Quando tuitei o guest post da A. (aquele que um monte de gente disse que não foi estupro), Arielle Sagrillo Scarpati me enviou uma mensagem dizendo que trabalha com o tema de estupro e todos os dias vê o discurso patriarcal reforçando a responsabilização da vítima. Pedi então a ela que escrevesse um guest post sobre isso. Arielle, que é psicóloga e mestranda em Psicologia Social pela Universidade Federal do Espírito Santo, atendeu prontamente o pedido. Quem quiser entrar em contato com ela, seu email é arielle.psicologia@gmail.com
Antes de apresentar qualquer discussão sobre o assunto (aliás, Lola, muito obrigada pelo convite!), acho válido dizer por que resolvi estudar e trabalhar com violência sexual. Pois bem, ainda na graduação de Psicologia, tive a oportunidade de estagiar numa Vara de Infância e Juventude. O trabalho era puxado, mas sempre sobrava tempo praquele momento do café, onde todos os estagiários, e mesmo os orientadores, se reuniam pra conversar sobre suas impressões dos casos e outros tantos assuntos... Uma característica nessas conversas, no entanto, começou a me incomodar. Diante dos casos de violência sexual, não era raro que fossem ditas coisas como “Ah, mas com aquela roupa, pediu pra ser estuprada!”; “Mas também, olha aonde ela tava!?”; “Ah, ela deu em cima dele. Já tem idade pra saber o que está fazendo!”; “Mas ela não tem nenhuma marca?”.
Eu chegava a argumentar e apontar que este não era o caminho pra se pensar a questão, mas confesso que poucas vezes obtinha sucesso. Resolvi transformar meu incômodo no meu trabalho de conclusão de curso e desde 2009 venho tentado, então, compreender esse discurso que ao invés de acolher, acusa a mulher vítima de violência sexual. Hoje, no mestrado, tenho trabalhado mais especificamente com a reprodução desse discurso no âmbito jurídico.
Esses comentários, que eu ouvia nas conversas na hora do café, não são exclusividade daquele local (poderia justificar que estou falando de uma cidade do interior do Espírito Santo), ou ainda, característico da "mentalidade" daquelas pessoas. Na verdade, essas explicações refletem um julgamento (compartilhado socialmente) sobre as vítimas de violência sexual a partir do local que frequentam, da roupa que usam, das suas companhias. Esses depoimentos exemplificam como se perpetua a cultura sexista, que valida a violência contra mulheres. É como se o fato de a vítima estar viva, e de certa forma sem muitos sinais de violência, significasse que ela não tivesse resistido o suficiente ou, ainda, que de alguma forma ela tivesse colaborado pro que houve (através de um comportamento sedutor, por exemplo).
Algumas teorias tentam dar conta do assunto através de perspectivas diferentes (honra, representação social, valores, tradicionalismo, gênero, entre outras). Uma, dentre essas, me chamou atenção. Proposta por Martha Burt em 1980, a teoria de Mitos de Estupro afirma que esses mitos referem-se a um conjunto de crenças, que servem para sustentar e perpetuar a violência sexual contra as mulheres, e estão relacionados a questões como os estereótipos de gênero e desconfiança de um sexo para com o outro.
Esses mitos acabam por embasar um discurso que culpa a vítima e absolve, simultaneamente, o agressor. Acabam, ainda, por minimizar e justificar a agressão cometida contra a mulher através de afirmações sobre os comportamentos que deveriam ter sido apresentados por ela.
O que se percebe é que nas questões relacionadas à sexualidade, os preconceitos e estereótipos sociais direcionados à mulher se tornam ainda mais significativos -– o que se reflete, por exemplo, na forma como a polícia e/ou o Judiciário tratam o tema.
Comparando-se práticas jurídicas de um século atrás com práticas jurídicas atuais, observa-se que mesmo a violência sexual sendo considerada um crime hediondo, para muitos operadores do Direito continua a ideia de que tal tipo de violência é cometido apenas contra “mulheres honradas” (virgens, muito jovens, idosas, mulheres que resistiram fisicamente), enquanto outras raramente farão parte deste grupo -– e não serão percebidas, portanto, como vítimas ‘genuínas’. Ou seja, mulheres incapazes de cumprir as ditas regras sociais que “definem o bom comportamento feminino” não pertenceriam ao grupo das "vítimas reais" (prostitutas, por exemplo, estariam excluídas). Assim, não é incomum que seus depoimentos sejam sumariamente descartados e que essas mulheres sejam vistas como culpadas, não vítimas.
Lembro de, durante esse processo de tentativa de compreensão do fenômeno, ter tido acesso a sentenças onde juízes alegavam que pelo fato de a mulher não ser mais virgem, a violência não teria sido algo tão traumático (como ela queria fazê-los acreditar), ou que (também pelo fato de a mulher ter vida sexual ativa) a relação havia sido consensual e que, portanto, não havia crime a ser julgado. Outros chegaram a fazer com que a vítima pagasse indenização ao agressor -– uma vez que a reputação dele havia sido manchada.
Para além desses problemas, um outro ponto que considero pertinente levantar é que tal discurso não é proferido apenas por homens, mas também por mulheres, inclusive pelas próprias vítimas. Mulheres que, contaminadas por um discurso patriarcalista, internalizaram a culpa e passam -- ou continuam -- a permitir (e, em alguns casos a incentivar) o exercício de relações baseadas em concepções naturalizantes e a-históricas. Concepções estas que viabilizam que a hierarquia de gênero seja justificada e exercida através do domínio do masculino sobre o feminino.
Compreender o fenômeno requer tempo e muita, muita discussão. São diversos os fatores que influenciam na maneira como a vítima (principalmente adulta) de violência sexual seja tratada. O assunto não se esgota aqui. Seria impossível dar conta de tantas questões em tão pouco tempo e espaço. Considero, no entanto, que a principal questão aqui e neste momento, é que precisamos compreender que esses discursos (bem como os sentimentos de culpa de muitas das vítimas) não têm relação apenas com o ato da violência em si.
São, na verdade, fruto de um contexto social que construiu, ao longo do tempo, um estereótipo do que é o feminino, qual o seu lugar e função social. Discurso que acaba por dar sentido ao ato violento, alimentando-o e fazendo-o sobreviver. Discurso que relega à vítima um lugar de marginalidade. Somente através de espaços de discussão e debate é que poderemos romper barreiras e transformar uma cultura sexista como a nossa em uma cultura baseada no respeito e cuidado com o próximo. E pensando especificamente neste tema, somente assim poderemos oferecer acolhimento e tratamento adequado à vítima e a seu agressor.
As heranças culturais demoram a ser transformadas. Normalmente as pessoas não percebem que estão perpetuando tais discursos e ai esta a grande dificuldade de argumentar.
ResponderExcluirRealmente, muito trabalho duro precisa ser feito para que essa mudança de mentalidade se torne efetiva na sociedade e não fique restrita a um pequeno grupo intelectual
ResponderExcluirEu sempre 'apanho' em conversas sobre cultura de estupro. Como disse Huan, é difícil que as pessoas entendam que fazem parte dessa mesma cultura. A vítima ainda paga o pato em todas as instâncias.
ResponderExcluirCerta vez, falando sobre uma ex-namorada que tinha sofrido estupro duas vezes, uma delas enquanto namorávamos, uma amiga reagiu com surpresa por ter sido duas vezes. Senti que de alguma forma ela 'sugeriu' que o estupro tivesse sido 'facilitado'. Isso eu percebi em uma amiga, mulher, lésbica, que apesar de amarela, tem muito sangue negro na veia, alguém que representa muitos grupos oprimidos. E que é letrada, como se diz. O que esperar de outras pessoas, como rever esse olhar?! Eu gostaria que o processo fosse acelerado, e pra isso, como foi dito no texto, tem de haver muito debate. Eu provoco sempre que dá, faço meu trabalho de formiguinha. E tenho a esperança de contagiar as pessoas.
@Sapho
ResponderExcluir"E que é letrada, como se diz."
Pior que algumas das mais geniais e das mais boçais coisas que já vi foram feitas por pessoas letradas. A algum tempo vejo que a academia não é o ó do borogodó que todo mundo pensa...mas pode ser só um reflexo de minha critica que pende dia a dia cada vez mais a anarquia.
"Eu gostaria que o processo fosse acelerado, e pra isso, como foi dito no texto, tem de haver muito debate. Eu provoco sempre que dá, faço meu trabalho de formiguinha. E tenho a esperança de contagiar as pessoas."
Também queria, também forço quando dá e também acredito que o trabalho de formiguinha é o caminho para tentar contagiar. Como diz um amigo meu, "temos poder para mudar as coisas dentro do alcance de nossas mãos".
Eu vejo diariamente aqui no trabalho.
ResponderExcluirTodo, mas todo caso de violencia de genero, de agressão sexual, as funcionarias da minha sessão não hesitam em culpar as vitimas.
A não ser quando são crianças, quando ai dão um jeito de culpar as mães.
Recentemente na minha cidade um homem matou o namorado da ex-mulher e depois cometeu suicidio.
Sabe qual o foi o primeiro comentario?
"Olha oq a vagabunda aprontou"
sim, uma mulher xingou outra pq ela decidiu ter um novo relacionamento.
E por mais que eu argumenta-se ela não conseguia entender que estava sendo machista.
um dia eu não aguentei e disse que tinha muito medo pelas minhas sobrinhas crescerem num mundo onde haveria tantas pessoas como elas pronto para julga-las e culpa-las quando acontece-se algo ruim com elas.
Esse discurso culpabilizando a vítima na hora do café, que a Arielle citou, não partiu de psicólogos não, né? Por um momento eu entendi isso e me assustei.
ResponderExcluirVoces tem razão de reclamar tanto pois todos sempre acreditaram que a culpa é da vitima pois estupro só virou crime com varios anos de reclusão apos o feminismo ,na idade média ninguem sonhava sequer com a possibilidade de prisão quanto mais de pena de morte...
ResponderExcluirAté pouco tempo, no Brasil, se o estuprador se casasse com a vítima era isento de processo judicial...De forma semelhante a uma certa passagem em um certo livro de 3000 mil anos...
ResponderExcluirA herança é bíblica: DT - 22:23 e 24
ResponderExcluir"Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, Então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti."
Já dizia a bíblia, a mulher estuprada será punida com a morte por não gritar.
O que vocês precisam entender é que o estupro é a única forma que muitos homens tem de perder a virgindade.
ResponderExcluirMordred Paganini
ResponderExcluirRealmente isso era possivel mas acredito que só acontecia se os pais(pai e/ou mãe) da moça achassem um bom negocio casar a filha com um traste (provavelmente por ele ser mais abastado a que a familia dela).e claro a moça tinha que dizer sim na frente do padre...
Mas enfim voce usa excessão pra desvalidar a regra..
concordo que "ser letrada" não ainda muito, acho que consciência não tem tanto a ver com educação formal, mas com educação cultural...
ResponderExcluir" Anônimo disse...
ResponderExcluirO que vocês precisam entender é que o estupro é a única forma que muitos homens tem de perder a virgindade."
sério que eu li isso? pq se um homem precisa de um recurso desse pra perder a virgindade, ele é MUITO escroto!!
e desde quando estupro tem algumas coisa a ver com sexo? Tem a ver com violência, com quem manda...
E se o Sr. Anônimo tivesse um "coleguinha" que quisesse comer um cu, e pegasse o senhor a força, sem o seu consentimento, mas na base da pancada? Seria justificável, "só pq essa seria a única forma dele comer um cu"?
Anyway, mulheres gostam de sexo tanto quanto homens, se o cara não for um escroto completo, claro que ele achará parceira sexuais, e até mesmo procurar uma prostituta (desde que ela esteja nessa profissão porque quer) é mais digno do que estuprar, qlqr coisa é mais digna que estuprar! Inclusive permanecer virgem! Não tem nada de errado em ser virgem...
Ahhhhh! Tanta bobagem que eu ouço que me faz perder a fé na humanidade!
Se a única forma que eu tiver de ter um carro é roubando o seu então tudo bem?
Que falácia de quinta categoria essa sua! Isso só demonstra a maldade que existe em você... Vá fazer terapia, pro seu próprio bem e o bem das pessoas que te rodeiam
@Camila Strongren
ResponderExcluir"concordo que "ser letrada" não ainda muito, acho que consciência não tem tanto a ver com educação formal, mas com educação cultural..."
Definitivamente, já achei que doutores seriam pessoas de maior compreensão das pluralidades de [insira todas ou qualquer uma individual] mas na verdade não
Eu SEI que a culpa do estupro é de quem estupra e tal, mas quando eu vou escolher o que vestir, prefiro me ater a jeans e camiseta. A gente vive num mundo tão maluco, que o que eu puder fazer pra não chamar atenção eu farei. Como disse, eu SEI que a culpa não é da vítima.
ResponderExcluirCada mortal é responsável pelo seu próprio destino
ResponderExcluirE cade o discuso de que "só fazem com nos o que permitimos"?
Lord, quer crianças que não tem conciencia sejam culpadas?
'E por mais que eu argumenta-se ela não conseguia entender que estava sendo machista.'
Quem sabe o burro não seja vc?
'um dia eu não aguentei e disse que tinha muito medo pelas minhas sobrinhas crescerem num mundo onde haveria tantas pessoas como elas pronto para julga-las e culpa-las quando acontece-se algo ruim com elas.'
Ta com vontade de comer suas sobrinhas né seu puto?
Todo homem é um estuprador em potencial, por mais que o processo civilizatório queira neutralizar o animal sexuado macho, encharcado de testosterona. Nas demais espécies animais, o ato sexual vem acompanhado de violência e unilateralidade na urgência em copular. Cartazinho vai dar em nada. A mestranda e guest-poster deve saber muito bem que, para o estupro, vale a máxima: 'flight or fight'. Prefiram escapar (inclusive não facilitar) mas se lutarem, lutem pra ganhar.
ResponderExcluirolha o ato falho... não ajuda muito*
ResponderExcluire não "não ainda muito"
Que desanimo de viver! Quero estorias onde os estupradores se dao mal.
ResponderExcluirÓ, que orgulhão de ter sido aluna da Arielle \o/ excelente post!
ResponderExcluirLetícia M, não adianta usar jeans e camiseta pra sair na rua. você pode não ser estuprada por um crackudo no beco escuro, mas pode ser estuprada por um namorado ou um ex, um parente, um amigo. nessas horas, de q adianta a calça jeans com um monte de botões?
e de qualquer forma, não ajuda nada ficar falando "eu sei que a culpa não é da vítima, mas é melhor usar roupa tal", pq assim você tá contribuindo pra uma ideia de que existe uma indumentária inadequada pra se sair à rua, e isso reduz a nossa liberdade.
homem pode andar por aí de bermuda e um chinelo e só. tá ótimo. mas se a mulher estiver com calor, que importa? bora lá colocar jeans e camiseta pra não dar motivo a ninguém. azar de quem gosta de usar saia, né?
gente, uma atualização do caso da Karina Veiga:
ResponderExcluirhttp://www.facebook.com/photo.php?fbid=294061487380196&set=a.203460039773675.43356.203333956452950&type=1&theater¬if_t=comment_mention
Perfil do troll: burro, incapaz de um único argumento que faça um mínimo de sentido e, claro, anônimo. Haja paciência.
ResponderExcluirEnfim, reverter esse tipo de mentalidade que incentiva a cultura do estupro é tão difícil quanto necessário. Porque existe gente de todo tipo: os simplesmente ignorantes, os realmente mal-intencionados, e também aquelas pessoas que parece que têm medo de usar a palavra 'estupro'. 'Ah, o cara foi babaca, mas não estuprador', ou 'Ah, mas é uma acusação muito forte'.
Gente, por favor. Eu reconheço que é possível em algum momento haver algum exagero, e por isso eu acho super válido pensar, discutir, pedir ajuda de alguém confiável, como num post recente de uma moça que estava em dúvida, e a própria Lola disse que achava que não tinha sido estupro.
Mas de um modo geral não é tão difícil assim, vai. Não é NÃO. E se mesmo tendo ouvido "não!", "para!", outros similares e ter recebido todo tipo de indicação negativa da mulher, o cara forçar a barra, é estupro. O que precisa acontecer pra configurar um 'não' autêntico? A mulher tem que dar um soco no cara, é isso? Onde está escrita essa regra? Ela pode ter mil motivos pra não fazer isso, pô, um inclusive muito simples chamado 'índole'.
Eu sei distinguir exatamente se quero ou não fazer sexo. Agora não posso dizer com toda a certeza do mundo qual seria minha reação caso alguém tentasse forçar a barra. Eu poderia deixar, mesmo não querendo muito? Sim, aí não acho que seria estupro. Agora se eu digo que não, tento empurrar, peço pra parar, dou todos os sinais de que não quero aquilo e o cara não para, o que precisa acontecer pra ser estupro? Ele tem que me deixar quase morta numa poça de sangue?
Um pouco de empatia aí, por favor. Vamos refletir, pensar duas, três, mil vezes antes de ser tão ávidos em julgar a vítima, até porque o que não falta é gente pra fazer isso.
Por isso que eu concordo com aquela teoria do pêndulo, que diz que de um extremo às vezes é necessário se ir a outro antes de conseguir o equilíbrio. Se pra pararmos com essa cultura de estupro absurda, precisarmos cometer alguns exageros antes, não ligo não.
As vítimas de estupro e potenciais vítimas (ou seja, todas nós mulheres) agradecem.
Ninguém merece os comentários desses mascu trolls dementes
ResponderExcluirJu 5/12 12:54
ResponderExcluirResolvi postar como anônima para preservar x profissional que me atendia na época, mas não me espantaria ouvir isso de certxs profissionais.
Certa vez, ao relatar uma "passada de mão" quase ginecológica que me incomodou muito, ouvi "mas se você foi à festa com as mesmas roupas que usa para vir ao consultório, você estava querendo, né? ainda mais que já estava alta de tequila". O fato de eu ser abstêmia não deve ser mesmo importante.
Quando fico triste com o mundo em que vivo, tento aliviar pensando: já foi muito pior!
ResponderExcluirLeio diariamente seus posts e já mudei meu padrão de pensamento em relação a vários assuntos graças a eles. Percebo que é corriqueira aqui neste espaço a discussão acerca do comportamento da vítima. Concordo que a vítima não pode e não deve ser responsabilizada pelo mal que lhe ocorreu. No entanto, fico me questionando acerca de tudo que já foi escrito sobre vitimologia. Na minha estante mesmo, tem um livro de vitimologia forense que utilizei quando escrevi um artigo sobre assédio moral no ambiente de trabalho. Será que esses trabalhos não significam nada? Não seria interessante ouvir algum estudioso desta temática pra saber o que ele tem a dizer acerca disso também?
ResponderExcluirAi gente, perco a vontade de entrar nos comentários quando vejo esses tipos de coisa que os mascus colocam aqui.
ResponderExcluirE anonimo das 15:54! Por isso que os seres HUMANOS (o que você não deve ser) são os únicos animais inteligentes pois SUPOSTAMENTE temos capacidade de controlar nossos instintos!
E essa conversa de que é instinto do homem (coberto de testosterona??? sério???) estuprar é uma merda sem fundamento nenhum!!!!!!!!!!
RIDÍCULO!
Esses mascus ficam falando que o homem deve ser "honrado e viril", mas só agem como covardes!
Já ouvi horrores sobre a culpa ser da estuprada sairem das bocas de respeitáveis psicólogas :(
ResponderExcluirMesmo sabendo que você não está culpando as vítimas, só tentando se proteger, cuidado com o modelo do seu jeans:
http://feministacansada.tumblr.com/post/35002066197
Ok, não vou alimentar (muito) os trolls... mas anônimo 05/12 13:45
O que você precisa entender é que o estupro é uma das muitas formas de toda a sociedade perder a dignidade.
E vá mesmo fazer terapia, como bem sugeriu a Camila, mas escolha bem x profissional.
Anônimo disse...
ResponderExcluirMordred Paganini
Realmente isso era possivel mas acredito que só acontecia se os pais(pai e/ou mãe) da moça achassem um bom negocio casar a filha com um traste (provavelmente por ele ser mais abastado a que a familia dela).e claro a moça tinha que dizer sim na frente do padre...
Mas enfim voce usa excessão pra desvalidar a regra..
5 de dezembro de 2012 13:48
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Irrelevante. O simples fato de existir tal regra prova que o estupro não é considerado algo tão ruim assim. por muito tempo o estupro foi um crime contra a propriedade e não contra a dignidade humana.
Muitas vezes o discurso de culpabilização da vítima vem mesmo de onde a gente menos espera. Nos últimos anos conheci pessoas que trabalham com vítimas de violência sexual e, infelizmente, algumas perpetuam preconceitos, não sei se por formação inadequada ou por estarem mesmo totalmente influenciadas por essa cultura machista de passar a mão na cabeça do agressor e de culpar a vítima.
ResponderExcluirNa época em que a Xuxa revelou no Fantástico que foi vítima de abuso sexual, ouvi coisas de certos profissionais que não esperava.
Uma vez assisti um filme ótimo chamado "A vida de David Gale" e nunca me esqueci que, em certo momento, um personagem diz que um homem acusado de estupro fica marcado pela sociedade pelo resto da vida, ainda que venha a ser inocentado, mas não é isso que a gente vê por aí, é bem o contrário aliás. A vítima sendo julgada e marcada e o agressor levando a vida com sua família e amigos, sendo apoiado, como se nada tivesse acontecido.
É muito triste.
E anonimo das 15:54! Por isso que os seres HUMANOS (o que você não deve ser) são os únicos animais inteligentes pois SUPOSTAMENTE temos capacidade de controlar nossos instintos!
ResponderExcluirLarga de falar besteira. TODOS os animais são inteligentes, mana.
Controlar instinto a homarada controla e muito até. Senão você ia ver a dimensão da coisa. E deixa rolar quando pinta ocasião. Ingenuidade sucks.
PARA INFELIZ E RIDÍCULO Anônimo das 15:44
Claro que cada mortal é responsável pelo próprio destino e também pelas ações que comete na vida.
Como assim vc quis dizer "E cade o discuso de que "só fazem com nos o que permitimos"?"?!!!!!!!
Tá querendo alegar, seu IMBECIL FDP que uma mulher ou até mesmo criança é estuprada por que permitiu?!
Vc que mostrou tb ser além de um misógino com tendências a estupro se rum anlafabeto funcional o que quis alegar com:
"Lord, quer crianças que não tem conciencia sejam culpadas?"
Não entendi NADA. Antes de dar uma opinião, ESTUDE pra não passar papel de BURRO!
Quanto a alegação do Lord Anderson:
'E por mais que eu argumenta-se ela não conseguia entender que estava sendo machista.'
A mulher era machista SIM! A moça assassinada já era divorciada não devia nada a ninguém e aposto que o ex-marido dela já deve ter arrumado várias mulheres depois que se separou da moça e é um machistinha babaca e revoltado como vc sr Anônimo de merda e não aceitou que sua EX-mulher tocou a vida pra frente porque pra ele ela ainda era "propriedade dele". Não era a mulher que era "vagabunda" era o ex-marido que era um misógino ASSASSINO!
Quanto a afirmação do querido Lord:
'um dia eu não aguentei e disse que tinha muito medo pelas minhas sobrinhas crescerem num mundo onde haveria tantas pessoas como elas pronto para julga-las e culpa-las quando acontece-se algo ruim com elas.'
Vc alegou que o Lord querida "comer as sobrinhas". Vc é um MALDITO PEDÓFILO!
Um dia seu animal nojento, vc vai pra cadeia e vão comer teu rabo isso sim, seu PODRE!
Isso vai ser pouco pra tc, torço pra que vc MORRA, assim este mundo estará mais seguro!
Sawl
ResponderExcluirPARA CRIMINOSO E DOENTE Anônimo das 15:54
"Todo homem é um estuprador em potencial"
De onde vc tirou esta MERDA? Já sei da tua CABEÇA né seu doente?!
Testosterona NÃO é sinônimo de COVARDIA seu imbecil!
Homens e mulheres tem uma coisa chamada RACIOCÍNO coisa que vc não tem!
Para estupro vale a máxima: NÃO ESTUPRE!
Homens civilizados tem testosterona e tem desejo pro mulheres, mas, não sentem vontade de ESTUPRAR uma mulher por mais bela que seja.
Suas afirmações são criminosas, vc é um homem(se dá pra chamar um sujeito como vc assim) PERIGOSO!
Deve achar que SEXO = ESTUPRO!
Sim nós mulheres devemos tentar escapar, fugir e se defender, mas, não conseguindo isso NÃO significa que o estupro NÃO É CRIME!
Vc é um criminoso em potencial.
Se vc acha que uma mulher foi estuprada por que deixou, experimenta violentar uma moça(independente de ela tentar se defende ou não) ir pra cadeia e ter dois caras te segurando e outro pronto pra enfiar no teu rabo(quem saiba não é disso que vc gosta?) pra ver se vai conseguir reagir?
Pra achar que "todo homem é estuprador em potencial" e toda mulher é uma "estuprada em potencial" tem que ser MISÓGINO, ODIAR muito as mulheres e ser um baita enrustido com ódio de ser tão covarde pra se assumir!
Sawl
Lola , gosto do seu blog e de postar aqui, é show de bola...
ResponderExcluirposso te cornetar um pouco se vc me permitir? heheheh
da uma cortada mais rigorosa nessa mascusada... na boa, eles por mais bobagens que eles possam dizer , acabam estragando o debate.
È dureza ver a masculhada infame justificando e fazendo apologia ao estupro por aqui.
anon 19:51, aposto que na vida real você é uma mosca morta.
ResponderExcluirMordred Paganini sobre o livro q vc citou, o que me incomoda na biblia não são os trechos q eu não compreendo, são justamente os q eu compreendo.
ResponderExcluirSó eu sinto uma lavada de cândida na alma com os comentários da Sawl?
ResponderExcluir=)
hahahahah Shey, eu AMO os comentários da Sawl. Muitas vezes me acabo de rir. Ela é óootima, adoro o estilo dela, adoro os caps lock. Enfim, muito amor.
ResponderExcluirEssa questão da roupa como incentivo para o estupro é tão idiota viu? Fosse assim nenhuma mulher dos sec passados teria sido estuprada e todas as índias seriam (pelos índios). Culpar a mulher é a regra e não importa se a vítima de um abuso for mulher, criança ou até mesmo um homem. Quando uma criança é abusada, a primeira pergunta que se faz é: onde estava a mãe?. Quando a mulher é abusada a pergunta é o que você estava fazendo lá ,ou tem certeza que não provocou ele? E se é um homem o abusado, a pergunta é, mas não tinha mulher?
ResponderExcluirE para o anônimo que diz q todo homem é um estuprador (porque são machos hiper-testosteronizados):
Não cara, só os misóginos. Dizer isso é como falar que se toda banana é fruta, toda fruta é banana.
E sobre os animais serem todos estupradores também, cara você revolucionou a zoologia. Reduziu todas as espécies a um número pequeno de espécies (alguns tpos de foca, leões marinhos, percevejos e lesmas do mar, e alguns roedores) enfim, não são todos os machos de todas as espécies que são estupradores. Na maioria das vezes o que acontece é que há um certo grau de violência durante a cópula, mas com o consentimento da fêmea (por razões peculiares a cada espécie) e sexo com consentimento não é estupro, ainda que seja violento (é como dizer que BDSM é estupro)
Isso tudo é conversa pra boi dormir. Continuem com as palavras de ordem tipo Não estuprem, Não roubem, Não matem... tábua dos 10 Mandamentos reloaded. OK, mas não se esqueçam de deixar as portas abertas...
ResponderExcluirOlha isso..
ResponderExcluirhttp://www.estadao.com.br/noticias/cidades,ex-policial-mata-ex-mulher-sogros-cunhado-e-se-mata-na-grande-sp,969527,0.htm
Já que o assunto se desviou para mascus e misoginia...
ResponderExcluirSabe, o sujeito honesto porém tímido que sofreu inúmeras rejeições, nunca foi tocado pelo Amor, sofre de celibato involuntário, desenvolve depressão de difícil tratamento e tudo o mais... Quando se torna misógino ou mascu, eu até acho entendo e às vezes até apoio contanto que ele dirija seu ódio a algo produtivo e benéfico, afinal, apesar de não ser muito lindo, é uma reação da Natureza para mostrar que há algo de errado com o Mundo.
Mas o sujeito que TEM oportunidade, tem vida sexo-afetivamente ativa, namorada/esposa/ficante e tudo o mais, e é misógino... Sempre que vejo um tipinho desses, minha vontade é de sair metendo a porrada.
Mas sobre o problema do tópico, acho que todas nós deveríamos combater isso justamente usando as roupas que queremos(em especial as curtas :3), pois se nos reprimirmos por medo, estaremos fazendo justamente o que o patriarcado quer, e portanto essa cultura não irá acabar.
Muito amor mesmo, Ju, eheheh...
ResponderExcluirE completo dizendo que adoro essas criaturas altamente inteligentes que ainda comparam estupro e abuso sexual com assalto, depois de posts e mais posts explicando, só que não.
Tenho 16 anos e tive um namorado aos 15. Era uma coisa inocente, até porque eu não queria nada demais, mas ele passava a mão em mim, colocava a mão por baixo da minha roupa, e eu resistia, mas no final só observava, não conseguia ter reação. No final, me senti Fui criada em uma família em que meu pai era extremamente controlador e minha mãe não tinha voz, assim como eu não tinha. Quase repeti isso. Até que um dia minha mãe descobriu o que ele fazia e sabe o que ela fez?Não disse nada pra ele, me chamou de vagabunda(em outras palavras) e que eu não teria um bom futuro sendo daquele jeito. Meu pai não fez nada. O pai dele o parabenizou. A mãe dele veio conversar comigo, mas não brigou com ele. Ele continuou tentando, até que fui mais forte e acabei o namoro. Ele me perseguiu muito, até esquecer. Encontrou outra para usar. O mais decepcionante disso é que minha própria família não me apoiou, e colocou a culpa em mim. A sociedade ainda é machista, em geral. E hoje eu vivo calada lembrando disso, não consigo contar para ninguém porque vão me julgar.
ResponderExcluirAnã das 00:27
ResponderExcluirSó tenho uma coisa a dizer sobre isso: Caralho. (Me perdoem o palavrão, foi o que me veio à mente assim que li).
Só de curiosidade, sim?
- De onde és?(Capital ou Interior? Qual Região?)
- Qual nível de passada de mão para esse estardalhaço todo? Era só um simples carinho e abraço debaixo da blusa para sentir sua pele ou algo mais... Profundo?
Entenda, eu fui criada em uma grande capital(RJ) e certas formas ultraortodoxas de machismo me são um pouco alienígenas.
Enfim, tente superar isso, não há receita mágica, mas procure respirar "novos ares", conhecer outras pessoas mesmo que de longe. Conviver com outros pontos de vista. Não falo necessariamente de ativistas, mas de pessoas mais bem aculturadas mesmo. Foros sobre hobbies são úteis para isso.
00:27, tudo errado. Era namoro ou molestamento? Você resistia quer dizer o quê? Não gostava? Ou não sabia que ele estava fazendo? Por que a mãe do rapaz iria brigar com ele? Ele continuou tentando o quê? Te levar pra cama? Namoro é quando o rapaz usa a garota? De onde você tirou isso? Culpa de quê? O que aconteceu? O que você fez? Pra quem você quer contar suas vida íntima? A quem interessa?
ResponderExcluir"Já dizia a bíblia, a mulher estuprada será punida com a morte por não gritar."
ResponderExcluir- Entendeu tudo errado. Se gritar, é estupro. Se não gritar, é porque consentiu, logo cometeu fornicação e merecia a pena conforme as leis da época. Eu não apóio a criminalizaçaõ do adultério. Tô apenas explicando como a coisa funciona.
Anônimo das 00:27, entendo o que quis dizer, a mulher ainda não tem voz mesmo, fomos pra criadas para ser dóceis e servis, é abuso sim, ninguém pode tocar seu corpo sem sua permissão,
ResponderExcluirInfelizmente histórias como a sua se repetem e se repetem e algumas vão ainda mais além...
Raziel, interior não é fácil não!
Morei com meu pai numa cidade um pouco maior e mais liberal, mas ia visitar minha família materna numa cidade do interior de SP, e só por que sentei ao lado do meu primo, tipo tinha espaço no banco mas sentei perto, e já falaram que era fogo e eu queria "dar".
Se eu tivesse (e eu tive)a mesma conduta sexual nas duas cidades, numa eu era quase uma coitada semi virgem, que as amigas viviam oferecendo encontros com os amigos,na outra era uma vadia degenerada que só pensava em sexo. Sério, até hoje acho "engraçado" , senão trágico.
Aqui se casa cedo, vou a dois casamentos esse final de ano as meninas tem 16, e ter mais de dois namorados em um ano já é vadia.
Se eu falar com um homem aqui no bairro, pode crer que assim que meu marido colocar o pé a rua contarão pra ele.Não que eu ou ele ligue pra isso.Muita coisa pra mudar...
Lola, será que eu sou a única que acha que vc não deve cortar os mascus? Gente, cada comentário mostra o quão doente é a mente deles e a gente só fica sabendo disso quando eles escrevem aqui. Eu acho muito bom saber como pensam esses doentes pra poder ajudar minha filha a se defender de babacas assim no futuro!!!
ResponderExcluirE anônima das 00:27, querida c chegava a dizer pra ele que não queria ser tocada? vc demonstrava segurando a mão dele, dizendo que não? Se vc se sente abusada, tenta conversar com a tua mãe, diga pra ela que vc não é vagabunda nem culpada de nada, reaja!! Minha mãe fez coisas parecidas comigo mas eu nunca me calei, arrumei brigas e discussões dentro de casa mas calar nunca! Se vc realmente não queria ser tocada e vc tem todo direito de não querer vc não estava errada mas seu ex namorado sim estava errado!
Eu tbm adoooro os comentários da SAWL
Oi lola! muito legal o post....
ResponderExcluirMas realmente os trolls tão avacalhando, sempre com opiniões idiotas e as pessoas levam as opiniões deles como se fosse algo discutivel... os caras fazem isso para aparecer, deve ser a unica oportunidade que eles tem de ter atenção de mulheres... eu sou a favor de ignorar pq sei que é impossivel vc apagar todos os comentários babacas
"Letícia M, não adianta usar jeans e camiseta pra sair na rua. você pode não ser estuprada por um crackudo no beco escuro, mas pode ser estuprada por um namorado ou um ex, um parente, um amigo. nessas horas, de q adianta a calça jeans com um monte de botões?"
ResponderExcluirCristal, eu vou tentar me proteger pelo menos de quem eu não conheço, pq eu tenho consciência que pode ser um amigo o potencial estuprador. Mas não ficarei desconfiando de todos os homens que me cercam, por isso...
E vc disse, "e de qualquer forma, não ajuda nada ficar falando 'eu sei que a culpa não é da vítima, mas é melhor usar roupa tal' (...)"
Eu não disse isso. Eu disse eu EU prefiro passar despercebida. É óbvio que uma mulher com roupa justa e curta chama a atenção e o que eu quero é ser o mais invisível possível.
Além disso, eu acho tão injusto como você "homem pode andar por aí de bermuda e um chinelo e só. tá ótimo. mas se a mulher estiver com calor, que importa? (...)", mas no mundo em que EU vivo, realmente prefiro passar despercebida.
Não Shey eu tb amoooo a Sawl.....
ResponderExcluirOi Lola. Sou nova por aqui e prefiro não me identificar, pois o que vou dizer envolve terceiros. Ao ler esse texto, tive a impressão de ouvir a minha ex-terapeuta falando. Voltando um pouco no tempo, passei por um "período" de violência psicológica que acredito que não virou física porque eu tive ajuda a tempo e saí do ciclo da violência antes que isso acontecesse. Só que por sair quero dizer pedir o divórcio e me afastar completamente do meu ex-marido (que eu amava muito). E para ser sincera só descobri que fui vítima de violência psicológica depois do divórcio e de 6 meses de terapia. E no meu caso, que foi BEM MAIS simples e MENOS traumático que um caso de violência sexual, a "culpada" pelo abuso psicológico que meu ex cometia era eu e isso só piorou tudo. E olha o absurdo: eu mesma cheguei na terapia querendo saber o que EU tinha feito de errado para que ELE (meu ex)virasse um troglodita da noite para o dia e começasse a me tratar daquela maneira. Depois de alguns meses descobri que eu não tinha feito nada. E aí depois descobri que eu estava contaminada pelo machismo e assumi uma culpa que seuqer existiu. Exposto isso, quero dizer que essa história de culpar a vítima pela violência não ocorre só em casos de violência sexual contra mulheres. Ocorre em todos os casos de violência contra minorias. E acho que temos que combater todos eles. Depois do que eu passei, acho que culpar a vítima é só perpetrar ainda mais a primeira violência. E isso não pode ser feito.
ResponderExcluirQuando contei pra minha mãe que o ex dela, um dos médicos mais ricos e respeitados da cidade, tentou me estuprar ela riu da minha cara... isso partiu o meu coração.
ResponderExcluirEu não acho que o estupro vai acabar somente através dos protestos feministas, até porque este não é o foco.
ResponderExcluirO foco dos protestos é simplesmente este: respeitar as vítimas, ouvir as vítimas, não desacreditar as vítimas.
O objetivo é empoderar as vítimas, para que elas se sintam seguras e denunciem seus agressores.
Convenhamos que casos como o da Banda New Hit inibem muitas vítimas de denunciar seus estupradores, pelo medo de serem perseguidas e ameaçadas como aquelas duas meninas foram.
A questão não é discutir se a vítima facilitou ou não, ou se, pelo seu comportamento, tornou-se um alvo, mas sim em respeitar e dar apoio a essas vítimas, para que elas possam superar o trauma da forma mais saudável possível. Chega de apontar o dedo e se sentir o ixperrto por isso não ter acontecido com você. Mais empatia.
PARA Anônimo mal informado das 03:47
ResponderExcluirEste trecho muito controverso aliás se refere ao VELHO TESTAMENTO, e, lembrando que não são palavras de "Deus" em vista que Jesus pregava a igualdade entre homens e mulheres.
Vamos lá sr IGNORANTE! Se uma mulher, adolescente e até mesmo cirança não gritarem significa:
Que foi amordaçada.
Que está em pânico e portanto perdeu a voz.
QUe está com uma faca direcionada a garganta ou com uma arma apontada pra cabeça.
O "NÃO GRITAR" não significa que deixou de ser estupro! É um argumento ridículo usado por misóginos e até mesmo por pedófilos!
Se o sr não é um misógino nem pedófilo cuidado pra não dizer MERDA e acharem coisa errada do senhor.
Imagina a seguinte situação emv ista que homens correm risco infinitamente menor de serem estuprados:
Um cara hétero vai pro chuveiro, dois caras seguram ele e um cara gay e violento que o desejava amarra sua boca e o estupra.
O homem foi CULPADO pela violência sexual que sofreu e merece ser morto?!
Ou a tal regra do "Não estupro" quando não há grito é só pra mulheres?
Na minha humilde opinião quem merece a morte é o COVARDE do estuprador NÃO a vítima!
Mas, se acha o contrário é porque o senhor é um covarde vagabundo que deve ser isolado da sociedade!
Sawl
Para Shey e Para Sara:
ResponderExcluirObrigada pelo elogio e admiração meninas.
Sou apenas uma garota que não aceita violência machista de nenhum cara(sou bem casada com um homem maravilhoso que sequer levanta a voz pra mim) e qualquer tipo de preconceito.
Abraço pra vocês.
Sawl
Para Misóginos-mascus, Trolls preconceituosos, apologistas do estupro e da pedofilia entre outros vermes que infestam este mundo:
ResponderExcluirps: só os(as) fortes entenderão
"Que os jogos comecem..." kkkkkk
Sawl
Para a anonima e outras que acha que a sociedade é mais bondosa com os homens que são estuprados lembre do ditado popular :
ResponderExcluir"Cú de bebado não tem dono"
Dree,
ResponderExcluir"Raziel, interior não é fácil não!"
Estou sabendo. É cada história bárbara que eu já ouvi, junto ao valor que as mulheres de lá dão a qualquer gentileza e liberalismo que chega a ser triste, que apesar d'eu agradecer não ter nascido lá e assim ter podido me desenvolver mais livremente, meu lado mascu queria ter nascido lá(pelo poder patriarcal), meu lado carente queria ter nascido lá(pelas meninas boazinhas cheias de trauminhas lindas de cuidar *__*), etc. Confesso que não consigo deixar de achar o Interior, pelas histórias contadas, uma espécie de "mundo paralelo". Enfim, acho que a vantagem é que eu estou podendo assumir minha verdadeira identidade de gênero e ainda não fui queimada viva.
Dani Andrade,
Assino embaixo de tudo que tu disse. Protesto é muito bonitinho no meio, no papel, nos blogs, mas na Prática, só Fazer Sozinha a Diferença e Servir de Exemplo e Lutar de Verdade e Sozinha, faz a diferença.
Se um homem ou mulher teve um parceiro(a) difirente por dia nos ultimos 5 anos o que te leva a crer que ele(a) vai mudar quando estiver com voce ? por que voce é especial ?
ResponderExcluirpensem nisso...
O foco dos protestos não é bem esse, Carolina. O foco é: quero ter o direito de me vestir como eu quiser, de andar onde quiser, com quem quiser, e fazer o que eu quiser e não ser estuprada, ou sequer tocada sem a minha autorização. E se der merda, que meu estuprador ou molestador apodreça na cadeia até a morte, que eu sou a vítima inocente.
ResponderExcluirAnônimo 15:30
ResponderExcluirO foco é esse sim, pois as pessoas tendem a dividir as vítimas de estupro entre: vítimas legítimas e "vítimas".
A vestimenta ou o modo de agir não deveriam ser elementos usados para menosprezar e/ou agredir vítimas.
O "argumento" usado é geralmente esse: que a menina pediu ou mereceu ser estuprada, que o erro foi dela, que ela "se permitiu" que isso ocorresse.
Os protestos são justamente para derrubar essa ideia de que tem mulher que "pede" pelo estupro, ou que merece sofrê-lo.
Todas as vítimas são vítimas, não importa o que estejam usando, ou como se comportem. O que não deve existir é essa divisão entre vítima "de verdade" e vítima "fajuta" que fazem por aí, e que é só uma derivação da divisão mulher "santa" e mulher "puta".
A mulher que usa roupas curtas sofre tanto com um estupro quanto a mulher que se veste com roupas mais compridas, e merece o mesmo apoio e solidariedade das pessoas, e não julgamentos imbecis feitos por gente que acha ixxperrrta.
Alguém narrou um fato absurdo de uma psicóloga fazendo slutshaming barato.
ResponderExcluirPeço gentilmente que a denuncie. Sério mesmo!
O que falta de empatia para as vítimas, sobra para estupradores e demais odiadores de mulheres. Muito triste isso, dá vontade de sumir!
ResponderExcluirCarolina, você confunde o SEU discurso e o debate sobre o estupro com o discurso dos protestos. Duas coisas completamente diferentes.
ResponderExcluirRaziel, teu lado mascu tá botando as garrinhas de fora nos últimos dias, hein? To percebendo pelos comentários recentes..
ResponderExcluirVc estava tentando ser sarcástico, anon das 15:30?? Porque tirando a ironia do "vítima inocente" o objetivo é esse mesmo. Algum problema com isso?
ResponderExcluirOu vc quer estuprar mulheres e depois usar como desculpa que ela estava com a saia curta ou passar a mão em mulheres que não te autorizaram a isso e ficar impune?
Anon das 23:51,
ResponderExcluirVerdade, esse negócio de achar que homem é ser humano e querer ajudá-los a sair da sarjeta, repensarem a vida e não virarem mascus perdidos, bem como perguntar coisas às pessoas, refletir e buscar conhecimento, é praticamente a mesma coisa que que fazer bloguxos de ódio ensinando que mulheres são seres inferiores que precisam ser domadas como feras cujo a função é procriar e fazer sanduíche. Só que não.
Problema algum, Julia, o foco dos protestos é exatamente esse que você entendeu. Aliás nem são protestos, são campanhas educativas.
ResponderExcluirLetícia M., me desculpe, mas o seu discurso me faz pensar que vc acredita que se vc "se comportar como princesinha" vai ser tratada como "princesinha".
ResponderExcluir(Sobre o assunto: http://subvertidas.blogspot.com.br/2012/12/dicas-das-tias-feministas.html#.UMIKExysGoo)
A sua primeira frase já me chamou atenção:
"Eu SEI que a culpa do estupro é de quem estupra e tal"
Como assim "e tal"? O quer quer dizer "e tal"? O que haveria mais para acrescentar aí? A culpa é do(a) estuprador(a) E PONTO.
Vc pode querer "passar despercebida". Mas e as mulheres que não querem passar a vida despercebidas?
Não é isso justamente que a sociedade patriarcal quer? Que as mulheres vivam "despercebidas"? Dentro de casa, à sombra dos homens, quietas, submissas, invisíveis...
Me incomoda muito ver uma mulher falar que quer ser despercebida, invisível.
Anônimo 23:19
ResponderExcluirCompletamente diferentes uma pinóia. Vá se informar melhor sobre o que os protestos criticam antes de pautar os outros. O discurso é bem claro, só não entende quem não quer: não importa como uma mulher se veste ou se comporta, se for estuprada, É TÃO VÍTIMA quanto qualquer outra vítima E merece respeito. Não é o modo como a mulher age que determina se ela "pede" ou "merece" ser estuprada.
Vá acompanhar os blogs e os coletivos antes de dizer que "o foco dos protestos não é esse".
Tô cheia de gente que não sabe um ovo vindo "argumentar" com quem participa ativamente.
Melhor forma de lidar com estuprador: Projétil de pimenta.
ResponderExcluirO que é? Imagina uma pistola de paintball que dispara bolinhas que ao invés de tinta tem solução de capsaicina(aka negócio que faz pimenta e spray arder). É uma coisa linda.
Acho que quando finalmente comprar uma pistola de paintball e projéteis de pimenta, irei andar de minissaia de madrugada só para ter a chance de usar!
Se alguém reclamar do sujeito estar tendo um choque nervoso e até anafilático por excesso de capsaicina no corpo, eu direi a frase clássica: Mas também, olha pra ele, tava pedindo...
Monica, passar despercebida não é definitivamente a solução. Até porque isso não existe. A mensagem que queremos mandar pode até ser de que não estejamos interessadas em 'causar', mas não é garantia de não ataque. Nem tampouco a atitude mental eu-sou-maravilhosa-mas-não-me-toquem.
ResponderExcluirEstar alerta, olhar em volta, levantar a cabeça, olhar nos olhos, perceber a aproximação indevida, não se impressionar com a suposta posição de bom-moço, seja médico, seja padre, seja pai da sua amiga, seja seu primo, seja seu pai, todos são homens, e em tese podem ser molestadores, abusadores e estupradores sim. Isso vale pra freiras, donas-de-casa, domésticas, varredoras de rua, feias, bonitas, velhas, novas, aleijadas, acamadas, gordas, magras, invisíveis, periguetes, e por aí vai.
Também ajuda muito mostrar uma certa disposição para auto defesa até com violência. Seguro morreu de velho.
Val
Idosas de mais de oitenta anos têm sido violentadas, como se tem visto na mídia. Será que elas também deveriam só usar "jeans e camiseta" para não chamar muito a atenção?
ResponderExcluirEliane F.C.Lima
"Se a violência contra a mulher
ResponderExcluiracabar, o feminismo perde toda a sua potência e todas as suas causas menores
questionáveis perdem a força justificadora."
Tem certeza que você não está confundindo feminismo com machismo? Veja como essa frase tem muito mais sentido substituindo feminismo por machismo:
Se a violência contra a mulher
acabar, o machismo perde toda a sua potência e todas as suas causas menores
questionáveis perdem a força justificadora.
Bem mais coerente, não?
Super apoio você dizer para os homens não serem violentos, não agredirem mulheres de forma alguma, nem fisicamente, nem psicologicamente, nem verbalmente. Mudar a si mesmo e os outros homens para que não sejam agressivos e ajam como seres humanos decentes é o que os homens que colaboram com o feminismo fazem. Isso é que é ser realmente um pró-feminista, pois mudar os homens é uma tarefa dos homens, não das mulheres. As mulheres já têm muitos problemas para se preocuparem.
THE TRUTH é incrível sua capacidade de deturpação! Ainda me impressiona... e muito!
ResponderExcluirNão se falou nada que os homens tem que mudar e as mulheres não, se você usasse a cabeça para raciocinar em vez de obcecar com a ideia de inferioridade masculina e superioridade feminina você perceberia que foi dito apenas que os homens mudarem é algo que deve partir do esforço e da vontade deles e que as mulheres têm outras preocupações (inclusive as próprias mudanças, tudo muda meu caro, nada fica do mesmo jeito, apesar dos esforços dos conservadores, aquilo que fica estagnado sempre será deixado para trás).
Mas talvez esse seja o seu interesse mesmo, deturpar tudo o que não agrada nem serve à suas visões políticas e continuar nesse umbiguismo. Ignorando as deturpações interpretativas e a linguagem pomposa, creio que suas palavras servem bastante para você repensar sua própria posição, especialmente essa parte: "Essa compreensão é difícil porque quem quer compreender, compreende. Quem não quer compreender arruma uma heurística ou melhora sua desculpa retórica."
THE TRUTH você parece muito perdido nessas perguntas aí. Por que não tenta ler livros feministas, conhecer o que o movimento faz realmente no mundo, antes de vir com milhões de críticas infundadas a algo que você demonstra claramente desconhecer?
ResponderExcluirQ q esse pateta the truth andou fazendo p aqui ??? veio questionar o feminismo.....cara demente esse ai.
ResponderExcluirFeminismo é uma verdade inquestionável e universal.
ResponderExcluirA única diferença entre X Raziel e os outros mascus é que elx se identifica. Só isso. Que nojo dos comentários delx.
ResponderExcluirAlto lá! Raziel é mulher, trate-a como tal. É pedir demais?
ResponderExcluirCara Lola, amigas e amigos,
ResponderExcluirEnviei hoje - 12-12-2012 - um e-mail para a Secretaria de Políticas para a Mulher e outro para a Secretaria de Direitos Humanos - pretendo enviar um para a própria emissora -, protestando contra aquilo que considero um absurdo contra as mulheres, veiculado às 19 horas, pela Rede Globo, sem qualquer problema ou auto-censura. Daí, não me surpreende, todos os absurdos e violência contra as mulheres, que têm frequentado a mídia atualmente. Abaixo vai um desses e-mails.
"Caras (os) responsáveis pela Secretaria de Políticas para as Mulheres,
Tenho me sentido indignada pelo que tenho assistido na novela "Guerra dos sexos", o que seria apenas um anacrônico remake de uma novela exibida pela Rede Globo de televisão, que retrataria, humoristicamente, uma visão antagônica de mulheres como adversárias de homens. Mas um dado tem me deixado alarmada: uma personagem - Ulisses -, que é o protótipo do homem honesto e trabalhador, sério, enfim, e, portanto alçado à imagem de herói, frente aos olhos do público - o que agrava a situação - aparece numa atitude francamente ostensiva em relação à irmã mais nova, porém adulta, que é constrangida a ponto de ser trancafiada em um quarto e impedida de sair - estímulo a cárcere privado - e até perseguida pela casa, com um chinelo, o que a rebaixa à condição de criança e humilhada, de incapaz de se responsabilizar por seus próprios atos, concepção que durante anos marcou a mulher e da qual ela tem conseguido se livrar aos poucos, além do incentivo à violência contra as mulheres. E isso tudo, em novela que é exibida às 19 horas, horário em que crianças e adolescentes estão à frente da televisão, sem nenhuma censura dos pais desavisados.
Se em novela anterior, das nove horas, a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, enviou um comunicado à Rede Globo sobre personagem que era maltratada pelo marido, imagine-se em um folhetim em que isso se dá em horário não conveniente. O pior parece ser o tom de "brincadeira" em que tal fato é veiculado: estudiosos sabem bem que o humor serve como um veículo muito mais fácil de ser digerido - e fixado psicologicamente! - na cabeça dos jovens, como se humilhar, prender e agredir mulheres fosse um ato risível. E a baixa-estima que isso ocasionará às futuras mulheres adultas, que entenderão que a privação de direitos, de liberdade e de poder de decisão é um direito dos homens que as "amam", o que é passado pela personagem Ulisses, travestido de irmão zeloso, é incalculável.
Peço que essa Secretaria atente para o fato e tome providências imediatas frente ao fato, tendo em vista que as mulheres precisam ter seu direito à dignidade garantido, como parte de seus direitos humanos."
Como professora de Língua portuguesa, quero corrigir meu texto anterior, retirando o hífen de "baixa estima": ali há apenas um adjetivo e um substantivo e não um substantivo formado por dois elementos, como ocorre em "autoestima" (estima por si própria).
ResponderExcluirAbração, Eliane F.C.Lima
Veja isso, Lola: http://www.simnews.com.br/index.jsf?noticia=44045&page=noticias.xhtml
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