Feliz Dia Internacional da Mulher! Vamos ver como a mídia se comporta desta vez, porque ano passado foi um vexame.
Bom, eu nem estou aqui. Estou em Santa Maria, hoje e amanhã, onde darei duas palestras, uma delas em praça pública. Ontem estive em Franca, e na terça, em Ribeirão Preto. E tudo isso é por causa do 8 de março. Fico feliz por estar fazendo a minha parte.
Antes de te dar um presentinho, queria incluir, pra comemorar a data, um trechinho de um livro. Por mais que algumas leitoras estejam torcendo o nariz pra Caitlin Moran, ela é feminista, escreveu um livro que tá vendendo muito bem, e está trazendo meninas novas pro feminismo. Além do mais, ela escreve bem e é divertida. Portanto, deixo aqui um trecho de Como Ser Mulher:
"O que vou pedir que vocês façam é dizer: 'Sou feminista'. De preferência, gostaria que vocês ficassem em pé em cima de uma cadeira e berrassem: 'SOU FEMINISTA' – porque eu acho que tudo fica muito mais emocionante se você sobe em cima de uma cadeira.
É realmente muito importante que você diga essas palavras em voz alta. 'SOU FEMINISTA'.
Se você acha que não consegue -– nem mesmo com os pés no chão -–, eu ficaria preocupada. Essa é provavelmente uma das coisas mais importantes que uma mulher tem a dizer na vida, além de 'Eu te amo', 'É menino ou menina?', e 'Não! Eu mudei de ideia! Não corte a minha franja!'
É realmente muito importante que você diga essas palavras em voz alta. 'SOU FEMINISTA'.
Se você acha que não consegue -– nem mesmo com os pés no chão -–, eu ficaria preocupada. Essa é provavelmente uma das coisas mais importantes que uma mulher tem a dizer na vida, além de 'Eu te amo', 'É menino ou menina?', e 'Não! Eu mudei de ideia! Não corte a minha franja!'
Diga. DIGA! DIGA AGORA! Porque, se você não for capaz, é como se estivesse se inclinando e dizendo: 'Chute a minha bunda e leve o meu voto, por favor, patriarcado'. [...]
Precisamos retomar a palavra 'feminismo'. Precisamos muito, mas muito mesmo pegar de volta a palavra 'feminismo'. Quando aparecem estatísticas dizendo que apenas 29% das mulheres norte-americanas se descrevem como feministas -– e apenas 42% das inglesas -– [notinha minha: 31% das brasileiras], eu penso: o que vocês acham que feminismo é, moças? Que parte da 'liberação das mulheres' não é para vocês? Será que é o direito de votar? De não ser uma posse do marido? A campanha por equivalência salarial? A música 'Vogue', da Madonna? As calças jeans? Será que todas essas coisas IRRITAM VOCÊ? Ou será que você só ESTAVA BÊBADA NA HORA DA PESQUISA?" (Como Ser Mulher 62-8).
Precisamos retomar a palavra 'feminismo'. Precisamos muito, mas muito mesmo pegar de volta a palavra 'feminismo'. Quando aparecem estatísticas dizendo que apenas 29% das mulheres norte-americanas se descrevem como feministas -– e apenas 42% das inglesas -– [notinha minha: 31% das brasileiras], eu penso: o que vocês acham que feminismo é, moças? Que parte da 'liberação das mulheres' não é para vocês? Será que é o direito de votar? De não ser uma posse do marido? A campanha por equivalência salarial? A música 'Vogue', da Madonna? As calças jeans? Será que todas essas coisas IRRITAM VOCÊ? Ou será que você só ESTAVA BÊBADA NA HORA DA PESQUISA?" (Como Ser Mulher 62-8).
Ha ha, ela é muito fofa! Convenhamos que esse trecho é irrepreensível, vai. Então é isso, gente. O mínimo que você que ainda não se assumiu feminista pode fazer hoje é dizer SOU FEMINISTA. Eu nem ligo se você não subir numa cadeira. Porque hoje não é dia de receber parabéns e rosas. É um dia de luta. De celebrar conquistas. De discutir tudo que ainda precisa ser feito.
Eu finalmente, até que enfim, aleluia, darei um presente a você. Uma coisa que talvez um entre dez emails que eu recebo pede: sugestões de leitura feminista.
Antes de mais nada, muitas de vocês provavelmente já conhecem todos esses livros, e talvez já tenham lido a maior parte. Mas este post de hoje é principalmente pras centenas de leitorxs jovens que vem a este bloguinho. E que não se sentem feministas o bastante por não terem lido alguma teoria.
Pra começar, alguns clássicos absolutos do feminismo, em português, em PDF. O que mais você pode querer? É só clicar e começar a ler ou reler (peguei boa parte deles do Livros Feministas):
Um Teto Todo Seu, de Virginia Woolf (1929). Escritoras mulheres combatem o patriarcado.
Um Teto Todo Seu, de Virginia Woolf (1929). Escritoras mulheres combatem o patriarcado.
O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir (1949). "Não se nasce mulher, torna-se mulher". Dividido em duas partes. O segundo volume está aqui.
A Mística Feminina, de Betty Friedan (1963). O livro que revolucionou os EUA está comemorando meio século este ano. Mesmo datado em alguns momentos (o que é inevitável), continua sendo importantíssimo pra história.
Política Sexual, de Kate Millett (1969). Considerado por muitxs o primeiro livro de crítica literária feminista. É bem acadêmico.
A Mulher Eunuco, de Germaine Greer (1971). Clássico da segunda onda feminista, importante para entender a misoginia.
Against Our Will: Men, Women and Rape, de Susan Brownmiller (1975). Um livro poderoso (em inglês) sobre a cultura de estupro. Pelo menos o atendimento às sobreviventes tá melhor hoje que naquela época.
A Mulher Eunuco, de Germaine Greer (1971). Clássico da segunda onda feminista, importante para entender a misoginia.
Against Our Will: Men, Women and Rape, de Susan Brownmiller (1975). Um livro poderoso (em inglês) sobre a cultura de estupro. Pelo menos o atendimento às sobreviventes tá melhor hoje que naquela época.
Gordura é uma Questão Feminista, de Susie Orbach (1978). Uma proposta libertadora para aceitar seu próprio corpo.
Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity, de Judith Butler (1990). Apesar de difícil de ler, Butler é fundamental (existe uma tradução brasileira publicada em 2008 chamada Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade, mas não sei se tem link).
Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity, de Judith Butler (1990). Apesar de difícil de ler, Butler é fundamental (existe uma tradução brasileira publicada em 2008 chamada Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade, mas não sei se tem link).
Backlash: O Contra-Ataque na Guerra Não Declarada contras as Mulheres, de Susan Faludi (1991). Um livro incrível e muito bem escrito sobre a reação conservadora ao feminismo nos anos 1980, contra-ataque que continua até hoje.
O Mito da Beleza: Como as Imagens de Beleza são Usadas contra as Mulheres, de Naomi Wolf (1992). Faça as pazes com seu corpo. É uma das primeiras coisas que você tem que fazer. Este é o tipo de livro que muda sua vida.
Memórias da Transgressão: Momentos da História da Mulher do Século XX, de Gloria Steinem (1995). A lendária fundadora da primeira revista feminista, a Ms., fala de tudo um pouco.
Feminism is for Everybody: Passionate Politics, de bell hooks (2000). Não encontrei este livrinho em português. Uma narrativa inspiradora da mais inclusiva das feministas.
Feminism is for Everybody: Passionate Politics, de bell hooks (2000). Não encontrei este livrinho em português. Uma narrativa inspiradora da mais inclusiva das feministas.
Esses livros talvez não sejam tão clássicos quanto os de antes, mas são muito relevantes mesmo assim. É só clicar.
Our Blood: Prophecies and Discourses on Sexual Politics, da feminista radical Andrea Dworkin (1976)
Our Blood: Prophecies and Discourses on Sexual Politics, da feminista radical Andrea Dworkin (1976)
Um Amor Conquistado: O Mito do Amor Materno, de Elisabeth Badinter (1980)
Eu Nem Imaginava que Era Estupro, de Robin Warshaw (1988)
Eu Nem Imaginava que Era Estupro, de Robin Warshaw (1988)
Gênero, Corpo, Conhecimento, de Alison M. Jaggar e Susan R. Bordo (1988)
Teoria Feminista e as Filosofias do Homem, de Andrea Nye (1988)
Os Monólogos da Vagina, de Eve Ensler (1996). Um espetáculo teatral sobre muitas vaginas. Tem um vídeo legendado.
Gênero e Ciências Humanas: Desafio às Ciências desde a Perspectiva das Mulheres, de Neuma Aguiar (org) (1997)
O Feminismo Mudou a Ciência?, de Londa Schiebinger (1999)
Manifiesto contra-sexual, de Beatriz Preciado (2002). Escrevi sobre ela.
Feminismo e Luta das Mulheres, da Sempreviva Organização Feminista (Miriam Nobre, Nalu Faria, Maria Lúcia Silveira, 2005)
Feminist Thought: A More Comprehensive Introduction, de Rosemarie Tong (2009)
The Industrial Vagina: The Political Economy of the Global Sex Trade, de Sheila Jeffreys (2009)
Manifiesto contra-sexual, de Beatriz Preciado (2002). Escrevi sobre ela.
Feminismo e Luta das Mulheres, da Sempreviva Organização Feminista (Miriam Nobre, Nalu Faria, Maria Lúcia Silveira, 2005)
Feminist Thought: A More Comprehensive Introduction, de Rosemarie Tong (2009)
The Industrial Vagina: The Political Economy of the Global Sex Trade, de Sheila Jeffreys (2009)
Vamos Aprender a Votar? Guia Feminista para as Eleições (2012)
Muitos outros links
Neste ótimo tumblr, Feminismo Muda o Mundo, tem muito mais livros pra baixar. Inclusive mais dois da bell hooks, We Real Cool: Black Men and Masculinity, e Where We Stand: Class Matters.
Outro tumblr fantástico é o Biblioteca Comunitária: são dezenas de títulos, não apenas feministas, mas necessários, como vários de Foucault e de Edward Said. Aqui, por exemplo, tem Are Prisons Obsolete?, da Angela Davis. E um monte da Butler.
Você também pode baixar vários títulos na Biblioteca Feminista. Além disso, a Universidade Livre Feminista oferece cursos grátis pra fazer online.
Acabei de conhecer este blog, Ensaios de Gênero, tocado por três rapazes feministas. Além de ter excelentes discussões acadêmicas, traz também links para vários periódicos.
O Feminismo na Rede traz uma lista intensa de títulos divididos por área. Não tem links, mas as sugestões já valem a pena.
Olhando algumas dissertações e teses expostas no Instituto de Estudos de Gênero, é possível ter uma ideia do que vem sendo produzido no Brasil. O IEG também disponibiliza alguns livros eletrônicos prontinhos pra ler.
Ah, e seus problemas acabaram. A Oxford recomenda bibliografias para várias áreas, inclusive Gênero e Infância, Gênero e Antropologia, Gênero e Sexo, Gênero e Crime, Relações Internacionais, Gênero e Mídia, e por aí vai.
A seguir ofereço uma lista de vários outros livros que devem ser lidos, mas não os encontrei disponíveis online. Por favor, se você encontrar, deixe o link nos comentários.
Margaret Mead, Sex and Temperament in Three Primitive Societies (1963). Outro clássico que completa meio século. Texto clássico da antropologia que mostra que papéis de gênero são socialmente construídos. Só encontrei isso online.
Maya Angelou, I Know Why the Caged Bird Sings (1969)
Hélène Cixous, "O Riso da Medusa" (manifesto de 1975 sobre escrita feminina; aqui, vários artigos dedicados ao texto)
Laura Mulvey, "Prazer Visual e Cinema Narrativo" (artigo de 1975 que segue sendo referência em teoria do cinema; só encontro uma entrevista dela)
Shulamith Firestone, A Diáletica do Sexo, um Estudo da Revolução Feminista (1976)
Monique Wittig, "O Pensamento Hétero" (artigo que na realidade é um discurso de 1978)
Judith Fetterley, The Resisting Reader: A Feminist Approach to American Fiction (1978)
Sandra Gilbert e Susan Gubar, The Madwoman in the Attic: The Woman Writer and the Nineteenth-century Literary Imagination (1979)
Carol Gilligan, "In a Different Voice: Women`s Conceptions of Self and of Morality" (1982), artigo clássico sobre diferenças psicológicas entre meninos e meninas.
Donna Haraway, Manifesto Ciborgue: Ciência, Tecnologia e Feminismo Socialista no Final do Século XX (1985). Em outras palavras, como seria viver num mundo pós-gênero?
Joan Scott, "Gênero: Uma Categoria Útil de Análise Histórica" (artigo de 1986 que discute a dualidade entre sexo e gênero) e Gender and the Politics of History (1999)
Gloria Anzaldúa, Borderlands/La Frontera: The New Mestiza (1987)
Raewyn Connell, Gender and Power (1987)
Teresa de Lauretis, Technologies of Gender: Essays on Theory, Film, and Fiction (1987) e The Practice of Love: Lesbian Sexuality and Perverse Desire (1994)
Emily Martin, "The Egg and the Sperm: How Science Has Constructed a Romance Based on Stereotypical Male-Female Roles" (1991) (artigo clássico de biologia)
Gloria Hull e Patricia Bell (org), But Some of Us are Brave: All the Women are White, All the Blacks are Men (1993)
Maria Amélia de Almeida Teles, Breve História do Feminismo no Brasil (1993)
Susan Okin, "Gênero, o Público e o Privado" (artigo de 1998 sobre a esfera pública e privada para cada gênero)
Pierre Bourdieu, A Dominação Masculina (1999)
Cecília Toledo, Mulheres: O Gênero nos Une, a Classe nos Divide (2001). Tem uma resenha sobre o livro aqui.
Elaine Showalter, Inventing Herself: Claiming a Feminist Intellectual Heritage (2001)
Tania Navarro Swain, “Feminismo e Representações Sociais: A Invenção das Mulheres nas Revistas 'Femininas'” (artigo de 40 páginas de 2001) e Feminismo: Teorias e Perspectivas (2000)
Heleieth Saffioti, Gênero, Patriarcado, Violência (2004)
Elisabeh Badinter, Rumo Equivocado: O Feminismo e Alguns Destinos (2005)
Michelle Perrot, As Mulheres ou Silêncio da História (2005)
Susana Funck e Nara Widholzer (org), Gênero em Discursos da Mídia (2005)
Ana Maria Gonçalves, Um Defeito de Cor (2006), livro de 950 páginas sobre a escravidão no Brasil.
Marina Castañeda, O Machismo Invisível (2006). Estou lendo e amando! Prometo escrever sobre ele. Aqui tem alguns fichamentos.
Jacklyn Friedman e Jessica Valenti (org), Yes Means Yes: Visions of Female Sexual Power and a World without Rape (2008)
Carolina dos Santos de Oliveira, Adolescentes Negras: Relações Raciais, Discurso e Mídia Impressa Feminina na Contemporaneidade Brasileira (2010) (guest post aqui)
Laurie Penny, Meat Market: Female Flesh under Capitalism (2011)
Mary Del Priori, Histórias Íntimas: Sexualidade e Erotismo na História do Brasil (2011)
Tina Chanter, Gênero: Conceitos-Chave em Filosofia (2011)
Amana Mattos, Liberdade, um Problema do nosso Tempo: os Sentidos da Liberdade para os Jovens no Contemporâneo (2012) (guest post aqui)
Cordelia Fine, Homens Não São de Marte, Mulheres Não São de Vênus (2012), mostra que não há diferença entre o cérebro de homens e de mulheres (resenha).
Regina Navarro Lins, A Cama na Varanda (1997) e O Livro do Amor (2012)
Saiu uma lista da revista feminista Ms. sobre os cem melhores livros de não-ficção de todos os tempos. Claro, ela é totalmente centrada nos EUA, e celebra (merecidamente) a bell hooks -- três de seus livros ficaram entre os dez melhores. Decidi botar a mão no bolso (o que vai contra meus princípios pão-durísticos!) e adquirir algumas dessas obras. Os que eu comprei:
Robin Morgan (org), Sisterhood is Powerful: An Anthology of Writings from the Women's Liberation Movement (1970)
Gerda Lerner, The Creation of Patriarchy (1987)
Gloria Steinem, Outrageous Acts and Everyday Rebellion (1995)
Barbara Ehreinreich, Nickel and Dimed: On (Not) Getting by in America (2001). Já li e é muito bom, só que um pouco repetitivo. Mostra que na terra das oportunidades não é possível sobreviver tendo só um emprego que paga salário mínimo.
Ariel Levy, Female Chauvinist Pigs: Women and the Rise of Raunch Culture (2006)
Julia Serano, Whipping Girl: A Transsexual Woman on Sexism and the Scapegoating of Femininity (2007), livro referência sobre transfeminismo.
Gail Collins, When Everything Changed: The Amazing Journey of American Women from 1960 to the Present (2010)
Jennifer L. Polzner, Reality Bites Back: The Troubling Truth about Guilty Pleasure TV (2010)
Peggy Orenstein, Cinderella Ate My Daughter: Dispatches from the Front Lines of the New Girlie-Girl Culture (2011), tô lendo e adorando; é delicioso.
Eu compro bastante livro usado da Estante Virtual. Vem em ótimo estado e chega rápido. Mas pra livro que não tem no Brasil, recomendo que você, antes de comprar, sempre compare os preços com o Book Depository. A vantagem é que o site britânico não cobra taxa de entrega.
Ah, pouco a ver com o resto do post, mas talvez alguns de vocês se interessem: uma lista com os dez melhores romances LGBT em língua inglesa.
Enfim, é isso, gente. Como você pode ver, eu praticamente não incluí nada de ficção, apenas não-ficção. Ficção vai ter que ficar pruma outra lista.
Obviamente, esta lista está loooonge de esgotar qualquer assunto. Apenas incluí alguns livros que já li ou que, assim que eu tiver tempo pra respirar, espero poder ler. Por favor, contribua com mais sugestões (e links) na caixa de comentários. Trolls, não encham, que a conversa ainda não chegou no estábulo.
Fecho com uma frase da História do Rei Transparente, da espanhola Rosa Monteiro: “Sou mulher e escrevo. Sou plebeia e sei ler. Nasci serva e sou livre”.
Update em setembro 2014: Aqui tem mais um ótimo lugar pra encontrar livros feministas. Centenas de títulos, a maior parte em inglês e espanhol.
Update em outubro 2015: 18 textos essenciais para estudos e pesquisas sobre gênero e sexualidade. Para ler e baixar!
Muitos outros links
Neste ótimo tumblr, Feminismo Muda o Mundo, tem muito mais livros pra baixar. Inclusive mais dois da bell hooks, We Real Cool: Black Men and Masculinity, e Where We Stand: Class Matters.
Outro tumblr fantástico é o Biblioteca Comunitária: são dezenas de títulos, não apenas feministas, mas necessários, como vários de Foucault e de Edward Said. Aqui, por exemplo, tem Are Prisons Obsolete?, da Angela Davis. E um monte da Butler.
Você também pode baixar vários títulos na Biblioteca Feminista. Além disso, a Universidade Livre Feminista oferece cursos grátis pra fazer online.
Acabei de conhecer este blog, Ensaios de Gênero, tocado por três rapazes feministas. Além de ter excelentes discussões acadêmicas, traz também links para vários periódicos.
O Feminismo na Rede traz uma lista intensa de títulos divididos por área. Não tem links, mas as sugestões já valem a pena.
Olhando algumas dissertações e teses expostas no Instituto de Estudos de Gênero, é possível ter uma ideia do que vem sendo produzido no Brasil. O IEG também disponibiliza alguns livros eletrônicos prontinhos pra ler.
Ah, e seus problemas acabaram. A Oxford recomenda bibliografias para várias áreas, inclusive Gênero e Infância, Gênero e Antropologia, Gênero e Sexo, Gênero e Crime, Relações Internacionais, Gênero e Mídia, e por aí vai.
A seguir ofereço uma lista de vários outros livros que devem ser lidos, mas não os encontrei disponíveis online. Por favor, se você encontrar, deixe o link nos comentários.
Margaret Mead, Sex and Temperament in Three Primitive Societies (1963). Outro clássico que completa meio século. Texto clássico da antropologia que mostra que papéis de gênero são socialmente construídos. Só encontrei isso online.
Maya Angelou, I Know Why the Caged Bird Sings (1969)
Hélène Cixous, "O Riso da Medusa" (manifesto de 1975 sobre escrita feminina; aqui, vários artigos dedicados ao texto)
Laura Mulvey, "Prazer Visual e Cinema Narrativo" (artigo de 1975 que segue sendo referência em teoria do cinema; só encontro uma entrevista dela)
Shulamith Firestone, A Diáletica do Sexo, um Estudo da Revolução Feminista (1976)
Monique Wittig, "O Pensamento Hétero" (artigo que na realidade é um discurso de 1978)
Judith Fetterley, The Resisting Reader: A Feminist Approach to American Fiction (1978)
Sandra Gilbert e Susan Gubar, The Madwoman in the Attic: The Woman Writer and the Nineteenth-century Literary Imagination (1979)
Carol Gilligan, "In a Different Voice: Women`s Conceptions of Self and of Morality" (1982), artigo clássico sobre diferenças psicológicas entre meninos e meninas.
Donna Haraway, Manifesto Ciborgue: Ciência, Tecnologia e Feminismo Socialista no Final do Século XX (1985). Em outras palavras, como seria viver num mundo pós-gênero?
Joan Scott, "Gênero: Uma Categoria Útil de Análise Histórica" (artigo de 1986 que discute a dualidade entre sexo e gênero) e Gender and the Politics of History (1999)
Gloria Anzaldúa, Borderlands/La Frontera: The New Mestiza (1987)
Raewyn Connell, Gender and Power (1987)
Teresa de Lauretis, Technologies of Gender: Essays on Theory, Film, and Fiction (1987) e The Practice of Love: Lesbian Sexuality and Perverse Desire (1994)
Emily Martin, "The Egg and the Sperm: How Science Has Constructed a Romance Based on Stereotypical Male-Female Roles" (1991) (artigo clássico de biologia)
Gloria Hull e Patricia Bell (org), But Some of Us are Brave: All the Women are White, All the Blacks are Men (1993)
Maria Amélia de Almeida Teles, Breve História do Feminismo no Brasil (1993)
Susan Okin, "Gênero, o Público e o Privado" (artigo de 1998 sobre a esfera pública e privada para cada gênero)
Pierre Bourdieu, A Dominação Masculina (1999)
Cecília Toledo, Mulheres: O Gênero nos Une, a Classe nos Divide (2001). Tem uma resenha sobre o livro aqui.
Elaine Showalter, Inventing Herself: Claiming a Feminist Intellectual Heritage (2001)
Tania Navarro Swain, “Feminismo e Representações Sociais: A Invenção das Mulheres nas Revistas 'Femininas'” (artigo de 40 páginas de 2001) e Feminismo: Teorias e Perspectivas (2000)
Heleieth Saffioti, Gênero, Patriarcado, Violência (2004)
Elisabeh Badinter, Rumo Equivocado: O Feminismo e Alguns Destinos (2005)
Michelle Perrot, As Mulheres ou Silêncio da História (2005)
Susana Funck e Nara Widholzer (org), Gênero em Discursos da Mídia (2005)
Ana Maria Gonçalves, Um Defeito de Cor (2006), livro de 950 páginas sobre a escravidão no Brasil.
Marina Castañeda, O Machismo Invisível (2006). Estou lendo e amando! Prometo escrever sobre ele. Aqui tem alguns fichamentos.
Jacklyn Friedman e Jessica Valenti (org), Yes Means Yes: Visions of Female Sexual Power and a World without Rape (2008)
Carolina dos Santos de Oliveira, Adolescentes Negras: Relações Raciais, Discurso e Mídia Impressa Feminina na Contemporaneidade Brasileira (2010) (guest post aqui)
Laurie Penny, Meat Market: Female Flesh under Capitalism (2011)
Mary Del Priori, Histórias Íntimas: Sexualidade e Erotismo na História do Brasil (2011)
Tina Chanter, Gênero: Conceitos-Chave em Filosofia (2011)
Amana Mattos, Liberdade, um Problema do nosso Tempo: os Sentidos da Liberdade para os Jovens no Contemporâneo (2012) (guest post aqui)
Cordelia Fine, Homens Não São de Marte, Mulheres Não São de Vênus (2012), mostra que não há diferença entre o cérebro de homens e de mulheres (resenha).
Regina Navarro Lins, A Cama na Varanda (1997) e O Livro do Amor (2012)
Saiu uma lista da revista feminista Ms. sobre os cem melhores livros de não-ficção de todos os tempos. Claro, ela é totalmente centrada nos EUA, e celebra (merecidamente) a bell hooks -- três de seus livros ficaram entre os dez melhores. Decidi botar a mão no bolso (o que vai contra meus princípios pão-durísticos!) e adquirir algumas dessas obras. Os que eu comprei:
Robin Morgan (org), Sisterhood is Powerful: An Anthology of Writings from the Women's Liberation Movement (1970)
Gerda Lerner, The Creation of Patriarchy (1987)
Gloria Steinem, Outrageous Acts and Everyday Rebellion (1995)
Barbara Ehreinreich, Nickel and Dimed: On (Not) Getting by in America (2001). Já li e é muito bom, só que um pouco repetitivo. Mostra que na terra das oportunidades não é possível sobreviver tendo só um emprego que paga salário mínimo.
Ariel Levy, Female Chauvinist Pigs: Women and the Rise of Raunch Culture (2006)
Julia Serano, Whipping Girl: A Transsexual Woman on Sexism and the Scapegoating of Femininity (2007), livro referência sobre transfeminismo.
Gail Collins, When Everything Changed: The Amazing Journey of American Women from 1960 to the Present (2010)
Jennifer L. Polzner, Reality Bites Back: The Troubling Truth about Guilty Pleasure TV (2010)
Peggy Orenstein, Cinderella Ate My Daughter: Dispatches from the Front Lines of the New Girlie-Girl Culture (2011), tô lendo e adorando; é delicioso.
Eu compro bastante livro usado da Estante Virtual. Vem em ótimo estado e chega rápido. Mas pra livro que não tem no Brasil, recomendo que você, antes de comprar, sempre compare os preços com o Book Depository. A vantagem é que o site britânico não cobra taxa de entrega.
Ah, pouco a ver com o resto do post, mas talvez alguns de vocês se interessem: uma lista com os dez melhores romances LGBT em língua inglesa.
Enfim, é isso, gente. Como você pode ver, eu praticamente não incluí nada de ficção, apenas não-ficção. Ficção vai ter que ficar pruma outra lista.
Obviamente, esta lista está loooonge de esgotar qualquer assunto. Apenas incluí alguns livros que já li ou que, assim que eu tiver tempo pra respirar, espero poder ler. Por favor, contribua com mais sugestões (e links) na caixa de comentários. Trolls, não encham, que a conversa ainda não chegou no estábulo.
Fecho com uma frase da História do Rei Transparente, da espanhola Rosa Monteiro: “Sou mulher e escrevo. Sou plebeia e sei ler. Nasci serva e sou livre”.
Update em setembro 2014: Aqui tem mais um ótimo lugar pra encontrar livros feministas. Centenas de títulos, a maior parte em inglês e espanhol.
Update em outubro 2015: 18 textos essenciais para estudos e pesquisas sobre gênero e sexualidade. Para ler e baixar!
Cara, lola, EU TE AMO!!!
ResponderExcluirQue post fantástico!!!!!!!!
:*
Campanha Venish especial para o dia da mulher: http://vanishsimsra.com.br/?utm_source=google&utm_medium=banner-300x250&utm_content=youtube&utm_campaign=especial-dia-da-mulher#/home
ResponderExcluirUau! Já tá favoritado esse link!!
ResponderExcluirLivros em PDF! Não podia ser mais perfeito! Lola, muito obrigada!!!
ResponderExcluirAliás, sei que já sabe disso, mas nunca é demais reforçar: se a Caitlin Moran está gerando novas adesões ao feminismo, o que dizer então de você! Acompanho esse blog já há alguns anos, e nem sei dizer o QUANTO a minha cabeça mudou desde então. O quanto aprendi por aqui. Por isso, hoje mais do que nunca, parabéns, Lola, por fazer a diferença, para mim e para tantas pessoas, parabéns! Parabéns pela sua luta, e para tod@s que, como você, se dedicam a fazer desse mundo um lugar melhor.
Nossa Lola, muito obrigada pelo compartilhamento. Isso é muito generoso e vai me ajudar muito, em particular, pq pretendo falar sobre feminismo na minha mono da pós graduação. E tava pensando em te pedir ajuda com leituras. obrigada mesmo e vamos à luta e não vamos esmorecer!
ResponderExcluirLorena.
Um beijo feminista pra vc, sua linda!!!!
ResponderExcluirA-DO-REI o presente, era isto que eu estava precisando!!!
Que legal!! =D
ResponderExcluirHj li algo escrito por um rapaz... E que me deixou contentíssima... Indico para as feministas que passam por aqui... http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/03/08/no-dia-da-mulher-desejo-uma-sociedade-menos-idiota/
ResponderExcluirÉ livro para ler o resto da vida.
ResponderExcluirDá para montar uma bela biblioteca com o que tem aí.
Tenho que admitir que desses todos, o único que li foi o Machismo Invisível e recomendo muito.
Tentarei ler mais alguns.
O sistema faz várias datas serem comerciais, logo o "dia internacional da mulher" não chega a ser uma. É muito estranho, logo mulheres que são consumistas.
ResponderExcluirBom, eu já me assumi feminista, mas faço questão de reafirmar: SOU FEMINISTA!
ResponderExcluirE quanto às sugestões para o post dos papelões publicitários, segue este absurdo:
http://www.facebook.com/photo.php?fbid=346300162146701&set=a.247634462013272.49596.247632722013446&type=1&ref=nf
Nossa, Lola!Acompanho o seu blog há dois anos e nunca fiz nenhum comentário, mas não poderia deixar de agradecer por este post!É muito conhecimento num post só!Obrigada e aguardo ansiosa a próxima lista.
ResponderExcluirLola, casa comigo?
ResponderExcluirFeliz dia da mulher pra você, Lola! Obrigada pela sua luta.
ResponderExcluirSobre o post sobre os papelões dos publicitários, já sugiro este do VANISH sobre os direitos da mulher: http://www.youtube.com/watch?feature=trueview-instream&v=c0e1YCWyE6I
Agora, uma campanha MUITO BOA é esta que trata da VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA e tem como base o fato de que: “Uma em cada quatro mulheres brasileiras que deram a luz em hospitais públicos ou privados relatam algum tipo de agressão durante o parto”. Segue o link: http://carlaraiter.com/1em4/
Beijos
Que lindo isso, Lola!
ResponderExcluirE parabéns, não por ter nascido mulher ou por se identificar como mulher, mas por todo o seu trabalho de divulgação do feminismo e de sua luta pelo fim da desigualdade, da opressão e da objetificação da mulher.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLola, vou guardar esse post pra ir lendo! Já li várias coisas daí. A Butler e a Haraway foram importantíssimas pra mim. Obrigada pelo presente.
ResponderExcluirPara aquelas que estão no campo do direito ou do pensamento político, recomendo ainda a Nancy Fraser e a Katherine MacKinnon, ambas americanas.
Outro livro acadêmico que gostaria de indicar é o "Feminism as a Critique", org. Seyla Benhabib e Drucilla Cornell - uma compilação de artigos em maioria relacionados à teoria da democracia, trata de políticas de gênero.
Ah, acho que todas sentimos faltas de uma produção feminista nacional. Indico o História das Mulheres no Brasil da UNESP e Editora Contesto. Acrescento ainda a série "Leituras de Resistência" (só tenho 2 volumes, mas acho que tem mais) da Editora Mulheres.
Por último, sugiro os Cadernos Pagu, uma produção da UNICAMP, que está inteiramente disponível online e costuma trazer publicações muito úteis e interessantes.
Parabéns pela luta, parabéns pelas vitórias, parabéns por continuar.
Lola, adorei o post, adorei o presente, muito obrigada! :)
ResponderExcluirLOla! outro dia te mandei um email pedindo isso :) muito obrigada :D Até to querendo comprar um kindle pra poder poder ler confortávelmente todos os livros feministas <3
ResponderExcluirObrigada, Lola! Muito, muito obrigada! *___*
ResponderExcluirAaah, obrigada, Lola!
ResponderExcluirQuero e preciso ler algumas coisas e sua lista vai ser muito útil.
Há muito tempo quero ler O Mito da Beleza, e acho que vou começar por ele.
Aaah, e coooom certeza vou assistir você ao vivo pela internet.
Ah, e sobre a recomendação da Estante Virtual e do Book Depository, faço minhas as suas palavras: o serviço de ambos é ótimo. Testei os dois e aprovei!
Bjinhos!
Minha nossa, agora só precisa de tempo pra ler tudo!
ResponderExcluirLegal, Lola. Os mais acadêmicos já dei uma lida. Muita coisa pra ler.
ResponderExcluirSó lembrando ao pessoal de Fortaleza que o ato do 8 de março é na Praça do Carmo às 16h. :)
Todo estuprador merecia o mesmo que o safado dda matéria abaixo.
ResponderExcluirO cara invadiu uma casa na Baixada Fluminense aproveitando que o pai de uma menina de 12 anos tinha ido trabalhar e a garota cortou ele todo durante a tentativa de estupro. BEM FEITO!
Link abaixo:
http://brasil.vamoscurtir.com.br/2013/03/me-arrependo-de-ele-nao-ter-ficado-pior.html
Livros, livros everywhere! Adoooro!
ResponderExcluirValeu, Lola!
E sobre as "homenagens" desse ano... se segura, porque parece que sempre pode ficar pior.
Obrigada mesmo Lola por todas essas sugestões e pelos links!
ResponderExcluirCada dia que passa eu me inspiro mais em você e consigo me libertar do machismo.
Graças a você hoje posso subir na até na mesa e gritar "SOU FEMINISTA E SOU VADIA".
Conheci muitas lutas, muitas vitórias e percebi a grande hipocrisia que é o 8 de março.
Obrigada mesmo!
"Se ser vadia é ser livre, somos todas vadias"
Eu realmente estava precisando de ferramentas de educação... muito obrigado Lola!
ResponderExcluir...ontem acabei de ler O Mito da Beleza e estou maravilhado. Só li mesmo porque você disse "o que você está esperando, é de graça. Só baixar e ler." A expressão funcionou.
Só tenho a agradecer.
Lola, Lola, Lola!!! Obrigada pelos presentes!! Maravilhosos... Espero que um dia a minha dissertação de mestrado esteja entre essas obras e que contribua para um mundo melhor! Assim como vc tem feito! :)
ResponderExcluirObrigada mesmo!
Post lindo e imperdível, Lola! Incrível como até hoje eu tenho dificuldade em dizer "Sou feminista" dependendo do público e do lugar. É tanta gente que não compreende o significado do feminismo que, muitas vezes, sinto um misto de medo e preguiça de me declarar feminista. Ou vou ser mal compreendida ou vou ter que ficar explicando... Mas, to cada dia mais corajosa e consciente da necessidade de me declarar sim, mesmo que dê muito trabalho.
ResponderExcluirParabéns para você e para todxs xs feministas que comentam e colaboram neste bloguinho querido!!!
Tem uma frase que nunca entendi no feminismo: "Feminismo é a ideia 'radical' de que mulheres são gente."
ResponderExcluirSerá que alguém pode me explicar?
Quer dizer que mulheres não são gente?
EU SOU FEMINISTA!!!
ResponderExcluirJamais sentirei vergonha em defender meus direitos e minha autonomia. Espero que com muita luta todas as mulheres também possam escolher dizer isso.
Ah, obrigada pelos presentes!
Que presente ótimo. Já estou baixando.
ResponderExcluirNesse dia Internacional das Mulheres, quero te agradecer, querida Lola, por ter sido e continuar sendo tão influente e tão esclarecedora pra mim! Já me considerava feminista.. mas depois de conhecer o seu blog, só tenho orgulho de ser feminista e fazer parte desse grupo de pessoas tão inteligentes e sensatas!
ResponderExcluirObrigada
Muito obrigada, Lola, isso é um tesouro.
ResponderExcluirLeila
Como uma piada de mal gosto, no dia internacional da mulher acordo com a notícia de uma pena infima para mais um assassinato de mulher: o caso Elisa Samúdio.
ResponderExcluirFica cada vez mais claro q no Brasil, o crime, de qlqr tipo e em especial contra a mulher, compensa e muito.
O q me fica é a pergunta: P q a pena desse caso foi tão pequena? SErá por conta da vida desregrada da vítima? SErá q tb não houve uma condenação da vítima? Será q se fosse um homem ou uma dita "moça de família" a vida teria mais valor e a pena maior?
O caso Eloá rendeu uma pena, muito merecida, de mais de 90 anos. O caso Elisa, onde tb houve carcere privado e o agravante do sumiço do corpo, a pena foi de 22 anos...
O mais triste é saber q nos dois casos, os criminosos nem vão esquentar lugar na cadeia. Vão sair com só um terço de pena cumprida ou até menos.
que belo presente, Lola!
ResponderExcluirrecomendo muito a leitura dos livros da Isabel Allende, ela é sensacional, uma grande autora! Entre os meus preferidos dela está O Retrato em Sépia, maravilhoso =)
Um feliz dia da mulher pra você, independente se com ou sem chocolates ou flores, mas com muita vontade de lutar por um mundo melhor e, consequentemente, igualitário!
Beijos
Lola, adorei o post! ^^^^
ResponderExcluirObrigada =)
Lola, ótimo post! Isso sim que é um presentão. Vou recomendar esse post para algumas pessoas, e vou aproveitar para ler mais alguns. Brigadão <3
ResponderExcluirAlguém sabe de livros feministas voltados para o público infantil e adolescente? Quadrinhos seriam bacanas também (tem a Mafalda, mas a linguagem é mais voltada para o público adulto). Eu só vi algumas matérias soltas e em inglês...
Oi Lola,
ResponderExcluirVocê já viu os comentários dessa matéria no G1?
http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/03/mulher-nao-tem-que-ganhar-parabens-mas-respeito-diz-ministra.html
E em relação ao post, tá ótimo, como sempre!
Inspiração pro dia da mulher: <3
ResponderExcluirhttp://sigfodr.tumblr.com/post/44867846844/a-version-for-tumblr-that-can-be-read-without
Lola, aqui http://diadamulhernaoe.tumblr.com/
ResponderExcluirtem uma coletanea das publicidades do dia da mulher!
Lola,
ResponderExcluirrecebi hoje uma tirinha que é uma "puxadinha de orelha" mas eu acho que muitas de nós podemos refletir. Comecei a ler "O Mito da Beleza Feminina", e acho que esta tirinha reflete bem como muitas de nós se deixam manipular pela indústria do cosmético, da moda e da beleza. Acredito que muitas vezes algumas mulheres contribuem para fortalecer o machismo na nossa sociedade. E, falando do livro da Moran, alguém comentou que discordava dela sobre prostitutas e strepears. Pois eu concordo com a Caitlin, elas estão queimando o nosso filme. Se você tiver interesse, segue o link: http://www.marrymelody.com.br/2012/03/tirinha-goiaba-com-framboesa-092012-dia.html
Valeria
ResponderExcluirDesculpa ai, mas quem queima nosso filme eh o patriarcado. Nao da p querer liberdade p mulher e condenar a pratica de algumas delas. Eh liberdade soh ate o ponto q vc acha bonito? Eh exatamente o que os fundamentalistas fazem, oh q num grau maior.
Eu aprendi o que é feminismo com ela, e com esse livro: STUDART, Heloneida. "Mulher, objeto de cama e mesa". Vozes/Cosmovisão, 1976. http://pt.scribd.com/doc/56620190/Mulher-objeto-de-cama-e-mesa-Heloneida-Studart-Vozes-cosmovisao-no-6
ResponderExcluirFantástico isso =)
ResponderExcluirEu sou uma ignorante nesses livros, vou começar a ler ^^
Eu já tava para pegar Histórias Íntimas e já li as Mulheres de Cabul, bom livro para conhecer a sua realidade.
Vou guardar com carinho esse post =]
Lolinha, adorei o presente!
ResponderExcluirSe você quiser ver isto, pode considerar um presente também: eu gritei SOU FEMINISTA! aqui, ó:
http://luciana-guerra.blogspot.com.br/
Oi Lola, vim aqui para falar da campanha Vanish para o dia da mulher, pois fui surpreendida por um video no youtube e me senti ofendida. Já escrevi pra eles, mas se outras leitoras pudessem escrever algo. Acabei de ver que outra pessoa já postou aqui algo sobre o assunto.
ResponderExcluirBom, mas cheguei aqui e dei de cara com esse post cheio de indicações maravilhosas! E só tenho a agradecer!
Amei o post Lola. :)
ResponderExcluirNa parte de ficção posso recomendar "O conto da Aia", de Margaret Atwood. É uma distopia, que mostra uma sociedade futurista muito machista, que se estrutura baseada em um profundo fundamentalismo religioso. Nessa sociedade a Aia em questão é uma mulher que questiona esta sociedade e luta para escapar deste sistema. Pode ser ficção científica, mas achei esse livro uma excelente crítica ao machismo, pois o que a sociedade do livro é não passa de uma extrapolação de aspectos nocivos da nossa sociedade...
Beijos
Samia
Um post que merece ser favoritado pra poder voltar sempre.
ResponderExcluirVários livros que parecem super interessantes. Eu quero!! *o*
E até tenho algumas sugestões também, só que são livros que ainda estou comprando (uma das vantagens de trabalhar em livraria) e que parecem ótimos.
O "How to suppress women's writing" da Joanna Russ. Ela foi uma escritora de ficção científica e escreveu este livro como um ~guia~ que ensina a diminuir a importância de obras escritas por mulheres.
E o "Ways of seeing" do John Berger, foi uma série de TV da BBC, virou livro e discute o contexto e algumas mensagens ideológicas presentes em obras de arte.
Como disse, ainda não li nenhum, mas parecem maravilhosos, os dois.
maravilha de post, Lola!
ResponderExcluirObrigado pela compilação de livros. Já li alguns, vou buscar os outros.
ResponderExcluirJá estou preparando meu tablet.
Vai ser bom aumentar o conhecimento teórico.
PARABENSSSSSS!
ResponderExcluirA vocês que batalham como ninguem, acordam cedo e dormem de madrugada, se doam com todo carinho e amor do mundo.
Não tenho dúvidas que SEM VOCÊS NÃO VÍVERÍAMOS, e essa é apenas uma singela homenagem a essas pessoas maravilhosas que Deus teve a sabedoria de colocar na nossas vidas...
08 de Março! Feliz dia do PADEIRO!!!
Dia internacional da mulher, 8 de março
ResponderExcluirDia internacional do homem, 1° de Abril.
Vocês acham que é fácil ser homem?
ResponderExcluirEstamos iniciando uma campanha mundial para a instauração do Dia Internacional do Homem.
Já existe dia da mulher, dia do cachorro, dia do bixa, até dia do contador de piada!
Por que não o Dia Internacional do Homem?
Algumas razões para a criação do Dia Internacional do Homem:
****************************************************
1) Quem se veste como pingüim no dia do matrimônio?
R: O humilde homem!
2) Quem é que, apesar do cansaço e do stress, jamais poderá fingir um orgasmo?
R: O sincero homem!
*************************************************
3) Quem é o encarregado de matar as baratas da casa?
R: O valente homem!
*******************************************************
4) Quem é que toma banho e se veste em menos de vinte minutos?
R: O ágil homem!
*****************************************************
5) Quem é que tem de gastar consideráveis somas em dinheiro comprando presentes para o dia das mães, da esposa, da secretária e outras festas tolas inventadas pelo homem para satisfazer à(s) mulher(es)?
R: O dadivoso homem!
********************************************************
6) Quem jamais conta uma mentira, mas apenas versões?
R: O ético homem!
************************************************************
7) Quem é obrigado a ver a mulher com os rolinhos nos cabelos e cara cheia de cremes,etc,etc?
R: O compreensivo homem!
*******************************************************
Quem tem que passar por uma TPM calado todo mês?
R: O calmo homem!
*****************************************************
E mais:
* A tortura de ter que usar terno no verão..
* O suplício de fazer a barba todo dia para agradar sua amada.
* O desespero de uma cueca apertada.
* Viver sob o permanente risco de ter que entrar numa briga.
* Pilotar a churrasqueira nos fins de semana enquanto todas se divertem.
* Ter sempre que resolver os problemas do carro.
* Ter a obrigação de ser um atleta sexual.
* Ter que notar a roupa nova dela.
* Ter que notar que ela mudou de perfume.
* Ter que notar que ela trocou a tintura do cabelo de Imédia 713 para a 731 louro bege salmon plus up light forever. rsss
* Ter que notar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja somente um centímetro.
* Ter que jamais reparar que ela tem um pouco... de celulite.
* Ter que jamais dizer que ela engordou, mesmo que isto seja a pura verdade e que ela parece uma baleia orca ou um bicho em extinção.
* Trabalhar pra cacete em prol de uma família que sempre reclama que você trabalha pra cacete!
E depois as mulheres ainda acham que é fácil ser homem, só porque nós não menstruamos. ..
Caso fosse assim, aí nós seríamos até santificados !
Mulheres não vivemos sem vocês e vivemos para vocês, nos valorizem.
É por tudo isso que estamos lançando a campanha do DIA DO HOMEM o dia 01 de Novembro (DIA DE TODOS OS SANTOS)
PRESENTÃO!!! Muitíssimo obrigada, Lola!! Mas continuo não gostando de Caitlin Moran hahahaha.
ResponderExcluirPara mim o verdadeiro dia internacional da mulher, acontece sempre no Sempre acontece no segundo domingo de maio.
ResponderExcluirNossa Lola,isso foi um bálsamo em meio ao mar de b*osta que foi a net hoje (cada homenagem que mais parecia agressão,fora as agressões escancaradas mesmo,foda)
ResponderExcluirLolíssima adorei os livros, já anotei e começo a ler assim que tiver um tempinho.
ResponderExcluirNunca subi na cadeira hehe mas não perco a oportunidade de dizer que eu sou feminista.
Fabio tentando ser engraçado é cômico igual "A praça é nossa"....
Anon 14:32
ResponderExcluirPois é, tem gente que finge que acha que não pra tirar nossos direitos ou impedir que eles sejam cumpridos.
Eu pessoalmente acho que isso é coisa de gente ressentida e ignorante, e você?
Lola, muito obrigada por esse post. Você é o máximo!
para mim, a mais "preciosa" pérola desse ano foram as "mulheres práticas" da VolksWagen:
ResponderExcluirhttp://www.vw.com.br/pt/servicos/servicos_e_manutencao0/mecanica_inteligenteparamulheres0.html
não foi bem pro DIM, mas deu uma vergonha alheia danada... quando li o link lá no 'machismo chato de cada dia' achei que alguem tava de sacanagem, mas foi sério..
Excelente post, como sempre Lola. Estou sempre aqui lendo e divulgando seu blog. Parabéns pelo seu trabalho. Abraço grandão de fã.
ResponderExcluirBelo Horizonte acabou de anunciar uma medida interessante para proteger mulheres agredidas.
ResponderExcluirAgora o juiz pode determinar que o agressor use tornozeleira eletronica que avisa a policia se chegar muito perto da vítima. A mulher vai ficar com um dispositivo que indica se o homem está próximo, impossibilitando que o agressor persiga no trabalho ou durante um passeio.
Achei interessante, espero que funcione.
Lola, adorei! E esta também é de emocionar:
ResponderExcluirhttp://fotos.noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2013/03/08/conheca-mulheres-que-se-dedicam-a-causas-que-tornam-o-brasil-melhor.htm#fotoNav=12
Valeu mesmo!
Anônimo disse...
ResponderExcluirDia internacional da mulher, 8 de março
Dia internacional do homem, 1° de Abril.
-----------------------------------
Não vejo a menor graça em dizer que 1º de abril é o dia internacional do homem! Por favor né, gente? ¬_¬
LOLA VOCÊ É A MELHOR!
ResponderExcluirDe todos só li O Mito da Beleza e Backlash, vou me aventurar pela sua lista!
Vocês viram o pronunciamento de Dilma agora? Foi bonito.
ResponderExcluir:)
Pessoal, fazia um tempinho que não comentava, mas acho essa notinha importante>> é sobre o final da novela Lado a Lado.
ResponderExcluirBom, os autores declaram a novela como feminista, e foi um excelente folhetim!!! Mas (sempre tem um "mas")... As personagens mulheres mais liberais - diga-se, mais resolvidas sexualmente - que eram exatamente as vilãs, foram castigadas no final - como devem ser, no caso do final feliz. Ok.
Só que ficou um clima de 'mulher livre sexualmente' ser algo ruim. Tanto que, quem acompanhou a novela, pode confirmar esse tom moralista/retrógrado. Tá certo, é uma novela de época, mas... O que tinha de "vadia" pra cá, "vadia" pra lá, "perdão por não ser mais virgem" nos capítulos foram o único ponto ruim da novela.
Bom, fica aí minha observação :-)
Adorei o texto, Lola!!!
Beijos a todas nós pelo dia de hoje!
*Corrigindo comentário.
ResponderExcluirVi o outro post sobre como as propagandas tratam o dia da mulher. Esses portais de notícias e agências de publicidade, sinceramente, não dá pra esperar muita coisa...
No link abaixo até que tem uma reportagem postado em portal de notícias, que aos olhos feministas é só o óbvio, mas pelo menos já é
alguma coisa.
http://www.meionorte.com.br/noticias/geral/mulheres-sao-racionais-dirigem-bem-e-gostam-de-sexo-tanto-quanto-homens-200303.html
Ah! Obrigada pela indicação dos livros!!!
Lola, você é demais! Valeu pelas dicas e pelos pdfs.
ResponderExcluirO Dia do Homem já existe!
ResponderExcluirSério mesmo que as pessoas vem aqui comentar "porque não existe o dia do homem?" sem ao menos ter digitado "dia do homem" no Google antes?
Sério mesmo que existem pessoas tão acomodadas e preguiçosas que não procuram verificar as fontes dos próprios argumentos?
Poxa! Mas vou ser boazinha dessa vez... digitando no Google "dia do homem" (coisa que não vai fazer cair os dedos de ninguém) vemos que o "homem" tem dois dias:
15 de julho - Dia Nacional do Homem
19 de novembro - Dia Internacional do Homem
Se querem um debate sério então que pelo menos deixem a preguiça e a desonestidade intelectual de lado!
Deu até pena do anoni das 18:07 hauauauhahuahuah obrigada por ter me feito rir hoje anoni!
ResponderExcluirSó faltou a trilogia 50 Tons de Cinza!!
ResponderExcluirLola necessária...hehehe
ResponderExcluirLi a lista toda empolgada e ja tratri de salvar esses livros lindos (os acessíveis claro). Presente maravilhoso...obrigadão...
No momento também estou lendo Marina Castañeda,(O Machismo Invisível) supermegaindico, muito bom mesmo, completamente apaixonada :D
Cristiane
Incrível! Muito obrigada <3
ResponderExcluirA D O R O O Mito da Beleza!
ResponderExcluirGostei MUITO também de Memórias da Trangressão, o que me fez entender como a imagem das mulheres é sabotada para não teremos representação forte, além de instigar a competetitividade entre as iguais.
Queria muito O segundo sexo em mãos, mas não encontro em lugar nenhum.
INDICO:
** A POLÍTICA SEXUAL DA CARNE **
De Carol J Adams.
Dani M.
Eu me assumi feminista graças a você, Lolinha!!! Eu te amo muito e obrigada pelo presentão, tem vários títulos aí que eu não conhecia. A luta continua!!!
ResponderExcluirdiscordo, B. de Campos
ResponderExcluirtem um pessoal vilão casto: Carlota, Neusinha, Luzia, Zenaide
e umas mulheres mocinhas mais liberais, como Diva e Jeanette (um pouco a Isabel, quando voltou da França).
3 mães solteiras: Isabel, Diva e Sandra
os vilões costumam ter mais sexo por conta dos contextos de traição e troca de interesses, não por liberdade sexual...
mas os xingos de vadia podiam ter sido evitados, mesmo
Um nome mais apropriado para data seria dia do ódio aos homens.Sério foi só o que vi na TV hoje chauvanismo feminino.
ResponderExcluirEu tb gostei do pronunciamento da Dilma. Primeira vez que um presidente do Brasil fala dessa maneira sobre violência doméstica e da sobre a necessidade de haver igualdade entre os gêneros.
ResponderExcluirLola, você é demais. Leio seu blog há muito tempo, mas nunca vim comentar. Sempre me identifiquei com a causa feminista, mas confesso que tenho pouca leitura sobre o assunto. Obrigada pelas sugestões e por me ajudar a me inserir mais na causa feminista.
ResponderExcluirGente, acabei de me formar em Economia e minha monografia foi sobre desigualdade de gênero. Descobri uma autora interessantíssima chamada Martha Nussbaum, uma filósofa americana parceira do Amartya Sen (um dos idealizadores do IDH) que trata a questão de gênero dentro da teoria de desigualdade de oportunidades que ele formalizou. Um dos livros mais completos dela se chama Women and human development: the capabilities approach e garanto, é uma ótima leitura. Não precisa de maiores conhecimentos em nenhuma área porque ela trata do tema de um jeito muito acessível, a única coisa chata é que não tem tradução para o português. O link que eu usei para download há alguns meses não funciona mais, mas eu tenho uma cópia em pdf aqui e se alguém quiser é só pedir ;D
ResponderExcluirDessa vez a senhora se superou!
ResponderExcluirObrigadaço!
Anônimo das 18:07
ResponderExcluirSinto informar que o Dia Internacional do Homem é 19 de novembro:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_do_Homem
Mas né, eu sei que vc preferiria que fosse no seu aniversário e talz. Por que não pede para a mamãe o papai mandarem uma cartinha para a ONU, pedindo para mudar?
Ana Catarina, eu quero! Mande o pdf pra mim, por favor. Já ouvi falar bem da Martha Nussbaum, mas não li nada dela ainda. Obrigada pela sugestão.
ResponderExcluirFico feliz que vcs gostaram das sugestões. Eu gostaria de separar os livros por área de conhecimento, sabe?
(E não sei quem disse que eu esqueci do Segundo Sexo da Simone: pô, tem até fotinho dos volumes, tem link pro livro em português... Certamente esqueci um montão de gente importante, mas a Beauvoir não!).
Obrigada Lola =*
ResponderExcluirQuerida, MUITO OBRIGADA!!!!! Que post maravilhoso!!! Presentão mesmo!
ResponderExcluirFui abrindo todos que me interessaram, acabei tendo que favoritar o link! Obrigada Lola
ResponderExcluirOh Lola, esse post vale ouro! Sou grata!!!
ResponderExcluirLola!
ResponderExcluirpost mais q oportuno, necessário.
um ótimo presente. obrigada!
um grande abraço pra vc e pra todos os q compreendem (e reconhecem) a importância e a pertinência do feminismo.
Maravilhoso precioso presente Lola!
ResponderExcluirLi o Segundo Sexo aos 17 anos e foi um divisor de águas.
Simone B. gostava de fazer longas caminhadas solitárias para pensar melhor e fruir sua liberdade.
Dói constatar q aqui na "Ilha da Magia" nosso direito fundamental de ir e vir é cerceado...
Me senti maravilhosamente presenteada! Obrigada Lola!
ResponderExcluirBeijosssss
Lola, gostaria de saber o que vc achou da entrevista da Léa T para o fantástico.
ResponderExcluirSei que o tema já passou, mas algumas dicas de livros deste post me fizeram lembrar desta história...vc chegou a ver a entrevista? Gostaria de saber o que achou.
Beijos, sua fã.
Lola, que presente maravilhoso. Não tenho vocabulário o suficiente para agradecer.
ResponderExcluirEu vou imprimir esse post e por em um quadro. Genial essa bibliografia.
ResponderExcluirExiste um movimento feminista francês que se chama Chienne de garde (tradução aproximativa: cachorra de guarda em oposição a cão de guarda). Todo o dia 8 de março, eles dão o prêmio de machista do ano (para propagandas, pessos públicas,politicos, etc.)
http://www.chiennesdegarde.com/
Você sabe se tem algo parecido no Brasil? Eu gostaria muito de ver algo assim...
"Mas né, eu sei que vc preferiria que fosse no seu aniversário e talz. Por que não pede para a mamãe o papai mandarem uma cartinha para a ONU, pedindo para mudar?"
ResponderExcluirDesnecessária esse tipo de comentário...
"Lola, adorei! E esta também é de emocionar:
ResponderExcluirhttp://fotos.noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2013/03/08/conheca-mulheres-que-se-dedicam-a-causas-que-tornam-o-brasil-melhor.htm#fotoNav=12"
Irrelevante, ambos fazem isso, e digo com toda firmeza, que praticamente todos os centros de recuperação de drogados são dirigidos por homens, mas pra mim isso não faz a mínima diferença, temos que nos ajudar sempre!
"Nossa Lola,isso foi um bálsamo em meio ao mar de b*osta que foi a net hoje (cada homenagem que mais parecia agressão,fora as agressões escancaradas mesmo,foda)"
ResponderExcluirDigo dos dois lados, pois vi homens dizendo que não são nada sem as mulheres, coisa de discordo, assim como se a mulher disser o mesmo.
"4) Quem é que toma banho e se veste em menos de vinte minutos?
ResponderExcluirR: O ágil homem! "
Hahaha, essa é boa, mas é uma triste verdade... uma vez demorei de me arrumar e a pretendente disse que eu parecia uma "mulherzinha" me arrumando... na hora eu ri, mas é trágico...
" Viver sob o permanente risco de ter que entrar numa briga."
ResponderExcluirEsse é verdade... principalmente em shows...
"* Ter que notar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja somente um centímetro.
ResponderExcluir* Ter que jamais reparar que ela tem um pouco... de celulite"
Duas verdades... eu to rindo aqui, mas já levei até discurso por isso...
"Não tenho dúvidas que SEM VOCÊS NÃO VÍVERÍAMOS, e essa é apenas uma singela homenagem a essas pessoas maravilhosas que Deus teve a sabedoria de colocar na nossas vidas..."
ResponderExcluirSe você estiver falando do lado Biológico do nascimento, eu concordo, fora isso, irrelevante!
"Desculpa ai, mas quem queima nosso filme eh o patriarcado. Nao da p querer liberdade p mulher e condenar a pratica de algumas delas. Eh liberdade soh ate o ponto q vc acha bonito? Eh exatamente o que os fundamentalistas fazem, oh q num grau maior."
ResponderExcluirE quem te disse que tem homens que não gostam de prostitutas?
"Agora, uma campanha MUITO BOA é esta que trata da VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA e tem como base o fato de que: “Uma em cada quatro mulheres brasileiras que deram a luz em hospitais públicos ou privados relatam algum tipo de agressão durante o parto”. Segue o link: http://carlaraiter.com/1em4/"
ResponderExcluirNesse caso n considero machismo, mas são tratadas assim por falta de dinheiro... se você assistir os depoimentos do caso da Médica, tem uma mulher que fala, que o obstetra chega nela e diz: " fazer cesariana como se você não tem dinheiro?"
E fez um corte na vertical na coitada, deprimente.
"Todo estuprador merecia o mesmo que o safado dda matéria abaixo.
ResponderExcluirO cara invadiu uma casa na Baixada Fluminense aproveitando que o pai de uma menina de 12 anos tinha ido trabalhar e a garota cortou ele todo durante a tentativa de estupro. BEM FEITO!"
Todo estuprado merece a prisão e julgamento, mas claro que sou a favor do direito de defesa legítima... mas na cadeia os Homens de lá, vão cozinhar ele na madeira...
Excelente, Lola!
ResponderExcluirMuito obrigada pela lista!
E alguma boa alma escaneou e disponibilizou o clássico de Germaine Greer, "The Female Eunuch", em versão traduzida ("A mulher Eunuco") no Scribd - clique aqui.
Lola, que legal! Baixei quase todos, quem sabe até o próximo março consigo dar conta de alguns? hehe Abração e obrigada!
ResponderExcluirPS.: Foi muito bom te ouvir em Santa Maria, parabéns pelo incrível trabalho. Além de mim, tenho certeza que inicias muitas mulheres no feminismo, esse 'primeiro passo' é muito mais fácil quando nos sentimos acompanhadas, amparadas.
Também vou deixar um presentinho. Um vídeo feito aqui no RS "Não me deem rosas - videorreportagem da revista o Viés": http://www.youtube.com/watch?v=qPv1uXuY-F0
ResponderExcluirOi, Lola...
ResponderExcluirfaz muito tempo que não comento por aqui.
Dessa vez, venho dizer que o pessoal do Transfeminismo ficou um pouco chateado (ou irritado, não entendi bem o sentimento) por você ter citado a Greer, que é assumidamente transfóbica.
Dei uma pesquisada no seu blog e vi que vc já respondeu a isso uma vez para um tal de Leo. O menino tinha te acusado de transfóbica, assim como a Greer.
Vou colar sua resposta aqui para que seu posicionamento não fique distante:
"Prezado Leo,
Até agora da Germaine Greer eu só li THE FEMALE EUNUCH, que adorei. É merecidamente um clássico feminista. Quando o li, não achei nada transfóbico. Mas depois vi algumas declarações transfóbicas da Greer. É bastante ofensivo pra mim vc chegar num post tão antigo e dizer "Imagino que vc se afine com ela [no preconceito tb]". Acho que dá pra gente gostar de um livro sem aceitar 100% as ideias da autora, não? Aliás, nem sei se conheço livro que já concordei 100%. E gostar de um livro (que não fala de trans) não quer dizer assinar embaixo de tudo que uma autora/autor escreveu antes ou depois do livro, ou das entrevistas que dá. É ridículo pensar assim.
Mas peço que não "imagine" nada sobre mim, ou sobre pessoa alguma. Leia meu blog, veja se sou transfóbica."
Um bjão...
Obrigada, Jiquilin! obrigada por vir me defender! Pois é, eu gosto bastante de THE FEMALE EUNUCH. É um clássico importante. E, como disse, nao lembro do livro ser transfóbico. Imagino que as declarações transfóbicas da Greer vieram depois. Mas, pra mim, não são suficientes pra desqualificar uma das obras mais influentes da segunda onda. E tem muito livro na lista que acho relevante incluir, mas sem que eu necessariamente concorde com o que está escrito. Andrea Dworkin, por exemplo. Mas mesmo pra criticá-la a gente tem que lê-la.
ResponderExcluirSaudades, fofinho! Me chama pra ir pra Unicamp este ano! Vc já é doutor ou ainda não? Beijão pra Bia e pra todo mundo!
Lola, eu ia evitar postar aqui, e o que eu vou falar NÃO é sarcástico ou irônico: Você acha mesmo que é possível endossar a obra de um autor e ignorar as declarações públicas que o mesmo dá? Você já leu as teses do Pondé? São boas! (sem ironias!). Luiz Mott tem grande importância histórica também, devo indicá-lo à revelia de todas as declarações misóginas dele? Isso quer dizer que se eu recomendar Pondé, é legítimo? Como o feminismo veria isso? Tente se colocar em nosso lugar. Existem milhares de teóricas boas feministas que NÃO dão declarações transfóbicas. Eu engulo Caitin Moran porque eu entendo sua necessidade de um feminismo que atinja (mais) mulheres (as cis, claro) porque não sei se vc sabe mas ela usa t-slurs ("tranny" e similares). Seria aceitável se uma feminista falasse "macacas" para se referir às mulheres negras? Poderíamos endossar e ainda recomendar livros de tal feminista? Tente fazer um paralelo. Tente se colocar em nosso lugar, algo que pouquíssimas senão nenhuma feminista o faz. Escorregar, falar uma merda aqui ou ali é natural e agente trabalha. Greer ACREDITA no que diz,ela é DELIBERADAMENTE transfóbica. E desse naipe de feminismo, eu quero distância.
ResponderExcluirEsqueci de comentar outra coisa: Ademais tudo bem que vc a cite, ninguém está querendo excluir (bom na verdade eu queria, mas entendo o quanto isso seja problemático) essas teóricas. Mas poderia se colocar uma nota, porque as declarações dela são gravíssimas, não é um erro de termozinho, como eu disse ela é deliberadamente transfóbica. Acho que seria no mínimo respeitoso deixar isso claro.
ResponderExcluirPara muitos critãos, todas as declarações machistas, misóginas, homofóbicas e xenofóbicas da Bíblia não são suficientes pra desqualificar "uma das obras mais influentes da história da humanidade", segundo eles mesmos. Muitos dizem que o que realmente importa é o "conjunto da obra", as mensagem de "amar ao próximo como a si mesmo", "praticar o bem" etc. Então, o Feminismo pode passar a usar a Bíblia como referência também né?
ResponderExcluirAlgumas atitudes de alguns autores me fazem ter ojeriza. Um deles é o Graciliano Ramos. Homofóbico ferrenho, segundo o João S. Trevisan ele corria a lavar as mãos depois de cumprimentar um gay.
ResponderExcluirPosso por conhecer esses aspectos do autor ter sérias ressalvas em relação a sua produção literária mas nem por isso eu deixaria de reconhecer a importância de Vidas Secas para a literatura brasileira.
Outro intragável é o Monteiro Lobato pelo seu racismo explícito em cartas e alguns escritos.
Eu particularmente, embora lesse muito durante a infância, nunca me apeguei a Lobato. Saber dos seus posicionamentos racistas me fez eliminar qualquer simpatia que eu pudesse ter com o autor, mas nem por isso eu deixo de reconhecer sua importância no desenvolvimento da literatura infanto-juvenil no Brasil.
Eu sou trans, então inevitavelmente não vou conseguir ler com tranquilidade autores transfóbicos. Mas sim, eu li Greer antes de conhecer seu histórico transfóbico
Um dos eventos mais conhecidos envolve uma então estudante de física na Austrália chamada Rachel Padman. Era uma universidade exclusiva para mulheres e Greer tornou pública a transexualidade de Rachel com o intuito de expulsá-la do colégio. Felizmente o efeito foi inverso e Rachel ganhou o apoio da comunidade acadêmica e quem foi rechaçada foi Greer.
A última conhecida manifestação transfóbica de Greer foi na ocasião em que a atleta Sul-Africana Caster Semenya foi questionada pelo comitê olímpico internacional por não ser considerada "feminina" denstro dos padrões que se exige para um corpo feminino. Numa mesma rajada, Greer ataca as mulheres trans e a legitimidade de Semenya de competir.
"Nowadays we are all likely to meet people who think they are women, have women's names, and feminine clothes and lots of eyeshadow, who seem to us to be some kind of ghastly parody, though it isn't polite to say so. We pretend that all the people passing for female really are. Other delusions may be challenged, but not a man's delusion that he is female."
"Supposing that the verdict of the sex police is that Semenya is mentally female and physically male, what would it mean for other women athletes if she was allowed to compete with such an unfair biological advantage? People who don't ovulate or menstruate will probably always physically outperform people who do." [1]
Outra intragável que apareceu na sua listagem Lola é a Sheila Jeffreys. E bem... ela ainda é muito pior que Greer.
"Sometimes transwomen sound just like men. Sometimes they speak in the same terms, with the same obvious idea of entitlement and privilege as men. Sometimes allowing transwomen to speak on your blog is just like allowing men to speak on your blog."
Mas não posso falar muito sobre a produção de Jeffreys porque li alguns poucos textos apenas. Embora esse pouco que eu li me pareceu por completo non-sense pelas posições anti-queer e essencialistas.
Agora vamos aos fatos.
A Lola publicou uma listagem de leituras relacionadas ao feminismo. Até me surpreendi com a citação da Julia Serano, ativista trans dos EUA (hoje em dia não ligo tanto pra Serano, mas ela já teve sua importância na minha vida). Se os livros da Greer ou da Jeffreys citados fossem transfóbicos com certeza eu me manifestaria. Mas nem vem ao caso. Vale contextualizarmos de quem estamos falando, da mesma forma como se outras das autoras citadas fossem conhecidas por racismo ou lesbofobia.
Mas a falta de contextualização não é motivo pra rechaçar a Lola. Se eu fizer uma listagem de livros que estou lendo vou ter na lista uma série de autores duvidosos, mas nem por isso são livros que merecem ir pra fogueira.
Hailey, eu li o Female Eunuch há vários anos e, insisto, não vi nada de transfóbico no livro. Não sabia dessas (péssimas) declarações transfóbicas da Germaine Greer, mas o Female Eunuch não deixa de ser um livro importante da segunda onda do feminismo por conta disso. Assim como nem sei das declarações transfóbicas da Shelley Jeffreys. Aliás, nunca ouvi falar nela, só desse livro dela, que é bem interessante. Não vou procurar o currículo e todas as entrevistas e polêmicas de uma autora ou autor antes de ler (e gostar) de um livro dessa pessoa. Não dá pra comparar com o Pondé. Inclusive, discordo totalmente de você: nunca vi o Pondé falar alguma coisa que preste. De todo jeito, ele é famoso justamente por ser um reaça. Talvez a Greer seja famosa pra você por ser uma feminista transfóbica, mas pra mim e pra muita gente, ela é a autora do Female Eunuch, um livro importante na sua época. Há dezenas de títulos recomendados aqui neste post. Eu fiz observações em pouquísimos deles, porque o post já ficou imenso. Hoje, 50 anos depois, há inúmeras críticas a Mística Feminina, por exemplo. Mas passar a xingar a Friedan não vai tirar a importância que Mística teve.
ResponderExcluir(E eu não sabia que Luiz Mott deu declarações misóginas. Só o conheço como importante militante LGBT).
Vamos aprender a discordar? Se eu menciono um livro de uma autora que vc não gosta no meio de dezenas de sugestões de leitura, então eu viro inimiga pública número 1 do transfeminismo e cis-scum? Um termo, aliás, que nunca deveria ter sido usado na vida? Acho que não é por aí mesmo...
Aline, pois é, bom exemplo falar de Monteiro Lobato. O cara era um racista asqueroso, coisa que só fiquei sabendo faz pouco tempo. Então Sítio do Picapau Amarelo deve ser queimado numa fogueira? Ou, se Sítio é usado em escolas, deve vir com algumas notas explicativas mostrando que os termos usados para descrever negros eram aceitáveis na época, mas não são hoje? Se bem que não é um bom paralelo com A Mulher Eunuco. Porque podemos dizer que Sítio do Picapau Amarelo É racista (e seu autor também), mas não podemos dizer que Mulher Eunuco seja transfóbico. Pra falar de Mulher Eunuco, devemos lembrar sempre que sua autora deu declarações transfóbicas anos depois da publicação do livro? Sei lá, agora pensei no Bobby Fischer, um dos maiores gênios da história do xadrez. O cara era doido, e foi fazendo declarações cada vez mais malucas e anti-semitas no final da vida. Então ele não deve ser mais visto como um grande jogador de xadrez? Jogamos fora tudo que ele fez de bom? Nas minhas aulas de poesia, quando falamos de Ezra Pound e T. S. Eliot, falamos de seus poemas e do contexto da época, e um pouquinho, bem pouquinho, sobre suas vidas. Ambos foram grandes reaças, inclusive anti-semitas. Então seus poemas passam a ser uma porcaria? Se eu fizer um post recomendando dezenas de poemas e, de repente, entre eles está o clássico “The Waste Land”, devo colocar uma observação dizendo que Eliot era anti-semita, mesmo que não tenha nada no poema que seja anti-semita? Se eu não queimar Eliot na fogueira ou dizer que ele é anti-semita toda vez que mencioná-lo, eu viro anti-semita também? São questões interessantes.
ResponderExcluir"Vamos aprender a discordar? Se eu menciono um livro de uma autora que vc não gosta no meio de dezenas de sugestões de leitura, então eu viro inimiga pública número 1 do transfeminismo e cis-scum? Um termo, aliás, que nunca deveria ter sido usado na vida? Acho que não é por aí mesmo..."
ResponderExcluirLola, convido vc a ir no tópico do TF e procurar onde chamamos vc de cis scum e de inimiga número um do TF. Quem a informou, se informou, informou errado. Vc está me dizendo informações inexistentes, isso nunca ocorreu. A não ser que tenha sido por aí e eu não li nem vi.
E vale lembrar que esse post da lista na verdade é o estopim, eu já vi vc falando da Caitin Moran E da Greer, as referenciando, e é bem como vc disse Germaine Greer é nosso Pondé, não iremos endossar nada que vem de uma pessoa que faz esse naipe de feminismo. Então não foi por causa dessa postagem, o rolê acabou juntando tudo. E sobre se informar, acho que TODXS deveriamos nos informar sobre o que as feministas andam falando por aí não? Escrever um livro "racionalmente" todas fazem, mas são nessas atitudes (da Greer) que conhecemos como as pessoas realmente são. E estou incluindo aí autorxs queers/transfeministas também, que vira e mexe me decepcionam com atitudes absurdas.
ResponderExcluirSuas comparações não fazem muito sentido, Lola. Se estivéssemos falando de citar este enxadrista como uma referência, uma recomendação, ou alguém digno de nota para um movimento anti-semita, com certeza seria estranho, não seria? Pois, estas autoras transfóbicas são violentas COM MULHERES TRANS*, isto é, com sujeitas do feminismo!
ResponderExcluirO que me parece extremamente claro aqui é que se as acusações são de autorxs serem racistas, machistas, reacionárixs, então isto é um absurdo e é via para desconsiderar (como você argumenta ser o caso para o Pondé) mas quando o problema é transfobia, aí temos que considerar a obra e não x autorx.
Dois pesos, duas medidas.
P.S.: QUEM te chamou de cis-scum???!!!! Menos derailing, pfvr!
sempre fica a impressãi que as questões trans* não são tão importantes... já não seria citado um autor que fosse deliberadamente misógino ou racista.
ResponderExcluirAnônimo, eu não estou recomendando a Germaine Greer. Estou recomendando A Mulher Eunuco, que não é um livro transfóbico, misógino ou racista.
ResponderExcluirAh, Hailey, dá um tempo, vai. "Já vi vc falando da Caitlin Moran", como se isso fosse um crime capital! Eu gosto de Como Ser Mulher, o único livro que li da Moran. Não quer dizer que eu goste de tudo do livro ou que eu goste da Moran em si. Mas acho que Como ser Mulher é muito mais positivo pro feminismo que negativo. Sim, vamos aprender a discordar. Acostume-se com a ideia: nunca ninguém vai concordar com tudo. Se a recomendação de um livro que, repito, é um clássico feminista da segunda onda e não é transfóbico, faz vc ter nojo de feministas, como vc disse no seu Twitter, bom, só posso lamentar.
Lola, eu não li o livro de Germaine Greer que você recomenda, mas se você diz que esse livro específico não é transfóbico, e que ele é lindo, bonito e maravilhoso, eu não tenho nenhum motivo para duvidar do que você diz. Porém, eu enquanto mulher transexual, sinto que não posso ler esse livro e me sentir contemplada por qualquer coisa positiva e inspiradora que ele diga a respeito das mulheres, porque sei que a autora era transfóbica antes de escrever o livro e continuou sendo depois; durante a escrita, ela simplesmente não tinha a nós, mulheres trans*, na mente. E isso basta para que eu sinta que o que quer que tenha sido dito ali, não foi para mim.
ResponderExcluirVocê, enquanto mulher cisgênera, pode se sentir comtemplada pelo discurso - você é a audiência dele. Eu não. Nem a Hailey. Por isso, o livro não serve para nós como referência feminista.
Mas eu realmente não vejo problema nisso. Acredito que cada uma de nós tenha sua cota de autores preferidos com idéias reprovadas por outros. Por exemplo, eu mesma curto ler a revista Veja de vez em quando (e não costumo admitir isso em público). Sim, é extremamente parcial e tal, minimiza as lutas de minorias, compara gays e lésbicas com cabras e tal, mas tem muitos artigos bons lá. A revista não fala só de política, afinal e contas, né?
Um dos livros que você postou está me ajudando muito (Gordura é...). Não sabia que tinha essa compulsão alimentar, e mesmo agora que estou me aceitando como sou, mesmo agora que estou me amando, e tentando criar um relação com a comida, eu percebi que tem muita coisa pra eu mudar! E mudar que eu falo é na parte psicologica mesmo, no que eu penso sobre mim, em como eu me vejo e todos os traumas que precisam ser ajustados! Obrigada pelo presente
ResponderExcluirGente, eu acho que tem um ponto que a gente não pode ser tão intransigente assim... Uma coisa é eu odiar o racismo do Lobato ou a homofobia do Graciliano Ramos e admitir a validade literária das obras desses caras.
ResponderExcluirPorém, aqui estamos falando de LITERATURA, né? Podemos concordar que há uma distanciação maior da literatura dessas obras e seus autores do que há nas obras de estudos feministas e a militância na vida da Greer (que eu conheço) e a outra que foi citada que eu não conhecia até então.
Não estamos falando de histórias que são relevantes como Vidas Secas ou Sítio por seu valor na literatura, estamos falando do feminismo como estudo científico e movimento social, né? Podemos concordar que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa?
Lola, quando vc disse no seu texto que gosta da Caitlin Moran justamente por trazer novas moças para o feminismo, a primeira coisa que eu pensei é que muitas moças que estão aqui agora foram introduzidas nesse assunto pelo seu blog. Atualmente, você é a principal blogueira feminista aqui no Brasil, de longe a mais popular. E seu blog é a porta de entrada para muitas jovens mulheres tomarem conhecimento do feminismo, encontrar material de qualidade para o estudo e decidir se aprofundar mais em um ou outro discurso do feminismo.
Portanto, há aí também uma certa responsabilidade (me vem à mente aquela frase do tio do homem-aranha, quando ele diz que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, rs). Uma delas é considerar que algumas das suas leitoras são mulheres trans. E que uma mulher trans não vai se sentir confortável com uma obra que foi escrita por uma autora que carrega esse estigma que é justamente o que mais faz essa leitora trans sofrer opressão, né?
Não estamos aqui falando de histórias literárias de ficção da literatura. Estamos falando de perpetuação de estigmas que fazem mulheres trans serem violentadas todos os dias, debaixo dos nossos narizes. Vamos torná-las tão invisíveis a ponto de nem enxergar esse sofrimento? Para onde diabos foi a empatia?
Se o livro "A mulher eunuco" é relevante a ponto de sobressair o estigma que sua autora perpetua na sociedade, que conste nessa lista! Não estamos na idade média para queimar obras, né? Mas seria muito simpático constar um comentário sobre a conhecida transfobia da autora. Ao menos colocar isso em discussão, uma vez que tantas pessoas mostraram esse incômodo.
Acho que as mulheres trans merecem mais do que um "dá um tempo", sabe?
Interessante. Quer dizer que o pessoal transfeminista, liderado por Hailey Kaas, já estão aqui atacando a Lola? Hmmm.
ResponderExcluirEu não vi nenhum ataque, seja à Lola, seja ao blog, sinceramente. Os ataques que eu vi foram concentrados à transfobia e às autoras transfóbicas citadas. Não sei de onde tiraram esse lance de terem chamado a Lola de cis-scum, pois eu estou em quase todas as páginas de TF que eu conheço e não vi tal episódio. O que eu vi foram pessoas dizendo que há, no meio virtual onde se discute feminismo, uma predileção pelas causas mais voltadas para as mulheres cis. Se isso é ofensa, sinto muito, porque também é verdade.
ResponderExcluirE o transfeminismo está mais para uma cooperativa do que para uma igreja, não temos líderes. Eu e minha imaginação fértil imaginamos aqui um bando de ETs vindo e dizendo "Levem-nos à sua líder" e corta a cena para a Hailey sentada num trono de ouro ornamentado com pedras preciosas. Menos, né gente?rs
Anônimo que comentou logo depois de mim:
O melhor que você consegue é tentar deslegitimar o ponto posto para discussão numa tentativa bem bobinha de tornar a coisa pessoal? Poxa, Anônimo... dá uma ajudinha e vamos tentar discutir ideias como as pessoas racionais e capazes de argumentar que somos, que tal?
Se alguém aqui se sente pessoalmente ferido quando alguém discorda de uma idéia, hipótese ou teoria, é bom rever sua resistência à frustração sob uma ótica mais madura, porque né?
Menos ego e mais idéias, por favor?
QUE IDÉIA, QUE HIPÓTESE, QUE TEORIA?
ResponderExcluirPorque, amada: primeiro que ninguém discordou de idéia nenhuma, discordaram da Lola indicar um livro do século passado que não tem nada de transfóbico escrito. Segundo porque se eu discordar da teoria de vocês aí vira pessoal, né? Aí eu viro a transfobia na terra.
Se Hailey Kaas não é líder, porque falar pra ela "dar um tempo" é um ataque a todas as mulheres trans* do universo?
Vão tudo procurar o que fazer. Quando tiverem na porta de delegacia soltando travesti presa vocês podem ter moral de alguma coisa.
Nossa... não pensei que os comentários chegariam a esse nível. Nem vou gastar elaboração de texto para discutir com esse Anônimo. Se alguém quiser seguir a discussão com maturidade, suficiente interpretação de texto e menos eguinho ferido, estamos aí.
ResponderExcluirSou uma feminista cis (é uma apresentação babaca, mas talvez seja necessária) e, depois de algum tempinho, vi sim o ponto das meninas trans*
ResponderExcluirsim, deve ser foda ler um texto feminista onde a autora SE RECUSA a te representar. eu também acho que merecia pelo menos uma notinha, só pra ser menos exclusivo o possível (e, sabe, informar mesmo)
de resto, gente, só um pouco mais de calma pra debater (de ambos os lados). acredito que tem muita gente tentando lendo isso e tentando APRENDER pra não repetir os erros (até pq o blog da lola é conhecidamente um bom espaço pra novas feministas, como eu)
Nina Bandini, é bem esse o meu ponto.
ResponderExcluirA gente não precisa levar isso para o pessoal, né?
Eu não conheço a Lola, leio o blog dela uma vez ou outra e, dessa vez, calhou de eu levantar um ponto sobre um dos temas que ela abordou.
É uma discordância no âmbito das idéias, não num âmbito afetivo. Sejamos menos emocionais, por favor?
Meu interesse aqui é que haja resolução. Acho mais benéfico para todas as pessoas que têm esse blog como porta de entrada para o estudo dos feminismos que se discuta o tema proposto: A transfobia, o transfeminismo e o feminismo transfóbico. Ou o fato de uma obra literária feminista ter ou não validade quando a autora é exemplo de transfobia. Ou se seria legal a Lola colocar um adendo sobre a Germaine Greer. Coisas relacionadas a isso.
O que eu acho é que é uma enorme perda de tempo o tanto de briguinhas pessoais que atrapalham a interação no espaço virtual de discussão. E aí TODO MUNDO sai perdendo...
Glória porque não assina com seu nome verdadeiro? Achou que ia ahazar~ (e me enganar) com esse outro perfil?
ResponderExcluirAh, refresque a minha memória, você não administra um projeto justamente para denunciar situações de violência em anonimato?
hmmm valendo-se do anonimato para me mandar msg de ódio e me mandar xingamentos...Super coerente seu ativismo, acho que vou mesmo adotar sua sugestão para ir fazer ativismo de rua, porque o online está meio podre né?
#chatiada
P.S errei o chute da feminista reaça-mor para outra feminista reaça transfóbica. Obrigada por me elucidar por que tem diferença na intensidade do ódio mesmo né.
Hailey,
ResponderExcluirSe eu assinasse meu nome verdadeiro, você não saberia quem tinha deixado o comentário... Não era segredo nenhum que eu uso esse nome, não sei de onde você tirou isso. Nós já havíamos, inclusive, discutido usando esse nome. Se fosse pra me manter anônima eu tinha comentado com outro nome qualquer. Não é como se fosse difícil escolher um nome novo, é?
Provavelmente você está "meia confusa", mas eu entendo isso: uma hora você é mulher, na outra é versátil o bastante pra ser um homem. Uma hora você é feminista, na outra, caga pro feminismo. Uma hora diz que nenhuma feminista te apóia, na hora diz que fica muito feliz de ter feministas te apoiando.
Quanto às situações de violência, mais uma vez (e não foi a primeira, embora eu tenha sido clara com ela em diversas situações) sua informante se equivocou quanto à natureza do projeto que eu criei mas não administro mais há coisa de um mês e meio. Por outro lado, administro VÁRIAS páginas que você curtiu, em que comenta e reposta o que eu escrevo. É um dos motivos interessantes pra me manter relativamente anônima.
Engraçado, você me chama de transfóbica, outras mulheres trans me chamam de irmã. Se for pra medir coerência, acho que fico com elas, que não apresentam esses traços de esquizofrenia que você tem...
Eu invalidei sua identidade e te chamei de esquizofrênica mas EU NÃO SOU TRANSFÓBICA VIU ATÉ TENHO AMIGAS TRANS* QUE ME CHAMAM DE IRMÃ.
ResponderExcluirOnde vemos esse discurso mesmo? Ah, dos racistas e homofóbicos desculpistas.
Não se preocupe Glória, eu não me preocupo muito com esses deslocamentos porque não tomo isso como algo ruim.
Eis o ABISMO entre o naipe de feminismo que você defende e que vc nunca me verá fazendo: apelar para patologização e invalidação das identidades; afinal mau-caratismo não tem a ver com isso ;)
Olha vou te ajudar pro seu próximo comentário:
Aqui está o DSM,use sua criatividade para me chamar de doente (tem categorias parafílicas também!)
http://www.psychiatry.org/practice/dsm/dsm5
Aí você encontrará vários argumentos transfóbicos para usar contra mim. E por favor vá em frente, assim eu atualizo o Diário Cisgênero. ;D
Lola, que lamentável a forma como você lidou com as ofensas recebidas por este post. Lembre-se que não cabe a nós, membrxs de um grupo privilegiado (pessoas/feministas cis e brancas), determinar o que é e o que não é ofensivo para um grupo oprimido por nós (no caso, as pessoas trans*). Da mesma forma, não aceitamos que um homem, ao defender algo machista, nos mande "dar o tempo" por que ELE não considera aquilo ofensivo para NÓS.
ResponderExcluirÉ uma pena mesmo que você tenha perdido essa oportunidade de rever seus privilégios e passar essa reflexão axs leitorxs do seu blog.
Eu tó enganada ou há uma certa "cisão" entre os movimentos feministas e transfeministas?
ResponderExcluirGente, meu deus! Vamos aprender a aceitar uma crítica? Concordo total e completamente com Hailey, devemos ter muita atenção com aquilo em que pomos holofotes e recomendamos. Eu amo Butler, o que ela escreve e a pessoa dela, por extensão, mas ela começar a ser incoerente com o que escreve e tornar-se racista e homofóbica, vou mudar minha opinião sobre o que ela escreve tb. É um alerta muito importante, esse que a Hailey fez. Apoio.
ResponderExcluirAtualiza lá, Hailey. Eu tenho uns bons prints pra soltar também (inclusive provando o que disse antes, sobre você não ser feminista, ser versátil, etc).
ResponderExcluirAliás, pergunta pra sua informante quem é a stalker mais competente que ela conhece, caso ela tenha esquecido de te contar isso...
Se você acha que pode sair por aí atacando minhas irmãs é bom abrir o olho, porque a #FamíliaSororidade não vai deixar barato. ;)
Eu tô achando extremamente nojento esse ataque explícito a certas feministas que tá rolando aqui, denominando umas e outras de "feminista reaça transfóbica", essa palhaçada de ficar tirando print pra escrachar, fazer perseguição e bullying e ameaças, tem gente q tem medo de se expressar por causa desse terrorismo todo, eu acho q tudo isso é extremamente misógino. Definitivamente nada que possa levar a palavra "feminista" no nome.
ResponderExcluirTem coisa mto podre rolando aí.
Já chega dessa perseguição agressiva, difamatória e misógina.
ResponderExcluirHá tempos vemos as mesmas pessoas se unindo em grupos para xingarem feministas.
Sim, vemos: podem até adotar um discurso de "não é nada pessoal" aqui, mas sabemos que não é verdade.
Chega dessa misoginia disfarçada de militância.
Glória, eu nunca disse que NÃO falei que estava cagando pro feminismo e nem as outras coisas que você falou que sinceramente não entendi (versátil para ser homem? Você se perdeu no bonde dos estereótipos machistas?)
ResponderExcluirNão sou eu que minto sobre minhas posições, todxs conhecem muito bem o que eu falo e o que eu faço.
Eu disse, você deve ter pulado esse parágrafo, que esses deslocamentos me agrediam muito pouco. Vá em frente e copie e cole o que quiser, meu nome é público tudo o que eu posto é público e não apago nada.
Mas vou te ajudar: Reafirmo que esse naipe de feminismo me dá nojo, como já afirmei frequentemente, e estou cagando para ele, e se o feminismo todo incorrer nisso eu me recuso a me identificar como tal. De um feminismo que aponta patologias e que invalida identidade alheia quero distância.
Todavia, tem muita coisa boa aí como o Feminismo Intersecional ou o Feminismo Negro que vale bastante a pena. (Fica a dica)
Quanto a eu me identificar ou não como feminista, não preciso te ensinar o bê-a-bá das identificações né? Eu decido como me identifico.
Não se engane, nada disso me afeta. Estou 0% surpresa e agredida. Os PS são o resultado do meu não-silenciamento ante essas situações. não preciso mover um dedo contra você, nos seus comentários você se enforca.
(Que pena nenhum xingamento novo? Assim você não me ajuda!)
Jamhour, tirar PS e rir é o mínimo que posso fazer antes esses xingamentos.
ResponderExcluirMas,claro é mais fácil para vc fingir que nós é que estamos aqui agredindo todo mundo.
E,claro, o tal bullying é uma mão de uma só via daqui para lá, as feministas não fazem isso, magine.
Dois pesos, duas medidas, típico.
Ademais não sei de onde tirou perseguição, quem veio comentar aqui me chamando de anta e esquizofrênica foram vocês (Glória e quem apoia isso). Logo, quem está sendo perseguida mesmo?
As únicas "ameaças" se é que se pode chamar assim, serão dos PS: Me xingue de novo e terá um lindo PS no hall da fama.
Incrível como em qualquer briga de feministas, sempre que tá rolando baixaria são as mesmas pessoas envolvidas. Antes de chegar aqui e ler a discussão eu já sabia quem ia encontrar.
ResponderExcluirParem de disfarçar a vontade que vcs tem de agredir outras pessoas com militância. Isso já não engana ninguém, ninguém compra esse papo dissimulado.
Eu fico putamente constrangida com vocês. Sério.
ResponderExcluirTudo o que se fez aqui foi uma ressalva à Greer. SÓ ISSO. E então Lola veio com "dá um tempo". E aí vem vocês fazendo a pose "mimimimi sofremos de misoginia mimimi kd sororidade kd empatia". Vocês tem que aprender a ter a droga da empatia.
Não me constranjam como feminista cis. Não venham com "pq a agressividade" como se isso fosse um argumento válido. Nós somos um amor de pessoa quando vem um homem dizer a NÓS como deveríamos lutar? Não, né? Eu não sou.
Se uma pessoa trans* está dizendo que uma determinada autora é transfóbica e tem que ter ressalva disso, vocês tem que calarem a boca e ouvir.
Tomem ciência: vocês fazem parte da classe opressora. Eu faço parte da classe opressora. A nossa obrigação é calar a boca e ouvir a classe oprimida.
Mas vocês ficam de mimimi. Como se fossem vocês as pessoas sofrendo bullying, tadinhas.
Cresçam. Ouçam.
E não envergonhem a classe, porque as feministas deveriam ser as primeiras a entenderem a opressão de outra classe, mas parece que isso não acontece, né? Porque minoria adora atacar minoria. Vocês não deveriam continuar com isso.
Por tudo que for sagrado, repensem as drogas dos seus privilégios cis. Não achem que são as vítimas aqui, porque não são.
Luna,
ResponderExcluirDesde quando mulher cis é opressora?
Hã?
Ademais, você REALMENTE está achando que essa reação é só ao que está nesse post?
Sugiro que você se informe um pouco mais.
Privilégio mesmo é poder ficar passeando, indo e voltando, entre um gênero e outro. Eu hein.
ResponderExcluirEuzinha, "mulher cis", nao tenho esse privilégio. Nem nunca terei.
Mulher cis, não opressora?
ResponderExcluirhttp://acapa.virgula.uol.com.br/politica/apos-ser-barrado-de-usar-banheiro-feminino-laerte-aciona-secretaria-de-justica/2/14/15658
Onde? E saiu no jornal porque é x Laerte. E as milhares constrangidas no país? E fora? Cadê aquele texto da preciado falando do santo xixi diário?
Privilegiada, agressora? Eu, cis? Sim.
Auto-crítica é artigo valioso. E não preciso de uma sororidade que não abranja toda mulher, independente da genitália.
O Laerte não é mulher trans. O Laerte é crossdresser. E foi um puta imbecil nessa situação.
ResponderExcluirÉ sério que tem gente usando como exemplo a opressão PATRIARCAL como sendo uma opressão das mulheres cis?
ResponderExcluirMulheres não têm poder pra oprimir. Nem cis e nem trans.
X Laerte já se posicionou de outra forma e deu várias entrevistas sobre sua atual relação com gênero, como pode ser visto abaixo:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=uxD1xXvQWYM
http://www.youtube.com/watch?v=vNT6kWzloWM
E imbecil, Julia, é cagar regra para vida dos outros!
Não só oprimir, Nádia, agredir também. Acho que deveria ver o video abaixo e rever seus conceitos.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=x86hbJ37ONM
Eu estava, como a Hailey, 0% chocada com essa situação. Já esperava uma bobeira ou outra. Até agora. Com o comentário da Julia. Ok, admito, agora eu fiquei pessoalmente ferida. Admito que estou machucada e chocada com tanta incompreensão.
ResponderExcluirSério que aqui se trata como privilégio ficar transitando entre um gênero e outros? Aqui se ignora que existem pessoas que transitam entre um gênero e outros (e eu estou nesse grupo) e que isso não soa a mim nem axs outrxs pessoas que transitam entre um gênero e outros como um privilégio, mas sim como uma fonte constante de dor e privação de identidade num mundo onde gênero é uma coisa binária?
É realmente esse feminismo que se prega aqui? Onde ou se é mulher ou se é homem? E qual o próximo passo? Açoitar pessoas que por vezes são homens e outras são mulheres simplesmente porque não conseguem criar identificação suficiente com um dos dois gêneros que o binarismo impõe? Sério que, apesar de gritarmos que somos mais do que nossas vaginas, vamos reduzir a feminilidade à cavidade vaginal?
Ok, agora eu estou realmente ofendida e chocada.
Não é esse discurso que eu esperava encontrar num espaço feminista.
Só para constar, são duas mulheres cis agredindo uma trans* porque a encontraram o banheiro feminino e não gostaram.
ResponderExcluirNichoxxx,
ResponderExcluirMas essa agressão (não vi o vídeo)que pode acontecer - e acontece - é baseada no patriarcado, não se a mulher é cis ou não.
Por exemplo: temos uma mulher trans nesse tópico que agride repetidamente feministas.
É porque ela é trans? Não.
Uma coisa não tem a ver com a outra .
Não se chama cagar regra. Se chama contestar o cinismo de muita gente que usa "política de identidade" como desculpinha pra falar qualquer merda.
ResponderExcluirTaís, qual você esperava?
ResponderExcluirO que você encontra no Facebook, onde você se reúne com outras pessoas para combinar de vir aqui falar?
O que você encontra no Facebook, onde mulheres cis são chamadas de "scum"?
É isso?
Prefiro ver da forma oposta, Nádia. Vejo várias mulheres cis agredindo mulheres trans* nesse tópico. São porque elas são cis? Também, o resto se aplica no fato de não conseguirem se colocar no lugar dxs outrxs.
ResponderExcluirNádia, não sei se vc teve acesso ao meu comentário anterior, eu desconheço qualquer mídia que tenha ocorrido de alguém chamar qualquer pessoa de scum ou cis-scum.
ResponderExcluirE o TF do facebook tá lá para qualquer umx ver o que se comenta desse tópico. Nenhumx de nós usa anonimato ou apaga o que fala, está lá, acessível e incontestável.
Nádia, tem como vc postar um print dessa discussão onde alguém foi chamada de scum? Porque pelo jeito que você falou, você viu isso e estava lá....
Em momento algum eu falei em transição. Falei em passeios. Não distorçam.
ResponderExcluirTaís, eu já fui pessoalmente chamada de scum.
ResponderExcluirNão preciso de print. Fizeram isso no meu blog, no Twitter e em vários grupos.
Tem milhares de testemunhas.
COMO ASSIM MULHER CIS NÃO OPRIMI??
ResponderExcluirmulher cis não é racista?
mulher cis não é polícia de gênero?
mulher cis não exclui pessoas deliberadamente de suas políticas feministas?
Julia, para que eu possa não distorcer, você poderia explicar melhor o que vc quis dizer com passeios?
ResponderExcluirEu sinceramente engoli muito mal o que vc disse e me sinto muito, mas muito machucada mesmo.
Gostaria bastante que vc explicasse e eu não tivesse que pensar do jeito que estou pensando aqui sobre o que foi dito pq realmente é muito pesado.
Eu te chamei de scum alguma vez, Nádia?
ResponderExcluirSabemos que não.
Portanto, não entendo porque sua agressividade se virou para mim...
Janaina,
ResponderExcluirMulheres trans não podem ser racistas?
Mulheres cis são polícia de gênero?Sério? Me conte como se deu essa tomada de poder em que a mulher decidiu o que é gênero e quais são seus papéis...
É sério. Sempre estudei que quem havia decidido isso tinha sido o patriarcado...
Algumas mulheres cis excluem pessoas deliberadamente de suas políticas feministas. Algumas trans também o fazem.
"Mas essa agressão (não vi o vídeo)que pode acontecer - e acontece - é baseada no patriarcado, não se a mulher é cis ou não."
ResponderExcluirApagamento de especificidades é violência. O patriarcado oprime todxs. E os oprimidos oprimem suas minorias. 'Gay' substitui todos as orientações não-hétero, e lésbicas não existem, matar trans é homofobia, e por aí vai.
Repetindo, apagamento é violência.
Eu fui bem clara no que eu disse. Passear no sentido de ir e voltar, ir e voltar >deliberadamente<*. Algumxs chamam de "fluidez".
ResponderExcluirEu acho uma bosta privilegiada. E ponto.
*(atençao pro DELIBERADAMENTE. porque obviamente existem pessoas trans, creio que principalmente mulheres, e nao poucas, que por causa dessa merda de preconceito misógino acabam decidindo "voltar a viver como homem".)
Taís, eu não fui agressiva com você.
ResponderExcluirEu disse que em espaços que você participa eu já fui chamada de cis scum.
Só há duas possibilidades: você está muito mal informada; você está sendo desonesta ao dizer que não viu.
E não precisa ter sido comigo, não. Fazem isso com a Lola direto. E com outras feministas.
Que diabo de feminismo é esse que culpa e demoniza indivíduos ao invés de enxergar que há um sistema responsável pela opressão? Mulheres cis e trans são oprimidas pelo mesmo patriarcado. Culpar indivíduos é a pior forma de militância possível, a mais equivocada.
ResponderExcluirBem, se aqui eu vou encontrar intolerância em relação aos meus "passeios privilegiados" pela binaridade de gêneros imposta, nada mais tenho a fazer aqui.
ResponderExcluirE essa cagação de regra toda da Júlia, que acha que pode sair dizendo quem tem direito de ser homem e quem tem direito de ser mulher, é o nítido retrato de que há uma imensa transfobia ocorrendo aqui no blog da Lola.
Não vou cair na batatice de chamar alguém de cis-scum porque eu acho o termo pesado demais. Porém, fico me perguntanto quão injustx foi a pessoa que usou o termo....
Taís, cê copiou e colou esse seu último comentário lá no grupo pra te darem uns "joinhas"?
ResponderExcluirSerião, você acha que alguma pessoa pode ser chamada de cis scum? Existe algum momento em que o uso dessa expressão não seja injusto?
É um xingamento tomando por base o fato da pessoa ser cis. E tudo bem?
Desculpe-me taís,mas não é esse tipo de transfobia que vc vai encontrar aqui não,a júlia tá falando por ela e só por ela,generalizar e querer jogar pra cima de todas que participam aqui uma pecha (algumas nem sabe o que é,ou tá por dentro do que tá rolando entre vcs ai,que parece ser algo pessoal e bem antigo)é meio barra né não? antes que me acusem de ser cis alguma coisa,vou logo avisando,reconheço meu quase total desconhecimento nos assuntos ( transfeminismo e controvérsias com o feminismo). Acho que essa poderia ser uma boa oportunidade pra tentar colocar alguns pontos nos is né? abrir a questão pra galera.
ResponderExcluirCética, você tem razão. Em momento nenhum eu quis dizer que todxs xs feministas cis são pessoas horríveis e transfóbicas. Eu tava exatamente agora falando aqui com a Luna que o comentário dela foi muito bom e tornou essa discussão toda menos triste.
ResponderExcluirDe fato, li muitos comentários bonitos tanto aqui quanto no facebook e no ask. e eles me deixam menos triste.
Mas me deixei levar pela ofensa que senti com o comentário transfóbico da Júlia e o desejo que eu tenho que esse tipo de postura seja tão inadmissível quanto já conseguimos que o racismo seja, dentro do feminismo.
Mil desculpas por generalizar tudo com o meu "é isso o que vou encontrar aqui?". Eu realmente não quero passar a mensagem que todx feminista cis é transfóbica. Temos aqui mesmo excelentes exemplos de feministas cis que não toleram essa agressão e se sentiram envergonhadas e expressaram essa vergonha.
Cética, você levantou uma questão interessante sobre as pessoas que acabam se omitindo não por transfobia, mas por não ter familiaridade com o assunto. Há relativa facilidade hoje em encontrar informação sobre transfeminismo. Há os grupos no facebook para quem tiver começando. Há o google acadêmico para quem gosta de pegar trabalhos acedêmicos sobre o tema para ler (eu adoro e recomendo o google acadêmico, que vc pode colocar "transfeminism" como uma tag e toda vez que houver um trabalho com essa tag, ele será enviado para o seu e-mail).
No mais, quero agradecer a todxs feministas cis que aqui se levantaram e expressaram indignação pela transfobia e se recusaram a resumir a feminilidade à cavidade vaginal.
Cética, só toma cuidado com qual grupo do Facebook que você vai frequentar.
ResponderExcluirUm FAQ bacana,mas infelizmente em inglês, sobre o termo cis:
ResponderExcluirhttp://ksej.livejournal.com/282377.html
Obrigada pelas indicações taís,não tenho face,o resto vou correr atrás,não sei se é do interesse de vcs mas,creio que um guest viria a calhar não acha? só uma sugestão.
ResponderExcluirNádia,como disse a taís,não uso e nem tenho intenção de ter feicebuqui.
Certamente o post que eu tanto esperei <3
ResponderExcluirExcelentes livros ! Obrigada
ResponderExcluirEm 12/3 21:31, Hailey escreveu: “XXX ops digo, anônimo, apontar o "dá um tempo" que a Lola falou (que pessoalizou o debate) é indicador de mínimo de decência humana, coisa que talvez você não deve saber o que é...#chatiada :'(.”
ResponderExcluirOnde está XXX estava o nome de uma pessoa que em nenhum momento participou da discussão e que pediu para que eu removesse o comentário em que ela é citada. Peço desculpas pela demora em fazer isso, mas viajei na terça à tarde para um congresso em Sobral. Voltei ontem à meia noite, só liguei o computador agora de manhã. E não cheguei perto da internet entre as 15 horas de terça e as 8:30 de quinta.
Em 12/3 22:42, Gloriadiniz escreveu: “Hailey, sua tremenda anta: não foi a XXX, fui eu. E se o problema é assinatura, fique com esta.”
Edito para tirar o nome da pessoa que foi citada no comentário da Hailey. (Se eu estivesse aqui e a moderação de comentários estivesse ativada, eu provavelmente não deixaria passar um comentário que chamasse alguém de "sua tremenda anta". Mas os comentários já estavam bem acirrados a essa altura.)
Em 12/3 22:52, mentalbotox escreveu: “Hailey, posso perguntar como você sabe que o anônimo é a XXX? você tem como provar isso? É uma acusação grave.”
Novamente editado para tirar o nome de alguém que sequer apareceu para discutir.
Deixa eu fazer um paralelo aqui, já que todo mundo gosta tanto de comparar com racismo:
ResponderExcluirImaginem se uma pessoa branca se pintasse para parecer negra e nos falasse 'mas eu posso ser branca também'. Se esta pessoa fizesse parte de um grupo que acha isso lindo e perseguisse outras pessoas negras com o argumento de que elas são racistas.
Pois é exatamente assim que a coisa tá.
Lola, pra ter uma idéia, um HOMEM foi lá no Feminismo na Rede, que era a maior comunidade de feminismo no facebook (brasileira) jogar as mulheres do Transfeminismo contra a página.
Essas pessoas foram na Machismo Nosso de Cada Dia reclamar de uma campanha das Católicas Pelo Direito de Decidir, dizendo que elas 'não aprendem' e que 'homem também aborta', como se defender o direito do aborto focando nas mulheres fosse feio. Não podemos nem fazer ativismo feminista do jeito que a gente quiser, tem que ser do jeito que o Transfeminismo quer, senão é cissexismo. A propósito, podemos perguntar pros homens trans* o que eles acham disso; de falarem pela identidade deles...
Eles têm a pachorra de cobrar menos apagamento, e quando alguém fala alguma coisa que não seja exatamente o tipo de ativismo trans* que eles pregam é uma violência.
A outra diz o que disse no print, dando a idéia de que isso pode rolar quando ela BEM ENTENDER e nós é que cagamos na identidade alheia e somos privilegiadas - por termos vagina.
Aí depois essa mesma galera vem cobrar representação. Espera, a gente tem que representar quem persegue ativamente nossas irmãs? Quem aceita e incentiva que homens façam isso? Só pode ser brincadeira, tô esperando o Mallandro pular da minha tela e gritar glu-glu.
Atacar a Hailey me faz transfóbica, atacar a Hailey é um ataque a todas as pessoas trans* do mundo... Ou ocorreu pra alguém que isso é só uma resposta, que eu estou atacando porque vejo essas paradas há bastante tempo e acho que ela é mal intencionada?
Você pode ser o que quiser, Hailey. Isso não é da minha conta. Se você acordar amanhã achando que é um moai, ou um varal, ou o Pepeu Gomes, bom pra tu. Não tenho nada com isso - nem a obrigação de compactuar com essas merdas.
Sem querer reacender o assunto, que imagino que deve ter cansado até as pessoas envolvidas, vou escrever só algumas linhas, porque realmente estou super ocupada. Opa, o "algumas linhas" ficou grande demais, então vou separar o comentário em dois.
ResponderExcluirFiquei muito decepcionada com várias pessoas. Que eu saiba, o negócio todo foi assim: primeiro o querido Diego apareceu pra postar um comentário antigo meu porque estavam reclamando de mim em algum fórum do transfeminismo. Não tenho Facebook; logo, não acompanho qualquer discussão em páginas no FB, que geralmente não tenho nem como acessar. A reclamação foi porque, entre dezenas de títulos recomendados, incluí A MULHER EUNUCO, livro de 1971 da feminista australiana Germaine Greer, como sugestão de leitura. Na maior parte dos títulos recomendados não havia qualquer observação, só o nome do livro, da autora, e a data. Aliás, no post que foi publicado no dia 8/3, eu colocava a MULHER EUNUCO mais pra baixo, na lista de livros recomendados, mas sem link. Foi só depois que uma leitora me enviou o link pra MULHER EUNUCO (acho que lá pelo dia 10/3) que eu coloquei o livro mais pra cima, com link. Acho que foi só aí que o pessoal reparou que o livro estava lá, porque antes não havia reclamações, ou eu pelo menos não fiquei sabendo.
Bom, a Hailey reclamou da inclusão do livro porque a autora de MULHER EUNUCO, Germaine Greer, fez declarações transfóbicas. Eu argumentei que o livro em si não é transfóbico, que é um clássico da segunda onda, e que remover o livro das indicações de leituras por causa de declarações que a autora fez anos depois da publicação do livro não me parecia correto. Outras pessoas comentaram também no post, comentários dos quais discordo, mas ponderados e tal. Enquanto isso, uma pessoa me enviou prints do que estava sendo discutido na página do Transfeminismo, que até agora não sei se é fechada ou aberta. Lá eu estava sendo acusada de um monte de bobagens. Por exemplo, como escrevi que o fantástico livro da hooks, FEMINISM IS FOR EVERYBODY, é um “livrinho” (por causa do tamanho!), era como se eu estivesse desmerecendo o livro (eu chamo o meu livro de livrinho)! Uma pessoa na discussão até disse que meu blog não se importa com pessoas gordas (de alguém que provavelmente nunca entrou no blog). Outra disse que eu não tenho a menor base teórica. Outra que “feministas desse naipe” são nojentas. E por aí vai. De repente, eu era a inimiga da vez de certa parcela do transfeminismo, e tudo porque recomendei o livro clássico de uma autora! É claro que fico indignada por ler montes de asneiras escritas a meu respeito. Vcs não ficariam?
(continua)
(segunda parte)
ResponderExcluirEntão a Hailey deixou um outro comentário dizendo que não era só por causa da Greer que o Transfeminismo estava bravo comigo, é que eu já havia citado Moran (“E vale lembrar que esse post da lista na verdade é o estopim, eu já vi vc falando da Caitin Moran E da Greer, as referenciando”). Eu respondi a Hailey: “Ah, Hailey, dá um tempo, vai. 'Já vi vc falando da Caitlin Moran', como se isso fosse um crime capital! [...]”. Achei absurdo apontar o dedo como foi feito – “já vi vc falando de outra autora que não gostamos” é muito infantil. O meu “dá um tempo” foi referente a isso, porque é ridículo falar “já vi vc” de um blog aberto que não cometeu crime algum, e porque é de uma tremenda imaturidade dizer que não posso citar ou gostar de certas autoras (aliás, de LIVROS, não de autoras! Nunca referenciei a Moran, mas gosto de COMO SER MULHER, recomendo o livro, e acho que ele é positivo e atrai novas pessoas pro feminismo).
Todo mundo tem o total direito de discordar das recomendações de leitura que dei no post. A caixa de comentários está aqui exatamente pra isso: pra dizer “esse feminismo não me representa”, pra reclamar de livros que não incluí, para sugerir outros títulos, pra criticar os livros (e também as autoras, embora eu prefira criticar os livros, não as pessoas), pra deixar outros links... Inclusive, seria ótimo se o Transfeminismo acrescentasse sugestões de leituras ligadas ao transfeminismo.
Todos os comentários estão aí (tirando os que eu editei porque citavam alguém que não fez parte da discussão e foi atacada gratuitamente). Eu já deixei minha opinião, e não vou repeti-la. Pena que os comentários feitos no Transfeminismo não estejam aqui, porque eles desmentem o clima de “ninguém atacou a Lola”.
Pra mim, essa discussão soou absurda desde o início. Entendo que grupos discriminados que se sentem ofendidos têm mais é que decidir o quê e como discutir, mas sinto que a discussão extrapolou para ofensas que não tinham nada a ver com o tema. Esse tipo de comportamento queima pontes, destrói diálogos. Pode ser bonitinho bradar pro grupo que “não dependemos desse naipe de feminismo nojento”, pode render alguns joinhas no FB, mas essa bravata não é nem verdadeira, nem sensata. Todxs nós precisamos de aliadxs. Ainda mais quando estamos no mesmo barco. E, pra mim, estamos no mesmo barco. Pra algumas pessoas, uma discordância já é suficiente para que sejamos adversárias. Meu feminismo é todo inclusivo. E não é tão frágil que qualquer discordância faça com que briguemos entre nós. Repito: precisamos aprender a discordar.
Q coisa mais decepcionante. Eu até dei unlike nas páginas desse grupo transfeminista, pois de fato eu já vi outros ataques similares. Esses q a Glória citou eu vi acontecendo, estava lá acompanhando.
ResponderExcluirPessoalmente, eu acho q o prolema não é considerar algo errado ou achar q aquilo não condiz com seu tipo de ativismo, mas chegar em páginas de feministas exigindo q elas se adequem. E se elas não concordarem? Todas têm direito a ter uma opinião, ora mais! Todas têm direito a se explicar, uai. Na minha cabeça isso é muito simples.
Não sou obrigada a concordar com as teorias desse grupo transfeminista e ninguém é obrigado também!
Precisamos aprender a discordar [2]
Deixa de desonestidade e egocentrismo, Lola. Ninguém disse que o seu blog não dá atenção a mulheres gordas. A pessoa disse que o foco da maioria dos espaços feministas é em cis, brancas, hétero etc. E que pessoas trans*, com deficiência, gordas etc não recebem muito espaço. Não invente, por favor.
ResponderExcluirEnquanto mulher cis e feminista, estou envergonhada com os comentários feitos sobre xs trans* e a fulanização do debate. Posto abaixo, o link de uma entrevista com Ida Hammer. Há uma resposta, em especial, que fala de uma lógica antitrans que não é aleatória. Feminismo, ou é interseccional, ou não é feminismo.
ResponderExcluirhttps://ecossocialismooubarbarie.wordpress.com/2013/03/07/falando-sobre-transfobia-e-ecofeminismo-com-ida-hammer/
Ok, expor uma pessoa que nem estava aqui, na opinião da Lola, foi ruim e mereceu um puxão de orelha.
ResponderExcluirPorém, dizer que "passear entre os gêneros" é um "privilégio" e desmerecer toda a problemática de pessoas que são representadas pelo "T" do LGBT, não mereceu nem um comentário?
Peraí, as pessoas estão a reprovar todo o transfeminismo aqui ou estão apenas reprovando a postura da Hailey?
Não sei se eu deveria continuar a discussão mas vai lá...
ResponderExcluircomo não se sentir excluidx de um feminismo que deliberadamente exclui pessoas TRANS*? Tanto que surgiu print screnn sei lá eu da onde desligitimando a identidade de uma pessoa trans*? Dizendo que identidades não binárias é só gente cheia de privilégio? (por favor, adoraria saber qual meu privilégio)
Lola, tentar ser inclusivo e quando uma pessoa faz um apontamento manda ela dar um tempo. Como qualquer cara sexista manda uma guria lavar louça.
Será que não dá pra perceber que as questões trans são deixadas de lado historicamente, inclusive a sugenda onda feminista é altamente transfóbica. Dizer que é um ícone da segunda onda não ajuda nada...
Cadê meu privilégio de cis lixo? a vagina me dá privilégio naonde? vou lá buscar.
ResponderExcluirSuper legal né Lola, você receber prints de um grupo fechado e ficar falando dos comentários deles em público né? Presevar feministas é só quando elas não estão falando sobre sua atitude imatura de não ouvir críticas e deixar comentários transfóbicos rolar no seu blog né?
ResponderExcluirTipo, estou achando sua atitude altamente insensata. Se o problema foram com as pessoas que estão deixando comentários aqui e não estão escondendo suas caras porque não resolver o problema com elas? Porque não manter um diálogo com elas? Ficar escrevendo na caixa de comentários sobre o quanto fulano A ou B está falando mal de você não leva a lugar nenhum. Só releva seu orgulho ferido de ter pisado na bola referenciando uma autora transfóbica e ter sido chamada a atenção. Que tal sermos mais maduros e realmente nos abrirmos ao dialógo sem ficarmos nessas birras bobas que não levam a nada?
Alguém deixou este comentário anônimo. Não quero deletar comentário algum, então tirei os nomes:
ResponderExcluir“Em outras épocas, quando eu ainda acreditava e idealizava o feminismo talvez me afetasse. Estou 0% agredida.
cara, eu não exatamente agredida. Nem exatamente pasma. Eu só fico meio com vergonha alheia. Sinceramente, a discussão foi ótima, saímos de lá lindas e com nosso ponto provado, e eu ri muito nesse processo. Não é novidade para mim que há intolerância, e não sei se eu achei que seria diferente entre essxs feministas em questão.
Eu fico apenas constrangida demais. Muito mesmo.
É vergonha alheia demais ver elas tão 'mimimimi'. E eu me sinto muito envergonhada, especialmente porque eu sou uma feminista cis, e a impressão que elas passam é a impressão que as pessoas tem de mim à primeira vista.
E eu não posso culpar xs trans* por isso, pq estão cobertxs de razão. Eu só posso querer dar um chute na cara dessas gurias 'kd sororidade'.
Fiquei emocional e fiz drama nos comentários da Lola. E, sinceramente, tou odiando de forma muito pessoal essa XXX
a XXX eu só odeio. A XXX eu odeio MUITO. Como assim ser um prvilégio transitar entre homem e mulher, caralho?
"aiaiai, no facebook ce lê cis scum! pobre de nós!" cofcof. cis scum.
Estão fazendo o jogo delas querem ver o circo pegar fogo pra ter assunto e pagar de coitadas contra cis lixos opressoras malvadas.”
Pensei muito antes de decidir se postava algo ou não.
ResponderExcluirAssim, eu não te acho errada, Lola, em postar o livro mesmo que a autora seja duvidável. Mas eu acho que é uma reflexão importantíssima
pensar em pq você considera aceitável. Se fosse uma autora feminista que propagasse discurso de ódio contra negros e perseguisse pessoas
negras, será que ainda assim o livro dela seria recomendado (mesmo que o livro dela não tenha racismo em si)?
Até que ponto dá para confiar nas teorizações de pessoas que deliberadamente excluem pessoas que também são vítimas
do patriarcado de suas análises? Até que ponto dá para confiar em qualquer framework teórico que deliberadamente
exclui e não se importa com todas as pessoas menos privilegiadas?
Como analisar o patriarcado ignorando milhares de facetas dele em nome de uma categoria relativamente privilegiada?
Será que uma análise assim é confiável ou é enviesada?
Por exemplo, não dá para analisar a homofobia se baseando apenas na realidade de gays de classe média homens e brancos e cis.
As dinâmicas da homofobia são muito diferentes se for uma mulher, ou um homem negro, ou um homem da periferia, ou se você for trans.
Dá para pensar em homofobia sem pensar na intersecção com a misoginia, como a diferença da homofobia que um gay "pintoso" é sujeito
em relação a homofobia que uma lésbica "caminhoneira" é?
Dá para se analisar a fundo, como fenômeno, a homofobia, se não levar isso em conta? E se você não apenas não leva isso em conta
mas também excluir e tentar marginalizar deliberadamente qualquer grupo que não seja homens brancos e cis?
Da mesma forma, dá para se analisar patriarcado e opressão de gênero sem considerar todas as facetas do fenômeno? Até que ponto
uma análise assim é confiável e corresponde a realidade?
Não cabe a mim responder, mas essas são questões importantes, na minha opinião, e que devem ser feitas. E a reflexão de pq será que é tão aceitável assim recomendar teorias de pessoas transfóbicas como se a transfobia delas, mesmo que não diretamente presente
naquela obra, não tivesse enviesado suas análises. Pq recomendar alguém que fala sobre opressão de gênero mas que diretamente oprime e exclui as pessoas que transgridem o gênero?
Não é só a questão de "boicotar" autoras abertamente transfóbicas, é também questionar até que ponto suas análises são isentas, até que ponto esse discurso de ódio não enviesou essas análises.
E questionar pq é aceitável recomendar textos de pessoas abertamente opressoras, desde que a opressão não seja contra mulheres brancas cis.
E acho que isso é uma reflexão muito mais importante e complexa do que "ah, dá um tempo, esse livro específico não tem discurso de ódio".
Eu adoraria ver a Lola discutindo aqui o tema proposto e a transfobia. Discordando, se fosse o caso, apresentando argumentos, expondo idéias. Eu ia realmente achar o máximo se, apesar da bagunça toda, o resultado fosse questionar de onde vem a transfobia e como questionar isso tem a ver com o feminismo.
ResponderExcluirPorém, tudo o que eu vi até agora foram ataques pessoais, justificativas, egos feridos e um festival enorme de "dois pesos, duas medidas".
Penso no que eu disse no meu primeiro comentário, sobre o gosto da Lola pelo livro da Moran fazer com que tantas meninas subam nas cadeiras e digam "Sou Feminista!". Porém, sinto tristeza por pensar em quantas meninas estão aqui hoje, lendo esses comentários e a falta de uma postura por parte da autora que deixou a transfobia rolar solta e expôs comentários feitos em outra discussão sobre o que aqui estava rolando como se isso fosse um argumento, e pensando "Não quero ser feminista. Essas feministas são muito baixas, preconceituosas e egocêntricas".
Eu, como mulher cis e consciente desse meu privilégio - sabemos o quanto sofremos por termos nascido com um corpo já preparado para sermos mulher, agora vamos imaginar as mulheres trans*, que ainda têm mais esse problema na vida, nasceram com um corpo que não as representa, gente, sério que não dá pra entender o privilégio? Mesmo? - fiquei profundamente envergonhada com a postura de muitas colegas aqui.
ResponderExcluirEu nunca leio comentários, não participo de fóruns, não sei de nenhuma dessas briguinhas paralelas, portanto só posso me manifestar pelo que eu vi AQUI.
Entendo a recomendação da Lola, a respeito de livros, sem considerar os autores, até porque ninguém é obrigado a pesquisar a biografia de um autor para apreciar a sua obra. Entretanto, se esse autor fizesse considerações racistas, acredito que a Lola teria outro posicionamento, algo que é interessante questionar. Por que será?
Entendo que a Lola não tinha conhecimento das declarações das autoras, mas agora, tendo ciência disso, acho que um adendo à recomendação pode ser recomendável. Algo como "embora este livro seja uma obra muito importante da segunda onda, fora dele, a autora faz graves críticas transfóbicas, de maneira que ofende muitas mulheres ao tentar empoderar outras".
No mais, não achei que nenhuma das meninas trans* (desculpem se eu não uso o asterisco no momento certo, mas estou tentando!) foi grossa ou desrespeitosa com ninguém, simplesmente colocaram o ponto em questão e o trouxeram para debate. Não pode? Não é esse o objetivo dos comentários?
Se fora daqui existem briguinhas paralelas, eu não sei e nem me interesso por isso, mas aqui tudo o que eu vi foram as meninas trans* sendo muito desrespeitadas (para dizer o mínimo), coisa que eu só esperaria ver em um fórum mascu.
JAMAIS na minha vida imaginei ver um discurso de ódio desse jeito em um blog feminista, da Lola.
Gente, falar que mulher não oprime é muita estupidez senão má-fé. Todos somos opressores, fazer parte de um grupo de oprimidos não nos faz automaticamente pessoas maravilhosas e magnânimas incapazes de oprimir o próximo.
Todos fomos criados nessa mesma cultura, racista, machista, transfóbica, homofóbica, etc, etc, o normal É oprimirmos, a nós mesmos e aos semelhantes. É uma batalha diária que devemos travar com nós mesmos para deixarmos de oprimir aos outros e a nós mesmos.
Portanto, ser mulher, cis ainda, não faz ninguém ser incapaz de oprimir, aliás, o que fizeram aqui Nádia e Júlia se não oprimir toda uma classe de colegas de luta?
Eu ainda espero que a Lola se manifeste a respeito dessas declarações específicas e faça uma retificação no texto em si (eu mesma não leio os comentários e não é isso que a gente pede das empresas e pessoas que tiveram atitudes questionáveis?).
Btw, sou #teamtaís
ResponderExcluirMenina inteligente, educada, soube colocar todas as suas ideias de forma concisa e muito pertinente, apesar do baixo nível que rolava solto, sou sua fã!
Opressão, discurso de ódio, misoginia, transfobia... gente, são conceitos muito muito sérios para serem usados assim, sabe. Essas acusações irresponsáveis esvaziam tanto o debate e infantilizam demais a discussão. Luci
ResponderExcluirDecepcionadíssima aqui. Feminismo transfóbico, definitivamente, não me representa. E o tal "dois pesos, duas medidas" menos ainda.
ResponderExcluirEnquanto isso, nós, mulheres trans, seguimos na invisibilidade e, por que não dizer, no escárnio.
Eu realmente esperava mais de um espaço feminista (será?) como aqui.
E questionar pq é aceitável recomendar textos de pessoas abertamente opressoras, desde que a opressão não seja contra mulheres brancas cis.
E acho que isso é uma reflexão muito mais importante e complexa do que "ah, dá um tempo, esse livro específico não tem discurso de ódio".
Pois é, mas lá do alto do privilégio fica difícil ver certas coisas de pertinho.
Gente, falar que mulher não oprime é muita estupidez senão má-fé.
ResponderExcluirSe um homem cis fizesse metade que uma certa autora já fez, teria seu nome perpetuamente inserido no black book do feminismo. Mas como é mulher cis, das mais transfóbicas, aí tudo bem.
Lamentável.
Gostaria de perguntar aos ilustres comentaristas se só existem mulheres trans*?
ResponderExcluirNão existem homens trans* ou transhomens (como queiram) não?
SOU TRAVESTI E ESSE GRUPO TRANSFEMINISMO NÃO ME REPRESENTA.
ResponderExcluirSÓ VIM AQUI DIZER ISTO.
OBGADA.
Só esclarecendo uma coisa:
ResponderExcluirHá pessoas que comentaram aqui que - SIM - agridem reiteradamente outras mulheres.
Muita gente está confundindo uma reação contrária A ESSE COMPORTAMENTO como uma reação contra um grupo social.
Sejam menos ingênuas. Nem todo oprimido é *bacana*.
Posso falar por mim: minha reação é contra um grupelho agressivo que difama outras mulheres. São pessoas bem específicas.
Abraços.
Gente eu sou meio nova nessas coisas de transfeminismo, cisgêneros etc e admito que tive dificuldade de mastigar essas informações, então queria deixar uma sugestão pra Lola pra fazer, se possível, um post explicativo e educativo para outras pessoas terem acesso a essas realidades até porque é mesmo importante saber a diferença entre uma coisa e outra, obrigada.
ResponderExcluirA escalada dos privilégios é curiosa.
ResponderExcluirHomem branco cis acha que mulheres e gays são privilegiados (?) por terem legislação mais protetiva etc.
Homem negro cis acha que privilegiado, é o branco.
Mulher branca cis tem todo o apoio do feminismo, mas é desprivilegiada em relação a homens cis, negros ou brancos.
Mulher negra cis é desprivilegiada em relação às brancas cis.
Mulher trans tem que lutar pra ser reconhecida como mulher, mesmo que originalmente (biologicamente) seja um homem, um privilegiado em relação às mulheres mas desprivilegiado em relação aos homens biológicos cis.
Homem trans é praticamente ignorado, porque originalmente eram "mulheres", já desprivilegiadas e agora na condição de homem não contam com o apoio de ninguém, não ascendem na pirâmide, só descendem.
Que doideira.
mulheres biológicas, homens biológicos... "originalmente" biológicos.
ResponderExcluirFico me questionando se transexuais são realmente vistxs como não-biológicxs, não-orgânicxs, ciborgues.
Quanto aos homens trans*, também invisíveis e também enxotados para fora, eu acho que entendo porque não aparecem numa página onde o transgênero é um "privilegiado por poder dar passeios por entre os gêneros deliberadamente". Não há muito o que fazer aqui além de se ofender.
Claro que há comentários muito bonitos, como o da Nina, o da Amanda, o da Luna, o da Cel. (obrigada pelos elogios, querida, refez minha autoestima!) e mais um monte de pessoas (desculpe não citar todxs!)que ao invés de incentivarem briguinhas, estão incentivando apenas que exista um post informativo aqui no blog da Lola com informação interessante e acessível sobre esse difamado "T" na sigla LGBT que precisa abarcar tanto significado e ninguém parece saber muito como lidar com ele.
Não me interessa ficar batendo boca com anônimos, nem explicar para Julias que transexualidade não é um "privilégio de passear por entre os gêneros", nem ficar aqui montando pirâmides de quem oprime quem.
Acho que dá para partir do princípio que não importa quem seja, pelo fato de ser humanx, todxs serão oprimidxs e opressorxs ao menos uma vez na vida. Eu consigo conviver com essa certeza. Eu VOU oprimir alguém, mais cedo ou mais tarde, querendo ou não. Mas a questão é: O QUE EU VOU FAZER QUANDO EU ME DER CONTA QUE ESTOU OPRIMINDO ALGUÉM? Tento me educar para que eu não ignore a reclamação de quem está sendo oprimido por mim e me satisfaça em dizer para tal oprimidx "dar um tempo".