Hoje publico dois relatos no mesmo guest post. Primeiro o da Fernanda, depois o da Emy. Ambas participaram dos protestos em Belo Horizonte. A maior parte das fotos eu tirei daqui e daqui.
Fernanda, 20 anos, estudante de Medicina na UFMG.
A UFMG serve de quartel general para o aparato repressor do Estado.
A Lei Geral da Copa, tão citada nos últimos dias, estabelece que áreas num perímetro máximo de 2 km ao redor dos locais oficiais de competição são exclusivas da FIFA (existem discussões a respeito: alguns dizem que isso se refere apenas a áreas comerciais, e não áreas de segurança). Só entra quem tem credencial. Ainda segundo a tal lei, os locais oficiais de competição são todos aqueles relacionados à competição. No caso, desde áreas de lazer destinadas aos fãs a estádios de futebol.
Estádios de futebol são arenas onde seres humanos se enfrentam e outros seres humanos assistem, bem parecidas com aquelas que vemos em filmes, que imaginamos quando lemos a história. Aquelas do tal “pão e circo”. Não discuto, aqui, a importância do esporte na vida do cidadão. O futebol das grandes arenas, dos Ronaldos e Pelés, é um negócio, não um esporte. Nesse negócio, existe uma empresa chamada FIFA. E essa empresa tem exclusividade em espaços ao redor de estádios. O perímetro definido em Belo Horizonte é de 700 metros.
A Universidade Federal de Minas Gerais fica ao lado do Mineirão. É uma instituição brasileira dedicada a ensino, pesquisa e extensão. Tem milhares de alunos, a maioria jovens, centenas de professores, a maioria doutores, que contribuem para o desenvolvimento da ciência e do livre pensamento no país.
No final de maio, a comunidade universitária recebeu o seguinte e-mail da reitoria:
“COMUNICADO À COMUNIDADE ACADÊMICA E ADMINISTRATIVA
Tendo em vista a realização de jogos da Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013 em Belo Horizonte, e com informações de que poderá ser decretado feriado, decido, ad referendum do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE), suspender as atividades acadêmicas e administrativas nos dias 17/06/2013, 22/06/2013 e 26/06/2013.
Informo, ainda, que, nesse período, o acesso ao Campus Pampulha só ocorrerá com prévia autorização da Pró-Reitoria de Administração (PRA). Esclareço que os nomes dos professores, servidores técnico-administrativos em educação e estudantes que, porventura, necessitem entrar no Campusnesses dias, deverão ser informados a essa Pró-Reitoria, o mais breve possível, pelo e-mail info@pra.ufmg.br.”
Então, nos dias 17 e 22 de Junho, a UFMG deixou de existir. Virou apenas um território da FIFA. A maior universidade federal mineira, uma das mais prestigiadas do Brasil, cedeu seu espaço para que uma empresa tentasse reprimir manifestantes mineiros. [Só pra complementar, aqui em Fortaleza, nos dias de jogo do Brasil, foi decretado feriado municipal. A UFC também fechou].
O campus, fechado aos alunos, serviu de esconderijo à Força de Segurança Nacional. 166 homens, a pedido de Anastasia e cedidos pelo governo federal. Eram 166 brasileiros que jogavam, a todo momento, bombas de gás lacrimogêneo contra outros brasileiros. Que usavam balas de borracha para proteger a soberana FIFA. 50 mil pessoas na segunda, mais de 125 no sábado. Muitas dessas pessoas alunos, ex-alunos, servidores e professores da UFMG.
Hoje, 23 de junho, a reitoria soltou uma nota sobre o que aconteceu. Alegando o perímetro definido pela FIFA e que foi acordado entre a universidade e o governo que a força nacional ficaria lá. A nota, na íntegra, pode ser lida no site da UFMG.
Segunda fui à manifestação. Sábado não fui. Segunda a polícia nos atacou enquanto voltávamos para casa. Foi um caos e me senti muito triste de ver a UFMG fechada aos alunos. O lugar que frequento todos os dias, além de abrigar uma polícia violenta, ainda não pode me abrigar, me salvar num momento de desespero. Ontem meus colegas voltaram com a mesma indignação. Ou ainda maior. O Estado e seus 166 homens, que chegaram em BH durante a semana, pioram a situação.
Queria saber que tipo de universidade cede seu território ao braço direito violento e repressor do Estado. Que tipo de universidade aceita um acordo sabendo que seus alunos serão atacados do lado de dentro do campus, enquanto lutam, do lado de fora, por seus ideais. Terei nojo de pisar lá nos próximos dias. Estou com vergonha de dizer que estudo na Universidade FIFA de Minas Gerais.
Emy, 24 anos, estudante de Psicologia, me enviou este email:
Sou a Emy dos comentários. Sou militante há um tempo, mas não participo diretamente de nenhuma organização por não ter tempo disponível para acompanhar as reuniões. Por isso me limito às campanhas online, aos movimentos via blogs e as manifestações sempre que possível. Enfim, hoje resolvi te escrever porque você tem me influenciado bastante e acabei de ler sua resposta dada a B que muito me incomodou.
Participei do protesto de ontem de BH. Já havia inclusive criticado outras vezes, por causa do número de reacionários que identifiquei durante os outros dias em que participei. Mesmo assim resolvi ir, porque sendo de esquerda, achei que não era a melhor escolha deixar uma molecada sem orientação que está nas ruas na mão livre dos reaças. Fui com duas amigas. Saí do trabalho (pois é, a manifestante-vândala-vagabunda aqui trabalha) e encontrei com o pessoal na Praça Sete, ponto de encontro aqui em BH. Ás 14:30, a marcha começou a sair do Centro rumo ao Mineirão, onde estava acontecendo o jogo do México.
Como de costume, caras pintadas, pessoas enroladas em bandeiras e muitos cartazes idiotas, do tipo: “Dilma, Blatter uma pra mim”. Mas eu já sabia que corria esse risco. Continuamos. A marcha foi super tranquila até a chegada no Mineirão. Havia famílias inteiras lá. Diferente dos outros dias, não havia gritos de guerra.
A caminhada ao Mineirão do Centro é longa. Andamos muito e chegamos lá quando já estava anoitecendo. Era muita gente, mais de 70 mil pessoas. Chegando lá, a PM já estava a nossa espera, como era de se imaginar. Diferente do que tem sido dito pela Globo, pois eu estava lá, antes mesmo de chegarmos ao ponto de segurança determinado pela FIFA-que-manda-no-Brasil-até-acabar-a-Copa, a PM atacou com bombas de efeito moral. E dá-lhe bomba de gás na galera.
Aí começou a confusão. O pessoal que já havia sido atacado na segunda pela mesma PM, começou a revidar com pedras e iniciou-se o conflito. Eu e minhas amigas estávamos na frente, mas não junto com o pessoal que atacava a PM, mas pudemos ver como as coisas aconteciam. E a PM ligou o botão do fodas. Muita bomba de gás e bala de borracha. E a gente não arredava pé.
A tropa de choque, que foi pedida pelo Anastásia, governador de Minas, que depois de ontem declarou tolerância zero aos manifestantes de BH, invadiu a Federal e fez um cerco a todos nós. O pessoal apavorou. Éramos muitos mil. Se todos tivéssemos a mesma coragem dos que estavam lá na frente atacando a PM, bem sei que a PM não teria resistido. Mas ficamos só na indignação. Quando vimos que as bombas e as balas não cediam, que não ia ter jeito, nos viramos e começas a vir embora.
Eu já estava tomada pelo ódio, Lola. Com ódio da PM e com ódio desse governo opressor que recebe manifestante pacifico com bala de borracha e bomba de gás. E foi aí que se iniciou uma quebradeira na volta. E eu tenho que admitir que eu apoiei. Os mesmos manifestantes que estavam lá – de forma pacifica -- tomando gás na cara e bala de borracha como resposta, voltaram literalmente quebrando tudo.
E aí foi sinal, foi placa de trânsito, foram lojas da chevrolet e grandes empresas internacionais, outdoors da coca-cola, bancos entre outros. Foi reação. E eu concordei. Concordei mais ainda, quando tentamos parar o anel rodoviário e em cinco minutos chegou à tropa de choque atirando bala de borracha pra tudo que é lado a menos de 50 metros de nós, atirando à queima-roupa. A bala que “deve ser usada em casos extremos”. Falácia. Nas ruas é diferente.
Ontem eu saí daquele protesto diferente, Lola. Muito diferente. E eu já ia te escrever. Quando li seu último post então, resolvi fazer isso o quanto antes, para não perder a emoção da coisa. Eu estava lá, eu vi como a polícia recebeu os manifestantes que até então estavam pacíficos.
E eu fui testemunha de que o quebra-quebra começou como resposta. E mais, realmente não sei até que ponto uma manifestação completamente pacifica conseguiria algo. Todos os exemplos que você citou a B, você melhor do que eu sabe que tiveram contextos anteriores e que muita gente deu a vida pra que a gente tenha o que hoje chamamos de democracia.
Essa história de “sem vandalismo”, pra mim é uma tática de acalmar a população, porque de fato, se todos resolvem quebrar tudo, o Brasil vira pó, e se o Aécio se torna presidente, ele o cheira, né. Enfim, ontem eu apoiei a quebradeira. E a achei válida. Eu vi por que ela começou. E acho que em certa medida, o governo só olhará pra nós quando mexermos no dinheiro público. Que é ‘nosso’. A gente já paga tudo mesmo, Lola. Então essa história de ‘para com esse vandalismo gente, vai sair do nosso bolso depois’, já não é o suficiente pra mim, depende do contexto. E no de ontem, pra mim valeu.
Eu posso entender o calor da revolta. Vesti vermelho, fui contra o grito de "Fora, Dilma!" e saí vaiada da manifestação aqui. Foi emblemático, mas precisamos resistir à rasura política dessa moçada! Eis meu relato, uma crônica:
ResponderExcluirhttp://isabelacampoidirection.blogspot.com.br/2013/06/manha-de-manifestacao-em-paranavai.html
Dividir as protestas, e as pessoas que protestam, entre violentos e não violentos é trapaça. É uma das formas mas simples e eficientes de apagar a importancia de um protesto. Tem-se uma grande massa de gente sem preparo politico nem de ação, motivada mas desorientada. Primeiro espalha-se o discurso de paz e amor e cuidado pelo publico de forma que qualquer ação mais forte seja tida como um crime muito pior que todos os abusos da policia juntos. Depois, reprime, bate, provoca o povo de forma que a raiva se faça incontenível. No fim, dentre esa masa grande, quem reage com força é recriminado como o pior cidadão do universo, e quem não reage com força vai levar gas e bala até cansar ou não poder mais. E o motivo na manifestação? E as pautas? E a participação do povo? Todo fica mascarado pela briga de violência ou não violência, que claramente não é a central. Não se deixem levar a censurar totalmente alguem por reagir dum ou outro jeito à repressão, isso tem que ser discutido sim mas sem que seja o principal. As manifestações já tem falta de foco, só piora quando damos tanta importancia a jogar ou não jogar pedra.
ResponderExcluirSe a pessoa está ali protestando pacificamente, de repente são todos atacados por um bando de policiais à mando do governo e começam a se rebelar contra esse ataque, na minha concepção é defesa.
ResponderExcluirAliás, isso é algo a se pensar, estão reclamando tanto de "vândalos", mas a realidade é que o número de pessoas protestando está maior em muitos lugares que o contingente policial. Se a maioria revidasse, imaginem o estrago que iria ser. E a culpa seria de quem manda reprimir o povo que só está no seu direito garantido em constituição e que está sendo tão desrespeitado, principalmente aqui em Bh.
P.S: não consigo conter o riso toda vez que escuto a piadinha que anda circulando sobre o pó e o Aécio, rsrs
Lola, eu posso enviar um texto sobre o que eu outros estudantes sofremos no Instituto de Filosofia e Ciências sociais da UFRJ durante a oonda de protestos ? Após ler e me identificar esse texto, quis compartilhar minha historia.
ResponderExcluirLola, eu te adoro. bjos
ResponderExcluirClaro, Marximum, manda sim. Até porque eu já estive aí duas vezes recentemente, e adoro a UFRJ.
ResponderExcluirUnknown, obrigada! Faz uma conta pra vc não ficar conhecidx como unknown?
Se num protesto, a policia ataca os manifestantes, o que se deve fazer é apenas se defender pois os policiais não são os responsaveis por isso, na verdade eles são apenas cidadãos oprimidos como todos nós.
ResponderExcluirO que o povo tem que fazer é identificar quem articula contra nós e ir até sua casa e lincha-lo (josé Sarney por exemplo)-(ou então aqueles vagabundos que reduziram em 40% o salario de professores no Ceará), faça-se isso e veremos se esses escravistas não aprendem a ter respeito pela população.
Concordo que não se deve superdimensionar os atos daqueles manifestantes que bateram de volta. Isso seria desviar (ainda mais) o foco, é isso o que pretendiam mandando a polícia fazer o que fez. Mas essa reflexão está aí pra ser feita, ainda que seja como auto-crítica. A violência provocada e retribuída também é uma forma de distração, é uma manobra.
ResponderExcluirSou super a favor de vandalismo com contexto, viu? Só posso rir dos repórteres se lamentando que não sei quantas vidraças foram quebradas e depois somando os prejuízos "que podem chegar a 22 ZILHÕES de reais".
ResponderExcluirDavi, estava pensando muito nisso. Sugiro os nomes do Feliciano e Luiz Bassuma e Miguel Martini. Ia servir de lição para os outros que iriam pensar .. 22 zilhões de vezes antes de propor curas gays e estatutos de nascituro ao invés de fazer algo que preste.
Eu fui no protesto em Campinas, e a coisa foi feia, tinha muita gente que foi só pra "quebrar tudo". Eu vi.
ResponderExcluirHoje tem manifestação outra vez e uma galera está organizando uma pacifica(no largo do rosário) e um grupo está organizando um ato em outro lugar e segundo algumas pessoas, esse grupo que começou a confusão na quinta, que foi bagunçar na sexta...
São pessoas que querem derrubar todo mundo do poder, que quer um governo anárquico, sem saber que o único país anárquico do mundo é a Somália.
Precisamos de um governo, precisamos aprender a votar e aprender a exigir.
Precisamos discutir, precisamos falar, precisamos ser ouvidos.
Ei Lola! Que surpresa ver meu e-mail aqui!
ResponderExcluirO que acho mais engraçado nisso tudo, é que hoje pela manhã, vendo a repercussão nos jornais aqui de Minas sobre a manifestação de sábado, o capitão da PM destacou que a PM agiu em prol da 'defesa' dos cidadãos, faz-me rir. Sem contar o esforço em identificar 'grupos terroristas e criminosos' infiltrados entre os manifestantes. Não vou nem entrar nesse mérito. Até porque bandido por bandido a gente tem na política, na própria PM, enfim...
Por mais que a questão da violência não seja a pauta principal, acho que sua discussão é válida e necessária, uma vez que ela atinge diretamente quem esta nas ruas. E isso, a meu ver, não inválida as demais reinvindicações.
Não sou estudante, mas mesmo assim fiquei indignada quando vi que a UFPE foi fechada para servir de estacionamento da Arena Pernambuco.
ResponderExcluirOi Lola, estive na manifestação na segunda e no sábado em BH. Nos dois dias estávamos maifestando pacificamente em direçao ao mineirão. E nos dois dias a mesma coisa, foi chegar próximo ao mineirão, "território da Fifa", começou o ataque da polícia.
ResponderExcluirFomos covardemente atacados pela polícia c/ bombas de gás e balas de borrachas. Parecia uma praça de guerra.
Teve uma hora que tava to mundo correndo, alguém gritou calma, não somos bandidos, pra que estamos correndo. Verdade, a gente é povo q deveria ser protegido pela polícia, mas a polícia está lá para proteger os interesses da fifa, do governo. Nunca tive simpatia pela polícia, agora vejo que são um bando de cães adestrados do governo.
E eu concordo com reação do povo de quebrar tudo, eu apoei quando quebraram tudo na volta para o centro. E a gente gritando PM covarde, vai tomar c* porque eles são uns covardes mesmo. E vandalismno foi o que os policiais fizeram com a gente, tudo a mando do governador de Minas. E vem o prefeito de Bh falar que a polícia precisa ser mais rigorosa, usar força total e que agora é tolerância zero no jogo de quarta no mineirão. http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/06/pm-prendeu-muito-pouca-gente-diz-prefeito-de-bh-sobre-protesto.html
Isso é a polícia sendo tolerante.
http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2013/06/bateu-direto-na-minha-cabeca-com-toda-raiva-diz-jovem-em-bh.html
http://www.youtube.com/watch?v=s3XCaGT4iMg
E também teve um comandante da polícia no sábado que disse para os pais manderam os filhos irem para casa porque quem estivesse na rua a partir daquele momento seria seria considerado arruaceiro e seria preso. Isso é toque de recolher, é ditadura agora.
Eu que gostaria de pedir para o governador tirar esses policiais truculentos da rua, aí sim estaríamos mais seguros.
Eu sou ex-aluna da Ufmg, foi vergonhoso permitirem que a polícia nos atacasse de dentro da universidade, decepção.
E quando cheguei em casa meu pai me deu os parabéns e bateu palmas para mim, e me falou que era uma boba, andando que esses baderneiros, o que eu estava fazendo lá e tomara que levasse um tiro de borracha na cara. Ainda tenho que ouvir isto.
Quarta eu vou novamente, mas é a polícia chegar e a violência começa, ainda mais c/ o prefeito incentivando.
E só mais uma coisa, na segunda ainda havia uma liminar que proibia manifestações durante a copa das confederações, mas mesmo assim quarenta mil pessoas foram as ruas.
ResponderExcluirDepois essa liminar foi suspensa na quarta passada.
O que o governo não faz para garantir o lucro da fifa e dos patrocinadores, nada pode atrapalhar.
Lola, adorei conhecer este blog hoje, por acaso quando queria colocar meu desabafo e procurei no google "manifestações e golpe". Sim, acredito que se esteja colocando em prática aquilo que já vem sendo gestado não é de hoje. Quem sabe ler e lê aquele famoso jornal carioca, para o qual não há outro que lhe faça oposição já vem percebendo... A opinião pública de fora contra os brasileiros ligados à falta de cuidados e exploração dos bens naturais e principalmente a Amazônia é algo que tem chamado a atenção. Um certos sítios da internet não deixam dúvidas de onde vem... Recusemos esta "ajuda" e vamos insistir: REINVINDICAR SIM GOLPE NÃO.
ResponderExcluirLi em um comentário, esqueci o nome de quem escreveu, desculpe, que as pessoas de partidos de esquerda vão com suas bandeiras mesmo diante de hostilidade, e os de direita se mesclam na massa jovem fingindo apartidarismo. É verdade.
ResponderExcluirAntes de ler sobre isso passei por uma manifestação e fiquei lendo as reivindicações. Era para ser sobre o PAC, mas nas placas só se via ataques ao governo e coisas genéricas. As placas com ataques ao governo, todas feitas de maneira pessoal e citando nomes, eram imensas, super bem feitas. Nesse momento peguei certo desgosto pelos manifestantes, por serem tão bobinhos ao ponto de achar que estão participando de um movimento apartidário. Não que se deva atacar então essas pessoas disfarçadas, tudo faz parte, mas acordem né? Não é por ter pouca idade que a pessoa tem que ser tão ingênua.
Vão me tacar bala por fazer esse comentário,mas é o que penso...
ResponderExcluirNão me surpreendo da universidade fechar e declarar feriado no dia dos jogos,acho até muito justificável visto que em época de copa do mundo o Brasil pára mesmo, as pessoas saem mais cedo do trabalho,as aulas são canceladas ou acabam mais cedo, o comércio fecha e todo mundo corre pra casa doido pra ver os jogos.
Que dúvida vcs tem de que ano que vem vai ser exatamente assim AINDA MAIS com a copa acontecendo aqui no Brasil?
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É a nossa cultura,é o que 'priorizamos', e o que temos pra hoje.
Isso não vai mudar da noite pro dia, vejo muita gente reclamando genericamente dizendo ''não a copa'' (sei que os posts não falaram exatamente disso,mas queria aproveitar a oportunidade)
Mas eu acho que é tarde pra se manifestar contra copas,olímpiadas e o kct a 4 ,se quisessemos realmente que essa copa não acontecesse, deveríamos ter nos posicionado contra ela lá por 2007... Agora é um pouco tarde pra querer voltar atrás,e sério que ninguém imaginava que isso ia acontecer????
tipo juram? tiveram que pagar pra ver?
Eu só não entendo pq tem gente jogando a culpa toda da situação em cima da copa quando até alguns anos atrás o clamor social era de que ''devia ter uma copa no Brasil'' ''Faz tempo que não acontece uma copa no Brasil''
Como os discursos mudam...
O povo tem que ter mais foco e fazer menos afirmações do tipo ''não a copa'' como se se a copa deixasse de acontecer o Brasil estivesse necessariamente melhor agora,isso não é verdade.
Ah e eu não concordo com violência nos protestos, visto que ela só vai acabar servindo pra q a população justifique a covardia policial, e é claro, é óbvio que se mandaram tijoladas e pedras nos policiais eles vão revidar né gente, querem que eles fiquem quietos?
ResponderExcluirIsso tbm é violência pessoal, e violência não legitima nada né?
Fora que esse papo de destruir lojas,depredar a sociedade e o espaço público em nome de uma 'resposta justa' é RUIM PRA TODA SOCIEDADE, e pra todos os cidadãos....
E se depredassem a lojinha de bairro do seu pai/sua mãe?
se te causassem o maior prejuízo e quase te falissem?
Ainda seria justo?
E se você não puder mais ir a padaria que você gosta e está acostumada,por causa da depredação?
Acho que tem que haver sim,paneladas,gritos,berros,
obstrução de vias públicas ,um pouquinho de baderna, tudo isso é válido, mas violência é outra coisa gente,inadimissível.
Nós temos que saber pelo que gritamos, e nossa agressividade tem que ser mirada nos alvos certos, pra ser certeira e justa, e não em outros inocentes ou quem não tem nada a ver com isso.
É compreensível a revolta, mas se a concessiónaria pertence a vocês?
ResponderExcluirE se fosse a lojas de vocês?
Alguns donos de pequenas lojas suaram a camisa, pagaram impostos alto como vcs pagam, e muitos deles estavam apoiando as manifestações e caminhanhdo junto com aqueles que logo mais iam atear fogo no seu ganha pão. É essa revolta que vai mudar o Brasil. Porque estão não vão atear fogo no jatinho ou no carrão importado do político? Eu só não entendo isso. O povo agrede os seus. Isso é lamentável.
Eu entendo bem o apoio a determinados atos de violência. Tbém concordo com o fato de que de certa forma, os protestos só estão tendo tanta visibilidade por que estão mexendo no dinheiro público. E ao pessoal que não entendeu, ninguém falou aqui de quebrar padaria ou comércios pequenos, leiam e se atentem a palavra CONTEXTO antes de criticarem. E por favor, sem moralismo né gente.
ResponderExcluirTenho vergonha da Federal por abrigar os cachorrinhos da "FIFA-que-manda-no-Brasil-até-acabar-a-Copa” (sábia definição). Eu também estava lá. Eu fui atacada. A truculência da PM naquele dia foi comparada a violência usada no primeiro dia de protesto pela PM de SP. A PM Mineira, “exemplo de atuação”, pau mandado do Anastásia, foi violenta com todos os manifestantes. Tentaram reparar isso na quarta-feira. Vieram com aquele discurso de: “Vocês estão vendo, não estamos reagindo, porque queremos defender o bem-estar de quem esta manifestando em paz!”, sei capitão Nascimento, sei. Depois de tanta violência, tanta repressão, depois da PM que é “exemplo” ter sido compara com a de SP, eles tentaram “reparar” o que não tinha mais volta.
ResponderExcluirA FIFA malvada não obrigou o brasil a sediar nada. O governo populista da dona dilma que se ofereceu.Querem culpar a FIFA agora? Ótimo, eles já devem ter se arrependido com todas as forças possíveis, tomara que eles cancelem essa copa aqui, vai ser uma maravilha pra mostrar pro mundo o que é esse governo esquerdista que vocês adoram.
ResponderExcluirass: Zelpis.