Publico um texto da Jullyane, leitora assídua do blog, e feminista, marxista, socialista, militante do Movimento Mulheres em Luta e do PSTU.
“O Gigante acordou”, dizem em coro, mas eu o vejo sonâmbulo, tonto, sem direção e pisoteando todos aqueles que não estavam dormindo. Sexta era para ser um dia muito feliz, de mudanças pelas quais eu luto há bastante tempo, mas terminei o dia com o sentimento que fizeram uma festa na minha casa, eu ajudei a limpar, organizei, gastei meu tempo, dinheiro, disposição, e me mandaram para a cozinha na hora de cantar os parabéns.
Construo a CSP Conlutas, a Fasubra, o SINTUFPI, o Movimento Mulheres em Luta e o PSTU; me organizo politica e sindicalmente por entender que somente juntos os trabalhadorxs e a juventude conseguem unificar suas pautas e ter foco para encaminhar suas demandas. Além de ser um direito garantido pela dita democracia, no instrumento chamado Constituição Federal.
Muitas pessoas foram torturadas e deram suas vidas para que eu desfrutasse desse direito e eu não abro mão dele, não tenho que pedir permissão a ninguém para exercê-lo, mas parece que muita gente faltou a essa aula de história. O sentimento anti-partidário, que evoca o fascismo e o nacionalismo, está ganhando proporções inimagináveis.
Sexta-feira, acredito que pela primeira vez na história da cidade de Parnaíba (Piauí), houve uma manifestação que reuniu cerca de três mil pessoas. Um feito para ser celebrado, diriam alguns. Não discordo do fato, mas tenho as minhas ressalvas. Que maravilha que as pessoas estão gostando das ruas! Que terrível que estejam expulsando àqueles que já estavam lá!
Sexta-feira, acredito que pela primeira vez na história da cidade de Parnaíba (Piauí), houve uma manifestação que reuniu cerca de três mil pessoas. Um feito para ser celebrado, diriam alguns. Não discordo do fato, mas tenho as minhas ressalvas. Que maravilha que as pessoas estão gostando das ruas! Que terrível que estejam expulsando àqueles que já estavam lá!
Não pude carregar a bandeira do meu partido porque temi pela minha integridade física, e a dos meus (poucos) camaradas. Fomos ameaçados por diversas pessoas que fizeram intervenções no carro de som: “Não admitimos partidos!”, “Quem quiser vestir camisa de partido, que o faça na sua casa”, “Queimem e rasguem as bandeiras de partidos”.
Já viajei –- várias vezes -– mais de 30 horas num ônibus (isso sem contar a volta) para marchar em Brasília, para acampar na Esplanada dos Ministérios; acordei de madrugada para tomar o Ministério do Planejamento, estive nas manifestações #contraoaumento em Teresina (primeiras manifestações populares na capital do estado do Piauí contra o aumento das tarifas de ônibus), estive nas greves das universidades federais, participei de atos, plenárias, congressos, encontros políticos diversos (sindicais, de mulheres, negrxs, LGBTs), sempre com o coração feliz, certa de estar lutando pelos direitos dos trabalhadorxs, da juventude, dos oprimidos, pelo ideal de um mundo melhor, pensando não em mim, mas em todos, coletivamente.
Sexta eu fui subjugada, agredida moralmente e marginalizada. Incrivelmente, não pelo governo, que me explora e oprime cotidianamente, mas pelos meus próprios pares, àqueles por quem eu luto diuturnamente, ainda que eles nem saibam disso. Não desisti, mas confesso que chorei em diversos trechos do percurso, tentando juntar os cacos de dignidade que me sobraram.
Não me surpreendi com a despolitização geral do movimento, afinal, pra quê uma manifestação precisa de organização, né? Todo mundo reivindica o que quer, desde o seu PS4 até cerveja mais barata, passando, inclusive, por “sambar na cara de Satanás”, como diria um cartaz da “Irmã Zuleide”. Tentei, mas não consegui entender que uma travesti estivesse se manifestando contra a homofobia com um cartaz homofóbico (que dizia “O SUS não tá curando nem virose quanto mais viadagem"). Protesto vazio contra tudo e contra todos.
Em Teresina não foi diferente. Tivemos camaradas agredidos fisicamente e o tempo inteiro fomos vaiados, xingados e achincalhados. Entoavam “vem pra rua”, mas o convite era apenas se você se enquadrasse no “padrão Globo de qualidade” para manifestantes -- vestidos de branco, protestando pacificamente, pedindo permissão para as “autoridades” e propagando o apartidarismo em massa.
Gritavam “sem violência” e nos agrediam de todas as formas. Protestavam contra a repressão e tentavam nos enquadrar aos moldes do que cada um tinha adicionado como item importante na sua “Cartilha do Manifestante”. Diziam “todos os partidos são corruptos, quando chegam ao poder, fazem sempre a mesma coisa” e nunca leram, sequer conhecem os programas dos partidos, muito menos do meu, que não almeja o governo, mas destituí-lo por meio de uma revolução socialista e que só participa das eleições porque é um meio de conseguir espaço para mobilizar mais pessoas, além de apresentar-se como uma alternativa ao trabalhador, para que as suas demandas sejam pautadas.
Enquanto isso, boa parte dos manifestantes tirava fotos para compartilhar no Instagram e Facebook, cumprindo o seu papel social de mudar o Brasil. Manifestar tá na moda, é legal, te faz revolucionário, pra quem quiser se sentir mais integrado ao movimento, tem até camiseta vendida a preço de banana que diz que “Filho teu não foge à luta”. Se tivesse cordão de isolamento, poderia bem ser uma micareta, mas como em Teresina tem o maior corso do mundo (oba!), talvez seja só uma prévia carnavalesca.
Pelas notícias que vi, não foi muito diferente de outras capitais, considerando-se as devidas proporções. Não foram apenas as bandeiras de partidos que sofreram, mas também as de movimentos feministas, de negros, LGBTs, centrais sindicais etc. Afinal, isso não é democracia? A maioria “vence”.
Não se surpreendam se em breve impedirem mulheres, negros e gays de se manifestarem, afinal, são minorias, não representam o movimento, são oportunistas que se utilizam de uma manifestação do povo para aparecer, tê-los participando significa que são eles que estão liderando. Não importa que eles tenham direito à organização e livre manifestação, o protesto não é deles e eles podem muito bem ir incomodar em outro lugar. Silenciosamente, de preferência.
Não se surpreendam se em breve impedirem mulheres, negros e gays de se manifestarem, afinal, são minorias, não representam o movimento, são oportunistas que se utilizam de uma manifestação do povo para aparecer, tê-los participando significa que são eles que estão liderando. Não importa que eles tenham direito à organização e livre manifestação, o protesto não é deles e eles podem muito bem ir incomodar em outro lugar. Silenciosamente, de preferência.
Protesto em Parnaíba, segunda cidade mais populosa do Piauí, a 336 km de Teresina
Eu fico muito triste que estejam excluindo quem luta a muito tempo.
ResponderExcluirJá fui filiada a partido e quero voltar a me filiar, só não decidi ainda a qual de esquerda será.
Qero lutar, mas quero lutar sem tirar direitos de ninguém...
E a autora do guest post também não está se achando no direito de dizer quem deve e quem não deve fazer parte da manifestação e como devem se manifestar? Não está achando que por se considerar politizada e participar de alguns movimentos tem mais direito de protestar que o outro? Que ela sabe mais pelo que brigar que os demais? Não entendo que as pessoas que sempre reclamaram da inércia da população, agora fiquem bravinhas que esta população está protestando. Ela ainda fala que ela sempre lutou "pelos direitos dos outros", que na verdade é lutar pelos direitos que ela acha que os outros querem. Pois bem vinda a um país diversificado, antagônico, com pessoas que têm diferentes opiniões, causas e motivos pra protestar, quer a gente concorde com elas, quer não! Nós podemos ganhar nossas lutas, mas é impossível querer que o outro que luta pelo oposto aceite e passe a concordar conosco. A humanidade é isso aí, tem gente "boa", gente "ruim", gente conservadora, gente liberal, gente machista, gente feminista, e estes interesses vão sempre entrar em conflito. Acho que todo mundo que está nas ruas tem ao menos uma coisa em comum: está de saco cheio de ser feito de palhaço pelos governantes de seu país, seu estado, sua cidade. Que se unam todos para o bem! A questão do "sem partido" é porque as pessoas estão cansadas de que as lutas virem palco de campanha política. Não dá pra um dia guardar a bandeira do partido e defender suas causas do mesmo jeito?
ResponderExcluirTriste, né...
ResponderExcluirMas penso que se dezenas de milhares de pessoas, em centenas de cidades do Brasil fossem favoráveis às minorias oprimidas, talvez ela não fossem minorias, ou no mínimo, não oprimidas...
E por incrível que pareça, tem muito reaça achando que o Brasil está sendo tomado por 'esquerdistas' pedindo mais intervenção do estado (por causa dos pedidos de melhorias na saúde e educação).
Sofia, acho que o texto está claro que a reclamação da autora é de que esse pessoal está tolhendo o direito dela de levantar a bandeira do partido que ela quiser, até porque ela sempre fez isso antes de protestar virar moda. Não está querendo impedir ninguém de pleitear o que quiser.
ResponderExcluirSua mensagem é praticamente a mesma coisa de dizer que um homossexual que reclama que não tem direito a se casar está querendo obrigar os outros a virarem gays.
Perfeito o paralelo com o casamento homoafetivo, Paula!
ExcluirE muita paciência para ti, para continuar respondendo a gente que lê o que quer dos guest posts.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirEu confesso que tenho me assustado com o discurso de raiva que vejo em alguns grupos contra pessoas partidarias.
ResponderExcluirfalam sobre agredir, arrancar as bandeiras, queimar, e não conseguem ver o quanto isso é violento e antidemocratico.
Se as ruas são de todos, se os protestos são diversos, se todos tem direito pq atacar quem tem um projeto diferente.
Como falar em democria e liberdade se ameaço e agrido quem não se comporto como eu quero?
E eu não entendo pq querem manter a politica de lado. Tudo oq é feito é politico.
Todos tem direito de serem apartidarios, mas tb tem o direito de serem partidarios sim.
Não da pra negar isso com violencia e achar que ta tudo bem.
Quem está querendo depor um governo democraticamente eleito e com apoio da maioria da população (classes mais baixas) é quem mesmo?
ResponderExcluirDesabafo de antes de ontem do jornalista Ricardo Boechat, sobre as manifestações:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=IAbfo4PkK0I
Concordo, é muito triste que o pessoal que participa das protestos desde o começo esteja sendo hostilizado. Mas não custa lembrar que, nas primeiras manifestações (pelo menos em São Paulo), simpatizantes do PT também foram hostilizados. E não me consta que tenha havido indignação dos partidos como PSol, PSTU e PCO contra isso.
ResponderExcluirTem gente aqui que não sabe interpretar textos ou veste a carapuça do "Gigante acordou".
ResponderExcluirO texto foi escrito de forma clara.
Essas manifestações não aceitam as minorias, gente "diferenciada".
No primeiro momento dos protestos eu fiquei tão feliz!Parecia que todxs nos íamos estar juntos nas ruas independente da classe social ou da cor da pele.Me enganei.
Não vou mais pra rua com fascistas!
Não vou pra rua com gente racista, integralista, fanáticos religiosos!
E principalmente com os que querem que Daenerys mande seus dragões encima da Dilma, entre outros muito engraçados, só que não.
Eu me revolto quando vem um cidadão me falar de Revolução Socialista meus avôs paternos sentiram na pele, enquanto viviam na Ucrânia como humildes camponeses (É amigos, revolução de 17!). Foram sumariamente expulsos de sua pequena porção de terra pelos ditos "revolucionários contra a burguesia" e tiveram que vir as pressas para o Brasil para não serem mortos. Que revolução né?
ResponderExcluirMas me parece que seu partido acha isso algo legítimo né?
Uma dica: vá fazer uma boa faculdade de Direito, aí você volta para a gente conversar!
Ué, pq??
ResponderExcluirSó quem tem faculdade de direito é digno de debater com vc?
Advogados, promotores, etc são pessoas iluminadas que nunca erram não fazem merda,nem cometem crimes???
bem eu imagino que quem conhece direito sabe sobre a livre manifestações de ideias inclusive atraves de bandeiras, alem da livre filiação partidaria.
Oq ta sendo dito aqui é da intolerancia e da violencia de pessoas que querem tirar o direito dos outros que ja manifestavam a muito tempo.
E é incrivel como essa pauta anti corrupção parece ter o direito de ficar acima de todas as outras reinvidações que vinham sendo feitas antes, direitos das mulheres, combate ao racismo e homofobia, tudo isso tem que ser deixado de lado como se fosse algo "menor", pra dar espaço a questão da corrupção.
Me impresiona ver como as pessoas são pouco tolerantes com os erros alheios...
ResponderExcluirNão somos um país politizado,não temos acesso nem a uma educação básica,as pessoas esperam o que?Que a juventude saia as ruas com pensamentos franceses?Projetos na mão e sabendo bem que é uma democracia e todos os partidos tem direito de estar ali?Quantas pessoas podem explicar o que é uma democracia?
O que aconteceu foi histórico,mas temos que ver com os olhos de tolerância,quando uma criança aprende a andar,depois ela vai correr...primeiro as pessoas saem as ruas,depois começam a perceber a importância de se unir a um partido que represente suas idéias...mas assim tudo de uma vez não ia rolar..
Eu estava no Masp,em um dia de manifestação,estava ali quando vi uns garotos carregando a bandeira de oposição,fui uma das que pedi para abaixar a bandeira e não fiz isso por ignorância ou facismo,fiz porque vi jovens exaltados sem saber nem o porque disso e prontos para começar uma tragédia.Também fiquei com medo de oportunismo,que pudesse parecer que era uma protesto da oposição para derrubar a Dilma.Pensei nisso em questão de segundos e escutei muito e faço questão de dizer,ninguém,ninguém se aproximou de mim e disse-Eu tenho direito de representar meu partido e carregar minha bandeira.
Ninguém veio falar comigo,pelo contrário,comecei a escutar gritos de facista fdp e escutei que isso que dá mulher quando quer sair a protestar.Isso é ambiente democrático?Não é,por isso temos que ser pacientes,as pessoas primeiro precisam saber o que significa um partido e um partido na democracia,depois que carreguem as bandeiras que quiserem,mas no meio da ignorância e violência não vai dar certo.
Eu peço a todos os jovens politizados que em vez de xingar os outros de facistas que se aproximem e expliquem porque podem e devem usar bandeiras de seu partido,mas expliquem,não gerem mais violência.
E pelo o que eu vi posso garantir,se as bandeiras não tivessem sido abaixadas teria acontecido ali um banho de sangue,porque a garotada que estava ali,estava com sangue nos olhos,estão como todos cansados,irritados e sem saber como protestar.
Em vez de criticar quem não sabe,passem a informação correta a todos.Ensinem primeiro o que é democracia antes de tudo.
Primeiro de tudo, há que defender o direito do PSTU e de seus militantes de participarem de demonstrações com as quais eles têm acordo político, e de cuja construção têm participado desde que criaram o seu partido.
ResponderExcluirA violência contra cidadãos que têm identidade política e a honestidade e coragem de manifestá-la publicamente (ao contrário da direita, que, como sempre, se esconde debaixo da mentira do apartidarismo e da "unidade nacional") é inadmissível e asquerosa.
Em segundo lugar, espero que o PSTU - como aliás o restante da esquerda brasileira - reflita sobre o seu papel na construção desta situação. Lembro-me de um militante da Conlutas discursando, do alto de um carro de som, logo após uma greve derrotada. A argumentação era algo como, "é verdade que fomos derrotados, que não conquistamos nossas reivindicações... mas conseguimos uma vitória importante: desmascaramos a CUT; a CUT é o principal obstáculo ao avanço da classe trabalhadora, é preciso derrotá-la, e isso nós conseguimos".
O problema - claro - é que o "desmascaramento da CUT" é inseparável do desmascaramento da Conlutas; onde uma vai a outra vai também. Então, será que o PSTU é capaz de alguma autocrítica, de avaliar seu próprio papel na construção do desastre que hoje o atinge? Será que o PSTU não precisa repensar a sua concepção - ingênua, eu diria - de que o movimento popular avança numa linha reta, ou pelo menos oscila ou cambaleia em volta de uma linha reta, que sempre começa na ausência de consciência e, sempre, com lógica matemática, desemboca em uma reprise da Revolução de Outubro? Será que o PSTU não precisa repensar sua atitude de constante hostilidade a outros partidos e grupos de esquerda - PT, PSOL, anarquistas, etc., sempre concebidos, na melhor das hipóteses, como versões imperfeitas do próprio PSTU - "O" partido proletário por definição?
Em todo caso, está na hora de todos começarmos a vestir vermelho (ou roxo, ou arco-íris, ou preto), na rua, no trabalho, no shopping center, em todo lugar. Não podemos aceitar a naturalização da mordaça contra as nossas organizações.
Pois é, milito no movimento indígena há anos, e aqui no MS, onde o bicho pega mesmo (não só com a polícia, mas com os pistoleiros tb),os indígenas, que sempre foram as a ruas, desta vez também resolveram participar das grandes mobilizações. Infelizmente, e como sempre, foram xingados e até mesmo ameaçados de morte por aqueles que chegaram agora nas ruas marchando contra a "corrupção".
ResponderExcluirEsse movimento está cada vez mais fascista, podre e elitista, não tenho a menor dúvida disto.
Falaram sobre nosso pais não ser politizado, não ter nem mesmo formação básica de qualidade.Verdade.
ResponderExcluirMas aqui em BH os mais raivosos eram de classe média!
As escolas, principalmente as particulares, deviam ensinar como funciona o sistema político brasileiro.
E, assim, não tenho nível superior quem dirá uma boa faculdade de direito.Será que posso dar opiniões, ou é melhor consultar um defensor público antes?
Isso tudo é muito triste, e as pessoas nem percebem o tamanho da incoerência que é lutar por uma democracia e proibir que o seus iguais carreguem bandeiras de seus partidos. Pedem "sem violência" e são violentos com quem se declara e defende seu partidarismo. Querem expulsar das ruas quem há muito já estava nelas lutando pelos seus ideais.
ResponderExcluirNão sou filiada, tenho minhas identificações e desconfianças com relação aos partidos, mas isso não me dá o direito de proibir quem quer que seja de manifestar seu partidarismo.
Acho que quando essas manifestações começaram todos nós sentimos aquele frio na barriga de que esse poderia ser um momento lindo. A impressão que tenho agora é de que perdi o bonde. Estão gastando tempo e energia com causas genéricas e fúteis, ameaçando uns aos outros por divergência de opinião, a maioria das pessoas está tentando dar um salto entre totalmente despolitizado e "sou-muito-engajado-vamos-depor-a-presidenta-que-resolve"... Enfim. De que adianta esse poder de mobilização afinal, se o poder de reflexão e o senso crítico continuam inexistentes para a maioria? Triste...
Para o Lord Anderson
ResponderExcluirQuem faz Direito sabe bem o que é uma Constituição e lá não tem espaço pra quem quer "tomar o poder e destruir o governo".
Isso é o que a nossa amiga ainda não sabe e imagino que nunca se deu ao trabalho de ler a Constituição. (não precisa muito não. Do artigo 1 ao 5 já tá de bom tamanho!)
É claro que é um direito legítimo dela ter uma filiação partidária, mas ela não pode com isso quer ameaçar o Estado Democrático de Direito, com essas idéias delirantes e megalomaníacas de "tomar o poder".
Ué, Paula, a autora passa o texto inteiro criticando as posturas dos outros manifestantes, criticando suas formas de protestar, seus cartazes, suas roupas, e ainda diz que eles estão protestando conforme o "padrão Globo de qualidade", e a outra parte contando a sua história de militância e de lutas e dizendo que por causa disso ela é que sabe como e pelo que protestar, como se ela fosse representante dos interesses da nação. Ainda, fica claro no texto que ela não trabalha, já que narra suas longas viagens pra protestar, greves e afins - então como ela pode saber dos interesses dos trabalhadores? Ainda vem pregar revolução socialista? Não, obrigada! É muito fácil querer fazer "revolução socialista" quando tudo o que se faz da vida é protestar com o dinheirinho do papai e depois ficar de mimimi na internet, usando computadores, tablets e iPhones produzidos pelo capitalismo.
ResponderExcluirO que aconteceu com aquele pessoal bacana que sempre comentou aqui?
ResponderExcluirPoxa, a moça só falou o que ela estava sentindo. E o fato de ela viajar, quer dizer que ela não trabalha? Inclusive pelo que eu entendi, em nenhum lugar ela quer "tomar o poder e destruir tudo". Ela queria ter tido espaço para a luta que ela sempre lutou, com a bandeira que ela sempre usou.
Ela comentou sobre fotos e roupas, para comparar com a situação em que ela se encontrava...
Aline,
ResponderExcluirEsse é um blog de esquerda, grande parte dos leitores parecem ser de esquerda, muitos já participaram de coletivos e assembleias, creio que muitos de nós temos experiências pessoais um tanto quanto parecidas. E não me consta que o pessoal do PSTU tenha muita tolerância para divergências políticas.
A Sofia e a Iara Sindrominha disseram tudo, ouçam elas. Mas acho que o espírito extrema-esquerda é um tanto forte aqui, então os comentários no geral serão uma maravilha equivalente ao texto.
ResponderExcluirSinceramente, eu parei de ler no "Revolução Socialista".
Se antes eu já achava que fazia sentido as pessoas expulsarem as bandeiras, agora não tenho mais dúvidas disso.
Primeiro, vocês falam tanto em democracia. A democracia foi praticada em sua totalidade nos protestos. As pessoas não queriam as bandeiras, expressaram isso e vocês ainda escolheram exercer o direito de ir contra uma massa de pessoas que não desejam suas bandeiras e continuaram a ir nos protestos.
Um direito seu, óbvio, assim como é um direito meu entrar no meio da Gaviões da Fiel em final de campeonato com uma camisa do Palmeiras. Só me pergunto se eu escrever um relato emocional exaltando meu direito democrático de usar tal camisa em tal situação seria tão bem aceito quanto alguns dos relatos desses partidários que tenho ouvido nos últimos dias.
Violência contra o pessoal levantando as bandeiras é um absurdo, claro. Mas não forcem a barra, vocês sabem que a massa não os queria lá e sabem que provocar onça com vara curta traz certos perigos.
Mas no final das contas, eu tô achando que foi tudo planejado. É só observar o apoio que esses partidos de esquerda estão tendo, a quantidade de gente compartilhando esse tipo de relato e como vocês saíram como os mártires da história. Tão conseguindo manipular muita gente direitinho.
Política é é um jogo, afinal. O prêmio será alguns votos a mais pro próximo candidato do PSTU.
testando...
ResponderExcluirêba, deu certo!!! seja lá o que eu tinha feito antes, consegui consertar.
ResponderExcluireu vim aqui só ver se conseguia, não to podendo ler o texto agora, mas queria dizer que achei o título genial.
bjs
Sinceramente, esse vitimismo da esquerda ta começando a irritar. Não acho que a solução para o capitalismo seja o socialismo, já que este se mostrou ineficaz e nocivo em diversos episódios históricos. O capitalismo possui muitas mazelas, que devem ser amenizadas, mas continua sendo um sistema mais viável que o socialismo. (Por muitos anos fui defensor de ideais esquerdistas, mas me decepcionei muito, é muita hipocrisia, muita falácia e muita mentira. Tudo nao passa de um jogo político imundo, em que o bem estar da população passa a ser a ultima das preocupações).
ResponderExcluirSó para constar para quem acha que eu sou desocupada, tenho 27 anos, sou formada em Administração e Secretariado Executivo (não preciso de um curso de Direito, obrigada!), trabalho na Universidade Federal do Piauí, sou secretária executiva há 7 anos.
ResponderExcluirO meu relato foi de um momento que eu vivi, e que antes de qualquer coisa, foi um momento que esperei. E para quem tem empatia, pode imaginar o que passei.
Somos honestos, e dizemos quem somos e pelo que lutamos. E isso não é fácil. Porque, a maior parte do tempo, defendemos ideias revolucionárias em situações políticas em que a maior parte dos trabalhadores não concorda conosco. Seria mais fácil nos adaptarmos, e dizer somente aquilo que a maioria, nas fábricas e escolas, quer ouvir, porque já concordam. Queremos ser um instrumento de organização para que eles, trabalhadores e jovens, possam lutar e vencer contra o capitalismo. Não escondemos nossa identidade, não nos mascaramos atrás de siglas obscuras e mutantes, não apresentamos nossas ideias pela metade. Não queremos o apoio fácil, não queremos ser votados sem que os trabalhadores saibam em quem estão votando. Não somos oportunistas, somos honestos.
Não o fazemos porque queremos “aparecer”. Não somos uma marca que precisa de publicidade. Não estamos vendendo nada. Estamos defendendo um programa. Não somos surfistas das lutas, somos parte, lado a lado, dos agitadores e organizadores das lutas. Quem esteve nas greves e lutas dos últimos quarenta anos pode não concordar conosco, mas não pode negar nossa dedicação, honestidade e coragem. Já tivemos erros (e quem não teve?), mas sempre estivemos do lado certo das barricadas. Sempre estivemos ao lado dos trabalhadores, da juventude, dos explorados e oprimidos.
Muitos se perguntam se o PSTU não deveria ter abaixado as bandeiras, já que a maioria pediu que as bandeiras fossem retiradas. Este argumento parece democrático. Mas não é. É super, hiper, mega autoritário. Não era permitido partido? Quem decidiu? Quando decidiu? Houve algum debate? A maioria não tem o direito de impedir a minoria de se expressar. Porque, senão, teremos monolitismo da maioria, e ainda por cima, sem a possibilidade de reversão da posição majoritária, porque a minoria nunca poderá lutar para ser maioria. Sem liberdade, não haverá disputa de ideias. A disputa de ideias é a essência da liberdade. Um mundo melhor será um mundo mais livre e mais igualitário. Não haverá nunca liberdade entre desiguais. Mas não haverá igualdade sem liberdade.
Não haverá democracia no movimento sem a tolerância da maioria com a minoria. A maioria tem muitos direitos, mas não o de impedir a expressão da minoria. A maioria tem o direito de votar quais são as reivindicações, mas após um debate em que as minorias devem poder se expressar. A maioria tem o direito de decidir o que vai ser feito e quando vai ser feito, mas as minorias tem o direito de apresentar propostas alternativas. Ninguém tem o direito de considerar que é infalível.
E só pra fechar esse debate mesmo, nós do PSTU não chamamos Fora Dilma, muito pelo contrário, nós fazemos várias críticas ao Governo, mas não acreditamos na forma de governabilidade, no Estado em si e não em Fulano ou Sicrano. Nós não queremos e nem vamos nunca chegar a uma Presidência da República, não somos reformistas, queremos uma revolução social.
É por isso que ser de esquerda é tão triste. Quando eles fazem seus protestos politizados e "democráticos", ninguém dá a mínima. Quando eles finalmente tem a chance de serem ouvidos, são impedidos de protestarem.
ResponderExcluirTriste isso, muito triste.
Deixa eu ver se entendi: a autora do guest post faz parte de um partido que almeja a destituição de uma presidenta democraticamente eleita, e que usa o jogo democrático para poder ganhar corpo para poder acabar com ele, e finalmente implantar uma revolução que vai acabar com todos os problemas do povo, e aí viveremos todos felizes para sempre.
ResponderExcluirPerguntas: vcs não acham que é um tantinho, mas bem pouquinho mesmo, antiético usar um sistema para acabar com ele não? Especialmente se o intuito é messiânico e envolve a imposição de uma revolução que vcs decidiram do âmago de suas sabedorias pessoais, sem perguntar a ninguém, se é isso que "o povo" quer? E por fim, mas não menos importante: esse ideal revolucionário messiânico existe já faz um tempo considerável. Se ele é de fato tão fantástico assim para "o povo", cuja definição mais restrita e adequada à situação engloba o conjunto todos menos os coxinhas (e, que, portanto, seria uma solução sem igual para a vasta maioria da população), por que ele está demorando tanto para acontecer? E como se explica a quantidade de pés rapados reacionários?
Ouvi esses dias que o povo de esquerda são os hipsters das manifestações: "eu protestava antes de ser cool". Eu ri. Por vários motivos:
(i) por causa do nonsense ditatorial que é querer que o povo vá para a rua para protestar contra o que VC acha certo protestar;
(ii) porque (i) leva à diretamente à conclusão de que bandeiras de partidos de direita não seriam toleradas nas manifestações perfeitas esquerdistas (embora talvez não queimadas e arrancadas à força, o que é de fato uma estupidez injustificável);
(iii) porque, doa a quem doer (e para quem se magoa que protestava antes de ser cool deve doer pacas) foi sim o "gigante" - nonsense, coxinha, apartidário, bêbado, estabanado e sem rumo - que causou o estardalhaço todo, e não um punhado de esquerdistas detentores dA Verdade; sem "o gigante" não teria havido nada disso (por mais imbecis que sejam grande parte do que está acontecendo por aí).
O gigante acordou, e ainda está esperneando destrambelhado, sem muito sinal de cansaço por enquanto. Quando é que essa esquerda aí vai acordar para o fato de que só será levada a sério quando acordar da sua mirabolância e megalomania de se auto-intitular the one and only detentora e porta voz das soluções dos problemas para a entidade amorfa "o povo"?
Assinado: alguém que não vê a hora de isso acontecer, para não ter o desgosto de ver a tucanada se reerguendo e se esbaldando.
Estou chegando neste exato momento da manifestação do MPL aqui em Floripa.
ResponderExcluirNa verdade o pessoal ainda vai seguir mais uns 3km de caminhada até um dos terminais de ônibus. Até agora já foram 3h de caminhada, saindo da prefeitura até a UFSC, inclusive por dentro do túnel.
A marcha aqui foi realmente pela redução da tarifa e/ou tarifa zero.
Muitas bandeiras vermelhas e cartazes sobre a redução, músicas só relacionadas com isso...Sou ruim de conta, mas acho que tinha umas 5 mil pessoas. Teve um momento que meia duzia de meninas quiseram puxar o hino e uns gritaram "aqui não" e puxaram rápido um "sem tarifa". O que significa que a maioria estava ciente de tudo que anda rolando.
A polícia escoltou o tempo todo. Foi abrindo o caminho, muito, muito afrente da marcha. Quando me afastei do grupo por um tempo, ouvi uma senhora dizer: "eles vão pro TITRI (o terminal que falei)", estamos acompanhando na RBS (a globo daqui).
Fui muito tranquilo. Ninguém causou qualquer incômodo para pessoas de fora da marcha e do comércio. Foi muito bom ter participado.
Vi um cartaz muito bom: "o transporte é público, meu corpo não".
Logo a Lola deve receber fotos de outras leitoras que tenham tirado.
abçs
Outra coisa que esqueci sobre floripa.. ouvi um policial dizer pelo rádio: tem um pequeno grupo indo pra ponte, estão perdidos aí. Só pra avisar pra não dar problema.
ResponderExcluirAcho que não eram do passe livre...
Dois comentários sobre o texto:
ResponderExcluirPrimeiro, em relação a hostilização dos partidos nas manifestações, embora discorde da maneira como soube que alguns colegas foram tratados, de forma agressiva e até mesmo quando não carregavam símbolos, entendo um pouco do sentimento que levou a este comportamento. Vim de um movimento estudantil bastante partidário, e, por mais que quiséssemos a participação de todos em determinadas brigas, é chato quando você organiza, coordena, lidera uma manifestação, seja ela pelo que for, e a vê transformada em propaganda política-partidária em busca de auto-promoção. Acredito que não seja o caso da autora do post, mas já vi eventos em que dois ou três filiados, inclusive do partido dela, entompem passeatas com suas bandeiras e saem no dia seguinte dando entrevistas a jornais como únicos responsáveis pela mobilização, quando na verdade na base não haviam participado de nada... isso torna tudo complicado e acabava por afastar pessoas de outros grupos que deveriam estar unidas por objetivos comuns. Muita gente quer levantar sua bandeira, sua pauta de luta, sem se sentir vinculado ao grupo político do colega ao lado, então penso que o ideal é que em manifestações que reunem grupos muito heterogêneos o ideal mesmo é erguer imagens apenas daquilo que reivindicamos, e não dos símbolos que representam há alguns presentes, mas a todos não.
Lembro quando era do DCE o quanto eu e um amigo, que sempre fomos eleitores do PT, pediamos para o nosso próprio grupo não ir em reuniões representando a entidade com a camisa do nosso próprio partido... era o momento de uma outra camisa, de uma outra proposta, de representar os estudantes em suas pautas específicas que podem ser de todos ou de partido nenhum. Mas enfim, respeito diferenças de ideias.
O outro ponto é:
ResponderExcluirpelo pouco que vi em Natal na última mobilização, e pelo que os jornais passam do que havia no resto do país, senti muita falta nesta última semana de protestos de um foco, um objetivo concreto que fosse efetivamente compartilhado pela maioria.
Escutei pessoas dizerem que o bom era isto, não haver foco e cada um levantar um cartaz daquilo que quiser... e honestamente isso me parece um tiro no pé, uma entrega de forças. Aqui, poderiamos ser 25 mil pessoas lutando por algo, e nossa pressão para conseguir este algo seria bem maior, mas optamos por ter nossos 25 mil protestos isolados. Vi pessoas discutindo a roupa que se usa numa passeata. Vi gente levantando memes de facebook. Vi gente pleiteando um jeito de baratear vitaminas para quem faz acadamia.
Aproveitar a deixa do Passe Livre para enquadrar grandes temas do momento, como a PEC 37, é sempre uma boa ideia e que pode gerar grandes frutos. Levar meu cartaz individual é também algo digno. Mas fiquei querendo que lideranças estivessem na frente berrando as pautas principais daquilo que chamou.
Se começamos com 0,20 centavos, que tal os abrangermos para o transporte público de qualidade, projetos de mobilidade urbana, ciclovias, ônibus de madrugada... sistematizemos primeiro nossos pedidos na área em que tudo começou, de forma propositiva e organizada, antes de abranger para tudo aquilo que vermos de errado no Brasil. até porque todos ali não vêem erros e acertos na mesma coisa. Me incomoda quando protestamos por tudo, pois há grandes chances de se tornar um protesto por nada.
Jullyane Teixeira, eu entendo exatamente o que você está sentindo. Algumas pessoas estão com sede de sangue e se sentem ofendidas quando percebem que alguém já lutava antes e se falar que já lutava antes e que se conseguiu alguma coisa antes, eles ficam ofendidos ainda mais.
ResponderExcluirÉ, o gigante acordou, mas ele foi criado a leite com pera e ovomaltine na geladeira como diz esse texto aqui: https://medium.com/primavera-brasileira/496f8955736d
O gigante não aceita os partidos, os movimentos sociais, e nem admite que reclamemos da violência por parte deles, como se só a policia fosse violenta.
O Gigante acordou, quer por a casa em ordem, quebrar tudo, sentir-se com um dever cumprido para poder voltar a dormir.
Eu lamento pelo caráter fascista que ganhou esse protesto...
ResponderExcluire lamento mais ainda pela MPL ter se vendido de forma grotesta para a rede golpe de televisão, pra mim eles DEFINITIVAMENTE PERDERAM O MEU RESPEITO!
Pra mim não passam de um bando de zé todinhos em busca de fama , de ser participante dos bbbs da vida
ou em busca de alguma ponta da novela das 9
leiam aqui e verão do que estou falando
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/06/24/mpl-atende-a-globo-e-tira-reformas-da-pauta/
Outra coisa.. semana passada e essa semana esses mascaradinhos de feicebuke tentaram organizar protesto em frente a arena corinthians baseado na GROTESTA mentira de que o estádio é doação... não é!
ResponderExcluirFelizmente esses eventos fracassaram, e a torcida organizada, que matam e morrem por MUITO MENOS QUE ISSO jamais deixariam os coxinhas chegarem perto do estádio.
diante de tudo isso só tenho a dizer que o fascismo está ganhando corpo e se NUNCA DORMIMOS, agora a gente tem que tomar bastante energético para nem piscar! tomar cuidado com fascistas infiltrados nos movimentos , detectar e agir rápidamente inclusive nas redes sociais que é onde eles mais se encontram
notem o seguinte, essa corja de vagabundos NÃO TEM CORAGEM de sair as ruas e mostrar sua cara sozinhos, eles precisam PARASITAR movimentos de esquerda e se esconder nelas como aconteceu semana passada, eles se esconderam no meio da multidão e queimaram muitas bandeiras vermelhas e agrediram quem era de esquerda.
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ResponderExcluirEu fico imaginando como deve ter sido dificil pro Fabio ficar longe do blog, heheheh
ResponderExcluirO rapaz devia estar numa angustia desesperada para comentar.
E deve ter ficado vindo todo dia esperando um momento em que a Lola libera-se os comentarios.
Nem sei por onde começo...
ResponderExcluirNão me formei em direito (nem em medicina,nem em engenharia.Profissões tradicionais que ainda têm formandos denominados de doutores,o que reflete toda uma origem e história de dominação e detenção do saber.Mas isso é outra história...),sou exceção por ser mulher,parda,pobre e com curso superior em uma ótima faculdade.Mas mesmo assim acho que consigo discutir política.
Fui no primeiro dia das manifestações aqui em BH e não voltei mais.Por que?Porque achei podre as pessoas achincalharem o PSTU,mas respeitarem o direito individual de tirar foto na frente da massa fazendo hangloose pra postar no IG/Facebook.Pra mim foi só incoerente.Temos especificidades aqui em BH,tem muita gente organizada participando,mas tbm tem muita gente que nem sabe o que tá fazendo ali.
Tenho um histórico de participação em movimentos sociais e manifestações.Minha primeira manifestação foi aos 12 anos,qdo organizei as turmas de quinta a sétima série da minha escola e fomos ocupar a prefeitura da minha cidade até o prefeito liberar o material escolar pra nós.Não me acho superior a ninguém por isso.Só acho que "a cabeça pensa onde o pé pisa".
Todo mundo tem o direito de se manifestar,mas acho uma tremenda ingenuidade achar que todos terão a mesma forma de pensar em como seria a nação maravilhosa que queremos.Nazifascistas querem um país melhor;socialistas,comunistas e anarquistas tbm;minha mãe,que mora numa cidade de 5000 habitantes,tbm!
Temos que aceitar todos?Sim.Mas não podemos esquecer o que historicamente essas facções fizeram.
Sei que em alguns países do mundo os comunistas tocaram o terror,sei tbm que em muitos países do mundo o nazifascismo fez muito pior.E pelo o que eu sei,as consequências do nazifascismo foram bem piores.Não concordo com governos ditatoriais,de forma alguma,nem com ditadura popular.Concordo com respeito e ética.
Antes de falarmos bem ou mal do socialismo e dos partidos de esquerda,deveríamos ver o que eles fazem e o que representam.Tem várias formas de se ser socialista,e ser marxista é uma delas.
Sou socialista,não sou marxista,me identifico mais com as idéias Leninistas,não tenho filiação partidária,trabalho cerca de 60h/sem e sou feminista.Sou apartidária,não sou antipartidária.
Enfim,antes de qualquer coisa,de qualquer manifestação,vamos respeitar quem já estava na rua há mais tempo.Eles não são superiores,só tem mais experiência.
P.S.:Fui prolixa,eu sei.rsrs
Pra mim é um caso clássico onde os bons sofrem por causa dos maus.
ResponderExcluirHá pessoas que militam para que o Brasil seja um país mais justo em vários partidos, desde o PSTU até - pasmem - o PSDB (embora esse último acabe sendo uma militância furada, mas existe). Isso é óbvio.
Mas o que a população leiga enxerga nos partidos? Corrupção, roubalheira, bandidagem... E políticos loucos para usar essas manifestações para ganhar as próximas eleições, prontos para fazer milhões manifestantes de trouxas. Igual como fez o Renan Calheiros.
Entendo a ânsia de manter esse movimento apartidário, visto que eles querem evitar que um partido em específico se aposse dele para se promover esse ou aquele candidato em 2014 e ver no final das contas nenhuma das reivindicações serem atendidas.
Mas vejo como fundamental a experiência e a liderança daquelas pessoas que "nunca dormiram". Afinal, o gigante pode até ter acordado, mas precisa ser direcionado aos objetivos certos. E é aí que entram aquelas pessoas que tem vários anos de experiência em manifestações.
A atriz britânica-indiana Jiah Khan, que participou de grandes filmes de Bollywood, o Hollywood da Índia, se suicidou por enforcamento no dia 06 de junho em Mumbai, na Índia, por não poder superar a depressão de ter abortado o seu bebê e de supostos abusos de seu parceiro, informou a Aciprensa.
ResponderExcluirA falecida escreveu uma carta, encontrada por sua irmã, na qual explicava ao seu parceiro os motivos de seu suicídio. A jovem de 25 anos escreveu "Abortei o nosso bebê", o que "me dói profundamente".
"Tinha medo de ficar grávida, mas me entreguei por completo para você", escreveu ela em sua carta, garantido a seu parceiro, Suraj Pancholi que "a dor que você me causou diariamente tem destruído cada pedacinho de mim, destruindo a minha alma".
"Não posso comer, nem dormir, pensar ou trabalhar", disse, explicando seu suicídio "Estou fugindo de tudo. Da dor, do estupro, do abuso, da tortura que eu vi, não merecia isso".
A carta foi encontrada pela irmã mais nova da atriz em uma carteira, e foi divulgada pela mãe de Jiah, com a intenção de desmentir as especulações da imprensa local, que alegou que o suicídio estava relacionado com a carreira de Jiah.
As autoridades policiais confirmaram que ela escreveu a carta, e que Jiah sofreu um aborto no início de 2013, a qual de acordo com a declaração do medico que a atendeu, foi realizado com pílulas.
A síndrome pós-aborto é um tipo de transtorno por estresse pós-traumático reconhecido pela ciência, e que envolve sintomas como pesadelos, insônia, alcoolismo, agressividade ou depressão, psicose e suicídio.
A organização abortista transnacional maior do mundo, a Internacional Planned Parenthood Federation reconheceu em seu Plano Trienal e Programa de Objetivos 1990-1993 que "a incidência de trauma pós-aborto para clientes de abortos cirúrgicos podem alcançar até 91% dos casos".
Um estudo realizado em 1996 na Finlândia, publicado no British Medical Journal, revelou que a taxa de suicídios era seis vezes maior entre as mulheres que abortaram do que entre aqueles que deram a luz.
Fonte: http://www.padom.com.br/
Veja mais: http://verdadesementirasnessemundo.blogspot.com/2013/06/dedicado-aqueles-que-sao-favor-do-aborto.html
Pense nisso e ate mais!
Bom, eu sou Gabriel Tolstoy, sou do PSTU-RJ, e vou tentar ser bem sucinto, porque a Ju já falou a imensa maioria do que eu ia dizer. Só vou falar porque algumas coisas não me pareceram ter ficado claras para algumas pessoas que comentaram.
ResponderExcluir1 - Naturalmente nós QUEREMOS que as pessoas concordem com nossas idéias. Ninguém não quer que as pessoas concordem com suas idéias. Daí a obrigá-las a isso é outra história, e é algo do qual não somos adeptos. Não estamos no ato para obrigar as pessoas a concordarem conosco, estamos no ato porque SEMPRE estivemos, e porque temos esse direito democrático. Se o PSDB quiser ir no ato com suas bandeiras, achamos que eles tem que ter os mesmos direitos. E quando o PT foi hostilizado em SP, foi DEPOIS da gente,e a gente defendeu eles. Odiamos o PT, mas eles tem direito a defender suas idéias.
2 - Não somos donos dos atos e não temos mais direito a estar neles do que NINGUÉM (excluindo, naturalmente, o fascismo). Agora, eu acho que todo mundo aqui entende o absurdo que é o PSTU, que sempre esteve presente em todas as lutas, estar sendo expulso delas. Alguém acha incompreensível a gente ficar magoado com isso?
3 - Os atos são PROGRESSIVOS. O sentimento apartidário existe (muito por causa da traição do PT), mas não se traduz em violência, via de regra. A violência é de grupos ORGANIZADOS. Nazis, integralistas, P2 e marginais pagos, centralmente, pra IMPEDIR que a esquerda apareça. No ato do Rio isso foi claríssimo. A massa odeia partidos, quer eles fora do ato, mas odeia mais violência, e eu vi gente que tava cantando "sem partido" entrar no meio da briga e começar a cantar "a verdade é feia, chegou agora e quer baixar bandeira alheia" quando se deu conta do que estava acontecendo. Os grupos fascistas são MUITO minoritários, não nos impressionemos com eles! Deixar os atos é deixar o caminho livre pra eles!
De resto, são problemas mais ideológicos que eu não vou discutir por falta de saco. Mas parabéns por abrir o espaço, Lola. E parabéns por nos defender.
BLACK BLOCK e uma tecnica punk anarquista de incitar conflito em protestos pacificos democráticos, em que um protesto pacifico democrático ajuda na causa nojenta anarquista ? pense ?
ResponderExcluirA tecnica Black block consiste em pequenos grupos de lixo anarquistas(20/30 no maximo) se infiltrarem na manifestação, e incitarem o confronto atacando tanto a população, quanto a força policial, com pedras, rojões etc,e assim que conseguem disseminar o caos, se descaracterizam, e se misturam a multidão foi usada pela primeira vez em escala, por anarquistas em Seattle 1992.
"Foi aí que a coisa começou a ficar tensa. Dentro do pátio da prefeitura, um grupo mascarado começou a soltar rojões e fogos de artifício, em local coberto e algumas vezes na direção da policia e dos manifestantes. Eu estava ali, bem na frente, e comentei: esses aí faltaram nas aulas de física e de química. Eu achava que estavam fazendo aquilo por ignorância, e não por maldade. Alguns começaram a subir nos pontos de ônibus e depredar, e aí veio à primeira bomba de efeito moral".
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Relato de uma manifestante de Campinas na ultima semna
OS 10 MANDAMENTOS DO MANIFESTANTE COXINHA! LEIAM COM ATENÇÃO!!!
ResponderExcluir1 - Protestarás "contra a corrupção" acima de qualquer outra reivindicação concreta.
2 - Usarás nariz de palhaço, carinha pintada ou roupinha branca pra simbolizar "a paz".
3 - Exaltarás o seu país, ignorando o caráter internacionalista dos movimentos no resto do mundo.
4 - Não permitirás bandeiras de partidos políticos, a despeito de esses partidos lutarem por melhorias desde muito antes de você nascer.
5 - comprarás o discurso da mídia, papagueando jargões como "O gigante acordou".
6 - Darás o melhor exemplo possível de analfabetismo político, evitando sempre escolher um lado da luta. "Nem direita nem esquerda, bróder, eu quero é ir pra frente, rsrs".
7 - Dividirás o protesto, fazendo seu papel de guardião da moral e dos bons costumes, classificando como "vandalismo" qualquer atitude que vise abalar a ordem Estatal.
8 - Apoiarás o capitalismo e a democracia representativa, mesmo sendo "apartidário". No fundo você não quer que as coisas mudem tanto assim.
9 - Pedirás o impeachment da Dilma, ignorando que algum outro político profissional irá substitui-la. Isso não é importante, você só quer o impeachment e zuar o PT.
10 - Cantarás o hino nacional bem alto, afinal, se você já cumpriu os 9 mandamentos acima, é um legítimo filho do Brasil: Ignorante, alienado e despolitizado.
Oghma,
ResponderExcluir"E quando o PT foi hostilizado em SP, foi DEPOIS da gente,e a gente defendeu eles."
Isso não é verdade, não sei a posição oficial do partido, mas simpatizantes do PSTU hostilizaram simpatizantes do PT antes da quinta-feira, portanto antes da expansão do movimento e antes do PSTU passar a ser hostilizado também e passar a criticar o "apartidarismo".
É lúgubre o que vem ocorrendo no Brasil! "Nós mesmos" destruindo a nossa decência! Policiais abusando de suas autoridades, passando com moto por cima de pessoas (como foi exposto ao vivo pelo noticiário). Pessoas que são trabalhadores ou estudantes, praticamente "espancando" policiais (como foi exposto pelos noticiários).
ResponderExcluirPense, se fosse seu pai, marido ou filho cumprindo apenas o seu dever de policial, sendo deformado sem conseguir se levantar. Balas de borracha voando, como se fossem doces em festa de criança. Bombas de efeito moral, cavalaria, bombas caseiras, sinalizadores, racismo contra nós mesmos (tenha consciência de que todos somos iguais), preconceito (aos grupos, marchas, partidos, Gays e diversos profissionais, que só querem falar, apenas ter a chance de FALAR), alienação a tudo que temos acesso, excesso, depredação ao patrimônio público (ao patrimônio que precisa de restauração e o dinheiro sai do nosso bolso, aquele que tiramos foto, visitamos e depois postamos em blogs), conflitos desnecessários na web (brigas por ideais que deveriam ser apenas debatidos e reavaliados e não insultados), pessoas desmaiando (passando por situações desesperadoras, sem ter para onde correr) ....
Se fosse listar tudo, com certeza não caberia nesta caixa de texto.
Enquanto a Copa das Confederações continua. Os torcedores estão se divertindo comprando seus ingressos, curtindo com suas famílias, bebendo sua cerveja.
Não estou negando a diversão e muito menos os movimentos.
A bola está rolando nos estádios e o Brasil por sinal está muito bem colocado nesta Copa das Confederações.
Os movimentos no inicio foram muito bem feitos. Manifestação também é sinônimo de festa! Quantas reuniões com milhares de pessoas os brasileiros estão cansados de assistir. A quanto tempo grupos vem se reunindo para ganharem liberdade de expressão, respeito e revindicarem seus valores?? A Parada Gay, roqueiros, alternativos, hippies, folks, a Consciência Negra, surfistas, pensadores, artistas, professores, estudantes, todos PESSOAS.
Cada um com um OBJETIVO.
Se todos (eu digo todos) tivessem se juntado, sem as diferenças, sem intervenção da mídia no que se acredita, o movimento teria sido muito mais bonito. E aí sim, daria para comparar ao movimento impeachment do Collor.
GENIAL:
ResponderExcluirPerguntas: vcs não acham que é um tantinho, mas bem pouquinho mesmo, antiético usar um sistema para acabar com ele não? Especialmente se o intuito é messiânico e envolve a imposição de uma revolução que vcs decidiram do âmago de suas sabedorias pessoais, sem perguntar a ninguém, se é isso que "o povo" quer? E por fim, mas não menos importante: esse ideal revolucionário messiânico existe já faz um tempo considerável. Se ele é de fato tão fantástico assim para "o povo", cuja definição mais restrita e adequada à situação engloba o conjunto todos menos os coxinhas (e, que, portanto, seria uma solução sem igual para a vasta maioria da população), por que ele está demorando tanto para acontecer? E como se explica a quantidade de pés rapados reacionários?
Assino embaixo.
Lola e seus seguidores são bastante hipocritas,pelos comentarios sobre a manifestação ,vcs tb n querem marchar ao lado de quem n pensa igual a vcs.
ResponderExcluirQuem quer ser apartidário que o seja, mas querer impedir, principalmente através de coação e violência, que uma pessoa se manifeste com sua bandeira é assustador, principalmente pra quem é hipócrita de fazer isso e ainda dizer que quer uma manifestação sem violência.
ResponderExcluirCoação, humilhação, pegar algo de outra pessoa e destruir (como uma bandeira ou uma camisa) é sim violência.
Vale ressaltar o quão pacífico foi a manifestação em Teresina, que reunião jovens, adultos, idosos e crianças, um total de 20 mil pessoas. Indo pra tirar foto pro facebook ou não, estavam lá (igual você, pasme!) e não eram menos politizados, autora do guest. A dois anos atrás tivemos uma experiência péssima com o oportunismo dos partidos no movimento #contraoaumento.
ResponderExcluir''inclusive, por “sambar na cara de Satanás”, como diria um cartaz da “Irmã Zuleide”. ''
ResponderExcluir-------
KKKKKKKKKKKKKKK,passei mal nesse trecho de tanto rir, sério isso?
Seria trágico, se primeiro de tudo, não fosse cômico.
Aiai... o que essas pessoas que gritam sim para cura gay, contra as cotas para os negros,ou que gritam bobagens conservadoras como ''Tradição, Família e Propriedade'' estão fazendo na ruas,manifestando?
Concordo que todos tem o direito de se manifestarem, mas chega a ser contraditório, visto que o Brasil é uma tremenda bagunça de terceiro mundo,justamente por conta da mentalidade delas em primeiro lugar.
''A democracia foi praticada em sua totalidade nos protestos''
ResponderExcluir-------
Mascutroll é foda, não andou lendo nos posts desse blog que pessoas ou com bandeiras partidárias,ou até mesmo a bandeira do movimento LGBTT tem sido atacadas,ofendidas e se bobear até agredidas nas passeatas?
desde quando isso é democracia troll?
''A síndrome pós-aborto é um tipo de transtorno por estresse pós-traumático reconhecido pela ciência, e que envolve sintomas como pesadelos, insônia, alcoolismo, agressividade ou depressão, psicose e suicídio.''
ResponderExcluir-------
Sim, e no que isso justifica a criminalização do aborto?
Por acaso é insuperável? por acaso vc tem alguma prova de que todas as pessoas que abortam passam por isso?
Existe tbm uma condição psicológica chamada ''Depressão pós-parto''
Vamos proibir as mulheres de engravidarem pra evitá-la?
Querida autora do post,
ResponderExcluirSinto a sua dor. Estava em SP quando bateram no pessoal dos partidos, foi horrível tentar argumentar com as pessoas gritando "sem partido" que elas estavam incitando a violência contra pessoas que estavam ali para apoiar a mesma manifestação.
Acho que é bom ver pessoas nas ruas, mas fiquei chatiada também ao perceber que muita gente estava mais preocupa em não deixar as paredes serem pixadas do que as pessoas serem agredidas.
E o que acho mais terrível é pensar que o PSTU é exatamente o partido que essas pessoas queriam que existisse. Eles dizem que os partidos não tem programa, que só querem eleger mais gente, que não defendem as pessoas, que só querem dinheiro.
Engraçado que o partido que eu menos vejo fazer isso é o PSTU. Se tem um partido que perde votos e dinheiro para continuar defendendo o que eles acreditam é esse.
Claro que ninguém precisa concordar com o PSTU (eu mesma não concordo com várias coisas, apesar de respeitar algumas pautas), mas o tal partido honesto e íntegro que essas pessoas não enxergam no sistema político tem várias caracteristicas em comum com os partidos nos quais elas estão batendo.
Fica minha solidariedade, e minha esperança de que no futuro as manifestações tenham mais compreensão.
Gostei deste artigo:
ResponderExcluirhttp://outraspalavras.net/blog/2013/06/23/primavera-brasileira-ou-golpe-de-direita-1/
Achei lúcido, sem os exageros desesperados que ando vendo por aí.
O fato é que a sociedade brasileira está saturada da grande quantidade de partidos sanguessugas (infelizmente a maioria se mostra assim); E dentro de um contexto como esse, a população que está indo agora pras ruas passa a repudiar qualquer forma de partidarismo, colocando tudo dentro de um mesmo saco. Para o bem, ou para o mal, esse tipo de reação advém justamente desse modelo marqueteiro e oportunista de fazer política. Adotado por uma porrada de partidos, que só procuram o povo na hora do voto. Prometem um monte e não cumprem nem 1/3 do proposto. É isso que os brasileiros não consegue mais digerir. Na minha opinião, os representantes de partidos deveriam ter semancol e não irem às ruas expondo bandeiras e camisas partidárias. Pois já ficou mais do que claro, que esse protestos não os representa.
ResponderExcluirE qual o problema de postar no "feice" fotos suas e de amigos participando do protesto? É uma forma de registro, apenas. Tenho certeza que a galera dos anos 80, que ia às ruas protestar pro "fora Collor" só não fez o mesmo, porque na época ainda não existia isso de instagram, facebook, e demais redes sociais.haha
ResponderExcluirFalam e falam de fascismo como se isso fosse uma exclusividade da extrema-direita, e esquecem que os movimentos fascistas da Itália lutavam nas duas "extremas", existindo também a esquerda fascista. Os meios podiam ser opostos, mas os fins de ambas eram o mesmo: PODER. É tudo sobre poder. Não importa quem esteja lá, vai lutar pelo poder e fazer de tudo para se manter. Podem defender o Lula e sua luta sindical, mas a realidade é que ele esqueceu-se de tudo enquanto estava no poder e sua família se tornou parte da aristocracia. Procurem fotos da festinha de 15 anos da Bia Lula, neta dele, e vejam se aquilo faz parte de ideais socialistas: a fofa mandou fazer 3 vestidos, a festa foi pra 400 convidados, teve grupo de bailarinos, apresentações musicais, ou seja, foi uma festinha bem cara. Agora, se o padrão socialista do PT pro povo for este, eu me filio amanhã mesmo. Também quero poder fazer festinhas de arromba como as da netinha do Lula... eu aqui juntando os trapos com meu companheiro quando posso ser socialista do PT e fazer um mega-casamento e sair na Caras...
ResponderExcluirBom, um primeiro ponto básico. Posso falar por BH, minha cidade. Essa coisa de que xs manifestantes "novxs" que estão em seu primeiro contato em manifestações de rua, são pessoas sem educação básica, não chega nem perto da realidade daqui. É patente desde o primeiro dia, que a manifestação classe média. BEM CLASSE MÉDIA MESMO. Dá pra ver inclusive pelos cartazes. O que falta pra esse pessoal não é educação básica, é educação política. Isso até pessoa com doutorado, se pá, não tem. Não é questão de educação formal. Quanto à questão relacionada com as bandeiras, não só de partido mas de outras militâncias, chamem do que quiserem quem diz que está na rua antes, mas respeitem! Porque a pessoa estava! Eu não sou filiada a partido algum, mas acho uma puta falta de consideração e respeito expulsar alguém que participa da luta há muito mais tempo. Esse povo é que age como se fosse o dono da luta. Entendo quem tenha medo do aparelhamento do movimento, agora, agressão e falta de respeito, com companheiro de luta com mais chão, não dá.
ResponderExcluirMa.
Senti,em alguns manifestos dos quais participei,ares "facistas" ...Penso que precisamos observar melhor...
ResponderExcluir
ResponderExcluirlamentavelmente o brasil sem máscaras é conservador, classista, machista, homofóbico, intolerante.
é triste. é assustador. é real.
nada mais falso do q a modernidade do brasileiro. o moralismo piegas do brasileiro médio se esconde e se disfarça na exposição sem tréguas do corpo feminino. uma exposição q não é libertária, mas opressiva. a nudez da mulher brasileira não é, de forma alguma, libertária, pois é uma nudez q se submete ao outro, no caso, ao homem.
e se o facebook foi pra rua... phodeu!, pois o face é o reduto do brasileiro (ultra) machista, homofóbico, intolerante e violento.
aliás, o machismo e a intolerância q eu vejo nas pessoas muito jovens é de horrorizar. provoca náuseas. galerinha bem jovem q acha q, só pq faz um sexo casual meia boca, insosso e cheio de julgamento moral em relação ao feminino, é moderno e livre.
as pessoas não percebem (não querem admitir) q os políticos são reflexos e não causas da corrupção. nós aceitamos a corrupção. nós a praticamos no cotidiano, enqto crucificamos os políticos. toleramos a corrupção q nos beneficia. a revolta torna-se apenas retórica.
a revolta contra a corrupção é falsa. vazia. limitada. revanchista. galera está, na verdade, revoltada contra o pt. uns por se sentirem traídos. outros por puro classismo (não engolem, de forma alguma, o fato do lula não ter afundado o brasil).
nós elegemos os políticos, os mesmos políticos, q condenamos.
nós somos os políticos. eles são apenas reflexos da sociedade.
a autocrítica deve ser individual.
a face q se revelou do brasil, assim q os protestos ficaram maiores, foi a face da intolerância e do conservadorismo e é dolorido pra quem sempre esteve nas ruas se manifestando, perceber q, qdo se aumenta um tiquinho o volume, o som q se ouve é o da intolerância e o do preconceito.
entendo o desabafo da autora e me solidarizo com ela, embora não concorde com td a agenda política da esquerda brasileira.
Nós que lutamos contra a ditadura, tomamos borrachadas,
ResponderExcluirengolimos gás lacrimogênio, corremos da cavalaria na Av. São João
em direção a Praça Antonio Prado e à Praça da Sé, participamos das
perigosas assembléias dos sindicatos, onde milicos escondidos na
massa guardavam na memória o rosto dos mais exaltados,
arriscamos nosso emprego, pichamos muros com os slogans
"Abaixo a Ditadura", distribuimos panfletos, morremos de medo e
choramos quando anunciaram a devolução do poder ao povo...
Hoje, como resultado dessa nossa luta, vemos pessoas morrendo
em filas de hospitais, bandidos matando por R$10, drogados
andando feito zumbis nas ruas procurando drogas, adolescentes
que não sabem quanto é 6 x 8, meninas de 14 anos parindo filhos
sem pais, toda a classe política desse país desfilando uma
incompetência absurda, a polícia e o judiciário corrompidos, a
imprensa comprada, o povo alienado, dominado, carente e
dependente, e o nosso país sendo ridicularizado por tantos
escândalos...
Peçamos perdão ao Brasil pela porcaria que fizemos... Deveríamos
ter ficado em casa!
Gilberto Borges