quarta-feira, 2 de junho de 2010

NÃO CONFIE NUM BLOG CHEIO DE ERROS PRIMÁRIOS

O João tomou as dores do Serge e deixou um comentário aqui:

Uma vez li aqui neste blog um comentário sobre os frequentes erros que a Lola comete ao escrever e que isso não condizia com sua titulação. Obviamente, o comentário foi achincalhado porque os 'bravos defensores' da Lola, aqueles que acham que quem lê aqui deve pensar exatamente como a Lola e como os outros comentaristas; que o blog é dela e ela escreve como quiser – a despeito de ostentar ali do lado o perfil no qual diz que é doutora em Letras (e não me venham dizer que pode ser um doutorando em Letras, mas que a tese foi 'por que o jota tem pingo', porque isso desobrigaria a pessoa de escrever certo; afinal, estudou quatro anos para analisar o pingo do jota e não para saber mais sobre a língua!). Aí alguém diz que não é porque se tem um título de doutor que é preciso escrever sempre formalmente. Que defesa! Gente, quem é que disse que falar/escrever informalmente implica escrever/falar errado? É possível, sim, escrever de forma simples e correta ao mesmo tempo (como não colocando acento grave antes da palavra 'nada', entre tantos outros.)
Eu mesmo já comentei com a Lola sobre erros primários que ela comete ao escrever, porque acho que um profissional deve esforçar-se para não cometer erros na sua área de atuação. Digo 'esforçar-se' porque isso é uma atitude contínua. Não que prestando atenção nunca se vá errar; claro que não é tão simples assim. Mas tenho certeza de que já entenderam. Alguém confiaria um médico que diz que você está com cefaleia no pé esquerdo ou tendinite no olho direito?
Claro, claro, sei que o conteúdo é mais importante que a forma! (Quem estudou sobre ensino de línguas, incluindo a abordagem comunicativa, sabe muito bem disso.) Ninguém precisa me dizer isso. Mas que tal fazer um esforço (inclusive os comentaristas) para que se evitem erros primários no que se escreve aqui, unido conteúdo e forma?

Ai ai, João, impressionante o seu comentário! E isso vindo de um amigo, de alguém que foi meu colega no início do mestrado! Quantas vezes viajamos juntos de Floripa pra Joinville?
Vc tem todo o direito de criticar, João. O que me impressiona é que vc fale em “erros primários que a Lola comete ao escrever” e “frequentes erros”. Putz, são mesmo tão frequentes assim? Sério mesmo, vamos analisar: quantos erros há por post? Chega a um? Quantos a cada cinco posts? E não venha me dizer que escrever “meio que” é erro, porque não é.
Seu comentário é impressionante também porque, ao mesmo tempo que exige que uma acadêmica escreva como uma acadêmica, desdenha da Academia. Vc fez parte da Academia, João. Só porque não terminou o seu mestrado, agora vai ficar insinuando que teses são inúteis, no nível de “por que o jota tem pingo”? Você diria o mesmo se tivesse escrito a sua tese?
João, como sou sua amiga e já convivi bastante com vc, sei como isso de falar/escrever corretamente é uma obsessão para vc. Lembro de vc no carro todo feliz, me elogiando, só porque eu usava o “vir/vier” corretamente. Como se isso fosse algo importantíssimo na vida! Lembro de vc insistindo sempre em falar/escrever em inglês, e avaliando as pessoas de acordo com o inglês que tinham. Não é à toa que hoje vc trabalhe como revisor! Pescar erros, corrigi-los, talvez até avaliar quem os comete, faz parte da sua profissão. Vc TEM que colocar a gramática normativa nas alturas. Vc vive disso, é a sua chance de valorizar o seu trabalho, de sentir-se especial, único, acima dos reles mortais. Eu já fui assim, sabe? Inclusive já fui revisora, em outra reencarnação (não estou dizendo que todos os revisores agem dessa forma. Meu modelo de revisor, uma pessoa modesta com 20 anos de experiência na área e que eu consultava toda vez que tinha alguma dúvida, não se via como superior a ninguém só por conhecer gramática). Eu também já olhei torto pra quem ousou cometer algum erro ao falar ou escrever perto de mim. Mas eu mudei. Não sei se ter lido o ótimo livro do Marcos Bagno, Preconceito Linguístico, teve algo a ver com isso. Isso foi na faculdade de Pedagogia. Ou pode ser que eu tenha mudado porque ficava muito mais chocada com aqueles que chamavam (e ainda chamam, claro) o Lula de analfabeto, imbecil, burro, ignorante etc do que com os erros de português que o Lula cometia e comete. Até porque passei a prestar mais atenção nos discursos dos eruditos, dos sociólogos de Sorbonne, e constatei que eles também cometem erros. Sabe por quê? Porque todo mundo comete erros. Todo mundo. Até você (por falar nisso, no seu comentário há dois erros. Dois num só comentário, apesar dos seus esforços. Imagina se vc tivesse um blog com posts diários).
Eu não escrevo em linguagem acadêmica no meu blog. Eu sou mestre e doutora em Literatura em Língua Inglesa. Sei que no meu diploma está escrito “Doutora em Letras – Inglês”, mas realmente não me considero apta a dar aulas em qualquer área de Letras. Muito pelo contrário. Mas o que isso tem a ver com o blog? Vc preferiria que eu não colocasse a minha titulação no meu perfil? Bom, faz um tempinho que penso em tirá-la. Afinal, fez sentido durante os seis anos em que eu era exatamente isso, mestranda e doutoranda. Agora sou professora de uma federal. Mas, pra ser professora, eu precisei desses títulos. Senão não poderia nem ter prestado o concurso. Eu deixo essa descrição, no fundo, pra colocar minhas linhas de pesquisa – cinema, literatura, teatro, tudo isso em língua inglesa. Principalmente a parte de cinema, já que sou crítica (prefiro a designação que inventei, cronista de cinema) desde 98. Porque até hoje aparece um ou outro que, apenas por não concordar com o que escrevi sobre algum filme, diz “Vai estudar cinema!”. E, believe me, eu estudei muito mais Cinema que Fonética na pós-graduação em Letras (Opa, agora que vi que, na última modificação do meu perfil, eu tirei minhas linhas de pesquisa!).
Mas nem por este não ser um blog acadêmico quer dizer que eu escreva “errado” (e o que é escrever "certo"? É se comunicar numa língua). Faça o teste: quantos erros por post? Não tenho revisor. Eu releio o post uma só vez antes de publicá-lo (comentários, não releio), e às vezes passam erros. Às vezes tenho dúvidas sobre como se escreve alguma palavra, sobre crase e sobre os quatro tipos de porque. Em geral não, já que tive a sorte de aprender essas regrinhas quando estava na escola, na época em que eu associava saber usar crase ao caráter de uma pessoa. Hoje não dou a mínima se alguém erra a crase. Por mim, na reforma ortográfica eu simplesmente aboliria a crase e deixaria dois tipos de porque (um pra frases declarativas, outro pra perguntas) – se tanto. Faz muito tempo que deixei de me sentir superior às pessoas por eu saber escrever corretamente, e elas, na média, não. Assim como não me considero superior a ninguém por eu ter doutorado (nem me via como inferior antes de ter a graduação). Sei que sou diferente e fora (não acima) do padrão em muitas esferas (por eu ser feminista, por ser de esquerda, por não ter filhos, por não ser consumista, por não ter dívidas, por ser ateia, por não ter orelha furada, por nunca ter pintado as unhas, por ser feliz etc), e sinto até um certo orgulho dessas diferenças. E também me orgulho da minha titulação. Dá pra me orgulhar sem me sentir superior e sem exigir que todos ajam segundo os meus valores? Acho que dá.
Quando vc fala em “bravos defensores” meus, vejo aí um certo desapontamento que vai muito além dos erros tão primários e tão frequentes que cometo. João, pelos seus comentários aqui, vc é minoria, tanto no que se refere à luta das mulheres por direitos iguais, quanto no espectro político. E, pelo jeito, ser minoria te incomoda. Vc gostaria que este blog fosse infestado de comentaristas que discordam de mim. Bom, não é bem assim que blogs funcionam. As pessoas tendem a ler com mais frequência quem tem uma afinidade, mesmo que mínima, com a sua opinião. Tipo, eu não leio blogs nazistas. De vez em quando leio blogs machistas e de direita, só pra saber o que está rolando. Mas nunca comento neles, porque seria uma perda de tempo. Sinceramente, neste blog há uma diversidade de pensamento muito maior que vejo em comentários de outros blogs. Sempre aparece gente pra discordar do que escrevo, e eles não são podados. Você é um deles. Mas também aparece gente pra concordar e ampliar a discussão, pra citar exemplos, pra abrir o leque, pra pôr lenha na fogueira. Modéstia à parte, não conheço outro blog que receba comentários tão incríveis como o meu. Sinal de que estou fazendo algo certo. Fico muito feliz por atrair gente tão inteligente, tão qualificada e bem-humorada (humor é importante na minha vida). Por que ess@s comentaristas são chamad@s de fãs da Lola, puxa-sacos, bravos defensores? E quem discorda é o quê? (eu não chamo de troll. Aliás, estou sem trolls no blog atualmente, e adoraria continuar assim). Você pode ter notado que duas das pessoas que responderam ao comentário do Serge (que se irrita por eu usar neologismos como meio que) disseram ser da área de Letras. Elas reagiram muito mais ao que sentem ser uma cobrança constante (doutor em Letras tem que falar assim e assado) do que a qualquer ataque a mim. Não entendo: quem quiser tem direito de criticar, mas ninguém tem direito de responder às críticas, porque qualquer resposta é ofensa?
O seu exemplo sobre não ser digno de confiança um médico que diz cefaleia no pé esquerdo é francamente ridículo, João. Primeiro porque o tal médico hipotético estaria errando um diagnóstico, não uma crase. Segundo porque se, numa das minhas aulas de literatura, ou na minha tese, eu confundisse, sei lá, autor com narrador, por exemplo, aí sim seria uma ocasião pra “perda de confiança” (acho isso forte demais, mas vá lá). Num blog informal, se alguém quiser deixar de confiar em mim porque escrevi um porque errado, bem, só posso dizer que não vou sentir falta. (Comentei o seu comentário com o maridão, e depois d'ele perguntar, espantado: “O João, num blog feminista?!”, ele respondeu: “Se eu for a um médico e ele me disser que estou com tendinite, eu mal vou saber o que é. Quero um médico que possa me explicar o que é tendinite, em linguagem que eu entenda”).
Eu sou doutora mas não sou médica, sabe? Ninguém está aqui pra se consultar comigo, não estou receitando nada, apenas dando a minha opinião sobre os mais variados assuntos. Não me coloco aqui como especialista em coisa alguma. Dou a minha verdade e sou uma pessoa ética. Quem me lê pode confiar que estou dando a minha opinião, sempre sincera, sem jogar pra torcida, mesmo que pra alguns essa opinião pareça incoerente às vezes.
Mas minha opinião raramente é única ou original. Nem a sua, João. Esta sua queixa de “escreva como uma doutora, faça jus a sua graduação!” é bem comum. Tem até um nome pra isso, que vc deve conhecer bastante bem: pedantismo.

77 comentários:

Rita disse...

Oi, Lola. Faz tempo que não passo por aqui. Bom "te ver" de novo.

Olha, confesso que morro de vergonha quando percebo que cometi algum erro de português em meu blog. Coisa boba minha, tudo bem, a terapia resolve. Mas isso não me impede de perceber a força do preconceito linguístico, o quão opressor ele pode ser; também não saio por aí medindo o valor dos blogs baseando-me em deslizes eventuais dos blogueiros. Seu post me fez lembrar de alguns membros de bancas acadêmicas que, diante de uma tese sensacional, com sacadas relevantes e fruto de uma pesquisa rigorosa e bem coordenada, insistem em ressaltar aquela vírgula indevida. Sono. Tipo assim, get a life.

Beijos, querida.

Rita

Natália disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Omar Talih disse...

Uai! Oxente bixim, tu já pensou se formos cobrar "erudição" ou será 'ereção' de todos os linguajares que existem por este Brasil varonil, por todos os dialétos de norte a sul? Ninguém se entenderia.Deixemos o "tecniques" para reuniões dos que gostam destas. Importante é que nós entendemos. Esse "piá", João tá com bestice.

Amanda disse...

Bravo Lola! Disse tudo.

(sera que sou do time dos bravos defensores?)

Bruno S disse...

Desqualificar a qualidade do texto do outro me parece também uma forma de vencer uma discussão. Algo do tipo "se você escreve errado, suas ideias não têm valor".

Eu leio esse blog há algum tempo e nunca reparei em nenhum erro que incomodasse a leituro ou tornasse o texto confuso. Muito diferente do que acontece no Globo Online, por exemplo, onde é comum encontrarmos textos que beiram o nonsense.

Por outro lado, acredito que quando alguém se comunica por escrito deve tentar escrever de forma correta e clara. Se tiver dúvidas, na internet é bem fácil pesquisar a forma correta.

No meu trabalho, lido bastante com informações que a empresa envia para terceiros. E me incomoda muito como pessoas com pós-graduação escrevem com total desleixo um documento profissional. Não falo de omissão de acentos ou vírgulas. O que vejo muito são textos confusos, onde a má escrita reforça sua dificuldade de compreensão.

Jpa escrevi demais, mas deixo minha propaganda para o blog sobre minha viagem à Copa do Mundo. Visitem os meus erros de português em http://cornetasevuvuzelas.blogspot.com/

Debora Regina M. Diniz disse...

Acho que "O preconceito linguístico" é um livro que mudou a vida de muita gente. Ainda bem que eu li quando estava no primeiro ano de Letras, ansiosa em dominar a gramática normativa e tornar-me um "ser iluminado e superior". Quanto mais avancei academicamente, mais me libertei disso (fiz pós em literatura e mestrado em semiótica).
Querer exigir que vc escreva no seu blog com preciosismo acadêmico é de uma babaquisse infinita. Além disso, Lola, vc escreve super bem, uma linguagem mais formal beiraria o ridículo e só serviria como piada como no brilhante blog do Professor Hariovaldo.
Beijos

Tina Lopes disse...

Ótima resposta, Lola. E quanto aos "meio que" ou "tipos", "tals" que eu também uso muito, vamos lembrar que a língua é uma coisa viva e admite novidades geradas pelo populacho. Bjk

Giovanni Gouveia disse...

Pense numa fulerage, quis arriar aí Lola testou, pegou ar e deu um sonoro "pega o beco"...
Arrombou a tabaca de xola
Numa dessas eu diria: "vou chegar"...

Assim como quem não é Pernambucano não entendeu o que eu disse (até alguns pernambucanos não entenderam muito), falar bacharelês nem só é pedante, como diz Lola, mas às vezes muito chato.

Unknown disse...

Uiaaaaaaaaa arrasou Lola....é isso ae! abaixo ao pedantismo da academia brasileira...
O que mais me entristece e ver que uma pessoa como esse João, graduado e tal..possa fazer relações tão superficiais do seu erro "primário" com um diagnóstico grosseiro de um médico..isso sim é primário!
Bjos
Marcela.

Adriana Riess Karnal disse...

Lola,
não mude o seu perfil, ser doutora em Letras deve ser motivo de orgulho, e por isso mesmo vc sabe que escrever "direito" não tem relação com escrever pernosticamente.

Dalva disse...

Olá,
primeira vez que venho aqui em seu blog.
Li o que escreveu, claro.
Sou economista,morei em USA e só gostaria de dizer uma coisinha :
encontrei e fiz amizade com muitas pessoas, diferentes níveis, diferentes nacionalidades.
Uma pessoa ,dentre tantas, que não esqueço é justamente uma mulher jovem, analfabeta. Com um "tremendo " senso de justiça,honradez,integridade. Na minha opinião um verdeiro Ser Humano.

Camila Hareide disse...

Lolíssima, se vc ouviu uma gargalhada enorme vinda de longe, fui eu! Ao abrir o blog e dar de cara com aquela foto da "praca", uma das muitas do Brasil...

Sua "explicação" arrasou, mas olha, nem precisava... Ô, gente chata que fica procurando pelo em ovo... Essas pessoas devem é ter inveja de seu blog ser tão popular!

Você é uma criatura MUITO paciente, te admiro!

beijo

Ághata disse...

Lola, Gouvei, me lembrei de uma carta que estava num dos processos penais que uns alunos e eu estávamos analisando...

Não entendi nada do que estava escrito! Exceto que tava ameaçando alguém, né...
Umas gírias que nunca ouvi na vida "a peruca vai voar", "porque bolinha vem, bolinha vai", "reforça a ideia aí"...
Mas foi divertido ficar tentando decifrar o negócio.

São formas de comunicação diferente.

Tanize disse...

Ô João... Entendo que em um país onde a educação é precária há anos os erros gramaticais já criaram uma segunda língua, que incomoda a quem se esforçou para aprender o português culto. Mas preciosismo é um exagero pessoal e inadimissível num meio de comunicação como esse.

Mas falando nisso, esse post me lembrou um email, já super circulado da AIB, sobre o uso da vírgula, que termina assim:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...

* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

E para finalizar: foi mal qq erro. ;)

Adriana Riess Karnal disse...

eu mesma errei no post anterior
( o primeiro sobre o Serge).Escrevi esteriótipo quando o correto é estereótipo....vou para a cadeira elétrica linguística? tbm??

Geovana Gambalonga disse...

Oi Lola, esse seu colega realmente fez um comentário desnecessário. Primeiramente porque adoro essa linguagem mais informal que você utiliza em seu blog, de linguagem formal e resbuscada já chega as leis brasileiras que eu tenho que ler e analisar todos os dias, e que exatamente por esse motivo não se fazem entender e dão margem a inúmeras interpretações. Gosto desse ar descontraido, do bom humor, um pouco ácido de vez em quando, do seu blog, mas o acompanho principalmente pelo seu conteúdo. E num blog como o seu não tem cabimento discutir a formalidade da escrita se aqui sempre foi alardeada a queda dos preconceitos, padrões e formas exigidos pela sociedade, não é mesmo? O comentário do colega é de um preciosismo inútil. Até porque ainda acredito que o conhecimeto sirva para quebrar preconceitos, ampliar visões, do que para contruir lugares comuns.

aiaiai disse...

três coisas:

1 - Bravo Lola!!!! Eu sou sua brava defensora com muito orgulho!

2 - pessoal que continua achando que existe um "portugues formal correto" e que isso deve ser seguido sempre, por favor, leiam o livro do Marcos Bagno...é lindo, claro e revelador.

3 - Eu to aqui matutando que diacho esse joão quis dizer quando disse: "como não colocando acento grave antes da palavra 'nada', entre tantos outros. Existe uma regra para não colocar acento grave antes da palavra 'nada'????? Como assim? Me expliquem por favor, me tirem dessa escuridão da ignorância? Na boa, eu to mesmo curiosa...

Carolina Pombo disse...

Oi Lola, gostei muito do post, sabe? Faz-me (rsrsrs) pensar no que Foucault falava sobre saber e poder. Quem gosta de ostentar a propriedade de um saber, no fundo no fundo, tem uma enorme necessidade de exercer poder sobre os outros. O que será de nós, rélis acadêmicos, mortais?

Serge Renine disse...

Aronovich:

Eu não sei por que tanto barulho. Eu não disse que ninguém pode cometer algum erro de ortografia. É óbvio que esperemos que um professor não os cometa.

O que eu disse e que um professor ficar falando "meio que isso, ou meio que aquilo" assim como falar "a nível de" que é um jeito errado de falar fica pior para um professor.

Linguagem coloquial, como o nome já diz, é e linguagem falada, nesta se poder errar com mais facilidade que é perdoável. A linguagem escrita nos da mais tempo, portanto exige, ainda mais de mestres, um certo apuro.

Como você respondeu com toda a delicadeza, que o blog é seu e você escreve como quiser, eu concordo. Prometo não tocar mais no assunto.

Giovanni Gouveia disse...

"(...)A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
(...)"
Evocação do Recife(Manuel Bandeira)

Amanda disse...

Lembrei de um erro que a Lola fez e que eu morri de rir! "Ligar as trombas", achei engraçadissimo.

lola aronovich disse...

Obrigada pela solidariedade, bravos defensores da Lolinha!


Aiaiai, também não entendi o acento grave antes do nada que o João comentou. Na hora, eu pensei que tivesse craseado algum “a nada”, sabe, como “isso não leva à nada”? Mas aí não estaria certo? Enfim, tb não entendi essa... Talvez tenha sido uma alusão estranha pra acompanhar a do médico da tendinite.

lola aronovich disse...

Gio, que lindos esses versos do Manuel Bandeira!


Amanda, vc é cruel! Esse do “ligação de trombas” foi um dos meus erros mais humilhantes dos últimos tempos (ahn, das últimas duas semanas, talvez), e eu quase dei esse exemplo no post. Eu faço bastante esses erros, sou meio Magda. Mas também, trombas, trompas... É ou não é pra confundir?

Julia disse...

Acho irônico alguém ir a um blog que fala principalmente de direitos iguais e privilégios e reclamar que todos os comentaristas e a autora não têm uma escrita impecável. Como se isso fosse tão acessível, em primeiro lugar, e como se isso fosse prova de alguma coisa.

Dá para as pessoas apenas lerem um blog e não fazerem dele um projeto pessoal? Que custa ler o blog da Lola, concordar ou não, se expressar ou não, e parar de querer mudar as coisas nele? A internet tem tanto conteúdo que tenho vontade de rir quando alguém fica reclamando de um blog ao invés de apenas lê-lo, absorvê-lo, e procurar outros do seu agrado.

Por exemplo: eu não gosto do jeito que a Mary W escreve, frases muito curtinhas e com muita pontuação que acho desnecessária. Mas nunca deixaria um comentário lá dizendo que isso não combina com a profissão dela, ou que isso não permite que ela passe a mensagem direito (porque não impede). Eu leio, penso sobre e mudo de blog. Faço isso com o da Lola também. Já notei errinhos bestas, mas não vejo motivo. Eu creio haver entendido todos os posts que li escritos pela Lola. Errinhos-que-não-são-errinhos nunca atrapalharam em nada. Pra que esse pedantismo?

Julia disse...

Ah, e até onde sei não "a nada" não pode ser craseado, porque nada é substantivo masculino. hahahaha

Caio Ricardo disse...

Adorei o post, Lola. Pego uma matéria que trata sobre o preconceito lingüístico e nos foi indicado esse livro do Bagno, ele realmente mudou minha percepção de erro.

É realmente irritante essa cobrança que se escreva/fale o português normativo. Sem nem em um blog, algo informal e pessoal, que você já tem há vários anos, pode-se escrever com um pouco menos de monitoramento onde mais poderia? Em um diário talvez.

lola aronovich disse...

Julia, tem crases que eu não sei usar mesmo. Principalmente essas do tipo “a Brasília”, essas que exigem malabarismo mental como “voltei de” ou “voltei da”. Quer dizer, nem lembro mais das regrinhas. Só que a gente perde tempo demais com um acentinho ridículo que não afeta em praticamente nada o sentido da palavra. Pô, aboliram o trema (e fizeram muito bem; eu já não usava trema há milênios), não podiam ter abolido a crase tb?
Sobre o jeito que a Mary W escreve, eu tb não gosto muito não. Mas é o estilo dela, e eu admiro quem tem estilo, mesmo que o estilo não me agrade. Dá pra ver que é ela escrevendo de longe. Pior quando alguém tenta imitá-la. Vc já viu? Aí fica absurdo mesmo, porque parece mais plágio que homenagem. Mas o seu é um bom exemplo: imagina o ridículo que seria deixar um comentário pra Mary W dizendo “mude djá o seu jeito de escrever”? Ah, e mesmo nos meus tempos mais pedantes, acho que nunca fiz essa associação: “o jeito que vc escreve não combina com a sua profissão”. Porque, né. (essa última foi uma homenagem a Mary W).

aiaiai disse...

Lola e Júlia,

brigaduuuuuuu! finalmente consegui entender o enigma do joao...isso estava consumindo a minha vida kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Já que voltei, aproveito para recomendar novamente o livro do marcos bagno...quem não quiser comprar dá para baixar na internet.

http://www.scribd.com/doc/6313101/PRECONCEITO-LINGUISTICO-Marcos-Bagno

Leiam e espalhem. É um livro lindo!

Masegui disse...

Dra. Dolores,

Mandou muito bem, novamente!

Os erros eventuais são mínimos, quase não notamos. Xastá, boba!

Ps.: Fiquei interessado no livro do Mascos Bagno, tentarei compra-lo.

Assinado: mais um puxa-saco!

aiaiai disse...

Mais uma coisinha...vcs falaram em estilo, eu lembrei da Fal no lindo blog drops:
http://dropsdafal.blogbrasil.com/

ela escreve pra kraio e de uma jeito delicioso.

Simoneagua disse...

Ui, ainda bem que esta resposta não era para mim... Lola, eu também tenho um dedinho de preconceito linguístico... Estou repensando, juro.

bjo bjo

Anônimo disse...

Pra quem mora em São Paulo ou está passando pela cidade: não perca a exposição Menas, no Museu da Língua Portuguesa, falando exatamente sobre o assunto. No começo eu estava assim, 'meia' confusa, mas depois deu pra 'mim' entender tudinho! :-)
abraços,
Mônica

Nefelibata disse...

Os puristas esquecem que o próprio português não passa de uma extrema corrupção do latim.

Marcos Bagno simplesmente detona, é fantástico. Quando me lembro do que ele fala, fico até desanimado pra comentar, é mais fácil indicar a leitura do livro dele... hehehe...

Julia disse...

Sabe o engraçado, Lola? Eu escrevo meio que nem* ela! HAHAHA Mas quando escrevo contos mesmo. Reparei isso logo que encontrei o blog dela. Aliás, interessante tu ter falado em estilo. Também admiro quem tem e fico "..."** quando as pessoas não entendem isso e querem tudo uniformizado. Teoricamente, o jeito como a Mary escreve é errado; mas é o jeito dela, e provavelmente é jeito como ela fala. Esses tempos me mandaram um link pra outro blog e na hora que comecei a ler pensei*** "nossa, igualzinho à Mary W falando!", fui ver... e era ela mesmo! hahahaa Quando a pessoa tem estilo próprio, tu reconhece um texto dela não importa de onde vem o link. Pode ser uma reportagem tua na Veja, vou reconhecer a escrita.

Agora, sobre crases, é engraçado. Eu aprendi crase quando tinha uns dez ou onze anos e nunca mais esqueci. Às vezes fico na dúvida, como em "escrever à mão", mas aí craseio porque penso que sem crase ficaria ambíguo (como se eu estivesse escrevendo uma mão hahahaha). Porém, tive professores que não lembravam direito das regras, alguns mestrandos e doutorandos em Letras. Ironicamente, isso nunca fez diferença em nenhuma das escolas onde estudei: a maioria dos alunos se formou sem saber diferenciar uma crase de um agudo, mesmo quando o professor não caía na armadilha do "a nível de" (sinceramente, quem liga? E alguém pode me explicar o que exatamente é tão condenavelmente incorreto nessa expressão?) ou do "mesmo"...


:*


*Eu posso falar que nem, me formei no segundo grau e não vou fazer faculdade. Rá.
**Também posso usar apenas uma pontuação para expressar um sentimento, afinal, me formei no segundo grau e não vou fazer faculdade.
***Faço uso de vírgulas de acordo com meu humor, afinal, me formei no segundo grau e não vou fazer faculdade.
HAHAHAHAHAHAHA

Amanda disse...

Ahahaha! Ah, Lolinha, seu erro das trombas fez meu dia mais feliz! Achei tão engraçado! Mas logo depois alguém avisou, né?

Se a gente fosse perfeito ia tudo ser tão chato! Imagina so, todo mundo escrevendo igual.

L. Archilla disse...

Uma coisa que ninguém comentou: "os bravos defensores da Lolinha"... ahhahahahaha

Eu adoro esses termos. "bravos defensores", "vaquinhas de presépio", "cordeirinhos" e etc. Porque, pra essas pessoas, alguém como eu não estudou, leu livros, participou de movimentos e partidos e frequentou milhares de outros blog pra chegar até aqui e concordar com quase tudo. Não. Eu simplesmente, num belo dia, acordei, cliquei no link que pulou na tela do meu pc, me apaixonei por essas curvas sexies e esses lindos olhos azuis e decidi: daqui pra frente vou concordar com tudo que a Lolinha diz.

Phoenix disse...

Caralho, meu, não se pode nem ser feliz em paz.
Até para se escrever sobre o quotiano devemos nos esforçarmo-nos para sermos brilhante.
=D

caso.me.esqueçam disse...

foi inesquecivel quando minha melhor amiga riu de mim ha uns anos porque, ao inves de dizer "recife", eu, com meu belissimo sotaque paraibano, disse "ricifi". perguntei como ela, tambem paraibana, pronunciava a mesma palavra. e era do unico jeito que ela sabia: do jeito paraibano. uns meses depois ela leu "preconceito linguistico" e mudou nesse sentido. afinal, alguem vai tentar me convencer que nao se deve falar "ricifi"? pois de vez em quando, no meu blog, eu meto um "mermo" ao inves de "mesmo" porque tou cagando e andando se sou historiadora e se historiadora deve escrever "certo". certo? certo.

Elaine Cris disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elaine Cris disse...

Livros costumam ser revisados três, quatro vezes e ainda são publicados contendo alguns errinhos. Acho que dificilmente alguém escapa disso e muitas vezes não é nem por não saber.
Só pra acrescentar, não podemos esquecer que a língua portuguesa é difícil de ser aprendida por estrangeiros exatamente por causa das nossas regrinhas excessivas. Um dos professores mais antigos e mais respeitados da àrea de Letras da UFMG, o Rochinha, escreveu um livro chamado "Gramática nunca mais", em que ele desce o pau em um monte de coisa que só serve pra complicar. Aliás, se dependesse dos professores da linguística formal, pelo menos da UFMG, muita coisa seria modificada (mas ainda prefiro a linguística do discurso, rs).

E quanto à questão do desrespeito eu também não entendi. O Serge discordou da Lola, direito dele, algumas de nós discordamos dele. O Serge discordar da Lola não foi desrespeito, mas nós discordarmos dele foi desrespeito? Também não entendi...

Abraços Lola!!!

Bruna Klöppel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
B. @bruneuc disse...

Pra quem ainda não teve oportunidade de ler o livro do Marcos Bagno, deixo aqui só uma amostra grátis, que tem no site dele. Resume o pensamento dele; mas ainda é indispensável que leiam o livro, hein!
Beijos, B.

http://www.marcosbagno.com.br/conteudo/textos.htm

Ághata disse...

Julia! Você tbm lê o blog da Mary W?! Eu adoro! Inclusive, adoooro o jeito com que ela escreve também! XD Acho que facilita muito a comunicação dos sentimentos e ideias dela! Acho um barato!

Ághata disse...

Ah, e mesmo nos meus tempos mais pedantes, acho que nunca fiz essa associação: “o jeito que vc escreve não combina com a sua profissão”. Porque, né. (essa última foi uma homenagem a Mary W).


Huahuahuahuahuahuahuahuahuah... XD
Excelente!

B. @bruneuc disse...

Vou colar uma parte pra quem estiver com preguiça de ler tudo...
Como produto intelectual de uma sociedade aristocrática, escravagista, oligárquica, fortemente hierarquizada, a Gramática Tradicional adotou como modelo de língua "exemplar" o uso característico de um grupo restrito de falantes:

" do sexo masculino;
" livres (não-escravos);
" membros da elite cultural (letrados);
" cidadãos (eleitores e elegíveis);
" membros da aristocracia política;
" detentores da riqueza econômica.


Com isso dá pra ver que, na verdade, seria extremamente incoerente se a Lola defendesse uma língua "correta" 100% das vezes, né?

aiaiai disse...

Entre as mais lindas e libertadoras passagens do livro Preconceito Linguístico está esta:

"Você sabe o que é um igapó? Na Amazônia, igapó é um trecho
de mata inundada, uma grande poça de água estagnada às margens
de um rio, sobretudo depois da cheia. Parece-me uma boa imagem
para a gramática normativa. Enquanto a língua é um rio caudaloso,
longo e largo, que nunca se detém em seu curso, a gramática
normativa é apenas um igapó, uma grande poça de água parada,
um charco, um brejo, um terreno alagadiço, à margem da língua.
Enquanto a água do rio/língua, por estar em movimento, se renova
incessantemente, a água do igapó/gramática normativa envelhece e
só se renovará quando vier a próxima cheia. Meu objetivo
atualmente, junto com muitos outros lingüistas e pesquisadores, é
acelerar ao máximo essa próxima cheia..."

lola aronovich disse...

Lauren, minha querida vaquinha de presépio: meus olhos são VERDES! Quanto as minhas curvas sexies, não vou retificar nada.


Amanda, quem me apontou o erro grotesco no “ligamento de trombas” foi o maridão! Às vezes ele atua como revisor. O problema é que ele não lê o meu blog todo dia, e quando lê um post, é horas depois da publicação. Ou seja, até ele corrigir, todo mundo já viu o erro. Sem falar que a minha gramática culta é melhor que a dele. Mas nem por isso eu me considero superior a isso. Quer dizer, só no que se refere a minha inteligência, meiguice, senso de humor etc etc...

Giovanni Gouveia disse...

Caso me esqueçam (ou te esqueçam, sei lá), aqui ou se fala "ricifi", ou se fala "Rêcife", nunca "récife"...

Mas, B, fora o fato de ser homem não escravo, Machado não era nada disso...

Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Serge Renine disse...

Aronovich:

Eu sempre li e escrevi pro seu blog achando que estava frequentando um blog de cinema e de política. Nunca pensei que fosse um blog feminista.

O comentário seu com seu marido "(Comentei o seu comentário com o maridão, e depois d'ele perguntar, espantado: “O João, num blog feminista?!”,)" me deixou com muita vergonha.

Por favor, agradeça a seu marido por me fazer ver o quanto eu estava sendo intromedido e, até, efeminado. Eu não gostei disso!

Eu não te disse que sou um matuto bocó?

Tchau Aronovich; vou pra outras paragens.

Muito boa sorte a você seu marido!

lola aronovich disse...

Serge, vc certamente está agindo como um matuto bocó, seja lá o que for isso. Jura que vc não tinha notado que este é um blog feminista? Praticamente toda semana eu tenho um post sobre direitos das mulheres, preconceitos, discriminação, liberdade, etc. Vc não percebeu todos esses posts? Além do mais, minhas críticas de cinema são certamente feministas. Minha análise política é feminista. Tá tudo muito ligado.
E vc acha que o maridão quis dizer com aquele comentário (“o João, num blog feminista?!”) que só homens afeminados leem um blog feminista? Eu não estaria junto com um homem que pensasse assim. Existem muitos homens feministas no mundo. Acho que o maridão, nos seus melhores dias, é um deles. A surpresa dele com o João frequentar este blog é porque, hum, ele conhece algumas histórias sobre o divórcio do João – histórias que não vou contar aqui de jeito nenhum. Mas que não fazem do João exatamente um feminista. “Feminista”, pra nós, é elogio, não insulto.
Serge, não te conheço, mas, a julgar pelos comentários que vc deixou nos últimos anos, discordamos em quase tudo. Imagino que vc tenha notado isso. Um tempinho atrás, não lembro quando nem por que, vc disse que não ia mais comentar aqui. Vc e todo mundo é bem-vindo a frequentar este blog e a comentar nele, mas sabendo que seu comentário pode ser comentado. E que nem sempre as pessoas vão concordar contigo, assim como não concordam comigo. É isso que é liberdade de expressão, a meu ver.
Boa sorte pra vc tb!

Gisela Lacerda disse...

Ai, preciso dizer q senti uma baita saudade do Jerry Lewis.. Essa figura me lembrou bons momentos com meu daddy; nós ríamos muito com os filmes do Lewis..

Victor disse...

Comecei a ler o seu blog, Lola, há mais ou menos um mês. Ainda estou no Ensino Médio, mas depois de ler essa polêmica sobre escrita formal e informal (para ser eufêmico), resolvi fazer meu primeiro comentário.

Sou um bravo defenso da boa escrita, mas também sou um bravo defenso deste blog. E, embora pareça ao seu amigo que isso é uma descrepância, penso que é o contrário.

Uma das coisas (e minha professora de Redação me mataria se me visse escrevendo esta palavra PROIBIDA) que me chamou a atenção ao ler seus textos, Lola, é que, apesar de serem gigantescos, eles são muito bem escritos e eu não me lembro de ter lido nada digno de fogueira (como "concerteza", "derrepente" e "ancioso", erros bem comuns nos sites de relacionamento e que me fazem perder QUALQUER credibilidade).

Resumindo, seus textos são ótimos e qualquer pessoa que veja problema em "meio que" precisa rever seus horizontes são limitados.

P.S.: Considero sim que sou uma pessoa bastante "elitista" gramaticalmente. Eu não perdôo certas coisas. Na verdade, boa ortografia tem um papel de destaque até mesmo (quiçá, principalmente) na escolha do meu par ideal (vide a comunidade o Orkut "Good writing is sexy").

João disse...

Eu já imaginava que a artilharia seria apontada na minha direção. Mas quem está na chuva é para se molhar, não é mesmo?

Você disse que cometi dois erros no meu texto (mas você não o transcreveu como eu escrevi); devia ter apontado quais são, pois estou duvidando de você. Não que eu seja infalível, não! Sou humano, e humanos são falíveis. . E em nenhum momento eu disse que escrevia sem erros, embora, confesso, esforço-me para que erros não aconteçam.

Você colocou o "meio que" como exemplo de que você escreve o que quiser e do jeito que quiser e que não é da minha conta você escrever assim. Quem comentou isso não fui eu. Então não sei por que jogou isso contra mim.

Quanto ao acento grave antes de "nada", já que comentaram... No texto original estava "à nada". Na sua frase "nada" estava sendo usado como pronome indefinido (como quase sempre é) e não existe a craseado antes de pronome indefinido (estou dizendo isso porque alguém ficou curioso). E você diz que não usou o acento grave ali. Mas usou. E se você retirou depois, foi porque percebeu o erro mas não o reconheceu; apenas o apagou.

Lola, em vários trechos do seu post você tentou me diminuir, coisa que você critica muito nas outras pessoas! E não consigo entender o que o meu divórcio tem a ver com o comentário que fiz aqui. Ou será que você vai dizer que me divorciei porque a minha ex-mulher falava errado?

A certa altura do seu post você diz que devo sentir muito prazer no meu trabalho, que é encontrar erros dos outros e corrigi-los. Isso é um disparate, Lola. Você não me conhece tão bem como julga. Exerço minha profissão com a maior dignidade e caráter!

Vou terminar sem entrar no mérito de muitos itens mencionados aqui porque não vale a pena. E encerro com uma perguntinha: preconceito é via de mão única?

Um bom feriadão a todos.

sujeito disse...

Lola, não consigo, pelo blog, saber a profissional que você é, para isso teria que assistir a uma aula sua. Mas, como pessoa, vc é ótima, e sem precisar de contexto algum, pois se mostra tão tolerante e livre que eu acho bem pouco provável de isso não ser comunicado aos seus discípulos, da academia ou não. É essa liberdade que mostra aos bons profissionais das Letras, sejam eles quais forem, que se precisa ser poliglota na própria língua, não é mesmo? Abraço.

lola aronovich disse...

João, transcrevi seu comentário exatamente como vc o escreveu, apenas retirando um pequeno parágrafo em que vc fala do Serge. Dei o link pro post onde o comentário está. Qualquer um pode ler o original. Um dos erros que vc cometeu vc mesmo corrigiu num comentário logo em seguida, a questão do “alguém confiaria um médico que diz...” (seria NUM médico). O outro erro está na sua última frase, “unido conteúdo e forma” (seria uniNdo). Não considero erros graves ou primários, apenas falta de atenção e revisão, que é justamente a maior causa dos erros que EU cometo. Aliás, que a maior parte das pessoas comete.
Quanto ao “à nada”, logo depois que vc escreveu isso eu fui tentar procurar em que post recente eu havia escrito isso. Não encontrei; logo, não tenho como corrigir. Eu assumo os meus erros, João. “Ligação de trombas” é infinitamente pior que crasear um “a nada”, e eu tô aqui, rindo (pra não chorar) dessa bobagem. Mas sim, volta e meia, quando percebo algum erro que cometi, ou quando algum leitor o indica pra mim, eu corrijo. Não foi o caso do “a nada”.
Não tentei te diminuir, João. E o comentário sobre o seu divórcio nao (vou ter que parar de usar o til pq tem um gato dormindo aqui com a pata em cima dele; acho que o caps lock tb será afetado) está no post, e sim nos comentários. Eu só estava tentando explicar pro Serge o comentário do Silvio, aquele do “o Joao, num post feminista?!”. Nao tem nada a ver com a sua ex-mulher. Tem com vc nao ser uma pessoa feminista. Aliás, vc nunca disse que era. Talvez apenas nao saiba que é machista.
Onde eu disse no meu post que vc sente prazer no seu trabalho ao encontrar erros nos outros? Não disse absolutamente nada sobre prazer no trabalho. Nem sei como está o seu trabalho, se vc está gostando dele ou nao. Falei que, como revisor, vc precisa valorizar a norma culta, porque é uma forma de valorizar o seu trabalho.
Não, preconceito nao é via de mão única. Mas, pela sua pergunta, vc indica que foi vítima de preconceito, é isso? Vc foi discriminado aqui? Ser criticado por um comentário é ser discriminado?

Serge Renine disse...

Aronovich:

Você deve estar me confundindo com outra pessoa. Eu sempre concordei com a maioria das suas idéias, e sempre nos entendemos muito bem. Eu não sou da de esquerda petista fundamentalista que acha o Lula a melhor coisa do mundo, até porque ele não é; eu não concordo com coisas erradas, (como escrever errado “meio que”) e querer seja certa a força. Isso é coisa de gente de direita e eu não aceito. Porém, sempre coloquei minhas opiniões com respeito e gentileza. Todos que aqui freqüentam sabem disso. Veja num período que você ainda morava em Joinville, e que a Mamacita também comentava, e verá que estou falando a verdade sobre como muitas vezes estivemos do mesmo lado. Eu sempre discordei de você como trata os que você, e muitos, chamam de troll. Numa pessoa com princípios democráticos isso é imperdoável. Parece coisa do PT atual que acoberta crimes, que quer calar a mídia se esta o critica, assim, fazendo uma mínica da direita que tanto criticou. Isso que eu não aprovo.

As suas repostas muitas vezes são mal educadas, mas nem assim eu revido, acho que é o seu jeito e seu eu venho até seu blog devo aceitar. Como se “diz os incomodados que se mudem”.

Em Joinville você era diferente. Você anda meio estranha ultimamente. O motivo... só você deve saber.

Mas como já disse. Os incomodados que se mudem!

Gisela Lacerda disse...

João, obrigada pelo "bom feriadão". Eu bem queria estar na Fazenda Bühler em Visconde de Mauá, região serrana fluminense, mas... estou aqui fazendo esse comentário. Ohhh! ;-((

E é verdade que antes do "nada" como pronome indefinido o "a" não é craseado. Você é revisor? Trabalho árduo, né?

Anônimo disse...

Em uma graduação em Letras a discussão vai muito além da definição de "certo": é a de que não existe "certo" e "errado". E estou vendo isso logo agora, no primeiro ano.

É claro que muitos erros, quando cometidos com frequência - NA ESCRITA - são intoleráveis. Como é o cazo de peçoas que iscreve ansim, por ezemplo. Mas aí são outros 500, depende da pessoa, do contexto, dos objetivos, enfim.

Sem qualquer intenção (nunca lembro se "intenção" é com "ç" ou "s"!) de puxa-saquismo, não acho que a Lola comete erros graves. Se existem erros, eles são comuns e podem até ser úteis no sentido de haver maior identificação e entendimento por parte dos leitores ao que foi escrito.

Deve-se tomar muito cuidado com esse tipo de preconceito, que tem muito mais a ver com o social do que com a língua em si. É importante saber escrever certo e bonito, mas tenhamos limites. Não usemos isso para discriminar e diminuir ninguém.

Gisela Lacerda disse...

Gigi (xará!), vai uma dica com boa "intenção": intensão com "s" é da 'família da tensão' (algo como a situação de explosão aqui no blog, vez ou outra!) e a intenção é querer fazer algo, estar a fim de, vontade de. Vai ser fácil lembrar de uma próxima. Garanto.

Eu tive uns professores bem doidos (por mais retrógrados que fossem) que davam altas dicas, tanto na faculdade como durante o ensino médio. Lembro-me das palavras de um senhor: "na dúvida se vai o uso da crase ou não, finja que esqueceu e não ponha nada. Vai passar menos vergonha." ;-)))

Victor disse...

Adorei a dica do seu professor quanto à crase, Gisela! HAUHAUAHAU. Felizmente, acho que minha fase "dúvidas de crase" já foi vencida...

Não que eu tenha aprendido através disso, mas quem ainda tem dúvidas quanto ao uso da crase pode aprender o que precisa em: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=16923412

;D

Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gisela Lacerda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Giovanni Gouveia disse...

"Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro "


Pronominais (Oswald de Andrade)

Tanize disse...

Tenho que concordar com o Serge, muitas vezes as repostas aqui, nos comentários, chegam perto da grosseria.
Acho que a tolerância é o melhor caminho sempre!!
E nem por isso "meio que" e errinhos (que eu nunca perceberei, dado meu português mais ou menos)me incomodam.
Só a maneira de responder que, parece sim, bem ríspida.

Paulo disse...

Mas afinal, por que o J tem pingo?

Unknown disse...

Mais uma Gisela chegando....
Que briga boa!
....e sei exatamente porque minha amiga Liliane (leitora assídua deste blog)mandou este post para mim por email: adoro esta discussão. Deve ser por isso que eu sou lingüista (o contrário também qualifica).

Tanto pra dizer! Me permitam um linkezinho para a visão de erro do linguista, que passa bem longe do "vale tudo"do qual fomos (injustamente!)acusados: http://olhosquebrilham.blogspot.com/2004/09/lngua-boa-ruimlngua-certa-errada.html

Fui ser linguista porque li um livro do Celso Luft que analisa e discute uma crônica do Luis Fernando Verissimo que chama-se "O gigolô das palavras"....recomendo!

Adorei o blog.
Abraços!

Unknown disse...

continuando....

O conceito de erro, quando se trata de língua, é quase sempre discutível. A menos que seja um erro ortográfico. Aí não tem por onde escapar: é erro, mesmo. Afinal, a grafia das palavras é uma convenção, e como está combinado que vai todo mundo escrever daquela forma, se você for anti-convencional pode estar provocando um ruído na sua comunicação. A atenção do leitor desvia da sua idéia para a palavra que você grafou fora da convenção, e o seu objetivo como escritor(a) fica prejudicado.

Concordâncias muito discordantes, tipo "a gente fomos", tempos verbais inadequados, léxico mal utilizado, falta de clareza, incoerência, etc, etc, também acabam sendo desvios do que a gente queria quando escreveu o texto, em maior ou menor grau.

Não podemos nunca esquecer que a língua já exisitia antes de os gramáticos chegarem pra tentar descrevê-la (e normatizá-la).E como eles se baseiam nos "grandes autores"(em muitos casos, mais por consagração da academia que por méritos tão maravilhosos assim), e os grandes autores estão cheios de exemplos que vão contra o que a gramática diz, estamos cheios de concordâncias ideológicas e licenças poéticas para justificar o seu "deslize".

Se o texto tiver muitos problemas desse tipo, o leitor acaba meio que (rs)descredenciando o escritor (e nesse ponto eu concordo com o João! Todo o texto é um texto de convencimento: queremos convencer o leitor a, no mínimo, continuar nos lendo! Para isso, quanto mais afinados estiverem nossos instrumentos, melhores nossos resultados....)

Uso da língua é, mais que tudo, uma questão de ADEQUAÇÃO; tudo tem que ser levado em conta: o público leitor, o meio, que tipo de texto estou me propondo a escrever....blogs são normalmente mais informais, e junto com a informalidade, vêm uma liberdade de expressão maior, licenças poéticas, rasuras, emendas, ressalvas, e tudo o que o blogueiro tem direito. E esta blogueira tem o meu respeito, porque embora eu não a tenha lido (ainda) muito, ela conquistou como leitora esta minha amiga que é uma leitora muito exigente e com um histórico de leituras, alem de vasto,riquíssimo, e todas essas tantas outras pessoas que vêm visitar seu blog. Se ela convenceu tanta gente a continuar voltando para ler mais, é óbvio que seu texto deve ser muito bom.

As estatísticas meio que falam por si mesmas.....

Fábio Aristimunho disse...

"pra por lenha na fogueira": falta o acento em "pôr".

João disse...

É fim de tarde neste 6 de junho e acabo de voltar de minha viagem de feriadão. Estava ansiosíssimo por ver os comentários que haviam sido postados após meu distanciamento do computador, já que o post foi uma resposta da Lola para mim (com ela insatisfeita com um comentário meu). E agora confesso estar aliviado porque, com exceção da resposta da Lola, todos foram extremamente respeitosos e amáveis e não fizeram questão de "ficar por cima". A Gisele, então, foi de uma fineza ímpar. Parabéns, menina! Espero que, apesar de não ter ido àquela fazenda que você mencionou, seu feriadão (se é que você teve) tenha sido muito bom.

Preciso confessar que achei os últimos comentários muito, muito elegantes. De ótimo conteúdo. Alto nível mesmo! Até mesmo porque uma das pessoas comentou a importância de se pensar exatamente no que é o erro. Mas alguém também já se encarregou de responder. Acho que o final dessa discussão foi de uma riqueza imensa, com pessoas nada recalcadas dando suas opiniões com clareza e educação. Parabéns, pessoal. Ah, Gisela, sou revisor de texto, sim. Depois de trabalhar quase três décadas como professor, decidi procurar um trabalho menos difícil. E estou muito feliz.

João disse...

Agora, sim, vou responder em detalhes ao post da Lola (que foi sobre um comentário que fiz há alguns dias).

Lola, você ficou abismada com a expressão “erros frequentes” que escrevi. E nos pergunta se são tão frequentes assim, se chegam a um por post. Você está perguntando mesmo? Ou é só brincadeirinha? É brincadeirinha, só pode ser...

Você diz que eu desdenho da Academia e isso eu não fiz. Portanto, não sei por que você escreveu isso! (Talvez você ache que no exemplo que eu dei, com um suposto nome para uma tese, eu estivesse desdenhando, mas isso foi SUPOSIÇÃO SUA, não declaração minha. E sua suposição foi totalmente equivocada.)

Você diz que em momento nenhum tentou me diminuir, mas escreveu “Só porque não terminou o seu mestrado...”. Isso é ou não é demonstração explícita de soberba, já que você terminou? Ademais, é preciso terminar o Mestrado para saber o valor que têm as dissertações? (Para sua informação, terminei aquele Mestrado e fiz também um em Espanhol.)

Você diz que insinuei que as teses são inúteis. Conclusão sua. Conclusão errada! Existem teses que valem a pena, sim. Não todas, lógico. Algumas. E quem estuda Mestrado e Doutorado sabe isso (e quem não estuda esses níveis, se lê teses e dissertações, haverá de concordar).

Você deduz que falar/escrever corretamente é obsessão para mim. Não é. Opinião sua. Errada de novo!

Você diz que eu provavelmente me sinto "especial, único acima dos reles mortais" pela profissão que tenho. Por que essa conclusão esdrúxula? Sinto-me especial, sim, mas por outras razões: porque sou uma pessoa honesta, de bom caráter, trabalhador, cumpridor das minhas obrigações, com dois filhos maravilhosos, não porque corrijo erros de português! Não me sinto superior a ninguém, como você insinua! Se você tem ou tinha esse sentimento, os outros não precisam ser iguais a você.

Você diz que já esteve no estágio em que me encontro agora e até entende, dando a entender que agora você é muito superior. Olhe só, e ali em cima você me acusa exatamente disso! Convenhamos, a sua coerência tirou folga no feriadão!

A certa altura do seu texto você diz que cometi dois erros (!) no meu comentário (um eu já tinha corrigido logo em seguida, e o outro foi de digitação, como qualquer pessoa inteligente percebe; aliás, diferente dos seus), que eu devia imaginar então quantos erros eu faria se escrevesse posts diários. Se eu não tivesse capacidade de fazer posts diários longos, eu os faria curtos! Problema nenhum. O tamanho do post não justificaria os erros...

Quanto ao exemplo que dei do médico, sabia que se nenhum comentarista o ridicularizasse você o faria. Bingo! (Não que o exemplo fosse ridículo, mas que você o consideraria assim.) E você foi longe nesse item. Desnecessariamente! A prolixidade é uma praga no texto.

No final você diz que quem gosta de ler frases/textos bem escritos é pedante. Isso também é incoerente de sua parte. Desnecessário dizer por quê.

Anônimo disse...

Oi Lola!!
Faz tanto tempo que não passo aqui...Poxa, quanto tempo...Mas se nem no meu próprio blog eu tenho escrito, pra quê tentar explicar, né?
Pois bem, pelo menos duas coisas eu achei legal, vou poder segui comentando, já que não pretendo dizer minha formação e como me apresento atualmente apenas como dona de casa, ninguém vai reparar na "senhora do avental sujo de ovo", pq parece que erros para pessoas assim são até esperados o que dizer de perdoados, não?
E a segunda coisa é : "Talvez apenas nao saiba que é machista. "
Não sei quem é o João ou coisa nenhuma dele, mas que sorte tem esse rapaz, viu? Espero encontrar alguém bom assim comigo nessa vida, ai, ai!!!!
Bj Lola e feliz aniversario atrasado, mas lembrado!!

Somnia Carvalho disse...

Querida Lola, quanta energia tem que se ter!

continuo sentindo orgulho de conseguir diferenciar alguém que escreve bem e tem idéias fora do comum, como você... sinto orgulho de aqui comentar, seja com o usem erros de gramática...

mas tudo isso, essa coisa de ter que provar o óbvio, me cansa que só! com certeza por isso eu tenha poucos comentadores!

ser tão aberta e dar a cara para bater como você faz não é NADA NADA fácil... Ser polêmica e se abrir para temas polêmicos importantes da qual muita gente sequer pensa dá muito trabalho... e só por isso você já devia ser aclamada...

beijao,
somnia.

Somnia Carvalho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Amanda Nogueira. disse...

muito, muito tempo que não passo por aqui! adorei a classe! E antes de qualquer outra coisa, fiquei bastante feliz por saber que agora está dando aula em uma federal (pra vc ver como tem tempo que não passo por aqui!)
Parabéns!

Anônimo disse...

Lola, você é o máximo, os seus posts são o máximo e a sua resposta é o máximo. Eu não acredito que você tenha gostado de Sex and the City (risos), mas pela sua explicação eu entendi o por quê (ish, será que estou usando o "porque" certo?). Achei um absurdo o vídeo do programa de humor de Israel e concordo muito com os comentários que você fez naquele post. Eu leio o blog com frequencia, mas tenho a triste mania de ser uma leitora silenciosa. Vou me manifestar mais. :)
Beijo da sua fã!

Melina