Vivi em Joinville durante quinze anos sem ter plano de saúde e, nos (poucos) momentos em que eu e o maridão precisamos de atendimento, fomos muito bem atendidos (o maridão, inclusive, teve retirado um tumor maligno -- câncer de pele mesmo -- das costas, pelo SUS). Chegando a Fortaleza, todos me disseram que eu não poderia depender de saúde pública, que seria temerária. Contratamos um plano de saúde. E não estamos felizes com ele. Ele é caro pacas e não para de aumentar. Tem um outro lado. Pra mim, saúde é um direito. Ninguém deveria ter que pagar por direitos. E, se eu acho que saúde deve ser pública, é contraditório que eu pague um plano particular.
Sem falar que a saúde particular usa muitos recursos do SUS, como apontou a Carolina num ótimo guest post de dezembro. Agora quero publicar, com muito orgulho, este texto da Bruna, de Belo Horizonte, estudante no décimo período de Medicina na UFMG. Diferente da maioria dos seus colegas, ela não vem de família rica, e, talvez por isso, quer ser uma das exceções e se dedicar integralmente à saúde pública. Diz ela: "Quero fazer residência em saúde da família e trabalhar sempre em Centros de Saúde, na Atenção Primária: sem consultório, sem ter que me submeter aos convênios e nem ser constrangida a cobrar por um atendimento particular. Além disso, mobilizo-me muito pela causa ambientalista e sou vegetariana. Meu hobby é defender meus ideais". O meu também, Bruna! Veja se ela te convence a lutar pelos seus.
A “campanha” nas redes sociais que pedia ao ex-presidente Lula que tratasse seu câncer no SUS causou um grande alvoroço virtual. E com ele, alguma dose de discussão. Da minha parte, muitos devaneios. Primeiro, devo informar que, de início, aderi à “campanha” sim, mas com uma visão de quem está do “outro lado da mesa” no SUS. Com o seguinte pensamento: serviços públicos são feitos para cidadãos de uma nação, pelos cidadãos dessa mesma nação –- ao menos, deveria assim ser. Logo, nossos políticos, como oriundos do seio do nosso próprio povo, se fossem de fato usuários dos serviços de que são incumbidos de gerir, defenderiam melhorias nesses mesmo serviços como interessados diretos nos benefícios proporcionados, em vez de visar ganhos secundários. Portanto, se não existisse Sírio Libanês e cia, os hospitais públicos seriam bem melhores, com a capacidade de acomodar também “gente do escopo” dos nossos “ilustres” governantes (só pra citar como exemplo, a ex-senadora Marina Silva já foi usuária do Sistema Único de Saúde, quando ela foi vítima de Malária. E sim, ela sobreviveu a ambos, à doença e ao tenebroso SUS).
Então, começou a contra-campanha. Gente que achava uma desumanidade tremenda querer desejar para alguém um tratamento na rede pública, que o certo era torcer pela sua melhora. Aí que caiu minha ficha, que muitas pessoas que aderiram à “campanha” tinham era exatamente a tal intenção de que o político supracitado recebesse um tratamento de má qualidade.
Fiquei indignadíssima. Os hospitais-escola de que faço uso são excelentes. Os atendimentos que os pacientes recebem estão anos-luz à frente de muitas consultas por convênio. Considerei como ofensa pessoal frases do tipo “Sou contra quem faz piadas com câncer e quero que o ex-presidente fique bem”. Pois nessa frase está implícito que hospitais públicos jamais trariam bem estar a pacientes lá internados, e isso está na contramão de tudo que tenho visto. E também dos atendimentos que tenho prestado. Como se minha competência, e a de diversos colegas, tivesse sido insultada.
Antes de ser aluna de medicina, eu também tinha a ideia do SUS como esse caos tremendo -– eu, que sempre fora usuária de planos de saúde. Mas é bem diferente. Há muitos avanços inimagináveis. Claro que a maioria deles estão no sudeste, nas regiões e cidades mais ricas. Mas é preciso desmitificar o sistema público.
Pra início de conversa, um breve histórico: o SUS surgiu em 1988, com a nova Constituição. Antes, as políticas de saúde pública eram esparsas, não unificadas e, principalmente, não universais. Sim, porque o SUS foi construído sob o alicerce de três princípios básicos: universalidade, equidade e integralidade. Até o início do século passado, pobre era tratado nas santas casas, por caridade. Com Getúlio Vargas, começou um embriãozinho da saúde pública, mas só tinha acesso quem tivesse carteira assinada, e os camponeses eram excluídos também. Cada trabalhador -– dentre os contemplados -- contribuía à IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões) de sua categoria.
No regime militar, as IAPs foram unificadas num sistema maior, o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). Ainda, a assistência era restrita ao contribuinte dos setores secundário e terciário -– quando no mercado formal: ou seja, uma minoria. E o sistema unificava saúde e previdência. Como o número de aposentados ainda era muito pequeno, o dinheiro arrecadado foi muito mal investido.
Grande parte foi drenada pela construção de hospitais... privados! (supostamente, em troca de alguns atendimentos via rede pública). E graças a isso, o modelo de assistência médica no Brasil fora desde então calcado na assistência hospitalar e especializada (o que é ruim, pois não se baseia na prevenção, é mais caro, e mais sofrível para os usuários, que entram no sistema a partir de uma doença). Só recentemente tem se investido em um novo modelo baseado na assistência primária (focado na prevenção, muito mais custo-efetivo e mais agradável para o usuário, já que evita o adoecimento; sem, contudo, prescindir da atenção especializada, quando necessária).
Foi isso. Foi assim que começou o embrião do rombo da previdência: dinheiro público empregado em obras particulares.
E então, o que acontece hoje?
O SUS é financiado com recursos destinados à Seguridade Social. Assim como a Previdência. Mas nossa Constituição não prevê nenhum tipo de alíquota mínima, do PIB ou do que for, para o SUS. Então, adivinha só, a Previdência drena a maior parte dos recursos, sobrando muito pouco para a nossa combalida saúde pública.
Lógico que a corrupção também desvia muito, e não só da saúde. Mas dentro do que seria formalmente disponibilizado para a saúde, muita coisa acaba tendo que ser usada para tapar os buracos da Previdência.
Porém, há muitos espetáculos que o sistema promove, ainda mais tendo-se em vista a demanda de recursos que não é adequadamente suprida.
Você sabia, por exemplo, que nenhum plano de saúde cobre qualquer tipo de transplante? E que, quanto a atendimento de urgência, em caso de politraumatizados, os serviços de referência são da rede pública? (cito o Hospital João XXIII, de Belo Horizonte, como referência no estado de Minas). Ainda, sabia que doenças raras que exigem medicamentos de custo muito elevado têm seu tratamento custeado pelo SUS? E, caso não se lembre, ainda, o Brasil é referência mundial em tratamento de HIV/AIDS; isso eu afirmo com experiência pessoal de quem vem acompanhando pacientes soropositivos. São gente como a gente, de todos os matizes, todos os biótipos. Contraíram o vírus, mas uma vez diagnosticados, são acompanhados e levam uma vida tão saudável como a de quem é soronegativo. Com todo o suporte de equipes multidisciplinares de saúde e amplo acesso a anti-retrovirais.
Mais um exemplo: se você, acidentalmente, ingerisse algum veneno, ácido, produto de limpeza; se tomasse remédios em excesso e, em sequência, desistisse do suicídio, sabe a quem iria recorrer? A um serviço de toxicologia. Novamente, o Hospital João XXIII é uma das referências nacionais. Quem está em Belo Horizonte é atendido no plantão; quem está no interior de Minas, ou mesmo em outros estados que não dispõem desse serviço, será atendido por um médico local que agirá sob a orientação de um dos serviços de toxicologia. Não, hospitais particulares não dão conta do recado.
Fechando a conta: nós, o grosso da classe média pra cima, acompanhamos nossa saúde através do sistema particular. E deduzimos os gastos com planos no cálculo do imposto de renda, de maneira que esses gastos significam, por outro lado, menos arrecadação para financiar a saúde pública. Porém, quando precisamos das operações, dos procedimentos, dos remédios mais caros, nada de convênios: só o SUS salva.
Para se ter uma ideia, nos EUA não existe saúde pública, e os convênios dominam o mercado, sempre com uma ótima margem de lucro, e péssima assistência, claro. (Insisto, para quem ainda não assistiu, que assista ao documentário Sicko – SOS Saúde, do americano Michael Moore). No Brasil, a ascensão econômica das classes C e D tem contribuído para aumentar o número de usuários dos planos particulares. E tenho muito medo, baseado em dados concretos, que isso leve o SUS a minguar, e que nossa situação chegue a ficar calamitosa como na terra do Tio Sam.
Por fim, gostaria de concluir minhas ideias não só como estudante de medicina, mas, como já disse, entusiasta e futura profissional do SUS, e, principalmente como cidadã brasileira. Será que vale a pena simplesmente nos acomodarmos em nossos convênios e consultas particulares? Gostaria que começássemos a buscar -– ao menos, experimentar para conhecer -– atendimento pela nossa saúde pública, para que, sendo parte dela, pudéssemos sustentar essa bandeira. Deixar de lado essa ideia de deixar para quem não pode e vestir a camisa. O sistema propõe-se universal, não caritativo, não para “quem não pode”. Saúde não é bem de mercado, item vendável a quem puder pagar melhor. É um direito inalienável a qualquer cidadão.
A “campanha” nas redes sociais que pedia ao ex-presidente Lula que tratasse seu câncer no SUS causou um grande alvoroço virtual. E com ele, alguma dose de discussão. Da minha parte, muitos devaneios. Primeiro, devo informar que, de início, aderi à “campanha” sim, mas com uma visão de quem está do “outro lado da mesa” no SUS. Com o seguinte pensamento: serviços públicos são feitos para cidadãos de uma nação, pelos cidadãos dessa mesma nação –- ao menos, deveria assim ser. Logo, nossos políticos, como oriundos do seio do nosso próprio povo, se fossem de fato usuários dos serviços de que são incumbidos de gerir, defenderiam melhorias nesses mesmo serviços como interessados diretos nos benefícios proporcionados, em vez de visar ganhos secundários. Portanto, se não existisse Sírio Libanês e cia, os hospitais públicos seriam bem melhores, com a capacidade de acomodar também “gente do escopo” dos nossos “ilustres” governantes (só pra citar como exemplo, a ex-senadora Marina Silva já foi usuária do Sistema Único de Saúde, quando ela foi vítima de Malária. E sim, ela sobreviveu a ambos, à doença e ao tenebroso SUS).
Então, começou a contra-campanha. Gente que achava uma desumanidade tremenda querer desejar para alguém um tratamento na rede pública, que o certo era torcer pela sua melhora. Aí que caiu minha ficha, que muitas pessoas que aderiram à “campanha” tinham era exatamente a tal intenção de que o político supracitado recebesse um tratamento de má qualidade.
Fiquei indignadíssima. Os hospitais-escola de que faço uso são excelentes. Os atendimentos que os pacientes recebem estão anos-luz à frente de muitas consultas por convênio. Considerei como ofensa pessoal frases do tipo “Sou contra quem faz piadas com câncer e quero que o ex-presidente fique bem”. Pois nessa frase está implícito que hospitais públicos jamais trariam bem estar a pacientes lá internados, e isso está na contramão de tudo que tenho visto. E também dos atendimentos que tenho prestado. Como se minha competência, e a de diversos colegas, tivesse sido insultada.
Antes de ser aluna de medicina, eu também tinha a ideia do SUS como esse caos tremendo -– eu, que sempre fora usuária de planos de saúde. Mas é bem diferente. Há muitos avanços inimagináveis. Claro que a maioria deles estão no sudeste, nas regiões e cidades mais ricas. Mas é preciso desmitificar o sistema público.
Pra início de conversa, um breve histórico: o SUS surgiu em 1988, com a nova Constituição. Antes, as políticas de saúde pública eram esparsas, não unificadas e, principalmente, não universais. Sim, porque o SUS foi construído sob o alicerce de três princípios básicos: universalidade, equidade e integralidade. Até o início do século passado, pobre era tratado nas santas casas, por caridade. Com Getúlio Vargas, começou um embriãozinho da saúde pública, mas só tinha acesso quem tivesse carteira assinada, e os camponeses eram excluídos também. Cada trabalhador -– dentre os contemplados -- contribuía à IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões) de sua categoria.
No regime militar, as IAPs foram unificadas num sistema maior, o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). Ainda, a assistência era restrita ao contribuinte dos setores secundário e terciário -– quando no mercado formal: ou seja, uma minoria. E o sistema unificava saúde e previdência. Como o número de aposentados ainda era muito pequeno, o dinheiro arrecadado foi muito mal investido.
Grande parte foi drenada pela construção de hospitais... privados! (supostamente, em troca de alguns atendimentos via rede pública). E graças a isso, o modelo de assistência médica no Brasil fora desde então calcado na assistência hospitalar e especializada (o que é ruim, pois não se baseia na prevenção, é mais caro, e mais sofrível para os usuários, que entram no sistema a partir de uma doença). Só recentemente tem se investido em um novo modelo baseado na assistência primária (focado na prevenção, muito mais custo-efetivo e mais agradável para o usuário, já que evita o adoecimento; sem, contudo, prescindir da atenção especializada, quando necessária).
Foi isso. Foi assim que começou o embrião do rombo da previdência: dinheiro público empregado em obras particulares.
E então, o que acontece hoje?
O SUS é financiado com recursos destinados à Seguridade Social. Assim como a Previdência. Mas nossa Constituição não prevê nenhum tipo de alíquota mínima, do PIB ou do que for, para o SUS. Então, adivinha só, a Previdência drena a maior parte dos recursos, sobrando muito pouco para a nossa combalida saúde pública.
Lógico que a corrupção também desvia muito, e não só da saúde. Mas dentro do que seria formalmente disponibilizado para a saúde, muita coisa acaba tendo que ser usada para tapar os buracos da Previdência.
Porém, há muitos espetáculos que o sistema promove, ainda mais tendo-se em vista a demanda de recursos que não é adequadamente suprida.
Você sabia, por exemplo, que nenhum plano de saúde cobre qualquer tipo de transplante? E que, quanto a atendimento de urgência, em caso de politraumatizados, os serviços de referência são da rede pública? (cito o Hospital João XXIII, de Belo Horizonte, como referência no estado de Minas). Ainda, sabia que doenças raras que exigem medicamentos de custo muito elevado têm seu tratamento custeado pelo SUS? E, caso não se lembre, ainda, o Brasil é referência mundial em tratamento de HIV/AIDS; isso eu afirmo com experiência pessoal de quem vem acompanhando pacientes soropositivos. São gente como a gente, de todos os matizes, todos os biótipos. Contraíram o vírus, mas uma vez diagnosticados, são acompanhados e levam uma vida tão saudável como a de quem é soronegativo. Com todo o suporte de equipes multidisciplinares de saúde e amplo acesso a anti-retrovirais.
Mais um exemplo: se você, acidentalmente, ingerisse algum veneno, ácido, produto de limpeza; se tomasse remédios em excesso e, em sequência, desistisse do suicídio, sabe a quem iria recorrer? A um serviço de toxicologia. Novamente, o Hospital João XXIII é uma das referências nacionais. Quem está em Belo Horizonte é atendido no plantão; quem está no interior de Minas, ou mesmo em outros estados que não dispõem desse serviço, será atendido por um médico local que agirá sob a orientação de um dos serviços de toxicologia. Não, hospitais particulares não dão conta do recado.
Fechando a conta: nós, o grosso da classe média pra cima, acompanhamos nossa saúde através do sistema particular. E deduzimos os gastos com planos no cálculo do imposto de renda, de maneira que esses gastos significam, por outro lado, menos arrecadação para financiar a saúde pública. Porém, quando precisamos das operações, dos procedimentos, dos remédios mais caros, nada de convênios: só o SUS salva.
Para se ter uma ideia, nos EUA não existe saúde pública, e os convênios dominam o mercado, sempre com uma ótima margem de lucro, e péssima assistência, claro. (Insisto, para quem ainda não assistiu, que assista ao documentário Sicko – SOS Saúde, do americano Michael Moore). No Brasil, a ascensão econômica das classes C e D tem contribuído para aumentar o número de usuários dos planos particulares. E tenho muito medo, baseado em dados concretos, que isso leve o SUS a minguar, e que nossa situação chegue a ficar calamitosa como na terra do Tio Sam.
Por fim, gostaria de concluir minhas ideias não só como estudante de medicina, mas, como já disse, entusiasta e futura profissional do SUS, e, principalmente como cidadã brasileira. Será que vale a pena simplesmente nos acomodarmos em nossos convênios e consultas particulares? Gostaria que começássemos a buscar -– ao menos, experimentar para conhecer -– atendimento pela nossa saúde pública, para que, sendo parte dela, pudéssemos sustentar essa bandeira. Deixar de lado essa ideia de deixar para quem não pode e vestir a camisa. O sistema propõe-se universal, não caritativo, não para “quem não pode”. Saúde não é bem de mercado, item vendável a quem puder pagar melhor. É um direito inalienável a qualquer cidadão.
Nunca sei se o SUS é afinal ruim ou bom. Agora mesmo no facebook vi uma amiga daqui de Curitiba reclamar que sua consulta no posto de saúde do bairro estava marcada para as 10h30m a médica chegou 11h e tinha mais de 10 pessoas na fila para serem atendidas antes dela. É outro caso eu sei...Mas haja leitura pra estar a par de toda a situação.
ResponderExcluirVou lembrar deste post a proxima vez que esperar por mais de doze horas na fila do hospital de base em Brasília.
ResponderExcluirO SUS é uma porcaria. Não tenho prazer em afirmar isso. Adoraria que ele funcionasse. Mas o que vemos são hospitais mega lotados, pacientes em pias, um descaso profundo dos profissionais de saúde.
ResponderExcluirAcho os planos muito ruins tambem, mas o SUS é o horror.
Aqui na minha cidade, temos um bom atendimento em saude, principalmente na parte de prevenção de cancer, e de exames mais complexo, como tomografia.
ResponderExcluirO serviço publico de saude literalmente salvou a vida da minha mãe.
mas há um problema de gerenciamento e organização. em alguns bairros os postos de atendimento tem poucos medicos e alguns consultas levam varias semanas para serem marcadas.
Com certeza eu faço parte da melitancia para mais e melhores investimentos e para o aperfeiçoamento do SUS.
Parabens pela sua postura e etica profissional, que mais pessoas tenham esse comportamento. :)
É... O hospital público de Mauá é apelidado de El Matadouro.
ResponderExcluirHá 3 meses botei minha ficha pra consulta com Gastro... Ainda nada.
Não dá pra dar pontos positivos quando, no fundo, é só em um especto ou outro.
Sobre o Lula, eu cheguei a fazer uma postagem, mostrando como essa "reivindicação" é pra lá de fascista.
Acaba caindo no colo do sistema público de saúde tudo que não for rentável ou economicamente viável para o sistema privado.
ResponderExcluirE nessas áreas o sistema público acaba se cirando do jeito que dá.
Em outras áreas como marcação de consultas, realização de exames, cirurgias não emergenciais o SUS acaba deixando a desejar.
Não vamos esquecer que boa parte dos secretários municipais e estaduais de saúde são oriundos da medicina privada (ligados a redes hospitalares, planos de saúde).
Minha mae fez todo o tratamento dela para hepatite pelo SUS de Sao José dos camps (sp). Nunca reclamou. Mas minha irma precisou de uma consumta no ginecologista e esperou mais de seis meses (estava com candidiase -quem ja teve sabe que é impossivel esperar 6 meses se coçando). Acho que o SUS serve para casos graves, salvar a vida, mas para os casos mais corriqueiros, deixa a desejar. Parabéns a autora do post, você tem principios! Espero que um dia alcance seus ideais!
ResponderExcluirO Bruno S. foi no centro da questão. O SUS é excelente para atendimento emergencial. Mas as pessoas têm que ter sido diagnosticadas anteriormente para que atendimento no SUS seja feito corretamente. O número de diagnósticos errados, de minimizar problemas dos pacientes chega a ser assustador.
ResponderExcluirÓtimo texto, mas concordo em parte. A maioria das pessoas da família e amigos que ouço falar sobre o motivo de pagar um plano de saúde, por aqui quase sempre entre 100 e 200 reais por mês (isso se você for jovem, conheço quem pague em torno de 700), diz que paga por medo de sofrer algum acidente grave e não ter acesso a um atendimento apropriado. Infelizmente, pelas experiências que já tive, preciso concordar com isso, ao menos por agora. Vi meu irmão sofrer um acidente grave de carro e esperar largado numa maca por horas no hospital público pra onde foi levado pelo Samu. Sempre tivemos plano e meu pai sempre repetia que pagava por medo de isso acontecer. Meu irmão foi transferido pra a uti de um hospital particular no mesmo dia. Seu amigo, no entanto, que não tinha plano e estava em situação bem mais grave, não recebeu atendimento apropriado, precisou esperar bem mais do que poderia por uma cirurgia e tem sequelas até hoje. Repito, somente tenho conhecimento para falar sobre a cidade onde eu moro, João Pessoa, não estou generalizando. Sei que alguns serviços, como por exemplo atendimento pré-natal de risco e acompanhamentos de pacientes com câncer, são realizados com bastante eficiência na rede pública daqui. Ouço também se falar bastante sobre a realização de partos normais, que, apesar de menos 'glamourosa', seria bem mais humanizada do que nos 'hotéis-maternidade' particulares, que ao menos aqui praticamente só realizam cesáreas. Sou consciente de que não pago plano para ter consultas melhores, até porque o tempo de espera para particulares aqui também não costuma ser pequeno, e o que geralmente tem ocorrido é do médico olhar pra tua cara por 5 minutos, no máximo, na ânsia de atender mais uns 20 naquela tarde. Pago plano única e exclusivamente por medo de passar o mesmo que meu irmão e seu amigo passaram na porta de um hospital público em uma situação de emergência. E espero ansiosamente pelo dia em que me convençam que esse medo não tem mais fundamento, e que eu posso gastar esses 200 reais com algo bem melhor.
ResponderExcluirEm minha cidade, Itanhaém - SP, o atendimento do SUS é ruim, como em tantas outras.
ResponderExcluirMas eu me recuso a pagar um plano de saúde qualquer, porque, quando eu precisar de atendimento de urgência e emergência, terei que ir pro SUS mesmo, já que nenhum dos convênios que dispomos aqui tem pronto atendimento.
Já paguei por consulta de especialista, no caso um Endocrinologista.
No consultório da clínica mais cara da cidade tive que pagar R$100,00 numa consulta (com desconto já), esperar uma hora e meia pra uma consulta marcada com 2 meses de antecedência. A médica não olhou na minha cara, não me pediu nenhum exame.
Pra ter que esperar assim, prefiro ficar no SUS mesmo.
Lola você já ficou sabendo do absurdo caso de abuso sexual no BBB?Estou tentando mandar mensagens para sites internacionais que possam publicar a polêmica que está acontecendo aqui.Pois só pressão internacional para fazer alguém tomar uma atitude.
ResponderExcluirDiscutir se o SUS é bom ou não
ResponderExcluirou se o presidente deveria se tratar o não no SUS, a meu ver é uma total perda de tempo.
O SUS como sabemos (ou deveriamos saber) é um programa modelo e é considerado por diversos países como um programa de assistencia a saúde revolucionário.
O fato é que discutir se o sistema único de saúde é bom ou ruim é discutir o problema e não a solução, é andar em circulos.
O SUS teoricamente é maravilhoso, mas na realidade como qualquer sistema publico, possui falhas.
Então avançamos mais se discutirmos PORQUE o SUS tem determinadas falhas.
Eu moro no estado de SP, atualmente na cidade de SP, mas até um ano atrás residia em Presidente Prudente, no interior de SP, oeste paulista, que é a região mais pobre do estado e devo dizer, uma região esquecido pelo governo do estado.
Os unico hospital que atendia pelo SUS lá, atendia também toda a região, logo a demanda era muito menor que a procura e esse é apenas um dos fatores que culminam no caos da saude na região onde residi.
Enfim, o que eu gostaria de expor com esse comentário é que não se avança discutindo o problema, se avança discutindo soluções e lutando pra que elas sejam efetivamente aplicadas.
Discutir se o SUS é bom ou não
ResponderExcluirou se o presidente deveria se tratar o não no SUS, a meu ver é uma total perda de tempo.
O SUS como sabemos (ou deveriamos saber) é um programa modelo e é considerado por diversos países como um programa de assistencia a saúde revolucionário.
O fato é que discutir se o sistema único de saúde é bom ou ruim é discutir o problema e não a solução, é andar em circulos.
O SUS teoricamente é maravilhoso, mas na realidade como qualquer sistema publico, possui falhas.
Então avançamos mais se discutirmos PORQUE o SUS tem determinadas falhas.
Eu moro no estado de SP, atualmente na cidade de SP, mas até um ano atrás residia em Presidente Prudente, no interior de SP, oeste paulista, que é a região mais pobre do estado e devo dizer, uma região esquecido pelo governo do estado.
Os unico hospital que atendia pelo SUS lá, atendia também toda a região, logo a demanda era muito menor que a procura e esse é apenas um dos fatores que culminam no caos da saude na região onde residi.
Enfim, o que eu gostaria de expor com esse comentário é que não se avança discutindo o problema, se avança discutindo soluções e lutando pra que elas sejam efetivamente aplicadas.
Lolinha,não quero ser chata e nem mudar de assunto...(na real quero mudar de assunto sim,ha rsrsrs)mas vc viu o caso da mulher que foi estuprada no BBB dias atras?E como a emissora que vc mais gosta pôs panos quentes sobre o assunto?
ResponderExcluirpaguh
ResponderExcluirconcordo, o centro do debate deveria ser maneiras de aperfeiçoar o SUS, estrutura, atendimento, tudo.
Até pq ele é indispensavel ao pais.
Pessoal,
ResponderExcluirsegundo o twitter parece que a lola está viajando de férias e deixou um monte de postes programados para esse período.
Pelo que leio dela aqui, acredito que a essa altura ela ainda não se atualizou sobre os grandes assuntos do momento: estupro no BBB e o naufrágio do cruzeiro.
Não sei como taguear as pessoas por aqui, nem sei se dá pra fazer isso, pra comentar o comentário de alguém. :) Enfim, mas paguh, concordo que não vamos progredir com nenhum desses dois tipos de atitude, nem elogiar cegamente sem tomar consciência de quem em algumas áreas e para alguns tipos de atendimento ele ainda é, sim, muito deficiente, nem somente criticar sem enxergar que ele é sim, muito bom em alguns aspectos. Na área onde eu dei o exemplo do meu irmão e seu amigo, esse hospital de trauma também é o único que atende não só a João Pessoa, uma cidade já com uma população de uns 700 mil, mas também as cidades nos arredores e no interior próximo. Quer dizer, né... Não tem como esse atendimento de acidentados ser feitos em um hospital só com primor, é humanamente impossível, apesar de eu ter certeza de que a maioria dos profissionais pelo menos tenta. E isso leva, na minha opinião, a maioria das pessoas que podem pagar a 'se garantir' por medo, com um plano. Mas tá melhorando bastante, esse início de ano foi inaugurada uma UPA, que, espera-se, vai atender a parte dos casos mais leves e diminuir o fluxo pra lá.
ResponderExcluir"Pelo que leio dela aqui, acredito que a essa altura ela ainda não se atualizou sobre os grandes assuntos do momento: estupro no BBB e o naufrágio do cruzeiro."
ResponderExcluirE a venda de ingressos pro Los Hermanos.
Bruno S,valeu cara,nem sabia que a Lola tava de ferias,bem que achei estranho ela não ter escrito sobre o caso.
ResponderExcluirJá usei a rede pública de saúde, mas há muito tempo atrás, tive boas e péssimas lembranças desse tempo, por ex.fiz pré-natal num posto da prefeitura aqui de São Paulo, e o atendimento foi excelente, minha primeira filha nasceu em um Hospital da Prefeitura, pois meu marido era funcionário público, posso dizer que foi péssimo o atendimento, já da segunda filha embora eu tivesse um convênio voltei ao posto da rede publica pelo bom atendimento que me foi prestado da primeira vez, mas infelizmente já não era o mesmo atendimento, e acabei optando por fazer o pré natal e o parto com o convênio.
ResponderExcluirNunca usei clinicas particulares para vacinar minhas filhas, só a rede pública.
Assim como vc Bruna torço muito para que a saúde pública proporcione um atendimento digno pra todos os cidadãos.
Acho injusto demais a maneira como vemos diariamente nos jornais a população sofrendo e muitas vezes morrendo buscando atendimento na rede publica.
Até pouco tempo atrás eu paguei por um plano de saúde realmente muito caro, mas acabei desistindo porque mesmo sendo caro o atendimento era bem ruim e muitas vezes demorado também.
Hoje uso o mesmo plano de saúde que ofereço aos meus funcionários.
Eu tenho plano de saúde (pela empresa), e posso dizer que sou tão bem ou mal atendida em uma emergência através do plano quanto no SUS. Eu moro em Porto Alegre e aqui para marcar consultas num posto de saúde ou conseguir encaminhamento para hospital e exames não é nenhum sacrifício. Há uns 5 anos atrás estava no Hospital de Pronto Socorro (referência em várias especialidades aqui) e havia chegado há pouco mais de meia hora e reclamava impaciente, quando um carioca que estava aguardando atendimento ao meu lado começou a falar maravilhado do atendimento naquele lugar, que no Rio ele chegava a ficar dois dias na fila de espera por atendimento. Corei de vergonha! Também todo o esquema de consulta, exames e tratamentos mais especializados para gestantes é excepcional, não sente-se nenhuma grande diferença de atendimento público e particular. Mas já no interior do estado eu sei que a situação é muito mais preocupante! Adoraria me utilizar apenas do SUS assim como colocar minhas filhas para estudar em escola pública (sem preocupação) é um sonho, o qual não tenho hoje a coragem de realizar já que a escola em que eu mesma estudei a vida toda está sofrendo interferência da Brigada Militar frequentemente!
ResponderExcluirPoxa, Lola... Leio você sempre, mas nunca comento. Vim na verdade engrossar o coro da turma que quer que você escreva sobre o estupro no BBB, mas vi que você está de férias. Desde que saiu a notícia estou ansiosa pra ver o seu post. E depois de tantos comentários (femininos!) de que a menina "não se deu respeito", "consentiu e gostou" (mesmo completamente bêbada e aparentemente inerte no ato), ele seria um alívio. VOLTA, LOLA, VOLTA! :)
ResponderExcluirApesar de não concordar com uma parte com a visão da autora sobre a campanha pro Lula ir se tratar no SUS (pq se fosse o FHC ou o Serra, duvido que tivesse havido tanto alarde quanto ao uso do sistema particular, achei que o preconceito de classe era o centro da questão), adorei o texto, adorei o olhar. Muito bom aprender com a autora =)
ResponderExcluirPro pessoal que brada pra que a Lola escreva sobre o estupro no BBB, alguns links que li:
ResponderExcluirhttp://www.outraspalavras.net/2012/01/16/a-cena-do-big-brother-e-um-problema-do-brasil/
http://portalps.virgula.uol.com.br/noticias/escandalo-no-bbb/12105/daniel-mexe-em-monique-desacordada-por-conta-da-bebida-e-e-acusado-de-estupro-por-internautas.html
http://papodehomem.com.br/estupro/
http://blogueirasfeministas.com/2012/01/violencia-sexual-no-bbb/
Discordo totalmente que o SUS seja uma porcaria, já que estamos falando de um sistema inteiro. Muitos postos de saúde e hospitais publicos, sim, são uma bela porcaria, faltam recursos, faltam profissionais capacitados com um salario digno, os que tem se viram nos 30 pra dar conta de atender minimamente bem à toda população.
ResponderExcluirFalo como ex-funcionária da saúde publica, como uma pessoa que atendia a mais de 200 pessoas por dia num pronto socorro ganhando um salário de merda. E falo também como usuária, que ja esperou horas e até meses numa lista de espera em alguns lugares, mas que em outros consegui não apenas tratamento,exames, como cirurgias caríssimas custeadas inteiramente pelo SUS.
O grande problema são os desvios na verba repassada para o SUS, os baixos salarios. O verdadeiro problema do SUS ainda é o descaso das autoridades, a corrupção dos governantes que priorizam suas contas bancárias aos direitos da população.
Hoje eu posso andar e ter uma vida quase normal, graças à uma equipe brilhante de um hospital referência em ortopedia e traumatologia do SUS, sempre fui muito bem atendida, mesmo tendo que esperar as vezes dias, recebi um tratamento de primeira qualidade...enquanto que já esperei meses por um exame simples numa clinica particular, pagando caro.
É tanta ingenuidade defender o SUS por seu próprio mérito como médico. Eu entendo a necessidade de defender a classe e defender o sistema, mas não tem como se defender o SUS como um sistema eficiente. Mesmo por que, se ao reclamarmos do SUS estamos ofendendo médicos, me desculpe mas é merecido. Eu já tive o azar de passar alguns meses sem plano de saúde e tive que usar um hospital de Brasília. Onde, por acaso, peguei uma conjutivite viral. E onde foi noticiado um mês depois que estava com os refrigeradores do necrotério estragados e tinha cadáver apodrecendo. No mesmo hospital cheio de goteiras e mofos. E isso, meus amigos, é a na nossa capital, supostamente exemplo do país. Nem quero imaginar no interior.
ResponderExcluirNa teoria o SUS é lindo e todo médico formado é foda. Na prática, a gente dá de cara com um sistema que não funciona, em prédios acabados e mal gerenciados. E tem outra, eu acho que médico tem que ter parte da responsabilidade disso tudo. Se o hospital tá caindo aos pedaços, ELES que trabalham ali todo dia tem a obrigação - quase moral - de exigir melhorias.
Achei o texto mto bom, lembra uma outra discussão que rolou aqui sobre a escola pública e não discordo dos argumentos da autora. Mas, há 1 ano e meio, sou usuária de plano de saúde pago pela minha empresa e estou mto insatisfeita: demora pra agendar consultas, médicos que se atrasam, atendem rapidamente, não pedem os exames necessários, emergências lotadas, etc. A questão é que eu já encontrava esses mesmos problemas no SUS, um pouco piores ainda. Uma vida inteira de desrespeito no SUS que agora tbm aguento no plano de saúde. Penso que o crescente acesso de pessoas mais pobres aos planos cause esse descaso, pois quem tem mais dinheiro automaticamente migra para planos e hospitais mais exclusivos. Já encontrei bons médicos no SUS, mas isso foi depois de passar por 2 ou 3 postos de saúde e pronto socorro, em busca de um médico que pelo menos pedisse um raio-X, qdo claramente eu tinha uma pneumonia. Espero que mais pessoas que não sejam oriundas de famílias ricas cursem medicina, que elas possam se identificar com a ideia do SUS, que elas influenciem seus colegas de famílias ricas e que mais médicos se dediquem com profissionalismo ao SUS. Até lá, é lutar todos os dias para conseguir um bom atendimento, seja no SUS, seja nos planos de saúde.
ResponderExcluirOFF
ResponderExcluirGostaria de compartilhar essa petição, que pede que a Globo seja responsabilizada pelo estupro de Monique!
http://www.change.org/petitions/globo-network-take-responsability-for-covering-the-rape-aired-in-one-of-their-shows
"Discordo totalmente que o SUS seja uma porcaria, já que estamos falando de um sistema inteiro."
ResponderExcluirAngell, você falou tudo!
No post, mostrei o lado bom, porque o ruim, vemos na televisão, e na vivência diária.
Além do que, a gerência depende se o atendimento é primário, especializado, de emergência, hospitalar ou em upa. Assim, o atendimento primário, que é gerido pelos municípios, acaba divergindo muito de uma cidade pra outra.
Mas gostaria que vocês apenas pudessem conhecer esse outro lado mesmo.
Quando estive no ambulatório de Hematologia Pediátrica, tomei contato com uma doença - Doença de Gaucher - em que a sobrevida e qualidade de vida do paciente só é assegurada com um fármaco, cerebrozyme, que é importado e custa mais de 15 mil. Ou seja, mesmo quem tem convênio, acaba tratando pelo SUS.
Não estou negando nenhuma das mazelas que sabemos que existem, e que são muitas; apenas estou apresentando essas faces ocultas.
Parabéns Bruna! Excelente texto e maravilhosa forma de levar adiante a sua vocação!
ResponderExcluir"E tem outra, eu acho que médico tem que ter parte da responsabilidade disso tudo. Se o hospital tá caindo aos pedaços, ELES que trabalham ali todo dia tem a obrigação - quase moral - de exigir melhorias."
ResponderExcluirMariposa Guadalupe, não é assim que as coisas funcionam.
Até porque, quando nos recusamos a trabalhar em PSF que paga 15 mil, normalmente em "sertões bravios" porque não há recursos, todos acusam os médicos.
Porque, se der alguma merda, além de ser uma experiência horrível, é sobre a gente mesmo que cai a culpa, nunca sobre o governo que não criou novos leitos, não comprou Raio x, não comprou tomógrafo...
Também somos trabalhadores e queremos condições dignas, que tornam nosso trabalho mais agradável, gerador de resultados e é melhor para os pacientes!
sobre o bbb e o estupro, leiam o alex
ResponderExcluirhttp://papodehomem.com.br/estupro/
Olá1
ResponderExcluirConcordo plenamente com você, Lola: não deveríamos pagara por direitos. Por outro lao, como lidar com situações difíceis quando se tem um SUS que não funciona, numa morosidade extrema e uma urgência em atendimento?!
Tenho pais idosos e com saúde frágil - quando necessário usa SUS para consultas e exames, é um 'parto de ouriço'...
Eu mesma, em dezembro descobri m CA colo de ´tro. Fiz uma cirurgia para retirada da lesão e biópsia. Gastei o que não podia para pagar tal cirurgia e agora, com o resultado da biópsia, vi-se que preciso tirar o útero. Perguntei ao médico se ele não atende pelo SUS e se poderia marcar com ele em hospital conveniado, a fim de que a cirurgia seja feita por lá. A respota? "Não. Poso lhe encaminhar, se quiser, a outro profissional que faça'.
Agora me diz: a gente fragilizada pela descoberta de uma doença, louca pra se livrar dela, sem saber como custear tal procedimento via particular, tendo que começar todo um pocesso com outro profissional - que, sabe-se lá Deus qdo poderá lhe tender... É difícil, não?
Abços
Aucilene
Nada a ver com o post, mas creio que seja interessante comentar.
ResponderExcluirhttp://f5.folha.uol.com.br/televisao/1035092-policia-e-advogados-da-globo-conversam-sobre-suposto-estupro-no-bbb12.shtml
Trata-se de um suposto estupro ocorrido no BBB12, o qual está sendo investigado. Parece que um dos participantes fez sexo com uma das mulheres enquanto ela dormia. Ao final, um "simpático" comentário do agente do acusado, que perguntou se a moça geme enquanto dorme...
Sei que existem hospitais que são modelo e referências para n casos. Mas infelizmente, é exceção e não regra. Pelo menos, aqui em São Paulo, 90% dos hospitais públicos não são bons. O atendimento não é bom tanto em triagem, tanto na hora de fazer a ficha, tanto de enfermeiros, médicos e até mesmo, seguranças...
ResponderExcluirConheço caso de uma mãe que levou a filha de 3 anos a quatro hospitais públicos, ficou HORAS na fila e o médico disse que era virose. Sem olhar, sem examinar. Alguns dias depois descobrimos que a criança tinha, na verdade, pneumonia. Descobrimos com uma consulta paga onde o atendimento foi mil vezes melhor. E aí? Sei que não dá pra generalizar, e que devemos sim lutar para que o todos os hospitais sejam referências, mas nesse meio tempo, acho que garantir o bem estar é o que realmente importa. E que se precisarmos pagar para isso, que assim seja.
"Trata-se de um suposto estupro ocorrido no BBB12, o qual está sendo investigado." comentário acima
ResponderExcluirSUPOSTO... SUPOSTO é algo que não está provado se SIM ou se NÃO... no caso, não está provado se houve ou não houve o estupro... até então trata-se de um SUPOSTO ESTUPRO.
Se me equivoquei no significado da palavra SUPOSTO, esclareçam EDUCADAMENTE, sem ironia e sem sarcasmo.
SUS (Brasil) e ObamaCare (USA)... não há unanimidade se é bom ou se é ruim... ao menos se fosse satisfatório...
ResponderExcluirAgora o SUS vai ficar melhor ainda com o cadastro compulsório para controloar gestantes que façam o pré-natal, né?
ResponderExcluirAcho que o SUS funcione em alguns lugares, e em outros não. Não sei dizer já que tenho um plano particular.
ResponderExcluirAdorei o post e concordo muito que havia maldade nas pessoas que diziam que o Lula deveria ir para o SUS.
Pessoal minha opiniao pessoal e que saude e um direito de todos e dever do estado. Concordo que a falta de investimento e corrupcao atrapalham a implantacao do SUS. Mas saude custa caro, com a evolucao da medicina e o envelhecimento da populacao cada vez mais a conta aumenta. Minha pergunta e:
ResponderExcluirE possivel criar um sistema publico de saude com tratamento de ponta para 200.000.000 pessoas?
Ou sera como a previdencia social um buraco sem fim?
Entao refassamos as contas tem gente ganhando muito da previdencia( poucos ) e a maioria ganhando o basico. Assim como na previdencia e precise fazer a conta SUS, prevencao e medicina baseada em evidencias, senao o pais quebra.
Eu não tenho muita experiência realmente pessoal com SUS, sempre tive plano e saúde, só que meu plano está bem sucateado. Em relação a consultas, o SUS daqui de Goiânia não é ruim, inclusive,para algumas especialidades médicas que tem menos profissionais é mais rápido conseguir pelo SUS do que pelo meu plano de saúde. O problema daqui são os atendimentos urgenciais, ai encontramos o estereótipo de saúde pública no Brasil, hospitais lotados, esperas intermináveis por atendimento, falta de vagas em UTI, etc, um caos.
ResponderExcluirO SUS é maravilhoso na legislação. Mas, em cada serviço, dependendo de cada governo, de cada "gestão", a qualidade varia muito. Varia porque não há fiscalização e controle efetivo do uso dos recursos. Varia porque os médicos e enfermeiros (e tantas outros profissionais da saúde) não são devidamente formados para trabalhar num sistema público e universal de saúde. Uma estudante de medicina desejando fazer residência em saúde da família é uma raridade, porque a maioria é formada para "cuidar" de órgãos e não de pessoas. Quem trabalha ou já trabalhou na área de gestão da saúde pública do Rio de Janeiro, por exemplo, sabe que grande parte dos serviços está tomada por interesses particulares e políticos (no mau uso da palavra). Os atendimentos são bons para quem é usuário "indicado", é familiar, amigo, de alguém "importante", ou quando o profissional tem forças e caráter para lutar contra a corrente. Infelizmente, depois de muito estudar o SUS e vê-lo na prática, não consigo mais ser otimista... O que mais me dói é ver que depois de três governos de esquerda, nossa saúde ainda é (e cada vez mais) campo de interesses econômicos e disputas políticas.
ResponderExcluirVim aqui comentar que o rapaz do BBB foi expulso. Pelo menos isso.
ResponderExcluirhttp://f5.folha.uol.com.br/televisao/1035244-apos-suposto-estupro-daniel-e-expulso-do-bbb12-diz-jornal.shtml
Eu só posso dizer que deletei do meu FB quem sueriu que o Lula fosse tratado pelo SUS. Em maio perdi uma tia da mesma doença que ele, depois de 2 anos tentando tratamento no Sus. Primeiro na Santa Casa de SP, depois Clínicas de SP e em seguida em um "hospital de referência" no interior. Foram meses pra conseguir o diagnóstico, meses pra conseguir a quimio e mais meses pra radioterapia. A segunda pior coisa foi tê-la perdido, pior foi o seu sofrimento. Não desejo pra ninguém.
ResponderExcluirEu amo saúde pública e sou defensora eterna do SUS,uma das melhores políticas públicas do mundo.Sou enfermeira,e sempre me recusei a trabalhar na rede privada,pq não tenho palavras p descrever o q é trabalhar pelo SUS.E nao to dizendo q eh perfeito,aliás,ta beeeeeeeem longe disso.Mas antes de falar mal por esperarem horas na fila,qria q as pessoas pelo menos conhecesse um pouco mais da historia da sua criação,que so aconteceu pela luta da sociedade civil organizada,q so buscava o melhor p população.E conheça tbm suas formas de financiamento,e q a corrupção impera em todos os segmentos do país.Não cumpem tanto o sistema,mas gestores descompromissados,profissionais com carga horaria dobrada por nao terem um salario adequado,sistema de educação desses profissionais sucateados,desvio de verbas...isso tudo é o faz a realidade do Sus ser bem diferente da forma q ele ta no papel.E ainda assim,é um dos melhores sistema público de saúde do mundo.Tenho esperança q um dia ele se torne tudo aquilo que ele é de verdade.
ResponderExcluirEmbora eu tenha plano de saúde, pouco tempo atrás fui atendida emergencialmente em um posto de saúde da prefeitura de SP para cuidar de algo aparentemente simples, uma lesão no polegar. Em menos de 15 minutos eu já tinha sido atendida e encaminhada para raio-x, meia hora depois estava passando novamente no médico, com resultado em mãos e um pouco depois disso recebi medicação injetável, encaminhamento para fisioterapia em um AMA e liberada para voltar pra casa.
ResponderExcluirAdmito que fiquei extremamente surpresa com tudo isso e faço nota aqui: fui muitíssimo bem atendida, apesar de médicos e enfermeiros estarem extremamente ocupados. E isso me fez repensar os 450 reais que pago para a Unimed Paulistana todo santo mês............. mas admito, ainda não me sinto segura em abandonar o plano de vez.
LiaAna,
ResponderExcluirNão tem nem como começar a comparar o SUS com o ObamaCare. Por favor...
São duas propostas bem diferentes.
Para quem falou que o sistema de saúde dos EUA é um horror e se compara ao do Brasil esta de brincadeira. Eu fui hospitalizada nos dois países, por causas diferentes mas no final tratamentos semelhantes. Os dois foram com planos de saúde pagos. No Brasil, onde ainda tenho o plano, paguei somente a mensalidade, mas tive que entrar na justiça para receber o tratamento. E não foi de boa qualidade. Nos EUA, pago o plano e tenho que pagar franquia, mas o tratamento foi de primeiríssima. Não tem nem como comparar os dois países, são duas realidades bem diferentes.
Eu já fui atras do SUS e me dei mal. Se dependesse dele estaria morta agora ou então com na reta final com um câncer de mama metastático. Isso sem contar com as queimaduras da radiação que acontecem no tratamento do hospital publico. Agora, para fazer FIV em mulheres novinhas (fui testemunha disso), aí o SUS parece funcionar.
Denise, é isso que dá ler e ir se precipitando em dar a opinião... o que eu comparei nada tem a ver com sua experiência nos EUA. Você não está no plano de saúde ObamaCare ... eu moro nos EUA e não faço parte do plano ObamaCare.
ResponderExcluirEu me referi à polêmica que ambos --SUS e ObamaCare-- causam. Os americanos sujeitos ao plano ObamaCare polemizam, uns dizendo que é ótimo e outros dizendo que é péssimo e foi isso o que abordei.
Pois e, LisAna, só que como comparar uma coisa que já existe com outra que ainda esta sendo aplicada?
ResponderExcluirA gente nem sabe como o ObamaCare vai funcionar... Mas a gente já sabe como o SUS funciona (ou não funciona).
Foi isso que me pegou.. Dizer que algo que ainda nem teve oportunidade de ser aplicado não é satisfatório...
Bom, eu adorei o post, adorei saber que uma estudante de medicina pensa dessa forma. Concordo com a Bruna, deveríamos nos unir para reivindicar melhorias, os planos de saúde quando inchados funcionam pior que o SUS.
ResponderExcluirTenho plano de saúde, e tenho muito a reclamar também, mas não tenho coragem de deixar meus filhos dependendo do sistema que existe hoje...não aqui na minha região.
O descaso é absurdo, aqui no nosso município já passei alguns apuros quando fiquei sem plano, na dependência do atendimento público, mas diferente da maioria nesse caso não culpo o sistema, mas culpo as pessoas, são raros os médicos que prestam atendimento pelo SUS que não são soberbos. O atendimento dispensado é ruim, sem falar na forma grosseira de tratamento.
Voltando aos planos de saúde, hoje mesmo fiquei sabendo através de uma amiga, (Daniela), que está grávida de 04 meses e tem um plano de saúde UNIMED, que aqui na região é considerado o melhor.
Que a mesma em sua quinta consulta com o obstetra foi surpreendida pelo com a proposta indescente de pagar uma diferença pelo parto, mesmo que o plano obviamente cubra tudo.
É uma prática ilegal, ralizada pelos médicos e que possui o aval do plano de saúde, que por óbvio não quer brigar com seus cooperados.
Os praticantes desse absurdo aguardam a mulher ter feito algumas consultas e confiar no profissional para apresentar-lhe a verdadeira realidade dos fatos, vc só terá seu médico escolhido para fazer seu parto se pagar uma graninha por fora, senão fica a mercê do plantão. Ou seja, ou seu médico recebe duas vezes (do plano e de vc) ou vc reza para ser bem atendida no momento em que vc mais precisa de segurança.
A desculpa para tal ato é que os médicos não atendem mais em quarto conjugado, ou seja, os valores seriam para te colocar num quarto de primeira.
Mas como dia minha amiga, a vítima de tal prática, "não sabia que o médico faria meu parto no quarto, e muito menos que ficaria segurando minha mão durante minha estadia no hospital".
É por essas e por outras que existe a necessidade urgente de se humanizar a saúde no Brasil, pois mais um pouco e nem o plano de saúde te salva...
Lola, sobre esse assunto eu gostaria de saber se vc tem interesse de publicar um guest post, pois esse assunto interfere na vida de muitas mulheres, já que depois da denúncia dessa minha amiga fiquei sabendo de muitas outras denúncias no mesmo sentido...pensei em pedir pra Dani (minha amiga), escrever um texto e divulgar essa prática absurda.
gente, desculpem os erros de digitação, na pressa comi meia dúzia de letras...
ResponderExcluirNão o suficiente para valer como estatística, mas morei em cidades diferentes e estados diferentes, e vivenciei 3 situações distintas: o uso dos SUS numa cidade pequena, agrária, o uso do SUS numa cidade em torno de 150 mil habitantes, com diversas indústrias de grande porte, e o uso do SUS em uma cidade grande. A impressão que tive foi que o SUS funcionava melhor onde tinha menos pessoas, mesmo que não tivesse todas as especialidades na cidade agrária, o encaminhamento para cirurgias era rápido e contava com o apoio de transporte da própria prefeitura. O atendimento na cidade industrial era bom, mas como de praxe, cheio. Na cidade grande, além do completo descaso com os pacientes, a organização do espaço (cadeiras para espera, água, banheiro acessível)deixava muito a desejar. Quanto mais pessoas a serem atendidas, maiores os problemas e a desorganização. Ou tive sorte de ser encaminhada para bons postos de saúde nas duas primeiras situações, ou também posso dizer que o sul do Brasil é mais asseado e organizado que o sudeste, aqui falando diretamente do Rio de Janeiro, já que não passei pelos outros estados. Em todo caso, também tive problemas com a emergência dos planos de saúde. Acho difícil avaliar, mas como a saúde pública é um direito de todo o cidadão, apoio o debate sobre o assunto, e espero que ele gere uma movimentação interessante que vise melhorar esse sistema. Sempre! Valeu por abrir esse espaço pra movimentar ideias!
ResponderExcluirNa semana passada fiz 10 anos de formada pela mesma escola da autora do post, a UFMG. Grande escola, sem dúvida. Mas completamente diferente do mundo aqui fora. Só depois de viver um pouquinho a profissão a autora do post vai saber da realidade do que está falando.
ResponderExcluirAcho que faltou estudar um pouquinho as leis que regem a saúde privada. Sabia que quando um beneficiário de um plano de saúde é atendido no SUS essa despesa é cobrada do plano de saúde? E é sim paga, sem choro nem vela, todos os meses? É atualmente uma das maiores despesas dos planos de saúde. E é muito justo que seja assim.
Ainda bem que nem todos os brasileiros usam o SUS para suprir suas necessidades em saúde. O sistema não tem como atender toda a população, e a situação seria caótica
"Ainda bem que nem todos os brasileiros usam o SUS para suprir suas necessidades em saúde. O sistema não tem como atender toda a população, e a situação seria caótica"
ResponderExcluirPow, mas, do jeito que vc fala, o SUS vira uma instituição estática. Creio que todos deveriam se tratar no SUS, e também que o SUS deveria ser o máximo da qualidade existente no planeta terra.
Júnior, tu tá parecendo pernilongo, hein? Só faizé incomodá... 1-2-3 a gente te esopanta com citronela... rs...
ResponderExcluirRelicário, desculpe só responder seu comentário hoje, mas só agora voltei das minhas lindas férias. Agora estou tentando ler todos os comentários deixados nessas últimas duas semanas. E estou deletando os trolls. Enfim, claro que quero um guest post sobre o assunto! Pode mandar pro meu email: lolaescreva@gmail.com
ResponderExcluir(Preciso de um tempinho pra ler todos os tweets, emails, comentários etc..., mas já já volto aqui).
exceções É com cê-cedilha (ç)
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