Em agosto, quando me preparava pro concurso em Fortaleza, tive meu primeiro contato com Linguística Sistêmico-Funcional. E, a princípio, detestei. Achei que, para analisar um texto, não são necessários tantos termos técnicos como a enormidade criada pela LSF. Mas li um capítulo sobre mood and modality (calma que eu já explico) de um livro introdutório de 2004 da Suzanne Eggins (An Introduction to Systemic Functional Linguistics) e encontrei bastante coisa interessante.
Ahn, mood, que deve ser modo em português, é se a frase é declarativa (Meu nome é Lola), interrogativa (Como você se chama?), imperativa (Me diga o seu nome) ou exclamativa (Puxa, como eu gostaria de saber o seu nome!). Modalidade é como “modulamos” as frases, isto é, como fazemos pra que elas sejam mais ou menos fortes. Tem duas divisões: modalization, que são os intensificadores, como muito, bem, totalmente, pouco, e modulation, que inclui pedidos e comandos, onde geralmente se usa por favor.
Eggins aponta um dado que eu nunca nem tinha pensado: que qualquer declaração sem modalidade é mais forte que com. Olha só, se eu disser “Meu nome é Lola”, eu apresento isso como um fato sem discussão (apesar do meu nome verdadeiro ser Dolores). Se eu disser “Meu nome provavelmente é Lola”, há uma suspeita, lógico. Mas mesmo se eu usar modalidade forte, ainda haverá suspeita. Quer ver? “Sem sombra de dúvida, meu nome definitivamente é Lola”. O simples “Meu nome é Lola” é bem mais forte. Não é curioso? A gente coloca umas palavras pra reforçar uma frase, e no fundo a enfraquece. Pensem nisso ao escrever e falar, crianças.
Quando participamos de um papel social, fazemos nossas escolhas de modo de acordo com o que a cultura espera de cada papel. Assim: a gente não costuma usar imperativos com um chefe, né? Ao invés de “Abra a janela”, ou mesmo “Abra a janela, por favor”, com um chefe seria mais comum que disséssemos “Será que eu poderia abrir a janela, por favor?”. Numa aula, um professor usará mais interrogações (muitas vezes retóricas, sem esperar uma resposta), declarações e imperativos que os alunos. Alunos usam interrogações também, mas com mais elipse (“Mas?...”, “Você poderia explicar novamente?”). Isso indica que professores têm mais poder que alunos, ao menos na sala de aula. Já notaram o estranhamento causado quando saímos com um professor pra uma pizza ou uma cerveja? É porque tanto ele quanto nós estamos cumprindo outras funções sociais, menos hierárquicas (demoro pra lembrar que agora estou do outro lado: eu sou a professora!).
E é por isso que a maior parte de nós prefere ter uma discussão acalorada com amigos do que uma conversa amigável, mas formal, com gente que não conhecemos bem (mesmo que não haja nenhum tipo de confronto), ou com um atendente de telefone, ou com os pais do namorado(a), ou com o chefe. Imagine que seu chefe cometa um erro. Você provavelmente não dirá: “Você tá errado!”. Dirá: “Pode ser que isso talvez não esteja correto”. A polidez numa situação hierárquica significa que a gente reconhece a autoridade do superior.
Nossa impressão é que a gente discute menos quando está entre amigos, mas não é verdade. Aliás, é exatamente o contrário! É em conversas formais com estranhos onde geralmente não há discussão. Porque há pouca liberdade, e os papéis sociais são fixos.
O pessoal que analisa discurso transcreve pruma folha uma conversa, e então a observa. Sabemos que a conversa é entre amigos se há envolvimento afetivo, se as pessoas se interrompem umas às outras livremente, sem pedir licença (o que indica posição de poder igual entre as partes – pedir licença não é só ser educado, é também, às vezes, estar numa posição inferior), se há gírias, palavrões, se as pessoas usam seus primeiros nomes, ou apelidos etc. E lembrem-se que a principal diferença entre uma transação escrita e oral é que na oral mantemos turnos conversacionais ("agora é a sua vez de falar, agora é a minha").
Mas por que amigos discutem? Porque é através do diálogo que a gente estabelece e desenvolve nossos papéis sociais. Não há exatamente um rótulo dizendo que o participante numa conversa é Estranho ou Amigo, ou Mandão, ou Tímido, ou mesmo De esquerda ou De direita. A gente se mostra assim ou assado de acordo com nossas atitudes, e, mais ainda, da nossa fala. E o que esses estudos costumam mostrar repetidamente, segundo Eggins, é que se você está numa conversa com três ou mais amigos de ambos os sexos, e se você é homem, isso significa que você pode dominar a conversa, que você vai poder discutir de forma confrontacional. Se você é mulher significa que você vai fazer o possível para que a conversa continue, que você pode dar sugestões mas vai ceder o lugar sem brigar, que você vai pedir pra pessoa clarificar, e que você vai querer saber mais sobre outras pessoas no grupo, principalmente sobre os homens. Ou seja, o que isso tudo quer dizer? Que, mesmo numa conversa livre, informal, entre amigos, as posições hierárquicas são mantidas. E, neste mundo de meu deus, homem tem mais poder que mulher. E isso se manifesta numa simples conversa. Acho tudo isso fascinante, você não?
Eggins aponta um dado que eu nunca nem tinha pensado: que qualquer declaração sem modalidade é mais forte que com. Olha só, se eu disser “Meu nome é Lola”, eu apresento isso como um fato sem discussão (apesar do meu nome verdadeiro ser Dolores). Se eu disser “Meu nome provavelmente é Lola”, há uma suspeita, lógico. Mas mesmo se eu usar modalidade forte, ainda haverá suspeita. Quer ver? “Sem sombra de dúvida, meu nome definitivamente é Lola”. O simples “Meu nome é Lola” é bem mais forte. Não é curioso? A gente coloca umas palavras pra reforçar uma frase, e no fundo a enfraquece. Pensem nisso ao escrever e falar, crianças.
Quando participamos de um papel social, fazemos nossas escolhas de modo de acordo com o que a cultura espera de cada papel. Assim: a gente não costuma usar imperativos com um chefe, né? Ao invés de “Abra a janela”, ou mesmo “Abra a janela, por favor”, com um chefe seria mais comum que disséssemos “Será que eu poderia abrir a janela, por favor?”. Numa aula, um professor usará mais interrogações (muitas vezes retóricas, sem esperar uma resposta), declarações e imperativos que os alunos. Alunos usam interrogações também, mas com mais elipse (“Mas?...”, “Você poderia explicar novamente?”). Isso indica que professores têm mais poder que alunos, ao menos na sala de aula. Já notaram o estranhamento causado quando saímos com um professor pra uma pizza ou uma cerveja? É porque tanto ele quanto nós estamos cumprindo outras funções sociais, menos hierárquicas (demoro pra lembrar que agora estou do outro lado: eu sou a professora!).
E é por isso que a maior parte de nós prefere ter uma discussão acalorada com amigos do que uma conversa amigável, mas formal, com gente que não conhecemos bem (mesmo que não haja nenhum tipo de confronto), ou com um atendente de telefone, ou com os pais do namorado(a), ou com o chefe. Imagine que seu chefe cometa um erro. Você provavelmente não dirá: “Você tá errado!”. Dirá: “Pode ser que isso talvez não esteja correto”. A polidez numa situação hierárquica significa que a gente reconhece a autoridade do superior.
Nossa impressão é que a gente discute menos quando está entre amigos, mas não é verdade. Aliás, é exatamente o contrário! É em conversas formais com estranhos onde geralmente não há discussão. Porque há pouca liberdade, e os papéis sociais são fixos.
O pessoal que analisa discurso transcreve pruma folha uma conversa, e então a observa. Sabemos que a conversa é entre amigos se há envolvimento afetivo, se as pessoas se interrompem umas às outras livremente, sem pedir licença (o que indica posição de poder igual entre as partes – pedir licença não é só ser educado, é também, às vezes, estar numa posição inferior), se há gírias, palavrões, se as pessoas usam seus primeiros nomes, ou apelidos etc. E lembrem-se que a principal diferença entre uma transação escrita e oral é que na oral mantemos turnos conversacionais ("agora é a sua vez de falar, agora é a minha").
Mas por que amigos discutem? Porque é através do diálogo que a gente estabelece e desenvolve nossos papéis sociais. Não há exatamente um rótulo dizendo que o participante numa conversa é Estranho ou Amigo, ou Mandão, ou Tímido, ou mesmo De esquerda ou De direita. A gente se mostra assim ou assado de acordo com nossas atitudes, e, mais ainda, da nossa fala. E o que esses estudos costumam mostrar repetidamente, segundo Eggins, é que se você está numa conversa com três ou mais amigos de ambos os sexos, e se você é homem, isso significa que você pode dominar a conversa, que você vai poder discutir de forma confrontacional. Se você é mulher significa que você vai fazer o possível para que a conversa continue, que você pode dar sugestões mas vai ceder o lugar sem brigar, que você vai pedir pra pessoa clarificar, e que você vai querer saber mais sobre outras pessoas no grupo, principalmente sobre os homens. Ou seja, o que isso tudo quer dizer? Que, mesmo numa conversa livre, informal, entre amigos, as posições hierárquicas são mantidas. E, neste mundo de meu deus, homem tem mais poder que mulher. E isso se manifesta numa simples conversa. Acho tudo isso fascinante, você não?
Se eu acho fascinante? Fantástico! :-))
ResponderExcluirAdorei o assunto.
ResponderExcluirEu mesma tenho a mania de mascarar ordens e pedidos em forma de pergunta. A impressão que fica é que a pessoa fez por que quis, mas na verdade, ela não tinha como recusar.
Ordens e pedidos são feitos por superiores e como não quero tratar/não considero a outra pessoa como inferior eu disfarço o pedido. E faço isso automaticamente, sem perceber.
Estudei análise sintática da sexta ou sétima série ao primeiro ano da universidade, e nunquinha consegui me sentir amigável, se for entra nessa seara eu endoidaria de vez.
ResponderExcluirTambém na Universidade eu penei pra estudar o estruturalismo de Claude Lavi-Strauss cia Ltda.
Mas sim, é fascinante, assim como a medicina o é, desde que não seja eu quem vá fazer o serviço sujo ;)
Sim, gênero é uma forma primeira de significar as relações de poder, já dizia Joan Scott.
ResponderExcluireu discuto com homem ou mulher do mesmo jeito.
ResponderExcluirmas prefiro discutir com homens, em geral são bem mais interessantes....
Amei o post! Vc deve ser uma execelente professora, pois vc torna os assuntos mto acessíveis. Se todos os teóricos fossem como vc, meu TCC e minha IC seriam feitos com mais facilidade.
ResponderExcluirSugestão para um próximo assunto: Dialogismo (estou precisando entender isso a fundo para o meu TCC!! rs).
Lola,
ResponderExcluirsempre achei essa área da linguística fascinante. E ainda dá pra colocar mais lenha na fogueira, se quiser expandir o tema e a análise: coloque aí elementos como entonação, códigos não-verbais, cultura, etc, e estará instaurado um verdadeiro bololô!
Uma vez vi a defesa de uma colega que estava estudando essas relações no ambiente virtual. Muito interessante, ainda mais porque abre mais ainda o leque com um campo ainda relativamente novo.
E tem gente que acha que aprender uma língua é só dominar a gramática e o vocabulário... :-)
abraço e boa semana
Mônica
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluireu ja tinha percebido algo parecido, e tinha ficado incomodada com essa que parece uma necessidade da maioria dos homens em querer controlar a conversa - o que faz com que, na presença de mais de um deles, o volume e o tom da conversa se acalore gradualmente conforme um e outro tentam "conversar" quando na verdade não escutam, e sim querem dominar o diálogo, fazendo com que a conversa não chegue a lugar nenhum. Aliás, muitas vezes termina em briga ou em um ficando chateadinho com o outro.
ResponderExcluirSinceramente? Eu de coração prefiri muitas vezes ceder o lugar sem brigar, ou tentei saber mais sobre o outro. Ter uma função construtiva e sem implicar em querer dominar o outro é uma idéia que me agrada mais.
(digo isso mas não deixo de considerar o conteúdo de aprendizado do suposto papel feminino que eu tive ao longo de toda a minha vida, e que me pode me levar a querer ser mais (com)passiva )
Lola,
ResponderExcluirEstudei análise da conversa e é um assunto fascinante mesmo. Quem estuda gênero na conversa é uma autora chamada Robin Lakoff.Não é o mesmo Lakoff das metáforas...Acho vc muito didática mesmo.
Lolinha acho super interessante essa area da linguistica embora eu seja bem leiga no assunto...
ResponderExcluirpercebo isso do discurso cheio de por favores e tal me soarem muito mais agressivo que um: da o sal!
mas eu sempre imaginei que tinha a ver com a entonacao nao com as modulacoes.
Interessante e vou esperar o proximo post!
Ah! so de ler o titulo do seu post eu pensei em escrever outro sobre o poder que a palavra exerce e como julgamos o poder de alguem pelo uso ou nao da palavra... vou ver se escrevo...
Como aspirante a um mestrado na área de Linguística do Texto e do Discurso da UFMG, adooooro esses assuntos, rs...
ResponderExcluirNunca li esse autor, talvez porque aqui os professores se concentrem na Análise do Discurso de linha francesa, em nomes com Charaudeau, Maingueneau e Ruty Amossy, mas vou procurar saber sobre as teorias dele, sim.
Realmente às vezes parece que eles ficam demais na teorização abstrata e na conceituação dos termos, mas depois que nos apaixonamos pelo tema, a forma como analisamos textos e até conversas aparentemente inocentes, nunca mais é o mesmo...
Abração Lola
Muito interessante, Lola!
ResponderExcluirAguardo o próximo post.
bjos.
É interessante quando eu estou conversando com um amigo e ele fala tudo o que quer, e do jeito que quer, entretando, muitas vezes, quando vou falar ele me 'impede', muda de assunto (sempre pra algo que o envolva, exclusivamente).
ResponderExcluirE, em muitas ocasiões, eu sempre dissimulo as conversas, até manipulo, sem ver.
A hieraquia se impõe em cada parte de nossas vidas.
ResponderExcluirEmbora eu conheça várias mulheres que conseguem inverter a situação e dirigir qualquer conversa.
Oi, Lola! Eu preciso de um favor!Se fosse possível você poderia me dar algumas dicas de filmes que deem destaque às variações linguísticas? As relações entre a linguagem usada por diferentes grupos sociais, regionalismos, enfim... Me desculpe chegar desse jeito sem nunca ter comentado, mas é que não imagino ninguém melhor do que você, que é dessa área e ainda por cima cinéfila. Bom, obrigada, adoro o seu blog! =)
ResponderExcluirJacqueline, já viu My fair lady?
ResponderExcluirAnna, já sim! Obrigada pela sugestão, mas eu precisava de outros :/
ResponderExcluirPosso discordar do final do seu texto? Acho que existem mais variáveis a serem consideradas para se estabelecer quem domina a conversação, tais como: grau de conhecimento do assunto discutido, timidez/desenvoltura, talento para atrair a atenção dos demais etc etc
ResponderExcluirUm homem desinteressante num grupo de mulheres perspicazes só provocaria bocejos, jamais a atenção das demais.
Eu não sei como seria classificado, mas existe um tom de voz especial, geralmente utilizado para se solicitar algo. É um tom adquirido instintivamente. Por que acabamos aprendendo que um tom mais dócil é bem mais eficaz do que um tom mais peremptório.
Um abraço,
Elizabeth
Lola
ResponderExcluirSou mais afeita a área da literatura, mas muitas vezes vejo que uma aárea contribui significativamente para a outra.
Gosto dessa parte não-dura da lingística. Quero saber mais sobre análise do discurso, ainda vou fazer uma cadeira introdutória na faculdade... Uma amiga minha fez seu TCC falando sobre relações entre estado e educação tomando como objeto central uma entrevista da secretária de educação do governo Yeda. Analisando a entrevista ela apontou a posição política do governo e seu equívovo ao cortar o ponto de professores grevistas.
Vlew Abraçus
Talvez eu nem devesse abrir o bico, afinal, nada entendo da ciência em discussão, mas a impressão que tenho é bem diferente da exposta. Será mesmo que os homens buscam dominar as conversas e as mulheres alongá-las, ou isso não passa de mais um daqueles discursos sexistas com ares de ciência? Na minha experiência (de vida, destaco), a sensação que fica é a de que parte dos homens e mulheres buscam dominar as conversas em grupo na mesma proporção, e outra parte "dá corda" aos parceiros também em proporção similar, dependendo do ambiente, do interlocutor e do tema, dentre outras variáveis... Eu mesmo reajo de forma totalmente distinta nos "meus" ambientes, em comparação às minhas atitudes em ambientes estranhos...
ResponderExcluir(Off topic): Lola, vc leu isso: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u723263.shtml
ResponderExcluirPS: O que me incomoda muito nesse tipo de desculpas (estava sob efeito de alcool ou drogas) é justamente sua tentativa de justificar ações assim. Ainda mais nesse caso onde o agressor estuprou bem mais de uma vez e mais de uma mulher/menina.
Pois eu, por mim, não paro o conversê NUNCA.
ResponderExcluirUm horror, eu sei, mas o que se há de fazer?
Mas ouço o que os outros têm a dizer tambem (porque minha mãe sempre me lembrava de que a gente tinha duas orelhas e apenas uma boca e tal e coisa...)
Ou seja: a última a sair do boteco.
Interessantes, as usual.
xxx
Ps: Se vc achar pertinente dá uma twitada ou divulgada na Ficha Limpa? Links, info, etc lá no blog.
beijos!
Tambem acho interessante o forte papel do fator cultural, e o tom de voz como colocou a Elizabeth...
ResponderExcluir- (bem doce) "Me passa o sal"
- (tom de voz normal) Can you give me the salt, please.
Meu marido, que eh ingles, vive implicando comigo pois eu raramente uso a palavra "por favor" e "please". E a palavra "please" para os britanicos eh quase uma religiao, uma sentenca sobre ser bem educado ou nao. Observando minha familia percebi (antes eu nem percebia) que muitos brasileiros apesar de nao usarem a palavra por favor, pedem quase cantando, com um tom bem docinho.
Alessandra
Lembri de uma coisa, meus pedidos a desconhecidos vêm acompanhados de um "por obséquio", outro dia Cris (dona esposa) perguntou se eu falava aquilo como ironia, por que pra ela soava falso.
ResponderExcluirOutra coisa engraçada foi quando passamos as férias em Limeira, Cris, já aculturada pelo "pernambuquês", usava o imperativo na segunda pessoa (ao contrário dos paulistas que, via de regra, usam a terceira pessoa), foi considerada "autoritária" pela mãe :D
Muito legal o texto, Lola!
ResponderExcluirDesculpando o off-topic, gostaria de sugerir que vc escrevesse sobre o filme "A verdade nua e crua". É uma comédia romântica com piadas machistas e misóginas, mas me falaram que o filme em si não é machista, "só" as piadas. Ele é totalmente politicamente incorreto e foi escrito por mulheres. Seria muito legal saber sua opinião.
Bjs e obrigada.
Esse assunto também remete ao humor, às piadas que o cara escroto do trabalho conta sobre mulher, sobre militante político, etc. O tom humorístico escamoteia a perversidade e violência verbalmente expressa.
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