Homenagem de Mauricio de Sousa a Hebe
O que dizer sobre Hebe Camargo, que morreu ontem? Não sei se eu já tinha ouvido falar dela antes da estreia do seu programa no SBT, em 1986. Mas provavelmente sim, porque ela era um ícone, maior que as emissoras pelas quais passou. Nunca vi um de seus shows inteiros. Sei que ela era simpática e sorridente, e eu gosto disso.
Politicamente ela era insuportável, uma grande reaça. Ela adorava o Maluf e sempre fazia campanha pra ele, não dando a mínima pras inúmeras suspeitas de corrupção. Normal pra quem participou da Marcha pela Família em 1964, que serviu de amparo civil ao golpe militar (nesta entrevista de 25 anos atrás pra Playboy, ela conta que marchou sem querer), pra quem apoiou Collor em 89, e pra quem emcabeçou o ridículo Cansei em 2007 (que foi menos causado pelas denúncias de corrupção do que ao acidente da TAM em Congonhas -- os conservadores atribuíam a culpa de todos os desastres aéreos ocorridos em ares nacionais ao Lula). Pelo menos ela criticou a contratação do Rafinha pela Rede TV. De uma forma meio puxa-saquística, mas criticou.
Fora isso, ela era uma dondoca, cercada de socialites. E, desculpem, não tenho muito respeito por essa gente. Mas reconheço as qualidades de Hebe. O sucesso do programa, que fazia várias mulheres sentirem-se amigas íntimas da apresentadora, era todo dela. Recentemente, numa das minhas viagens para palestras, liguei a TV no hotel e, zapeando pelos canais, parei por uns instantes no programa da Hebe. Não sei exatamente, não lembro se a Claudia Leitte estava começando ou acabando de cantar alguma coisa, mas achei as duas com um discurso bastante empoderador pras mulheres.
Hebe sempre foi independente. Morou junto durante anos antes de casar, o que não era nada comum na época (década de 50). Como tantas as mulheres, fez um aborto (em 1947). Declarou isso publicamente décadas mais tarde e disse que não se arrependou. Falava sempre de sexo, distribuía selinhos, não parecia ser tão conservadora no seu dia a dia como era nas suas horrorosas predileções políticas.
Fico triste que ela morreu, porque ela foi um nome importantíssimo na tevê brasileira. Mas falem aí, que certamente vocês sabem mais dela do que eu jamais soube.
Fico triste que ela morreu, porque ela foi um nome importantíssimo na tevê brasileira. Mas falem aí, que certamente vocês sabem mais dela do que eu jamais soube.
Ish, agora vi que já tive um pesadelo com a Hebe. Eta god!
33 comentários:
Para quem se interessar, Sergio Miceli, um dos bons sociólogos do Brasil, escreveu um livro a respeito de Hebe. Chama-se "A noite da madrinha".
Vale pensar que Hebe não era conservadora num dia e sexualmente liberada no outro. As duas posições têm a ver com a audiência, a sustentação política etc. Até os selinhos dela têm conotação política, afinal nunca vi Hebe dar selinho em pobre...
Mas, enfim, meus sentimentos pela sua morte.
Uau! Só isso, Uau!!! Para essa resportagema antiga e fantástica da VEJA! Sim, senhores, a revista Veja, e alguma época perdida teve reportagens não reaças! Ou sou apenas eu, que como o senso comum dos nascidos nos anos 90 apenas lê que a Veja não presta?!
Bom... Em relação à Hebe, declaração fantástica sobre o aborto que fez. Retrata bem a realidade de algumas mulheres que tem de recorrer a lugares nojentos para cuidar do proprio corpo e da propria vida.
Me resguardo a comentar mais detalhadamente sobre o aborto, sou absolutamente a favor e me estresso e indigno MUITO ao ver a hipocrisia geral por aí a respeito do assunto.
Se Hebe foi reacionária em suas opiniões políticas, fato... Mas a declaração na repostagem da Veja só mostra que era uma mulher, como todas as outras, famosas e não famosas, que TEM O DIREITO DE OPTAR E CUIDAR DA PROPRIA VIDA SEM QUE O ESTADO ENFIE SEU DEDO PODRE NAS ESCOLHAS PRIVADAS DE UMA MULHER.
Algumas pessoas parecem pontes entre o século XX e o século XXI. Quando morrem, fico com a sensação de que o presente se tornou mais presente e o passado mais passado. É como se o século XX tivesse morrido mais um pouco e o XXI se firmado um pouco mais. Me senti assim quando Elizabeth Taylor morreu ano passado. É uma sensação estranha, uma impressão de ter ficado um pouco mais velho. Essas pessoas me precediam na fila da morte. Agora que elas se foram, eu, que nasci no século XX (embora já no finalzinho... - rs) fico com a sensação de que dei alguns passos pra frente nessa fila. Estamos sucedendo, na fila da morte, às pessoas mais velhas que estão partindo. Agora somos nós as pontes entre os dois séculos, somos nós que estamos chegando à linha de frente da fila que anda à revelia da nossa vontade. Achava Hebe muito simpática. A morte dela causou uma enxurrada de fotos suas aqui na internet. Até agora não vi nenhuma em que ela não estivesse sorridente. Não gostava do programa dela e acho que nunca vi ao menos um deles inteiro. Mas ela era realmente maior que seus programas e suas opiniões políticas conservadoras. Há alguns anos uma pessoa me disse uma frase que hoje tento seguir: "Toda pessoa é superior a mim em pelo menos uma qualidade. Procuro absorver essa qualidade e dar pouco destaque aos defeitos". Acho que essa frase é o grande segredo de toda boa convivência.
Lola, Hebe não foi apenas o ícone da TV. Foi feminista, quando era muito mais difícil do que hoje ser. Foi mulher onde só poderiam existir homens. Foi mãe não só do filho biológico, mas de muitos outros castigados pela censura. Uma lástima você, assim como a globo e o SBT reduzirem a Hebe a um ícone da TV, o que só credibiliza aos próprios. HEBE MULHER, FEMINISTA assim como vc e eu.
mandybg, somente um Estado laico pode garantir que ninguém tem direito de ingerência sobre o corpo de ninguém. Ou você chamaria a Hebe e a Veja pra te defender quando corre riscos? Esses discursos liberais inflamados (ou, no outro sentido, discursos anaraquistas), de que o Estado não serve pra nada, a não ser atrapalhar, abrem campo para a barbárie completa. O Estado de Direito é uma construção complexa, sempre aperfeiçoável. Jogá-la fora, a meu ver, só piora as coisas.
off topic, lola ve esta noticis, mão de familia comete crime para ir presa e ficar um pouco sozinha, o mais hilario era o marido dizendo que não estava dando conta do serviço sem ela kkkk.
http://www.sensacionalista.com.br/2012/09/25/mae-de-familia-comete-crime-so-para-ser-presa-e-passar-um-tempo-sozinha/
As pessoas não são 8 ou 80. A Hebe, como todos os seres humanos nesse planeta, tinha defeitos. Eu não era fã, nem assistia aos programas dela. Mas eu acho que uma pessoa que consegue conquistar tantos amigos assim, aparentemente verdadeiros - porque nunca vi tanta gente chorando/lamentando a morte de uma pessoa assim na TV, pelo menos não de forma sincera - não tem como ser uma pessoa ruim.
Uma vez eu e minha família encontramos a Hebe em um aeroporto, íamos no mesmo voo que ela pra Miami (só que ela de primeira classe, lógico rsrsrsrs). Minha avó foi até ela pra tirar umas fotos e foi bem surpreendente a maneira incrivelmente simpática com que ela nos tratou, ela parecia uma amiga de muitos anos da gente, conversamos um tempão e mais um pouco nos chamava pra tomar um cafezinho rsrsrsrsrsrs!!!
Que ela e a Nair Belo estejam gargalhando histericamente no céu agorinha mesmo.
Além de morar junto antes de casar, deixou o marido que a queria afastada da carreira e trancada em casa. Casou anos depois com um homem que não se importava com ela ter uma carreira na TV.
Adorei essa reportagem do Sensacionalista, Anônimo das 12:28. Ri muito. Muito bem feita. Mas vc SABE que não é de verdade, certo? Porque vejo um monte de gente tuitando e comentando como se fosse uma notícia real, e não é. Nada do Sensacionalista é. Ano passado, o Sens publicou uma matéria sobre uma feminista que foi ao Jô declarar que transar de quatro era degradante pra mulher. E pronto, sucesso absoluto! Foi tuitada à exaustão. Até hoje se fala nisso. SÓ QUE NÃO ERA VERDADE. A mulher citada nem existe. Ela nunca foi ao programa do Jô. Nunca falou nada disso, até porque... ela não existe. Então é muita ignorância das pessoas tuitarem "notícias" de um blog que só inventa notícias com o objetivo de fazer rir (e faz isso muito bem às vezes) como se fossem notícias de verdade.
Adorei o comentário do Grão :)
Essa idéia das pontes faz pensar...
eu n era fã dela,n sei muito da vida dela ,mas agora q ela morreu a tv n vai parar de explorar isso,vai falar dela até q ninguém aguente mais.
milhares morrem todo dia e niguém da a minima,agora pq é um famoso,eles acham q todo mundo quer ficar ouvindo por dias q ela morreu.
eu lembro do inferno q foi quando os mamonas assassinas morreram, ficaram dias falando disso.
Alguém realmente liga para a morte dela? Podem dizer que é um ícone importantíssimo da tv aberta brasileira, mas tal tv me parece mais uma latrina.
Enfim, fiquei indignada com ela ter recebido honras militares e dedicatória da presidenta. Típico do Terceiro Mundo.
Lola tenho uma parente casada com uma pessoa muito próxima da familia da Hebe, por isso tive oportunidade de conhece-la em festas, conversei pouco com ela, mas ela sempre se mostrou muito simpatica, era uma pessoa radiante.
Não acompanhei muito a carreira dela, mas sempre a achei sensata em suas opiniões.
Talvez ela não tenha sido uma feminista, mas pelo menos não prestou nenhum desserviço as mulheres, só por ter declarado q havia feito um aborto publicamente, pra mim ela ja merecia meu respeito.
Até aqui agora vai ficar parecendo mural de comentários de portal de notícias, cheio de comentários de espíritos de porco? Se não tem nada de bom ou útil pra falar, cala a boca.
Impossível não saber nada sobre a Hebe. Mas lembro bem que minha avó aprava tudo para ve-la na tv. Lembro dela falando que a militância do PT era baderneira e do apoio ao Maluf.
Não gostava dela.
Ei, anônimo?
Interpretação de texto: Matéria obrigatória para que se ingresse em um curso superior, inclusive direito.
Estado é pra se aperfeiçoar? Ótimo! Concordo. Que se aperfeiçoe então, a convicção de que o Estado é Laico e de que a mulher é independente em relação às decisões sobre o corpo DELA.
Não é um discurso "inflamado", ou "anarquista". Aprenda a ler antes de interpretar as coisas de acordo com o que sua cabeça quer.
mandybg: primeira regra de um debate: respeitar o outro.
Não tenho curso superior, portanto dispenso teus comentários preconceituosos com quem, como eu, não cursou faculdade alguma. Se na universidade ensinam a debater no nível que você está debatendo, acho bom a gente rever conceitos.
Vamos direto ao ponto: anarquistas e liberais compartilham a noção de que se o Estado não existisse, a vida seria melhor. Você criticou o Estado, sugerindo, em caixa alta, que o Estado deixe de "enfiar seu dedo podre" nas escolhas "privadas" das mulheres.
Logo, seu comentário flertou com as posturas anarquistas e liberais. Está claro?
Você deve se informar a respeito de quais tradições ancoram as opiniões que você tem, caso contrário poderá servir de inocente útil para muita gente.
Até uma pessoa burra como eu compreende, eu, que sequer tenho diploma universitário, que sem Estado sequer existe separação entre público e privado.
Eu admirava muito a Hebe. Apesar de visões políticas diferentes, e do modo materialista de ver o mundo, sempre tive apreço por ela.
Um dos motivos principais para isso era a simpatia. Ela não era deslumbrada com o sucesso, não humilhava os outros.
Outro motivo é que ela se mostrou firme em um mundo predominantemente masculino, em uma época onde ser mulher e estar fora de casa não era bem visto (a eterna divisão entre mulheres santas e putas).
Senti a morte dela.
É complicado falar de apresentadoras brasileiras.
A maioria delas, ao mesmo tempo que possuem um discurso feminino empoderador, volta e meia soltam palavras e atitudes que reafirmam estereótipos e senso comum. Pior é que são elas as "formadoras de opinião" na cultura de massa.
Mas enfim. Era uma mulher simpática, alegre, ainda na tv mesmo em idade avançada. Que vá em paz (seja lá pra onde que a gente vá, se é que vai pra algum lugar, rs)
Nunca fui fã da Hebe. Talvez por ser muito nova quando assistia aos seus programas na TV, época em que ela também não estava no auge da sua carreira. Acredito que ela mereça sim ser reconhecida como ícone da televisão brasileira e exemplo de mulher bem-sucedida por conseguir um papel de destaque na história da TV no Brasil quando a esfera pública era dominada pelos homens e mulheres artistas ainda eram mal-vistas pela sociedade.
No entanto, admito que me incomoda um pouco essa exaltação extrema e repetitiva que a mídia faz de grandes celebridades que morrem. Não que elas não mereçam respeito e homenagem mas me parece que, na maioria dos casos, a exacerbação da sua morte parece mais uma extensão da mística construída em torno da sua vida do que reflexo de uma verdadeira comoção coletiva. É aquela história: depois que morre até quem não conhecia vira fã.
No caso da Hebe, embora eu não a pudesse julgar muito como pessoa (já que ninguém é exatamente aquilo que parece ser pela TV), concordo com a Lola nesse sentido de não simpatizar muito com a classe que ela representava, de socialites, reacionárias, peruas, cujos cachorros têm mais privilégios do que muitos seres humanos vão ter na vida. E, embora a alegria fosse uma qualidade que eu admiro, ela era uma "show-woman". Sorrir era fundamental.
Enfim, nada pessoalmente contra homenagear a Hebe nem muitos outros artistas que morreram. Mas justamente nessas horas é interessante lembrar que, apesar do estrelato, eles foram pessoas normais como a gente, com qualidades e defeitos, e que viveram uma vida muito melhor do que a maioria de nós.
Ai que preguiça. Preguiça de gente que acha pelo em ovo. Anonimo: É verdade, dane-se.
Nem li o que tu escreveu, nem vou ler.
O carater do meu discurso é praticamente irrelevante perto do assunto principal: Hebe fez um aborto, parabéns pra ela por dizer isso. E sim, no meu corpo ninguem mete o dedo. Chame do que quiser.
Mediar conflitos, evitar extravagancias? Beleza, tá certo. Mas SUGIRO que busque uma forma correta de interpretar textos.
E não, nao estou com saco pra debater o que é ou não anarquico no meu discurso. Lide com isso e foque (se tiver interesse), no ponto chave das minhas palavras.
Eu achava o programa da Hebe uma chatice,mas agora que descobri que ela fez um aborto e reconheceu esse fato publicamente,além de ter dado mas valor ao seu trablho que a marido ,agora a vejo como uma grande feminista, que descanse em paz ,foi uma mulher corajosa!
Nunca fui muito com a cara da Hebe, mas não dá pra negar que foi uma mulher poderosa.
Não lamento a morte dela. Pelo menos no que me pareceu, a mulher teve uma vida plena e realizada, estava lúcida e se tem algo do outro lado, creio eu que ela olhou pra trás e partiu satisfeita. Se eu morrer idosa, quero partir como ela.
E [2] no texto do Grão da Noite, não conseguiria sintetizar o que sinto como o Grão fez.
Quando o Papa João Paulo II e o Michael Jackson morreram, me senti assim, mais velha. E nos últimos anos vi muita, muita gente ir embora, de ícones da infância a pessoas da convivência e a sensação intensifica. É um sentimento que eu pensei seriamente que iria sentir somente ao bater na casa dos sessenta.
Pesadelo com a Hebe.hahaha
Mas sinceramente,não sei pq tá todo mundo falando dela,até tu Lolinha!
Devo viver em marte pq não me importo com a morte dela,não penso nada dela e pra mim foi só mais uma famosona q morreu.
Lola:
Também achava a Hebe uma grande reaça no campo político, mas ela representa mais do que um ícone televisivo. Hebe foi cantora e, se não me engano, também foi atriz de cinema.
Cantava os grandes compositores da década de 50 e, segundo consta, era muito boa (nos padrões da época).
Ela é, de fato, uma das pioneiras na TV brasileira. Se hoje a TV é um lixo, houve um momento em que era feita "na raça" (como se dizia no meu tempo - rs) e ela estava lá.
Ela tem méritos e defeitos, como todo ser humano. Esse lado dondoca, socialite era uma porre, mas ela era simpática e se manteve durante todos esses anos, para o bem e para o mal, em evidência.
Gente, eu nunca assisti o programa da Hebe, mas ela é uma pessoa importantíssima na história da comunicação brasileira. Ela participou da primeira transmissão de TV :)
Não tinha muito apreço pelo lado materialista e político, mas admiro a vibração e força dela. E achava muito legal ela, uma mulher idosa e totalmente fora do estereótipo que se espera de uma mulher na mídia, apresentasse um programa com tanto destaque.
ela tinha um programa mto bom,chamado "Hebe por Elas",que discutia temas relacionados à mulher.Foi no SBT,mas saiu do ar por falta de patrocínio apesar do bom ibope
Lola, para variar escrevendo exatamente o que eu penso.
Também não era grande fã do programa da Hebe, mas da pessoa sim. Do seu lado reacionário, claro que não. O que mais me admirava nela era a alegria, a empolgação por estar viva. Eu, que sou muito mais nova, não tenho essa disposição toda. Além disso, depois que seu segundo marido morreu, ela simplesmente fechou a casa onde viveu com ele e entregou a chave aos filhos dele.
Quero fazer aqui um adendo.
Quando a Hebe morreu a TV Cultura de São Paulo exibiu um Roda-Viva dela de 1987. A apresentadora, apesar de ter uma ideia meio superficial das coisas (a mesma disse que vê as coisas como a dona de casa telespectadora), me surpreendeu em alguns pontos:
- Discutiu abertamente sobre o aborto que fez. Deu os motivos, falou que não aconselharia, mas afirmou que é uma questão pessoal.
- Falou da mulher na política, elogiou uma (imagino senadora) do PT. (não lembro o nome). Disse que, apesar de não ser petista, admirava muito o trabalho dela.
- Falou que recebia a todos em seus programas. Comentou que na globo o Lula não aparecia há muitos anos mas que o recebia no programa dela como qualquer outro.
Ela falou muitas coisas interessantes, bacanas, que agora não recordo.
Apesar de todos os pontos negativos, ela era uma mulher forte, carismática...vou sentir falta.
Jonas, nesse programa ela falou dos homossexuais também. alguém perguntou por que ela os defendia e ela respondeu: "e por que não?" e continou falando sobre o assunto, sempre na linha de defesa.
Vi uma entrevista no Jô, de um cara que não sei porque motivo começou a falar da Hebe (talvez estivesse fazendo uma biografia, ou era historiador da TV, não lembro...). Mas lembro perfeitamente da história. Ele disse que estava em um aeroporto em Portugal, onde havia uma família brasileira esperando urgentemente um vôo para o Brasil pois o filhos deles precisava fazer uma cirurgia o mais rápido possível. Naquela noite não havia mais nenhum vôo daquele país para cá e eles estavam desesperados. Por acaso, a Hebe estava no aeroporto e ficou sabendo da história. Ela começou então a dar telefonemas para um mooooonte de gente. Não se sabe exatamente com quem ela falou, mas ela conseguiu fazer com que um avião que ESTAVA SOBREVOANDO Portugal, descesse, pegasse a família, e levasse para o Brasil. Lembro que o Jô comentou ao final: "Essa história é exatamente a cara da Hebe". Acho que por aí da pra ver um pouco porque muitos gostavam dela.
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