Ha ha, foi minha querida e antiga leitora Aiaiai que me enviou este artigo da Folha de S. Paulo ontem. E é tão impagável que eu, mesmo sem tempo absolutamente nenhum, tive que dedicar alguns minutos pra escrever sobre ele.
Primeiro que quero parabenizar a autora, Marianne Piemonte, que claramente se divertiu ao redigir o artigo. O tom, pra quem consegue ler nas entrelinhas, é de chacota. E nem poderia ser diferente, né? Olha só o título: "Mulheres aprendem a 'desmunhecar' em curso para 'atrair partidão'". Certo, o título é péssimo. Muitas aspas numa só frase. E desmunhecar, seja lá o que for isso, não é exatamente o que essas pobres almas aprendem. Nem é relevante pra matéria (procurando imagens pra ilustrar o post, vi que a revista TPM ridicularizou o curso na semana retrasada).
Existe uma psicóloga, Eliete Amélia, que se auto-intitula "heart hunter", caçadora de corações. Ela é contratada para ser cupido (clique na imagem para ver a incrível errata de um dos workshops oferecidos por ela, em sua própria página). Mas o artigo fala de um curso que ela dá a dezenove mulheres (cada uma paga mil reais) para que elas finalmente encontrem o amor. Como? Sendo magnéticas.
O powerpoint já começa mostrando a imagem de um sutiã em chamas -- sabe aquele um que as feministas nunca queimaram? A professora diz: "Não foi nossa culpa que elas fizeram isso, mas precisamos resgatar a feminilidade e tolerância se quisermos relacionamentos duradouros".
Essas malditas feministas que acabaram com todo um estoque de sutiãs e, de quebra, com a feminilidade! E com os relacionamentos duradouros! E com a família tradicional! Puxa, fizemos tanta coisa em tão pouco tempo! Não é à toa que estamos sempre cansadas. Mas alguém mostra essa pesquisa pra Eliete Amélia, que leva demasiadamente a sério seu segundo nome?
Estudo aponta que pessoas feministas são mais felizes no amor (só pra você rever o seu conceito de mal-amada). Tem este outro também: "Ao contrário do que dita o senso comum, feminismo e romance não são incompatíveis, e o feminismo pode inclusive melhorar a qualidade das relações heterossexuais, de acordo com estudo da Universidade Rutgers, nos EUA". Sei lá, eu tô junto com meu amor silvístico há quase 23 anos, o que parece bem duradouro. Mas deve ser porque eu nunca queimei sutiã.
A Aiaiai detestou o artigo da Folha por achá-lo desnecessário e por tirar sarro das mulheres que fazem o curso. Eu acho que ele é desrespeitoso com a psicóloga e com o curso em si, mais que com as participantes. Mas, é vero, logo de cara Marianne fala dos mil reais "por cabecinha" (o diminutivo não é carinhoso), e depois menciona uma participante, também psicóloga, que "acredita que perdeu um partidão por ter feito um pedido diretamente para o garçom durante um jantar" (é, anotem, meninas: é proibido pra uma mulher se dirigir ao garçom durante um jantar romântico).
Aqui eu vou ser meio polêmica, meia calabresa: minha solidariedade com as mulheres não se estende a todas as mulheres. Tem mulher que fala e faz muita besteira e merece ser criticada, sim. Se não a gente não pode zoar as dicas da Nova que aconselham a jamais transar no primeiro encontro, ou as religiosas do trono, aquelas que pregam a submissão total ao marido. Validadoras do machismo não têm muito do meu respeito.
Pô, eu, assim como Eliete Amélia, também já tive uma agência de casamento. Mas ser um cupido monogâmico não significa que você tem que ser necessariamente machista.
O curso de Eliete Amélia é um guia do senso comum. O feminismo fez com que os homens se sintam muito inferiorizados, tadinhos, então nada de falar sobre trabalho, sua mulher carreirista. Talvez seja melhor nem trabalhar, pra não tirar tempo das tarefas domésticas (sequer citadas no curso, ou pelo menos na matéria) e pra não competir com seu homem. Mas aí como pagar os mil reais do curso? Dilemas, dilemas.
No curso há espaço garantido para a gordofobia, como não podia faltar. Eliete Amélia, "carinhosa e assertiva", diz pra suas clientes emagrecerem, pra "aumentar seu leque de oportunidades".
Tem também dicas de maquiagem e imposição do uso de salto alto. E aí vem a parte mais inacreditável da matéria, que me fez duvidar de sua veracidade, porque não é possível. Mulheres devem sempre usar salto alto, ensina Eliete Amélia, mas, se você estiver na praia ou na piscina, descalça, deve... andar na ponta dos pés. Ótimo pra disfarçar celulite e gordurinhas e atrair olhares!
Eu rio, mas esse tipo de coisa também de dá uma tristeza...
Deixa um sabor acridoce na boca.
Porque mostra que o backlash, a reação conservadora a todos os movimentos sociais, está firme e forte (as duas marchas cristãs ontem e hoje em Brasília não me deixam mentir). O curso não parece ser muito mais que um guia anti-feminista -- como se alguém precisasse desembolsar mil reais pra aprender clichês anti-feministas! Ele se baseia em conceitos machistas como o que uma mulher só pode ser completa se tiver um homem (rico, com uma Mercedes), e que um homem, se precisar de uma mulher, deve ter uma Amélia ao seu lado.
Triste também é saber que o feminismo poderia libertar essas participantes da ideia arcaica de que "relacionamento sério com homem rico traz felicidade". E sem cobrar nada.
Amélias, façam o que as feministas não fizeram: queimem seus sutiãs! Vão ser gauche na vida.
Ceus esta psicologa esqueceu das aulas na sua faculdade que a tolerância deve ser mútua senão ocorrem abusos tanto em relação aos homens quanto às mulheres e a tolerância esbarra no auto-respeito e cuidado próprio . bjs Hamanndah
ResponderExcluirLolinha querida se tudo mais falhar vc tem vocação para substituir a Amelia nesses cursos importantíssimos, afinal não é qualquer mulher q tem no seu currículo um relacionamento tão longo, é obvio que só pode ser por causa das tortas e bolos perfeitos até esteticamente q vc faz, bem como suas maneiras sempre tão castas, modestas e servis ao seu amado Silvinho, enfim vc é meu exemplo de mulher virtuosa rrrsss.
ResponderExcluirTirando a brincadeira Lolinha, fala sério o q tem de mulher q fica validando machismos chega a ser gozação, já havia visto essa matéria no FB e tb fiquei pasma, essas dai vão se juntar as mulheres diante do trono, a escola de princesas, a listinha da Nova, e as muçulmanas q acham a sharia o máximo.
Ontem metade dos meus contatos postou o link desse curso e fez comentários engraçados e/ou de raiva.
ResponderExcluirEu achei ao mesmo tempo engraçado e deprimente. Gostei de a jornalista ter escrito "cabecinhas". É impossível não ridicularizar quem paga mil reais para ouvir essas coisas. É praticamente obrigatório.
Eu concordo que uma mulher andando na ponta dos pés vai atrair olhares.
ResponderExcluirLola sua estúpida, balofa fedorenta, pare de zoar comigo, vou te processar por fazer da minha frase (critica e racional) o seu bordão especial.
ResponderExcluirAposto que está fazendo merchandasing com ele e ganhando muito dinheiro.
Quero pelo menos 60% sob o lucro do termo ingratas com o patriarcado.
e pare de tentar me bloquear!
cordialmente,
Arnold
Lolinha, eu chego a quase ter pena das "cabecinhas" que pagam pra fazer esse curso. Afinal, não foram elas que inventaram a idéia de que mulher só tem valor ser ~tiver~ um homem (e não qualquer homem, claro, tem que ser um que a sociedade também valorize: bonito e rico). E, sinceramente, só uma pessoa com a auto-estima muito frágil pra comprar essas idéias toscas.
ResponderExcluirEu sinto empatia por elas, mas não pela charlatã que dá aulas de gratidão com o patriarcado.
Nunca (e repito, nunquinha mesmo!) ri tanto com um comentário quanto com o comentário do Anônimo das 11:16.
ResponderExcluirEle conseguiu alegrar meu dia, que está péssimo.
Mas vim aqui para comentar o seguinte: eu acho injusto chamar toda mulher que vai a um curso desse de cabecinha. Poxa, pensa no lado dela também. Para pagar tudo isso num curso, ela deve ser bem sucedida profissionalmente. E mesmo nessa situação, ela não está feliz, sente falta de algo. Aí desde pequena, ela sempre ouviu que toda mulher precisa de um homem. É só ligar os pontos: estou triste porque não tenho homem. Nessa aparece uma pessoa com uma fórmula mágica para arranjar um homem. É muita tentação.
Juro que estava esperando a Lola comentar essa reportagem. Li ontem e achei tão inacreditável que ri horrores. Também reparei no "cabecinhas" escrito pela repórter, pra mim evidenciou a irritação dela ao ter que cobrir tamanho absurdo.
ResponderExcluirLola, obviamente você só está há tanto tempo com o seu marido porque ele não é um "partidão inferiorizado" (sinta essa contradição) pelo trabalho da esposa.
ResponderExcluirOntem quando li senti um misto de várias coisas: raiva, pena, indignação, humor involuntário, tudo. Mas acho que é mais pena: de ter quem compre (e pague caro) um sistema para o qual a mulher tem de ser submissa, calada, muda, não pode nem mesmo fazer seu pedido para o garçom. É vender uma imagem que ela não é, que ninguém é, para depois quando der errado (e vai dar, com danos emocionais diversos) jogar-lhe na cara o quanto é errada, imperfeita e tudo o que dá errado na vida é culpa dela. E a salvação e redenção por meio do príncipe encantado superior e redentor no cavalo branco. É pena mesmo, dessas mulheres, também de todas nós que ainda somos vítimas, em maior ou menor grau, desses discurso.
ResponderExcluirOlá Lola,
ResponderExcluirAdoro seu blog desde que o descobri quando procurava uma crítica construtiva sobre o filme Cisne Negro, do qual eu precisava para fazer um trabalho.
Tenho certeza que o trabalho que você faz no seu blog é muito construtivo e com certeza ajuda muitas pessoas!
Como sendo neto de uma feminista - por azar minha mãe foi para em uma dessas igrejas que pregam que as mulheres devem ser submissas -, e sendo gay eu senti quase que um obrigação de continuar lendo seu blog.
Ah já ia esquecendo, esses dias eu estava lendo um blog é encontrei essa postagem: http://ahduvido.com.br/os-8-piores-casos-da-deepweb-que-foram-descobertos-por-internautas-da-surface
Gostaria de saber o que você acha Lola.
Xau... Erick
Kkkkkk, hilária a parte do salto.
ResponderExcluirAcho que "injusto" não é a palavra para o que eu penso sobre chamá-las de "cabecinha". Fiquei com uma mistura de raiva, pena e vergonha alheia dessas mulheres de difícil mensuração da concentração de cada uma.
ResponderExcluirNinguém com uma auto estima num nível minimamente tolerável pagaria mil dinheiros (!!!) para escutar essas coisas. Como a Nádia Lapa colocou, "mudar a si mesma exclusivamente para agradar alguém que ainda nem conhece" (ou algo assim). Então chamar de burra ou cabecinha quem já tem a auto estima no chão não ajuda em nada, só confirma o que elas já acham de si mesmas. Fora que aí entra também a famosa reação tão humana de negar até a morte qualquer crítica direta à sua pessoa ou atitudes, por mais inegavelmente estúpidas que sejam.
Mas aí entra a raiva, porque para mim esta é sim, em qualquer universo paralelo que porventura exista, uma atitude estúpida que afeta não somente a vida delas, mas como todo o nosso gênero é visto (já que o que um homem faz é atributo dele; enquanto o que uma mulher faz é representativo de todas as representantes do gênero - exceto quando é alguma atitude que livra a tal mulher do padrão esperado, é claro).
No fim das contas, acho que essas mulheres são e continuarão sendo, se tiverem sucesso no seu intento e não procurarem ajuda psicológica urgente, umas pobres coitadas. Umas pobres coitadas que validam um monte de merda, é verdade. Mas não é batendo de frente em pobres coitados fazendo merda que vamos chegar a algum lugar. Tem que ser no máximo com jeitinho, rsrsrs.
Lolinhaaaa!! Eu tb te mandei esse artigo ontem, achei ele simplesmente hilario, lembrei de vc na hora! Queria muito ve-lo comentado por vc. Concordo contigo totalmente, inclusive no que diz respeito a nao simpatizar com mulheres machistas. Como feminista luto pela libertaçao delas tb, mas na boa? Em que pese o fato de serem oprimidas que "pegaram" o discurso do opressor, estao erradas sim.
ResponderExcluirBeijo e obrigada por esse post! :)
Sendo bem mal humorada: quem quer ficar com alguém que paga mil reais pra ser feito de trouxa?
ResponderExcluirPodem me apedrejar, mas concordo com o Fábio Mingau aos 12 e 49. Quero dizer: um 'esperto' se valendo de 'otários' pra ganhar dinheiro, principalmente no Brasil (desculpa ae, mas É o País do Jeitinho, vai), não é exatamente nenhuma surpresa.
ResponderExcluir(Não tenho nada a ver com o Fábio daí de cima, o termo trouxa coincidiu - o que eu trocaria por "ser feita de besta")
ResponderExcluirPIOR NOTICIA DO DIA!
ResponderExcluirhttp://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/444083-COMISSAO-DE-FINANCAS-APROVA-O-ESTATUTO-DO-NASCITURO.html
Lola, falando em Amélias, viu a mais nova Amélia brasileira? Sara Winter
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=s4NcMCcRIL4&feature=youtube_gdata_player
Eu ri de tudo.
ResponderExcluirMas principalmente sobre falar ou não com o garçom. Assim que nos casamos, eu e meu marido nos mudamos pra um país de idioma árabe e francês. Ele não falava nenhum dos dois. Eu arranhava o primeiro e usava bem o segundo. Praticamente nosso primeiro ano aqui inteiro quem falava com garçons, porteiros, seguranças, etc, era eu! Será que ele vai me deixar por isso? :P
Por favor, como não chamar de "cabecinhas" quem paga mil reais pra ouvir E ACREDITAR que tem que caminhar na praia na ponta dos pés e que perdeu um homem pq falou com o garçom? "Cabecinha" é praticamente um elogio...
ResponderExcluirUm amigo me enviou essa matéria no Facebook dizendo "você vai morrer". Eu estava com o cara que eu tô ficando quando li e fui lendo em voz alta pra ele algumas partes, rimos MUITO. Falei pra ele "acho que tu é um partidinho, hein". Fala sério, partidão é um cara que não quer que a mulher FALE COM O GARÇOM e nem COMA direito? Prefiro um partidinho então :P
ResponderExcluirlolaaa, eu te mandei o link ontem no twitter! mas n sei se vc chegou a ver
ResponderExcluirOi Lolinha,
ResponderExcluira minha questão é que a matéria nem tenta desvendar por que existe o curso e, além disso, 19 mulheres q pagam mil reais por ele. A matéria só ridiculariza as pagantes e a instrutora, reforçando a ideia de que as mulheres querem mesmo é tentar agradar aos homens para conseguir um partidão. Mas, pergunto eu, por que é que elas querem isso?
Elas querem isso porque a sociedade diz q se elas não têm isso são umas fracassadas. Elas foram criadas desde pequenininhas para serem esposas de um partidão. Não conseguiram? Culpa delas. Então, tome ler nova, claudia, marie claire e, se tiver uma grana a mais, pagar uma doida q diz q vai conseguir isso para elas.
Se fosse um texto cômico, uma coluna do josé simão ou algo assim, tudo bem. vamos rir e tirar sarro dessas mulheres que são um retrato do que a sociedade quer de nós. Mas, não!!! A matéria, bem grandinha, foi publicada no caderno Equilíblio!!! Que, por sinal, deixou de existir ontem quando a folha fez mais um passaralho demitindo mais de 10% da redação.
Nada disso tem graça, a meu ver. É um retrato triste da nossa "grande imprensa". Cada vez mais desqualificada, alinhada com o retrógrado e que humilha (cabecinhas) aqueles que estão sofrendo. Não tinha outro assunto p colocar sobre mulheres? Tinha que dar espaço para essa aberração que é esse curso? Gastou papel e tempo a toa. Essa é a minha opinião.
foi aqui mesmo no seu blog que eu aprendi a respeitar as mulheres e as escolhas que elas fazem. Mesmo sendo diariamente criticada por mulheres casadas e que ficam em casa sem fazer nada porque têm um marido q paga a conta delas, eu aprendi com você a não colocar a culpa nelas. Elas já deixaram de convidar o meu filho para festas no prédio (porque ele é filho daquela mãe solteira), elas me trataram com desdém em reuniões de pais e de condomínio, mas passei a respeitar a escolha delas, me afastei, tentei proteger o meu filho das agressões. Tudo isso porque compreendi que o machismo delas não é culpa só delas.
Então, acho mesmo que a jornalista que escreveu a matéria foi irresponsável, assim como os editores e fico muito feliz que essa merda de caderno equilíbrio tenha chegado ao fim. desejo que a jornalista consiga um bom partidão e não sofra muito com a demissão.
Eu ia falar mas a aiaiai já disse tudo que eu queria dizer!!
ResponderExcluirAhh queria te agradecer muuuuuiiittooo Lola, mandei um texto seu : Pai e namorado perpetuam o machismo com a ajuda da mãe, nossa Lola minha mãe disse que nunca tomou tanta "bofetada" quando leu o seu texto, sempre falei que todos eram machistas lá em casa e minha mãe conivente com tudo isso, mas claro, eu sempre fui a louca e rebelde da casa! Seu texto está acordando minha mãe Lola! Estou mega feliz que ela está se dando conta do quanto essa tirania representa, e o lhor de td: ela está mudando!
Olha, eu até sinto um pouco de pena dessas mulheres, mas não tem jeito, não consigo controlar o riso quando leio esta matéria, pelo absurdo da coisa toda.
ResponderExcluirPARA TUDO! PAAAAARA!
ResponderExcluirPOLÊMICA!
http://www.youtube.com/watch?v=s4NcMCcRIL4&feature=youtube_gdata_player
Ex-líder do Femen Brazil faz vídeo declarando seu amor pelo seu namorado e comentaristas sugerem que uma "surra de rola opressora e patriarcal" seria o motivo para a mesma ter se afastado do feminismo.
O homem, geralmente, tem medo do feminismo. Acho que ele se sente ameaçado. Como um rei que tem medo de perder o trono. Ah, tadinho, que dó, rs Mas é verdade isso: "feminismo pode inclusive melhorar a qualidade das relações heterossexuais". Meu namorado sabe do meu interesse por feminismo e ele compartilha de muitas das minhas opiniões a respeito. SOU MUITO AMADA, rs e meu relacionamento, apesar das dificuldades e altos e baixos que sempre surgem numa relação, vai muito bem, obrigada. Nunca precisei de cursos ridículos para encontrar homem, rsrs e ser doutrinada não é para mim. E mais, não preciso de homem para ser completa e feliz ;)
ResponderExcluirAi,o que será de mim???? ODEIO SALTO ALTO! HAHAHAHA! VOU FICAR ENCALHADA PRA SEMPRE!!!
ResponderExcluirBrincadeiras a parte,Lola,o buraco é mais embaixo! Sabe aquela criação que alguns pais dão para suas filhas mulheres,aquela coisa de ser "princesa" e esperar por seu "príncipe encantado",que vai bancar você pro resto da vida??? Pois então,eu detesto isso e,inclusive,estou pra postar hoje mesmo um texto sobre o assunto! Todas essas "fantasias" deixam algumas mulheres surtadas e obcecadas em encontrarem seus partidões,seus príncipes.Mas elas se frustram,porque perfeição não existe,simples assim!
Daqui há 2 semanas eu completo 29 anos! Sabe lá o que é ter 29 anos,ser solteira,livre,bem-sucedida no Brasil????? NÃO É NADA,PORQUE NÃO TENHO NAMORADO/NOIVO/MARIDO! É assim que minhas tias me enxergam:como uma mulher incompleta!
Lamentável!
Minhas tias e primas paternas foram criadas para serem "princesas",para esperarem por seus "príncipes".Conclusão: 3 tias que nunca se casaram,porque TODOS OS QUE APARECERAM QUERIAM QUE ELAS TRABALHASSEM FORA,QUE FOSSEM INDEPENDENTES FINANCEIRAMENTE,MAS ELAS ACHARAM ISSO UM DISPARATE E PREFERIRAM FICAR NA ABA DO MEU AVÔ!
MEU AVÔ MORREU! Ficaram na aba da minha tia deficiente,que recebe pensão do meu avô!
Minhas primas: uma teve um filho com um cara ótimo,simples,trabalhador,que a ama de verdade,mas ela acha que ele tem que bancá-la,tem que pagar empregada pra ela,pois ela é TOTALMENTE DEPENDENTE DA MINHA TIA,QUE ATÉ AS CALCINHAS DELA LAVA.
A irmã dela quer arrumar marido rico e só se mete em furada!
Lola,me desculpe,mas foi um desabafo aqui! Essas coisas me irritam profundamente! Assim que postar meu texto,envio o link via Twitter para você!
Abraços!
é Vivian dia de luto p o feminismo, um feto vale muito mais q uma mulher...
ResponderExcluirGabriela Barbosa,
ResponderExcluirEntão podemos dizer que o objetivo machista das suas parentas (se tivesse sido bem sucedido) resultaria em vantagens para elas?
ahhahaahahah! Essa do salto foi sensacional!
ResponderExcluirEstou com a Lola. Sou nada solidária com machistas, independente do sexo. A sociedade em que eu nasci é a mesma em que as "cabecinhas" nasceram. E pasmem: tanto eu quanto elas somos a sociedade também. Então... É isso. Não sei se as chamaria de "cabecinhas", talvez... "cabeçudas" mas, perder a oportunidade de ironizar esses absurdos... Francamente.
ResponderExcluirAndré
ResponderExcluirNa mente delas,é super vantajoso ser bancada por um partidão!
Gabriela Barbosa,
ResponderExcluirEntão o machismo não beneficia apenas os machos, já que o partidão não deve achar nada vantajoso.
Lolinha, vc viu essa entrevista com uma modelo brasileira famosa que agora estah gravida? Desde quando ser dona de casa eh o novo feminismo? a revista forçou esse titulo na capa hein...http://www.istoegente.com.br/noticias/gente/sou-uma-boa-dona-de-casa/
ResponderExcluir"Desde quando ser dona de casa eh o novo feminismo?"
ResponderExcluirDesde quando se tornou uma OPÇÃO, e não a ÚNICA opção de uma mulher. Vamos parar com essa mentalidade de que donas de casa não podem ser feministas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGente, olha só o desserviço dessa Folha e da jovem atriz retrógrada quadradinha nas declarações de hoje: http://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2013/06/1290404-e-muito-dificil-mulher-rodada-encontrar-um-cara-legal-ensina-marina-ruy-barbosa.shtml
ResponderExcluirNada que vá acrescentar qualquer coisa na vida de alguém, apenas reforçar os esteriótipos machistas aos quais estamos diaramente expostas e submetidas. Lamentável.
Considerando que o "partidão" (oh god why) quer ao seu lado justamente uma mulher nula, é extremamente vantajoso para ele, sim.
ResponderExcluirO que é triste é uma psicóloga se aproveitar da baixa autoestima dessas mulheres para convencê-las de que elas devem ser enfeites sem personalidade para conseguir um "partidão".
Quem procura esse tipo de curso já é uma mulher que trabalha, independente. Ela não precisa ser sustentada, levando em consideração que pagaram mil reais (MIL REAIS!!!!!!!!) para um curso de um dia. Mas é uma mulher que acredita não ter valor nenhum sem um homem ao lado.
Tanto é que os tópicos do curso são, justamente, não mostrar a independência que elas já tem, não falar sobre carreira delas, não falar sobre os problemas delas, não ter atitudes independentes, não falar sobre e nem fazer nada.
O curso se resume em "cale a boa e gaste seu tempo andando na pontas dos pés, essa é a sua função".
Essas moças não querem ser "sustentadas", elas querem a validade social que ter um "partidão" te traz, o reconhecimento que, infelizmente, só vem quando uma mulher está acompanhada de um homem.
A maior crítica, ao meu ver, são mulheres que usam conquistas feministas (ter acesso à educação, propriedade, autonomia, divórcio, etc) para falar 'ai, essas feministas não sabem o que fazem'. Mulher machista poser, ainda por cima.
Juro que a primeira vez que eu ouvi falar dessa dona eu achei que fosse piada de mal gosto. Não era. Triste. Gente do céu, não é caso de curso pra arrumar parceiro, é caso de terapia. Pra essa psicológa, que deve ter ou comprado esse diploma ou se formado na mesma faculdade que o malafaia, e pra essas participantes, que precisam sim de ajuda, mas de outra ordem. O.o
ResponderExcluirAndré e também para quem se interessar:
ResponderExcluirhttp://detudoumpoucorj.blogspot.com.br/2013/06/a-dura-vida-das-princesas.html
Texto que publiquei ontem!
my god!!! finalmente encontrei um motivo para emagrecer, nunca havia pensado na dificuldade que as gordas tem de realizar uma tarefa tão importante, andar na ponta dos pés, em praias e piscinas!!! Que estupidez a minha!!!
ResponderExcluirai ai viu.
Gabriela Barbosa,
ResponderExcluirGraças a deus, cada vez está mais difícil a vida das princesas. Infelizmente, ainda tem muita gente que consegue um "partidão" para poder ficar de papo pro ar.
O que não me entra na cabeça é como tem mulher que paga mil reais pra ouvir exatamente o que já ouviu e leu por toda a sua vida, porque em uma sociedade como a nossa, quem nunca ouviu esse tipo de papo deve ter sido criada em uma caverna.
ResponderExcluirConfesso que sinto um misto de indignação e admiração por essas pessoas que conseguem ganhar muito dinheiro com tolices. Elas me intrigam, rsrs...
Ou o marketing desse curso deve ser muito bom ou tem mesmo algo muito errado com quem paga pra esse tipo de curso ou vai ver são bem ricas mesmo e mil reais pra elas é troco...
Acabo de ser criticada na minha página porque zoei essa mulher aqui ó:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/06/vereadora-critica-homossexuais-e-defende-submissao-da-mulher.html
ResponderExcluirA mulher homofóbica, reaça e machista, mas eu tenho que ter sororidade em relação a ela. Caçaram minha carteirinha de feminista e tudo.
Olha se isso é ser feminista, então parei com essa merda.
Só consigo pensar em como andar na ponta dos pés na areia... hahahaha
ResponderExcluirTenho muita dó dessas alunas porque elas são vítimas dessa criação de que mulher só é feliz com homem. Minha mãe, apesar de ser machista em algumas coisas, sempre me ensinou que existem pessoas que não casam, é a vida. Você não é lixo se não casar, só não rolou com você.
Pessoas, querem melhor exemplo de grata com o patriarcado a Marina Ruy Barbosa e sua declaração de que mulheres rodadas não prestam?
ResponderExcluirPegaram a Marina Ruy Barbosa para ser a nova Sandy? Esse filme "artista que trabalha desde criança e, ao chegar à adolescência, TEM DE ser virgem" já rola por aí, pelo menos, desde Angélica... Marina, querida, fica a dica: assim como Angélica e Sandy, essa declaração vai lhe dar muita dor de cabeça quando você tiver seus 20, 25 anos!
ResponderExcluirFábio Mingau apagou os próprios comentários? Masculinistas bradam aos quatro ventos que são homens honrados e blablablá... mas não passam de uns chorões covardes e farsantes que querem desesperadamente que as pessoas os valorizem e os admirem pelo que eles definitivamente não são.
ResponderExcluirComo o assunto acabou indo para a Maria Ruy Barbosa, achei relevante postar aqui a resposta da "vadia" Nana Gouvea. SENSACIONAL! Não seria tão perfeita se não tivesse vindo da Nana!
ResponderExcluirSinto que ainda vai gerar um post
;)
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2013/06/07/nana-gouvea-critica-marina-ruy-barbosa-por-comentario-puritano.htm