sábado, 27 de outubro de 2012

GUEST POST: CARTAZES MACHISTAS DIVULGAM CONVENÇÃO DE QUADRINHOS

Intervenção em cartaz de Curitiba

Como já falei algumas vezes, não entendo quase nada de quadrinhos. Mas sei que muitxs de vocês entendem. Há cada vez mais mulheres que leem e fazem gibis, e elas sempre protestam de como esse universo é machista. Lembram da discussão que tivemos sobre uniformes e poses de superheróis?
Recebi este texto de um grupo que não é bem um grupo, mas que se intitula Feministas Independentes de Curitiba. São várias pessoas feministas da cidade que pertencem a grupos diferentes ou não pertencem a nenhum grupo específico. Além disso, elas preferem não se identificar porque "aqui em Curitiba é um pouco perigoso; há alguns grupos de extrema-direita que volta e meia ameaçam ativistas". Vish!
Este grupo decidiu escrever uma carta para a GibiCon, uma convenção internacional de quadrinhos em sua primeira edição (ou segunda, se considerarmos a do ano passado, a número 0, noticiada pela Globo de forma machista, segundo a Valéria), que acontecerá até amanhã em Curitiba. Alguns cartazes de divulgação do evento mostraram que o evento não têm interesse em combater o sexismo nos quadrinhos. E esses cartazes sofreram adoráveis intervenções (adoro essas intervenções!). Mas não foram as Feministas Independentes as responsáveis. Elas são responsáveis por esta carta:

O mundo dos quadrinhos há muito tempo foi sinônimo de 'clube do bolinha'. As histórias eram voltadas exclusivamente para meninos, os protagonistas eram quase sempre homens, e as mulheres apareciam ora como figura de cenário (a secretária, a mãe, a dama em perigo), ora como interesse romântico do herói. Mesmo no caso das raras heroínas, o apelo sexual na representação de seus corpos parecia importar mais que a própria construção da personagem.
Felizmente, isso está mudando. Será?
Apesar de hoje termos um número muito maior de garotas leitoras de quadrinhos -- e um não tão grande de produtoras -- os estereótipos da representação da mulher parecem continuar firmes. Não estamos dizendo que tudo que se faz é de cunho machista, pelo contrário, existe muita coisa interessante e instigante pipocando por aí, mas o que se valoriza e, principalmente, o que é publicizado, não parece ter mudado nem um pouquinho.
Quer um exemplo? A GibiCon espalhou por Curitiba vários cartazes fazendo propaganda do primeiro evento internacional de quadrinhos da cidade. Em quase todos os cartazes que apareciam mulheres, elas estavam semi-nuas ou eram de alguma forma sexualizadas. Um deles, inclusive, utilizava a velha referência à TPM (referência machista para o estereótipo de mulher histérica e sem autocontrole) como alívio cômico.
Por outro lado, não existe qualquer cartaz em que um homem esteja representado em uma posição objetificante ou sendo desqualificado por pertencer ao sexo masculino e muito menos um cartaz que fizesse desse fato algo risível.
Único bom cartaz da GibiCon?
De maneira nenhuma defendemos, e isso seria um absurdo, que é preciso discriminar o homem para acabar com o machismo. O que é preciso é sim acabar com a misoginia e o sexismo, representando as mulheres de maneiras mais humanas e diversificadas. O que a comparação acima traz à tona é que a GibiCon, e tantas outras 'entidades' do mundo dos quadrinhos, não fez nenhum esforço para não perpetuar o machismo e muito menos para tentar construir a igualdade de gênero.
Talvez não haja mais tempo para a GibiCon repensar um pouco os seus conceitos. Mas esperamos que as próximas edições desta e de outras convenções de quadrinhos sejam de combate aos estereótipos.

Pryscila Vieira, criadora da Amely, personagem no cartaz da TPM, não gostou de ver sua obra ser chamada de machista. E respondeu aqui.  
Ana Luiza Koehler que, assim como Priscila, participou como convidada da GibiCon, escreveu um guest post incrível aqui. Acho que o post aborda várias inquietações.

164 comentários:

Al disse...

Ah dá um tempo!

Nem quadrinhos os homens podem curtir em paz?!

Essas feministas implicam com tudo, PQP.

Anônimo disse...

Puts era so o que faltava, feministas querendo se meter nos quadrinhos, to ate vendo o que iria dar, batman e Robin em passeatas pela união civil gay, o Wolverine andaria por ai depilado,a mulher maravilha teria o suvaco cabeludo e usaria coturno, ridiculo !

Unknown disse...

Mascus dando f5 a cada segundo para comentar. É muito amor!

abobrino disse...

Os homens não têm problema algum em ver um super-herói anormalmente musculoso fazendo coisas impossíveis. Curiosamente, as mulheres não suportam a ideia de ver uma representação feminina "melhorada".

O segundo cartaz vandalizado no post não está assim devido à posição da moça. É devido à sua aparência. Certamente se ela fosse gordinha (melhor ainda, gordinha e negra) isso seria considerado um quadrinho inclusivo, talvez até empoderante.

Infelizmente o universo feminino atual não está preparado para lidar com mulheres fantasiosamente perfeitas, sejam elas como forem. Enquanto o homem relaxa e curte as histórias, ou não o faz caso não goste, no mundo feminista atual o gosto pessoal atinge status de lei, e termos como machista e sexista são genericamente usados nas mais diferentes situações para castrar ideologicamente todo opositor que se encontre.

A questão é: o empoderamento feminino é de responsabilidade do homem? Não. O universo dos quadrinhos não têm dono, ele é de quem participa, então pq será que as garotas ainda participam tão timidamente? Pq será que não fazem suas próprias convenções, suas próprias editoras e publicam seus próprios quadrinhos? Não deve ser tão difícil assim, os homens fizeram tudo isso do nada, vocês só teriam que copiar.

Anônimo disse...

O sexismo com homens nao vejo com tanto efeito pq eles ja tem poder de escolha no mundo.
O mais preocupante é com mulheres mesmo e meninas reparando isso de forma gratuita no meio da rua vendo o q esperam delas.

aiaiai disse...

Depois reclamam que as mulheres não dão bola para eles...

Náy Rocha disse...

Acho que os mascus nem dormem, ficam 24 horas olhando para o pc para serem os primeiros a comentar os posts da Lola!

Náy Rocha disse...

Mas, falando do post, em minha adolescência eu era uma grande fã dos mangás e sempre fui vista como uma lésbica por essa fato. Os garotos ficavam furiosos e achavam hiper humilhantes eu, como mulher, entender muito mais de mangás do que a grande maioria deles.Acho isso um absurdo. Muito chato até entretenimento ser dividido entre coisas para "meninos" e coisas para "meninas".

Anônimo disse...

O que vcs ganham com isso?

Quadrinhos, games, RPG, são universos masculinos, onde nos podemos escapar, de uma realidade que nos cobra e da pouco em volta, onde podemos transcender nosso heroismo,nossa virilidade, E VOCÊS FICAM SE METENDO !

Principalmente as feministas, que ja mostraram não gostar de homens e seu universo, porque ficam querendo se meter em coisas do universo masculino ? querendo estragar nossas diversões ?

FIQUEM LONGE !

Anônimo disse...

: Mulheres que dizem “amar quadrinhos, games, futebol” devem ser tratadas como espiãs, querendo feminilizar todos os espaços masculinos !

Não são bem vindas não ¬¬

Anônimo disse...

Feministas não gostam de quadrinhos feitos por homens ?

Não leiam !

Não gostam de futebol ?

Não vejam !

Não gostam de como são os games ?
Não joguem !

Não gostam de pornografia?
não assistam !

Simples assim, agora o que vocês não podem fazer, e querer mudar as coisa do universo masculino, e ficar regulando nossos gostas !


lucas disse...

Assim, não é por nada não, mas essa personagem utilizada no exemplo sempre foi utilizada para combater o machismo. Ela é exagerada e "gostosona" assim justamente para ser uma crítica.

Quanto à questão da irrealidade das super-heroínas e a exaltação sexual, temos que levar em conta dois fatos:

1 - são quadrinhos. Não precisa fazer lógica que a Mulher-maravilha usa um top que não atrapalhe ela no combate.

2 e mais importante - Essa é uma indústria e, assim sendo, tem um público alvo - que, no caso, seria adolescentes e "jovens adultos", que são as duas faixas etárias de maior consumo de HQs de heróis. Assim sendo, se eles fazem uma heroína sexualizada, eles não estão querendo "perpetuar uma mensagem de opressão machista" nem nada assim. Ele só querem vender. Adolescentes são seres com hormônios à flor da pele que vêem sexo em tudo que olham, e vão comprar qualquer coisa com um par de peitos ou bundas estampados. Não é uma mensagem machista. Não dá pra querer que TUDO seja revolucionário e quebre os paradigmas. É só um produto.

Honestamente, esse blog não é tão ruim. Conheci ele através do Blog do Amer - que, curiosamente, era um grande crítico - mas me pego lendo aqui quando estou entediado. Alguns posts são bons de verdade e estão me fazendo pensar mais sobre feminismo. Mas pra esse movimento adquirir mais respeito, vocês realmente precisam parar de encarar tudo como ofensa. Uma piada, uma frase, uma imagem, nem tudo é machismo, caramba. E, acima de tudo, nem tudo é machismo INTENCIONAL. A sociedade é machista, sim, e isso deve ser combatido, mas é na base da sociedade que essa mudança tem que acontecer, não implicando com um quadrinho.

Anônimo disse...

A personagem do cartaz e a amely, da desenhista Cybele santos,ela tambem faz a "Mulher de 30"

Aqui um lik com varias tirinhas dela.

http://www.google.com/search?um=1&hl=pt-PT&biw=1440&bih=767&tbm=isch&spell=1&q=tirinhas+da+amely,+cibele+santos&sa=X&ei=HxmMUO_eKLSp0AHs_YCADA&ved=0CEIQBSgA

Skadi disse...

Eu fui na Gibicon ontem com o carinha que eu tô ficando. Aí, uma hora veio um produtor independente todo saltitante mostrar a hq (mal) desenhada dele. Só que ele me ignorou quase completamente, nem me ofereceu pra folhear. O mais engraçado é que o meu ficante, apesar de ser desenhista, não entende porra nenhuma e nem curte quadrinhos, tava lá só pra me acompanhar. HAHAHA

Então, achei a crítica meio exagerada.
O cartaz da boneca inflável é, inclusive, desenhado por uma cartunista, Pryscila Vieira http://pryscila-freeakomics.blogspot.com.br/
Sim, eu sei que uma mulher pode ser machista. Inclusive ela tem umas tirinhas legais, outras chatonas e cheias de senso-comum bobo sobre mulheres. Mas sei lá, será que toda e qualquer piadinha sobre TPM deve ser proibida ou vista como machista?

Bom, acho que o mercado de quadrinhos vai demorar pra mudar. E a melhor maneira de fazer isso é com produtoras/desenhistas/escritoras mulheres produzindo histórias boas com personagens femininas legais. (apesar de termos ótimos "aliados" homens, como Alan Moore e Neil Gailman) do que simplesmente ficar reclamando. Consumir mais hqs com essas características (por exemplo Promethea, Sandman, Strangers in Paradise, Sláine the Horned God, aquele que tem Alice e Wendy mais velhas...) e deixar de lado aqueles heróis americanos chatos de sempre.

Não acho que um grupo feminista que provavelmente não entende nada de hq (posso estar errada) ficar mandando cartas ou colando adesivos raivosos vai ajudar algo. Isso é forçar uma idéia pra quem não está afim, e não vai funcionar... é melhor conquistar o respeito com seriedade e bons trabalhos. Assim, minha opinião, claro.

O carinha lá me ignorou, mas nem fiquei brava, demos é muita risada depois da ignorância dele. Um dia ele vai se tocar que estava agindo errado.

Luiza disse...

Hahahaha quanto revoltado!

Perdeu playboy mulher vai continuar gostando de tudo isso.

Lucas disse...

Honestamente, às vezes eu me pego vendo este blog quando estou ocupado e devo dizer, ele não é ruim. A Lola é esperta e argumenta bem (Bom, se não o fizesse, tendo um doutorado, pelo amor né?) e muitas vezes até dou razão nos posts (sbretudo nos posts que zoam os Mascus. Isso é bem engraçado).

Mas, sério, se as feministas querem ter mais respeito (E, assim, ter o movimento mais bem aceito - pois só se presta atenção naquilo que se respeita), precisam parar de implicar com coisas pequenas. Caramba, nem toda piada ou imagem é machista e, sobretudo, machista intencional, com o intuito único de depredar mulheres.

A personagem em questão que foi criticada aqui é, na verdade, utilizada como PROTESTO contra o machismo. Ela é exagerada e "gostosona" assim justamente para fazer uma sátira à visão machista. Mas, nesse caso, o seu criador foi chamado para fazer a imagem e só fez uma piadinha, caramba. Isso invalida todo o trabalho anti-machista dele com a personagem por um acaso?

Sobre a questão do machismo dentro da indústria de quadrinhos: Sim, as heroínas são exageradamente sexualizadas e tudo mais. Sabem porque? Porque é um produto. Um produto tem um público alvo - nesse caso, adolescentes e "jovens adultos", ou seja, homens na faixa de 15 aos 25 anos, que são os principais compradores. Assim sendo, é ÓBVIO que o produto tem que ser feito para agradar essas pessoas. É só uma questão de venda, de comécio, não significa que queiram "perpetuar uma mensagem machista" ao mostrar as pernonas da Mulher Maravilha. Os caras não estão desenhando ela assim porque acham a mulher inferior e meramente um objeto - desenham assim porque vende!

Sério mesmo, não precisa ver ofensa em tudo. A mudança tem que ocorrer na base da sociedade, não nessas picuinhas. Se os quadrinhos pararem de ser machistas, a sociedade continuará sendo. Se a sociedade parar de ser machista, os quadrinhos eventualmente também deixarão de ser.

Foquem a lua nas coisas certas, poxa.

lucas disse...

"Quadrinhos, games, RPG, são universos masculinos, onde nos podemos escapar, de uma realidade que nos cobra e da pouco em volta, onde podemos transcender nosso heroismo,nossa virilidade, E VOCÊS FICAM SE METENDO !"

Bullshit. Quadrinhos, games e RPGs são apenas gostos, atividades, e, assim sendo, qualquer um pode participar.

Não tem nada que eu gostaria mais de ver do que uma sociedade com muitas mulheres gamers, RPGistas e fãs de quadrinho. E digo isso como um nerdão com orgulho desde a infância.

lucas disse...

Postei o mesmo comentário duas vezes por bug. Malz =x

Anônimo disse...

O dia que uma mina feminista souber mais do que eu sobre comics, grafics novels, e mestres dos quadrinho como Alan moore, frank Miller etc., eu pinto meu cabelo de caju !

Assim como se eu perder um dia para uma menina uma partida de Counter Strike, eu me visto de mulher, e vou com a caravana do capão redondo la no Silvio Santos, pegar os aviãozinhos de dinheiro que ele joga !

OU SEJA NUNCA !!!

Tales disse...

Engraçado tantos comentários falando sobre "não invadam meu universo masculino". Na opinião aí é que está o problema: Esse negócio de universos separado, em que há coisas de homens e coisas de mulheres.

Sério, acho que seria muito melhor se pudéssemos fazer uma coisa porque gostamos e não porque porque é o seu papel, como membro de determinado gênero gostar.

Anônimo disse...

Gente, existe uma diferença muito grande entre idealização e entre objetificação. Uma imagem simples que explica isso:

http://kevinbolk.deviantart.com/art/Male-Objectification-313006490



Pra quem acha que mulher não deve ligar para quadrinhos, lembrem-se que "lugar de mulher é onde ela quiser". E ser tratada com respeito não deveria ser um privilégio.

Sofia

Skadi disse...

A Amely não é da Cybeli não gente... aliás, acho Mulher de 30 um horrô, sem graça
Concordo com o Lucas, isso que eu quis dizer

Confesso que quando eu era mais nova adorava comprar quadrinhos do Conan no sebo. É machista pra caralho, tem várias mulheres semi-nuas que só servem de decoração e de brinquedinho pro Conan. Em compensação tem a Valeria e a Red Sonja que, apesar de gostosonas, são muito fodas, além de outras guerreiras, feiticeiras e vilãs. Adorava elas.
Nem tudo é tão ruim assim.

Eu continuo curtindo essa estética de mulheres gostosonas e homens musculosos. Mas algo mais pra Frazetta do que pra aqueles desenhistas ruins de super herói dos EUA.

Anônimo disse...

Lucas,

Se vc por acaso viu um post anterior sobre como reconhecer um mascu, tem uma coisa nele que fica muito clara: as idéias machistas que os constituiram não surgiram naquele grupo, isoladas do tempo e do espaço. Ou vc acha que é de hj que se diz que mulher tem data de validade?
Todo discurso é a conclusão de um longo processo. Vc acha que no Brasil se mata tanto homossexual (pelo simples fato de serem homossexuais) pq existem uma ou duas pessoas que um dia acordaram e decidiram sozinhas e livres de influências? Ou nós somos sistematicamente ensinados, por diversos meios, a odiar minorias (tanto por objetificação direta quanto por uma ínfima representação digna desses grupos)?

No próprio post "Meu marido mascu" tem o seguinte comentário:



"Anônimo disse...
Lola, acho que você subestima muito os mascus. Eu sou meio nerd e costumo entrar frequentemente em foruns sobre nerdice(games, quadrinhos, filmes, rpg) e lá sempre existe muito ódio às garotas e atitudes bem semelhantes às dos mascus.
24 de outubro de 2012 13:23 "

vc acha que isso é por acaso?
(Se, por acaso, vc achar que esse tipo de lugar não "cria" pessoas assim -até pq muitas não são- apenas as "alimenta", talvez só isso já fosse algo pra ser discutido, não?)

Sofia

feminista cwb disse...

gente, a boneca inflavel eh sim criacao de uma mulher e, alias, tem varias tirinhas dela muito boas que criticam o machismo.
soh que o engracado eh que quando foram montar o cartaz para o evento, nao foi uma dessas representacoes empoderadoras que foram escolhidas, mas sim uma piadinha machista sobre tpm. o que fica para quem ve esse cartaz na rua, sem saber a que quadrinho se refere?

acho muito engracado essa relativizacao toda. a mulher seminua na propaganda de cerveja eh mal? eh, sim senhor. a funqueira favelada seminua requebrando eh mal? eh, sim senhor. as empresas de cosm[eticos (e todas as outras) que soh utilizam mulheres magras e photoshopadas para seus anuncios eh mal? eh, sim senhor. mas porque serah que quando se fala em quadrinhos, quando se fala da representacao das heroinas, quando se fala da objetificacao das mulheres nesses casos, quando se fala da construcao machista do vies humorista, aih, por algum motivo, nao eh tao mal, nao precisa criticar, eh exagero, aih quem critica faz um "desservico" ao movimento ou ao blog.

facam me o favor!

PS: desculpe a falta de pontuacao e acentuacao, mas estou em um teclado estrangeiro e eh horrivel de digitar aqui

Mariane disse...

Eu acho um absurdo, mas não ligo muito pra isso. Afinal, mentira por mentira, os homens também não são TUDO ISSO que mostra nos quadrinhos... kkkkkkk

Anônimo disse...

'Os garotos ficavam furiosos e achavam hiper humilhantes eu, como mulher, entender muito mais de mangás'

haha você fala 'entender' de mangá como se fosse um troço muito importante, isso é coisa pra quem não tem o que fazer.

Andressa disse...

Para os comentaristas que estão dizendo que isso é pequeno e que não influencia realmente no machismo da sociedade: essa é justamente a base do machismo, o cotidiano do machismo. Fechar os olhos para as pequenas* atitudes machistas é fechar o olho para o machismo. Alguns quadrinhos perpetuam o corpo da mulher como propriedade, e isso é evidente nas falas dos comentaristas que afirmam que é pra gente não dar bola pra isso porque é só um produto destinado a jovens. O problema disso tudo é que o produto do qual vocês estão falando é o corpo feminino. O corpo feminino não é um produto!

Sobre esta afirmação "A questão é: o empoderamento feminino é de responsabilidade do homem? Não."

SIM! A questão do empoderamento feminino é responsabilidade do homem também. É responsabilidade de todo ser humano. O feminismo e a atitude feminista não é um lifestyle, não é uma questão de gosto. As opções ao feminismo são o machismo, o masculinismo, e o femismo. O feminismo é a única realmente ética e que propõe igualdade entre os gêneros. O homem feminista, simplesmente pelo fato de ser homem, pode acessar espaços que as mulheres ainda têm muita dificuldade para acessar por causa de toda a questão histórica, social e cultural de atraso em relação aos direitos da mulher e em relação ao simples fato da mulher ser vista sobretudo como um ser humano.

Anônimo disse...


Tales disse...
Engraçado tantos comentários falando sobre "não invadam meu universo masculino". Na opinião aí é que está o problema: Esse negócio de universos separado, em que há coisas de homens e coisas de mulheres.

Sério, acho que seria muito melhor se pudéssemos fazer uma coisa porque gostamos e não porque porque é o seu papel, como membro de determinado gênero gostar.

-
Tenta jogar god of war, com uma elas perto tagarelando,e dando ´palpite em tudo para você ver ?

"ai não e por ai"
"mas ai vc ja passou mô"
"não dá para ir pelo outro lado ?"

SEM CHANCE !

Gabriela disse...

Eu acho incrível como os mascus gostam de marcar presença aqui.Freud explica.

Então vc não nos dão permissão para gostarmos dessas coisas?
Amor quem tá pedindo sua opinião?

Um segredinho;o fato de vc não gostar q mulheres sejam fãs de quadrinhos e etc não vai fazer com q elas deixem de gostar.Então playboy morra de ódio!O mundo não vai parar de girar só por vc tá enjoado.No mais é muito divertido ver gente imbecil como vc batendo a cabeça na parede tentando impedir o progresso.Continue assim.Bata com mais força.

Eva disse...

"Anônimo disse...
Quadrinhos, games, RPG, são universos masculinos, onde nos podemos escapar, de uma realidade que nos cobra e da pouco em volta, onde podemos transcender nosso heroismo,nossa virilidade, E VOCÊS FICAM SE METENDO !"

Epa, pera, o RPG é universo masculino? Me diz onde?!?

Já narrei em mesa só de mulher de Lobisomem: O Apocalipse, justamente para trazer mais garotas e mulheres para o jogo. E geralmente, minhas mesas são mistas. Escrevo em um blog de RPG junto com a minha melhor amiga, feminista como eu, temos um bom número de leitoras e sempre deixamos claro: todos são bem-vindos a jogar, independente de gênero!

Tira da sua cabecinha mascutroll que RPG é coisa de homem, porque não é não, é de todos nós que jogamos e nos divertimos! Me meto mesmo, o hobby também é meu!

Anônimo disse...

Um dos maiores desenhistas de gostosas dos quadrinho americanos e brasileiro, um dos desenhistas mais admirados no mundo dos quadrinho, Mike Deodato Jr.

http://www.google.com/search?hl=pt-PT&q=mike+deodato+jr&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=35466521&biw=1440&bih=715&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=0SaMUL2_I6b20gHc6IGADQ
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http://www.google.com/search?hl=pt-PT&q=mike+deodato+jr&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=35466521&biw=1440&bih=715&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=0SaMUL2_I6b20gHc6IGADQ#um=1&hl=pt-PT&tbm=isch&sa=1&q=mike+deodato+jr%2C+gostosas&oq=mike+deodato+jr%2C+gostosas&gs_l=img.3...40462.42891.0.43328.10.10.0.0.0.0.306.2469.2-8j2.10.0...0.0...1c.1.4RxGGnPkORE&pbx=1&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&fp=9c52e815be52822b&bpcl=35466521&biw=1440&bih=715

Anônimo disse...

mas o grande mestre de desenhar mulheres em arte fantastica ( sempre poderosas e dominadores)e o mestre Luis Royo

http://www.google.com/search?hl=pt-PT&cp=8&gs_id=w&xhr=t&q=luis+royo&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=35466521&biw=1440&bih=715&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=aCeMULzwJcmx0AH0jIDgBg

Eva disse...

Só uma pergunta total off-topic: os comentários ainda estão moderados?

Anônimo disse...

Gostei. Para quem quiser saber mais sobre a má representação das mulheres nos quadrinhos (e também nos videogames, filmes, livros e qualquer veiculo de cultura) de forma rápida e didática, indico o Feminist Frequency http://www.feministfrequency.com/

Anônimo disse...

"Sério mesmo, não precisa ver ofensa em tudo."

Machismo esta em tudo, meu bem.O negocio é mudar o sistema em conjunto, meu bem.

Skadi e pras pessoas em geral, fik dik

Quando voce confronta algum tipo de sexismo naquela pessoa aquela pessoa vai ser menos propensa a repetir.Nem sempre tao cedo vai ter outra pessoa pra confrontar as atitudes sexistas daquela pessoa,e então o sexismo ainda será propagada.

Anônimo disse...

Crianças ou outras pessoas q nao estão dentro do mundo dos quadrinhos nao vão saber q aquela personagem é ou nao anti-machista.Se vc faz um cartaz pra por na rua deixar a ideia daquele personagem claro.

lola aronovich disse...

Eva, os comentários são moderados. Mas libero os menos piores dos mascutrolls de vez quando. Pra vc imaginar o nível dos comentários que são deletados...

Anônimo disse...

Pra quem está interessado no assunto sexismo nos quadrinhos recomendo: http://eschergirls.tumblr.com/

Eva disse...

Vish Lola... esses caras realmente estão precisando arrumar algo pra fazer O.o

Sayoss disse...


É através do entretenimento (tv, cinema, livros, shows humorísticos) que essas imagens machistas (mulher descontrolada, objetificada, 'pano-de-fundo)são 'naturalizadas' na cabeça de todos nós. Dizer que é exagero e implicância falar sobre o machismo nos quadrinhos é a mesma coisa que dizer que é ok o Rafinha Bastos fazer piada sobre estupro. No final, é tudo piada ou faz-de-conta, não é?

O fato de os garotos virem magoadinhos reclamar 'FIQUEM LONGE DOS MEUS QUADRINHOS', ou do outro dizer que nós mulheres devemos construir a NOSSA PRÓPRIA INDÚSTRIA DE COMIC BOOKS (-oi?) realmente mostra que eles são super bem-resolvidos com a participação de mulheres capazes de falar e dar opinião em seu universo.

Garotos, fica a dica: a indústria de quadrinhos não é só de vocês, assim como nada mais no resto do mundo.

Anônimo disse...

e alem dos mestre que citei, tem tambèm EU, que sou um mestre em desenhos femininos:

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=216824235085860&set=a.216824148419202.35645.100002748547421&type=3&theater


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=216159305152353&set=a.216159155152368.35468.100002748547421&type=3&theater

https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/p206x206/319714_216045201830430_1008991330_n.jpg

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=215977161837234&set=a.215977081837242.35383.100002748547421&type=3&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=215953948506222&set=a.215953778506239.35367.100002748547421&type=3&theater

Anônimo disse...

"Assim sendo, se eles fazem uma heroína sexualizada, eles não estão querendo "perpetuar uma mensagem de opressão machista" nem nada assim."

Será que se mudar para:
Assim sendo, se eles fazem um filme americano mostrando a bandeira dos EUA, eles não estão querendo "perpetuar uma mensagem de soberania do povo americano ou do american way of life" nem nada assim.

Fica a dúvida: será que essa pessoa já ouviu falar no conceito de soft power?

Rebecca Souza disse...

Por isso que adoro o frank miller e o Neil Gaiman,por ,sinal este ultimo tem uma esposa maravilhos(me esqueci o nome dela) que em uma reportagem falou:``Eu tenho a titudes feministas,sim,talvez para algumas eu não seja feminista,por não estar em um movimento ou algo desse tipo,mas,não estou por ver algumas atitudes de certos grupos que não concordo,mas,sim eu amo o meu corpo e não me conformo com lugar comun,então neste momento,eu sou feminista`´
O nome do quadrinho dele com a wendy e alice è ``Lost girls-garotas perdidas`´e é um belo hq sobre liberação e sexualidade feminina(tem cenas mais explicitas ,então,nada de crianças vendo),e para o lindinho que vai dançar no Silvio Santos,não sei se vc sabe ,mais este hq só foi escrito pelo Neil Gaiman,quem desenhou foi td a esposa dele,que por sinal é hiper considerada lá fora,por ter um super conhecimento de hq,ou seja o tempo que vc perde falando besteira em blog,elá é reconhecida mundialmente,ai ai....

lucas disse...

Sofia (e as outras que comentaram semelhante:)

Eu ainda acho que tem muita "paranóia" no feminismo. Sério, nem TUDO é machismo.

Mas concordo que, sim, a sociedade em geral é machista, com certeza. A questão é que esse é um problema grande. Não adianta querer podar as partes pequenas, elas não levam a nada - isso se não intensificarem o problema.

Imagine que na sua rede de esgotos há um ninho de baratas. Elas vão se multiplicando e multiplicando, finalmente uma delas vai até sua casa. Você a encontra no banheiro, pega o chinelo, a mata, e vai dormir feliz, pensando "Minha casa está livre de baratas". Não está, o ninho tá se desenvolvendo. Vencer uma barata só maquiou o problema, até que elas estejam em tamanho número que você vai começar a vê-las em todo lugar.

Não adianta querer implicar com os problemas MINÚSCULOS que às vezes as feministas implicma, porque isso é comprar briga à toa. Desgasta o movimento, faz com que vocês feministas pareçam apenas um bando de desocupadas. Quem vai conhecer melhor - eu, por exemplo - aprende melhor e vê que o buraco não é tão raso, existem feministas boas e existem feministas más, mas a maioria não vai se empenhar tanto. Eu tinha uma visão de "Feminista é só uma mulher inconformada". Agora que passei a ler os posts com um pouco mais de atenção que vi que há um fundo de verdade ali, mesmo que eu não concorde com tudo.

Agora, ficar dando murro em ponta de faca só prejudica o próprio movimento feminista. Seria muito melhor fazer um movimento menos radical ou no mínimo menos implicante. A era das Revoluções já passou, hoje em dia esse tipo de atitude desgasta um movimento, não o glorifica.

Sobre machismo em fóruns nerds: Participo de um e identifiquei muito disso quando li o post dos mascus. Mas isso tem uma explicação bem simples: É um meio de pessoas que não se deu bem com mulheres e acaba criando uma impressão errada. Uma frase comum nesse fórum que eu frequento é "Toda mulher é vadia". Está errado? É claro. Mas a maioria das pessoas lá teve experiências traumatizantes com mulheres que os fizeram mal. É difícil você pensar que há exceções em uma regra sem conhecê-las. Exemplo: Todo partidário do Nazismo era uma pessoa horrível na Alemanha? Claro que não, mas é difícil acreditar nisso se tudo que vemos do Nazismo são ditadura e extermínio de judeus.

lucas disse...

""Assim sendo, se eles fazem uma heroína sexualizada, eles não estão querendo "perpetuar uma mensagem de opressão machista" nem nada assim."

Será que se mudar para:
Assim sendo, se eles fazem um filme americano mostrando a bandeira dos EUA, eles não estão querendo "perpetuar uma mensagem de soberania do povo americano ou do american way of life" nem nada assim.

Fica a dúvida: será que essa pessoa já ouviu falar no conceito de soft power?"


Honestamente? Talvez não. É bem possível que o filme só tenha colocado aquela bandeira ali para agradar o público americano e, por conseguinte, vender mais.

Anônimo disse...

vc pode matar as baratas e acabar com o ninho delas.Simples.

Muitas feministas lutam contra todo tipo de machismo.Do mais leve ate os menos leve.É assim a vida de uma feminista.

Anônimo disse...

Gente, que coisa é essa de "parem de invadir nosso universo masculino"? Parem vocês com essa besteira! Sei que o que vou dizer é algo que todos sabem, mas vale lembrar: uma mulher pode sim manjar de videogame, pode gostar de quadrinhos, pode bater uma bola ou curtir assistir a um jogo de futebol todas essas coisas "de meninos". Assim como um cara pode curtir coisas "de meninas".

Concordo plenamente com o que o Tales disse: "Sério, acho que seria muito melhor se pudéssemos fazer uma coisa porque gostamos e não porque porque é o seu papel, como membro de determinado gênero gostar."

E ao anônimo que disse: "Tenta jogar god of war, com uma elas perto tagarelando,e dando ´palpite em tudo para você ver ?

"ai não e por ai"
"mas ai vc ja passou mô"
"não dá para ir pelo outro lado ?"

SEM CHANCE !"

Meu irmão é menino e VIVE palpitando quando eu ou o meu pai estamos jogando. Então qualquer um pode ficar palpitando (o que é realmente chato), não só mulheres.

E Lola, adoro seu blog, está de parabéns, viu? Imagino quantos comentários você não publica, imagino o nível... mas faz parte, sempre tem um que quer ser o troll babaca da internet.

Andressa disse...

Olha que engraçado: nós, as mulheres somos as que temos que nos adaptar ao que o patriarcado pensa, e lutar somente na direção das concessões que o patriarcado está disposto a fazer. Então nós podemos lutar, mas só se for do jeito que os homens querem? Quer dizer, mulher pode lutar, mas só se for de um jeito "comportado", jeito esse que foi construído e normatizado pelos homens, justamente com o intuito de nos controlar?

Em vez de vocês pedirem para as feministas mudarem o seu ponto de vista, por que vocês não dão uma analisada mais atenta ao que estão falando: Você pode lugar pelo feminismo pelo que você quiser, mas só na medida que eu, homem, aceito que vocè lute e te deixe lutar.

Não tem paranóia aí.

E outra: " Uma frase comum nesse fórum que eu frequento é "Toda mulher é vadia". Está errado? É claro. Mas a maioria das pessoas lá teve experiências traumatizantes com mulheres que os fizeram mal."

Você acha que eu não tive experiências traumatizantes com homens que me deixaram mal? mesmo assim não pratico a androginia. Não odeio os homens por isso. Isso é um puta mega hiper ultra machismo.

Anônimo disse...

Eu sinceramente acho que o problema de vocês feministas, e a falta de senso das coisas, e seus devidos lugares, mas na boa, e so uma critica construtiva.

Anônimo disse...

Então, lucas, aconselho um pouco mais de História e outras leituras. Juro que não arranca pedaço algum.

Mudando de interlocutor e generalizando, tenho impressão que de tempos em tempos o mundo se reinventa... até pouco tempo atrás, parecia que o mundo havia começado no séc. XVIII, mas os jovens de hj passam a impressão de que o mundo começou a menos de 50 anos. Olham uma Lady Gaga e são incapazes de saber as referências que ela faz e tomam aquilo tudo como original (só pq ela deixou de dar os devidos créditos e colocar notinhas de rodapé).

Enfim... mais fácil achar feminismo uma teoria da conspiração, mimimi por pequenas coisas, algo absurdo do que se colocar no lugar dos outros, né?!

Anônimo disse...

Meu nome é Ana Luiza Koehler. Sou desenhista de quadrinhos para o mercado franco-belga e ilustradora científica. Estou justamente voltando de minha participação como autora de quadrinhos na GIBICON 2012, e gostaria, a partir do ~meu~ ponto de vista, de fazer algumas colocações que talvez possam esclarecer um pouco as coisas.

1. É da natureza do ser humano buscar expressar-se (cantar, dançar, pintar, jogar, etc.), independente do seu sexo. Segue-se que, se mulheres também são seres humanos (espero que este seja um ponto pacífico aqui :P), elas também vão cantar, pintar, dançar, escrever peças de teatro e fazer quadrinhos. E jogar RPG. E futebol. É apenas normal, acredite.

2. Nenhuma forma de entretenimento ou expressão cultural (RPG, cinema, games, quadrinhos, balé, futebol, etc.) é território exclusivo de determinado gênero ou grupo social. Se nós temos hoje alguns deles marcadamente femininos ou masculinos, é fruto de uma construção social nada recente.

3. Os quadrinhos, até hoje, fazem parte de uma indústria de produtos de entretenimento - incluo literatura, cinema, jogos, música, etc. - feitos por homens (brancos) para homens (brancos). Os quadrinhos buscam sim, majoritariamente, atingir a sensibilidade masculina, criando para ela toda uma fantasia de poder, aventura, conquista e romance que ao mesmo tempo reflete e alimenta aquilo que se espera dos homens na nossa sociedade: seres invencíveis e emocionalmente constipados, incapazes de olhar para o outro (uma mulher, um estrangeiro, etc.) como outro ser humano, de igual para igual. Tudo deve ser dominado.

4. As mulheres sempre fizeram quadrinhos. Menos que os homens? Certamente, pois quando menininhas elas ainda têm o produto cultural que atende às suas expectativas, mais ou menos, na HQ infantil. Porém, depois que se tornam adolescentes ou adultas, desinteressam-se pois percebem que aquele produto cultural recomendado à idade delas (nem falo em gênero) simplesmente vira-lhes as costas, (exceto talvez o mangá) não mais buscando criar uma identificação tão forte quanto a que busca com o público masculino. Muitas autoras em potencial desistem, pois, aí.

5. Algumas não, e justamente para produzir quadrinhos que preencham este vácuo, que busquem dialogar com mulheres e não só com mulheres, mas com PESSOAS, procurando mostrar outros personagens, outros grupos sociais, contar outras histórias humanas. Nada de mais justo, afinal, a capacidade de apreciar boas histórias e belos desenhos é dada a todos os seres humanos, não só aos homens (brancos).

6. As convidadas que participaram e estão participando do evento podem ter suas diversas opiniões sobre os cartazes escolhidos pela organização do evento. Particularmente, também percebo-os como machistas, pois acho que são fruto desta cultura a que me refiro acima. Contudo, um deles é feito pela cartunista Pryscilla Vieira, que justamente busca questionar esse olhar que a sociedade em geral tem sobre as mulheres.

7. Essas mesmas convidadas usaram o espaço e visibilidade que este mesmo evento deu-lhes para justamente participar com questionamentos. Tivemos um debate sobre Mulheres nos Quadrinhos em uma sala lotada em sua maior parte por homens, que participaram ativamente, perguntando e querendo saber como ver os quadrinhos através no nosso olhar.

8. Imagens como as dos cartazes referidos devem ser banidas? Eu não saberia dizer, pois não gosto de nada que não possa ser discutido e reavaliado, mas só tenho uma certeza: precisamos de alternativas à esta representação feminina que vemos aí. Precisamos dialogar e ~incluir~ outros grupos sociais e de gênero na cultura.

Talvez os contrários achem desconfortável ter de lidar com outras versões das mesmas histórias, outras visões de mundo que não a que estão acostumados e nas quais sentem-se seguros, mas tudo muda um dia. E outras vozes, forçosamente, fazem-se ouvir.


Anônimo disse...

lucas,

(só pra constar, não era especificamente a vc que eu estava me referindo, mas tudo bem).

Olha só, eu não conheço nenhuma (embora obviamente não conheça todo mundo)que só tente matar UMA barata e vá dormir tranquila, achando que todas as baratas do mundo se acabaram. Muitas das vezes, a luta ainda é pra dizer que baratas ainda existem. Não sou dona da sua vida e vc não me deve justificativas, mas se uma barata aparecer na minha casa, eu só vou dormir tranquila se eu me livrar dela.
Um ponto rápido é que muitas vezes matar uma barata levanta o debate, e com quem está disposto, isso pode ser muito útil.
O problema com o feminismo é que não é só UMA barata que aparece na nossa casa. São milhares. E, se a gente mata alguma, aparece alguém pra falar que o problema não é "aquela" barata, é o ninho. Mas, sabe, cada uma dessas baratas pode formar um ninho novo. (Estou chutando isso, não sei como é com as baratas). É ótimo ver ninhos sendo destruidos, não estou discutindo isso, ok?
(ok, vou parar de tentar me expressar através da sua metáfora...)
Olha só, não conheço ninguém que ache que o machismo é o ÚNICO problema do mundo. Mas na minha vida ele trás problemas diariamente. Por causa dele, já deixei de ficar com caras que eu queria, por medo de parecer fácil. Por causa dele, penso não só no que eu quero vestir, mas no que vai "evitar" (como se isso fosse possível) homens mexendo comigo na rua. Por causa dele, um conhecido fica com vergonha de usar perfume (pq os amigos dele podem achar coisa de "gay"). Por causa dele, escuto/leio comentários desprezíveis todos os dias. E são pequenas coisas, mas a nossa vida também é composta por ela, e quando se passam anos, as dores se somam, sabe?
Mas´, pra quem fala -e, estou assumindo, não pra vc, pelo q vc escreveu no post anterior- é só um. É só UMA piada, é só UM comercial, é só UM programa; é só um, e mais outro, e mais outro. É só mais um, mas se eu for responder a cada um deles, não faria mais nada na minha vida. Só que se eu vou responder a só um, que me incomodou mais, então eu sou uma louca sanguinária, de onde vem tanto ódio, se essa foi a primeira vez na face da Terra que alguém falou algo assim?

Desculpe o desabafo, mas estou sendo muito sincera aqui. Vivemos numa sociedade machista, e todos nós estamos infectados. Mesmo que nem todos venhamos a realmente morrer ou matar por causa disso, a vida de todo mundo vai ser um pouco pior do que precisaria. E, lucas, a vida já é TÃO difícl.

Gostaria de te pedir pra pensar nessas feministas que se preocupam por picuinha, ou que são agressivas demais (como outras pessoas já acusaram), pessoas que são ofendidas todos os dias pela cultura machista, e que às vezes se cansam. Eu já tive essa conversa tantas vezes, sabe? Mas ela sempre aparece de novo. E é difícil fingir que é a primeira vez sempre.

Gostaria de te pedir outro favor: se vc vir alguém tentando mudar algo que vc até acha errado, mas é muito pouco, não implicar. Problema de verdade seria se estivesse tentado mudar algo que vc considera certo, não?


Sofia

Anônimo disse...

Engraçado mesmo Carolina, eles odeiam os assuntos abordados pelo blog mas estão sempre aqui para comentar, e ainda por cima são os primeiros a aparecer para reclamar! Eles amam odiar, parece até mentira a existência de grupos tão ridículos e nocivos à sociedade.
Mas o ridículo deles não é pouco. Estava eu no youtube vendo um vídeo que critica aquele boçal que foi incomodar as pessoas que estavam na marcha das vadias do Distrito Federal, e os mascus fazem questão de ignorar o fato que o cara foi mostrar o pau como uma ofensa. Eles ficam SE FAZENDO DE BESTAS (mais do que já são), não admitindo o óbvio, que é a postura do cidadão babaca que foi lá importunar. Eles negam a verdade, fingem não ler os comentários que dizem o óbvio, só para continuar na onda do "elas fazem mas não deixam os homens fazerem!".
Mas isso é como todas as revindicações ridículas do movimento, não tem nenhuma base na realidade ("real"? LOL). Agora, se fazer de idiota e querer chegar em algum lugar, querer afirmar "um movimento", é ridículo demais. Mal acredito que esses idiotas existam.
De qualquer maneira, parabéns pelo seu excelente blog e excelente posts Lola!

Drica Leal disse...

Lucas:

Muito obrigada por vc, homem, querer dizer ás feministas que tipo de feminismo seria mais agradável pra você. ;)

Só dou um desconto porque, como você mesmo disse, você não conhece e não sabe o que é feminismo. A era das revoluções acabou? Bem, talvez pra vc e outros garotos acostumados à ativismo de sofá e que desconhecem completamente o mundo onde vivem. Veja como vc é contraditório: diz que a era das revoluções acabou e ao mesmo tempo acha que as feministas nãomdeveriam criticar e combater o machismo "inofensivo" de cada dia mas sim pensar em coisas mais sérias e importantes, criar métodos mais incisivos de atuação... O que você sugere, que façamos uma luta armada para exterminarmos maciçamente machistas e misóginos (já que matar baratinha por baratinha com chinelo não está resolvendo) ou que deixemos tudo pra lá?

Sinceramente, lucas, de homens que alegam ignorância sobre feminismoS (sim, somos plurais) mas vem pra cá com essa postura arrogante de querer nos ensinar como sermos feministas nós já estamos cheias. Sinto muito (not!) se o feminismo como um todo não te agrada, só em partes, ou se voçê não concorda com tudo e por isso você nem deva acha o machismo algo tão grave assim, nós é que somos chatas e exageradas.

Não precisamos que voce nos conceda sua aprovação benevolente, e por isso mesmo, onde houver machismo e misoginia, haverá algum tipo de feminista se manifestando através desse feminismo que você acha chato e paranóico, até mesmo contra esses machismos que você considera inofensivos.

Ah, e sobre as revoluções terem acabado, diga isso aos machistas, misóginos e masculinistas, (que são a mesma coisa, na verdade), que com cada pequeno gesto, como as baratinhas no banheiro, tentam minar qualquer evolução ou revolução social das mulheres. Se não há mais revolução, pra que tanta resistência, né?

Unknown disse...

Lucas vc n tem noção de quão sexista e preconceituoso o q vc escreve é.

Se uma mulher se sente ofendida e deixa de ler uma HQ em que toda personagem feminina é sexualizada e objetificada, o pb é da leitora? Ela deve fechar os olhos e continuar lendo. Ou que nem piada de estupro, é brincadeira e se deve rir junto c os homens!

Como se ri de tudo isso e se tapa os olhos quando andamos morrendo de medo na ruas? Quando uma em cada seis mulheres é estuprada? Como se lê uma HQ em que todas as mulheres são estereotipadas, com o que vc vai se identificar?? Ahhh, mas aí é só não ler. Então tb não ande na rua mulher, pq aí vc n será estuprada! Ahhhh, não vá p universidade pq aí vc n será estuprada. Arranje um homem, um marido p lhe proteger, arranje um homem p lhe sustentar e vc n tem motivo p ir p universidade tb!

Lutar por HQ's não-machistas n desmerece nossa luta, pelo contrário, a completa.

Drica Leal disse...

"Honestamente? Talvez não. É bem possível que o filme só tenha colocado aquela bandeira ali para agradar o público americano e, por conseguinte, vender mais."

Do mesmo jeito que Hitler e cia mataram milhões de judeus para agradar uma grande parte da sociedade alemã que estava descontente com a situação da Alemanha no pós-I Gurra e precisavam de um bode espiatório em quem despejar a culpa pela decadência econômica dos alemães de classe média, ué!

Lucas, vai estudar, garoto. Suas opiniões são da profundidade de um pires e vc ainda quer ensinar a feministas com o que elas dveriam se preocupar e como deveriam atuar? Qual seu próximo passo, ensinar física ao Stephen Hawking? Rs

Drica Leal disse...

Lola, pelo amor de qualquer entidade metafísica (ou não), esse "voçe" com cedilha na minha primeira postagem ficou assutador, mas foi culpa do teclado touch, kkkkk!

Anônimo disse...

Eu sei que o Lucas está sendo bem citado pq postou várias vezes, mas vms tentar despersonalizar o assunto, né gente.
Sem ataques a pessoa, será que pode ser?

Letícia disse...


Lola, você podia publicar o comentário -fodástico- da Ana Luiza Koehler desse post, ou pedir pra que ela escreva um guest post.

lucas disse...

Ehuhuhaeuhaeuhaeuh, eu sabia que ia acabar caindo nisso. Não posso falar de Feminismo porque sou homem.

Acho que vou começar a apoiar o Racismo então, já que não sou negro. Bom jeito de demonstrar sua "cultura", hein Feministas?

Teve uma aí que argumentou bem. Parabéns pra ela. Mas como teve outras 4 retardadas que vieram com o discurso padrão de "Saia daqui, homem inimigo!", eu acabo não refletindo sobre o que essa mais evoluída disse.

Parabéns, o Feminismo vai ser um sucesso com gente como vocês! (y)

Eu poderia perder mais tempo da minha vida contra-atacando, mas nem vou.

Fiquem aí, malhando uma personagem que sempre foi símbolo do combate ao machismo, porque a desenhista resolveu fazer UM quadro que não era uma porra de um protesto (Lembrem-se: ELA VIVE DISSO. Os organizadores do evento disseram "Aê, faz um desenho pra nós", ela foi, fez e recebeu).

E continuem afastando todos os homens do Feminismo porque eles são "Os Inimigos". Vão ir bem longe assim.

Anônimo disse...

lucas,

Claro que nem todos os partidários do Nazismo eram pessoas horríveis. A gigantesca maioria nem sabia o que realmente acontecia em campos de concentração.
A maior parte das pessoas no mundo não é psicopata. Nem pessoas horríveis. Mas é por causa delas que continuam passando e vivendo esses discursos danosos que muita coisa acontece. Vc acha mesmo que todo cara que bate na esposa é um estúpido 100% do tempo? Tb acho que não, que grande parte é capaz de muitas coisas positivas. Uma palavra que vai descrever muito bem o que eu quero dizer é "desumano". Hitler não era desumano, no sentido de que ele não saiu da humanidade pra fazer o que fez. O que ele fez só foi possível dentro de um contexto, de idéias, de softimento (não apenas de judeus), de conceitos, de formas de se encarar a realidade que não nasceram com ele. Os partidários do nazismo podiam não ser todos (e acredito que nem sequer a maioria) pessoas ruins. Muitos deles só acreditavam no que estavam fazendo. E o pior do nazismo só pode acontecer por causa deles.
Pra conseguir o apoio da população, o discurso de Hitler não ia apenas através de suas falas para multidões. Ele também tinha controle e influência sobre os filmes que eram feitos e exibidos, haviam mesmo cartuns em jornais. Essas coisas pequenas nos pegam pelos pés. Se naturaliza o discurso. E isso só se soma quando raras vezes ouvimos algo que contrarie esse discurso. Pode parecer que não, mas se uma revista hj em dia tiver 20 capas seguidas de pessoas negras, será que isso vai chamar a atenção de muita gente? E se tiver 2.000 só com pessoas brancas?
Quando um discurso está suficientemente dentro das nossas entranhas, ele não nos soa estranho. E aqueles discursos que são diferentes, chamam muito mais a atenção... Se um brasileiro “““padrão”””” ouvir três pessoas falando sobre relacionamentos homossexuais em um dia, isso vai chamar a atenção? E se forem 5 sobre heterossexuais, será que só não vai pensar, no máximo, "o amor está no ar"?
Discutir sobre essas pequenas coisas só parece pouco pq só ouvimos alguém contrariá-las algumas vezes. Sério. Vc já pensou como seria se falassem sempre? Cada vez que aparecessem? Será que ainda seriam tantas? As piadas horríveis (sem aspas) que um Rafinha Bastos diz chamariam tanta atenção antes do movimento feminista? [E, só pra lembrar, muita gente nem é capaz de ver motivo de repulsa no que ele diz HOJE EM DIA...]

O ponto principal que estou enrolando sempre é: se uma "pessoa horrível" (tipo o espancador de mulher) passa todos os dias numa sociedade como a nossa, será que ele se sente mais apoiado ou criticado? Até que ponto nós não mostramos para essa pessoa que "ser horrível" não era uma opção válida na nossa sociedade?

Sofia

Anônimo disse...

Um homem querendo ditar como nós mulheres feministas devemos agir HAHAHA! Claro né,do alto do previlégio até eu :)

Anônimo disse...

"Machismo esta em tudo, meu bem.O negocio é mudar o sistema em conjunto, meu bem."

Eu também acho, Dona. Por isso eu prefiro mais a minha proposta... pra quê vamos reclamar e tentar nos incluir forçosamente ao que já tem, se podemos criar algo diferente? Não precisa "criar uma indústria paralela de quadrinhos femininos". E sim trabalhos com uma perspectiva diferente e que aos poucos poderão ser absorvidos por um público maior.

As pessoas aprendem a não repetir? O que eu mais vejo é justamente o contrário, gente que acha ridículo essa atitude de SÓ reclamar (muitas vezes sem entender o assunto direito) e colar adesivinho e despreza ainda mais as feministas.

Drica Leal disse...

Fica, Lucas, vai ter bolo! ;)

E ó, vc não sabe porque só conhece feminismo de ouvir falar ou na base do "eu acho", mas existem vários homens feministas,, inclusive nesse blog. E se era aprovação masculina que faltava pra você achar que o feminismo merece algum crédito, agora não falta mais, viu?

Abraços, e vai pela sombra, tá?

Anônimo disse...

"nosso universo"...

Não, pera.... PERA!!!

Desde que eu me entendo por gente eu coleciono mangás, jogos e gibis. Meus pais se conheceram por ambos lerem gibis. Eu conheci meus amigos e amigas por todos eles lerem ou mangá, ou gibi ou jogar. E ae me vem gente dizendo 'mimimimi meu universo mimimimimimi'. Me fala onde que tá escrito que é teu que nós podemos TENTAR começar a conversar ¬¬

Lola, já recomendaram e eu recomendo de novo: http://eschergirls.tumblr.com/

E eu ainda ponho fé que nem todo boy nerd é assim. N é possível, eu devo estar medindo o mundo com a minha régua, todos os meus amigos q curtem mangás/hqs/jogos tratam eu e as minhas amigas com o respeito esperando de um SER HUMANO DECENTE.

Parem de sujar a imagem dos nerds, pô!

Morgause disse...

KKKKK
Fala sério, os mascus reclamam, mas fazem questão de choramingar por aqui, é muito amor mesmo.

É temeroso para eles que as mulheres fiquem se metendo em seu "universo paralelo" rsrsrs

Será que se criassemos nosso universo paralelo, humilhando os homens, os rebaixando, eles não deveriam ter o direito de se sentirem agredidos? Será que seria errado que eles pedissem para nós mulheres, não reduzi-los a objetos? ou a idiotas?
Aliás o universo paralelo feminista criado pelos mascus é assim. Somos mulheres que odiamos tudo o que os homens fazem...e eles são os martires que lutam por uma imagem melhor dos homens...
Mas quando nós nos sentimos agredidas, somos exageradas, estamos invadindo o que não é nosso!LOL
Só o que pedimos é: parem de nos reduzir a objetos sexuais em tudo. Se fossem cartazes com bundas masculinas, ou homens idiotizados, iriam chiar, e sabe...com razão.
Ah, mas é voltado para o público masculino e eles gostam! Vc acham que a gente não sabe disso?
O que está em discussão (ou deveria estar)é a questão de como as mulheres são representadas para esse público, e o quanto "coincidentemente" o padrão adotado pelas HQs é a mesma que o mundo todo gosta de colocar as mulheres: como objetos sexuais, passivos ou sedutores.
Não é só coisa no "universo paralelo masculino", no "universo paralelo feminino" reduzem nossas ações ao culto á vaidade, a odiar nossas rivais,a sermos santas ou putas.
A HQ é apenas um produto cultural que perpetua como os generos devem se comportar.
"ah mas eu gosto de ver mulher assim, só com bunda e tals, não faz mal" tá bom, mas mulher não é só isso. E tem todo o direito de se ofender.
E os homens deveriam ser ofender quando o entendimento deles sobre mulheres se reduz a isso, como se fossem cachorrinhos babando no açougue.
Quem reduz o homem a um pênis que adora ser estimulado o tempo todo não são as feministas. Ou por acaso somos nós que em campanhas publicitárias pensam:"é voltado para homens? então tá, coloca uma bunda, o cerebro deles só processa isso"
Fomos nós que inventamos isso?
Aliás, achar que mulher não deva gostar de hqs, games e tals, já é machismo indefesável. Querer um "universo paralelo" onde mulheres não entram, só suas bundas,é misoginia.

Anônimo disse...

Ainda bem que esse Lucas Chato foi embora. Para de dar espaço a esses mascus, Lola. ):

Ana disse...


'mimimimi fiquem longe DOS NOSSOS quadrinhos mimimimi'

Rindo. Sentada no sofá esperando o carteiro chegar com a minha última HQ encomendada dos States e rindo. Muito.

Anônimo disse...

Anonimo das 18:15

Se vai haver essas pessoas e tb haverá pessoas que gostam da auto-critica.

O negocio é reclamar mesmo e nao ficar calada.Incomodar mesmo.

Anônimo disse...

Aliás Lola, APESAR de tudo, eu ando muito otimista com o mundo nerd.

Um dos carros chefe de animação da Nickelodeon é "Avatar: A lenda de Aang". Aliás, essa animação ficou só atrás de Bob Esponja, mas enfim. A história recebeu uma aceitação imensa por parte do público, mas os produtores ficaram surpresos com o fato que a maioria dos telespectadores eram... Tchan Tchan, garotas! Mas pudera, a primeira série trata sobre o machismo e o que a sociedade espera de uma garota. E um dos protagonistas começa como um machista e termina a série se redimindo ao reconhecer que a garota que ele está a fim é um ser humano independente como ele.

Os produtores ficaram tão satisfeitos que lançaram uma continuação; "Avatar: The Legend of Korra", com uma protagonista.

A série ainda ganha meu amor porque a metade do elenco é composto por pessoas negras.

E depois falam que temáticas assim não seriam bem aceitas, hahahaha.

Panthro disse...

Agora pronto. Depois de gays são misóginos, agora nerds são misóginos. Quer dizer, qual a melhor forma de se combater preconceitos do que com preconceito, né? É com gasolina que se apaga o fogo!

Adriana Baggio disse...

Gente, não sei se alguém comentou acima (são 70 comentários, não tive paciência de ler todos), mas o cartoon que ilustra os cartazes, e que é considerado machista, é da Priscyla Vieira – uma mulher. A personagem é a Amélie, que tem tirinhas publicadas na Folha de S. Paulo, e que volta e meia aborda temas caros às feministas (by the way, sou uma delas, feministas curitibanas, falo com propriedade). Ok protestar, mas façam considerando o contexto, pra não des-legitimizar os protestos.

Ana disse...

@19:22
"Os produtores ficaram tão satisfeitos que lançaram uma continuação; "Avatar: The Legend of Korra", com uma protagonista."

'Legend of Korra' é fantástico.

Pra mim Korra é de longe umas das melhores personagens femininas EVER. E ainda ganha bônus por ser a protagonista.

Anônimo disse...

PARA Anônimo "revoltadinho"

Ou uma mina feminista e sei TUDO sobre comics, grafic novels e mestres dos quadrinhos.
COMO as hqs de: Alan moore, frank Miller etc.
PODE PINTAR SEU CABELO DE CAJU OTÁRIO!!!!
Já ganhei de vários manés convencidos como vc no Counter Strike, Halo, Ninja Gaiden, Assassin's Creed, Far cry e GTA.
PODE SE VESTIR DE MULHER, IR COM A CARAVANA DO CAPÃO REDONDO PRA PEGAR AVIÕES DE DINHEIRO NO PROGRAMA DO SILVIO SANTOS.
Ou seja, vc é um: OTÁRIO, FRACASSADO, CONVENCIDO, IDIOTA, MANÉ, MACHISTA, NÃO PEGA NENHUMA MULHER E TEM DÚVIDAS DA SUA SEXUALIDADE PRA FICAR EM PÉ DE GUERRA COM MULHERES.
Você não chega aos meus pés enrustido!


Sawl

Anônimo disse...

PARA Anônimo das 14:10

Querido analfabeto funcional e ser em dúvida de sua sexualidade desde quando "Quadrinhos, games, RPG, são universos masculinos"?!
No mundo da "Masculândia" onde só homens circulam, mulheres ficam trancadas em casa, e estes misóginos ficam de "mãozinhas dadas" e se contemplando longe das mulheres, eca, que mocreias! kkk
AMO quadrinhos, games e RPG e NÃO SÃO coisas do universo masculino e sim apenas do UNIVERSO! E sou hétero e bem casada, claro, não tenho nenhuma homofobia até porque minha irmã é lésbica, e ela, NÃO conhece nenhum quadrinho, nunca jogou game e trabalha como bailarina, enquanto eu sou arquiteta e já venci vários caras como Counter Strike e no Halo.
Engraçado que para um bostinha, misógino, recalcado e fracassad como vc, mulheres devem ficar do lado de fora, de: trabalho, games, quadrinhos, etc. Porque tanta hostilidade com as mulheres? Será que se deve ao fato de vc ter conflitos com sua sexualidade?
Bem provável.
Se vc não é uma bichona enrustida(o que acredito piamente) é no mínimo: DOENTE MENTAL, RETARDADO, MISÓGINO, MAL AMADO E DEVE SER INTERNADO AMARRADO EM CAMISA DE FORÇA.
Bom, gay, vc não é porque NÃO é MACHO pra isso! Mas que é um sujeitinho covarde, burro e cheio de viadagem isso vc é!



Sawl

Anônimo disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
GENTE É SÉRIO!!

Nem nos redutos mascus esses caras comentam tanto e tão rápido como aqui na Lola kkkk é comico isso na boa


Anônimo disse...

Preconceitos de classe mode on?
Oi?

Anônimo disse...

São posts como esse que me fazem desgostar do "feminismo". Detesto essa atitude vitimista, crica, e pseudo contestadora.
Por favor, vamos fazer isso do jeito certo?
Como vamos esperar que a mídia nos empodere, se não nos empoderamos?
Como disse alguém ai em cima, que tal produzir algo e mudar as coisas de figura em vez de ficar com mimimi.

Primeiro que eu não veja nada de errado em "fanservice" para o principal público de quadrinho de super heróis. Assim como, meninas, o filme dos Avengers (ou até mesmo o filme deles em separado, Thor, Capitão América) tem basicamente "fanservice" APENAS para garotas.
Sim, isso mesmo. E por que isso? Por que vende. Vejam o fenomeno de meninas nerds babando pelos heróis da Marvel desde então.

Sinceramente, eu prefiro 1) que em vez de tirar o 'fap' material dos meninos, nos deem material para 'fap' também. Assim, anestesiada pelo nosso próprio fanservice, paremos de querer tirar o doce da boca dos outros. 2) que então façamos nosso próprio material, como é feito no Japão, quadrinhos de mulheres para mulheres.

Tem espaço pra todo mundo e não é criticando coisas que os outros gostam e querendo tirar isso deles que vamos fazer as coisas ficarem melhores. Vamos gostar das nossas próprias coisas, amigas! Vamos exigir que nossos gostos e anseios sejam contemplados pela mídia, já que somos consumidoras. Vamos criar nossos próprios meios para nos expressarmos!

Chega de meter o dedo na diversão dos outros! Vamos nos divertir um pouquinho também.

Branca disse...

"O dia que uma mina feminista souber mais do que eu sobre comics, grafics novels, e mestres dos quadrinho como Alan moore, frank Miller etc., eu pinto meu cabelo de caju !"


HAHAHAHA desculpa, eu não ia nem comentar o post, apesar de ser quadrinista, mas não pude resistir!!

Primeiro: Anônimo, querido. Pode pintar o cabelo e se vestir de mulher. Eu sou quadrinista e estudiosa do tema e sei tanto quanto qualquer estudioso e conhecedor. E tenho pelo menos 5 amigAs (que me lembro de cabeça, agora mesmo) que mandam ver em CS. Você tá muuuuito defasadinho a respeito da capacidade feminina. Coitado, não deve saber nem dobrar uma camisa.

Segundo: a não ser que você esprema fruta pra passar no cabelo (o que vai queimar seu couro cabeludo no sol), você não vai pintar o cabelo de caju. É acaju. Fofo.

Branca disse...

"Puts era so o que faltava, feministas querendo se meter nos quadrinhos, to ate vendo o que iria dar, batman e Robin em passeatas pela união civil gay, o Wolverine andaria por ai depilado,a mulher maravilha teria o suvaco cabeludo e usaria coturno, ridiculo !"


Como mulher eu deveria censurar e protestar, mas como profissional de quadrinhos ainda não consegui pegar fôlego de tanto rir dessas pérolas.

Ainda que concorde com a maioria dos pontos do post, eu acho que o da TPM é um pouco de exagero. Claro, é cansativo porque é uma piada repetitiva, mas não acho que se deva encher o peito e chamar de machista. Mas enfim, eu posso (vou) ser mal interpretada se seguir falando (mesmo que seja quadrinista e feminista). Então fiquem com o eco dos meus risos zombando dos mascus. XD

Loise disse...

Acho desnecessário ficar malhando o Lucas. Ele pode até ter dito coisas machistas, mas provavelmente não percebeu. Aposto que não foi por mal. Um dos grandes problemas do machismo hoje em dia é que as pessoas não percebem que ele está lá, acham que é o "natural", etc.. Acredito que este tenha sido o caso, assim como acontece com muitas outras pessoas (sejam homens ou mulheres) todos os dias.

Caso o Lucas volte (ou alguém mais se interesse), é uma boa dar uma lida nesse texto sobre feminismo: http://papodehomem.com.br/feminismo/

É bem básico e introdutório, mas acredito que bastante esclarecedor. É isso. =)

Gabriel Nantes de Abreu disse...

Lola

Sempre fico feliz quando comentas sobre o machismo nos quadrinhos (e no mundo dito geek, em geral) primeiro por ser algo que eu amo, e ao mesmo tempo , me entristece toda vez que detecto o machismo presente nesse seguimento.

Sei que aqui não é um espaço adequado para isso mas queria divulgar uma pagina do Facebook que eu fiz sobre o tema fazem uns 3 meses.

https://www.facebook.com/SuperheroinasFail

A ideia é compilar nesta página, charges, e informações a cerca do machismo nos quadrinhos (e porque não em outras midias geeks) infelizmente faz um tempo que não é atualizado porque estou com dificuldades de acesso à internet. óbvio que qualquer ajuda pra tocar a página é bem vinda!!!

Anônimo disse...

Anônimo das 15:20, como se zerar God of War fosse tão difícil assim. Sou mulher casual gamer (sou de épocas, quando sai jogo de franquia que sou fã como god of war, uncharted, assassin's creed etc, ou algum que está sendo bem falado, como heavy rain jogo horas por dia, mas em outras épocas fico 1, 2 meses sem jogar, porque tenho muitos outros hobbies também, se eu fosse dar atenção a todos o tempo todo não sobrava tempo pras obrigações) e zerei rapidinho, deixando até minha irmã que na época tinha 13 anos (já faz quase 3 anos que o terceiro jogo saiu) jogar junto em algumas partes (jogava um pouco, passava o controle pra ela, ela jogava um pouco, me devolvia, e a gente o tempo todo trocava idéias do que fazer…). Jogar com os outros querendo dar pitaco (seja homem ou mulher) pode ser um saco mesmo, mas já pensou jogar com a pessoa? Mesmo sendo jogo individual, como eu e minha irmã fizemos, revezamos. E trocando idéias. E explicando por que o que ela quer fazer não vai dar certo. Se sua namorada tem interesse no jogo, nesse universo, deixe ela entrar, ensine pra ela. God of War 3 é um jogo cheio de puzzles, quem sabe ela não te desse uma sugestão certa do que fazer? Ou se ela não tem interesse ou você realmente não quer dividir isso com ela, jogue quando não estiver com ela.

Unknown disse...

Pro lucas e outros

Acho que tá faltando um tiquinho de autocrítica. Querem criticar, discordar, beleza. Mas não é com uma postura de confronto que se consegue isso.
E é sempre bom pesquisar um pouco mais sobre um assunto antes de criticar, senão fica bem chato mesmo.

E pro lucas: esse negócio de "de uma feminista evoluída, mas tem quatro retardadas falando merda, e é por isso que vocês todas são retardadas" é nem incoerente e ilógico.
O feminismo, assim como qualquer outro movimento social, não precisa ficar de explicando ou posando de limpinho e cheirosinho pra qualquer um que vem com uma postura de confronto, dizendo que somos exageradas e o escambau.
Quer ser bem tratado aqui? Comece não enfiando o pé na jaca da próxima vez, senão acaba sendo confundido com troll.

adriano moraes disse...

bom, acho que dá para chegar numa opinião mais razoável aqui.
Primeiro esse post tem coisas que talvez façam sentido e outras que são simplesmente desinformadas mesmo.
A arte da TPM eu não suporto e consigo ver como uma piada machista. agora aplicar o mesmo termo aos outros é apenas preguiça de ver a coisa com um pouco mais de profundidade mesmo.

Primeiro porque a noção de sexualizar figuras está longe de ser exclusiva do mundo dos quadrinhos. Se você vai criticar isso por favor utilize o termo 'mídia' na forma mais geneerica possível invés de separar quadrinhos como o bastardo horrível fazendo o que cinema, propaganda, literatura, música e etc igualmente faz.

Afinal de conta esse comentário por exemplo poderia se aplicar a qualquer filme de hollywood. "As histórias eram voltadas exclusivamente para meninos, os protagonistas eram quase sempre homens, e as mulheres apareciam ora como figura de cenário (a secretária, a mãe, a dama em perigo), ora como interesse romântico do herói. Mesmo no caso das raras heroínas, o apelo sexual na representação de seus corpos parecia importar mais que a própria construção da personagem."
Eu não estou suportando o uso de estereótipos ams alegar que 'quadrinhos merece mais crítica ou ser exclusivamente criticado pelo que todas as outra mídias fazem' é apenas hipocrisia mesmo.

Quadrinhos apenas expressa o espírito contemporâneo da pessoa média o que ela aceita e financialmente suporta, assim como toda outra forma de mídia e indústria de entretenimento. Claro que a mentalidade média suporta coisas estúpidas e tem preconceitos e para educar que existe e buscar balançar os direitos que adiscussão existe e deve ser levantada.
Daí agora que tiramos isso do caminho vamos ao que faz sentido ou não nesse post:

adriano moraes disse...



-O cartaz 2. Bom, sinto te informar mas esse tinha de ser do jeito que foi mesmo. Porquê? Porque esse psoter representa uma exposição e lançamento de um livro sobre uma editora de quadrinhos eróticos em Curitiba nos anos 80. Alguém imagina um livro sobre a playboy por exemplo sem uma imagem do gênero? Daí for entrar em questionar literatura erótica boa sorte. Pode xingar pelo resto da eternidade daqui a mil anos vocie vai ser cinzas literatura erótica ainda vai existir e eu pessoalmente nnao vejo nada de errado, muito menos vou ser convencido que deveria me sentir culpado sobre. É parte da sexualidade humana e só.

3-Imagem de um cowboy. Por favor leve essa discussão primeiro ao Sergio Leone que iniciou o gênero antes de vir para o primo pobre, quadrinhos, trazer o assunto. Que xingar o limpador de chão invés do dono do prédio é bem fácil. Na perspectiva da Gibicon e pessoas interessadas em quadrinhos, essa imagem se relaciona a Bonelli, uma editora de quadrinhos italiana que participa da convenção. Obviamente a convenção tem de usar uma imagem que eles forneceram como eles são convidados.
Você tem problemas com imagens desse tipo você poderia igualmente banir fotos do James Dean

4 e 5- alguém poderia dizer essa imagem 3 homens de boa aparência abraçados e homens musculosos jusntos é homoerótica. Indiferente às suas opiniões exclusivamente nos méritos de talento artístico e linguagem de quadrinhos são imagens profissionalmente executadas.

6- Sim, essa é sexista mesmo. a piada de tpm é de mau gosto e desnecessária.

7 - na verdade o mesmo aqui se aplica ao comentário da 3. Essa imagem não foi escolhida pela Gibicon mas fornecida pelo artista.

adriano moraes disse...


O grande problema desse post é acreditar que a Gibicon tem uma forma de agenda específica e seletiva sobre 'o que eles querem msotrar em posters' oq ue é aplicar uma boa quantidade de poder na Fundação Cultural de Curitiba. O que acontece na verdade é bem menos específico e alguém poderia dizer 'menos organizado'. O evento tem um orçamento menor e eles precisam usar o que artistas bem intencionados fornecem. a intenção do evento não é expressar ou defender uma opinião específica mas demonstrar o que está sendo feito em termos de linguagem de quadrinhos.

Se essa ou aquela arte te ofende, por fazor tenha o bom senso de discutir expecificamente com o artista em si, invés de sair amaldiçoando o evento em si e ainda mais absurdo: a linguagem inteira de quadrinhos.

para sua informação além do artista que te ofendeu existem meio milhão de outros artistas como Alison Bechdel, Neil Gaiman, Melinda Gebbie, Kate Benson, Marjane Sartrapi, Trina Robbins, Colleen Doran, Marie Severin, Howard Cruse, os irmãos Hernandez, Nell Brinkley, Rose O'Neill, Karen Berger, Heidi Mcdonald, Ann Nocenti, Louise Simonson, Gail Simone, Lily Renée ( que diga-se de passagem fugiu do holocausto apra fazer quadrinhos nos EUA ) que contribuiram pratica e efetivamente nas guerras culturais para trazer uma sensibilidade mais igualitária ao meio invés de simplesmente tentar reduzir o trabalho de todo mundo pelo filtro míope de '1 ou 2 artistas do meioq ue não gostei'.

Porque é bem óbvio que quando alguém começa um texto com 'eu não sei muito sobre isso' é um bom sinal que logo você nãao deveria escrever sobre o assunto

Anônimo disse...

Lola, falando em quebra de esteriótipos e pré-conceitos, no link que envio uma menina super fofa e inteligente deixa(claro de forma inocente) a irmã da princesa Kate Middleton, Pippa, em uma "saia justa".
A fofinha de 6 anos rebate a moça quando esta de forma preconceituosa alega que quando ela forma mais velha gostará de "rosa e desejará ser princesa".
A pequena manda um "odeio princesas" e em seguida "prefiro vampiros",kkk. A bela Pippa poderia ter ficado sem essa! kk

http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2012/10/27/menina-surpreende-pippa-middleton-odeio-princesas-472365.asp

Sawl

Dani Andrade disse...

Cara, mascu é muito burro mesmo!
Da onde que mulher não pode gostar dessas coisas.. gente?!!
No época que eu e meu então namorado tinhamos tempo.. nossa como jogamos God of war, midnight club, need for speed underground, test drive, madrugadas a fio ahahah conversando, namorando, rindo.
Eles não imaginam como pode ser divertido! Depois dizemos que eles odeiam mulheres.. odeiam mesmo! Querem distância.. eu hein?!

Ronaldo disse...

Oh, coitadinhas das mulheres, citarem TPM em uma propaganda sobre um evento de quadrinhos deve realmente ser uma ameaça séria a independência delas!

Mariana disse...

Lola,
Li este post e lembrei de um comentário que ouvi sobre aquele seriado Game of Thrones. Disseram que ele era feminista, porque há várias personagens femininas fortes (não no sentido literal), que lideram, que apoiam, que vão para a guerra, enfim. Vc já tinha ouvido algum comentário sobre o assunto?
Abraços e tenha um ótimo domingo!!

Anônimo disse...

imaginem uma playboy com o lula na capa?,( não nu, apenas anunciando sua entrevista, pelamor)

Imaginem filmes pornos, sem closes e angulos no " coro no coro" mas em vez disto, a marta suplicy parando a cenas toda hora, para dar informações sobre ovulação e oscambau, e ao fundo velas acesas e musica de chico buarque ao fundo ?

Imagine quadrinhos politicamente corretos, onde batman e robin se assumiriam como casal gay, e adotariam uma criança, a a mulher maravilha fosse desenhada cheia de estrias, e tecidos adiposos, para não chocar a estima das dondocas ?

Imagine todo vez que o superman for salvar uma donzela em apuros, ela lhe lha dirá : " eu não preciso de você, ja acionei a lei maria da penha para este monstro espacial"

imaginou ? pois e ,este e o mundo fantastico feminista !

Ana disse...

@21:24

"Chega de meter o dedo na diversão dos outros! Vamos nos divertir um pouquinho também."

Como faz quando a minha diversão é a mesma que a 'dos outros'?

Enlighten me.

Anônimo disse...

Gosto muito de quadrinhos, desde pequena, e desenho também, quem sabe posso investir nisso, mais garotas poderiam fazer o mesmo pra tentar mudar essas situações...

Panthro disse...

Uma crítica muito mais relevante seria ao que fizeram com a Estelar, dos Novos Titãs. Aquilo sim, foi uma cagada machista. Agora falar de universo dos quadrinhos é uma babaquice tão grande quanto falar do "universo do cinema" ou do "universo da música". Os quadrinhos são um meio de expressão. E mesmo na grande mídia, já foram usados pra visões completamente opostas. Desde uma visão direitista do Frank Miller em Batman Ano Um até uma visão esquerdista no Gavião Arqueiro dos anos 70. Quadrinhos são um meio de comunicação. E como todo meio podem ser usados pró ou contra qualquer corrente de pensamento. Se na maior parte dos quadrinhos mainstream o que se vê é uma objetificação da mulher, isso acontece porque é o que acontece em qualquer mídia.

Anônimo disse...

Sabe o que é pior? Muitas feministas que dizem se importar taaaaanto com o machismo dos quadrinhos provavelmente nem vão atrás de conhecer as hqs e autores bacanas que citamos aqui.

É o mimimi pelo próprio prazer do mimimi.

Em vez de gastar energia só reclamando, gurias, vamos desenhar, escrever, apoiar boas artistas independentes, consumir e divulgar quadrinhos legais... =)

Saki

Ana disse...

@Panthro

3ª linha, link no "mais mulheres". Guest post meu falando da Estelar (mas não crie grandes expectativas, na verdade aquele foi um email transformado em Guest então é só fangirl rambling mesmo, kkkk. Mas lá tem link pro post da Valéria no Shoujo Café sobre o assunto, que talvez valha mais a pena).

"Se na maior parte dos quadrinhos mainstream o que se vê é uma objetificação da mulher, isso acontece porque é o que acontece em qualquer mídia."

... ok. O que extamente isso muda...?

Desculpe Panthro, não peguei mesmo. Que o sexismo não é exclusividade das comics, bem, isso é meio óbvio. Então...?

Anônimo disse...

@adriano moraes

O que discute aqui não é a intenção dos organizadores na hora de escolher esses cartazes; e sim o 'machismo nosso de cada dia', que está embrenhado na sociedade.

Se não tiver gente para apontar e dizer: "olha, isso é machismo / esta postura é machista", como mudar a situação?!?

Diante do 'diagnóstico' de preconceito, a pessoa pode tomar algumas atitudes. Uma delas é repensar e não repetir isso; outra é se assumir como e sofrer conseqüências (só para citar duas). Agora, numa segunda vez, ela não pode virar e dizer: "É mesmo?! Sabe que nem tinha pensado/reparado nisso?!", se fingindo de sonsa.

Anônimo disse...

"Agora falar de universo dos quadrinhos é uma babaquice tão grande quanto falar do "universo do cinema" ou do "universo da música""

Sabe... isso me lembro a situação do cinema antes da década de 1970 (com o ápice do cinema autoral dos diretores) e pós 1970, meados dos anos 2000 (com a retomada dos estúdios conglomerados).
Há uma diferença muuuuito grande, e v claramente vê a "mão" do estúdio.
Sabe quando vc vê um filme pipoca que até estava indo bem, até que a situação começa a ficar forçada prum 'final feliz'?!
Então... a 'grande mídia', os estúdios, quem controla, possui uma determinada agenda (seja ela visando o lucro ou espelhar seu modo de vida ou sei lá mais oq), e gosta de moldes.
Não é ruim uma história forçada?
Se não houver crítica, essa agenda não vai mudar 'ao gosto do povo'.

Meu marido vive dizendo que interpretação de texto/imagem/música/qlq-coisa não é um mero exercício de sala de aula, respondendo aqui que está no livro ("O autor disse...")

Luiz Prata disse...

Que história é essa de "meu universo"?
Quadrinhos, games, RPG e etc. não são nem devem ser exclusividade masculina, pelo contrário, devem estar abertos a tod@s.
Para se valorizar um grupo não é necessário desvalorizar outro. Uma abordagem igualitária não dói.

Enfim, sou um grande fã da Batwoman (Kate Kane), uma das personagens menos afetadas pelo reboot da DC Comics. Uma personagem feminina bem estruturada e bem desenvolvidas.

Mihaelo disse...

Como desde criança eu já lia literatura adulta como Machado de Assis por exempolo, nunca suportei estes quadrinhos de super-heróis muito babacas,imperialistas e reducionistas. Eu e minha irmã sempre preferimos quadrinhos mais intelectualizados e inteligentes como a Turma da Mônica e Mafalda.
Na época não havia mangás, mas pelo que vi no blog de uma ex-colega de faculdade que é desenhista de mangás, parecem ser interessantes e mais inteligentes que estas baboseiras reacionárias estadunidenses.

Ingrid disse...

Nao li todos os comentarios mas observei alguns bem interessantes de caras mt machos q nem se identificam. Amigos, da onde vcs tiraram q o mundo dos games e quadrinhos foram feitos diretamente para vcs e q so vcs podem fazer parte?! Nunca vi escrito nenhuma restriçao para genero, apenas de idade. Acho q a verdade eh q vcs tem medo de perderem para uma garota, q ela saiba mais q vcs. Fala serio. O dia q eu ver q essas coisas vem destinadas a vcs, com o nome de vcs, ai sim, fora isso, esse mundo eh de todos, ou vcs acham q so vcs pensam e viajam nas historias de super herois? Q gostariam de um dia ser como algum deles? E nao venham me dizer q vcs nao fazem isso ou nunca fizeram na vida. Pq qndo a gente eh criança a imaginaçao eh o nosso grande poder.
Portanto, parem de dizer q esse mundo eh so de vcs, q so vcs entendem disso e q so vcs sabem jogar. Ainda bem q tenho amigos q nao sao assim, pelo contrario, acho q eles ficam contente em ver a quantidade de pessoas q se interessam por esse universo, nao ligam se sao mulheres, homens, senhores ou crianças, o importante eh q esse mundo so vem crescendo e eh tao bom conhecer mais pessoas q tbm gostam dessas coisas, pois podemos discutir, trocar ideias e compartilhar experiencias.

Ingrid disse...

Engraçado como alguns caras sao machos! Nossa nem se identificam. Nao li tds os comentarios mas li alguns bem interessantes, como por exemplo, alguns caras falando q o mundo dos games, quadrinhos etc sao feitos para homens e q nòs nao devemos nos entrometer. Gostaria de preguntar qm disse isso pra eles? Desde de qndo criaram jogos e afins propriamente feito para eles. Calma colega! Nao estamos invadindo o tal espaço de vcs, ate pq ele nunca foi somente de vcs. Jogos, hqs, mangas, sao pra tds meu bem. Acho q nunca vi nd disso escrito: So jogue se for menino. Ou, pertence aos homens e se nao for, nao mexa. Infelizmente vcs tem medo de competiçao, de serem derrotados pro uma garota! De saberem q uma garota tbm pode gostar dessas coisas e saberem mais q vcs. Felizmente meus amigos q curtem essas paradas nao sao demente feito vcs. Pelo contrario, acho q eles ficam contente de saberem q cada vez mais outras pessoas, independente de serem homens ou mulheres, novos ou velhos. Meninos, chega disso. Nd a ver. Aposto q vcs sao o tipo de cara q ficam doidos pra arranjar uma namorada q tbm goste dessas coisas e nao conseguem, ai ficam colocando fotinha de garotas lindas q jugam video game e q adorariam estar com elas.

Unknown disse...

Vixe, sem querer comprei uma escova de dentes azul, que é cor de meninos.Posso usar ou estarei invadindo demais o universo masculino?

Anônimo disse...

Sobre objetificação feminina nos quadrinhos, recomendo esse ótimo blog, com direito a re-desenharem algumas capas para exemplificarem rs.

http://eschergirls.tumblr.com

Anônimo disse...

Agora que vi que alguém já sugeriu o link Eschergirls =x
Malz aê pela duplicata rs

L. disse...

@Rebecca Souza

"Lost Girls" é do Alan Moore. Foi desenhado pela esposa dele, Melinda Gebbie.

Ana disse...

@adriano moraes

"Porque é bem óbvio que quando alguém começa um texto com 'eu não sei muito sobre isso' é um bom sinal que logo você nãao deveria escrever sobre o assunto"

Não foi a Lola que esceveu o texto. Por isso se chama "guest post".

"para sua informação além do artista que te ofendeu existem meio milhão de outros artistas (...) que contribuiram pratica e efetivamente (...) ao invés de simplesmente tentar reduzir o trabalho de todo mundo pelo filtro míope de '1 ou 2 artistas do meio que não gostei'"

Do texto:

"Não estamos dizendo que tudo que se faz é de cunho machista, pelo contrário, existe muita coisa interessante e instigante pipocando por aí"

Me desculpe se eu entendi alguma coisa errada (acontece mais do que eu gostaria), mas me parece que você não leu com atenção o post.

@14:12
"O que discute aqui não é a intenção dos organizadores na hora de escolher esses cartazes; e sim o 'machismo nosso de cada dia', que está embrenhado na sociedade.

Se não tiver gente para apontar e dizer: "olha, isso é machismo / esta postura é machista", como mudar a situação?!?"[2]

Isso.

adriano moraes disse...

"O que discute aqui não é a intenção dos organizadores na hora de escolher esses cartazes; e sim o 'machismo nosso de cada dia', que está embrenhado na sociedade.'

O titulo do post e "Cartazes machistas divulgam convencao de quadrinhos" e prossegue num, argumento de 'como imagens de mulheres sexy contra figuras masculinas nao sendo necessariamente sexualizadas( e aqui eu discordaria porque como apontei acima tem um carater homoerotico nas imagens ) mas esse nao eh o problema.
O problema eh essa linha "A GIBICON espalhou por Curitiba vários cartazes fazendo propaganda do primeiro evento internacional de quadrinhos da cidade." o que implica a responsabilidade e intencoes dos organizadores e prossegue de novo com "O que a comparação acima traz à tona é que a GIBICON, e tantas outras 'entidades' do mundo dos quadrinhos, não fez nenhum esforço para não perpetuar o machismo e muito menos para tentar construir a igualdade de gênero." o que reinforca o que apontei como o erro principal desse texto:

-A Gibicon nao esta selecionando esses posters com uma genda definida de promover isso ou aquiklo, esse nao eh o trabalho dos organizadores.
O trabalho eh demonstrar o que esta sendo feito em quadrinhos para ser discutido.

Sinceramente quando voce diz "O que discute aqui não é a intenção dos organizadores na hora de escolher esses cartazes" e na mesma linha diz "e sim o 'machismo nosso de cada dia" voce acabou de implicar o primeiro por associacao. Enfim voce tentou desviar e acabou se contradizendo.

E principalmente colocou culpa no que, como apontei, nao eh decisao deles mas dos artistas que fornecem o trabalho.

Eu apenas apontei que o foco do texto eh truncado e erroneo, com um bom potencial de ofender pessoas que buscam reduzir sexismo inves de focar de forma mais acurada nos trabalhos especificos que podem ser vistos como problematicos.
Quando voce abre uma metralhadora num shopping center voce pode matar os viloes da historia mas dificilmente nao vai atingir boa duzia de inocentes junto.

adriano moraes disse...

O principal problema do texto eh o ataque na convencao inves dos artistas que produziram o trabalho.

Se voce pegar uma convencao maior, digamos San Diego Comic Con, uma das maiores do mundo. A convencao em si nao vai tomar responsabilidades pelos trabalhos apresentados.
Contudo, na imagem maior da coisa, o fato da convencao existir para centralizar um encontro entre ideias diferentes pode potencialmente criar a discussao de uma forma mais direta e efetiva.
A ideia da convencao em si nao eh sexista mas democratica. Levanta a questao Dave Sim: o artista extremamente talentoso cujo trabalho eh misogino. Em termos de merito artistico uma convencao nao pode negar a participacao que ele tem direito contudo ele participar nao implica suporte as ideias que ele representa.
For seguir a logica de 'a convencao deveria ser seletiva nos trabalhos apresentados pelos artistas' ela estaria representando os interesses de um grupo inves do que esta sendo produzido na industria de forma realista.

Pense da seguinte forma: Voce acha que a ONU deveria negar a participacao do Iran?
Nao, porque esses sao foruns para discussao. Sem o forum cada um fica pro seu lado e nada nunca eh discutido.

Como parte do processo democratico todo mundo acaba tendo de engolir ideias que discordam de forma civilizada. Eh a natureza da coisa.

adriano moraes disse...

Agora se for possivel mover longe dessa discussao equivocada sobre a promocao de um evento de quadrinhos para os problemas efetivos da sexualizacao de personagens ficticios eu recomendo que voce se familiarize com o trabalho Trina Robbins, uma das primeiras 'herstorian ( como ela se define ) da linguagem de qaudrinhos e, diga-se de passagem, uma grande fan da Mulher Maravilha baseada nas primeiras tiras que ela foi criada como inicialmente um icone de liberdade feminina contra um mundo machista. Existe uma boa historia, nao poucas vezes bizarra, sobre a criacao da personagem e como sendo criada por um psicologo , William Marston, que vivia numa menage a trois buscou reproduzir na personagem o que ele vivia em casa: uma situacao em que as mulheres tomavam controle, inicialmente o nome dela era Suprema' e segundo as palavras dele 'homens apreciam serem dominados por uma forte figura feminina' mas que apos sua morte acabou sendo retirado da personagem ateh o ponto em que ela se tornou a imagem altamente sexualizada dos anos 90.
Tambem recomendo uma leitura desse livroq ue saiu agora, Marvel: The Untold Story, onde demonstra o que realmente acontecia nos escritorios da Marvel quando eles recebiam ordens da diretoria de 'precisamos personagens representando minorias para relacoes publicas' e as barbaridades que criadores sem nenhuma forma de ideia sobre como escrever tais personagens criavam:

One of Thomas's first responsibilities as the new editor in chief had been to bring further diversification to the Marvel Universe. As the company's initial attempts to entice a black readership (the Falcon, Luke Cage) sputtered along with middling sales, now a similarly clumsy effort was made to reach female readers, with the launch of three comics ostensibly about feminist empowerment.2 For added authenticity (or gimmickry, depending on one's level of cynicism), each of the three new titles was to be written by a woman. Unfortunately, there was none presently writing for Marvel, so Thomas improvised. He drafted his wife, Jeanie, Hulk artist Herb Trimpe's new wife, Linda Fite, and comic conventioneer Phil Seuling's wife, Carole. Lee came up with all three concepts the same day, and the titles spoke for themselves: Night Nurse, The Claws of the Cat, and Shanna the She-Devil. In the year of Helen Reddy's "I Am Woman" and the launch of Ms. magazine, Marvel's tales of candy stripers, cat-suited sexpots, and jungle queens could hardly be called revolutionary.3 (Lee later suggested that the title Night Nurse was a final legacy of his former boss: "Martin Goodman always thought there was something inherently sexy about nurses. I could never get inside his thinking there.")

http://www.grantland.com/story/_/id/8433000/an-excerpt-sean-howe-marvel-comics-untold-story

Leandro disse...

Não se preocupe, Lolinha. Em breve teremos ruas e estradas desestatizadas, e não haverá NENHUM cartaz espalhado pelas ruas (ao menos que seja com o consentimento dos proprietários das ruas). Por outro lado, os donos da rua também não permitirão que um bando de mulheres desfilem nuas vandalizando suas ruas.

adriano moraes disse...

De qualquer forma Trina esta envolvida com esse projeto de criadoras de quadrinhos.
Isso pode ser de interesse

http://imaginingourselves.imow.org/pb/Story.aspx?id=358&lang=1

adriano moraes disse...

E enfim um texto sobre a evolução do personagem da Mulher Maravilha. Como a Dc comics retirou todos os conceitos feministas para torná-la em outro personagem super sexualizada

http://astro.temple.edu/~alower/ww/

Compensa também checar o site da Gail Simone Women in Refrigerators, que é um clássico da discussão sobre como mulheres são retratadas em quadrinhos

http://www.unheardtaunts.com/wir/

Ana disse...

@ adriano moraes
“Primeiro porque a noção de sexualizar figuras está longe de ser exclusiva do mundo dos quadrinhos. Se você vai criticar isso por favor utilize o termo 'mídia' na forma mais geneerica possível invés de separar quadrinhos como o bastardo horrível fazendo o que cinema, propaganda, literatura, música e etc igualmente faz.”
“Eu não estou suportando o uso de estereótipos ams alegar que 'quadrinhos merece mais crítica ou ser exclusivamente criticado pelo que todas as outra mídias fazem' é apenas hipocrisia mesmo.”

Pera aí.

Quando foi dito que o problema era Exclusivo dos quadrinhos?
Quando foi dito que os quadrinhos deviam Mais ser alvo de crítica do que qualquer outra mídia?
Quando foi dito que Só os quadrinhos deviam ser alvo de crítica?

Gente, sério, eu perdi esse parágrafo! Mostrem pra mim plz.

Agora que vi que o Adriano falou a mesma coisa que o Panthro me espantei.

Panthro disse...

Então vamos mudar a abordagem. Acho que muitas vezes as pessoas partem pra um linchamento imediato. Primeiro gente tem que ver se houve intenção de discriminar. Houve? Não. Então não caberia conversar antes de bater?

Eu entendo essa postura porque vejo EXATAMENTE a mesma coisa no movimento GLBT. É muita mágoa. E com razão, a gente houve merda o dia inteiro. Taí o machismo de cada dia pra nos lembras. Dava até pra fazer um "A homofobia nossa de cada dia" também. Só que em algum momento a gente tem que pensar: Estamos querendo desestressar ou estamos querendo ser produtivos?

Eu penso que a postura da Lola quanto aquela menina do Femen ilustra bem isso. As pessoas estavam querendo linchar a menina por ter feito merda. Mas isso não funciona. Se não houvesse diálogo, beleza. Mas havia diálogo. Então enquanto não se tentou essa via, achou que não deve se partir pra alternativa. Por mais cansativo que seja.

Ana disse...

@adriano moraes

Sobre as análises que você fez das imagens nos posts:

-O cartaz 2.(...) “Pode xingar pelo resto da eternidade daqui a mil anos vocie vai ser cinzas literatura erótica ainda vai existir e eu pessoalmente nao vejo nada de errado, muito menos vou ser convencido que deveria me sentir culpado sobre. É parte da sexualidade humana e só.”

Se tem uma coisa que nunca ninguém quis aqui nesse blog é que a literatura erótica sumisse, ou que alguém se sentisse culpado pela sua sexualidade (logo nóis, que vivemos batendo pé pra mulher poder excercer sua sexualidade como bem quiser!).

Eu entendi a contextualização que você fez, mas o negócio sobre o cartaz é que ele usa a nudez feminina pra chamar atenção. E uso do corpo da mulher como chamariz é objetificação.

A questão não é que a literatura erótica deve sumir, a questão é que esse tipo de divulgação é nocivo pra nós, por uma série de razões. Não aprovar o cartaz não quer dizer que queremos uma fogueira pra queimar quadrinhos eróticos. São coisas diferentes.

O problema não está na sexualidade, o problema está no sexismo.

3-Imagem de um cowboy. (...) “Por favor leve essa discussão primeiro ao Sergio Leone que iniciou o gênero antes de vir para o primo pobre, quadrinhos, trazer o assunto. Que xingar o limpador de chão invés do dono do prédio é bem fácil.”

Não acho que a imagem do cowboy seja um protesto contra o gênero. Eu acho que a Lola a usou para exemplificar o contraste entre o uso de mulheres e de homens nos cartazes.

As mulheres ou são alvo de piada sendo chamadas de histéricas, ou estão sem roupa. O homem não é nem alvo de piada, nem sexualizado, ele só aparece numa boa pagando de fodão.

Esse é um padrão velho e mais corriqueiro do que eu gostaria. Ilustra precisamente o que chamamos de ‘objetificação da mulher’.

De novo, o problema com a primeira imagem não era a existência de literatura erótica, e o problema com essa aqui não é a existência de histórias de cowboy. Não é disso que estamos falando aqui. Só estamos analisando como as mulheres foram retratadas na hora de divulgar o evento, e comparando a como representaram os homens. E fazemos isso porque essa reflexão se insere num contexto bem maior, que como você mesmo disse, não se restringe só a HQ’s.

4 e 5- “alguém poderia dizer essa imagem 3 homens de boa aparência abraçados e homens musculosos jusntos é homoerótica.”

Adriano acho que aquela imagem dos homens abraçados não é da Gibicon, acho que está só ilustrando o parágrafo (em função de frases como “O mundo dos quadrinhos há muito tempo foi sinônimo de 'clube do bolinha'”).

É isso mesmo, produção? (Oi, Lola).

E bah, conteúdo homoerótico porque eles se abraçam? Conteúdo homoerótico porque um monte de caras musculosos aparecem na mesma imagem? Tá, preciso aprender a ver essas coisas.

Anônimo disse...

@adriano moraes

"O problema eh essa linha "A GIBICON espalhou por Curitiba vários cartazes fazendo propaganda do primeiro evento internacional de quadrinhos da cidade." o que implica a responsabilidade e intencoes dos organizadores"

Sim... é claro que implica na responsabilidade dos organizadores!!!
Se vc não quer ser acusado de algo que 'não é sua culpa', não seja cúmplice/conivente.


"-A Gibicon nao esta selecionando esses posters com uma genda definida de promover isso ou aquiklo, esse nao eh o trabalho dos organizadores.
O trabalho eh demonstrar o que esta sendo feito em quadrinhos para ser discutido."

Não digo que está na agenda dela ser machista, mas que existe esse tipo de coisa, existe; e, se não prestarmos a atenção, somos englobados e engolidos, como eu disse: "o machismo nosso de cada dia".


"Sinceramente quando voce diz "O que discute aqui não é a intenção dos organizadores na hora de escolher esses cartazes" e na mesma linha diz "e sim o 'machismo nosso de cada dia" voce acabou de implicar o primeiro por associacao. Enfim voce tentou desviar e acabou se contradizendo."

Será que me fiz entender melhor?

"E principalmente colocou culpa no que, como apontei, nao eh decisao deles mas dos artistas que fornecem o trabalho."

Desculpe, rapaz, mas existe uma coisa chamada curadoria nesse mundinho de exposições. Consiste em selecionar o que se mostra, como e pq. Se os organizadores não conhecem esse conceito básico so sorry.
Em nenhum canto do mundo vc deixa de ser penalizado por não conhecer as regras!

adriano moraes disse...

Bom você quer prosseguir nesse cul de sac apenas por teimosia achoq ue vou te deixar falando sozinha mesmo.

Meu problema com o post foi o que eu claramente expressei:
1. Ele se direciona à convenção em si, a qual como apontei não tem intenções de promover uma filosofia específica mas o que estea sendo produzido na indústria indiferente às suas qualidades ou defeitos culturais. a crítica deveria ser dirigida aos autores dos trabalhos em questão.

2. Não desculpa sexismo aparecer nesse ou naquele trabalho, contudo quadrinhos não deveria ser tratado como o único ou maior representante mas como outro sintoma de um problema maior e mais abrangente da mídia em geral. E na área de entretenimento quadrinhos ainda tem uma influência muito menor que cinema e música, logo seus efeitos positivos ou negativos são muito menores e várias vezes conseqüência de reprisar o que fez mais sucesso e dinheiro em outras.
Por razões obscuras e arcanas você parece querer implicar que isso significa eu estar defendendo sexismo em quadrinhos o que é um argumento bem manipulativo, desingênuo e ultimamente 'self serving'.

3- eu expressei minha opiniões de forma específica em porque eu vejo que a convenção simplesmente não deveria comprometer ou censurar trabalhos que os próprios artistas trouxeram. Eu estou mais sentindo da sua parte mais agressividade apenas por agressividade vindo da sua parte que realmente considerar meus argumentos ou um diálogo produtivo. Vocie tem uma opinião diferente que, como vejo, justifica ultimamente censura invés de discussão aberta. Na minha parte eu vou apenas concordar em discordar e não vejo motivo nenhum para prosseguir num diálogo de 'provar quem está certo ou errado'. pessoas chegam a conclusões diferentes baseadas na mesma data. Não faz ninguém menos inteligente, ao mesmo tempo como disse nesse ponto você aparenta buscar diálogo razoável.


4-por último eu apresentei pontos do que considero realmente importa discutir no meio de quadrinhos, escriroes e escritoras que efetivamente se envolveram com a discussão do retrato de mulheres em quadrinhos. oq ue eu considero é a oq ue faz sentido discutir.

Você quer continuar falando sobre poster de convenção boa sorte. Eu tenho coisas melhores para fazer.

adriano moraes disse...

ERRATA: Não faz ninguém menos inteligente, ao mesmo tempo como disse nesse ponto você NÃO aparenta buscar diálogo razoável.

Anônimo disse...

"Você quer continuar falando sobre poster de convenção boa sorte. Eu tenho coisas melhores para fazer."

Bom sorte nas suas coisas.
Mas... diz aí: qual é o público dessa convenção e quantas pessoas viram esse cartaz nas ruas?

Será que realmente devemos engolir calad@s mais um ato do "machismo nosso de cada dia" só pq não era essa a intenção dos pobres organizadores e/ou pq dentro da convenção eles tiveram espaço pro debate? (coisa que o público das ruas não teve a oportunidade)

Sério que apontar isso e dizer que não é legal acaba não sendo legal da nossa parte?!

Panthro disse...

Aliás estou ouvindo a Flauta Mágica, do Mozart, que é extremamente machista. A Rainha da Noite é representada como uma perturbada e as únicas personagens femininas se realizam só através do casamento. Suponham que alguém queira proibir o Mozart também?

adriano moraes disse...

"Sério que apontar isso e dizer que não é legal acaba não sendo legal da nossa parte?!"

Você está discutindo conseqüências enquanto eu estou tentando falar de causas.
A diferença é essa

Anônimo disse...

@Panthro

Realmente... esses cartazes devem ser da época de Mozart.

Só que não.

Panthro disse...

Apontar e dizer que não é legal aqui no blog muda alguma coisa? Não seria melhor dizer que não foi legal de forma não agressiva pra organização? Se você apresentar o caso como uma sugestão, é muito provável que adotem. Se apresentar como uma crítica, é muito provável que se doam.

Anônimo disse...


panthro,

na boa, ninguém falou em proibir coisa alguma. foi feita uma crítica que, esperamos, fomente alguma reflexão que pode (desejamos) provocar uma mudança.

é isso que se faz aqui o tempo todo, aliás: críticas para reflexão.

tomar uma crítica como desejo de proibição...tsc, tsc.

pra vc ver o quanto (não) mudamos. estamos em 2012 e tão machistas quanto a sociedade do final do séc. xviii.

como mesmo terminam todas as novelas? mozart não estranharia coisa alguma.

lembra quando séc xxi significava um novo tempo? pois então. ao que parece tá muuuito distante ainda.

Cora

Anônimo disse...

"Você está discutindo conseqüências enquanto eu estou tentando falar de causas."

adriano,

estamos falando de machismo, a causa.

e da objetificação feminina (pra tudo, o tempo todo), a consequencia.

a questão é, qual a razão, senão o machismo, pra escolha desses cartazes pra divulgação do evento?

concorda que poderiam ter sido centenas de outros?

da mesma forma, qual a razão da escolha das campanhas mais machistas e ofensivas pra se vender qualquer coisa?

concorda que existem dezenas ou centenas de outras formas de divulgar, promover, vender um produto?

por que as escolhas tem de ser sempre as mais machistas?

a crítica é justamente essa.

o tema de hoje foi o universo dos quadrinhos. em outros posts, são outros.

por que consumidores/produtores/divulgadores de quadrinhos não podem fazer essa reflexão?

por que vcs estão vendo isso como um ataque?

Cora

adriano moraes disse...

eu não vou repetir o que já falei em posts anteriores mas vou clarificar algumas coisas que me parecem necessárias. Eu falo em termos de quadrinhos que é minha área de especialidade não outras áreas que tenho menos conhecimento.

Primeiro eu moro em NY, faço quadrinhos, tenho amigos envolvidos com a Gibicon. Enquanto em NY estive envolvido com o Museum of Cartoon, estudo história de quadrinhos,trabalhei no site da Trina Robbins, que é a principal feminista no meio de quadrinhos desde os anos 60, assim comoa tendi a exposiçãoq ue ela curou sobre as grandes mulheres acartunistas do século 20, Lily rené, a incrível mulher que escapou dos nazistas para fazer quadrinhos em NY nos anos 40.
Prosseguindo eu tenho uma boa dúzia de amigas cartunistas como gabriele Bell, Robyn chapman, Laura Lee, Colleen venable. Conheço Heidi Mcdonald e enfim, não me falta amigas cartunistas e no geral a discussão sobre a seuxalização da imagem feminina em quadrinhos é algo bem presente na minha vida e que busco ser consciente no meu trabalho.

E por esse conhecimento que eu tentei dividir acima os links sobre discussões e o que considero uma boa demonstração nesse problema quando menciono a distorção da figura da Mulher maravilha de inicialmente uma representante do mundo feminino contra machismo aoq ue se tornou apenas uma figura supersexualizada , digamos vulgar, nos anos 90.
Eu também concordo com Trina Robbins no ponto que a audiência aparenta ignorar os lados sombrio e misógino do trabalho de Robert crumb em relação a mulheres

O que eu aleguei, e tenho tentado esclarecer desde o começo, é que uma convenção de quadrinhos no geral, e principalmente no Brasil, não tem tanto dinheiro. Dinheiro gera opções, gera curadoria. Quando uma convenção não tem tanto dinheiro e consegue atrair artistas internacionais eles não tem o poder aquisitivo de dizer 'não gostei desse desenho aqui manda outro'. E como expressei anteriormente, a convenção é DERIVADA/ CONSEQUENCIAL da indústria não causativa. E logo pode apenas trazer autores de todos os caminhos da vida ao mesmo lugar e esperar que eles discutam suas idéias diferentes de forma pacífica sem se amtarem um ao outro.
E quando você traz toda forma de pessoa toda forma de idéias viem junto, e esse é o espírito do evento. É trazer vários artistas juntos para discutir idéias, inclusive problemas no meio como racismo, homofobia, feminismo e quaisquer outras formas de preconceitos ou problemas sociais. Isso é oq ue a convenção faz. Traz os artistas juntos. E baseado nesse espírito de diversidade, se um artista influencial na indústria produz um poster, a convenção sem o poder aquisitivo pode apenas dizer sim. Verdade alguém pode dizer que 'nunca aceitaria em princípio' e existe valor nisso. Mas isso numa convenção com aspirações a se dirigir à uma audiiencia específica e existem tais convençnoes específicas.
O que eu estou falando é 'não mate o bebê antes de virar feto.' O importante é estimular o diálogo.

adriano moraes disse...



Porque como eu disse anteriormente a convenção é consequencial. Ela está trazendo pessoas e artistas que representam os problemas da indústria. O histórico misoginista da cultura de quadrinhos. a discussão pode ser feita na convenção e ser levada às CAUSAS do problema:

As editoras.

Que dependendo podem inclusive dar ordens diretas aos artistas de fazer tais personagens mais sexy, mais similares à tal atriz/ personagem que atualmente é popular e promulgar o mesmo estereótipo de outras mídias de mais influência. é um trabalho, o artista/escritor precisa de dinheiro como todo mundo.

Como se diz nos EUA, 'Follow the money'. Quem paga as contas tem a última palavra.

Condensando meu argumento foi:

-a convenção depende do dinheiro e artistas famosos que pode conseguir para sobreviver antes de conquistar investidores de milhão de dólares para fazer opções. Basicamente pobre nunca escolhe.

-quem decide o que fazer popular no meio de quadrinhos mainstream é Disney ( que comprou a Marvel ) e Warner ( que contém a DC ). Se um desses chega na convenção com poster da nova versão da Tigra quase pelada pulando de pernas abertas, a conveção pode ser forçada a engolir porque assim vai poder trazer igualmente 100 outros cartunistas dizendo que a Tigra de pernas abertas é um absudo. quem algum dia se envolveu nessas organizações de eventos vai perceber como envolvem 1 milhões de decisões delicadas de diplomacia, basicamente é um inferno organizar uma coisa dessas e cuidar de tudo.

-e enfim: a melhor forma de lutar contra sexismo em quadrinhos é ATRAVÉS da convenção e não contra ela. porque esse é o único fórum efetivo onde as questões podem ser discutidas diretamente com os profissionais envolvidos. E eu tenho um exemplo bem claro e prático aqui do que eu estou dizendo. ano passado uma mulher foi em todos as palestras da Dc perguntando 'porque no reboot da DC, tem um número menor de escritoras que antes?' Ela efetivamente atendeu todo palestra e eventualmente o caso se tornou notório. Final do dia:
a DC anunciou que assinou mais tantas escritoras para produzir quadrinhos.

ASSIM É QUE VOCÊ LUTA

qual a opção?
Ficar criticando os posters da coisa, uma coisa a bem dizer mínima, nunca ter acesso nenhum aos autores e final do dia...

DC comcis teria bem menos mulheres escritoras porque ninguém ouviu falar disso.

Isso é o que eu estou tentando dizer

adriano moraes disse...

O importante é acesso às pessoas que fazem as decisões na indústria para discutir esses problemas. Esse acesso existe apenas através de convenções de quadrinhos e só.

Você não critica pro porteiro mas pro dono do prédio.

O problema sendo elvado às pessoas mais influentes da indústria torna mais possível que amanhã ou depois eles se desculpem sobre misoginia e não apenas essa, ams outras convenções vão seguir.

A história de convenção é apenas o 'don't shoot the messenger'. Isso é o que estou dizendo

Anônimo disse...

A chaos comics e uma das maiores editoras americanas de quadrinhos com personagens femininas "turbinadas", como a maravilhosa ♥LADY DEATH ♥

http://www.google.com/search?hl=pt-PT&q=chaos+comics&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bpcl=35466521&biw=1440&bih=767&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=APWNUIKGJ4Te9AT-gYHwCw

Eu adoro personagens femininas "objetificadas" e fetichistas nos quadrinhos, e aee ?

Exatamente quem vai me proibir de gostar do que eu gosto ?

Eu continuarei sendo leitor de quadrinhos deste tipo, e milhares como eu tambem,mil anos de feminismo não vão mudar isto, portanto feministas, achem algo que seja do seu gosto, e não queiram mudar algo que tem publico cativo,com doutrinações onde sua ideologia não quer dizer nada pois isto e bater prego na areia !

adriano moraes disse...

Aqui estea a descriçnao da 'Batgirl of San Diego' e isso que eu estou tentando falar aqui:
O que traz um resultado EFETIVO na indústria de quadrinhos contra misoginia. Sem resultados nenhum movimento é respeitado

http://www.comicbookgrrrl.com/2011/07/24/women-in-comics-the-new-52-and-the-batgirl-of-san-diego/

adriano moraes disse...

e, oh sim, claro que a ideeia é propagar educação e auto consciência sobre bom gosto em quadrinhos. nunca se iluda que algum dia vnao deixar de existir fans de personagens como Lady Death.
Assim como as velhas fans de Tarcísio Meira e resfriado, certas coisas, ainda que em formas reduzidas, duram para sempre

Mirella disse...

Aos desavisados com problemas cognitivos:


Ninguém que PROIBIR nada.

O que o texto propõe é a discussão (deve ser complicado entender isso). Estudar um padrão repetido à exaustão que, coincidentemente, objetifica, diminui e estereotipa mulheres.

Não atinge vocês? Vocês não tem interesse em acabar com um comportamento que segrega? Não querem Luluzinhas no seu clube do bolinha? Então VAZA.

Se vocês acreditam que o mundo sempre foi assim, sempre vai ser, e não tem vontade de se questionar e questionar o meio em que vive, azar o de vocês. Se vocês não tem interesse nenhum em fazer uma autocrítica, ótimo, continuem assim. Se a capacidade de interpretação de vocês é rasa assim, ué, paciência.


Agora, querer mandar as feministas pararem de falar sobre machismo e sexismo presente em qualquer ambiente que seja? Vem cá, tem espelho em casa não? Querem ter comportamento de manada, vão em frente. Ninguém os obrigou a virem aqui, certo? Então por que VOCÊS não param de implicar com tudo que é postado por outras pessoas em seus respectivos blogs? Alguém aqui foi no blog de algum de vocês encher vossas paciências?

Este espaço propõe o debate, não o "deixa disso". Para debater, são necessários alguns outros argumentos que não o "GIRLS NOT ALLOWED IN".

Anônimo disse...

Vendo as intervenções nos cartazes da "GibiCon" eu me lembrei do que o pessoal da "Marcha das Vadias" fez com o estabelecimento do Rafinha Bastos e me perguntei: "Será que elas fariam a mesma coisa num estabelecimento que recebe grupos de funk muuuuuuuuito mais machistas e muuuuito mais populares do que esses dois mutiplicados por mil?". Eu acho que não, e isso é um problema.
Outra coisa que me incomoda é que o homem com atitudes machistas -independente se ele veio de um desses ambientes ultra conservadores e que seja uma pessoa de pouca instrução que nunca teve acesso a livros ou estímulo para lê-los- é visto aqui como um monstro e um criminoso, já a bonitona que se superexpõem em programas humorísticos é vista como uma vítima do patriarcado opressor. E não me venham dizer que essas mulheres não nos fazem mal, porque elas nos fazem sim; ou aqueles comportamentos estereotipados e corpos anabolizados que elas ostentam e que acabam se tornando padrão e motivo de inveja das mulheres não nos prejudicam?

Pryscila disse...

Olá!
Meu nome é Pryscila Vieira, sou cartunista, autora de um dos cartazes que representaram a Gibicon Curitiba. Aliás, fui a única mulher que realmente faz quadrinhos de humor que esteve presente como convidada no evento, porque são poucas as que se dispõe a essa árdua tarefa.

Foi com tristeza que li seu post sobre o "machismo" nos cartazes da Gibicon. Infelizmente não consegui postar comentários por ali, mas certamente isso me renderá matéria como resposta nos meus espaços na web.

Não responderei pelos outros trabalhos de outros autores, mas te garanto que o meu não é machista.
Se essas "ativistas" além de futricarem sem base de informação real alguma, visitassem o evento e se dispusessem a saber o que realmente estávamos discutindo por lá, não teriam feito esse descompensado alarde sobre o assunto, principalmente sobre meu trabalho.

Tivemos um debate incrível sobre o machismo nos quadrinhos, que durou cerca de três horas com uma platéia incrível e afoita por informações diretas da fonte sobre a representação da mulher nos quadrinhos. Platéia elogiosa, formada por gente que se informa antes de alardear mentiras. Esse debate brilhante, que provavelmente deve estar gravado e que vocês podem solicitar à diretoria da Gibicon para se informarem melhor sobre o assunto, foi com a doutora e mestre em quadrinhos há 40 anos, Sonia Luyten, com Ana Khoeler, que desenha quadrinhos para a Bélgica e comigo, uma das poucas profissionais que luta pela representação da mulher no humor gráfico nesse país.

Ao contrário do que alguns analfabetos visuais podem interpretar baseados em uma leitura rasa, minha personagem é uma boneca inflável que vem com dois "erros" de fabricação (do ponto de vista dos machistas): ela pensa e fala, como qualquer mulher de verdade. Ou seja, ela torna-se porta-voz do drama da mulher moderna. Ela luta pela 'desobjetificação" da mulher, tanto na sociedade, quanto nos quadrinhos. Mas isso é feito de forma bem humorada, inteligente.

Por essa e por tantas outras, fiquei triste com a falta de interpretação de contexto sobre meu trabalho, principalmente partindo de um grupo que se diz feminista.

Gostaria que gente assim, entrasse em contato comigo diretamente, para que antes de tentarem falar mal do trabalho alheio sem embasamento algum, pudessem conhecê-lo e quem sabe, indentificar-se e por um momento sentirem-se protegidas. Preocupante é o comportamento delas (infelizmente, endossado pelo seu).

Atenciosamente,
Pryscila Vieira.

Anna disse...

Acho engraçado esse seres falando sobre invadir espaço alheio mas eles estão em blog feminista enchendo o saco.

Não sei qual o idiota que falou:

"Tenta jogar god of war, com uma elas perto tagarelando,e dando ´palpite em tudo para você ver ?"

Eu zerei os 3 sozinha, foi super fácil e ainda dei dicas ao meu irmão, que ficou um pouco perdido.

Anna disse...

E o outro que disse que as feministas querem respeito, rsss.
Deixa eu te explicar,porque parece que você ainda não entendeu: o feminismo é contra o machismo, queremos acabar com ele e com todos que o disseminam, portanto a última coisa que queremos é agradar vocês.O ódio de um machista é a indicação que estamos no caminho certo.

CCX disse...

Pryscila, sua linda, entrei no seu site e adorei os quadrinhos. Infelizmente o desenho ficou descontestualizado mesmo. Enfim, no final adorei conhecer teu trabalho.

Dan Jung disse...

Pryscila Vieira é uma das mulheres mais deslumbrantes que já vi, é alta, escultural, biotipo de modelo Ferragamo (o dos melhores sapatos que só gosta, em seu cast, as Divas), mas marcou sua subjetividade no universo constitutivamente masculino dos cartoons com seu traço disruptivo. Amely (boneca inflável) é um presente para o feminino, para as mulheres brasileiras e para todos os homens que compartilham desse viés. Très Jolie, Pryscila!

Mariposa de Guadalupe disse...

Pryscila, adorei seu comentário. Sou feminista mas sinto que um dos grande problemas do feminismo seja a generalização. Algumas pessoas tendem a avaliar alguns produtos culturais de forma unilateral sem avaliar o contexto e acabam fazendo críticas como as do guest post. É sempre legal ter a opinião de uma pessoa de dentro da área criticada. A produção de quadrinhos é uma das áreas mais criticadas pelo feminismo, mas eu sinto que a crítica é sempre muito com falta de conhecimento de causa, sabe?

Camila Fernandes disse...

Oi, Lola!

Como a discussão "de gente grande" avançou bastante aqui, vou voltar rapidinho lá no início só para comentar algo que não pode passar em branco.

"Quadrinhos, games, RPG, são universos masculinos, onde nos podemos escapar, de uma realidade que nos cobra e da pouco em volta, onde podemos transcender nosso heroismo,nossa virilidade, E VOCÊS FICAM SE METENDO !

Principalmente as feministas, que ja mostraram não gostar de homens e seu universo, porque ficam querendo se meter em coisas do universo masculino ? querendo estragar nossas diversões ?"

Sério, a gente tem que RIR de uma comentário desses. QUADRINHOS E ROLE PLAYING GAMES SÃO UNIVERSOS MASCULINOS, E BLA BLA BLÁ. Soa muito como os "a bola é minha", "solta minha boneca" e "você não vai brincar com o meu Lego" que a gente costuma dizer na infância (faz parte do desenvolvimento da criança, mas, ei, você não deveria ter passado dessa fase a alguns anos?). E as mulheres feias, bobas e chatas que não gostam de homens? Gente, esse cara é uma piada. Não se subestime, queridinho. Não é que nós não gostamos de homens, apenas não gostamos de você. Ah, essas feministas malvadinhas que ficam impedindo o coitado de TRANSCENDER o seu heroísmo, a sua virilidade. Por que será que elas ficam SE METENDO no universo masculino? Elas querem ESTRAGAR a diversão deles, não é? Oh, bem, pode ser que, talvez - e só talvez - as mulheres também se interessem por isso. Qual é o seu medo, que as garotas comprem todas as edições da sua HQ favorita e você fique sem? Só pode, gente. Não faz o menor sentido. Eu realmente não entendo porque uma pessoa fica dando um ataque só porque algumas mulheres demonstram interesse em quadrinhos, games e RPG (e futebol, e basquete, e mecatrônica, e artes marciais).

O pior é que são coisas muito interessantes. Não fosse essa visão de "clube do bolinha" e "coisa para menino", com certeza os quadrinhos, os jogos em geral e o RPG teriam muito mais fãs entre o público feminino. Eu mesma acho mais legal ouvir um cara falando sobre a última campanha de D&D que ele virou noites jogando com a galera, do que sobre, sei lá, o MMA ou o final de Avenida Brasil (e dá-lhe chatice).

No mais, acho particularmente incômodo discutir com alguém que não sabe usar sinais de pontução.

Kisu!

Mila disse...

Ainda é um ambiente pouco receptivo às mulheres... Trabalho em uma scan e até mesmo os meninos falam que é muito raro ver garotas editando mangás, especialmente os shonnen. As personagens (estou na vontade de escrever um artigo sobre isso) são sexualizadas e tem um padrão muito comum (a gostosa, ingênua, feia, inteligente, lésbica) quase sempre tendo sua importância diminuída.

Ronaldo disse...

Engraçado, várias pessoas estão falando que "não querem proibir nada". Mentira. O correto seria dizer que "não podem proibir nada". Tenho certeza que certas feministas mais radicais proibiriam tudo quanto é produto ou eventos que considerassem machistas.

Afinal, liberdade de expressão é uma coisa ótima, contanto que "expresse" o que nós queremos ouvir. Caso contrário, é hora de vandalizar cartazes e classificar os organizadores do evento como uns monstros.

Anônimo disse...

@Pryscila Vieira

A questão que eu vejo algumas pessoas batendo na tecla não é o seu trabalho em si (inclusive muita gente veio aqui falar de vc, viu?), mas a forma em que foi exposto.
Quem não conhece o seu trabalho, sua crítica, vai ver só o desenho de uma mulher na tpm satirizada.
Outra, o alcance dos cartazes é muito maior do que o do evento e das palestras maravilhosas que ocorrem lá e, sem uma nota de rodapé, sem um contexto, o q se vê não é necessariamente uma crítica.

Mas.... td bem! Vc pode jogar a culpa em quem não conhece o seu trabalho ou em quem não foi ao evento.

Ana Maria M. disse...

Ia responder o Ronaldo, mas resolvi evitar a fadiga.

Enfim Pryscila Vieira, eu sinto muito que o seu cartaz tenha sido mal interpretado.
Eu mesma, antes de ler este post vi o seu cartaz na rua e classifiquei como machista. Reconheço agora que falei sem saber e sem conhecer o seu trabalho. Porém, o que deve ser levado em conta é que, em se tratando de um evento grande como o gibicon, não é garantido que todo mundo que visse o seu cartaz iria conhecer o seu trabalho e compreender totalmente o desenho. Para isso, a pessoa teria que conhecer a personagem. E eu tenho certeza que muita gente conhece, mas não todo mundo, certo?
Então o cartaz abria, sim, margem para outras interpretações, mesmo que agora estas tenham sido provadas erradas.
Eu acho que não é necessário dizer que nós "nos dizemos" feministas e nem criticar o nosso feminismo por isso, certo?
Todas estamos abertas a conhecer o seu trabalho e reconhecer nossos erros.

Anônimo disse...

concordo com anonimo das 14:42.

O negocio foi o poster em si colado em varias partes da cidade e nao o seu trabalho Prycila.

Anônimo disse...

Muito bom seu comentário, Pryscila Vieira!

Pelo jeito, ninguém notou que era uma boneca inflável, nem as feministas de Curitiba nem a Lola, muito menos a intenção por trás do desenho.

Cada um vê o que quer, não é verdade?

Abçs

Ana disse...

@Ronaldo
"Engraçado, várias pessoas estão falando que "não querem proibir nada". Mentira. O correto seria dizer que "não podem proibir nada". Tenho certeza que certas feministas mais radicais proibiriam tudo quanto é produto ou eventos que considerassem machistas."

Bom Ronaldo, se você já tem certeza absoluta do que todas pensamos não importa o que a gente diga, nem sei o que você está fazendo aqui.

Abre uma barraquinha com uma bola de cristal e vai ler o futuro, dá mais dinheiro, mano.

"Afinal, liberdade de expressão é uma coisa ótima, contanto que "expresse" o que nós queremos ouvir. Caso contrário, é hora de vandalizar cartazes e classificar os organizadores do evento como uns monstros."

Foi comentado aqui várias vezes que o machismo não é sempre intencional. Ninguém disse que os produtores eram 'uns monstros'.

---

... Assim como ninguém propôs boicote ao evento, ninguém propôs que ele nunca mais acontecesse, ninguém disse que o problema era exclusivo dos quadrinhos (estou até agora tentando entender da onde essa idéia saiu), and so on. No próprio texto há frases falando que sim, existe muita coisa boa à venda, que o intuito era de que 'conceitos fossem revistos'.

O que a meu ver é diferente de dizer 'vamos explodir uma bomba na Gibicon porque seus produtores são uns crápulas!'.

Sério, não é como se nós achássemos que essas pessoas sentaram numa mesa com a mão no queixo e disseram "Aha, vamos objetificar umas mulheres e perpetuar o machismo, vai ser legal!". Machismo passar despercebido é a coisa mais comum do mundo (Nova Schin, alguém?).

Ana disse...


... Também não foi dito que todos os quadrinhos são machistas, ou que eles devem ser banidos (dels me livre!!!!). Como já disseram, censura não é um bom caminho, não quando se pode contextualizar e debater.

Isso me lembra os textos da Valéria lá no Shoujo Café sobre o 'caso Caçadas de Pedrinho' (http://www.shoujo-cafe.com/2010/10/livro-de-monteiro-lobato-pode-ser.html). Falava-se em retirar o livro de circulação, Valéria argumentou que deixar o livro e usá-lo como base para falar de racismo em sala de aula era mais produtivo. E realmente, isso faz sentido.

Agora, é uma coisa não odiar a Gibicon e não querer o fim dos quadrinhos, é outra detectar machismo na maneira como a convenção é divulgada e não falar nada. É uma coisa querer debater o sexismo, é outra não reparar em propaganda feita nos mesmos moldes de sempre. É uma não censurar, é outra não apontar o machismo que a gente vê. / opinião pessoal

--

Also, desculpa mas eu tenho que dizer: colar um adesivo num poster e fazer questionamento na internet não é exatamente impedir o evento de acontecer, sabem.

Ok, eu sei que existe um potencial envolvido – de incitar o ódio gratuito – mas a minha dúvida é honesta, juro.

Me confunde que uma hora sejam 'cartazes insignificantes' e na outra 'adesivos extremamente nocivos'. Porque ou os cartazes são coisas pequenas e ninguém os nota - daí, que diferença fariam adesivos em cartazes que ninguém nota? - ou os cartazes têm visibilidade assim como os adesivos - e por isso os adesivos são tão ruins, porque estão atingindo muitas pessoas com seu discurso.

O que não dá pra mim é os cartazes serem coisas pequenas enquanto os adesivos são um baita ataque à convenção, saca? Me parece desproporcional. Não está fazendo muito sentido (mas outros pontos de vistas serão bem vindos, obrigada). Se os adesivos são um ativismo exagerado e uma censura ao evento, bom, então os cartazes também são um baita big deal, não?

Por favor, sem pedras. Só estou tentando entender aqui :D

Ana disse...

Não custa lembrar que o mesmo espaço que foi usado pra dizer 'ei, achamos isso machista' ficou a disposição pra esclarecimentos (como o da Pryscila e o da Ana). E BTW acho que um guest post de alguém ou pelo menos a publicação dos comments delas no blog era uma boa, Lola.

--

Quanto aos cartazes em si, me sinto inclinada a concordar com a 14:42, com a Ana Maria e com a Dona do Sexo.

Faltou informação de quem fez a reclamação? Bom, é. Mas também faltou contexto. Pra quem sabe do que se trata faz sentido, pra quem não sabe (e é muita gente) é só outra piada chamando mulher de histérica.

Agora, após o debate, eu sei que a origem do trabalho é feminista, mas inicialmente a leitura mais plausível era a de que era um texto machista. Sad but true.

Isso não invalida o ótimo trabalho das artistas ou o debate do evento. Mas é aí que está o ponto, ninguém disse 'quem desenhou isso não presta', 'quem publicou isso não presta', 'esse evento não presta'. O que foi dito foi 'isso tem que ser revisto'. Agora sabemos especificamente porque tem que ser revisto – porque causa confusão.

Maravilha que o evento foi produtivo. Maravilha o trabalho das meninas. Mas a propaganda não foi uma maravilha. O que é ruim pro próprio evento, não?

Ativismo torto feito com boa intenção sobre propaganda torta feita com boa intenção. Acontece nas melhores famílias... *corre*

homem feminista disse...

Lola! apoio a sua causa e queria deixar aqui minha sugestão de uma PASSEATA TOPLESS contra essa convenção MACHISTA!
Apoio todo tipo de topless! VAMO LA MULHERADA! TOPLESS NESSES MACHISTAS!

Ronaldo disse...

@Ana, devo admitir que entendi tudo errado...

aiaiai disse...

Pryscila,

você escreveu no final do seu comentário:

"Por essa e por tantas outras, fiquei triste com a falta de interpretação de contexto sobre meu trabalho, principalmente partindo de um grupo que se diz feminista."

Desculpe-me, mas se faltou contexto foi porque você e os organizadores do evento não deram contexto ao cartaz. QQ pessoa que visse o cartaz com o seu desenho, ia ver apenas mais uma "brincadeirinha" com as mulheres "essas loucas" e suas TPMs.

Já, nós, feministas, vemos o seu cartaz como um sinal de machismo e apontamos: olha lá, de novo, o pessoal tratando as mulheres como histéricas e achando que estamos rindo".

Se você desenha isso para debater a questão, devo dizer que é você quem deve contextualizar.

Eu e milhões de outras pessoas que viram o seu cartaz não somos analfabetos visuais, como você acusa. Eu simplesmente não conheço o seu trabalho, assim como, acredito, milhões de outras pessoas que viram o tal cartaz.

Se você quer ser irônica, precisa aprender mais sobre ironia.

Boa sorte!

Ana disse...

@Ronaldo
"devo admitir que entendi tudo errado..."

... espera, sério?[/aquele triste momento em que fico na dúvida se um reply é irônico ou honesto]

Se você só cometeu um erro de interpretação e tal tá ok, viu? :) Já aconteceu isso comigo também!

(Agora, se você tava só tirando sarro da minha cara... FAIL pra mim, kkkkk)

Ronaldo disse...

@Ana, é claro que eu não estou tirando sarro... Com certeza respondi de forma precipitada demais. Acho que é porque não gostei da maneira como trataram o lucas ali em cima, que claramente não tinha qualquer má intenção. Também acho que a autora dos quadrinhos foi criticada injustamente (bem, pelo menos a essa hora a Lola já transformou a resposta dela em um post, não sem antes fazer uma observação sobre o quanto ela é ignorante em feminismo...)

Panthro disse...

Então me explica direito, Cora, porque eu acho que quando você faz uma "intervenção" num cartaz não está exatamente discutindo com ninguém.

E quando debate com um monte de outras pessoas que concordam com você, não está exatamente provocando nenhuma mudança no mundo.

Anônimo disse...

HAHAHAHA...
Já que as feministas procuram tanto lutar por direitos iguais, vão reclamar também das séries, livros e etc voltados ao público feminino, onde o homem é trouxa e só os caras bonitos/gentis/perfeitos/ricos que prestam...
Oh, wait... Melhor implicar com QUADRINHOS e uma piada sobre TPM.

Ana disse...

@Ronaldo

Ah, que bom! :)

Não se preocupe amigo, acontece bastante. Você nem sonha o que eu já fiz por ler as coisas de um jeito torto (altas mancadas com os outros comentaristas, haha).

Cora disse...

Panthro,

ó, vai dar pra explicar direito não, porque estou com o tempo bem curto (mesmo!) essa semana, ok?

mas, acho que é bem fácil de entender.

uma intervenção num cartaz dialoga com todas as pessoas que veem o cartaz e a intervenção, oras!!

e o debate serve justamente como subsídio para a ação. é somente através da reflexão que podemos modificar (ou não) nossa visão sobre o assunto e atuar no sentido da mudança (ou não, afinal posso chegar a conclusão de que tudo está ótimo e nada precisa mudar).

toda essa discussão aqui sobre a representação da mulher nos quadrinhos rendeu frutos interessantíssimos, vc não acha?

sem a crítica que motivou todo esse debate, quanta coisa teria sido perdida, não?

vc ainda acha que defendeu-se aqui a proibição de qualquer coisa?

adriano moraes disse...

enfim meu ponto

atenda a convenção e discuta seus problemas lá. De forma informada com os profissionais

o resto é bobagem

Julia disse...

Às Feministas Independentes de Curitiba não liguem pra que as chama de covardes, sabemos que vcs são, sim, muito corajosas.
O nosso papel é interferir e incomodar mesmo, fazer as pessoas pensarem.

Dan Jung disse...

você queira me desculpar, Ana , mas a cartunista não tem que explicar sobre a veiculação do trabalho dela. Quem escreve um texto, principalmente uma crítica tem certo compromisso com o que se propõe, a escritura. Se o que foi escrito não for respaldado por, pelo menos, uma verdade; e, algumas 'verdades' podem ser encontradas (e respaldadas) no google. É simples assim. Agora, se você quer se respaldar por uma outra certa verdade - a das socialmente pulverizadas -, neste contexto você há de concordar quem é que está 'realmente' pegando carona no sucesso da Amely, n'est-ce pas?

Tatinha disse...

Conheci esse blog hoje por causa de uma postagem sobre a "real" no blog de um tal "Izzy" (acho que é esse o nome) e estou totalmente VICIADA! rsrsr... Prova disso é que são mais de 4 da manhã e eu ainda estou aqui, lendo os posts. Amei o conteúdo, os comentários de alto nível. Porém, meninas... desculpa, mas NESTE post eu concordo com o Lucas. Acho um exagero. Poxa, vamos dar uma relaxada, né? Tem coisas que dá pra ver com bom humor e mais "leveza"... ;)
No mais, Lola, vc está de PARABÉNS! E fiquei feliz em saber que os posts tem moderação. Nada mais chato do que comentários de machistas que defecam pela boca.