou em seus cérebros sedentos por um líder, incapazes que são de pensar por conta própria (maioria dos que se auto-intitulam "defensores da vida" [cof cof]). Isto porque os últimos ainda mantêm alguma coerência dentro do seu pensamentozinho tão limitado que dói: uma célula humana diplóide resultante da fusão de duas células humanas haplóides é um ser humano e merece proteção à sua vida a despeito de qualquer coisa.
Mas o primeiro tipo de boçal não. Ele entende que nem mesmo o direito à vida pode ser absoluto. Mas, é claro, é ELE, E SOMENTE ELE, quem foi agraciado com o dom divino de determinar QUANDO é ou não justificável que o direito à vida seja preterido em relação a um outro, de TERCEIROS. E aí eu pergunto aos ateus que fazem coro a esta babaquice: no que isto difere de religiosos tentando fazer com que todos sigam os preceitos de sua fé, sua moral e seus bons costumes? Ah, já sei: não é no cu de vcs, néam?
Então Lola, lembra quando te mandamos começo do ano o relato sobre a manifestação em Jaraguá do Sul? Vamos fazer um ato contra o estatuto também e espero que ocorra tão bem como o outro. Não só as capitais são feministas :D
ResponderExcluirPágina do facebook do ato : https://www.facebook.com/events/309310915870234/
Passando pra apoiar e dizer que também há homens aqui lutando contra esse PL.
ResponderExcluirAlém disso, devo dizer que fico triste com pensamento de algumas - "se isso for aprovado, fujo desse país". Espero que seja só força de expressão, pois é um pensamento bem egoísta e pouco patriótico...
Lex, obrigada pelo apoio. E concordo com vc. É pouco patriótico e egoísta mesmo. Só que é o meu egoísmo isolado. E esse egoísmo imenso em forma de lei, que vai afetar todAs que conhecemos? Vou mesmo.
ExcluirLili Marie
ResponderExcluirEu não digo um islã no momento, mas caso continue fundamentalistas religiosos ter muita influência no legislativo que é muito importante, pois aprova leis, projetos de leis será complicado. E tem pessoas que agem de forma sutil, falo isso, pois fui a uma festa de 20 anos de uma amiga com meu marido, eu sou espírita e ele ateu, estávamos em meio de pessoas jovens entre 18 a 25 anos, uma moça se aproximou e começou a conversar conosco, a festa era um show de rock, bom ela estava com um visual bem digamos, roqueiro, roupas pretas e durante a conversa perguntou qual nosso parecer quanto a religião, eu falei do meu e meu marido o dele, bom o tom dela foi que o meu marido fosse um herege e eu por ser espírita uma quase satanista, eu não sei qual lavagem cerebral fazem nesses cultos com música gospel de rock ou white metal, mas é boa, pois a garota tinha um poder de persuasão incrível com seus 20 anos. Fanatismo religioso é um perigo para quem está dentro de uma religião, pois a tendência é a loucura ou até um crime e para quem está de fora porque caso contrário existe a exclusão, até civilizações e culturas foram exterminadas devido as cruzadas, mas no mundo atual e com a tecnologia que temos hoje a cruzada é outra e pode ser perigosa.
Art. 2º Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido.
ResponderExcluirParágrafo único. O conceito de nascituro inclui os seres humanos concebidos ainda que “in vitro”, mesmo antes da transferência para o útero da mulher. <- extinção das pesquisas com células tronco embionárias
Art. 9º É vedado ao Estado e aos particulares discriminar o nascituro, privando-o de qualquer direito, em razão do sexo, *da idade*, da etnia, da origem, de deficiência física ou mental. -> tradução: proibido o aborto com qualquer idade gestacional.
Art. 12. É vedado ao Estado ou a particulares causar dano ao nascituro em razão de ato cometido por qualquer de seus genitores. <- setradução: proibido abortar em caso de estupro (aqui, estuprador é chamado de genitor)
Só quem diz que não muda nada são os analfabetos funcionais, que não sabem ler uma lei e conhecer suas implicações.
Um embrião congelado, fora do útero, passa a ter os direitos de uma pessoa.
ResponderExcluirE há quem ache isso normal, bom.
O estatuto garante ao estuprador o status de PAI.
E há quem acredite que isso é bom.
Pessoas que não tem empatia são assim, mesmo.
"Sou contra o aborto": amg, o aborto JÁ É criminalizado, e não há reflexo nenhum na diminuição de numeros. Assuma que vc é contra a autonomia da mulher, que é mais honesto.
Sou contra a descriminalização do aborto, não considero um feto com menos de 12 semanas como apenas um amontoado de células. Considero essa visão cruel e desumana. E não é por motivos religiosos que sou contra, os abortistas tem de parar com essa coisa de considerar preconceito religioso as opiniões contrárias as suas. Não consigo ver progresso em matar fetos viáveis, consigo ver é atraso. Com relação ao estatuto ele realmente passa do ponto, não é razoável e significa atraso também, ele não legaliza a violência sexual, essa afirmação é desonesta, mas o seu artigo 13 é muito problemático. Mas eu não estranho a criação de uma "bolsa estupro" num país onde se tem uma "bolsa" pra tudo, e muita gente acha normal. Recomendo a todos antes de comentar sobre o estatuto leia-o, principalmente a versão que foi aprovada, é curtinha, vai ser rápido e todos poderão criticá-lo sem falar besteiras.
ResponderExcluir"antonio disse...
ResponderExcluirJá que vc clamou pelos professores de biologia, biologicamente o embrião é um ser vivo, já que formado por células vivas. É um ser humano, pois possui material genético humano, com plenas condições de desenvolvimento. (...)"
Antonio, já que vc é tão apaixonado por conceitos biológicos, um tumor também é um ser vivo, formado por células vivas, com material genético humano, com plenas condições de desenvolvimento!
E aí? Vc também aprova um artigo 15, dizendo ser CRIME retirar um câncer do corpo humano?
Bem, fábio... Se pra vc um lápis é feito por um amontoado de celulas com material genético HUMANO e plenas condições de DESENVOLVIMENTO, eu acho que a nota 10 é pra vc...
ResponderExcluirComparar um feto a um tumor realmente demonstra a crueldade do pensamento dos abortistas. Esses "progressistas" do atraso e da barbárie.
ResponderExcluirCruel é obrigar alguém a carregar em seu corpo um amontoado de células que esse alguém não deseja no próprio corpo, ignorando a autonomia e a dignidade dessa pessoa.
Excluirsou totalmente contra o estatuto do nascituro, como — acho — qualquer pessoa que tenha um mínimo de empatia e respeito pelas mulheres.
ResponderExcluirentendo pessoas que sejam contra o aborto em si, por motivos religiosos, científicos, éticos, que seja. mas uma coisa é ser contra o aborto — ou seja, não praticá-lo e tentar influenciar outras pessoas para que não façam também, usando argumentos bem desenvolvidos e tal — e outra coisa completamente diferente é proibir qualquer menção de aborto...
acho que pode e deve existir uma discussão pró e contra aborto, porque todos têm direito a expressar suas opiniões e convicções, mas ninguém pode tirar o direito de uma pessoa de fazer um aborto, tome essa decisão.
é por isso que toda proibição é tão baixa, tão grotesca — porque ela destrói qualquer possibilidade de discussão, de reflexão, análise e de liberdade individual. isso sim eu considero um crime hediondo.
enfim, e só um adendo que não tem muito a ver, mas que me incomoda muito:
quando as pessoas usam o argumento que "se aborto é assassinato, punheta é genocídio" e esse tipo de coisa. por favor, vocês já perceberam como esse argumento é extremamente machista?
como se o espermatozoide fosse o próprio embrião, ou como se ele fosse O GRANDE AGENTE da reprodução... e né? não é. são preciso duas células pra formar o zigoto, que se tornará o embrião. as duas são necessárias. ninguém "foi o espermatozoide mais rapido", da mesma forma que ninguém foi um óvulo.
eu sei que todo mundo já sabe disso, mas sério, não propaguem esse argumento extremamente machista que põe o homem como soberano da reprodução.
na pior da hipóteses, se for pra continuar fazendo analogias que não têm nada a ver com a realidade, comparem embrião e óvulo, né? mais justo. tipo: "se aborto é assassinato, óvulo não-fecundando é homicídio doloso mensal"... ou algo assim.
Fabio lindao, quem disse isso foi o Antonio putão. Tava só interpretando o comment dele oras.
ResponderExcluirQuanta desinformação ! O Estatuto do Nascituro não prevê a proibição do aborto em caso de estupro !
ResponderExcluirNo mais, digo sim ao direitos humanos dos fetos. Aborto não é evolução, e sim covardia.
julia
ResponderExcluirqualquer um com um mínimo de inteligência e humanidade é contra aborto e não precisa ter religião para isso.mas eu entendo tem que haver um vilão na história,a religião(embora eu não tenha uma ,eu respeito as crenças dos outros ao contrário de vocês)para que vocês possam posar de vítimas.
a vítima é o ser indefeso que é abortado.
e o argumento mais débil de abortistas é que já que segundo vocês ,ninguém sabe realmente quando começa a vida,não há problema nenhum em ceifar a vida alheia,em caso de dúvida mate.
um tumor também é um ser vivo
ResponderExcluirhahaha um tumor sendo comparado com um ser humano ,genial...
carolina silvestrini vc esta certa comparar o embrião com um espermatozoide é realmente idiotice, mas compara-lo com um óvulo, me desculpe, ma é igualmente idiota.
ResponderExcluirAcho que vc confundiu liberdade de opinião com liberdade para fazer o que quiser. Opinião sobre temas públicos nunca é crime, não deve ser criminalizada ou censurada jamais. Agora abortar é um prática que para muitos atenta contra a vida, criminalizar o aborto não tira o direito de opinião de ninguém.
RavenClaw~ a julgar pela forma que vc entendeu o que o antonio das 22 e 09 falou demonstra que por mais que ele tente explicar vc não vai entender mesmo.
Um "amontoado de células" essa certeza de que o feto é apenas uma coisa me impressiona. Mas ela é necessária, para justificar o direito de matar o feto é necessário acreditar, ter muita FÉ de que ele é apenas uma coisa.
ResponderExcluirImpossível deixar de falar sobre os inúmeros comentários cheios de preconceitos contra evangélicos, feitos por pessoas que se dizem contra todo tipo de preconceito.
ResponderExcluireducamb:
ResponderExcluirentão, foi exatamente o que eu disse — "se for pra continuar fazendo uma analogia que não tem nada a ver, melhor usar o óvulo". não que seja correto, e não que não seja idiota. o melhor seria não fazer esse tipo de analogia porque é totalmente incorreta biologicamente, MAS caso as pessoas queiram mesmo insistir no erro, podem usar a analogia do óvulo ao invés da do espermatozóide. enfim.
eu não disse que proibição acaba com a liberdade de opinião, mas que ela acaba com a discussão que se pode fazer sobre o assunto.
e isso me dá engulhos porque me parece muito coisa de gente preguiçosa, que não quer questionar e nem analisar nada, que não quer fomentar uma discussão e que resolve terminar tudo com um "É PROIBIDO, PRONTO, ACABOU A DISCUSSÃO".
e criminalizar o aborto é SIM uma forma de negar direitos às pessoas. expressar sua opinião, seja pró ou contra, é super bem vindo. mas isso não significa que a sua OPINIÃO possa interferir no corpo ou na vida alheia.
com a liberação do aborto, nenhuma mulher que decida por manter uma gravidez vai ser obrigada a abortar o bebê. ou seja — o direito dos pró-aborto não fere o direito dos contra. de maneira alguma.
porém, com a proibição/criminalização do aborto, o "direito" dos contra fere o direito dos pró. a mulher simplesmente não tem a opção de interromper a gravidez.
entende o que eu quero dizer quando digo que criminalizar o aborto fere o direito de alguns?
Sinto-me impotente e temerosa pela minha própria vida. Quem vale mais, eu ou um feto?
ResponderExcluirEstatuto do nascituro.
“ Art. 4º É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, a expectativa do direito à vida, á saúde, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Parece-me grotesco o artigo acima! Absoluta prioridade a expectativa de vida? Então quer dizer se minha vida estiver em risco, e a gravidez representar esse risco, a prioridade será do feto?
Então quer dizer devemos morrer, eu e o feto? Ou, que eu morra pra salvar um feto cuja “expectativa de vida” não passa de mera expectativa?
Então supúnhamos que a “expectativa de vida” se concretize e se torne uma criança, e nesse caso eu morra, quer dizer que o estado irá dispor de um lar que acolha esta criança? Disponibilizará toda a estrutura pra torná-lo um cidadão com todos os cuidado e carinhos que ele merece? O Estado ira proporcioná-lo dignidade, liberdade, proteção à sua honra e imagem?
Acho pouco provável que isso possa acontecer, pois não tive a alimentação adequada, ainda hoje sofro por conta da minha carência alimentar na infância. Dignidade? Na minha casa não havia banheiro, energia elétrica, água encanada... Fui criada pelos meus avós, porque meu pai me rejeitava e espancava minha mãe. Em toda minha vida vi meu pai umas sete ou oito vezes, e minha mãe eu via algumas vezes ao ano.
Fui vitima de maus-tratos, minha avó e outros familiares me espancavam todos os dias. Fui vítima de violência sexual, e por mais de uma vez. Tive dentes permanentes extraídos porque não tive acesso à tratamento odontológico. Deixei de ir por várias vezes á escola por não ter dinheiro pra pagar ônibus. Mesmo sendo sexualmente ativa não tive acesso à ginecologista por vários anos, tampouco fui orientada quanto a métodos contraceptivos, DST e planejamento familiar.
Entretanto agradeço ao Estado por toda proteção e cuidado que ele me dispensou. Tive infância e adolescência felizes, pois tive a oportunidade de começar a trabalhar aos 12 anos pra ajudar os meus avós com as despesas da casa. Agradeço também por ter tido a oportunidade de estudar até os 15, já que nessa idade as responsabilidades que eu tinha eram tamanhas que já às 20 horas eu estava exausta e não tinha ânimo pra assistir aula, por isso abandonei a escola. Agradeço ao estado por ter me permitido estudar em escolas públicas de excelência, e que me permitiram ingressar numa universidade pública a duros custos e depois de compensar a deficiência escolar num cursinho de boa qualidade e com preço astronômico.
Mas agradeceria sobre maneira ao Estado, caso ele optasse por privilegiar uma “expectativa de vida” à minha. Que apesar de todos os percalços eu consegui voltar a estudar aos 26 anos, me formar aos 34, fazer uma especialização e continuar estudando pra me manter no mercado. Agradeceria ao Estado por preterir a mim, que pago um quarto dos meus rendimentos mais impostos embutidos nos valores de tudo que consumo pra manter privilégios e regalias de pessoas ás quais sou obrigada, à cada dois anos me deslocar da minha residência pra, ir às urnas elegê-las, e pra que legislem em benefício próprio e contra os meus interesses.
Obrigada aos Deputados Luis Bassuma, Miguel Martini e todos os que apoiam esse projeto. Não os esquecerei nos próximos pleitos.
P.S. Mas antes que eu esqueça, em caso de minha morte a criança deve ser entregue à minha mãe. Só lamento que meus avós não estejam vivos pra que ela possa deixar a criança sob "seus cuidados".
Em
carolina silvestrini devo insistir, o fato de o aborto ser crime não impede a discussão, o aborto é crime hoje e nós estamos aqui discutindo. O fato de o aborto ser crime interfere sim nos direitos de alguns, principalmente do feto, significa atribuir-lhe direito a vida ou negar-lhe tal direito. Dentro de uma sociedade nossa liberdade de agir é sempre limitada pela lei, legislar sobre o aborto não é simplesmente legislar sobre o corpo da mulher, mas sim legislar sobre a vida humana, e a vida humana diz respeito a toda a sociedade.
ResponderExcluirhttp://bluelittlecrab.blogspot.com.br/2013/06/meu-teco-no-estatuto-do-nascituro.html
ResponderExcluirMeu comentário a tudo isso
Rhay, seu blog me deu câncer.
ResponderExcluirsheldon, é realmente tocante vê-los defendendo os embriãozinhos achando que aqui tem alguma otária pra cair nessa conversa. Meu filho, sejamos francos pelo menos. Se quer dar sua opinião onde ela vale absolutamente nada, seja sincero pelo menos.
ResponderExcluir"Sou contra a descriminalização do aborto, não considero um feto com menos de 12 semanas como apenas um amontoado de células. Considero essa visão cruel e desumana. E não é por motivos religiosos que sou contra"
ResponderExcluirVocê é contra porque é um machista imbecil.
Entendeu, educamb? Caso não tenha ficado claro.
Você.é.um.machista.imbecil.
E eu não estou pedindo a sua opinião sobre isso também.
Desculpem, eu comentei antes de ver essa declaração aqui.
ResponderExcluir"O fato de o aborto ser crime interfere sim nos direitos de alguns, principalmente do feto"
principalmente do feto
principalmente do feto
principalmente do feto
Além de machista e imbecil é cretino também.
Esse estatuto dificilmente será aprovado ao final de todo o processo e, caso aprovado, dificilmente ficará em vigor (muitos equívocos e inconstitucionalidades). Porém, ainda assim acho muito preocupante que existam pessoas com coragem – e apoio! – o bastante para propor uma coisa desse tipo.
ResponderExcluirDevemos protestar e nos manifestar. Sugiro a todos divulgarem essa aberração, oops, estatuto, e a comparecerem às marchas que ainda acontecerão.
Aqui em Brasília, a Marcha das Vadias, que deve se pautar muito por essa questão do estatuto, acontece agora no dia 22 de junho, a partir das 14hs, com concentração em frente ao Conjunto Nacional (praça do chafariz). E convidem todos para as marchas!
“Sociedades modernas, por causa de seu pluralismo religioso e cultural, dependem de um consenso abrangente sobre questões relacionadas à justiça política, e neutro em relação a visões de mundo em particular”.
Jürgen Habermas ( A Inclusão do Outro – estudos de teoria política)
http://dozeeum.blogspot.com.br/2013/06/eu-vadia.html
Lola,
ResponderExcluirTranscrevo o que diz o artigo 13 do Estatuto do Nascituro, que ressalva o artigo 128, do Código Penal Brasileiro, que permite o aborto nos casos de estupro, mas oferece benefícios a criança, no caso da mãe optar em ter o filho.
Não encontrei nenhuma atrocidade nova a mulher, ou obrigação em ter o filho ou algo que seja "Bolsa Estupro". Vi sim uma maneira de amparar a criança com seus direitos. Obviamente que o estuprador deve ter contra si, todo o rigor da lei e ser criminalizado por seu ato. No entanto, caso uma mulher decida em ter o filho, deve-se respeitar e prestar toda assessoria psicológica e social aos dois, não?
Abaixo o artigo:
Art. 13. O nascituro concebido em decorrência de estupro terá assegurado os seguintes direitos, ressalvados o disposto no Art. 128 do Código Penal Brasileiro:
I – direito à assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico da mãe;
II – direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe assim o deseje.
§ 1º Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, será este responsável por pensão alimentícia nos termos da lei.
§ 2º Na hipótese de a mãe vítima de estupro não dispor de meios econômicos suficientes para cuidar da vida, da saúde do desenvolvimento e da educação da criança, o Estado arcará com os custos respectivos até que venha a ser identificado e responsabilizado por pensão o genitor ou venha a ser adotada a criança, se assim for da vontade da mãe.
Nos ajude a ver onde isso "coisifica" a mulher?
Até mais e sorte na venda do livro.
Marco Aurélio Zaror Cordeiro
Lages-SC
marzaror@hotmail.com
Obrigado Julia pelo seu comentário ele ilustra muito bem o pensamento "iluminado" de muitos abortistas. Se vc não concorda com eles vc é classificado como um fanático religioso ou machista imbecil. Dessa forma vc tenta desqualificar o argumentador no lugar de debater os seus argumentos. Eu não vou chama-la de imbecil, não vou me rebaixar a esse ponto, não preciso disso.
ResponderExcluir"Principalmente do feto", pois é a vida dele que esta em risco. Lembrando que eu sou a favor de que a mulher possa abortar em caso de estupro, fetos totalmente inviáveis ou risco de vida para ela. Mas, se não for nenhuma dessas hipóteses, então o direito a vida do feto esta apenas se contrapondo ao direito da mulher de decidir se é ou não conveniente ser mãe naquele momento. E convenhamos o direito a vida nesse caso é muito mais importante.
ResponderExcluir
ResponderExcluir”Nos ajude a ver onde isso "coisifica" a mulher?”
coisifica na medida em q ampara o nascituro e não a mulher. evidentemente q o nascituro, para ser amparado, depende de um amparo à mulher gestante, mas a motivação q gerou o amparo não foi a mulher gestante em decorrência de uma violência e q decide levar a gestação adiante. a motivação é o nascituro, não a mulher gestante. a proteção à mulher gestante é apenas contingente.
e isso fica mais evidente ainda qdo dá status de pai ao estuprador, chamado aqui de genitor e q será responsável pela pensão alimentícia, gerando a necessidade de contato entre agressor e vítima.
veja bem, pessoalmente nem acho errado amparar e apoiar a mulher q decide levar a termo a gestação decorrente de uma violência. existem centenas de mulheres e meninas q, neste momento, estão grávidas em decorrência de estupros. seria ótimo q recebessem assistência psicológica e material para levar adiante essa gravidez. no entanto, a preocupação do estatuto não é exatamente a mulher.
aliás, se houvesse proposta semelhante, mas a partir da preocupação com a mulher vítima da violência, as críticas de quem defende esse estatuto seriam imensas.
Acho exagero tbm o comentário da Julia, creio que aqui todos os comentários são válidos. Não vejo contradição em ser pessoalmente contra o aborto e ainda sim poder sem feminista. O problema é você querer que todas as pessoas pensem que nem você. Eu também sou contra o aborto, significa que EU não faria, sob nenhuma circunstância, agora como posso falar isso para uma mulher desamparada, sem escolhas? Isso que é injusto, por isso não podemos colocar alguns seres no mundo que sofrerão mais vivendo sendo rejeitados ou tendo que ter uma mãe que é obrigada a amá-lo. Porém, também acho muito radical considerar um embrião de 12 semanas já um ser humano completamente formado. Não é, logo, o aborto legal que é prevalecido pela lei (geralmente até os 3 meses de gestação) não constitui um "assassinato", como muitos dizem.
ResponderExcluirRavenClaw~ Se acha que o que escrevi foi nocivo a você, respeito sua opinião da mesma forma que espero que respeite a minha, ainda que não concorde. Quanto ao câncer, só sugiro que não fale tal coisa por motivos óbvios, seria triste mais uma pessoa doente neste país. Se não gostou do post, dou total liberdade pra falar o que acha dele, fique á vontade. E se quiser voltar pra ler outras coisas, já sabe o link. See you!
ResponderExcluirEu tenho uma pergunta pros próvida...
ResponderExcluirVc e só vc está em uma sala qualquer,nessa sala se encontram também um bb recém nascido e uma mini geladeira com sei lá 15 embriões,então um incêndio grandioso começa,oq vc faz?
Salva o bb ou os embriões?Vc só pode salvar um dos dois.Quem vc deixa pra trás para ser consumido pelo fogo?
Gabriela
Estou usando a conta do meu irmão.Lola vai proibir os anônimos?
ResponderExcluir”Mas, se não for nenhuma dessas hipóteses, então o direito a vida do feto esta apenas se contrapondo ao direito da mulher de decidir se é ou não conveniente ser mãe naquele momento. E convenhamos o direito a vida nesse caso é muito mais importante.”
penso q dar a vida a uma pessoa, formar um ser humano, não seja uma bobagem qq, já q viver não é mole não e a vida pode ser muito longa.
neste sentido, não consigo entender como q optar por adiar uma gestação se não há condições de ter a criança naquele momento pode ser mais adequado do q fazer nascer custe o q custar.
uma mulher ou um casal só pensam em interromper uma gestação qdo ela não foi planejada e, além disso, é indesejada. neste caso, como pode ser mais adequado levar adiante e formar uma nova pessoa? as consequências para esta pessoa, q depois de nascida sofrerá tds as delícias e as dores de estar vivo, podem não ser simples ou fáceis ou adequadas.
a maior parte das gestações não são planejadas, mas não são indesejadas. então há este outro aspecto – o não desejo, a impossibilidade naquele momento – q deveria tb ser levado em consideração.
não considero imoral ou cruel ou desumano interromper uma gestação indesejada no limite do primeiro trimestre (até a 12ª semana).
e como já disse outras vezes, ter este direito garantido por lei é fundamental e não impede q a sociedade se esforce para q as interrupções sejam praticamente inexistentes.
ninguém precisa ser a favor do aborto para entender a pertinência do direito ao aborto. são duas coisas diferentes e q não se chocam.
educamb, o que vc é a favor ou deixa de ser a favor não me interessa.
ResponderExcluirEu, por outro lado, sou a favor da sinceridade. Ao contrário de vc que fica com essa conversa fiada aí. Vc é um machista imbecil e cretino.
Ponto parágrafo.
Gabriela, proibir anônimos não é impedimento para que ratos entrem e façam a festa aqui, infelizmente.
Natasha, se vc soubesse o que esse fulano já postou aqui vc vomitaria o seu almoço. To sendo até legal com ele.
alguém sabe de alguma manifestação em Belo Horizonte? Tem uma galera na minha pág que quer participar !!
ResponderExcluirObrigado Julia por ser legal comigo me chamando de machista imbecil e cretino. Eu também tenho vontade de vomitar quando vejo pessoas coisificando fetos, comparando-os a parasitas, tumores e outras "coisas".
ResponderExcluirCora, escolher sobre gerar um ser humano e criá-lo não é uma bobagem, mas a vida também não é. Entre os dois direitos fico com a vida.
A vida não é fácil pra ninguém o argumento de que a vida do feto abortado seria provavelmente uma vida difícil não me parece razoável para negar-lhe o direito a essa vida, isso serve pra vc também Natasha.
"Porém, também acho muito radical considerar um embrião de 12 semanas já um ser humano completamente formado. Não é, logo, o aborto legal que é prevalecido pela lei (geralmente até os 3 meses de gestação) não constitui um "assassinato","
Vc não o considera um ser humano completamente formado e eu também não, mas mesmo assim o considero um ser humano, e vc o considera o que? É preciso ser completamente formado para ser um ser humano e ter direito a vida?
Para quem acredita que existe vida humana antes das 12 semanas, o aborto só poder ser visto como algo cruel e desumano. Ou não é desumano tirar a vida de um ser humano que não tem a mínima chance de se defender?
"Vc e só vc está em uma sala qualquer,nessa sala se encontram também um bb recém nascido e uma mini geladeira com sei lá 15 embriões,então um incêndio grandioso começa,oq vc faz?
ResponderExcluirSalva o bb ou os embriões?Vc só pode salvar um dos dois.Quem vc deixa pra trás para ser consumido pelo fogo? "
Salvo o bebê já nascido. E se eu estivesse nessa mesma sala e nela tivesse que optar em salvar um bebê ou um velhinho de 90 anos, eu salvaria o bebê, e isso não quer dizer que o velhinho seja uma "coisa" e que a vida dele não tenha valor e que matá-lo não seria assassinato.
Eu não aguento mais essa discussão. 2013 e gente dizendo "sou contra o aborto porque EU CONSIDERO que um feto é gente desde a concepção".
ResponderExcluirTá bom, você considere o que quiser. Mas você é estúpido. Você provavelmente teve maus professores de ciência. Você não quer aprender agora, depois de adulto. Porque o Conselho Federal de Medicina já falou claramente que NÃO HÁ MOTIVOS PARA PROIBIR O ABORTO ATÉ A 12ª SEMANA. Quem tá falando isso são os médicos, embasados na ciência. Porque um embrião não tem cérebro. Logo, não tem mente. Não sabe que existe. Não é um ser humano. Não há sequer um argumento contra o aborto que seja científico. É tudo religioso ou pretensamente ético.
Pra mim, fica muito claro que o que ocorre é um debate ideológico entre razão e crenças sem base científica. O aborto sempre foi permitido, ao longo da história. Quando era punido, não era porque uma vida tinha sido extinta, mas porque o feto, como a mulher, era propriedade do homem. Quem institucionalizou o aborto como crime foi a Igreja, inventando coisas adoráveis como "num feto masculino a alma entra no corpo no 40º dia; no feminino no 80º". Ou dizendo que entre salvar a vida da mãe ou do feto, a do feto seria prioridade sempre, pois não era batizado.
Você pode não acreditar nisso hoje, mas pode ter certeza que a sua crença foi construída em cima dessa base. Porque, digo de novo, não há argumento científico que justifique a criminalização do aborto. Então querem continuar na Idade Média? Muito esperto, muito inteligente.
Não entendo. Tanta coisa acontecendo. Violência, baixos salários, aumento de preços, corrupção.
ResponderExcluirE esses políticos preocupados em imporem sua visão religiosa pessoal à todas as mulheres da sociedade. No que um aborto espontâneo ou o direito de uma estuprada poder realizar seu aborto com segurança interfere na vida desses homens mesmo?
Vou morrer sem compreender um monte de coisas.
O CFM deu sua opinião politica sobre o tema. A ciência não afirma que a vida começa apenas na 12 semana. há várias teorias e hipóteses científicas sobre quando ocorre o inicio e o fim da vida
ResponderExcluirMas é o Estatuto do Nascituro, Cora.
ResponderExcluirEle necessariamente precisa priorizar o nascituro, mas não em detrimento da mulher, como as ativistas querem fazer crer.
Em nenhum momento ele menciona sacrificar a mulher, etc...pelo contrário, ressalva o artigo que permite matar a criança, no caso de estupro. Então assassinar é uma prerrogativa legal para a mulher que deseja negar a criança o direito que ela teve.
Se analisar um pouco melhor, o estatuto beneficia a mulher, pois ela terá uma gravidez teoricamente melhor amparada, bem como o sustento de seu filho garantido ou perto disso.
Sobre o título do estuprador virar genitor, cientificamente que outro termo teria? Sobre obrigar o estuprador a pagar pensão, se ele puder, salvo melhor juízo é o correto. Na impossibilidade, o estado arcará com a pensão. O importante é garantir o sustento da criança (e da mãe, por analogia).
Por fim, lembre-se e façam lembrar que tudo isso só faz sentido no caso da mulher decidir pela vida e não por matar a criança. Não é obrigada a dar a vida, mesmo sendo ela a única possível, nem é seu útero propriedade do estado...
O que também não faz o menor sentido são pessoas que são a favor de transplantes de órgãos sendo contra aborto.
ResponderExcluirSerá que eles tem inteligência suficiente ou ao menos informações suficientes pra entender a similaridade das situações?
O problema do Brasil é que a maioria das pessoas parece discutir as coisas superficialmente, no fogo da paixão, sem aprofundamento.
A coisa fica assim "sou bonzinho e sou contra o aborto, quem é a favor deveria queimar no fogo do inferno". E não sai disso.
Dá preguiça até de discutir sobre o assunto.
É ÓBVIO que a vida não começa após a 12ª semana, o óvulo é vivo, o espermatozóide é vivo, o zigoto é vivo. O que se discute é se essa vida deve ser protegida juridicamente como VIDA HUMANA.
ResponderExcluirTô pra ver o dia que vão ter que registrar em cartório os embriões congelados em laboratório. Aí fica a Juliana, o Paulinho e a Maria dentro dos tubos de ensaio. Porque é isso que o estatuto está fazendo, dizendo que um embrião congelado ou um embrião ainda nas trompas, sequer implantado, tem o mesmo status jurídico que eu e você.
Laurinha, quando começa então, a vida?
ResponderExcluirVc pra ser a Lurinha teve de passar por todos os estágios.
Conhece alguém que conseguiu ser velho sem ser adulto? Ser adulto sem ser jovem? Ser jovem sem ser criança? Ser criança sem ter sido bebê? Ter sido bebê sem ter sido feto?
Nunca soube de ninguém que tenha pulado alguma dessas etapas.
Fazer o papel de DEUS é uma responsabilidade que penso ninguém está a altura.
Até 12 semanas pode matar, isso?
12 semanas e um segundo é crime, então
Até 11 semanas, 29 dias, 23h, 59min, 59 seg, é um amontoado de células (desprezo pela vida indefesa esse termo), depois disso é uma vida digna? É assim?
Exato Marco Aurrlio ! Você entendeu !
ResponderExcluirE essas 12 semanas tem já uma boa margem de segurança pois nessa fase só iniciam os rudimentos de um sistema nervoso
Faz uma conta:
ResponderExcluirPercentual de falha do:
contraceptivo oral: 0,1%
camisinha:15%
Chance de engravidar usando esses dois métodos: 1,5 em 10 mil relações sexuais.
Se você ainda controlar sua ovulação (20% falha):
0,003 filho por 10 mil relações sexuais
E se você acrescentar a estatística que a Lola gosta de citar, dos 25% de abortos espontâneos, ou seja 75% de chance da gravidez,
0,00225 filhos em 10 mil relações.
Ou seja, você tem que fazer sexo mais de 4 MILHÕES de vezes pra ter 1 filho indesejado se você se cuidar...
Não acho que a gente precisa legalizar o aborto. Precisa melhorar conhecimento, informação, autocontrole, senso de responsabilidade e ajudar as pessoas que engravidam por sorte (aqueles que se cuidam MESMO, que são pouquíssimos casos)ou ajudar os que se descuidam.
Evidentemente é bastante ultrajante que o estuprador ao invés de ir preso tenha que pagar pensão e seja chamado de genitor, mas também tem muita gente com argumentos fúteis aqui nesse blog a favor da legalização.
Se a gente se preocupa mesmo com as mulheres, enquanto discutimos argumentos idealistas do tipo "meu útero minhas regras", poderíamos lutar por soluções imediatas para socorrermos e darmos alternativas as mulheres em condição de pobreza e violência e que morrem em abortos clandestinos.
Poderíamos começar lutando pelas mulheres que sofrem violência física e verbal no PARTO no nosso sistema público de saúde, antes de queremos lutar por uma coisa que está tao longe, como dar dignidade a quem busca o aborto. E por lutar, não digo só ficar digitando comentários em blogs por aí....
Acho que nesse momentos temos que escolher a motivação do que nos leva a lutar nessa causa do aborto. E se for uma preocupação real com as mulheres que morrem ou são presas em abortos clandestinos, é possível tecer uma proposta muito melhor que essa do estatuto do nascituro.
Laurinha,
ResponderExcluirA diferença do transplante de órgãos é que se você der cuidados médicos para a pessoa em morte cerebral, ela não vai sair daquele estado.
Enquanto que se você der cuidados ao feto, ele vai progredir daquele estado "sem vida cerebral" para o estado de uma vida saudável.
Não me parece tão burro isso...
educamb disse...
ResponderExcluir"Principalmente do feto", pois é a vida dele que esta em risco. Lembrando que eu sou a favor de que a mulher possa abortar em caso de estupro, fetos totalmente inviáveis ou risco de vida para ela. Mas, se não for nenhuma dessas hipóteses, então o direito a vida do feto esta apenas se contrapondo ao direito da mulher de decidir se é ou não conveniente ser mãe naquele momento. E convenhamos o direito a vida nesse caso é muito mais importante.
8 DE JUNHO DE 2013 14:36
--
Isso q eu nunca vou entender. Se pra vcs todo feto merece o respeito e os mesmos direitos de uma pessoa, então por que é ok aborto em estupro? Porque seguindo essa lógica é um bebezinho inocente q será morto pela mãe.. Porque mesmo sendo estupro ou o q for ainda assim é um feto... E ele tem direitos, não?
e ser feminista e ser contra a legalização do aborto? ser contra o direito básico da mulher ao próprio corpo? sério? Pra mim o direito ao aborto é um dos pontos mais básicos do feminismo. Vc pode ser contra, nunca fazer, nunca aconselhar ngm a fazer e olhar feio pra quem faz mas se outra quer fazer, se ela não quer prosseguir com a gravidez isso deveria ser direito! Incrível como tem gente q não vê algo tão simples.
ResponderExcluirjustamente pela vida não ser uma bobagem é q formar um novo ser humano não pode ser imposto qdo não há desejo ou condições ou possibilidades de fazê-lo.
estabelecer o direito de interromper uma gestação pelo motivo pessoal q for, não depõe contra a vida. o q depõe contra a vida é a forma como tratamos aqueles q já nasceram. qdo a vida e a violência estão banalizadas e relativizadas temos uma problema social q deve ser enfrentado.
interrupção de gravidez é uma decisão pessoal da mulher ou do casal. enqto tal, não há pq haver ingerência da sociedade através do estado nesta decisão. a sociedade e o estado devem apenas estabelecer procedimentos e limites para q tal ocorra.
meu argumento não pode ser reduzido à vida difícil ou fácil após o nascimento. não é este o ponto da minha fala, já q é impossível falar qq coisa sobre isso. minha questão é q a vida é maior do q o período gestacional e esse aspecto deve ser levado em consideração tb, por isso a decisão da mãe ou do casal deve ser respeitada.
um embrião ou feto não é ainda um ser humano. é um embrião humano, é um feto humano, é vida humana, mas ainda não um ser humano (uma pessoa humana), pois ainda não completamente formado. pra tanto é preciso sim q haja um corpo capaz de sobrevivência extra-uterina. isso não é banalizá-lo, de forma alguma. não há necessidade de torná-lo o q ele ainda não é. tds já fomos seres em formação. tds já fomos expectativa de vida, expectativa de pessoa, q só se materializa, se concretiza, após o vir à luz, após o nascimento. e já previno q considero o feto um ser humano completamente formado a partir do momento em q há possibilidade de vida extra-uterina.
existem péssimos argumentos entre os pró-escolha e os contra-escolha (não acho adequado denominar essas pessoas de pró-vida, já q não há ninguém contra a vida). analogias estúpidas e q só embolam o debate e confundem as pessoas. e agressões e ofensas ocorrem de ambos os lados. não há inocentes ou ingênuos neste debate.
Gente que é contra a descriminalização do aborto devia ser obrigado a adotar uma criança!
ResponderExcluirJá que é tão desumano abortar um embrião de 12 semanas (que nem vai sentir dor e nada vai fazer diferença, pois ela sem vai chegar a saber o que é viver) e é melhor largar em um orfanato (lugar maravilhoso p/ se viver, um quase resort), então porque não vão lá adota-las? Não, elas não tem culpa da mãe engravidar, mas vão ser obrigadas a correr o risco de crescer sem família, à merce da violência ou com alguém que nunca vai ama-las porque você, na sua casinha confortável e com família, acha correto?? Me poupem das suas hipocrisias, dão tanto valor a um feto mas olham torto e pensam "marginalzinho" quando veem um menino de rua. Se você não abortaria, ótimo, nunca faça isso mas não obrigue os outros a seguir o que você acha correto!!
Parece que pra vocês é melhor ter um monte de criança sem família e sem amor no mundo (que só tem míseras 7 bilhões de pessoas) do que só nascer aquelas que realmente serão queridas e desejadas seja pela mãe, seja por uma família adotiva.
O conselho de medicina já disse que não tem problema abortar antes da 12ª semana! Ninguém vai deixar de usar camisinha, ela serve mais para prevenir conta DST do que gravidez (pílula do dia seguinte e anticoncepcional é que tem essa função principal).
Aliás, nenhum método é 100% seguro, já ouvi histórias de mulheres que usavam camisinha e anticoncepcional, DIU e uma que fez laqueadura e elas engravidaram. Por mais que não tenham sido estupradas, é justo que elas tenham um filho mesmo se prevenindo???
Esse estatuto é uma piada de muito mal gosto que não pode ser aprovada. Estou ciente de que o tal "bolsa estupro" é só para aquelas mulheres que querem manter o bebê caso forem estupradas, mas nesse estatuto diz:
“ Art. 4º É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar ao nascituro, com absoluta prioridade, a expectativa do direito à vida, á saúde, à alimentação, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar, além de colocá-lo a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Ou seja, qualquer que for a situação, a mulher NÃO vai poder abortar. Se a mulher/garota foi estuprada e engravidou, ela não vai ter a possibilidade de escolher! Ela VAI ter que levar a gravidez adiante!
Ao meu ver, quem é contra a descriminalização do aborto e a favor desse estatuto nada mais diz que: "Não pode abortar! É assassinato de uma vida inocente! Se não quer o filho coloque-o na adoção! Ah... se agora que ele nasceu ele vai ter uma vida digna? Se ele vai ter família? Se ele vai ser amado pela mãe que é obrigada a cuidar dele? Não tenho nada a ver com isso, o filho não é meu."
ResponderExcluirAnna,
concordo com vc. é impossível ser feminista e não defender o direito à escolha.
é perfeitamente possível ser feminista e ser contra o aborto, nunca fazer um aborto, não aconselhar outra pessoa a fazê-lo, trabalhar diuturnamente para q nenhuma mulher precise recorrer ao aborto, mas não dá pra ignorar o simbolismo desse direito. a sociedade reconhecer o direito da mulher a interromper uma gestação indesejada de forma segura e dentro de regras acordadas pela sociedade é reconhecer a humanidade plena da mulher.
Adoro gente que acha que gravidez é falta de cuidado. Vocês devem transar pouco, por que a camisinha nunca furou, né?
ResponderExcluirPosso dar milhões de exemplos em que isso não se aplica. Tenho uma amiga que engravidou tomando injeção, com acompanhamento de ginecologista. Eu já vomitei a pílula diversas vezes. Já adoeci, passei mal, não consegui tomar. Tomo há oito anos e mesmo assim tem dia que eu esqueço. Já tentei usar o anel vaginal e ele escorregou do lugar. Já tentei usar o adesivo e ele descolou as bordas.
As estatísticas de eficácia de contraceptivos são com o uso ideal, se pesquisar dá pra achar as estatísticas da eficácia real dos métodos. Tem mulher que engravida porque atrasa a pílula uma hora. Mas se engravidar, ela que assuma, né? Porque gravidez é punição, não tem que ser desejada.
Lembrando que tem mulheres que não podem tomar hormônios. Pílula não é tilenol, tem mil efeitos colaterais, alguns graves e letais.
educamb
ResponderExcluir15 vidas não valeriam mais q uma?E se vc quer usar o argumento dos mais jovens primeiro eu acho q um embrião é mais jovem q um bb.Vc é muito engraçado.Diz q a vida de 1 embrião vale tanto quanto a de quem nasceu mas prefere sacrificar 15 vidas e salvar 1.Será porq a verdade é q nem vc acredita nisso?
Bárbara,
ResponderExcluirEu não estou falando que é sempre falta de cuidado. Mas a grande maioria das vezes é. Eu nasci de camisinha furada, e já pensei que estava grávida algumas vezes na adolescência e vida adulta... em todas elas eu sabia que tinha uma parcela de responsabilidade...
Com todas essas dificuldades que você está dizendo que tem, você já engravidou sem querer?
Por mais difícil que estar grávida aos 16 anos poderia significar pra mim, eu nunca achei justo e cogitei o aborto pq pensava: se sou responsável pra transar, tenho que ser responsável para cuidar de um filho fruto dessa escolha.
Abortar é transferir ao feto a responsabilidade da sua escolha.
Gravidez não é punição, é uma das possível consequência do ato sexual. Sem dramas aqui...
Eu não consigo deixar de pensar que esses argumentos são como uma pessoa que exige o direito de beber, dirigir, atropelar alguém e não ser responsabilizado.
@ André de 8 de junho de 2013 07:05
ResponderExcluirNão entendo pq a analogia não foi boa. Só pq não há a criminalização dessas duas atividades?
Mas se estamos partindo do princípio pró-vida, estas duas atividades TAMBÉM devem ser criminalizadas, não concorda?
Afinal, como disse Barbara de 8 de junho de 2013 16:40
"É ÓBVIO que a vida não começa após a 12ª semana, o óvulo é vivo, o espermatozóide é vivo, o zigoto é vivo. "
Não entendo esse papinho de quem diz q pros 'abortistas' as vidas de animais e outros seres vivos estão mais protegidas q a d seres humanos e não conseguem aceitar que um tumor tb deve ser protegido...
@ Marco Aurélio Zaror Cordeiro
Acho que o que Cora quer t fazer enxergar é q fazer esse estatuto é como colocar os bois na frente do carro... Antes de se ter um nascituro, há uma mulher, que necessita ser protegida e a proteção a ela garante a proteção ao nascituro.
Ficou claro ou quer q desenhe?
Essa fala de se vc tivesse sido abortado não estaria aqui é vazia. Pq a pessoa realmente não estaria, e aí? Não faz diferença. Vc estaria falando com outra pessoa, só.
@lica
Onde que "E se você acrescentar a estatística que a Lola gosta de citar, dos 25% de abortos espontâneos, ou seja 75% de chance da gravidez," entra na conta?
E as mulheres que têm alergia aos métodos contraceptivos?
Onde entram na conta?
Não sei, mas a reversão de uma morte cerebral não é um caso esperando pelo progresso da ciência?
Dúvidas dúvidas dúvidas....
ResponderExcluiré essa a questão, Marco. é o estatuto do nascituro, não da gestante, q precede o nascituro, inclusive. e o faz em detrimento da mulher, sim. vc não quer ver isso, entendo, mas é isso q ele faz. a gente se sente melhor qdo não percebe as violências simbólicas cotidianas.
no entanto, a concepção td desse estatuto está assentada na ideia da coisificação, da reificação, da subordinação da mulher. é claro q não é o estatuto q faz isso. o estatuto é apenas a ilustração mais bem acabada de como a sociedade brasileira vê a mulher.
é doloroso, mas muito esclarecedor, é preciso reconhecer. ver assim escrito a forma como sou percebida pela sociedade onde não escolhi nascer é assustador, mas é sempre bom ter a clareza absoluta dos fatos.
evidente q não menciona o sacrifício da mulher literalmente, mas apenas o sacrifício simbólico, o sacrifício da autonomia e da personalidade da mulher. ela deixa de ser a mulher gestante (q tem agência, portanto) e passa a ser aquela q contém o embrião/feto (a agência agora é do embrião/feto, não da gestante).
perceba q uma legislação q amparasse a mulher vítima de violência e a criança fruto dessa violência já poderia ter sido feita à séculos! mas não. a gestante é, inclusive, vítima de violência obstétrica. a criança, vítima de abandono institucional e preconceito. optou-se por fazer uma legislação q ampara o nascituro e apenas de forma contingente, a mulher gestante, e justamente pq não é possível separar a mulher do embrião/feto.
“...não por matar a criança” - a mulher não mata criança nenhuma. ela opta por interromper a gestação. não há ainda uma criança.
acho engraçado como é fácil e simples minimizar, entender, desculpar, qq violência contra a mulher, das simbólicas às físicas e psicológicas.
Lala,
ResponderExcluirentra na conta se estivermos falando da chance de você ter uma filho nascido não desejado. Se for só uma gravidez não desejada daí não entra.
E quando a reversão da morte cerebral for uma realidade, certamente teremos que rever nossos critérios de doação de órgãos.
Lala,
ResponderExcluireu juro q tento ser concisa. só q este é um objetivo sempre buscado mas nunca alcançado. =/
sorte existirem pessoas q vão esclarecendo nossas falas pelo caminho. =)
Não, nunca engravidei, apesar de todos os sustos, mas já fiz mil contas de quantas horas atrasei pra tomar, e em que momento da tabela. Na bula tem escrito os procedimentos, cada semana tem um risco diferente. E já fiquei morrendo de medo de ter engravidado por isso, PORQUE EU NÃO QUERO TER UM BEBÊ. Tenho parceiro fixo há oito anos, casei há um, mas eu não quero ter filho agora de jeito nenhum, e já passei por bons apertos por isso. Já tomei pílula do dia seguinte umas três vezes também, e é horrível o que ela faz com seu corpo.
ResponderExcluirEntão o que está sendo dito é que eu, que abomino a ideia de engravidar agora, se engravidasse mesmo com todos os cuidados que tomo, deveria ter o filho assim mesmo. E isso não é punição. Ou então, eu viro abstêmia, já que a única prevenção 100% eficaz da gravidez é não fazer sexo. Tá certo, então. Olha só eu fazendo isso.
Ah Educamb. Eu entendi perfeitamente o que aque tapafo do Antonio quis dizer, apesar de ele se expressar como um guri de cinco anos. O que acontece é que diferente da Cora (invejo a paciência dela) eu não tenho o menor saco de discutir com gente que faz um mimimi do caralho, pra no fim dizer o que nós mulheres estamos carecas de saber: "Ah essa pica de gravidez e estupro não é minha mesmo, vamos foder a vida da mulherada de vez em nome das NOSSAS crenças. O que elas acham, sentem ou acreditam não é problema nosso". E nenhum dos argumentos de vocês, contra o aborto mudou esse pensamento.
ResponderExcluir@lica
ResponderExcluirTentando me fazer entende;
Como a existência de 25% de abortos espontâneos incide na conta de 75% de chances de engravidar se os 25% é de um universo de 100% de gravidez 'de fato' e não de chance?
@Cora
ResponderExcluirQ orgulho poder contribuir!!!
ResponderExcluira capacidade de engravidar foi transformada em prisão.
a mulher não pode sequer falar sobre suas dúvidas e angústias em relação a isso, sem que seja julgada e condenada como desumana e insensível.
a capacidade de engravidar é vista como desvantagem na busca por trabalho.
a capacidade de engravidar é usada para justificar a dependência do homem.
a dependência do homem é usada para justificar a retirada de direitos.
a falta de direitos é usada para minimizar violências de gênero e culpabilizar a mulher por sua ocorrência, não importa q violência seja essa.
e falar sobre isso é, evidentemente, se vitimizar.
.
.
repito: mesmo q nenhuma mulher no mundo inteirinho faça um aborto, o direito ao aborto deve estar previsto em lei. é questão de reconhecer a humanidade plena da mulher. o simbolismo desse direito é muito forte.
ResponderExcluirRavenClaw~,
o comentário do antonio de 07/06 21:36 mostra q ele não merece resposta. q raciocínio é aquele!?
sem contar q ele escreveu "pois nenhum valor é absoluto".
ele fechou o debate. se ele reconhece isso, não há pq ser contra uma decisão q é estritamente pessoal como é a ivg. só a mulher ou o casal q decide pela ivg sabe pq o faz. ninguém tem nada com isso, ninguém tem nada com os motivos da decisão. a sociedade, através do estado, deve apenas estabelecer regras e limites. só isso.
não há pq se estressar com as falas dele, justamente pq no final é só desejo de punir a mulher q faz sexo. galera nem imagina q a maior parte dos abortos são feitos por mulheres em relacionamentos estáveis e q já têm filhos. quer dizer, a decisão não tem a ver com essa irresponsabilidade q eles querem ver em tds as mulheres. mas gente como o antonio só consegue ver mulher jovem fazendo sexo casual. são essas mulheres q eles querem punir com a gravidez indesejada. só q essas mulheres, de forma geral, não engravidam.
Monalisa,
ResponderExcluirSe os evangélicos continuarem a galgar os degraus do poder neste estado "laico", fanáticos como são, não demorará muito, tornar-se-ão uma espécie de Talibã, com a diferença que não precisarão manchar suas mãos de sangue (até porque brasileiros são um "pouco" acomodados demais para isso) pois vão conseguir armar o Estado para fazer o trabalho sujo.
Cada vez mais dá uma vontade louca de mudar de país.
os argumentos de abortistas são risíveis:
ResponderExcluirse você é contra aborto só pode ser machista ou religioso.
doar orgãos e abortar é praticamente a mesma coisa
nunca vire a cara para um marginal,ele é assim pq provavelmente é um filho indesejado,por isso sai por ai matando,roubando ,pondo fogo nos outros.
a solução para acabar com a criminalidade é abortar.
contraceptivos falham,todo mundo engravida sem querer.
claro!...esse argumento furado vai pro ralo,só dando um passeio pela web,a quantidade de imbecis desesperados dizendo que transaram sem proteção nenhuma(deixando claro que sabiam da existência da camisinha e pilula) e suspeitando de gravidez é enorme,portanto,pelo menos na maioria dos casos,gravidez indesejada é fruto da irresponsabilidade.
mas pra vcs só n se previne pobre e gente desinformada,bela piada essa.
Pois é Cora, o foco principal dos reaças costuma ser as mulheres livres. Querem punir essas mulheres "ameaçadoras" que fazem sexo impunemente! Acabam por punir donas de casa de meia idade, trabalhadoras, casadas e mães.
ResponderExcluirAcho engraçado ser chamada de abortista. Rio mesmo. Como se eu tivesse grana pra fazer um por semana. Porraaam! Se eu tivesse tava dado um passeio pela costa francesa, não dando atenção a babacas pseudointelectuais que lêem o Yahoo Respostas.
ResponderExcluir
ResponderExcluirpara diminuir a ocorrência de gestações não planejadas e indesejadas é necessário responsabilidade, informação, acesso aos métodos contraceptivos e liberdade para falar sobre sexo (e para fazer sexo).
responsabilidade de garotos e de garotas. reconhecer a sexualidade adolescente e conversar com eles sobre isso.
para diminuir a ocorrência de aborto é necessário informação sobre as ocorrências, pesquisas sobre incidência, motivação, frequência, consequências, estatísticas. e isso só é possível descriminalizando esse procedimento. é impossível tentar acabar com algo se nós nem sequer podemos falar abertamente sobre o assunto. se o assunto é tabu, estará sempre escondido, invisível, ainda q frequente, prejudicial e indesejado.
ninguém em sã consciência defende o aborto. defende-se o direito a ele, justamente para q se possa conhecê-lo melhor e assim, elaborar políticas públicas q diminuam sua ocorrência.
a melhor forma de manter índices altos de abortamentos (inclusive em estágios avançados de gravidez) é mantê-lo criminalizado.
ResponderExcluirMordred,
o desejo de punição da mulher fica claro em td fala de pessoas (homens e mulheres) contrários à escolha.
veja q, de forma geral, eles aceitam a interrupção de gravidez decorrente de estupro (é cruel demais obrigar uma mulher a levar a termo essa gravidez, mesmo pra esse pessoal). mas, se a decisão é da mulher por motivos q dizem respeito a ela ou ao casal, aí não pode. é sempre a ideia de q a mulher não pode decidir sobre o assunto.
decidir interromper uma gestação e fazê-lo é arcar com consequências e responsabilidades.
isso sem contar q esse pessoal tá entendendo estupro apenas como os q ocorreram recentemente no rio de janeiro, com testemunhas e muita violência. em casos em q vítima será julgada tb, pode não dar tempo de interromper a gestação q deverá, então, ser levada até o final, com consequências muito mais duradouras, principalmente qdo envolvem crianças. existem tantos casos de gestações de meninas abusadas por otôridades por esses cantões do brasil e galera pensando apenas em punir mulheres jovens q praticam sexo casual. é falta de percepção da realidade, não? minha avó chama isso de umbiguismo.
Pois é Cora, definiu muito bem, como sempre! ;)
ResponderExcluirUm detalhe meio assombroso sobre o estatuto (que postei na minha página até) e que a mulher poderá ser penalizada em 4 anos de reclusão e ainda pagar uma multa se o estupro for falso.
Só que aí, a maioria dos estupradores é inocentado quando vai à justiça.
Pelo que estou entendendo aqui, se o cara for inocentado, a mulher vai presa. Tipo, como assim?
"o desejo de punição da mulher fica claro em td fala de pessoas (homens e mulheres) contrários à escolha".
ResponderExcluirDe fato. Eu também nunca vi nenhum pró-vida [cof cof] conseguir esconder isso. E que fique claro que no discursinho maravilhoso deles a punição deve ser PARA A MULHER, e não para o casal "irresponsável".
Assim como nunca vi nenhum pró-vida (faz-me rir) relativista, desses que toleram que a mulher não vá presa se abortar nos três casos emblemáticos (risco de vida, anencéfalos e estupro), explicar por que que só nos casos em que ELES consideram válidos deve existir direito ao aborto. Será que tem alguma coisa a ver com a questão acima? Será? SERÁ?
E algum pró-vida (pffff...) falar que os pais que levam a namorada do filho para abortar têm que ser presos também? E a gracinha do namorado?
educamb (e outros babacas)
ResponderExcluirJá que a vida do embrião que nem nasceu ainda é tão importante assim, imagine só a vida de um bebê ou de uma criança. Agora me diga, quantas crianças você já adotou? Quantas crianças de rua você levou para a sua casa? A vida só importa quando a responsabilidade de cuidar e de amar é dos outros. A lógica de vocês falha em não perceber que filhos indesejados são um problema social pois muitos não tem o mínimo que precisam para sobreviver (alimentação, moradia, amor, educação) são negligenciados e alguns até acabam nas ruas. Agora me diz, do que vale ter direito à vida, se é uma vida indigna e cheia de privações? Ou vocês pretendem criar uma lei que obrigue a mulher a cuidar e amar a criança também?
Lendo os comentários... e praticamente todo mundo jogando a responsabilidade da gravidez e de arcar com ela para a mulher...
ResponderExcluirTenho uma questão.
Por acaso mulheres se auto-fecundam? Engravidam de vibradores? Na boa, se for para responsabilizar alguém por uma gravidez, que seja tanto a chocadeira portadora de útero quanto o doador de esperma né. E os termos são esses mesmos, pois do jeito que falam da gravidez e suas responsabilidades, a mulher nada mais é do que uma chocadeira e o homem nada mais do que um doador de esperma...
Acho sim que é uma grande hipocrisia um país ser a favor de transplante de órgãos e contra a legalização do aborto.
ResponderExcluirFulano tá lá com morte cerebral, os órgãos dele podem salvar a vida de um parente seu, então pode.
Ah, mas fulana tá grávida, o embrião não tem sistema nervoso, mas como não pode auxiliar ninguém, só interfere na vida da fulana, essa puta que abriu as pernas, então não pode.
É hipocrisia sim.
Ou são a favor dos dois, ou são contra os dois, ou são hipócritas.
A vida do feto é simplesmente incompatível com a vida extra-uterina, justamente pela razão de que o feto até X semana APENAS sobrevive por causa da MÃE, ou seja, se acontecesse algo, e retirassem o feto do útero, ele não sobreviveria, ou seja, isso já é argumento suficiente para embasar o fato de que o aborto é plenamente seguro até a 12ª semana de gestação, quando depois é considerado assassinato, não importando o fato de que o país possui o aborto legalizado. Viver não é apenas estar com o coração batendo. Temos uma série de outros quesitos que ditam como o ser está vivo ou não, um feto até 12 semanas não preenche VÁRIOS desses pré-requisitos, logo, tornando sua existência independente inviável!!!
ResponderExcluirO mais contraditório é que os grupos feministas lutam tanto pelos direitos e conquistas da mulheres, o que é muito certo e demonstram tanta frieza diante de uma situação que só elas tem autonomia.
ResponderExcluirParece uma forma de vingança dos excessos, querendo descontar na criança ao invés de mostrar valor a vida e a um ser indefeso..
Isso sim é uma neoteologia, pois reune a mesma base de dogmas e sofismas da maioria das religiões formais.
Nunca houve um aborto sequer sem que houvesse morte e mesmo diante de eufemismos e metonímias como interrupção cirúrgica, pró-escolha, etc...é Homicídio mesmo, reitero, negar a alguém a oportunidade que todos aqui tivemos...fácil matar alguém indefeso, sem chances de reação, decidindo, como se fossem DEUS, o exato momento que inicia a vida ou é um amontoado de células (como se alguém que hoje vive pudesse pular qualquer estágio pra chegar onde está).
Por fim, a mulher justamente reclamou das injustiças e covardias que cometeram contra elas ao longo do tempo e clama, na essência, para fazer o mesmo agora, impedir a vida que só ela pode gerar...
Por fim, reargumentando, o Estatuto do Nascituro, um ganho para a vida e da mãe e do filho, ressalva (garante) o artigo 128 do Código Penal, permitindo o aborto nos casos já consolidados pela constituição...então em nada se punirá legalmente a mulher nos 3 casos...é cláusula pétrea, se houver interesse em compreender e não de fomentar o caos e o ódio na sociedade...
A partir do momento em que a mulher pode ficar 4 anos presa por supostamente ter inventado um estupro para receber pensão, muda tudo, porra!
ResponderExcluirQuerem criminalizar ainda mais a mulher vulnerável? Vão tomar nos seus cus!
- O art. 128 do CP não é cláusula pétrea, de onde veio essa ideia?
ResponderExcluir- o referido artigo permite aborto em dois casos (risco de vida e aborto) e não três.
- estatuto do nascituro um ganho pra vida da mulher? Em que artigo, exatamente?
- contra o aborto quando a mulher quer e a favor se for estupro, me explica a lógica? A vida do feto concebido em estupro vale menos? Ou bem a vida deve ser protegida desde a concepção, ou não deve. "A vida deve ser protegida em alguns casos" não soa muito coerente. Ver principio da intransmissibilidade da pena (a pena não passará da pessoa do condenado).
- o estatuto não revoga o art.128 no que diz respeito ao estupro, mas não há consenso quanto ao caso de risco de vida.
- pena de homicídio simples é reclusão de 6 a 20 anos, pena do aborto detenção de 1 a 3 anos. Se abortar é cometer assassinato contra um ser indefeso, com crueldade (olha o tanto de agravante aí), porque a pena é tão menor? Não deveria ser mais grave? O legislador de 1940 já achava que não.
- a mulher ficará obrigada a implantar todos os embriões gerados em laboratório, já que o embrião tem direito a vida, desde a concepção?
- a pílula do dia seguinte será proibida, já que é abortiva?
- a pílula comum será proibida, já que também é abortiva (pra quem não sabe, além de impedir a ovulação, age deixando o muco cervical mais espesso, pra impedir implantação do ovo caso haja fecundação)?
Me respondam isso aí e me digam como esse estatuto é um avanço.
Mas inventar um estupro não é crime?
ResponderExcluirDelatar um fato inverídico não é passivo de punição perante lei?
Quem ela irá caluniar, não poderá buscar buscar retratação?
Ela tb poderá responder por obstaculizar a lei, forjando um crime, não?
Isso já está previsto no Código Penal, não há nada de novo...
Argumento estranho esse, de ofender as pessoas. O campo de argumentação deve ir além das ofensas...só faz sentido assim, penso...atacar o argumento, não o argumentador...
Barbara,
ResponderExcluirO artigo 128 faz parte do Decreto Lei 2848, de 1940.
Para revogá-lo o que é necessário?
Sim, são dois casos mesmo, tem razão.
Quando eu argumentei, foi no campo jurídico, sobre a legalidade do aborto, pois no campo ético, moral e humano, não vejo nenhum caso, mas discutir sobre leis consolidadas me parece não ser o caso, especialmente do Estatuto, que ressalva o que já está na lei, sem estatizar nenhuma parte do corpo da mulher.
Sim, o Estatuto é um ganho para a vida da mulher. A mulher que decidir ter o filho, terá maior amparo, algum alívio financeiro com a pensão e poder sustentar seu filho com um pouco mais de dignidade. Permanecer com o filho, registrar nome dos pais nele, serão escolhas da mulher, não imposição da lei.
Sou a favor da vida, sempre, por me sentir pequeno demais em definir quem deve ou não nascer (minha condição humana não permite outro posicionamento).
Pílulas que não permitem a ovulação não podem ser abortiva, pois não houve concepção. São preventivas.
- a pílula age primariamente impedindo a ovulação, mas há falhas. Havendo ovulação e posterior fecundação, a implantação fica prejudicada pelo espessamento do muco cervical e um endométrio fino. Você é médico? Porque se não for, duvido que tenha lido mais bulas de anticoncepcionais do que eu.
ResponderExcluir- o código penal é lei ordinária, pode ter seus dispositivos alterados/revogados por outra lei ordinária (como o estatuto do nascituro). Cláusulas pétreas estão previstas na constituição, não em lei ordinária.
- você já leu a justificação do estatuto do nascituro? Se não, leia. Nada nesta lei é em beneficio da mulher, e a justificação deixa isso bem claro.
Veja que, na hipótese de uma mulher que engravida hoje por estupro, e o criminoso é identificado, nada impede uma ação de reconhecimento de paternidade. Eu nunca ouvi falar de algo tão esdrúxulo acontecer, mas se a mulher quisesse, seria possível sim, inclusive com as obrigações decorrentes do reconhecimento (como pagamento de pensão alimentícia).
Mas inventar um estupro não é crime?
ResponderExcluirDelatar um fato inverídico não é passivo de punição perante lei?
Quem ela irá caluniar, não poderá buscar buscar retratação?
Ela tb poderá responder por obstaculizar a lei, forjando um crime, não?
Isso já está previsto no Código Penal, não há nada de novo...
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Nada de novo?
Então quer dizer que se um estuprador for inocentado, a vítima deverá ficar 4 anos presa? Mais do que um estuprador fica quando raramente é condenado?
Quer dizer que a mulher tem que ser presa além de estuprada?
Tué um escroto mesmo!
OU você não sabe que estuprar não dá cadeia?
Repetindo aqui o que foi dito na minha página:
ResponderExcluir"Não sei o quanto vocês sabem sobre o estatuto do nascituro, mas aí vai um detalhe importantíssimo:
O estatuto prevê que mulheres vítimas de estupro terão direito uma pensão do estado (e em alguns casos, do estuprador).
Até aí, você pode até pensar que o projeto pode ter algo de útil, afinal pelo menos a mulher que resolvesse ter o bebê não estaria completamente desamparada.
Só que o estatuto prevê multa + 4 anos de reclusão para a mulher que fraudar, enfim, para a mulher que acusar falsamente de estupro.
Qual a possível consequência disto?
A partir deste ponto, uma mulher que for estuprada e o perpetrador for inocentado (o que acontece na imensa maioria dos casos), fica sujeita a multa e PRISÃO.
Olha que combo lindo: estupro +gravidez indesejada + ser obrigada a conviver com o estuprador + multa + prisão + estuprador solto para cometer outros crimes.
Agora me digam como uma merda dessa pode ser aprovada?"
Mordred, onde vc achou isso? Eu li o estatuto, a primeira versao e a aprovada, e não me lembro de nada assim,
ResponderExcluirDenunciação caluniosa ja é crime, pena é reclusão de 2 a 8 anos e multa.
ResponderExcluirNão há ligação entre o acusado ser inocentado e a mulher ser presa...
ResponderExcluirSão situações diferentes, fraldar o estupro e não provar...
Não sou escroto, não, vc que não tem educação ou tônus mental para prosseguir um diálogo sem ofensas...
estou começando a crer que para vocês, mulheres são seres supremos e intocáveis,agora uma mulher pode acusar um homem falsamente de estupro e tem que ficar por isso mesmo?não é nada demais,não é crime?
ResponderExcluirrealmente acusar uma pessoa de um crime que ela não cometeu é legal demais... pois vou contar uma coisa horrível que aconteceu no meu bairro esses dias graças a uma falsa acusação de estupro.
um vizinho meu foi cruelmente assassinado porque uma desgraçada inventou que havia sido estuprada,só que todo mundo viu o real motivo ,esse meu vizinho estava saindo com ela mas resolveu terminar.
ela n aceitou e os dois discutiram feio, aos berros no meio da rua,um jogando coisas na cara do outro e antes de ir embora ela ameaçou ele na frente de todo mundo,uns dias depois aconteceu isso.
ele morreu de tanta porrada dada pelo irmão dela,que acreditou na santinha,a desgraçada ajudou a bater nele enquanto ele estava caido na rua,tem testemunhas disso,agora os dois lixos covardes fugiram porque as pessoas estavam revoltadas e queriam fazer justiça com as próprias mãos,enfim,ainda estou meio chocado com isso,nem da pra imaginar o que a familia dele está sentindo.
o cara morreu por nada,a vida dos outros não vale mais nada.
ResponderExcluirnão há autonomia, Marco. o fato de existir o feminismo, de existir um debate sobre o aborto, de existir este estatuto e de existirem críticas morais agressivas e ofensivas à mulher, mostra q não há autonomia. nem mesmo nisso há autonomia.
entendo (procuro entender) q vc fique chocado e ache q td é frieza, mas não é.
no entanto, acho estranha essa sua fala de vingança e de descontar na criança (apesar de não haver ainda uma criança, Marco). como assim vingança? vingança contra quem? a mulher ou o casal q se vêem na situação complicada de uma gravidez q não pode ser levada a termo no momento estarão se vingando de quem? a menina violentada estará se vingando de quem?
acontece q a geração de filhos é unilateral mesmo. é decisão dos pais. embrião/feto não escolhe nascer ou não nascer. ele não têm agência. eu não tive. não escolhi. ninguém teve. ninguém escolheu. a decisão foi dos pais. o embrião não escolhe nem ser concebido, restando a ele nascer ou não, independente de sua vontade. aliás, q vontade? ele não tem vontade. essa situação é completamente unilateral mesmo.
e essa ideia de deus! entendo menos ainda o raciocínio q leva a esta fala. ninguém é deus. as pessoas apenas têm ou não têm filhos. a fecundação é um evento biológico e químico. as divisões celulares q resultarão, ao final do processo, um ser humano, são eventos biológicos e químicos. ninguém é ou quer ser deus!
e não há eufemismo em dizer q não há criança ou pessoa, pois não há mesmo! se não há pessoa, não há assassinato. há sim a interrupção do desenvolvimento de uma pessoa. mas como assassinar quem ainda não nasceu? e o q eu digo não menospreza ou diminui o embrião/feto, apenas explica o q ele é enqto embrião ou feto. tds nós passamos por isso. todos nós começamos como célula para então nos tornarmos pessoas.
e o caso nem é de defesa do aborto. não defendo o aborto. por mim isso jamais aconteceria. acredito apenas q este procedimento deve estar previsto em lei, pelos motivos q expus acima. é simbólico, permite q se fale abertamente sobre ele para q se compreenda, gere estatísticas e políticas públicas para sua diminuição e quem sabe até erradicação.
ter garantido esse direito é sim reconhecer a humanidade plena da mulher, pois é reconhecer uma questão essencialmente feminina, sem q esta questão seja considerada um tabu intransponível.
neste sentido, o estatuto representa, sim, um retrocesso terrível.
sem contar q já está mais do q demonstrado pela experiência de outros países, q permitir o aborto não gera caos ou ódio social. o aborto é permitido na dinamarca desde 1937 e não me parece q haja caos ou ódio no país por este motivo.
e, como bem lembrou a Bárbara, o art. 128 não é cláusula pétrea.
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a mulher do vídeo não desmascara ninguém. é teoria da conspiração pura e simplesmente. sem contar q não confia muito no desejo ardente da mulher em ser mãe ou dos casais de terem filhos. como eu já falei, garantir este direito não significa obrigar ou coagir as mulheres a abortarem. não significa q as mulheres tenham q utilizá-lo. é perfeitamente possível q nenhuma mulher recorra ao aborto. seria o ideal. ainda assim, o direito deveria existir.
o direito ao aborto não oferece risco enqto for decisão pessoal da mulher ou do casal. e caso exista muitas mulheres q optem pela interrupção, cabe a sociedade uma autocrítica. pq nossos cidadãos não querem ter filhos?
e já houve uso político desse direito, como a alemanha, q proibiu o aborto para as alemãs durante a guerra (mas não para as pessoas não desejadas), ou a urss de stalin, q proibiu para aumentar a população. o q relativiza a vida não é o direito ao aborto, mas a forma como tratamos as pessoas já nascidas.
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os questionamentos da Bárbara são muito pertinentes. esse estatuto abre brechas para situações ainda mais complicadas e absurdas. só não vê quem não quer ou quem têm muita fé na humanidade e acredita na pureza das intenções desses legisladores.
ResponderExcluirforneça o link com a notícia, pfv.
ResponderExcluirMordred,
tb não vi nada sobre isso. deve ser parte de outra legislação, não?
são situações diferentes sim e denúncias falsas já são criminalizadas, mas pode realmente reverter para a vítima dependendo de como ocorreu o estupro e quem foi o estuprador. em situações de abuso sexual, td é sempre complicado pra vítima.
pergunto pra Barbara: um estuprador inocentado pode denunciar a vítima por falsa comunicação de crime? isso existe?
Eu não acredito que eu tenho que responder a esta merda. Mas vamos lá:
ResponderExcluir1 - Acusar uma pessoa falsamente já é crime.
2 - No caso do estatuto, a mulher terá que levar a ação até o fim para ter direito a algum benefício. Lembrando que em casos de estupro no Brasil apenas 50,7% das denúncias passam do BO.
3 - O benefício está condicionado ao julgamento do acusado. Considerando todos os fatos, já é raro que exista um acusado.
4 - Daí sabemos todos que estupro é um crime difícil de punir, justamente porque as circunstâncias tornam a prova muito complicada. E mesmo quando há julgamento (o que é raro), o réu raramente é condenado.
5 - O que eu disse não tem nada a ver com a dignidade humana do possível estuprador ou acusado de estupro.
O preocupante é a mulher ser acusada em função desta lei por não conseguir provar seu estupro, podendo pesar contra ela inclusive, a não-condenação do homem que a estuprou.
Estou então falando de um caso possível: mulheres que foram de fato estupradas mas não conseguiram provar o estupro.
Texto do Promotor Roberto Tardelli
ResponderExcluirO ESTATUTO DA INDIGNIDADE FEMININA
O Brasil está atravessando uma fase difícil. Não me refiro à economia, que nunca esteve bem (meus pais contavam que, quando nasci, “ninguém tinha emprego”). Não, não me refiro ao futebol, que já foi bom, era bom, até que os campinhos de bairro foram substituídos pelas “escolinhas de futebol”, com seus profexores e esquemas táticos, seus volantes e zagueirões. Vamos dar um vexamão na Copa, mas estamos preparados, estamos psicologicamente preparados para que os burros dêem n’água. Nada disso, o Brasil atravessa um duro momento de intolerância.
Estamos raivosos, estamos acanalhadamente sem solidariedade, sem compaixão, fazemos passeatas pela paz estranhíssimas em que pedimos pena, cadeia, prisão, prisão para todos os pretos, prisão para todos os que não forem coxinhas e não torcerem comportadamente no Maracanã ridiculamente burocrático.
O Brasil perdeu sua capacidade de sorrir. Uma madame no FANTÁSTICO fica cagando regras a miserentos vendedores ambulantes de praias, que se torram num sol maluco e vivem na mais completa miséria. Essa madame manda que eles se comportem. Os pretos, todos os ambulantes eram pretos.
Continuação do texto do Tardelli
ResponderExcluir"Nesse ambiente, veio para nosso espanto o Projeto de Lei 478/2007, que “Dispõe sobre a assistência à mãe e ao filho gerado em decorrência de estupro”.
Vale transcrever:
“ O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Os crimes de estupro terão investigação e persecução penais prioritárias.
Art. 2º Na hipótese de estupro devidamente comprovado e reconhecido em processo judicial, com sentença transitada em julgado, de que tenha resultado gravidez, deverá o Poder Público:
I – colocar gratuitamente à disposição da mulher toda assistência social, psicológica, pré-natal e por ocasião do parto e puerpério;
II – orientar e encaminhar, através da Defensoria Pública, os procedimentos de adoção, se assim for a vontade da mãe;
III – conceder à mãe que registre o recém nascido como seu e assuma o pátrio poder o benefício mensal de um salário mínimo para reverter em assistência à criança até que complete dezoito anos.
Art. 3º O pagamento será efetuado pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, com recursos oriundos do Fundo Nacional de Amparo à Criança e ao Adolescente.
Art. 4º A fraude engendrada para caracterizar o estupro, para qualquer finalidade, será punida com reclusão de um a quatro anos e multa, sem prejuízo da devolução da importância recebida de má-fé, corrigida monetariamente.
Art. 5º As delegacias de polícia ficam obrigadas a informar às vítimas de estupro os direitos assegurados por esta lei, bem como as penalidades previstas em caso de fraude.
Art. 6º Esta lei entra em vigor no prazo de noventa dias a partir da data de sua publicação.”
O projeto é um horror em todos seus aspectos. Primeiro, sujeita ao reconhecimento do estupro apenas após sentença transitada em julgado, algo a demorar anos e anos, malandramente, além de fazê-lo porque sempre se partirá do pressuposto que a mulher mentiu, o trânsito em julgado (repito, a levar, dez anos, por exemplo) existe como direito do estuprador, diante da mentira da mulher, diante de sua dissimulação, diante do mau-caratismo feminino, que exigirá que todas as instâncias do Poder Judiciário sejam percorridas para que, somente então, seja reconhecido o estupro, que somente será possível reconhecer se e quando houver a identificação do agressor sexual.
Para dizer o mínimo, pavoroso.
Mas, piora. Ele mercantiliza a gravidez decorrente de estupro, oferecendo uma bolsa-estupro, até os dezoito anos da criança, nascida decorrente da violação sexual. Marcada, vendida, trocada. A troca é oferecida pela lei.
E arremata: para a mulher que mentir, para evitar a “Indústria do estupro”, pena, cadeia, de um a quatro anos. Reclusão.
Esse Projeto se engancha perfeitamente no que cria o ESTATUTO DO NASCITURO, Projeto de Lei 478/2007, que retira da mulher qualquer possibilidade sobre a disposição de seu corpo, criando situações jurídicas extremamente embaraçosas, que sequer ao legislador de 1916 tocou fazer. O Estatuto retrocede um século no atraso, na tirania, no rebaixamento da cidadania feminina.
É o Brasil da intolerância, é o Brasil do mercantilismo, o Brasil sem cidadania, o Brasil-coxinha, o Brasil engomado e perfilado.
Nem os militares imaginariam isso."
http://www.viomundo.com.br/denuncias/campinho-estuprador-tera-nome-na-certidao-de-nascimento-como-pai.html
ResponderExcluirO aborto é um rito sagrado que tem sido realizado pelas mulheres ao longo dos séculos. A parteira, curandeira, xamã ou bruxa é a abortista sagrada. Ela tem sido perseguida pelos cristãos por milênios. É tempo para esta caça às bruxas acabar!
ResponderExcluirCom a ajuda da abortista sagrada, na forma da deusa morte, a velha, ou a medusa, vamos superar esta nova investida dos fanáticos cristãos. Século após século, esses fanáticos tentam impor sua moralidade fraca nas mulheres. Eles afirmam que deus tem o poder soberano sobre as questões de vida e morte.
Isso está muito longe da verdade. Mulheres como a encarnação da deusa em todas as suas formas e em particular na forma da bruxa, da megera, ou da fúria que devora a vida em sua boca aberta com suas presas afiadas, tem o poder soberano sobre as questões de vida e morte. Não nos esqueçamos de que, quando ela decide que seus filhos estão fadados a morrer, assim será! Ela é a mãe da necessidade. Ela é a noiva sem noivo que atravessa a ponte entre os mundos e carrega as almas das crianças abortadas para o outro lado. Como Lilith, ela misericordiosamente lhes rouba a respiração. Estamos todos aqui por empréstimo e a deusa morte deve proteger seus próprios interesses! Ninguém pode argumentar com o furacão que varre o condenado para longe! Sua palavra é lei!
Hoje esperamos invocar a sabedoria e a justiça da abortista sagrada, e em defesa das mulheres nós zombamos desses cristãos histéricos! Toda a esperança para um planeta superpovoado nasce na escuridão de seu abraço letal! Louve alto a vitoriosa destruidora de filhos indesejados e desnecessários! Ela, que tem o direito de jurisdição possui as almas desta tribo terrena! Você pode se arrepiar, temer e tremer! Estas são respostas adequadas. Medo, pavor, temor e reverência são o que a mãe morte tem esperado! Com a foice na mão, ela se apodera das almas saciadas e cansadas dos condenados!
Estes cristãos aqui hoje só tornam o trabalho dela mais difícil do que precisa ser. Como a mãe-duende, que amamenta o bebê natimorto ela também conforta os loucos e possuídos. Amados e equivocados cristãos - saibam que vocês são vigilantemente vigiados pela sempre presente destruidora que um dia pousarará sobre vocês arrebatando-os para baixo e graciosamente levará-los embora! A natureza do desejo, a verdade da própria vida tem sido sempre a morte - aquela que tudo vê, que exige responsabilidade de quem procria e superpovoa este planeta sobrecarregado.
Não entenda mal! Ela quer fazer dano! Você pode chamar seu deus insano e vertiginoso durante o dia inteiro. Isso não vai adiantar. Ele não tem poder aqui! A abortista sagrada só convoca quem merece o chamado! Ela é livre de imperfeições! Como cascas removidas a partir de grãos, os fetos são dela! Ela marca o seu território, uma fronteira que esses cristãos aqui hoje têm atravessado.
Estes cristãos equivocados pensam que podem fazer uma barganha com a sepultura, piar no meio do redemoinho, gritar no olho do furacão que tudo devora. A temível, a abortista sagrada é surda ao seu pleito e vai vencer no final!
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ResponderExcluirMordred, tem algo errado com a sua notifica. O projeto 478/2007, ou estatuto do nascituro, dá diversas disposições sobre a proteção integral do nascituro. Ele não fala só sobre aborto. Não tem só seis artigos. Procura o projeto e veja que não é esse o texto.
ResponderExcluirOk, Cora,
ResponderExcluirObrigado pela resposta equilibrada e civilizada. Numa conversa de opiniões antagônicas, espera-se o respeito pela pessoa e ataque ao argumento e não meros ataques ad hominem...
No entanto, fiquei com algumas duvidas e gostaria de perguntar:
-Quando começa a vida para a ciência, haja vista não estarmos falando em DEUS? Onde posso ver um estudo sério sobre o assunto, que bata o martelo e diga que até tal data é amontoado e células e depois disso é um ser humano.
A gente fala e fala, mas continuam insistindo, não deixa de existir vida em nenhum momento, o óvulo não morre, o espermatozóide tampouco. O zigoto é vivo. A questão não é a existência ou não de vida, mas VIDA HUMANA que deve ser juridicamente protegida. O que você deve perguntar é: o que me diferencia de uma planta?
ResponderExcluirNa verdade, os machos se identificam profundamente com tecido fetal indesejável, por eles perceberem como sua própria condição aquela de um sanguessuga que se alimenta de energia feminina, um parasita que não sobrevive sem o suporte vital das mulheres. Drenando energia feminina, eles se sentem fetais. Visto que esse estado fetal perpétuo é fatal para o Eu da eterna mãe (Hospedeira), os machos temem que as mulheres reconheçam essa condição real, o que os tornaria infinitamente indesejados. Em um mundo onde os homens desempenham o papel de controladores, possuidores das mulheres, essa necessidade dos machos de energia feminina, vista pelo que ela é, é necrofilia - não no sentido de amor por cadáveres reais, mas de amor por aquelas vitimizadas em um estado de morte-viva.
ResponderExcluirLi uma frase "em um país onde se cogita a possibilidade da mulher valer menos que um ovo, como podemos defender direitos iguais entre homens e mulheres?"[2]
ResponderExcluirMss Minna
Essa sua frase calou fundo...
Quem vos fala é um machista imbecil, cretino e babaca. Quem acha que eu escolhi o velhinho de 90 anos para salvar e acredita que o critério de idade seria absoluto e deveria ser usado no caso de bebê e dos embriões me desculpe vc não entendeu nada. Não vou explicar pois além de tudo que já me chamaram também sou preguiçoso. E nunca adotei uma criança. Que crápula sou eu! Sabe esse argumento de "vc já adotou uma criança", parece aquelas frases que dizem pra quem defende os direitos humanos de pessoas que cometeram crimes: "se vc gosta tanto deles por que não leva pra casa". Mas tudo bem, péssimos argumentos são usados em todas as discussões como disse a Cora.
ResponderExcluirFala da Cora: "mas ainda não um ser humano (uma pessoa humana), pois ainda não completamente formado. pra tanto é preciso sim q haja um corpo capaz de sobrevivência extra-uterina"
O que vc diz Cora é sim defendido pela ciência é UMA DAS TEORIAS SOBRE O INÍCIO DA VIDA HUMANA, segundo essa teoria só haveria vida humana quando o feto pudesse sobreviver fora do útero. Sendo portanto possível o aborto até depois dos 3 meses. Podemos refletir sobre essa teoria: Será que a vida humana realmente só existe quando pode se sustentar por si só? Da pra perceber as implicações desse pensamento como critério para o início e o fim da vida.
Marco Aurélio Zaror Cordeiro não existe certeza sobre quando a vida começa, a ciência não bateu martelo a esse respeito. Existem hipóteses. A teoria genética que diz que a vida começa na concepção é UMA TEORIA CIENTÍFICA, não trata-se de mera crença religiosa, é sim uma ideia defendida dentro da comunidade científica. É mentirosa a afirmação que a ciência diga que a vida começa na 12 semana de gestação, Pois essa afirmação é de apenas uma das teorias sobre o início e fim da vida, mas não é a única. Mesmo dentro dessa teoria conhecida como neurológica, há discordância quanto a esse número 12 semanas, pois a formação do tubo neural se dá de forma gradual e alguns adeptos dessa teoria defendem que já se inicia antes disso.
A ciência não pode nos dizer exatamente quando a vida começa, por isso decidir entre essa teorias é uma decisão política, moral e ética. A decisão do CFM foi uma decisão política, longe de ser unânime, e longe de representar a última palavra da ciência sobre o assunto.
Mas, não se esqueça que essas palavras foram ditas por um péssimo sujeito e vc não deveria ouvi-las, pois é a voz da insensatez.
"Na verdade, os machos se identificam profundamente com tecido fetal indesejável, por eles perceberem como sua própria condição aquela de um sanguessuga que se alimenta de energia feminina, um parasita que não sobrevive sem o suporte vital das mulheres. Drenando energia feminina, eles se sentem fetais. Visto que esse estado fetal perpétuo é fatal para o Eu da eterna mãe (Hospedeira), os machos temem que as mulheres reconheçam essa condição real, o que os tornaria infinitamente indesejados. Em um mundo onde os homens desempenham o papel de controladores, possuidores das mulheres, essa necessidade dos machos de energia feminina, vista pelo que ela é, é necrofilia - não no sentido de amor por cadáveres reais, mas de amor por aquelas vitimizadas em um estado de morte-viva."
ResponderExcluirQuando eu vejo declarações como essa eu penso que toda ideologia pode acabar agindo como uma doença degenerativa no cérebro de algumas pessoas. FEMINISMO É ISSO GENTE? E depois falam dos fundamentalistas religiosos. Fetos e homens como parasitas e sanguessugas e mulheres como hospedeira, isso é de embrulhar o estômago. Essa é a igualdade que as feministas tanto defendem? Por isso que eu já não me importo de ser chamado de machista, diante disso torna-se até um elogio.
Vou falar de novo, a questão não é quando a vida em sentido amplo começa. Não interessa se é na concepção, se é no 40º dia quando a alma supostamente anima o corpo, se é quando se forma o sistema nervoso, se é quando pode haver vida extra-uterina (bem depois de 12 semanas, quando o embrião tem apenas 13 gramas).
ResponderExcluirO zigoto está vivo desde o início. A questão é quando o zigoto adquire status de pessoa. Se a vida termina com a morte cerebral, ainda que o coração permaneça batendo (é esse o critério jurídico), é dolorosamente lógico que a vida, em sentido jurídico, começa com o início da atividade cerebral.
"Se a vida termina com a morte cerebral, ainda que o coração permaneça batendo (é esse o critério jurídico), é dolorosamente lógico que a vida, em sentido jurídico, começa com o início da atividade cerebral. "
ResponderExcluirNão no caso de morte cerebral, a morte é inevitável, não há mais energia vital possível, no caso de um feto saudável a vida é que é inevitável, abortar é justamente agir contra essa força vital
Ah, então você é contra aborto em caso de estupro ou risco de vida para a mãe? E contra a pílula do dia seguinte?
ResponderExcluirHomens q defendem essas leis absurdas não passam de parasitas da pior espécie mesmo..
ResponderExcluirSara disse...
ResponderExcluir" Homens q defendem essas leis absurdas não passam de parasitas da pior espécie mesmo.."
Quer dizer que se um homem discorda de vc ele é um parasita, assim como um feto que também é um parasita ele pode ser eliminado sem problemas.
E as mulheres que são contra a legalização do aborto, também são parasitas? Será que o seu pensamento vem do caráter totalitário da ideologia feminista ou da misândria que subsiste no interior do feminismo e na mente das feministas.
educamb
ResponderExcluirVC FEDE !!!!!!!
Percebi, que salvo raras exceções, as posições são maniqueístas sobe esse assunto. Vive-se em constante pé de guerra.
ResponderExcluirNa primeira lei, estatuto ou orientação nessa linha (à vezes nem precisa ser em linha nenhuma), dá-se um jeito de inclinar para o machismo, preconceito, misoginia...
Esse tipo de comunicação interessa muito aos grupos que controlam as ONGs nessa linha, que respiram essa cizânia. Os simpatizantes não percebem bem isso e pensam estar em um clima de guerra, quando inseridos em sua minoria.
Problemas todos aqui tivemos e asseguro não foram poucos, mas somos senhores de nossos destinos e podemos progredir, prosperar e seguir em frente sem precisarmos dividir a sociedade em trincheiras.
Os números, quando bem torturados, revelam tudo e se lançarmos uso de estatísticas, sempre estaremos oprimidos no passado e hoje, homossexuais, gordos, negros, sejam homens ou mulheres tiveram suas opressões, mas viver disso me parece intelectualmente desonesto...
Por isso, sobre esse caso, não vejo relação direta entre o estatuto e os prejuízos para a mulher, mesmo que sejam universalizados exceções, como os que foram ditos, da mulher ser presa por não conseguir provar a culpa do estuprador, dos embriões terem direitos que a mulher não...
Faz lembrar uma obra do George Orwell, 1984, onde o governo precisava sempre de uma guerra para manter o grupo sempre alerta contra o inimigo...A mulher está cada vez mais conquistando seu espaço, exercendo suas habilidades e isso é ótimo e só acontecerá se nos unirmos e não nos dividindo em trincheiras...
Não reparei se alguém já postou isso, mas também tem como assinar uma petição contra o estatuto aqui: http://estatutonascituronao.fw2.com.br/
ResponderExcluir@marco
ResponderExcluirParabéns por querer manter seus privilégios de homem branco cis e por passar por cima de todas as mulheres que aqui tentaram debater com vc e mostrar o pq esse projeto não privilegia as mulheres.
Vc é um ótimo entendedor.
SQN!
ResponderExcluireducamb,
escolha os argumentos q vc pretende contrapor, ué!!, e não se faça de vítima.
eu disse tb q não há inocentes ou ingênuos neste debate. vc vive no mesmo mundo q eu, então manera aí nesse sentimento de injustiça, nesse “desconhecimento” conveniente da realidade, pq o caso passa bem longe disso.
vc faz questão de relacionar o feminismo a td pessoa q fala algo com o qual vc discorda (não importa o q seja, se faça sentido ou não, se é completamente delirante ou não, se é contrário à sua opinião, se vc pode usar para achincalhar um movimento q é sério e defende causas importantes, vc toma como verdade absoluta e dogma feminista). mas, convenientemente, não faz o mesmo com o machismo. não faz o mesmo com a ideologia sob a qual vivemos. interessante, né?
argumentos ruins existem de ambos os lados. delírios existem de ambos os lados. de pró-escolha a contra-escolha.
ResponderExcluirMarco,
desnecessário ficar avaliando argumentos. escolha os argumentos q vc quer contrapor. existem péssimos, como eu disse ao educamb, de ambos os lados. os contra-escolha falam coisas terríveis e q, ou simplesmente não merecem resposta ou merecem uma resposta desaforada e impertinente, como as q vc vê aqui vez ou outra. exigir q mulheres se calem diante de ataques e ofensas é manter a roda do status quo azeitada. mulheres convivem diariamente com situações, ações e falas agressivas e ofensivas. já passou da hora de uma reação de igual força. ofender quem nos ofende é completamente legítimo e justificado. exigir a outra face apenas de mulheres é alimentar as violências simbólicas cotidianas.
Meu povo e minha pova, por gentileza parem de cair nesse ARDIL ANTI-ESCOLHA de ficar debatendo em que momento a vida humana individualizada começa. É apenas uma tegiversação irrelevante para o problema que se propõe. Passo a explicar:
ResponderExcluirQuando se fala em LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, estamos falando em lei. Questão tecnicamente jurídica.
A VIDA NÃO É UM DIREITO ABSOLUTO dentro do Direito Brasileiro, vide casos como legítima defesa, aborto em caso de estupro e risco de vida à gestante e a PENA DE MORTE para certos crimes militares em tempo de guerra, hipóteses perfeitamente constitucionais.
Então se a vida começa na concepção, às 12 semanas ou aos 40 anos, tanto faz. Ela não é um bem absolutamente protegido em nosso ordenamento jurídico, aliás, nenhum é.
Pois bem. Resta saber que é ou não constitucional que se legalize a interrupção voluntária (eletiva) da gestante. Sim, é.
A Constituição Brasileira em momento algum usa o termo nascituros ou conceptos. Fala-se o tempo todo em nascidos e as palavras têm um efeito mortal no Direito.
O Pacto de San José da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário e cujo conteúdo tem status hierárquico jurídico supralegal (abaixo da Constituição, acima da norma infraconstitucional - como o Código Penal, por exemplo) dispõe em seu artigo quarto:
"Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente."
Peço a atenção de vocês para o seguinte trecho:
Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.
Lembram o que eu falei sobre as palavras terem um efeito mortal no Direito? Muito bem. E não é ou, "um" não é igual a "dois". EM GERAL não quer dizer em todos os casos. E é sabido que aborto é medida de exceção.
Haveria afronta a esse dispositivo se o abortamento fosse medida compulsória e não é.
O "EM GERAL" está ali porque, obviamente, abraça exceções. O aborto legalizado, eis que medida não-arbitrária e recepcionada no ordenamento, é uma delas, bem como a pena de morte constante no Código Militar e a legítima defesa, como já aludi.
Assim sendo, tecnicamente e juridicamente não existe impedimento atual para a mudança legislativa que se almeja.
Em que momento a vida começa é questão para a ciência decidir e independente de qual seja ele, esse bem, a vida, não é absoluto aos nascituros e tampouco aos já nascidos, assim sendo, não é defeso ao Brasil legalizar o aborto.
Até mais.
ResponderExcluirsobre a origem da vida, a Barbara já esclareceu meu ponto.
a vida surgiu há cerca de 3,5 bilhões de anos atrás e, a partir de então, vida gera vida numa sequência ininterrupta de eventos q liga td ser vivente entre si. de certa forma, cada ser vivo traz em si o registro de td história do desenvolvimento da vida no planeta.
em relação ao ser humano, ovócito está vivo (o óvulo só se forma após a fertilização), espermatozóide está vivo, zigoto está vivo, mórula está viva, blastocisto está vivo, gástrula está viva, nêurula está viva... enfim, tá td vivo desde sempre, pq uma célula só surge a partir de outra célula viva.
a vida de um novo ser humano começa assim q se forma o zigoto. como eu disse, tds nós já fomos uma célula. depois duas, depois quatro, depois oito... até q o organismo estivesse completamente formado e viesse à luz no nascimento.
mas a pessoa humana ainda não está formada no zigoto, nem na mórula, nem na gástrula, nem... pois está ainda em formação, está ainda em desenvolvimento. é neste sentido a minha fala. por isso eu disse q é vida humana mas ainda não pessoa humana (qdo digo ser humano, falo de pessoa). pra gente existir como pessoa é necessário um corpo completamente formado.
a gestação é isso. é o tempo e condições necessários para q uma nova pessoa seja formada. o vir à luz (acho bonita essa expressão) é q faz a pessoa existir para o mundo. enqto no estágio fetal, essa pessoa em formação existe apenas para a gestante e, se houver, para a família da gestante, mesmo assim apenas indiretamente. a ligação da gestante com o feto é uma ligação muito íntima, q provoca alterações importantes no organismo da mulher, por isso acho extremamente violento obrigar uma mulher a levar à cabo uma gravidez não desejada.
a questão portanto, não é qdo começa a vida, pq ela existe desde sempre, o tempo td.
a questão é qdo consideraremos essa vida em desenvolvimento uma pessoa. eu coloco esse marco a partir do momento em q é possível uma existência extra-uterina, pois ser uma pessoa é isso, é ser capaz de uma existência extra-uterina. e esse marco é posterior à 12ª semana. bem posterior, na verdade, o dobro desse tempo. na maior parte dos países q permitem o aborto, o limite é a 12ª semana, o primeiro trimestre de gestação.
ResponderExcluirMarco,
são as mulheres q estão dividindo o mundo em trincheiras? ou melhor, são as feministas q estão dividindo o mundo em trincheiras?
Lola, querida, não sei se alguém já divulgou mas a Marcha das Vadias em Natal vai ser dia 21 de junho e irá, claro, protestar contra esse retrocesso medieval que foi a aprovação desse estatuto pela comissão de finanças.
ResponderExcluirÉ fácil encontrar a página, não vou divulgar aqui, pois infelizmente sempre que se fala da VIDA DAS MULHERES e se problematiza a palavra desses pregadores oportunistas - munidos de ciência de almanaque e senso de exploração dos mais fracos, já que só batem em cima de minorias e só aparecem em prol de benefícios eleitoreiros - surgem os fundamentalistas da claque para querer justificar o injustificável.
É triste supor que há gente no país elegendo pessoas capazes de aprovar uma legislação que retrocede o reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres para antes da década de 40 (de quando data a legislação que regulamenta o aborto). É desolador pensar que há gente usando o falso argumento da fé para defender bolsa estupro e a discriminação de raça e gênero que segue mantendo o aborto como 3a causa de mortalidade materna no país. Esses "cidadãos de bem" estão promovendo extermínio de classe e étnico-racial, além da violação física e moral sistemática de mulheres abaixo da linha da pobreza e da miséria, independente de credo. Pois, sabe-se que as mulheres que PODEM pagam pelo seu aborto, muitas vezes com o próprio médico da família, independente de credo. Aliás, as pesquisas mostram que a maioria é católica, e muitas também se declaram espíritas e evangélicas.
Aborto, definitivamente, é um tema para ser discutido por quem tem útero, quem está, de fato, sob o risco de ter de pensar a respeito dele em algum momento de sua vida, ou, pelo menos, por quem não seja fundamentalista e reconheça as mulheres como seres humanos.
Quando uma mulher engravida, todas as responsabilidades sobre a gravidez recaem sobre ela. É a mulher que deve cuidar da saúde, se alimentar direito, se comportar como mãe (seja lá o que isso significa!). Se a gravidez acontecer sem planejamento, piora um pouco. As cobranças e os julgamentos da sociedade são todos direcionados a ela.
ResponderExcluirEm todos os casos e, especialmente, naqueles em que não houve planejamento e a gravidez foi fruto de um, digamos, acidente, falta uma peça. Ou será possível uma mulher se auto fecundar? Engravidar do vibrador? Por que nunca é o homem que devia ter se protegido? Por que nunca é o homem que engravidou alguém porque quis? Por que nunca se pergunta como o homem vai cuidar de uma criança?
A mãe passará 9 meses por mudanças físicas, hormonais, emocionais. Depois usará seu corpo para alimentar os filhos. E passará o resto de sua vida cuidando dos filhos, preocupada com eles. Ainda assim, se não for mãe em um relacionamento monogâmico estável, será “mal dita” (de maledicência mesmo)... enquanto o homem nem precisa ser pai se não quiser, pode servir apenas como doador de esperma mesmo.
Se em geral homens casados que criam seus filhos junto com a mulher ainda deixam a maior parte das funções de cuidar e educar para as mães, imagina os outros! Eles podem não assumir os filhos, abandonar a grávida antes ou depois do nascimento, ser pai de fim de semana, de quinzena ou só de férias.
Dessa forma, nada mais justo que seja também a mulher, e somente ela, a decidir sobre a manutenção ou não de uma gravidez. Ainda que soe subversivo para alguns, sou radical nesse assunto: para mim homens simplesmente não devem opinar sobre o assunto aborto enquanto forem incapazes de engravidar.
Para compreender os pontos polêmicos do projeto:
ResponderExcluirhttp://www.feminismo.org.br/livre/index.php?option=com_content&view=article&id=99995886:estatuto-do-nasciturno-entenda-os-pontos-polemicos-do-projeto-de-lei&catid=133:direitos-sexuais-e-reprodutivos&Itemid=540
Pra que o edcamb tenha orgulho de ser chamado de cretino e imbecil so falta um tiquinho. Vai vendo...
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