Eu não me espanto mais com as besteiras que são ditas numa sala de aula. Mas ainda me espanto que cursinhos que preparam para o vestibular sejam a instituição de ensino que quase sempre paga melhor a seus professores. E que esses quase sempre empreguem professores homens, não mulheres. A Victoria, que tem 18 anos e é de São Paulo, capital, me chocou com a revelação de quanto ganha um professor de cursinho.
Descobri seu blog em meados de maio deste ano e, desde então, o tenho lido diariamente. Como venho de uma geração na qual a mulher é cada vez mais coisificada pela mídia, comecei a me interessar mais profundamente pelo feminismo, até que através de pesquisas achei o seu blog, o qual leio diariamente, aprendo e me divirto muito. O seu blog me dá muita força no dia-a-dia, porque eu me sinto profundamentde ofendida com a nossa sociedade machista e homofóbica.
Na escola sofria um bullying violento por gostar de heavy metal e não me encaixar nos padrões de beleza e comportamento (tenho corpo de "tábua" e sou bissexual). Neste ano entrei no cursinho, lugar que SEMPRE ouvi dizer que era frequentado por gente de todo tipo, onde os professores tinham mente aberta, etc etc. Haha, tomei um baque quando descobri a realidade: nunca vi tanta ignorância concentrada. Tenho um professor de Biologia que desde o começo do ano diz coisas machistas e homofóbicas. Algumas de suas pérolas: "TODA mulher tem que ser vaidosa e delicada para agradar o MARIDO", "Mulher OBRIGATORIAMENTE tem que casar", "Dê uma flor a uma mulher que ela te dará NO MÍNIMO um beijo", "TODA mulher gosta de brutalidade, portanto seja macho com ela". Mas no início de setembro esse "educador" soltou a maior pérola de todas, disse bem assim: "Mulher não pensa." Passaram-se uns segundos, eu já estava quase explodindo, e então ele disse "Bicha também não pensa, porque tem mente feminina." Os outros alunos da minha sala, em sua maioria, jovens ignorantes e alienados, típicos "filhinhos de papai" que não estão nem aí para nada além do número de buracos de celulite que têm nas coxas das garotas e de quant@s imbecis el@s já "pegaram" morreram de rir. Sempre é assim, e o pior é que esse maldito diz essas coisas pois de fato acredita nelas. Mas eu acho que ele não deveria dizer essas idiotices nem de brincadeira. O cara é o Rafinha Bastos da Biologia...
Não adiantou fazer nenhuma reclamação com o diretor do cursinho. Fiz até por escrito, mas não adianta. O machismo impera naquela instituição. Acredita que não há NENHUMA professora mulher? O máximo que há são mulheres no Plantão de Dúvidas, trabalhando naquela mesma salinha fechada com o mesmo salário durante anos. A diferença de salário entre um professor titular e um plantonista é ABSURDA: enquanto aquele ganha uns 48 mil reais por mês (é, quando soube desse valor também fiquei embasbacada), este ganha uns dois mil. Acredite também que os professores saem com as alunas (gurias de 17, 18 anos), e inclusive tratam as alunas de modo diferente. Várias vezes fui tirar dúvidas com um professor de Matemática que não olha nem na minha cara, já para as meninas que para ele são bonitas e gostosas, ele dá toda a atenção do mundo. Eu também pago mensalidade! E minhas notas são astronomicamente melhores do que as delas! Não é ridículo uma instituição de "ensino" cuja fama é de aprovar a maioria dos alunos na USP ser retrógrada desse jeito? Mesmo o cursinho, que tem seu foco concentrado no vestibular, deveria também ensinar os alunos a serem cidadãos. Cursinho para ser machista eu tenho todos os dias, e de graça.
Nossa, que nojo! Vou ali tentar um visto para algum país nórdico e depois passo dicas pra vcs.
ResponderExcluirGarota, que cursinho é esse? Tô azul neon de raiva. Esse professor tem que sofrer sanções, a gente pode inclusive agitar algo nas redes sociais. Quem sabe assim a escola se toca?
ResponderExcluirJesus, 48 mil reais por mês?! CARALHO! Esse é meu salário em uns 4 anos!
ResponderExcluirE, provavelmente, será meu salário em uns 4 anos pra sempre, velho.
Mas, isso não demonstra o que o Althusser já conceituava, com os Aparelhos Ideológicos?
E escola reproduz lindamente toda ideologia vigente! Você não aprende ciência, vc aprende know-how, bons tratos com o patrão, raciocínio racionalista, assimila tecnocracia etc e etc
Nossa , isso sempre acontecia em um cursinho pré-ifba que eu frequentei. Havia duas professoras, mas o resto da equipe era constituída por homens que viviam fazendo piadinhas machistas pra 'descontrair', engraçadinhos eles sabe? - ok, não. O pior é que todo mundo ria e ficava por isso mesmo. E era muito comum um certo professor de matemática de lá ficar com alunas - que tinham, pasmem, 14,15 anos, já que era o cursinho pra entrar no ensino médio.
ResponderExcluirFui assediada por um professor de biologia aos 16 anos. Ele já namorava, pasmem, uma menina de 15 anos do mesmo colégio. Foi tão bad q nem coragem de contar pros meus pais eu tive.
ResponderExcluirNota q esse prof de biologia era um psicoevo fdp q adorava falar q mulheres escolhiam seus "machos" de acordo com a grana, pois isso era assim desde os tempos da caverna e bla bla. Então sério, se for pra agitar algo cotra esse fdp eu encabeço. 10 anos de raiva canalizada
No cursinho que eu fazia (Objetivo Av. Paulista) as professoras também eram minoria. Acho que tinha umas 4 ou 5. E pelo o que eu ouvia os professores ganhavam esses salários astronômicos mesmo...
ResponderExcluirTinha um professor em particular, obviamente não vou citar o nome, que fazia piadas com teor sexual durante a aula inteira e, como se não fosse suficiente, também dizia babaquices como essas citadas no post.
Cursinho já é um porre, um estresse tremendo e alguns professores parecem que gostam de piorar ainda mais a coisa.
Boa sorte
Ja vi uma conversa assim:
ResponderExcluir- Contratei ela para provar que uma mulher da conta, mas eu tava errado. :(
Nossa to roxa aqui querendo ir nesse cursinho para brigar!
ResponderExcluirColoca o nome do local, propaganda negativa ajuda contra essas boçalidades!
Que vergonha desse biólogo, vergonha de ter um homem desses na minha área.
Lola, sei que não tem nada a ver com o post, mas já viu a nova do Silvio Koerich?
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=PM1gjgNLogg
É uma pena que ele tenha que ter mexido com a toda poderosa UnB para que algo fosse feito, mas, né, se algo for feito já é alguma coisa :)
Ah, e a maioria sempre fazia análises profundas sobre os cursos oferecidos, tipo ' menino que faz tal curso é viadinho( geralmente ele se referiam ao curso de análise química, onde a maioria dos alunos, são alunas), e desanconselhavam meninas a cursar eletrotécnica, mecânica, automação e.. praticamente todos os cursos, por exigir muito de exatas( meninas não são boas em matemática e física, sabe? -n) . Já dava pra sentir o preconceito nas profissões técnicas antes mesmo de exercer a profissão.
ResponderExcluirJá passei por isso na faculdade e no cursinho vestibular.
ResponderExcluirChegava a faltar as aulas de física no cursinho, porque o professor dizia que mulher de cara feia não prestava, e eu estava sempre de cara fechada pra ele. O incrível, é que só ele era assim, os outros professores eram ótimos.
Eu estudava em um cursinho popular, e mesmo nele, só havia uma mulher como professora e de biologia, vejam só.
Na faculdade, meu professor de Cálculo, era um machista sem tamanho. Além de falar com teor sexual ao explicar o 'por no grafíco', falava das qualidades físicas das poucas meninas que faziam o curso e pasmem, ainda elegia a musa do curso. Sempre era uma oriental, porque assim ele gostava.
Nessas, nós meninas, 8 para ser exata. Nos juntamos, fizemos uma eleição, colocamos o menino mais feio como o muso da sala, e demos o mesmo tratamento vulgar aos outros da sala.Pregamos a eleição, em toda a faculdade. As brincadeiras foram direcionadas aos meninos durante muito tempo. E os chamamos de miss, miss simpatia, miss elegância, miss sorriso e o título de consolação gato do semestre.
O mais engraçado é que o garoto Muso, adotou o apelido pra sempre, tadinho, sofreu bullying sem ter culpa de nada e acabou transformando isso em sua marca.Sempre se gabava de ser o muso.
Mas o professor não parou, uma garota, nome Gabriela, sofreu com o 'Gabriela Cravo e Canela', e o fato de ser morena só piorou pois falavam 'da cor do pecado'. Nesse dia eu me indignei de tal forma que me levantei para defendê-la. Virou uma sessão de sexo, pois ficavam falando de tocar a garota, a pele macia e afins. Levantei e falei que assim já era demais, o constrangimento havia passado dos limites fazia tempo. O pior é que a maioria do meninos da mesma idade não falava nada, mas os mais velhos, ficavam incitando o assunto sexual e achando um absurdo eu querer que parasse.
Todas nós ficávamos constrangidas.
Esse professor, acabou saindo da faculdade, mas não por assédio, e sim porque chega atrasado e faltava muitas aulas.
Triste história.
Que loucura! Quando eu fiz cursinho pra segunda etapa do vestibular da UFMG era bem diferente, tinha professores homens e mulheres, héteros e homos. Não me lembro de ter presenciado nada parecido com isso. Claro que eu não tive uma visão global da instituição pq só tinha aula com professsores da área de Humanas (para as provas específicas do curso de Letras), mas minha experiência lá foi boa. E COM CERTEZA eles não ganhavam nem um décimo desse salário absurdo. Era um cursinho mais popular, não tinha muito filhinho de papai.
ResponderExcluirTive um professor que dizia:
ResponderExcluir"Enquanto nós ficamos rindo das nossas piadas machistas, as mulheres estão estudando mais e, cada vez mais, rindo de nós e não das nossas piadas".
Há mais de dez anos atrás frequentei um dos maiores cursinhos aqui de Porto Alegre e lembro de vários professores que apelavam para piadinhas de mau-gosto, o pior é que, na época, eu, que era bem menos consciente, achava tudo o máximo. Alguns eram mais light, mas outros... O professor de Literatura ensinava como embebedar uma guria para "comê-la" (alô, Daniel!) Um dos de geografia era nojento, e o engraçado é que um dos de química é que causava asco nas minhas colegas, fazendo as mesmas piadas ou mais amenas, preciso mencionar quem era o negro e quem era o branco na história? Aliás, e com isso eu cheguei a ficar chocada na época, minhas coleguinhas davam um show de preconceitos de todos os tipos (uma dizia que não deixava a irmãzinha de uns 5 anos abraçá-la nem beijá-la muito para que não virasse lésbica quando crescesse), por isso que eu não acredito muito em expor ou boicotar esses professores - eles estão exatamente de acordo com o que a "plateia" quer. E é bem isso que os alunos se tornam, plateia para palhacinhos, e o pior é que isso afeta mesmo os estudos, o aluno acha que as piadas vão fazê-lo lembrar da matéria e, no fim, sobram as piadas na memória. Não que eu seja contra o humor no ensino, muito pelo contrário, mas era exagerado mesmo. E como as piadas preferidas são as preconceituosas... Pouc@s escapavam desse esquema, como, surpresa, as professoras de português e geografia.
ResponderExcluirSempre o mesmo papo. A mulher é sempre uma vítima. Os cursinhos tem poucas professoras mulheres por elas não serem contratadas e não por não conquistarem um lugar. Que saco este feminismo que coloca a mulher como uma coitadinha, sempre vítima dos homens. Que saco!
ResponderExcluirPor que você não grava com uma câmera escondida e põe no youtube pra todo mundo ver?
ResponderExcluirIh gente, a personagem da novela das 7, a Maruska, tá dando pitaco aqui no blog! Não é pouco atazanar o seu ex-marido e a namorada dele não? Vai passar mais creme bronzeador, vai.
ResponderExcluirPor qual motivo as mulheres não abrem um cursinho só com professoras ( mulheres) . Há alguém impedindo que isto seja feito? Não . Mas é mais fácil culpar os donos de cursinhos . Eles é que não contratam as pobres mulheres. Vamos fazer uso do senso crítico!
ResponderExcluirFazer uso do senso crítico em relação a nós mesmas e não só em relação aos homens!
ResponderExcluirMarussia, eu não acho que essas mulheres estão se vitimizando. Elas estão apenas dividindo as experiencias delas.
ResponderExcluirSerá que você nunca teve que lidar com um homem ou mulher machista?
Será que você nunca teve sua capacidade contestada pelo simples fato de ser mulher?
Será que voce nunca teve que lidar com piadinhas ou esteriótipos machistas?
Ô moça, vc não acha que abrir um cursinho só de professoras mulheres porque os homens não as contratam seria: 1- a prova mais que evidente que temos uma baita discriminação ae, q força esse tipo de situação; 2- responder com mais discriminação, criando um mecanismo de exclusão contra os homens (q não dariam aulas no cursinho)adotando justamente a postura que criticamos. Pq assim, sou a favor da auto avaliação e questionamento sempre, mas q dados nós mulheres temos para justificar essa postura dos cursinhos? Tem menos mulheres se formando na área? o rendimento é ruim? cadê as estatísticas concretas, cadê os motivos? Pq o q eu vejo é esse pessoal se apoiando estritamente no senso comum, e senso comum é simplesmente o que discutimos aqui. O que aliás é uma grande forma de usar o senso crítico contra nós mesmas, já q fomos criadas para acreditar q tá td bem assim, e não o fazemos
ResponderExcluirEu não apenas fui aluna de cursinho pré-vestibular, como professora, por 4 anos. Amo dar aula, adoraria voltar para a sala de aula, mas não tenho vontade nenhuma de voltar para os cursinhos. Realmente, o ambiente é machista, é homofóbico e, na maioria das vezes, é isso que diretoria e alunos querem. O importante é prender a atenção do aluno e fazer com que ele entre em uma universidade. Não há preocupação nenhuma com a formação pessoal dos adolescentes ali. Aliás, parte-se do pressuposto que, por já terem saído da escola, o professor não precisa se preocupar com isso, porque os jovens "aguentam a barra". Ou seja, quanto mais "polêmico", melhor (polêmico sendo eufemismo para preconceituoso e conservador), mais chama a atenção, consequentemente, mais os alunos "aprendem", tudo entre aspas, pra deixar claro que discordo completamente. Aliás, um dos motivos pra não querer voltar a dar aulas em cursinho é que é impossível ensinar algo no ambiente, no tempo e da forma que as escolas trabalham.
ResponderExcluirIsso explica a predileção por "piadistas". Não sou contra piada em sala de aula, não mesmo. Eu também recorria a comentários divertidos, chama a atenção da turma e, se existe relação com o assunto, cria a conexão que, muitas vezes, o aluno precisa pra compreender. Mas pra mim é óbvio que a gente deve apelar para o humor como uma estratégia de educação, num contexto específico de ensino. E nunca, nunca mesmo, pra depreciar quem quer que seja. Até porque salas de aula são ambientes diversos, com todo tipo de gente, e, como educadores (e seres humanos, acho) temos que respeitar todos da mesma forma.
O problema é que muitos professores de pré-vestibular não são educadores, ouso dizer que a maioria não tem formação para sala de aula. Isso porque, segundo a nossa Lei, pra ser professor de curso livre (onde pré-vestibulares se enquadram) não é necessário ser licenciado. Aliás, qualquer pessoa com curso superior pode ser professor de cursinho. E, por mais que o bom senso devesse imperar, não me surpreende que muitos não tenham o menor tato pra tatar certos assuntos em sala de aula, e nem que haja discriminação e falta de respeito. Até porque "domínio de classe" é, muitas vezes, confundido com opressão na sala de aula. E também não me surpreende que as diretorias de cursinhos não se importem nem um pouco com as críticas dos alunos. A maioria trata o curso como "negócio", pura e simplesmente. Não que não seja; porém, as prioridades deviam ser outras quando falamos de educação. Mas não são, o lucro está acima do resto.
Depois que ouvi um colega "professor" discutindo O Segredo de Brokeback Moutain com um aluno, e dizendo que gays não devem ter os mesmos direitos dos hetero, nunca, sendo esse ex-colega um estudante de Direito... Eu fiquei feliz que aquele era meu último dia ali. De verdade. Tudo que eu tentava construir com meus alunos em sala de aula, era demolizado pelos meus colegas. Frustrante.
PS: ah, e 48mil era o que eu faria em dois anos, dando aula nos últimos cursinhos que trabalhei! Tá louco! Mas não duvido que haja mesmo quem ganhe isso tudo, principalmente em grandes centros como Rio e São Paulo.
Criar um cursinho só de mulheres?
ResponderExcluirDepois poderemos criar escolas só de homossexuais!! O que vc acha?! Não é uma boa ideia?!
Victoria,eu passei pela mesmissima coisa que vc!Meus profs de biologia tbm eram uns filhos da puta!Um deles até ensinava psicologia evolucionista quando não tava fazendo suas piadinhas idiotas!E tbm só tinha homem lá,a unica professora mulher que tinha era a de redação e era a tarde as aulas dela.
ResponderExcluirTeve um professor de portugues que disse que não dava para confiar nas mulheres,afinal,"como confiar num bicho que sangra todo mês e não morre?"Isso mesmo,ele nos chamou de bicho!Acho até que quando eles entram na sala de aula passam a enxergar somente os meninos,não as meninas,como alguem pode ter coragem de fazer uma "piada" dessas e ainda olhar nos olhos das alunas como quem EXIGE um risinho de aprovação???
Vish,vou começar minha faculdade dia 6 de fevereiro,to até com medo do que vou encontrar,no cursinho eu só tive q aguentar um ano e poderia sair quando quisesse,mas e a faculdade?Serio mesmo que vou ter que aguentar durante 4 anos umas piadinhas idiotas,preconceituosas e opressoras contra meu genero numa sala de aula cheia de playboys???Realmente,são sei se terei mais paciencia.
Quem ta aí falando"To bege,não acredito nesse professor"Isso é o que mais tem!Em cursinho e em faculdade.Cursinho eu sei pq passei por isso no Objetivo,faculdade,já ouv muita historia tensa.E quem denuncia o professor sai com cara de encrenqueira,mal-humorada e não acontece nada com o professor,na real,ele pode até te marcar.
ResponderExcluirAcho que professores são maioria nos cursinhos, mesmo, mas nem sempre as professoras agem de forma diferente, tá? Ou porque são machistas mesmo, ou por uma necessidade de aprovação dos alunos e da direção, muitas professoras fazem o mesmo tipo. Mas como sempre são minoria (até hoje nunca vi um cursinho com maioria de professoras, sendo que, na formação de Licenciaturas, mulheres são a maioria), professoras "engraçadinhas" são menos lembradas. Ainda bem, pra falar a verdade.
ResponderExcluirSobre o assunto, concordo com o que a Lorena disse. Também sou professora e a onda atual é valorizar professores que "dominam" a atençao dos alunos, não importa qual o meio, afinal, os alunos são insentos de culpa quando não aprendem, a culpa sempre é do professor, que precisa mais é ser um "astro que um educador. E se é uma professora então, um : " Ah, lá vai aquela chata da " Dona Fulana" cobrar a gente novamente..." é o comentário mais comum dos alunos.
ResponderExcluirJá ouvi muitas reclamações de professores de cursinho, mas nunca algo tão grave! Acho que o nome do cursinho e o nome do professor deveriam ser divulgados sim e cair na rede! Duvido que assim a direção não faz algo!
ResponderExcluirNão vejo qual objetivo concreto o texto vai alcançar sem que a aluna cite pelo menos o nome do tal cursinho. E se não há professoras e apenas professores das duas uma:
ResponderExcluir1. mulheres não se candidatam ao cargo de prof. no tal cursinho;
2. mulheres se candidatam, são desconsideradas e não têm voz ativa pra defenderem seus direitos.
No segundo caso, se for esse o caso, são mulheres fracas pois quem se candidata pra dar aula em cursinho tem que ter boa escolaridade e idade suficiente pra saber defender seus direitos; se não o fazem algo muito sério está acontecendo com essas gajas.
Aos 28 anos minha prima já lecionava num dos cursinhos de mais alto gabarito em São Paulo, na época.
Flasht, seu comentário tava indo muito bem e muito bom até vc arrematar com a última sentença... je suis desolée...
ResponderExcluirFlasht, sobre mulheres e vestibulares: aos 18 anos fui aprovada em um curso de humanas (comunicação social) com concorrência de 63 alunos por vaga. Os cursos de exatas mais tradicionais, como engenharia, na época tinham concorrência de 30 por vaga. Não sei se vc já prestou algum vestibular em universidade pública (pelo seu comentário, parece que não) mas elas cobram todas as disciplinas na prova. A q fui aprovada, a Unicamp, inclusive, cobra todas as disciplinas nas duas fases. E uma das minhas prioritárias foi matemática. Então é muito difícil um aluno ser aprovado, em qlqr curso, dominando apenas uma área de conhecimento.
ResponderExcluirMinha turma tinha uma proporção bem equilibrada de homens e mulheres, o q mostra q ser aprovado nas provas não é um problema específico de nenhum dos dois sexos.
Essa história de mulher ser pior em matemática é mito. Eu mesma, aos 14 anos, fui a medalha de prata na olimpíada estadual de matemática da usp. Na foto da premiação, mas uma vez, a proporção entre meninos e meninas é bem equilibrada. Pq não quis seguir na área? Detestava a disciplina, ia bem pq sempre gostei de estudar mas não me imaginava fazendo algo relacionado na vida. O q acontece (e tem estudos sérios sobre isso na área de psicologia e cognição, procura q é legal) é que a criação feminina acaba direcionando mulheres pra cursos de humanas. A gente não nasce com a profissão inscrita nos genes, felizmente.
Hj no mestrado direcionei para tecnologia e estou trabalhando com uma equipe de professores de exatas. Está sendo ótimo, com a tendência de convergência de áreas é cada vez mais comum que as coisas se misturem. Minha profissão mesmo é bem assim: trabalho em uma redação de economia, algo bem ligado à exatas.
Esses cursinhos tem resultados pq "treinam" as pessoas pra vestibular, decoreba de conteúdo e tal. Eficaz é, mas não é educativo. E na boa, não precisa de nada disso pra funcionar: meu colégio técnico era bem humanista e tinha altos índices de aprovação. E cada vez mais essas picuinhas entre areas ficam sem lugar no meio acadêmico.
FlashT e LisAnd...
ResponderExcluirEntão toda proposta tecnocrática da própria instituição não é já um pressuposto para não haver mulheres por lá?
É como dizer que não há número considerado de mulheres no cargo X, simplesmente por falta de empenho. Culpar o indivíduo e se retirar de qualquer tipo de responsabilidade - só falta dizer que biologicamente determinado, aí a coisa fica mais feia ainda.
Não haver número significativo mulheres dando aulas em cursinho e universidades (o que também é fato - o número de professores homens é maior proporcionalmente nas universidades do que no ensino médio ou fundamental) não é um evento isolado, é social. Não é uma questão meritocrática. Levando essa lógica adiante, o mesmo deve ser aplicado a negros, por exemplo (o que é uma dissonância cognitiva das altas).
O fato de, em geral, mulheres não entrarem no mercado de trabalho em determinados cargos naõ está só ligado à educação, mas também aos pressupostos de personalidade que a separação de gênero traz consigo. Só pra ser pop no exemplo, é como dizer que mulher não "aguenta o tranco" e, por consequência, exigir uma provação, entretanto, essa provação só acontece quando os pressuposto de personalidade masculinos (e já aprovados de antemão) são expressados. Ou seja, para uma mulher entrar no mercado de trabalho em determinados cargos e não sofrer de nenhum tipo de preconceito por isso, ela precisa ser homem. ----> eu creio que esse é o ponto em comum da discussão.
Na escola, não são só os professores homens que ensinam machismo pros alunos. Isso é característica da própria instituição, os professores em geral precisam ter esses pressupostos para serem aprovados nas entrevistas e etc (caso não tenham, sem problemas, o programa de aulas ajuda dando uma mãozinha)
"No segundo caso, se for esse o caso, são mulheres fracas pois quem se candidata pra dar aula em cursinho tem que ter boa escolaridade e idade suficiente pra saber defender seus direitos; se não o fazem algo muito sério está acontecendo com essas gajas. "
ResponderExcluirIsso mesmo! A culpa é delas, não do seu machismo!
cabanadeinverno, sugiro que a gente pinte o rosto, arrume uns escudos de madeira e vá pra batalha, que tal? Risos
ResponderExcluirConcordo com quase tudo que você disse, Victoria. Fiquei pasma! Só que me senti um pouco ofendida também... Posso ter interpretado errado, mas quando leio meninas dizendo que não se encaixam no padrão de beleza, são "tábuas" e no entanto são inteligentíssimas, o que me ocorre é que mulheres que se encaixam nos padrões de beleza necessariamente são fúteis e vazias por dentro.
ResponderExcluirNa minha adolescência, eu era muito magra e muito baixinha, aos 16, 17 anos aparentava 12 ou 13. E, paralelamente a isso, sempre fui muito estudiosa e sempre tive notas altíssimas. No entanto, com o tempo, meu corpo de desenvolveu e hoje em dia tenho quadris largos, curvas e bumbum grande. Nunca malhei, nunca me preocupei com beleza física: meu corpo apenas é deste jeito. Continuo muito estudiosa, tenho um excelente emprego e sou muito profissional.
Acho triste este julgamento que sempre se faz da mulher: se tem "corpo" ou é bonita, necessariamente é burra e fútil...
FlasT, vc é burro?
ResponderExcluirSério, já há umas 300 explicações históricas em quase todos os posts desse blog que, se vc pensar um pouco, já percebe o pq de uma mulher não ter pisado na lua na década de 60.
Emma, passo por isso tb, aliado ao meu modo de vestir bem "mulherzinha" inclusive. Tem uma música de uma artista q eu amo, a Emilie Autumn, que fala sobre preconceito contra mulhres bonitas, olha a letra que demais: http://letras.terra.com.br/emilie-autumn/920431/traducao.html
ResponderExcluirClaro, só pra registar.
ResponderExcluirNo meu comentário eu não defendo nenhuma das personalidades pressupostas pra cada gênero. Muito menos a simples/reducionista "liberdade" de ser como quiser ser.
Cara, td bem q sou mulher logo burra (risos) mas tô realmente tendo que me esforçar pra entender quando o assunto chegou na lua... e quando foi mencionado que mulheres gostam desse "treinamento". Eu particularmente achava o cursinho uma idiotice tremenda q infantilizava os alunos pra ensinar (inclusive os homens, pq parecia q eles só aprenderiam se alguém enfiasse "bunda" ou "peitos" no meio das fórmulas), só fiz pq ganhei 100% de desconto em um concurso de bolsas e qdo foi pra estudar serio mesmo estudei sozinha em casa. Alguém aqui curtiu e tal?
ResponderExcluirMeninas,
ResponderExcluirSério que vocês estão argumentando com o Flasht?
A menos que vocês estejam fazendo isso para se divertir, não percam seu tempo. Afinal, é o Flasht...
Denise, é q eu tenho fé nas pessoas
ResponderExcluir(hihihihi)
Sempre estudei em escolas particulares e com a chegada ao ensino médio percebi que os professores são bem descontraídos. Na maioria das vezes, os profs de ensino médio lecionam também em cursinho e nos tratam de igual pra igual, nos consideram jovens maduros em preparo para a "vida real". Ou pelo menos EU sempre fui tratada assim...
ResponderExcluirOs mestres fazem piadas, trocadilhos, ostentam conversações a respeito da balada do fim de semana com os alunos, e isso é absolutamente normal. Só que em meio a tanta liberdade, vem sempre à tona o verdadeiro perfil dos professores (e dos alunos). Os professores mais queridos pela turma, nos meus segundo e terceiro anos, foram sempre os mais piadistas - que eram verdadeiros Rafinhas. Geralmente os professores de química, física ou matemática, reparei eram os alimentadores da ideologia mascu. Vai ver que é por isso que nunca tolerei as exatas.
Caras que se achavam os descolados, que adentravam a sala sob uma chuva de "oohs", como se todos se curvassem perante sua imagem; homens que 'votimeia lançavam à classe uma piada machista, reduzindo a imagem feminina a merda. Depois disso, todos eles declaravam "Ei, é brincadeirinha, mulherada" mas já emendavam com outro comentário machista, ou até mesmo era um aluno que emendava e seguia-se a matéria.
Trágico era ver que as mulheres da sala TAMBÉM riam-se todas e achavam esses mascus o máximo, comprovando o argumento mascu que tenatamos derrubar: "Mulher adora um macho!".
Não vou dizer que eu nunca ria, não vou mentir. Tem certas piadas que trançam tão bem os clichês de 'bicha', de loira, de corinthiano que elas até conseguem me roubar uma gargalhada. Agora, EU entendo que é um clichê, não uma regra real e aplicável.. Mas e os outros?
Ano passado, no terceiro ano, tive um professor de física que era o máximo! Ele fazia piada de corinthiano, porque ele era são-paulino, era um dos queridinhos da turma. E meu também. E numa aula de calorimetria ele soltou a pérola...
A respeito de uma lei que levava o nome de um cara, ele disse que era a única lei da física elaborada por uma mulher, mas que levava o nome do marido por causa do pensamento machista, porque mulheres não podiam ser cientistas na época. Daí ele disse que só tinha sido de responsabilidade de uma mulher porque era um fenômeno observado na cozinha. A mulecada riiiiu, claro; as meninas torceram o nariz, claro e eu o fuzilei com o olhar. Ele olhou pra mim, acho que entendeu minha decepção e se explicou. "Eu falo isso, né... Viu, Calíope, você que tá com essa cara aí. Porque de fato naquela época as mulheres sofriam com esse preconceito, os laboratórios de ciência eram 'fechados', vamos dizer assim, para as mulheres.. E essa aí, a esposa do [nome do cara, que eu esqueci] é um exemplo de brilho ofuscado. Porque mesmo sem ter contato com as novas descobertas, sem poder participar, né, dos.. dos congressos, das reuniões de cientistas; ela usava do que tinha, ela pensava em física no seu cotidiano - que era a cozinha. Então, não sou eu quem estou falando, não falei pra zoar com a mulher, mas porque é verdade isso aí! As mulheres foram muito desfavorecidas pela sociedade, mesmo sendo, intelectualmente, igualmente capacitadas em relação aos homens. Hoje nós temos aí brilhantes cientistas mulheres e muitos desenvolvimentos da física devemos a elas. Os menino dão risada aí, mas... É porque eles não sabem o que isso significa, o preconceito. [ele se voltou pra sala] Então, meninas, orgulhem-se de dizer que ela descobriu na cozinha a lei, porque vocês não precisam de lugar estratégico pra pensar nas coisas, as mulheres são assim: cuidam das crianças e não esquecem da janta" Os meninos riram, abafando a conclusão, mas eu entendi que o que ele quis dizer foi que, mesmo que uma mulher esteja ocupada demais desarmando uma bomba relógio em um foguete, elá não se esquecerá de dar uma olhada de vez em quando nos controles da nave. Só ainda não tivemos a oportunidade. E sim, esse professor é um ídolo pra mim.
Oi Victoria querida, bem vinda ao club, apesar de vc ser tão nova, eu aposto q essa não foi a primeira vez q vc teve q passar por uma situação em q o machismo mostrou suas garras pra vc, afinal ele mostra pra todas nós mulheres, e olha dependendo da carreira q vc for escolher pode ser pior ainda, mas seja La o que for que vc decidir pra sua vida Victoria vá em frente, não se deixe abater, cada vez mais tenho orgulho de ser mulher, ainda mais quando vejo exemplos iguais ao seu.
ResponderExcluirVc me lembra minha filha mais velha, q escolheu ser engenheira, é chocante o que ela me conta sobre como é tratada no seu trabalho, percebo que ela tem que estar sempre se superando pra mostrar seu valor no meio de tantos homens, pois eles prevalecem no ambiente de trabalho dela.
Da última vez q falei com ela, ela chegou a me dizer, que em ocasiões em que ela tem que lidar com maquinaria pesada, e abrir válvulas muito grandes e seus colegas de trabalho ficam rindo dela, até que ela se esgote, ai dizem pra ela que aquele trabalho é pra raças superiores não para mulheres, sem contar os comentários machistas que ela é obrigada a escutar sem reclamar, mas ela não desiste e continua se aperfeiçoando e espera um dia ter o cargo de líder desses mesmos machistas q agora a oprimem, e olhe por tudo que ela já realizou eu não duvido que um dia vá conseguir.
Boa Sorte pra vc e mostre pra essa gente machista do que vc é capaz.
Beatriz,
ResponderExcluirrespondendo a sua pergunta, o cursinho foi importante pra mim, porque usei esse um ano a mais pra aprender o que não tinha conseguido/tido a oportunidade de aprender no Ensino Médio. Mas eu só consegui aprender mta coisa porque corri atrás, inclusive dos professores e de monitorias, pra tirar minhas dúvidas (coisa que seria impossível estudando só em casa). Fora que ajudava a manter a disciplina do estudo.
Mas como professora de cursinho, eu digo pra você, é frustrante na maior parte das vezes. Pelo menos pra mim, era. Eu via um monte de alunos que não sabiam do que eu estava falando, não faziam ideia, queriam perguntar, tirar suas dúvidas, mas eu não tinha tempo hábil pra isso. Imagina, dou aulas de Biologia, uma disciplina super-densa, com muito conteúdo. E ter que dar três anos de conteúdo em um ano só, às vezes seis meses (em cursos condensados), é MUITO difícil, muito complicado, e eu não gosto. Não dá pra ensinar, só marretar. A não ser que o aluno te procure em horário alternativo pra tirar dúvidas, procure monitorias, faça grupos de estudo, acho mto complicado.
A verdade é que o professor tem que partir do pressuposto que o aluno já sabe o conteúdo, e vai só revisar... Mas a realidade é que muitas das vezes ele não sabe. E assistindo apenas as aulas do cursinho, ele não tem a oportunidade de aprender.
Então Lorena, gostei muito dos seus comentários e td pq concordo com vc: é marretada, a gente não tem conteúdo muito bem trabalhado em cursinho (e acho inclusive pior com biologia, pq acaba ficando muitas vezes na decoreba de nomes). Eu lamento q boas professoras como vc não consigam ficar dentro do sistema pela forma como ele corre. É triste mesmo.
ResponderExcluirObrigada, Beatriz. :)
ResponderExcluirE, sendo muito sincera, acho que os professores que conseguem se manter no sistema dos cursinhos, ou que gostam(pq ha os que não gostam, mas ficam, porque sabemos que, na realidade da educação brasileira, ganhar 48mil reais como professor é tentador), são os que não se importam com o aprendizado do aluno, apenas com o nome dele na lista de aprovados no vestibular. Pena o aluno, não como indivíduo em formação (que sempre estamos), mas como mais um número na estatística. E se esforça APENAS pra dizer ao menino o que ele precisa pra passar no vestibular, sem se preocupar com a aprendizagem.
PÔO Marussia sempre gostei dos seus comentários mas dessa vez sem chance, vc acha q fingir que não existe machismo vai fazer com que ele desapareça da vida das mulheres? Que não vamos mais sentir seus efeitos em nossas vidas, que que é isso companheira???
ResponderExcluirContinuando...
ResponderExcluirEu, como professora, não me encaixo nesse perfil. Então acho que só voltaria às salas de cursinho como última alternativa.
O Dr. Viktor Frankl (1905-1997) foi um psiquiatra austríaco que passou alguns anos de sua vida em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Ele perdeu seus pais e sua esposa para a Alemanha Nazista. Sua chance de sair vivo dos campos era de 1 em 29. Ainda assim, ele conseguiu transformar esta imensa tragédia pessoal numa grande realização humana, e ao associar um significado, um propósito maior a seu sofrimento, ele encontrou forças para resistir à extrema crueldade à qual foi submetido. Após a guerra, ele publicou o livro "Em Busca de Sentido", no qual relata sua experiência e descreve os fundamentos de um dos métodos terapêuticos mais importantes da psiquiatria, chamado "logoterapia".
ResponderExcluirDesespero = sofrimento sem significado
http://www.youtube.com/watch?v=AbhAuFxkX3w&feature=related
Eu estou muito constrangido...
ResponderExcluirR$48 mil é pouco, tem professor de cursinho que ganha ao redor de 100 mil reais por mês...
ResponderExcluirFico dente quando leio uma coisa assim. Tb já fiz cursinho e sei que tudo o que ela fala é verdade.
ResponderExcluirIndignada, mas nem tão surpresa, infelizmente. Só uma sugestão: mude de cursinho. Esse daí não é o único que existe. Eu comecei em um assim, mudei pra outro com várias professoras mulheres e poucos professores idiotas, economizei uma puta grana (ele não era mto valorizado...) e deu certo, já me formei e ficou td bem. Aprendizado de verdade a gente tem na escola, que tem plano de ensino, professor preocupado com a construção do conhecimento (pelo menos em algumas). O cursinho é mais um estimulo pra estudar todo dia, além de perpetuar esse mercado do vestibular.
ResponderExcluirJesus, 48 mil reais por mês?! CARALHO! +1
ResponderExcluirPuta que pariu!
Mas enfim, nossa, isso é verdade. Na escola a gente se deparar com muita coisa, mesmo. Curioso é que um professor MUITO legal meu, de Biologia, soltou uma pérola assim no ápice do caso do Goleiro Bruno com a Elisa: "Caramba, ela o seduziu, ela engravidou... a culpa não é dele..."
Me decepcionei demais!
Na Idade Média, quando o açúcar era um artigo raro e luxuoso, as cenouras eram frequentemente utilizadas em bolos e sobremesas devido ao seu alto conteúdo de açúcar. Na Grã Bretanha, os carrot puddings começaram a aparecer em livros de receitas já nos sécs. XVIII e XIX, e o uso das cenouras em sobremesas foi reavivado durante a 2ª Guerra Mundial, quando os suprimentos de açúcar se tornaram escassos.
ResponderExcluirNesses séculos, o mesmo autor cita que os bolos preparados com raízes cruas eram comuns, e além da cenoura, a batata, a beterraba e duas outras raízes que não temos aqui - parsnip (Pastinaca sativa, "uma cenoura pálida") e turnip (Brassica rapa L., uma espécie de nabo) também eram utilizados, mas, de todos essas raízes, com certeza a cenoura é a representante que sobreviveu bravamente aos tempos. Certamente, esse bolos que ele cita eram bolos bastante pesados, bem ao estilo Europeu.
Bolo de Cenoura = Café da tarde gostoso.
http://www.youtube.com/watch?v=iaazg4_evLk
Curso de humanas não precisa pensar hehehehehehehehehehe
ResponderExcluirMORRI.
Certa vez, conversando com meu pai, ele dizia como algumas atividades são julgadas "mais femininas" por não serem consideradas tão rentáveis, mas a partir do momento em que passa a ser comercialmente viável, os homens começam a exercê-las. Exemplos:
ResponderExcluir- Raramente se vê homens fazendo tricô ou crochê, no entanto no interior de SP existe uma cidade em que homens praticam esta atividade comercialmente.
- Cozinhar, tradicionalmente, nos lares, era função das mulheres. Nos restaurantes, porém, se encontram também vários cozinheiros ou "chefs" homens.
- No Brasil há um certo equilíbrio de gêneros no curso de química. Uma vez questionei um químico alemão por em seu país haver uma concentração maior de homens no curso, ao que ele me respondeu que química é uma atividade que gera muito lucro... ok, no Brasil os engenheiros químicos dominam o mercado (diferentemente da Alemanha).
- A proporção de mulheres na medicina vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. Um artigo publicado no Herald Tribune chega a questionar se "a feminilização da medicina levará à perda de renda e status" e a dizer que "Especialistas suspeitam que os homens sejam atraídos para os campos que pagam mais, como a engenharia da computação, que exige menos treinamento.". O artigo pode ser encontrado aqui:
http://www.nytimes.com/2011/03/08/world/europe/08iht-ffdocs08.html?pagewanted=all
e sua tradução neste blog:
http://asintese.blogspot.com/2011/03/mulheres-mudam-o-rosto-da-medicina.html
- Ah, e só para concluir, tive um colega que estava começando sua carreira em cursinhos pré vestibulares e, segundo soube, é uma rede um tanto fechada, o professor começa dando aulas no ensino básico/médio e em cursinhos menores para aos poucos fazer seu nome (e ter suas indicações), se tornando um "show professor" (agora forcei a barra, né?!) e chegar a estes salários astronômicos.
cabanadeinverno, HAHAHAHAHAHAHAHAHA!
ResponderExcluirPardal, pois é, mas muita gente ainda insiste que tudo não passa de coincidência, que as mulheres simplesmente preferem profissões não tão bem remuneradas.
Quando fiz cursinho pré-vestibular também fui obrigada a engolir "piadinhas" machistas, homofóbicas etc.
ResponderExcluirMas tudo era com a desculpa de "facilitar o apredizado" e aliviar a ansiedade dos vestibulandos. Quem contestasse certamente seria taxado de careta (vejam só!), mal humorado. Hoje possivelmente seria rotulado como "politicamente correto" (porque, né, tá na moda usar isso como xingamento).
Ah, claro que eles nem se arriscavam em fazer piadas racistas. Sabiam bem das consequências e que a reação dos alunos seria imediata.
Hipocrisia pura.
Tive de ouvir também professor jogando indiretas para alunas, que muitas vezes ficavam constrangidas mas não falavam e nem faziam nada.
Mas pesado mesmo era o que eu escutava no ensino fundamental. Tive uma professora que repetia a todo momento "meninos são bons em matemática, meninas em português. Portanto garotas, não se frustrem se suas notas forem mais baixas do que a dos garotos".
Na aula de sexo e sexualidade. descrevia a relação homossexual como algo sujo, anormal e condenava de forma velada o sexo fora do casamento (principalmente para mulheres).
Além de tudo isso, passava muita informação errada. Sempre gostei de ler e minha mãe nunca foi de fazer rodeios quando o assunto era sexualidade, então eu percebia facilmente as furadas.
Professores mal informados ou que não sabem separar suas convicções pessoais da matéria que precisa ser lecionada prejudicam seriamente o aluno. Acabam reforçando o preconceito e a intolerância (o conteúdo se torna secundário) que as crianças e os adolescentes já vivenciam dentro de casa.
Difícil alguém não se tornar preconceituso quando ouve na escola, no cursinho, na Igreja e na convivência familiar sempre o mesmo discurso de intolerância.
É algo que merece ser combatido.
Quando você paga uma instituição dessa por vontade própria de uma certa forma você corrobora com isso.
ResponderExcluirEu Estudei em um cursinho e no ensino médio no Objetivo em Rio Claro, lá tinham vários professores e professoras, era bem misto.
ResponderExcluirEu tinha um professor de química muito bom, mas um babaca. Tinha um casal, professor de matemática, professora de biologia, e eles se zoavam mutuamente. Ele fazia piadinhas machistas e ela como se fosse a "dona" dele.
Sabíamos que era brincadeira.
Nunca imaginei que ganhassem tanto.
Na faculdade foi pior. Tinham 4 meninas para 80 meninos e UMA ÚNICA professora...
Aline
Eu já ouvi coisas TENEBROSAS no cursinho que estudei. Vou citar nome porque não tenho medo de sanção: Ponto de Ensino, no Rio de Janeiro. Os professores pegavam alunas sem medo. Uma engravidou do professor. Eu nunca vi um lugar tão podre quanto o cursinho!!! Os homens que estudam nesses lugares são aprendizes de estupradores.
ResponderExcluirEu sempre fui reclusa por lá, não tinha amizades com alunos muito menos com professores. Um belo dia eu dormi na sala de aula e um professor engraçadinho resolveu me acordar com um beijo na nuca!!! Se eu não tivesse feito um escândalo nada teria acontecido. E as outras alunas não acharam nada demais, que eu estava exagerando de reclamar. Ele foi transferido de unidade, se eu soubesse teria feito B.O.. Mas eu era nova e boba!!!
É uma idiotice completa mesmo...
nojo desse professorzinho de merda.
ResponderExcluirpoderiam divulgar o nome desse cursinho.
eu tive um pouco mais de sorte.na minha época de cursinho e de faculdade não tive esses boçais como professores, graças a Deus!
ResponderExcluirolha, sou professora de ensino médio, e de cursinho às vezes (quando sobram as aulas que as estrelas não querem ou não podem dar). E isso que a garota conta é uma verdade terrível: não há espécie mais homofóbica e machista que professores bem pagos de cursinho (não tão bem pagos assim - nunca, em 20 anos de aulas, ouvi sequer falar de um salário como esse aí. Por outro lado, plantonistas ganham beeeeeeeem menos de 2 mil reais). O ambiente de sala dos professores costuma ser estéril. Ou melhor, costuma ser infecto, baixo e desagradável. Muitas alunas reclamam, sentem-se menosprezadas, e a resposta clássica deles, ou da direção, é que "é apenas uma piada para descontrair". Argh.
ResponderExcluirolha, sou professora de ensino médio, e de cursinho às vezes (quando sobram as aulas que as estrelas não querem ou não podem dar). E isso que a garota conta é uma verdade terrível: não há espécie mais homofóbica e machista que professores bem pagos de cursinho (não tão bem pagos assim - nunca, em 20 anos de aulas, ouvi sequer falar de um salário como esse aí. Por outro lado, plantonistas ganham beeeeeeeem menos de 2 mil reais). O ambiente de sala dos professores costuma ser estéril. Ou melhor, costuma ser infecto, baixo e desagradável. Muitas alunas reclamam, sentem-se menosprezadas, e a resposta clássica deles, ou da direção, é que "é apenas uma piada para descontrair". Argh.
ResponderExcluirEntendo ela, passo pelos mesmos problemas, apesar de ser gordinha e heterossexual, mas sou julgada do mesmo jeito. Ouço rock, metal, toco baixo, nunca tive namorado (como eles querem que eu tenha, se os meninos que conheço são os primeiros a me criticarem, ou me compararem com as "gostosas"?) e as pessoas já me olham torto por isso.
ResponderExcluirTenho 16 anos, estou indo pro 2º ano do ensino médio e tenho alguns professores desse tipo. E me deixa triste, pois professores servem como exemplo para muita gente da minha idade. Fico mal com quem segue esse tipo de exemplo.
Primeira vez que comento no blog da Lola, mas já tem um tempinho que vejo.
ResponderExcluirE nossa, muitas coisas fizeram com que eu me aceitasse melhor, apesar de eu ainda não ter uma auto-estima 100%.
Com relacao aos homens preferirem uma profissao mais bem remunerada, por isso vao para a area de exatas, posso garantir a voces que eu como professora de ingles, trabalhando com aulas particulares ganho duas vezes mais do que um engenheiro.
ResponderExcluirComentário TOTALMENTE off:
ResponderExcluir[ Beatriz: você passou para Comunicação Social na Unicamp? Fui no seu perfil, mas estava fechado. Tem como eu te enviar algumas perguntinhas básicas sobre o curso e a prova? Eu queria prestar pra esse curso, mas queria saber a opinião de alguém que fez. Se puder ^^ ]
Desculpa, Lola, pelo comentário off D:
Isso foi no Anglo não é?
ResponderExcluirEu fiz dois anos de cursinho no Anglo e essa atitude ridicula me repudiava, acho que eu até sei de que professor você está falando (se for o Anglo, achei que fosse, pois eu sei que não há quase nenhuma professora dando aula nessa instituição. No Anglo Tamandaré não há nenhuma). O que mais me deixa com raiva é a aceitação por parte das meninas para com esse tipo de brincadeira e comentário, como se fôssemos educadas para aceitar essa mentalidade idiota e nos diminuir.
Parabéns pelo post
O cursinho que mais aprova, presumo, deve buscar sempre os melhores profissionais, independentemente do sexo ou do vitimismo ideológico de alguns...
ResponderExcluirLorena, seu comment foi bastante esclarecedor... até me parece que essa moçada cínica e sarcástica nos comentários, particularmente em resposta a outros comentários, tenha aprendido tais maneiras com os tais profes de cursinho, só pode. Não me refiro a troll, pois sabe-se lá se algum não é profe de cursinho tb?
ResponderExcluirLendo os comments em geral percebo que nos cursinhos a presença da mulher prof. é rara pq de tanto ser exposta ao rídiculo durante o cursinho, ela mesma opta por não ser prof. em cursinho, só pode. Lendo vários dos comments que que, lamento pelo ensino brasileiro como um todo.
Tem um outro detalhe que acho que ninguém lembrou que é o seguinte:
ResponderExcluirJá reparam que a maioria dos professores de cursinho são jovens??
O mais novo que já vi foi um cara de 21 anos dando aula de física!
Tenho a impressão que os mais novos são escolhidos para dar aula propositalmente.
E essa coisa de que há mais professores do que professoras em ensino médio e na faculdade,nunca gostei e sempre achei estranho o porque.
Mas talvez esse quadro mude já que o número de mulheres com ensino superior ultrapassou o de homens.Logo há mais mulheres formadas.
Só que...será que esse cursinhos de merda vão contratar mias mulheres,por questão obvia,do que homens que serão(e são)a minoria no mercado de trabalho?
Se ela está falando do Anglo, é isso aí mesmo...
ResponderExcluirQuanta desculpa esfarrapada para explicar uma coisa que tem fácil explicação. É como dizer que os homens se atraem por mulheres jovens e bonitas ao invés de velhas obesas por culpa do opressivo patriarcado... O feminismo é irrealista em relação às influências biológicas que um cromossomo é capaz de gerar entre os sexos. Inclusive muitas "pensam" que as únicas influências de tais cromossomos é de ordem física, não influenciando a esfera comportamental. Ora, tomando-se como base que um chipanzé possui 99,4% do DNA dos seres-humanos, pode-se ter uma noção da diferença biológica total que 1 cromossomo dos 46 totais é capaz de influenciar entre os sexos. De tudo que mais odeiam, a biologia é o pior violão!! E tudo relacionado à ela, desde á sociobiologia à psicologia evolucionista.
ResponderExcluirP.S.: Tirando a endocrinologia, é claro. Esta elas até respeitam a parte que lhes interessam. Mas só a parte que lhes interessam, como utilitaristas e oportunistas que são. A outra parte, a influenciada pelo nocivo e oculto patriarcado sob os microscópios defectivos, não interessa em nada. Ela é apenas o "refugo opressivo de uma ciência sob influências ideológicas que visam reduzir o status quo das pobrezinhas e vitimizadas mulheres".
ResponderExcluirSou a favor de boicotar esses cursinhos, quem sabe até ver onde que dá para processá-los.
ResponderExcluirAgora, não me surpreende que isso ocorra, afinal, cursinho é muito frequentado por branco, hetero, classe média, claro que vão fazer piadas e discriminar sem pudor mulheres, negr@s e homossexuais.
No cursinho que fiz ano passado (e que não adiantou de nada para mim), também ouvi diversas piadas machistas e homofóbicas. E o pior é que eu nunca ouvi nenhum aluno ou aluna reclamando.
ResponderExcluirNesse cursinho só havia duas mulheres dando aula. Uma delas, de Biologia, era idolatrada por absolutamente todos os alunos. Motivo: mesmo sendo mulher, ela fazia as mesmas piadas machistas e homofóbicas dos homens, além de falar de sexo o tempo todo.
Ouvi diversos boatos de professores que se relacionavam com alunas (todas entre 16 e 19 anos, mais ou menos), sem a menor preocupação de esconder, dando inclusive tratamente especial a elas. Quantas vezes eu fiquei com o braço esticado para fazer perguntas e fui solenemente ignorada sob o pretexto de que não havia tempo, enquanto as "gostosas" que davam mole pros professores podiam perguntar e comentar o que quisessem, sem prejuízos ao andamento da aula...
Um professor de Biologia desse cursinho (sempre eles!)tinha o hábito de escrever no quadro uma frase supostamente engraçada em todas as suas aulas. Algumas pérolas: "Se o homem não transar com as amigas da mulher, vai transar com quem?", "Todo homem é romântico até o dia em que ele te comer", entre outras de mesmo teor e tão hilárias quanto.
Talvez o pior comentário que eu ouvi veio de um professor de geografia que estava explicando que antes de responder as questões era importante ler com calma, analisar os gráficos, sem afobamento e tal, até que ele veio com essa: "Você não enfia a mão por baixo da saia da menina no primeiro encontro! E se você enfiar e ela não meter a mão na sua cara, é porque ela é uma vadia!".
Terminei o ensino médio em Julho e comecei a fazer o cursinho no mês seguinte. Fui por 5 dias e não aguentei. Implorei pra minha mãe me tirar de lá, porque era exatamente o mesmo. Os professores humilhavam os alunos em sala de aula. Faziam perguntas diretas, o aluno se calava,e ele respondia: mas tu é burro, hein?
ResponderExcluirTaí um negócio que não presta: cursinho.
se o professor é um boçal.... o que esperar dos alunos formados pelo retardado em questão??? temo pelo futuro do país....
ResponderExcluir"se o professor é um boçal... " --acima
ResponderExcluiresperar gente reprisando a boçalidada particularmente qdo abordam comentários querendo ser uma gracinha no sarcasmo, na ironia e afins...
não bastando um Flasht, agora temos dois !!! isso távirando flashit... lol...
ResponderExcluirAgora tem 3 Flasht
ResponderExcluirRIDÍCULO este pseudo-professor!
ResponderExcluirEle tinha que ser expulso do curso" Um sujeito deste é uma VERGONHA para classe dos professores!
Não passa de um prefessorzinho de mentalidade pequena que acha que só porque é professor de cursinho é melhor do que as outras pessoas.
Tratar mulher com "brutalidade"? Isto és sinônimo de "masculinidade", nossa que imbecil!
Ele ainda incentiva a violência contra as mulheres.
É um homenzinho frustado, recalcado, mal amado, misógino que deve ter algum problema de "confusão sexual"(pode ter certeza disso!).
QUanta a questão de Exatas e Humanas, a questão é a seguinte. As mulheres tem mais facilidade de comunicação que os homens e estes tem maior noção de espaço que as mulheres, mas, em relação a Álgebra, Trigonometria, fraçoes e outros assuntos relacionados a Matemática, ambos tem dificuldades semelhantes, apenas, os homens são muito mais incentivados a se aprofundar e daí fica mais fácil, mas, o número de mulheres em áreas de Exatas aumentou MUITO(pelo menos aqui no Rio de Janeiro).
Não interessa que curso a garota quer fazer um curso de Exatas e o rapaz quer fazer alguma matéria de Humanas.
Eu fiz Arquitetura que é quase equilibrado o número de homens e mulheres. Na minha turma tinha apenas 10 rapazes a mais que as meninas.
Aconselho a garota do post, passar por cima de todo bullying escroto que é imposto pelo professorzinho de bosta e pelos colegas mauricinhos, playboyzinhos, babaquinhas e passar no Enem(ou vestibular) terminar a faculdade e mandar um convite da formatura para o professor, com a seguinte frase: "apesar de não ter acreditado em mim, sou infinitamente melhor do que você. Enquanto tenho toda uma vida pela frente e vitórias que conseguirei, você continuará sendo o professorzinho frustado, machista e recalcado. Você é digno de pena!
Estou chocado, tanto como educador, como biólogo, e sobre tudo, como um cidadão. Não é possível que um ser que tem a oportunidade de dialogar com os jovens de uma forma tão direta como o professor, seja capaz de tamanha idiotice.
ResponderExcluirDiscriminação é crime! Este professor deve ser denunciado, é um absurdo o que ele tem feito.
Teresa disse...
ResponderExcluir"Por que você não grava com uma câmera escondida e põe no youtube pra todo mundo ver?"
[2]
Isso é meio óbvio, né? Esse tipo de problema tem que ser levado para a diretoria, portanto é bom que hajam provas irrefutáveis. Filma, reclama na diretoria, e se isso não funcionar posta o vídeo no YouTube e manda o link pra cá e para um punhado de blogueiros polemistas (tipo o Pablo Villaça ou o Carlos Cardoso). Divulgação garantida.
Em casos mais extremos como esses relatados nos comentários (onde ocorre discriminação ativa de gênero), o correto seria procurar medidas legais cabíveis para coibir esse tipo de coisa. Façam que nem a Jessica Ahlquist e pulem direto no pescoço. Se vai dar resultado ou não é detalhe; o importante é deixar claro pra esses profissionaizinhos de terceiro mundo como é que as coisas funcionam.
o clone do flasht é bem melhor que o original...kkk
ResponderExcluirInfelizmente isso acontece bastante, por todo o país. Na ideia de que os alunos estão "tensos e estressados", pensando no vestibular, os professores têm cartão branco para dizerem "coisas engraçadas". E o que são essas coisas? Preconceitos de todo o tipo! Larguei o cursinho no 3º mês, pois me sentia idiotizado.
ResponderExcluirengraçadas... leia -se preconceituosas.
ResponderExcluirEu também reparei isso quando fiz cursinho pré-vestibular. Eu vinha de um curso técnico e ensino médio onde os professores não faziam a menor questão de serem amiguinhos, coisa que eu lamentava muito, mas enfim. Quando entrei no cursinho para o vestibular, senti bastante a diferença. Era MUITA alegria, MUITA piada, parecia mais TEATRO do que AULA (aliás, acho muito legal isso, muitos professores tinham feito teatro, eu fui descobrindo com o tempo). Eles tem que animar a gente pra gente ganhar confiança e passar pra uma faculdade boa e aumentar o número de aprovados na propaganda do curso no próximo ano. OK. Como eu gostei daquilo e quero ser professora, logo pensei: taí, quero ser professora desses cursinhos, é bem mais legal. Foi aí que eu reparei que ali não tinha espaço pra mim. TODOS os meus professores eram homens. Cheguei a comentar com alguns alunos isso e eles diziam a mesma coisa: os homens são mais engraçados e as aulas de cursinho tem a graça como característica. Mulher não sabe ser engraçada, elas são professoras mais chatas. Depois, eu reparei na graça dos professores e percebi que a turma morria de rir de muitas piadas machistas. Bom, sobre o salário, lembro de um professor de geografia que dizia que a ideia dele era dar aula em faculdade e se dedicar à pesquisas, porque com o cursinho ele ficava o dia todo indo de um bairro a outro, pra cada filial do curso. Mas ele não conseguia largar o emprego, porque foi com o salário dali que ele comprou carro, casa e tal. Nas aulas de turmas especiais (em novembro/dezembro e aos finais de semana) ele ganhava 467 reais para uma aula de duas horas. E isso, se pensar que em um dia ele devia dar essa aula em 4 ou 5 filiais diferentes. Olha, eu ainda quero ser professora de cursinho (haha!), o salário é bom e acho que você tem mais liberdade pra ser informal e dar uma aula mais descontraída. Mas sei não, precisa rever isso aí.
ResponderExcluirHá muito tempo atrás, quando eu ainda era estudante do 2º grau (hoje em dia é ensino médio), deve ter sido em 1992, por aí, a profa. de história disse na sala algo que me deixou estarrecido. Ela morava vizinha a um prédio de apartamentos, e alguém havia jogado uma revista pornô gay pela janela, que caiu na varanda da casa dela. "Aquilo é sexo degenerado. Tenho um sobrinho criança a quem não faria bem ver revista de 'sexo normal', imagina ver AQUILO"... Mais uma que pensa que homossexualidade é contagioso... (ô mulher patética), foi meu pensamento na época. Pensei que da década de 1990 pra cá tivesse havido alguma evolução. Me enganei. Sempre achei essa agora ex-professora com jeito de lésbica. Além do jeito masculinizado, na época ela já tinha mais de 40 anos e nunca tinha sido casada, pelo menos com homem. Sei que isso não quer dizer nada; casamento com uma pessoa do sexo oposto não prova a sexualidade de ninguém. Mas achava suspeito. Percebo que é muito comum gays e lésbicas enrustidos atacarem homossexuais, nem que seja "só" com piadinhas. É uma forma de fazer os outros crerem que eles são heteros. Talvez seja até uma forma de esconderem a homossexualidade de si mesmos. Não tenho muito contato com jovens. Mas alguns conhecidos meus que têm, por serem professores, dizem que a juventude de hoje é tremendamente conservadora. Acho que isso ajuda a explicar o sucesso desse professor ridículo.
ResponderExcluirQuando eu fiz o 2º grau (década de 1990) a única professora era essa de história. Em história ela era realmente muito boa. Mas dividia a disciplina com um professor; ela ensinava história do brasil, ele, história geral. Todos os outros eram homens. No 1º e no 2º anos ainda tinha umas professoras, de português e de inglês. Mas no 3º ano a única professora era a homofóbica de história. Mas graças a Deus que ela não era do tipo que vivia demonstrando a homofobia. Estudei com essa mulher da 7ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, e ela demonstrou a homofobia apenas uma vez. Realmente a evolução humana é muito lenta. Dos anos 1990 pra cá pouca coisa mudou.
ResponderExcluirOutra coisa que não deve ter mudado é o ranking dos alunos em função das notas das provas e dos simulados, e a diferença entre o tratamento dado aos alunos do "topo" e aos da "base". Alguns professores, claro que com piadinhas, chegavam a chamar alguns alunos de burros, e viviam tentando desestimular os mais "fracos" a fazer vestibular pra medicina ou outros cursos concorridos. Eu achava tudo aquilo péssimo. Mas a maioria achava muito engraçado.
ResponderExcluirEu, sinceramente, nunca estudei em uma escola em que não soltassem nenhum tipo de piada preconceituosa, seja ela de cunho machista, homofóbico, racial, etc. Acho que o caso mais absurdo que já presenciei foi quando um aluno começou a ser ofendido por alguns alunos, e o professor, no último ano do ensino médio, ao invés de apartar tal atitude, ainda incentivou, chamando-o de "viadinho", e o mandando "ser homem". Muita gente ficou chocada com aquela atitude, mas boa parte riu e ficou por isso mesmo. O garoto abaixou sua cabeça e chorou baixo. Todos voltaram à aula e ninguém falou mais nisso. E o professor continuou ministrando a sua aula. Não foi chamado a atenção, muito menos demitido. Não basta ter domínio da matéria, o professor tem que saber lidar com as diferenças, infelizmente, isso não é ensinado nas escolas, tampouco em casa, em geral. É uma lástima.
ResponderExcluirNo meu era um de química. Chegou um ponto que comecei a sair na metade da aula porque me sentia mal de ouvir essas coisas, de verdade. :c
ResponderExcluirA coisa com o ranking só tende a piorar. Tenho amigas tentando medicina faz anos, e elas me falam que só falta os cursinhos traficarem ritalina pros alunos mais bem colocados. Fiquei um tempão boquiaberta ao saber disso, mas hoje não me surpreende.
E 48k? Meu deus, nem juizes ganham tudo isso, como pode?
Marussia, sinto muito, mas você me deu vergonha alheia. Mais uma mulher conivente com o machismo.
ResponderExcluirfiz um ano de cursinho e realmente tinham professores que faziam piadinhas machistas, homofóbicas e afins, mas percebia que era só para fazer o tipo piadista e descontrair na sala. estudei em um dos maiores cursinhos daqui de curitiba e os professores eram realmente bons, não só bons profissionais mas pessoas excelentes.
ResponderExcluirnós tínhamos oficinas de redação toda semana, e o professor chefe escolhia vários temas, um deles uma vez foi sobre aquele comercial da gisele da hope. o professor passou os 3 comerciais e perguntou para todas as meninas da sala: ''quem aqui se sentiu ofendida levanta a mão'' para o meu maior espanto só eu tinha levantado a mão. e ele perguntou pq eu me senti assim. disse que achei a propaganda super sexista, super machista, que colocava a mulher como sendo objeto pessoal do homem e etc etc. e ele disse: ''a minha indignação no momento não se pode medir. como uma aluna só se sentiu ofendida? esse foi o comercial mais nojento que eu já vi acho em toda a minha vida. eles destruiram com a imagem da mulher, eles quiseram destruir aquilo que em décadas as mulheres lutaram para conquistar'' enfim deu um sermão na sala inteirinha. e não era só esse professor. o professor que dava aula de história geral tbm fez uma aula super reflexiva e explicou toda a tragetória da mulher desde a revolução industrial, todos os movimentos, suffragettes, falou como ele apoiou a marcha das vadias e tudo mais, foi linda a aula. um professor de biologia explicando o que eram obreiros obrigatórios disse pra gente: ''meninas, quando vcs casarem vão ter homens que irão querer transformá-las nisso, matem esse sujeito'' todo mundo riu e continuou a aula. um de química deu uma aula sobre a marie curie e falou para todo mundo ler a biografia dela, e esse mesmo sempre defendia as mulheres nas aulas, e assim vários outros episódios e não só com os mesmo professores...
não concordo com piadinhas desnecessárias, pq como diz o ditado: ridendo castigat mores.
no mais, adorei todo o ano de cursinho, as duas únicas professoras eram excelentes, super adoradas e respeitadas pelos alunos. uma pena que a maioria não pode ter a experiência que eu tive em cursinho : /
''a minha indignação no momento não se pode medir. como uma aluna só se sentiu ofendida? esse foi o comercial mais nojento que eu já vi acho em toda a minha vida. eles destruiram com a imagem da mulher, eles quiseram destruir aquilo que em décadas as mulheres lutaram para conquistar''
ResponderExcluir[2]
esse é o cara!
Nossa, impressionante como sua descrição bate perfeitamente com o professor de Biologia que eu tive ano passado quando fiz cursinho. Ele dizia até que as mulheres estavam abaixo da galinha na escala evolutiva. Um dos muitos motivos para eu ter abandonado o cursinho foi esse... Por mais que eu reclamasse, a direção nada fazia (por "acaso", o diretor do cursinho que eu fiz é um político). Os relacionamentos "amorosos" fora de sala também eram frequentes, até mesmo com o irmão do diretor. O machismo, infelizmente, impera ainda mesmo naqueles que consideramos mais "inteligentes".
ResponderExcluirPrimeiro post em que comento, porque me senti diretamente "atingida" por ele: sou professora em um grande cursinho em Belo Horizonte. E ele, felizmente, contraria esses absurdos relatados aqui: a proporção professores/professoras é equilibrada, nossas aulas buscam a reflexão, evitamos piadinhas (quanto mais machistas/homofóbicas!), e eu me sinto extremamente respeitada pelo corpo docente ("apesar" de ser mulher e de ser extremamente jovem). Mas sei que o lugar em que trabalho é exceção, pois predominam cursinhos com corpo docente majoritariamente masculino, em que grassam piadas machistas e homofóbicas, em que professores "pegam" (é a palavra usada por eles...) alunas e em que professoras são vistas como ralé e/ou pedaços de carne. Eu já trabalhei em um lugar desses e já tive que escutar, de um colega, que "era inteligente demais para ser mulher". O.o Pois é...
ResponderExcluirIsso não é surpresa nenhuma. Estudo numa instituição de ensino superior no Rio de Janeiro e ouvi a seguinte pérola do professor ano passado "Lei Maria da Penha você não pode bater na sua mulher mas pode bater na do vizinho" alguns babacas riram e eu mais babaca ainda fiquei calada sem acreditar no que estava ouvindo. Esse mesmo professor defendeu um amigo dele que por tomar bomba tentou estuprar uma menina de 13 anos, a culpa foi dos anabolizantes... aí eu discuti né! mas não adianta nada. Outra coisa é que no meu campus quase não tem professores negros, normal já que a maior parte da população do Rio é loira de olho azul...
ResponderExcluirNão quero ser grosseiro, mas ... não achei isso nenhuma novidade.
ResponderExcluirA sociedade é uma merda, sempre foi, e provavelmente sempre será.
seria o anglo tamandaré?
ResponderExcluirMas se ver o número de homens que fazem curso superior é muito menor que mulheres. Então nada mais justo.
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