Acho que nunca publiquei aqui um guest post sobre massagem tântrica. Confesso que ainda tenho um pouco de preconceito em relação à parte espiritual da coisa, mas tento manter a mente aberta. No que envolve buscar novas formas de prazer sexual, sou totalmente a favor. A Luara, autora de um blog sobre massagem tântrica, me enviou um guest post muito esclarecedor sobre o assunto. Não concordo com tudo (como é habitual; é impossível pensar igualzinho a outra pessoa), mas tem muito pano pra manga neste relato inspirado. Obrigada, Luara!
Eu trabalho com um tema bem polêmico: sexualidade. E não só aconselho as pessoas em relação à prática sexual na visão tântrica, mas faço massagem tântrica lingam e yoni. Sabe o que é isso? É um ritual de adoração ao corpo sagrado de Shiva (masculino) e Shakti (feminino). Trabalho diretamente com a energia sexual (kundalini) e com manobras na área genital inclusive. O trabalho com as mulheres ajuda bastante na cura de disfunções como anorgasmia e vaginismo, por exemplo, além de despertar na mulher a consciência de ser ela uma encarnação da Deusa ou energia feminina universal (Shakti).
Existem alguns estabelecimentos em SP (a maioria é sacanagem disfarçada de Tantra) que vendem esse trabalho, em minha busca por desenvolvimento pessoal eu era cliente de um desses espaços, depois fiz os cursos e comecei a trabalhar com as técnicas. Já faço terapia há bastante tempo e tive facilidade, acho que é vocação mesmo, trabalhei lá por um ano e meio.
Sempre achei meio estranho prestar contas a um homem. O Tantra valoriza os princípios da feminilidade e a livre expressão da sexualidade e do poder da energia feminina. O Tantra nasce nas pré-históricas sociedades matriarcais. Nesse espaço que eu trabalhei o "patrão" é um homem e bem autoritário, ele embolsa 50% dos valores, se considera um mestre e quando uma mulher ousa desafiá-lo e começa um trabalho sozinha (como eu), ele diz que ela é (palavras dele) "uma p*tinha barata". Se está lá, aguentando as constantes humilhações verbais e dando a grana pra ele é terapeuta, mas se quer ser livre é p*ta, sacou?
Não tenho problema nenhum em ser p*ta se isso significa ser livre. Vejo os frutos do meu trabalho: mulheres tendo seu primeiro orgasmo já na maturidade, mulheres se curando de vaginismo e resgatando o trauma do abuso sofrido na infância e adolescência (isso é muito comum), homens se curando de ejaculação precoce e disfunção erétil, resgatando sua libido e voltando a se relacionar sexualmente com a esposa, homens mudando a forma de ver o feminino e se sensibilizando, abrindo o quarto chakra ou chakra do amor. Se para ver tudo isso acontecer e participar disso eu sou tachada de p*ta, ótimo!
Nossa sociedade segue um sistema patriarcal já faz muito tempo. Antes de existir o Ratinho e o teste de DNA, como se fazia para garantir a linhagem do macho? Quando a prole diz "minha mãe" é certeza, mas dizer "meu pai" é fé. Portanto para que exista linhagem patriarcal, a única solução é reprimir a sexualidade da mulher e assim garantir que ela não se relacione com nenhum outro macho da espécie. Isso foi feito de forma bem eficiente pelo estado e depois corroborado pela igreja, que vende um "cristianismo" onde a fêmea é o símbolo do pecado, aquela que traz a carne ao mundo, carne que é antagônica ao espirito, certo? Para o Tantra não! Para o Tantra o corpo nada mais é que uma extensão do espírito, são o mesmo em vibrações diferentes, sendo o espírito de vibração sutil e a matéria de vibração mais densa. O universo espiritual pode ser vivenciado por uma via que nos é bem acessível: a matéria, e principalmente o corpo; desta forma todas as expressões do corpo são, para o Tantra, sagradas. Entre todas as expressões do corpo a mais significativa e forte é a sexualidade, que é aquela que é responsável pelo ato da criação. Reproduzimos simbolicamente a criação do universo através do ato sexual.
Tantra significa trama, teia. "Tudo o que está aqui está lá, e o que não está aqui não está em lugar nenhum". Se deus existe ele está aqui agora, se ele não está aqui e agora ele não existe.
Segundo André Van Lysebeth, a doutrina tântrica vem das sociedades matriarcais da pré-história. Das comunidades sedentárias que viviam da agricultura em uma região que vai da Europa até a Índia antes da invasão dos arianos nômades. A mulher era reverenciada como encarnação da Deusa Mãe e acreditava-se que é do feminino que vem a vida e a prosperidade.
As coisas mudaram bem e isso já faz muito tempo. Hoje o sistema é patriarcal e por isso os machos de nossa espécie têm mais contato com a energia sexual deles. São instruídos a tomar posse de sua energia e vivenciam sua sexualidade sem culpa, embora com mediocridade, na maioria dos casos. Com as mulheres a coisa é bem diferente, salvo raras exceções que, alias, ainda são condenadas pela sociedade: p*ta, vadia, vagabunda, mulher fácil, ninfomaníaca, sem vergonha, ordinária, safada, etc. Desde que eu tenho oito anos ouço esses adjetivos dirigidos a minha pessoa. Sempre tive muita sensualidade, nasci assim, já com a energia desperta, acho que venho dessa era em que a mulher era deusa e encarnei aqui nesse mundo onde o deus macho perdeu o poder verdadeiro e está desesperado, cheio de cólera. O masculino precisa de cura tanto quanto o feminino. Isso só pode acontecer através do amor.
Nunca entendi porque eu não podia ser livre. A condenação foi tão violenta desde a infância que eu, além de sofrer bastante, passei a me ver como uma pessoa estranha, culpada, inferior às meninas normais. Foi só depois dos 25 anos, depois de um trabalho consistente com um terapeuta muito bom, que eu passei a me olhar e me aceitar como sou. Esse trabalho continua, a violência contra o feminino é tão profunda e antiga que é preciso um constante e corajoso olhar para sair desse padrão e manter a autoestima elevada.
Depois de perceber que não sou "a mais baixa e suja das mulheres" pude constatar um fato: a estrutura do patriarcado tem medo da força da energia feminina. É uma questão de sobrevivência. O poder da Shakti (energia feminina) causa no masculino, ferido pela falta de amor, medo de morrer. A solução então é a união através do amor. E o amor é um dos valores do princípio feminino.
Para o Tantra, o universo se sustenta através do coito eterno entre Shiva (aspecto masculino) e Shakti (aspecto feminino). Todo desequilíbrio vem do ruído nessa comunicação cósmica.
Os dois princípios estão presentes tanto em homens como em mulheres. Os valores da feminilidade são: amorosidade, sensualidade, delicadeza, beleza, criatividade, nutrição e intuição. Os valores da masculinidade são: força, objetividade, foco, competitividade, pró-atividade, conquista e agressividade. A doença das nossas sociedades é a supervalorização dos princípios do masculino em detrimento aos do feminino. Felicidade só existe na harmonia. Não existe superioridade nem inferioridade, esses conceitos são armadilhas do ego, o pequeno eu identificado com a ilusão da forma e da separação. No fundo, no íntimo, tod@s nós queremos a dissolução da dualidade, a união, com noss@s amig@s, pais, mães, amantes, quem quer viver em guerra? Só quem está profundamente ferido e tem medo de se curar. Lavar a ferida dói, mas só assim ela pode sarar.
Depois de tantos séculos de repressão está na hora de se valorizar o feminino. O portal da vida, a genital feminina, ainda é um mistério temido. Faz pouco tempo que esse nem seria um assunto a ser discutido. Hoje tanto se fala em liberdade sexual, temos até educação sexual nas escolas. Para mim isso parece uma piada do Rafinha Bastos. Educação sexual... piada de mau gosto. Nessas aulas só se fala em como o sexo pode ser perigoso. Você pode pegar uma doença ou ficar grávida. Use camisinha ou lembre do que sua avó dizia quando você tinha cinco anos e sentava usando saia: "fecha essas pernas, menina, é feio".
Por que ninguém ensina como a sexualidade pode ser linda, como funcionam as genitais, o que é prazer, orgasmo, como tocar um corpo humano para despertar a libido, como fazer amor? Será que é porque a ideia de que "essas coisas o corpo faz sozinho" permanece? O corpo é programado para a reprodução, isso ele sabe fazer sozinho; mas será que é só para garantir a sobrevivência da espécie que nós fazemos sexo? Claro que não! Queremos a relação sexual para sair da banalidade do cotidiano e dissolver a dualidade. É um momento de união com o universo através do contato íntimo com o outro. Um ritual sagrado, essa é a sexualidade humana. Ou deveria ser...
Putz, taí algo que eu sempre quis conhecer melhor, mas por falta de tempo, medo de novidades e um pouco de preconceito, nunca fui.
ResponderExcluirGostei, vou pesquisar mais sobre. =)
Esse papinho espiritual não consigo engolir. Tirando isso, se dá prazer e faz bem pra pessoa, não tenho como ser contra :)
ResponderExcluirEu tenho uma visão espiritualista diferente do da autora do post, mas sempre concordei com essa ideia de equilibrio entre masculino e feminino e que seu desajuste tem sido a marca de nossa sociedade...
ResponderExcluirPorem, achei essa parte um pouco esteriotipada :
"Os valores da feminilidade são: amorosidade, sensualidade, delicadeza, beleza, criatividade, nutrição e intuição. Os valores da masculinidade são: força, objetividade, foco, competitividade, pró-atividade, conquista e agressividade."
de certa forma não é diferente de todos os esteriotipos que a gente conhece que colocam mulheres como mais emotivas, delicadas, etc e homens como mais agressivos.
Mesmo que aqui o foco não seja apontar superioridade de um sobre o outro ainda parece um pouco com definir papeis de genero.
"Os valores da feminilidade são: amorosidade, sensualidade, delicadeza, beleza, criatividade, nutrição e intuição. Os valores da masculinidade são: força, objetividade, foco, competitividade, pró-atividade, conquista e agressividade."
ResponderExcluirPois é Lord Anderson, essa parte me incomodou bastante. E se eu mulher, não sou amorosa, carinhosa, delicada? É pq eu não me conheço? E se eu sou forte, objetiva, competitiva? Estou querendo ser um homem?
Sou ateia, mas gosto muito de entrar em contato com outros pontos de vista. Acho muito bom essa perspectiva de contato com o corpo, com o prazer.
É preciso realmente desmistificar o sexo, torná-lo algo bom, sem culpas, sem medos.
Achei bastante interessante essa visão, mas fiquei com uma dúvida, como é a visão da homossexualidade diante do tantra?
ResponderExcluirPois é Escarlate.
ResponderExcluiras vezes eu tenho uma visão meio conservadora sobre personalidade dos generos e solto um ou outro :isso é coisa de mulher, aquilo é de homem.
mas ja conheci tantas pessoas que fogem desses padrões que não os acho assim tão completos.
Mas concordo com a parte da sexualidade precisa ser liberada da ideia de algo sujo e vergonhoso.
sexualidade precisa ser livre e vivida com prazer e alegria.
Parabéns, ótimo texto.
ResponderExcluirSó acho perigoso sugerir juízo de valor para o feminino e o masculino, dizendo que todas no fundo querem se unir. Mesmo as mulheres têm um lado masculino.
O desejo da anulação na união com um parceiro versus o desejo de afirmação do ego é uma contradição humana, sem receita para ser resolvida. O ego é parte necessária da psique. O quanto ele deve ser inflado ou suprimido é uma discussão eterna.
Milan Kundera explorou o tema em a Insustentável leveza do ser. Para todos os pólos da condição humana consegue-se atribuir facilmente um valor positivo ou negativo. Mas quando nos deparamos com o peso e com a leveza, as coisas são mais complexas.
"Os valores da feminilidade são: amorosidade, sensualidade, delicadeza, beleza, criatividade, nutrição e intuição. Os valores da masculinidade são: força, objetividade, foco, competitividade, pró-atividade, conquista e agressividade."
ResponderExcluirIsso é uma construção social (na minha visão religião tb é construção social). Mas já que sempre acaba aparecendo, prefiro pensar em valores femininos e masculinos socialmente construídos e que podem constituir a subjetividade tanto de homens, quanto de mulheres, ou de travestis ou transsexuais, enfim... Mas gostei muito do post, imagino o preconceito que uma mulher trabalhando com isso sofre. Difícil.
Mas assim gente.
ResponderExcluirToda religião é baseada em dualidades, coisas opostas. A gente recolhe uma quantidade de atributos e dá um nome.
Note que todas o que se chama 'energia feminina' está presente igualmente nos homens e mulheres. E 'energia masculina' igual.
Não é que uma é melhor que outra, mas durante fases da vida temos mais ênfase de uma que de outra.
Gostei desse post, vou conferir o blog depois.
ResponderExcluirLuara seu texto foi maravilhoso, até emocionou, vc percebe a vida de uma maneira muito lúcida pra mim.
ResponderExcluirEmbora eu não creia em deuses e deusas, tambem acho que sexualidade humana é pouco explorada, e acho que é pela carga de preconceitos que a humanidade carrega ainda mais nesse setor.
Acho seu trabalho admirável e muito benéfico pra muita gente, já li alguns livros a respeito dessas técnicas , me identifiquei bastante, mas é preciso se dedicar e ter muita paz pra realmente praticar, coisa que tem me faltado.
Adorei seu texto, mas essa parte me tocou “o deus macho perdeu o poder verdadeiro e está desesperado, cheio de cólera. O masculino precisa de cura tanto quanto o feminino. Isso só pode acontecer através do amor.”
Cultive o que vc é , não deixe o que vem de mal de fora te atingir, e meus parabéns
Muito legal o Post, já tive uma fase "New Age" onde pesquisei bastante sobre o assunto, é muito bom! Recomendado fortemente rs.
ResponderExcluirSobre a questão da "energia feminina e masculina", bem eu penso em duas coisas:
A primeira que essas generalizações devem ser vista com cuidado, já que são usadas para definir os papéis de genêros e já sabemos muito bem o resultado que dá né.
A segunda coisa, é que essa mesma generalização ajuda a muitas pessoas a se soltarem mais, se conhecerem melhor (acho que a palavra na verdade é aceitação).
Elas passam a aceitar com menos resistência aquilo que elas acham que cabem à elas, que é interessante assumir. Vai muito de identificação.
Há a energia feminina que pode ser representada por muitas Deusas diferentes, a mulher se identifica com aquela que tem uma personalidade agradável.
Então eu concluo que não é o estudo e suas categorizações que são ruins ou boas, mas o uso que a pessoa faz delas.
A amiga do post por exemplo, acredita nessas coisas e isso a motiva para ajudar outras mulheres, isso é bacana.
Seria ruim, se ela pegasse todo esse estudo para dizer que a mulher não pode ter prazer por exemplo, então isso seria mau.
:)
parabéns! conseguiu tratar de um assunto desconhecido e, ainda assim, polêmico, com muito equilíbrio.
ResponderExcluirEu acho q no texto está bem claro q a Luara ñ está dizendo q feminino ou masculino é melhor ou pior. São apenas características nomeadas como femininas e características nomeadas como masculinas. O resto é construção social a partir da ideologia do patriarcado ou, antes deste, do matriarcado.
A mensagem é q todos temos energia "nomeadas" femininas e masculinas e que podemos explorá-las para viver em harmonia com o mundo.
Sobre espiritualidade, ou essa necessidade de ligar tudo a uma mitologia teísta, acho que é porque ainda não compreendemos essas energias.
fazendo uma analogia q considero bastante clara e válida: antigamente tudo o que acontecia era relacionado a algum deus: a posição do sol e da lua, as estações do ano, a ocorrência de chuva, as mares, a fertilidade da terra etc. Daí, pelo raciocínio e observação, os seres humanos foram explicando esses fenômenos e acabamos descobrindo q nada tinham a ver com a vontade de algum deus.
Acredito q com o tempo descobriremos mais sobre a energia contida nos seres vivos e vamos parar de relacioná-las a deuses. É só questão de tempo.
Eu pratico hathayoga, que é uma linha de yoga nascida da mesma corrente do tantrismo. E tenho aprendido a lidar com energias e emoções a partir de exercícios, respirações e posturas.
Sexualmente, ñ posso dizer se me ajudou ou não. Sempre fui muito livre nessa área e continuo sendo. Mas, é verdade q hoje em dia (após 10 anos praticando Yoga), eu tenho ainda mais facilidade de atingir orgasmo. Mas pode ser também porque eu tenha amadurecido como pessoa.
finalmente, ainda não tentei nada com o tantrismo, mas é uma porta sempre aberta. Quem sabe...
A autora disse: "Os dois princípios estão presentes tanto em homens como em mulheres." São potenciais, independe de genitália ou de estar num relacionamento homo hetero nenhum etc. A união é antes de mais nada interna, particular, é com nossas próprias nuances.
ResponderExcluirEssa abordagem comum da "educação sexual" é mesmo muito falha. Pouco se fala do prazer, daquilo que se compartilha (em oposição a "foder", "dar", "comer"). Mais ainda, é começar orientando a sexualidade no sentido de ser uma expressão daquela pessoa, com ela mesma, e não algo puramente genital ou que precisa de outro alguém para que seja possível.
Fico desanimada quando vejo o quanto é regra meninas achando que só iniciarão a vida sexual quando um pênis abrir o caminho. Para muitas é inconcebível que a sexualidade delas seja isso mesmo, DELAS, e não do homem. Como se prazer sexual se resumisse a estar disponível para determinada pessoa e sempre colocando o relacionamento hetero como o único "completo".
Muito bom texto...e com relação as características ou valores e princípios femininos ou masculinos, ao meu ver, ficou muito claro que ambos estão presentes em homens e mulheres...
ResponderExcluirTipo, Escarlate, Anderson, o erro é pensar que esses valores são morais, quando vem por constatação de certa forma científica.
ResponderExcluirTipo pensa que tu é um espírito perfeito, nem H nem M.
Se encarnar num corpo H vai ter a acesso a sua energia "vermelha" de cara, mas seu poder está no equilíbrio, então precisa da energia "sensível" para ser "forte de verdade". Com a mulher se dá o inverso e ele tem que buscar a mesma coisa só que oposta.
Ambos tem essa energia interiormente.
A energia "vermelha" não é mais forte que "sensível". São opostas.
Provavelmente a Escarlate já trabalhou bem a energia do seu chakra básico. Hehehe
ResponderExcluirGente, eu entendi q ela disse q está relacionado com homens e mulheres, mas eu não gosto realmente dessa coisa sensibilidade= mulher e força= homem. Isso é construção social, como já falaram. Nem to colocando juízo de valor, é que não faz sentido pra mim.
ResponderExcluirNa minha casa eu e minha irmã tivemos uma educação bem livre de estereótipos. Brincamos de barbie, hot wheels, polícia-e-ladrão. Rosa? Só se fosse na gelatina. Então nunca fomos de gostar de sapatos, fazer a unha sempre, chorar em filme triste e outros tipos de estereótipos relacionados com a figura feminina.
Então eu acredito q quando a criança cresce com poucos condicionamentos prendendo e colocando na cabeça dela o que é de homem ou de mulher, ela tem uma diversidade maior de experiências e menos preconceitos.
Eu não consigo me encaixar nessa descrição de qualidades femininas. Então eu sou um homem? Eu sou uma mulher incompleta? Olha, eu não me sinto incompleta.
E como perguntaram: e o sexo homossexual? COMOFAS?
Gratidão, Lola!
ResponderExcluirAgradeço tb a todos pelos comentários.
Sobre os valores dos princípios feminino e masculino:
Somos seres q possuímos os dois princípios. Mulheres e homens trazem em si os princípios feminino e masculino. Uma mulher q é amorosa e acolhedora, sensual e alegre, mas ñ tem nenhuma agressividade nem foco está condenada a ser infeliz e incompleta. Um homem q é competitivo e agressivo mas ñ cultiva o amor e a candura só pode ser um homem pela metade e será igualmente infeliz.
Os valores do princípio feminino são desvalorizados em nossa sociedade, são coisas de gente fraca, ou "coisa de mulherzinha". Essa é, na minha opinião, uma das razões p o sofrimento.
Harmonizar os valores dos dois princípios resgata o conceito do andrógeno original, o ser q nós somos antes da separação por gênero. Homem e mulher é parte de quem somos e ñ aquilo q nos define.
"Os valores do princípio feminino são desvalorizados"
ResponderExcluirReescrevo a frase: Os valores que se identificam o estereótipo feminino são desvalorizados.
Gente, a única coisa que uma mulher vai ter em comum com a outra é obrigatoriamente TER VAGINA (e útero e etc, não incluo aqui os transsexuais, outra discussão). Não consigo ver esse negócio de sensibilidade e amorosidade (?) estar ligado com o fato de eu nascer com cromossomo XX.
Eu entendo a religião e a espiritualidade descritas, mas critico os pontos q já mencionei. Talvez quando houverem pesquisas mais conclusivas sobre o cérebro de homens e mulheres agirem de forma quimicamente diferente talvez eu possa aceitar essas definições.
Eu ia citar passagens específicas do post e comentar sobre elas, mas na verdade.. tudo o que eu posso dizer é que achei lindo.
ResponderExcluirTudo lindo.
Até mesmo a parte espiritual que não creio em tese, achei linda.
Faz sentido, claro. Vejo como uma fábula explicativa. Achei encantadora.
Amei esse post!
Sobre homosexualidade:
ResponderExcluirEm minha opinião é perfeitamente possível para um casal homo viver a sexualidade a partir do Tantra.
O mais importante é a união amorosa. Perceber o caráter sagrado da pulsão sexual e a divindade oculta no/a parceiro/a é oq caracteriza a sexualidade tântrica. Como os dois princípios existem em todos nós a relação homosexual tântrica é possível.
Tanto para homos quanto para heteros um obstáculo para a experiência tântrica é a busca egóica pelo prazer e satisfação dos sentidos, o orgasmo como objetivo. O foco deve ser a união, o prazer um meio através do qual acontece a união e o orgasmo um efeito colateral agradável (as vezes nem tanto, pq o orgasmo acompanhado de ejaculação pode ser o fim da união)
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ResponderExcluirÉ até desnecessário tratar o princípio de polarização como masculino e feminino, já que essa analogia encontra tantos obstáculos culturais melhor seria tratar como yin e yang.
ResponderExcluirClaro,escuro,quente,frio.
Para os ateus:Positivo e negativo.
Esse papo da força feminina carrega uma tijolada de conceitos patriarcais. Nem curti.
ResponderExcluirAs relações sociais têm sido pautadas pela frieza e pela impessoalidade, pouquíssimas pessoas têm consciência clara da violenta influência que a vida sexual tem na existência individual e social de cada uma, em seus sentimentos, pensamentos e ações.
ResponderExcluirTodos temos necessidades de construir relacionamentos sem maquiagem, abertos e desprovidos de interesses ocultos. Todavia, o prazer está morrendo. E aí que percebo onde está o lado espiritual da questão. Enquanto se movimenta para a necessidade do prazer próprio, individual, não se abre ao prazer do outro: do diálogo, do perdão,do amor, da sexualidade...
É muito difícil viver com tranqüilidade as relações, pois facilmente nos frustramos com os outros, principalmente com os mais íntimos.
Para quem se interessar por esta arte de prazer e amor, poderá se frustrar se a busca for individual, pois ela é uma experiência de doação. O prazer maior esta em proporcionar prazer ao outro e saber que tem alguém interessado em nos dar prazer, sem esperar nada, libertação que é mais facilmente decorrida do feminino que é mais aberto a esses sentimentos desprovidos de interesse, tanto que quando não ocorre se depara à frustração.
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ResponderExcluirLuara, por sorte hoje tive tempo, e estou adorando seu blog, pena que não ha espaço pra comentarios. Mas vc tem um jeito especial de encarar a vida que eu admiro muito, vou visitar sempre seu blog.
ResponderExcluirOi, Denise
ResponderExcluirAgradeço pelo carinho. Ñ abro o blog p comentários pq ñ tenho tempo p moderar, as vezes passo mais d um mês sem escrever no blog. Meu trabalho é bem intenso aqui em Brasília e tem dia q nem entro na net. Mas quando quiser pode me enviar um email q eu sempre respondo mesmo q demore uns dias.
Beijo
AMEI o texto!
ResponderExcluirEntendo porque falar em "valores femininos" e "valores masculinos" podem deixar a gente com o pé atrás, mas como a própria autora explicou, não é porque sou mulher que devo ter valores 100% femininos. Pelo que me consta, espíritos não tem sexo. Eu estou em um corpo feminino, mas o meu espírito não, por isso tenho características das duas polaridades. Concordo com o EdFurtado que sugeriu falar em yin e yang, em vez de masculino e feminino. Talvez assim nossas mentes feministas se sintam menos ofendidas com a associação de feminino = beleza e delicadeza
:D
Acho que as grandes religiões monoteístas perdem muito por não assumirem essa dualidade do universo e dos seres humanos.
Luara Tanuri tem um post excelente sobre Ser Feliz... Agora! Já passei pra frente, viu?
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ResponderExcluirSempre ouvi falar de tantra, mas não sabia bem do que se tratava. Achei bem interessante e vou procurar saber mais a respeito.
ResponderExcluirSó não concordo com essa história de princípios masculinos e femininos, creio em características que podem ser encontradas tanto em homens e mulheres sem que seja algo inerente a um sexo ou outro, mas tirando isso gostei muito do texto. Falou muito bem sobre como a sexualidade feminina é vista e tratada no patriarcado. Parabéns pra autora.
Trabalhar a Kundalini é algo fantástico ! Também recomendo ...
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ResponderExcluirGente, to tão encantada com esse post que nem sei o que comentar, rs.
ResponderExcluirLuara,
ResponderExcluirFiquei encantada com o seu texto. Já tinha ouvido falar de tantra, mas nunca de uma maneira tão poética. Sou pagã, e em identifico demais com o seu post. Desde que me entendo por gente tive uma visão natural e bela do sexo (por mais sujo e safado que ele seja, hehehe) e sei como é difícil explicar isso para as pessoas o que eu sinto.
Mostrei o post para o meu namorado, que tem crenças parecidas com as minhas, e ele também adorou.
Com certeza acompanharei o seu blog. =)
Ah, esse texto tbm me fez lembrara um assunto que gostaria de trazer aqui outras vezes, mas não sabia cm vcs iriam encarar: A diferença do feminino pro masculino. Eu amo simbologia, meu TCC foi sobre isso estudei bastante coisa sobre o assunto, uma delas foram os arquétipos universais. Em todas as culturas há referência de uma força feminia e masculina. No tantra, pelo que li, é o Shiva e o Shakit, onde Shiva é a força da vitalidade, da atividade, e Shakit da amorosidade, delicadeza, intuição. Para Carl Gustav Jung, psicólogo que eu aaaamoooooooo, há o Animus (masculino) e a Anima (feminino). O Animus é a força da competitividade, atividade, a Snima a passividade, criatividade, intuição. E assim é em muitas culturas. No Oriente, o Yin e o Yang, para os indígenas, o Sol e a Lua.Até mesmo em religiões pagãs há a força do Deus e a força da Deusa.
ResponderExcluirPra mim, encarar que homens são diferentes de mulheres não é machismo. O machismo entra pq em nossa sociedade aprendemos a considerar apenas as qulaidades ditas masculinas, como a ambição, competição, atividade e colocamos como fraqueza a delicadeza, a intuição, a amorosidade. Uma coisa completa a outra! Eu mesma sou uma mulher muito mais Animus que Anima (muito mais ativa que passiva), mas reconheço muitas qualidades que penso eu, são mais comuns as mulheres.
Luara,
ResponderExcluirSe possível, gostaria que vc desse sua opinião sobre isso que acabei de falar.
Eu acho que nós vemos como lado negativo essa coisa de masculino e feminino pq aprendemos que ser emotivo, intuitivo e todas as qualidades ligados a força feminina comio defeitos e fraquezas, quando não são.
ResponderExcluirQuando fazíamos teatro trabalhávamos muito com a questão do Animus e Anima, não era visto cm preconceito. Tinha uma professora que não sei se era feminista, mas era uma mulher forte, decidida e falava pra gente sobre isso, que as duas forças são boas, que uma não é inferior a outra, são apenas diferentes.Lembro-me até que ela disse que eu era "Muito Anima" para fazer papéis masculinos, mas muito Animus na vida pessoal.
Dayane, concordo. Acho que fica essa coisa de recusar características "femininas" porque a impressão é a pior possível. Diferente disso, não é bom nem ruim. Quando damos um enfoque segundo a espiritualidade, consideramos que ambos os potenciais estão dentro de cada um de nós, nosso corpo é uma parte secundária disso. O modo como a cultura patriarcal rotulou essas características é outra coisa.
ResponderExcluiradorei seu texto, por completo, inclusive suas respostas aos comentários. acho q o feminino e o masculino tratado pelo tantra tem menos a ver com um conceito social do que com o próprio órgão genital, que possui uma anatomia diferente e infelizmente muito menosprezada por algumas mulheres, que ao invés de valorizar esse poder, preferem imitar o outro gênero. Ouvi TANTA adolescente falar "ai, preferia ser homem, poderia fazer td oq quisesse e ainda mijar na rua". Fico triste. Querer imitar ainda me parece machismo. É supervalorizar o pau e esquecer totalmente do imenso poder desconhecido da vagina.
ResponderExcluir"Hoje tanto se fala em liberdade sexual, temos até educação sexual nas escolas. Para mim isso parece uma piada do Rafinha Bastos. Educação sexual... piada de mau gosto. Nessas aulas só se fala em como o sexo pode ser perigoso. Você pode pegar uma doença ou ficar grávida. Use camisinha ou lembre do que sua avó dizia quando você tinha cinco anos e sentava usando saia: "fecha essas pernas, menina, é feio".
ResponderExcluirOlha Lola, esse seu blog me mostra muita coisa que eu nunca tinha pensado osbre e fico dias com essas coisas na cabeça. Gosto disso.
Mas como deveria ser ensinada na escola a sexualidade? O que ensinar a respeito disso? Menina sentada de perna aberta é certo ou errado? Reprimir demais ou deixar livre? É importante dosar ou ser extremo demais a respeito disso? Tantas perguntas rs, Me desculpem.
=)
"Querer imitar ainda me parece machismo. É supervalorizar o pau e esquecer totalmente do imenso poder desconhecido da vagina."
ResponderExcluirFalou tudo, Maria!!!!Penso exatamente assim!
"infelizmente muito menosprezada por algumas mulheres, que ao invés de valorizar esse poder, preferem imitar o outro gênero."
ResponderExcluirGente, eu entendo o que vcs querem dizer, mas a discussão não é essa. Eu adoro ser mulher, amo minha vagina, mas o fato de ter nascido com cromossomo XX NÃO me faz mais sensível ou intuitiva. Meu cérebro não funciona diferente de um ser que nasceu com cromossomo XY gente.
Não existe características femininas ou masculinas, existem apenas características. Esse é o meu ponto.
Caroline,
ResponderExcluirA educação sexual na escola ainda é muito moralista. Eu acho MUITO IMPORTANTE SIM falara sobre todos os riscos que o sexo pode trazer, ainda mais para adolescentes!Falar sobre aids, sobre camisinhsa, sobre diu, sobre doença venérea, acho que falara sobre isso nunca é de mais. O problema é que só enfatizam os riscos e tratam o sexo de uma forma suja e safada (não que não o seja TBM), tiram sarro, não fala abertamente. Ouvia muitas expressões do tipo "na hora de virara o zóinho ninguém pensa", "Abriu as perninhas, agora assume as consequencias!",era muito difícil um professor que levasse o assunto a sério. Tive apenas um que uma vez falou para nós sobre erotismo, fantasias, sobre não nos culparmos por sentirmos o que sentíamos, que era normal ficarmos consfusos ou com medo. Ele falava de sexualiada de uma forma bem mais ampla que apenas "Na hora de virar o zóinha vc achou bom!", entende?Acho que isso que deveria haver na educação sexual: falara sobre a sexuliade de uma forma ampla e sem preconceitos, e ao mesmo tempo, o quanto isso precisa de responsabilidade e cuidados.
Escaralate,
ResponderExcluirSim sim, entendo vc. Eu mesma tenho mais características que seriam tidas como masculinas, mas isso não quer dizer que a minha força vital seja a masculina. Não sei se soube explicar =/.
Uma vez li um livro de psicologia bem interessante que falava sobre isso. Dizia que homens e mulheres são complementares e falava sobre isso de Animus e Anima. Dizia que se uma mulher por caso fosse mais Animus, o homeme deveria ser mais Anima, pois assim teria equlíbrio nas características. E de fato: Meu namorado é muito mais sereno, introspectivo e passivo que eu, que sou mais altiva, independete, ágil. A srenidade dele me equilibra e a minha impetuosidade o acelera!Ele é mais emotivo que eu, mais "coração", digamos assim. Ele tem mais características Anima e eu Animus. E ele é homem e eu sou mulher, ou seja, não quer dizer que as características femininas se restringem a mulher e as masculinas ao homem.
minha nossa, Dayane, nunca me ocorreu que ainda nesses tempos uma moça jovem como vc, filha de uma cabelereira, tenha sido tão reprimida sexualmente... cruzes!
ResponderExcluirqdo eu tinha 12 ou 13 anos peguei uma Bíblia pra ler e qdo dei com a tal passagem de que não é permitido relação sexual qdo a mulher está menstruada pq é pecado, bastou preu fechar a Bíblia e não querer graça com esse livro... eu nem menstruava ainda!
tudo bem abster-se de sexo durante a menstruação, mas não por ser pecado!!! minha querida, coloque um DIU (Dispositivo Intra-Uterino) e se necessário use camisinha e seja feliz sem culpa por sentir deliciosos orgasmos!!!
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ResponderExcluirEscarlate, essas características feminina ou masculina não são pacotes completos, não vem em um bloco coeso, tampouco se refere ao corpo físico, aos genes, hormônios etc. Ser mulher e não ser intuitiva não está em conflito com o que foi dito, muito pelo contrário, já que deste ponto de vista, homens e mulheres possuem ambas características, com todas as variáveis possíveis de serem desenvolvidas, ou não. É como um quarto com portas abertas e fechadas. Para algumas pessoas, certas portas abrem mais fácil, algumas já estavam abertas, outras precisam de conhecimentos específicos, de experiências, de interesse em abrí-las. Se identificar socialmente como homem ou mulher nem é questão importante.
ResponderExcluirIsso me fez lembrar quando perguntei pro meu namorado o que ele pensou sobre mim quando me viu pela primeira vez e ele disse que achava que eu curtia Heavy Metal e que eu exalava "muita energia sexual!"
ResponderExcluirUi!rs
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ResponderExcluirLisAna, nãaaao!! Você não usou a palavra com "f" e para logo depois escrever aquela com "b" de Bíblia!! \o/ Eu li 3x e não acreditei. Tô passada. Este ambiente sórdido e pouco pheeno está te contaminando. Salve-se enquanto é tempo!!
ResponderExcluirestou salva, Liana, estou salva...
ResponderExcluirAté o Tantra é heteronormativo?! Que coisa chata!
ResponderExcluirE isso de atribuir certas características ao "feminino" e ao "masculino" é démodé. Não passa de mais uma forma de subjugação. Quer dizer, a mulher deve ser sempre bela, amorosa, delicada, ou seja, mais passiva e tratável.
E, sim, eu entendi que a ideologia não faz juízo de valor e que ambos os gêneros tem as características ditas femininas e masculinas. Mas esta não é a questão.
ResponderExcluirA questão está em chamar tal e tal de característica feminina e tal e tal de característica masculina, e de onde isso vem, e o que isso representa (meu comentário anterior). Não existem diferenças inerentes aos gêneros. Leiam os posts sobre "psicologia" evolucionista da Lola.
Psicologia é muito mais ampla que a psicologia evolucionista. Existem muitas vertentes, a evolucionista é só uma delas e não é considerada, de verdade, uma ciência pelos psicólogos de verdade. assim cm a teoria dos 4 temperamentos, que é vista mais como senso comum.
ResponderExcluirGente, q bom ler os comentários d vcs!
ResponderExcluirSomos células da perfeição divina q se individualizam no plano físico da realidade dual na forma humana, até o Rafinha Bastos, fazer oq?. Essa é minha minha viagem(3X). Pq como homens ou mulheres? Eu sou daquelas q acreditam em reencarnação e carma e tal, mas por favor, ñ vamos falar disso? só acredito, ñ sei explicar os motivos e argumentar, nem quero convencer ninguém.
Mas sobre a diferença entre homens e mulheres, como assim só vagina e o útero? Só? Só? Seriam orgãos menos importantes? Pq o cérebro é q seria o único ponto de referência para determinar uma diferença entre homens e mulheres. Se no campo físico somos diferentes, somos tb piscologicamente e energeticamente. ( Oq está aqui está lá...)a energia se movimenta de forma diferente, são dois veículos análogos. Se completam, ou pelo menos a gente morre tentando...
Em relação à yoni e seu poder oculto:
Simbolicamente a yoni é o portal da vida. Existe todo um discurso conhecido (q eu amo) sobre a relação de intimidade entre bebê e mãe no parto (normal ou natural) q continua com a amamentação.
Mas além disso a yoni possui uma estrutura realmente admirável. O potencial feminino para o acumulo energético na prática sexual é superior ao masculino, isso pq: a mulher ñ ejacula com frequência (assim a energia continua com ela); tem o cardíaco naturalmente mais aberto o q puxa a energia p cima, p o coração e a partir dai p a cabeça; a yoni possui o clitóris, q é um orgão q existe exclusivamente (unicamente, só p isso) p o refinado êxtase sexual feminino. Para os homens exite uma maravilhosa alternativa. Reter o sêmem e ficar no "fio da navalha" e assim experimentar a sexualidade a partir do princípio feminino nele, é possível até o orgasmo sem ejaculação q pode perfeitamente acontecer várias vezes, ou seja, orgasmos múltiplos, como as mulheres, essas voluptuosas.
Sempre quis saber mais sobre tantra. Ótimo post!
ResponderExcluirO texto é bem interessante. Pra mim, qualquer ideia que liberte as pessoas para pensar a sexualidade em termos de prazer, e não de tabus, medo e reprodução, é válida.
ResponderExcluirMas o texto também traz outras questões.
Sobre matriarcado, por exemplo. Historicamente, grupos guerreiros destruíram sociedades mais pacíficas, principalmente para roubá-las. Não penso que esses bandos agissem com o intuito de criar um mundo especificamente ruim para as mulheres. Porém, se nessa situação, brutal e sem regras, as mulheres teriam que agarrar-se aos homens e, talvez, aceitar uma sociedade machista para tentar manter a unidade de grupo e garantir proteção aos próprios filhos, não tenho dúvida que elas o fariam. Porque a História se constroí assim, com cada um agindo de uma forma ou de outra diante de como as coisas se apresentam. Na realidade, somos todos muito pragmáticos em certos momentos.
Entretanto, é bem possível uma sociedade em que o poder político estivesse mais em mãos femininas. O estranho, pelo menos pra mim, é quando acreditamos que se uma sociedade era assim, ela naturalmente teria características mais "femininas".
O que é o feminino? Como podemos saber o que eram características vistas como femininas por essas sociedades? Porque se admitimos que o feminino e o masculino não são determinados pela biologia ou por deuses, mas cultural e politicamente, então também precisamos admitir que é difícil determinar como as sociedades primitivas definiam esses conceitos e, portanto, como suas mulheres agiam no poder.
Sobre essa questão de gêneros na pré-história, o arqueólogo Ian Hodder e outros trazem descobertas e propostas desafiadoras. Eles defendem que em Çatalhöyük, na atual Turquia, no início do Neolítico, não houve nem matriarcado nem um patriarcado, mas uma sociedade com igualdade entre os sexos, tanto na vida material como na espiritual.
A versão completa de um artigo do Hodder, em inglês, está aqui: http://www.nature.com/scientificamerican/journal/v15/n1/full/scientificamerican0105-34sp.html
Não achei nennhuma versão completa em português :( Se alguém conhecer alguma, por favor, coloque o link aqui.
Noffa!
ResponderExcluirA realeza conhece e usa as palavras da Plebe!
Vou ali ficar culta lendo Maquiavel.
tchau gente bonita =*
Gostei bastante do texto. O que a Luara chama de "energias espirituais" eu associo mais a estereótipo e idéias, algumas associadas ao feminino e outras ao masculino (bem Jung, como falou a Dayene). E acho que o problema não é essa associação e sim como a utilizam para limitar as pessoas, como disse a Noemi.
ResponderExcluirPor mais que seja démodé essa dualidade é uma forma bem antiga da humanidade definir coisas. Nada contra achar uma forma nova, mas também nada contra utilizá-la, se soubermos que como toda classificação humana das coisas é algo artificial e feito pra ser didático.
Qanta beleza! Por mais '&' e menos 'x'!
ResponderExcluirGostei do texto da Francisca, mas discoro em um ponto: Sou daquelas que acredita que herdamos características biológicas e somos seres instintivos. O raciocínio, a política e a sociedade nos molda, mas acredito que moldam aquilo que já temos.
ResponderExcluirOutra questão que gostaria de levantar são a dos arquétipos universais, que seriam personagens, histórias e imagens simbólicas que se repetem em várias cultutras de épocas totalmente diferentes. Um exemplo é a imagem da MUlher santa que dá a vida a um Semi-Deus, ou seja, a história da Virgem Maria e Jesus Cristo. Ela já havia surgido no Hinduismo,Devaki e Krishna, no Egito, com Osíris Horus, na Grécia, com Hercules e sua mãe.
Isso, ao menos pra mim, prova que há uma conscieência meio que universal, e não o monopólio único e definitivo do...sei lá, patriarcado ou matriarcado, já que histórias se repetem.
Para falar disso na atualidade, temos lendas urbanas e variações folclóricas de sociedades que nunca tiveram uma ligação direta. A Loira do banheiro, aqui no Brasil, aparece nas lendas de Bloody Mary, nos Estados Unidos. A mulher que pede carona na estrada e na verdade é uma assombração está em praticamente todos os países. O Deuses da Mitologia africanop são praticamente iguais aos deuses da mitologia grega, sem que estes tivessem contato algum. Exu, por exemplo, é correspondente a Hermes. Oxum, a Arthemis ou Afrodite. Oxalá a Zeus, que tbm se liga a Jesus Cristo.etc.
Dayane
ResponderExcluirMuito interessante isso.
Tem tb a historia do Diluvio que devastou o mundo e só umas poucas pessoas sobreviveram.
Esse mito esta presente em praticamente todas as lendas...entre os gregos, babilonicos, nativos norte-americanos, hindus...e é claro cristãos.
sem contar a "Perda do Paraiso", tb facil de ser encontranda entre tantos povos do mundo.
não sabemos ao certo de onde esses arquetipos vem, mas eles se mantem presentes em quase todas as culturas.
A história da Vitória Régia, uma índia apaixonada pelo reflexo da lua, que ao morrer afogada, tem uma estrela se tranforma em uma estrela das águas doces, é correspondente a história de Narciso, na Grécia, um jovem que apaixona-se pelo próprio reflexo e que ao morrer afogado, tem uma flor que toma seu lugar, chamada Narciso.
ResponderExcluirUma outra ressalva que gostaria de fazer é q uestão dos contos de fadas. Eles chegaram a nós totalmente modificados, primeiro pela mudança feita pelos irmão Grimm, que ao fazer uma coletânea sobre os contos de moral na Alemanha, modificaram muitas coisas, por serem extremamente violentos. depois, houve a mudança feita pela Disney, que romanceou ainda mais as histórias, adaptando-as aos tempo em que eram feitas (onde fazia-se da imagem das peincesas um ideal d emulher na sociedade).
A história da Cinderela, na verdade, é uma história de origem Chinesa, onde a fada madrinha era um peixe mágico. Essa história faz muito sentido na sociedade chinesa e não é ligada ao fato da mulher ter que ser submissa e ter alguém que a salve, que as outras mulheres saõ invejosas,etc. Ela faz sentido na China pois é uim lugar onde as mulheres são extremamente explioradas e escravizadas, sobretudo naquela época. A mulher não tinha escolha. Essa história então, seria um grito de liberdade para a mulher chinesa, a Cinderela citada era um retrato da realidade, e não a formação de um ideal.
Quando Cinderela veio para o Ocidente, ela tomou uma nova roupagem, mas novamente, veio com uma lição de moral para as mulheres serem aquilo que eram, foi na verdade, uma crítica a falta de personalidade das mulheres da época. Na história original, as mulheres do Reino cortavam o próprio calcanhar ou do dedão do pé para que entrasse no sapatinho de cristal. Eram descobertas pois o príncipe via o sangue escorrendo pelas frestas do sapato. O que as mulheres fazem hoje? Não continua o mesmo? Elas não se corta, fazem lipo, colocam silicone para agradar a um ideal de beleza?
ResponderExcluirO Príncipe fica com aquela que não se modificou para agardá-lo, aquela que foi quem realmente era. Essa de coisa de abóboa, poder ficar só até a meia noite veio bem depois, com as adaptações da Disney. Por isso não podemos levar em consideração a leitura dos contos de fadas que muitos fazem hoje, pois aí sim, o patriarcado os modificou para que coubessem mais a nossa realidade.
ResponderExcluirLord,
ResponderExcluirEu adooooooro simbologia!Meu tcc foi sobre a simbologia presente nas esculturas no cemitério da Consolação!
Eu sempre fui apaixonado por mitologias e lendas.
ResponderExcluirLi e pesquise muito sobre o assunto, embora apenas em termos informais. rs
Adoro ver essas relaçoes entre diferentes mitos, bem como as ideias e crenças que eles representam.
Niemi Hyyrynen
ResponderExcluirNoffa! "Sempre demonstre a maior bondade para com aqueles de quem você menos gosta. . . . Lembre-se, não importa o que você está sentindo ou o quanto desesperada você se sente, sempre mantenha uma postura moral." --Lisa See, em 'Dreams of Joy'
Que legal, Dayane, todo esse seu relato sobre a Cinderela chinesa! Surpresa total pra mim... se vc gosta de literatura e gostaria de ler particularmente sobre a vida da mulher chinesa, sugiro a escritora contemporânea Lisa See... ela tem três romances traduzidos pro português e um deles foi pras telas do cinema há um par de meses.
ResponderExcluirFlor da Neve e o Leque Secreto
A Palavras do Amor (romance baseado numa ópera chinesa e o título deveria ser traduzido como Peony Apaixonada)
Garotas de Xangai (duas irmãs na China de 1937 vendidas pelo pai pra se casarem com chineses morando nos EUA)
esses três livros retratam a China em diferentes épocas histórico-política... retrata as diferenças em classes sociais.
Cheguei atrasada, mas li tudo.
ResponderExcluirE fiquei viajando no que a Dayane Ok. escreveu...muito bom...
Mas sabe, no mangá Nana, uma das "Nanas" fala uma coisa que eu intenalizei: "prefiro acreditar que a Cinderela não era tão boba assim e que deixou o sapatinho de propósito, para poder ser encontrada".
Tem a ver com o ponto de vista. Prefiro acreditar em uma postura mais ostensiva da Cinderela...rs
Quero fazer uma pergunta pra autora...
ResponderExcluirLuara, você escreve que "Existem alguns estabelecimentos em SP (a maioria é sacanagem disfarçada de Tantra)".
Aí eu pergunto: tem gente que te procura pedindo pra fazer "programa"? Se sim, como você lida com a situação?
Bjocas
Rizk, agradeço pela oportunidade em tocar nesse ponto e olhar para essa minha frase infeliz.
ResponderExcluirQuando leio um texto do Pedro Kupfer q diz http://www.yoga.pro.br/artigos/36/3048/tantra-sexo: "Tantra não é uma prostituta com nome de deusa oferecendo seus serviços na internet" penso assim: tipo, eu simpatizo com esse cara e geralmente concordo com ele, mas quem é ele p dizer que uma prostituta ñ é uma deusa e ñ pode vender serviços q estejam alinhados com o Tantra? Por mais q ele conheça sobre yoga. Existe muita hipocrisia em relação à prostituição. (tem algum post da lola sobre esse assunto?) Teoricamente toda ação humana pode ser tântrica. Quando se reconhece o princípio divino oculto no ser e se entrega completamente ao momento presente estamos em uma experiência tântrica (ñ necessariamente sexual). Quem vende sexo é capaz de viver experiências tântricas, inclusive no trabalho, pq ñ? Sobre minha preconceituosa frase, será prostituição sacanagem? Eu acho q sacanagem é outra coisa e ñ tem nada q ver com sexo. Sacanagem é´manipular as pessoas, mentir, enganar, prejudicar. Certamente existem garotas de programa sacanas, mas algo me diz q aqui pertinho, no Senado, tem muito mais sacanagem...
Reescrevendo a frase: existem alguns estabelecimentos e profissionais q vendem um serviço como massagem tântrica, mas q na realidade é um atendimento voltado para a satisfação sexual imediata, sem objetivo terapêutico nem alinhamento com a doutrina tântrica. ñ posso dizer q façam por sacanagem, talvez seja por ignorância.
A pergunta é se me procuram p programa, né? As vezes sim, mas eles me acham tão chata q desistem.
Dayane Ok.,
ResponderExcluirFico feliz que vc tenha gostado. Entendo sua discordância naquele ponto. Só acho que às vezes a união dos arquétipos com o determinismo biológico gera intolerância e políticas perigosas. Mas, entendo que você falou de uma forma mais genérica, sem determinismos de gênero.
Essa questão dos símbolos é muito interessante. Uma vez, li um texto sobre a permanência dos mitos celtas no folclore medieval. Ele retratava como a cultura celta tentou sobreviver mantendo muitos dos seus elementos através das lendas, coisas que antes eram religiosas passaram a ser contadas como histórias fantásticas, novelas. Porém, a cristianização também alterou muitos dos significados dessas lendas.
Muitas lendas, por exemplo, associavam figuras femininas a éguas. Na cultura celta, os cavalos eram animais extraordinários que faziam a ligação entre os dois mundos, o oculto e o visível. Com o tempo, claro, a comparação perdeu esse significado e adquiriu um sentido chulo, vulgar.
Acho que a explicação para tantos símbolos se repetirem é a comunicação. As culturas se comunicam de muitas formas, algumas imperceptíveis. É comum uma cultura "pegar" algo de uma e comunicar a outra. Mesmo no mundo primitivo havia essa interculturalidade.
No fim, eu penso que nós temos duas culturas: uma mais universal, que formamos nesse intercâmbio, e outra regional, que em muitos aspectos é uma forma nova de olhar para esses arquétipos universais.
Se você quiser ler o texto sobre folclore medieval e cultura celta, o link é http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01881999000200010&script=sci_arttext
Abraços
Dayane Ok.,
ResponderExcluirTambém gostei das histórias que você contou. Não sabia que a Cinderela tinha essa origem chinesa. Também não tinha pensado no conto dessa forma, com a Cinderela como um símbolo de independência feminina. Bacana. =)
Francisca,
ResponderExcluirObrigada pelo comentário ^^!
Realmente, não dá pra colocar a carga biológica como desculpa para certos comportamentos impostos pela sociedade (a psicologia evolucionista usa isso), mas que nosso biológico trás genes e propensões par a nossa personalidade, isso é inegável. Um exemplo disso é a pré-disposição a depressão, que é genética. Quando eu disse tbm que somos instintivos, deixa eu explicar melhor, não quero que vcs entendam mal o que vou falar,hein!: Já sabemos que o fato do homem ser mais visual que a mulher é uma realidade. Ele não precisa ser tocado para se sentir estimulado, apenas por ver, já pode se excitar. Isso é instinto, todos nós temos, é independente da sua vontade. Mas o fato dele estar excitado não é um aval ´para ele satisfazer esse desejo, já que ele tem raciocíneo e consciência do que faz. Aí entra a cultura. Não sei se vcs sabem, mas nos casos do pessoas com síndrome de down ocorrem sempre situações embaraçosas, já que eles não tem esse discernimento. Quando trabalhava na Bienal, sempre falavam para não levarmos de jeito nenhum pessoas com deficiência mental em alas onde houvesse nu ou cenas eróticas, já que eles poderiam começar a se masturbar na nossa frente, sem puder algum. Em hospitais psiquiátricos, as estagiárias tem de ir com roupas que não maracam o corpo , sem brincos, pulseiras, nada que possa de alguma forma, servir de arma. Pq eles estão apenas no isntinto, a cultura não é tão nítida em seus cerébros cm é no nosso.
Ah, vc falou sobre as éguas. Em Cantares de Salomão, um livro erótico que há na Bíblia, ele compara a noiva a uma linda égua branca.
Obriaaaaaaaada pelo link =)!!!!!!
Dayane, no caso de pessoas que não foram influenciadas pelos costumes sócio-religiosos, como um adolescente com Síndrome de Down ficar sexualmente excitado e dar por se masturbar onde quer que esteja ao ver um nu feminino... pergunto se uma adolescente com Síndrome de Down tem o mesmo comportamento ao ver um nu masculino?
ResponderExcluirSim, elas tem! LisAnaHD!Aliás, elas são bem mais "danadinhas" que os meninos.
ResponderExcluirNão estou dizendo que essa seria uma desculpa para eles fazerem o que querem, tanto os garotos quanto as garotas, mas que eles tem uma "trava" que dificulta um pouco o discerniomento em ocasiões assim.
Ah LisAna, desculpe, agora li direito.
ResponderExcluirAs meninas, geralmente, necessitam maid so toque do que só a visão. se um rapazinho começar a mexer com ela, ela pode acabr fazendo "coisas" na frente de td mundo!Já presenciei isso. Eles sabem que há um limite, não chegam a fazer de fato sexo, mas que dão uns bons amassos e uns beijos quentíssimos em público, eles dão!rs.
@Dayane Ok., então é isso que eu queria entender... para os meninos com Síndrome de Down se excitarem sexualmente a ponto de masturbação basta que vejam uma foto de uma mulher nua, enqto as meninas precisam do toque masculino... i.e. apenas vendo a foto de um rapaz nu as meninas não demonstram o mesmo excitamento sexual que os rapazes, é isso mesmo?
ResponderExcluirse for assim, então fica provado que existe sim uma diferença inata entre masculino e feminino.
Luara, conhece estabelecimentos confiáveis que ensinem tantra no Rio de Janeiro?
ResponderExcluirPra mim esse negócio de que mulher precisa ser tocada pra começar a se excitar é pura lenda.
ResponderExcluirSério que se vocês virem uma cena mais quente em um filme, uma foto de um rapaz que tenha um corpo que vcs consideram muito atraente em uma revista ou com a simples lembrança ou pensamento de uma relação sexual vcs não começam a se excitar?
Se as outras mulheres não se excitam nessas situações apresentadas então vai ver eu que sou diferente do resto das mulheres, mas desconfio que não.
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ResponderExcluirLisAnaHD,
ResponderExcluirCm disse pra Laurinha, não quer dizer que todos sejam iguais. Há mulheres que se esxcitam só de imaginar homens pelados, mas pelo que sei, são bem poucas. A maioria precisa romancear, fantasiar, ter uma interação com o corpo masculino, não só admirá-lo (estou tão sexologa hj!rs).
Já homem não, é pa pum! Olhou um par de peitos, já fica meio "tenso".
Se bem que isso pode ser pq não tem cm homens esconderem que estão axcitados, neh? É bem notável! Ás vezes isso pode acontecer até mesmo com as mulheres sem que elas percebam.
Ah Sim Dayane, é tal e qual vc comenta, mas eu me referi especificamente no caso da Síndrome de Down.
ResponderExcluirBem, aí já não sei. Sei o pouco da experiência que tive com eles e do que cheguei a estudar. mas deve ocorrer com eles o que ocorre com todos nós: Um é diferente do outro.
ResponderExcluirAh, e eles tbm são influenciados socio-religiosamente, e ateh bastante. Tanto que muitos ficavam muito envergonhados em ver cenas de sexo.
Carol
ResponderExcluirTantra é muita coisa, eu tb quero alguém q me ensine, se vc conhecer alguém q ñ seja picareta, me avisa? Continuo gostando do Andre Van Lysebeth com seu livro "Tantra - o culto da feminilidade" Sexualidade é um dos assuntos no Tantra (meu preferido). Posso lhe indicar uma pessoa, terapeuta corporal q trabalha com massagem tântrica de forma amorosa e reverente. No Rio indico Dewa Deepta http://www.dewadeepta.com.br/. Eu indico ela pq recebi algumas massagens dela e gosto muito. Ñ indico estabelecimento nenhum, indico terapeutas.
Sobre a excitação a partir de imagens vistas ou imaginadas:
No trabalho com a massagem percebo q é difícil, para algumas pessoas, se desapegarem dos condicionamentos e fantasias sexuais na hora do trabalho. Enquanto a energia está no plano mental ouvindo e dando atenção para os pensamentos, a pessoa ñ se entrega para a experiência no corpo. Mas quando desiste de ouvir os comentários mentais ou de colocar energia na construção de cenas projetadas, a experiência da massagem tântrica acontece. A imagem vista ou imaginada pode ser um estímulo, mas quando o foco é a mente a experiência sexual é comprometida. O corpo possui um potencial orgástico desconhecido e poderoso.
Dayane Ok.,
ResponderExcluirNão concordo que a genética nos presdiponha de maneira específica. Se os genes tiverem influência, eles influenciam toda a nossa espécie, indistintamente. Não de uma forma diferente entre homens e mulheres ou entre brancos e negros ou qualquer outro tipo de divisão.
Se os genes fossem tão determinantes, gemêos univitelinos teriam a mesma personalidade e, na maioria das vezes, eles são bem diferentes.
Existe muita manipulação nessa área de pesquisa. Os cientistas pegam certas conclusões e desviam o olhar da realidade. Ultimamente, nos EUA, existem certos remédios específicos para negros. Dizem, por exemplo, que o coração dos negros é diferente do dos brancos. Bom, não duvido que lá os negros tenham mais certas doenças do que os brancos. A vida deles também é bem diferente. A segregação faz com que negros e brancos comam, morem e trabalhem de forma bem diferente. Mas, duvido que os filhos mimados dos astros negros, quando ficarem velhos, tenham as mesmas doenças de seus avós, que viviam na pobreza!
Nós não podemos dissociar as pessoas da cultura para saber o que é genético e o que não é. Na maioria da vezes, o que nós dizemos ser genético é apenas comum.
Por exemplo, entre os gregos, romanos e outros povos, o sexo entre dois homens era bem comum. Hoje, esse tipo de sexo não é tão aceito, mas nós dizemos que o desejo de um homem por outro é genético. Então, será que os povos antigos tinham uma genética tão diferente da nossa? Ou só esse gene específico era mais comum entre eles?
Pessoalmente, eu odeio misturar biologia com sociologia. Acho que nos desumaniza.
Abraços
Francisca,
ResponderExcluirTbm não acredito desse ponto de vista que vc falou, mas acho que há certa porcentagem genética em nossa personalidade. Não quis dizer por ser mulher, ou branco, ou negro, mas por fatores realmente, genéticos. Eu tenho depressão, meu pai tem, muitas pessoas da família dele tem. Eu tbm tenho uma alergia desgraçada, que herdei da minha mãe,rs. Entende? É mais dessas coisas que falo.
Isso não quer dizer, de forma alguma, que alguém que não tenha pré-disposição a ser depressivo não corra o risco de o ser, assim cm vc ser predisposto não define se vc será.
Não sei se genético, mas acho que algumas características já nasecm conosco. Conversei isso com um professor de psicologia e ele disse que se analisarmos pelo lado da psicanálise, eu estaria correta, mas se fosse pelo lado do Behaviorismo, estaria errada, já que a psicanálise acredita que a sociedade molda o indivído, o Behaviorismo, que a sociedade o faz. Vc então, teria uma visão mais Behaviorista e eu mais psicanálita.
Francisca, voce escreveu:
ResponderExcluir"Ultimamente, nos EUA, existem certos remédios específicos para negros. Dizem, por exemplo, que o coração dos negros é diferente do dos brancos. Bom, não duvido que lá os negros tenham mais certas doenças do que os brancos."
Li um artigo sobre a imigracao (forcada) africana para os EUA e consta que as condicoes dos navios negreiros eram tao ruim que muitos morriam na travessia - soh sobreviviam os que possuiam uma caracteristica genetica de reter agua no organismo e de otimizar a absorcao, reserva e utilizacao de alimentos. Conclusao, os negros atuais sao descendentes desses super-herois da resistencia que, nas condicoes atuais de fartura, veem suas incriveis capacidades se voltarem contra eles em forma de obesidade, retencao liquida, hipertensao e problemas no coracao.
@ Ale Valentim
ResponderExcluir"Li um artigo sobre a imigracao (forcada) africana para os EUA e consta que as condicoes dos navios negreiros eram tao ruim que muitos morriam na travessia . . . "
O mesmo eu aprendi em escola pública brasileira aos meus nove anos sobre os negros que foram forçados a sair da África para o Brasil... o poema "Navio Negreiro", de Olavo Bilac, é boa referência. Foi aos nove anos que eu aprendi sobre a doença escorbuto que dizimava os negros nas precárias condições dos tais navios negreiros rumo ao Brasil. Naquele tempo a ortografia portuguesa para Brasil era Brazil...
O mesmo padeceram os negros levados da África para Cuba, Costa Rica, Porto Rico, Haiti, Guiana Francesa e para qq outra colônia sob o jugo europeu --no geral, Portugal, Espanha, Inglaterra e França.
se te interessar ler sobre Liberia vc poderá ler aqui em inglês
http://en.wikipedia.org/wiki/Liberia
ou aqui em português
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lib%C3%A9ria
Sim, há doenças que são prevalecentes em determinados povos/etnia. Isso nada tem a ver com preconceito e nem discriminação. E existem traços e marcas genéticas que ficam pra sempre e muitas vezes surpreendem familiares que dsconhecem seus antepassados... Meu tio adotivo foi um negro lindo, magro e alto, de traços finos, nariz pequeno e fino, lábios finos, mãos parecendo de pianista, magras e elegantes... qdo estudei sobre as diferenças entre os africanos aprendi que sim, há países onde os negros são altos e magros (como meu tio sempre foi magro), pernas longas, com traços fisionômicos bem difrente dos negros bantos (nariz largo e lábios grossos). Enfim, a natureza resultou em seres humanos com uma gama de peculiaridades próprias de cada raça... de cada etnia, quer concordemos ou não.
LisAnaHD
ResponderExcluirIss´é verdade! Há diferentes características físicas entre as tribos africanas!
então, Dayane Ok, é como características diferentes entre os brancos... eu tive uma colega de classe alemã que pensou eu fosse alemã... tive um professor francês de matemática e outras matérias, que pensou eu fosse francesa... isso em diferentes etapas da minha vida... pelo lado materno eu tenho italiano e português, pelo lado paterno tenho alemão, francês, índio.
ResponderExcluirDayane Ok.,
ResponderExcluirÉ possível que determinadas doenças estejam relacionadas a predisposições genéticas. Embora até agora as pesquisas médicas nesse sentido sejam controversas. Porém, comportamento é bem diferente, porque estes estão inseridos em uma situação sociocultural e envolve muitas questões, subjetivas e objetivas, que vão além da questão do livre arbítrio.
Sim, o homem é moldado pela sociedade, mas o homem faz essa sociedade e a si mesmo.
Ale Valentim,
ResponderExcluirTalvez essa pesquisa esteja certa, mas temos que ser céticos. É preciso olhar com muita cautela certas conclusões científicas. Há a questão do método, dos grupos envolvidos e todos os aspectos que podem ter sido ignorados.
Antigamente, os sábios e profetas falavam com os Deuses. Muitos não acreditam nisso, mas mesmo quem acredita deve ser cauteloso. Afinal, estes profetas eram humanos. É possível que uma ou outra palavra dos Deuses tenha sido reinterpretada ou traduzida sobre uma determinada ótica. Bom, nós sabemos como as palavras são ricas de significados.
Hoje, os sábios são cientistas e usam todo o poder da razão e da ciência para desvendar os mistérios da natureza. É claro que a natureza é bem diferente dos Deuses, ela é concreta, mas os sábios continuam os mesmos, movidos pela fé cega. Felizmente, há também alguns céticos.
Há alguns anos, por exemplo, uma pesquisa apontou para a maior incidência de cânceres de cabeça e pescoço em estágio final entre a população afro-americana. Os céticos, esses chatos de sempre, rapidamente perguntaram pela condição socioeconômica dos pesquisados e sobre o acesso a tratamentos médicos. Recentemente, outra pesquisa, esta do Hospital Henry Ford, apontou que essa maior incidência entre os afro-americanos pode estar mais ligada a fatores sociais que genéticos.
Não é uma exceção. Várias novas pesquisas contestam a ligação entre certas doenças e diferenças raciais. Há até mesmo um estudo que contesta a anemia falciforme como “doença de negro”, o que já foi uma verdade inquestionável. Porém, é claro que a gente não lê sobre elas em certas revistas brasileiras.
LisAnaHD
ResponderExcluirEu acho que essas pesquisas, que ligam determinadas doenças a certos grupos raciais, podem sim estar repletas de preconceito e discriminação.
Até recentemente, nós acreditávamos num genoma humano padrão, com todas as pessoas tendo o genoma 99,9% igual. Os outros 0,01% seria o herdado dos nossos pais. Agora, sabemos que a questão é muito mais complexa. Cada um de nós pode ter o genoma com uma diferença bem maior em relação às outras pessoas, ou seja, temos um genoma mais individualizado. Então, essa é uma questão muito ampla e sobre a qual não sabemos quase nada. Portanto, eu acho bem precipitadas e exageradas essas pesquisas que enfatizam questões genéticas como causa para diferenças apresentadas entre certos grupos, ignorando todos os outros aspectos relacionados.
Não vamos ser bobos, né? A ciência pode sim ser ideológica e servir para mascarar aspectos sociais e políticos. A questão central não é nem mesmo a isenção ou os métodos usados nas pesquisas, mas sim as interpretações dos resultados obtidos.
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ResponderExcluir@ Francisca
ResponderExcluirHá dois ou três dias eu ia abordar essa doença (anemia falciforme/sickle cell anemia)... até vir pros EUA eu nunca tinha ouvido falar sobre... (mas achei melhor ficar quieta). Qdo fui ser intérprete em hospitais então fui ler sobre a doença.
A única experiência que eu tive, de perto, foi que uma moça brasileira, amiga da nossa família, ficou doente e nehum médico no Brasil descobria o mal que a acometia. Até que um médico descobriu ser a anemia falciforme, mas ninguém podia acreditar pq a família é branca (pai, mãe, 4 ou 5 oças e 1 rapaz). Como o médico insistia em estudos que apoiam a ideia da doença ser exclusiva entre os negros, a família fez uma pesquisa sobre seus ancestrais e descobriam uma pessoa negra bem lápratrás. Por isso não podemos insistir em que por ter a pele branca a pessoa não traga a genética da raça negra.
Eu fico bem ligada em estudos que apontam certas enfermidaddes como sendo predominantes entre os índios (nativos das Américas) pq minha avó paterna era índia. Claro que não fico me alarmando e procuro saber quem encomendou o estudo/psquisa... quem pagou... quem foi o cientista encabeçando a pesquisa... e quem está publicando o resultado. Aprecio muito seus pontos de vista.
Curioso ser um mascu a retomar o papo (do jeitinho dele) sobre meu post...
ResponderExcluirQue bom! Também gosto de conversar com você.
ResponderExcluirSobre a moça que você falou, é um fato muito triste, porque essa é uma doença terrível. Porém, nós não sabemos se ela tem a doença por causa desse antepassado negro ou se é um dos milhares de brancos que tem a doença. Como você colocou, se pensarmos do ponto de vista da ancestralidade, então todo mundo vai ter ancestrais de duas ou mais raças.
Enfim, pessoalmente, não gosto de usar esse termo raça para humanos, porque ele faz parecer que existem diferenças profundas entre uma e outra. Uma ideia com a qual não concordo. Tudo que li até hoje nunca me convenceu que existam outras diferenças, além da cor da pele e certos traços fisionômicos, entre as tais raças humanas.
Abraços
Luara, seu texto é maravilhoso. É evidente que algumas posições sobre o esteriótipo homem X mulher não são unanimidade, assim como vejo uma grande zona de similaridades entre as energias sexuais dos dois gêneros.
ResponderExcluirDe todo modo seu texto toca na alma, e aguça a curiosidade de sentir de verdade a experiência do Tantra de perto. Eu já conheço, mas minha curiosidade não passa nunca....