Ha ha, adorei a frase da Eliziane, uma moça que está fazendo curso não para tornar-se costureira ou manicure, mas pedreira: “A gente ainda depende de homens só pra matar barata” (ou, como o Globo melhorou, “Só dependo de homem para matar barata”).
Tenho percebido que toda vez que saem matérias sobre mulheres trabalhando em construções (e eu já li mais de uma dúzia de artigos desse tipo nos últimos anos), aparece uma declaração como esta, vinda de uma engenheira: “As vantagens em se trabalhar com a mulher numa obra são muitas: elas são mais detalhistas, mais limpas, organizadas, mais econômicas com o material (porque sabem administrar e não desperdiçam) e estão sempre querendo mais serviços”. Eu acredito!
A matéria, embora curta, ainda traz bons exemplos de como “homem que ajuda em casa” está a anos-luz de distância de realmente dividir os afazeres domésticos com a mulher, e de como ainda há marido ditador que não permite que a mulher trabalhe fora ou sequer estude.
O único porém do artigo é um parágrafo que aponta que essas mulheres pedreiras não abrem mão da vaidade feminina, e que estão sempre maquiadas, algo ― suponho ― totalmente imprescindível quando se está mexendo com gesso e argamassa. Já notou como toda santa reportagem que trata de mulheres em campos tradicionalmente reservados aos homens inclui no mínimo um parágrafo sobre vaidade feminina? Não falha nunca! Até compreendo a estratégia (muitas pessoas preconceituosas acham que um emprego desses “masculiniza” a mulher), mas o ideal seria que os preconceituosos fossem deixados falando sozinhos.
Bom, eu adoraria poder contratar uma pedreira mulher, até porque não é fácil encontrar um pedreiro homem competente. Na realidade, em todas as obras e reformas que contratei alguém pra fazer, só dei sorte com um pedreiro, que foi quem ampliou e fez o sobrado que hoje é a casa da minha mãe. Ele era crente, e muito responsável e cuidadoso. Lembro quando, perto do natal daquele ano, eu e o maridão, burrinhos como só, demos uma garrafa de champanhe pra ele, só pra ouvir “Não bebo, minha religião não permite”. Infelizmente, nunca mais o encontramos para outras obras. Pedreiro quando é bom, pelo menos por aqui, rapidamente se torna capataz de obras. Ou seja, ele vende o pacote completo e fornece os pedreiros, uma equipe informal que trabalha com ele. Torna-se raro ele mesmo por a mão na massa de novo. E eles ganham um bom dinheiro.
Por falar em dinheiro, preciso incluir um adendo: nada contra mulheres fazerem cursos de costureira ou manicure. É só que dá pra ganhar um salário mais alto sendo pedreira. Muito do estereótipo de uma profissão se dá pra manter o status quo. As mulheres não ocupam 90% dos cargos de professoras primárias nas escolas apenas por estarem mais acostumadas a lidar com crianças. É também porque esse emprego é mal remunerado. Não que uma mulher veja uma profissão que paga mal e diga: “Oba, é isso que eu quero fazer da vida!”. Mas a sociedade inteira encoraja mulheres a trabalharem em serviços que pagam menos, já que esse detalhezinho como salário não importa tanto pra gente (preste atenção quando você ouvir alguém falar em “vocação”, se isso não é usado como parte do argumento do “salário não importa”, e se a maior parte que faz esse discurso não é mulher). Como homens ainda são vistos como chefes de família, calcula-se que eles não poderão sustentar uma casa com salário de professor primário, ou de babá, empregado doméstico ou manicure. E é por isso, também, que a desigualdade salarial continua gigantesca entre homens e mulheres (melhor não falar que até homens na mesma profissão, às vezes no mesmo escritório, ganham mais que suas colegas mulheres).
Outro adendo, desta vez à frase da Elziane: pô, vamos parar de sexismo! Homens são essenciais para muitas outras coisas além de matar barata. Por exemplo, aqui em casa tem bastante lesma. Eu tenho nojo de chegar perto, então peço pro maridão colocá-las pra fora. Sempre tenho que pedir, porque ele nunca vê uma lesma. Ela pode estar a um palmo dele, que ele não vê. Ele pega uma pá e uma vassoura (geralmente só chega perto desses instrumentos de limpeza nessas ocasiões), varre a lesma pra dentro da pá, e aí a joga no jardim. Eu chamo de “bungee jump pra lesmas”. Acho que elas se divertem. Pelo menos sempre voltam.
A matéria, embora curta, ainda traz bons exemplos de como “homem que ajuda em casa” está a anos-luz de distância de realmente dividir os afazeres domésticos com a mulher, e de como ainda há marido ditador que não permite que a mulher trabalhe fora ou sequer estude.
O único porém do artigo é um parágrafo que aponta que essas mulheres pedreiras não abrem mão da vaidade feminina, e que estão sempre maquiadas, algo ― suponho ― totalmente imprescindível quando se está mexendo com gesso e argamassa. Já notou como toda santa reportagem que trata de mulheres em campos tradicionalmente reservados aos homens inclui no mínimo um parágrafo sobre vaidade feminina? Não falha nunca! Até compreendo a estratégia (muitas pessoas preconceituosas acham que um emprego desses “masculiniza” a mulher), mas o ideal seria que os preconceituosos fossem deixados falando sozinhos.
Bom, eu adoraria poder contratar uma pedreira mulher, até porque não é fácil encontrar um pedreiro homem competente. Na realidade, em todas as obras e reformas que contratei alguém pra fazer, só dei sorte com um pedreiro, que foi quem ampliou e fez o sobrado que hoje é a casa da minha mãe. Ele era crente, e muito responsável e cuidadoso. Lembro quando, perto do natal daquele ano, eu e o maridão, burrinhos como só, demos uma garrafa de champanhe pra ele, só pra ouvir “Não bebo, minha religião não permite”. Infelizmente, nunca mais o encontramos para outras obras. Pedreiro quando é bom, pelo menos por aqui, rapidamente se torna capataz de obras. Ou seja, ele vende o pacote completo e fornece os pedreiros, uma equipe informal que trabalha com ele. Torna-se raro ele mesmo por a mão na massa de novo. E eles ganham um bom dinheiro.
Por falar em dinheiro, preciso incluir um adendo: nada contra mulheres fazerem cursos de costureira ou manicure. É só que dá pra ganhar um salário mais alto sendo pedreira. Muito do estereótipo de uma profissão se dá pra manter o status quo. As mulheres não ocupam 90% dos cargos de professoras primárias nas escolas apenas por estarem mais acostumadas a lidar com crianças. É também porque esse emprego é mal remunerado. Não que uma mulher veja uma profissão que paga mal e diga: “Oba, é isso que eu quero fazer da vida!”. Mas a sociedade inteira encoraja mulheres a trabalharem em serviços que pagam menos, já que esse detalhezinho como salário não importa tanto pra gente (preste atenção quando você ouvir alguém falar em “vocação”, se isso não é usado como parte do argumento do “salário não importa”, e se a maior parte que faz esse discurso não é mulher). Como homens ainda são vistos como chefes de família, calcula-se que eles não poderão sustentar uma casa com salário de professor primário, ou de babá, empregado doméstico ou manicure. E é por isso, também, que a desigualdade salarial continua gigantesca entre homens e mulheres (melhor não falar que até homens na mesma profissão, às vezes no mesmo escritório, ganham mais que suas colegas mulheres).
Outro adendo, desta vez à frase da Elziane: pô, vamos parar de sexismo! Homens são essenciais para muitas outras coisas além de matar barata. Por exemplo, aqui em casa tem bastante lesma. Eu tenho nojo de chegar perto, então peço pro maridão colocá-las pra fora. Sempre tenho que pedir, porque ele nunca vê uma lesma. Ela pode estar a um palmo dele, que ele não vê. Ele pega uma pá e uma vassoura (geralmente só chega perto desses instrumentos de limpeza nessas ocasiões), varre a lesma pra dentro da pá, e aí a joga no jardim. Eu chamo de “bungee jump pra lesmas”. Acho que elas se divertem. Pelo menos sempre voltam.
Lolinha, mudando de pato pra ganso, o asnalfa me apresentou um site de relacionamentos tipo orkut, só q voltado ao cinema... ele já falou pra vc? chama Filmow... o endereço é www.filmow.com
ResponderExcluirse cadastra lá, vai! :)
ah, mas cuidado. descobri isso ontem à noite e só consegui sair pra dormir. e assim que acordei, voltei.
Oi Lolaa!
ResponderExcluirAqui em casa meu namorado é essencial para cozinha, pois não cozinho bem e ele adora!..rsrsrs.
Ah, lendo o post lembrei que conhecidas minhas, que trabalharam tipo em shopping e outros estabelecimentos disseram que é comum na hora da entrevista da contratação, o contratante perguntar se tem namorado e se ele é ciumento, pois já aconteceu de namorado ir dar barraco am lojas tal vendo sua namorada atendendo outros homens...Acredita?
Beijão!
Na minha cidade, a area onde tem começado a aparecer mais mulheres é a de motorista de ônibus.
ResponderExcluirEu também quero uma pedreira! E já disse pro meu marido que ele vai TER que ensinar a minha filha a mexer no carro, acho absurdo a gente não ser incentivada a aprender mecânica de automóveis. Quero que ela aprenda igualmente costura e marcenaria.
ResponderExcluirBeijo, Lola.
Lau, não conheço não. Então esse site de filmes é bom e viciante? No momento estou sem tempo pra coisas assim, e acho que em breve estarei mais sem tempo ainda! Mas vou dar uma checada.
ResponderExcluirMá, sério, tem isso de namorado ciumento dar barraco em loja? Sabe, são coisinhas que a gente nem imagina que acontece. Porque não acontecem com a gente! (ainda bem).
Lord, pois é, tenho visto aumentar bastante o número de motoristas de ônibus mulheres em todo lugar que vou. Nos EUA é muito comum.
ResponderExcluirFabiana, ah, mecânica de automóvel eu passo, porque não gosto de carros e motores tanto assim (aliás, acho que não gosto nem um pouco). Mas costura, marcenaria, construir casa são coisas que eu adoraria saber fazer. Infelizmente, sou um fracasso pra atividades manuais. Falta coordenação motora, não sei. A única coisa manual que aprendi bastante bem foi a datilografar.
Jarid, o cenário que vc pinta não parece nada libertador mesmo. Mas lembre-se que o serviço de pedreiro não é só carregar pedras pesadas ou erguer paredes. Tem todo o trabalho de acabamento interno da obra, que exige muito mais capricho e concentração do que força física. Nesses cursos pra pedreiras, são essas atividades que são valorizadas (e que iclusive pagam melhor). E só o fato de uma mulher poder exercer uma profissão “de homem”, que paga melhor que profissões pra mulheres de baixa renda, já me parece libertador. Ah, só sei que eu adoraria saber fazer essas coisas. Já pensou como deve ser legal construir sua própria casa?
ResponderExcluirMeu pai tentou ensinar a mim e as minhas irmãs a mexer com o basico de construção ,alem de fazer reparos em alguns eletromesticos simples, assim como minha mão nos ensinou a cozinhar e fazer serviços gerais de casa.
ResponderExcluirSei que a vida dos pais anda corrida, mas isso deveria ser um ensinamento meio obrigatorio p/ as crianças.
Lola, eu tb não gosto de dirigir, ao contrario das minhas irmãs, nem quiz tirar carteira de motorista. Prefiro ser o passageiro.
AH sim, a prefeitura daqui costuma oferecer alguns cursos como reparador de aparelhos eletrodmesticos, construção civil, marcenaria, etc
ResponderExcluirE o numero de mulheres que se cadastram tem aumentado, então é provavel que futuramente aparecem mais pedreiras qualificadas por aqui tb, nem que seja p/ trabalharem em suas proprias casas.
agora, falando do post... eu acho divertidíssimo mexer com acabamento. pena que eu seja tão fraquinha que até pra acabamento eu tenho dificuldade. mas ano retrasado praticamente reformei meu quarto sozinha, tirando uma prateleira embutida, passando massa corrida e pintando as paredes. foi muuuito bom! só q depois fiquei uns 3 dias cheia de dor no corpo.
ResponderExcluirah! e quando era adolescente e integrava o movimento estudantil, eu e minhas companheiras vivíamos reclamando de machismo, e desconfiávamos q pras atividades mais legais nós não éramos chamadas. um dia descobrimos que os meninos estavam tramando uma reunião na casa de um deles e nós não tínhamos sido avisadas. combinamos então aparecer de surpresa. chegamos lá e a reunião era pra ajudar na construção da casa. nesse dia desenvolvi uma técnica de rebocar duas paredes opostas ao mesmo tempo: uma com o cimento que eu jogava e outra com o que espirrava. tb foi bem divertido.
Há, adorei seu texto.
ResponderExcluirEu fiz vestibular na UNEMAT pra Arquitetura e só não fiz pra Engenharia civil pq o campus que tem esse curso é longe pra xuxu da minha cidade :/
eu adoro essa coisa de construção, desenhar plantas e tudo mais.
só que eu sou um poço de indecisão e não sei bem o que eu quero da vida. HAHA
Pq na verdade quero fazer faculdade de jornalismo, mas aqui não tem muito campo de trabalho, então juntemos o útil ao agradável e vou prestar UFMT para Sistemas de informação (embora eu ainda esteja em dúvida entre Sistemas de Informação e Ciências da computação). Tecnologia e computadores são da minha praia!
Arquitetura só se eu não passar MESMO na UFMT pra um desses dois cursos de tecnologia. HAHA
são 3 coisas que eu gosto de fazer e ficarei feliz em cursar qualquer um dos 3. :) (Eu sei que estou deixando o vestibular decidir por mim, mas é que eu... sei lá, haha)
por falar em ciências da computação, sabia que as mulheres são apenas 12% dos estudantes?
um cenário bem similar as mulheres na área de construção cívil!
[escrevi demais. sempre me empolgo. haha]
Sabe que lendo esse post eu me lembrei de uma iniciativa bacana de algumas ONGs aqui no sul da India, que consiste basicamente em oferecer cursos de motorista às mulheres carentes para que elas possam procurar emprego, já que a profissão de motorista ainda é bem rentável por aqui.
ResponderExcluirE acho que a sociedade de uma forma geral só tem a ganhar com essa inserção crescente das mulheres nos ditos mercados 'masculinos'. Eu só temo que aconteça uma desvalorização dessas profissões, lembro que li um texto feminista muito interessante certa vez, em que a autora dizia que algumas profissões foram se tornando paulatinamente mal-remuneradas a partir do momento em que as mulheres se inseriram em tais segmentos, e a profissão professor está incluída aí. Parece que o status de uma profissão está diretamente relacionado ao fator dominação masculina de determinado mercado. Não lembro o nome do artigo, mas era da Hilary M. Lips, disso eu tenho certeza.
Ola, Lolíssima
ResponderExcluirO preconceito deve ser algo que devemos levar pra vida toda,... claro de quem tem preconceito. ahahaha!! Como você sabe trabalho numa escola. E durante muito tempo atendi a um casal, pois o mesmo tem um filho único e adotado, isso sempre os preocupou, porque a família dizia que o garoto num ia trazer a mesma índole familiar de gente de bem. (???) E num determinado momento, a criança fazendo um trabalho e descobrimos que seu pai é cabeleireiro (exclusivamente feminino, trabalhando num dos melhores salões de beleza) e sua mãe motorista de transporte coletivo. Qual num minha fúria, quando um determinado professor disse: “eu acho que mesmo esse cara num tendo jeito de bicha ele deve ser homossexual..” (!?!?!?!?!?!?!?)
É parece que pra algumas profissões o estereótipo ficará pra sempre!?!?! Assim é com, mulheres valentes que encaram qualquer profissão pra sobreviver e serem felizes.
Lendo o que Fabiana escreveu, tenho certeza cada vez de o quanto meu pai era um homem de visão, eu aprendi a dirigir desde os 12 anos,(acho que sempre fui desse tamanho) e ele sempre permitiu sair dirigindo, só que ele colocava algumas condições, - saber trocar pneu
- saber quando uma bateria estava descarregada.
- olhar a água e óleo do carro e outras...
É isso ...
Beijos e boa semana!
lola, eu me recusaria a dizer a alguem que meu marido "me ajuda" nas tarefas domesticas. isso daria a entender que EU sou responsavel pela faxina/cozinha/roupa e que ele "me ajuda". jamais! me recuso a fazer tudo sozinha e me consolar com uma "maozinha" dele. e ele sabe bem disso e faz a sua parte.
ResponderExcluirna verdade, acho incrivel como ele eh presente, como ele eh atencioso com tudo. e acho incrivel porque nem todo homem eh assim. dai eu me utilizo do bom senso dele e, quando vejo alguma cueca espalhada pelo chao, digo: "se voce nao apanhar isso, quem vai apanhar sou eu. eh justo?" ele apanha em meio milesimo de segundo.
no dia em que a gente parar de achar que homem que faz os afazeres domesticos JUNTO com a mulher é um ser incrivel, o mundo vai ter dado um grande passo longe do machismo. infelizmente, hoje a gente ainda se maravilha com um homem que divide as tarefas domesticas.
meu pai se acha o tal porque lava meia duzia de xicaras a cada semestre depois que chega do trabalho. enche a boca pra dizer que eh o foda. no dia em que ele trabalhar como minha mae trabalha, ele vai respeita-la melhor.
Kyhetha é de cuiabá, TAMBÉM?
ResponderExcluirOi, somos conterrâneas. E vamos até compartilhar universidades: faço direito na UF. =)
Torço por você no vestibular, e espero que goste do curso que escolher.
LUCI, você disse tudo, TUDO!
ResponderExcluirEu tenho formação dita masculina (eng.civil) e profissão também associada aos homens (programação). Engenheiras até existem várias (tinha um professor - e esse pelo menos declarava abertamente - que considerava mulheres café-com-leite, estavam lá só por capricho), mas programadoras não conheço nenhuma, até existem mulheres na área de TI, mas geralmente estão em webdesign ou análise, programando mesmo não conheço, e olha que tenho quase 15 anos de experiência.
ResponderExcluirE eu acho que é uma área tão feminina, já que são mais organizadas e criativas (os primeiros programadores que existiram eram mulheres, mas foram esquecidas num cantinho e quase ninguém cita).
E é uma área que paga bem, será que se as mulheres investissem nessa carreira os salários começariam a baixar também? E nem teria a desculpa de excesso de oferta de mão-de-obra já que existe um deficit atualmente, pelo menos no Brasil.
Nos meus anos de trabalhar fora, meu marido fazia tudo em casa, eu ajudava, qd a situação se inverteu e eu passei a não trabalhar fora, ele quis passar tudo pra mim, e até hoje tentamos equilibrar a posição de cada um na casa, tenho que mandar, tá lembrando, olha é chato viu...
ResponderExcluirPelo menos ele cozinha e bem; e já perdeu aquela besteira de dizer q minha comida é que é boa...
E quando falam da maquiagem nessas reportagens, o batom é sempre vermelho. Imagino uma mulher querendo fazer uma maquiagem meio nude e o repórter dizendo "pega um vermelho senão não vai aparecer"
ResponderExcluirEm casa meu marido é o responsável por desentupir ralos :)
Cheguei agora aqui e pelo jeito vou passar horas lendo, gostei muito!
Feliz ano novo, Lola!
ResponderExcluirArgh, eu O-D-E-I-O essas reportagens furrecas sobre mulheres em trabalhos ditos "masculinos"...
É sempre o msm roteiro - como é a atividade, como são as mulheres dentro desse atividade ("ah, melhor do q muito homem por aí,pq patati e patatá")- e é nessa parte q eu até faço contagem regressiva - 4,3,2,1 e - imagens das profissionais se maquiando, passando um batonzão vermelho (como citou uma colega aí em cima), arrumando o cabelo e/ou destaque às unhas pintadas de outra cor berrante, pra dizer q vão continuar sendo "mulheres" msm exercendo profissão "de homem".
Como se ser mulher e homem se resumisse ao modo de se arrumar...
Acho essas reportagens tão toscas quanto aquelas q falam sobre profissão, educação de filhos e casamento, etc, sempre mostrando famílias de classe média/alta...
Particulamente, não sou muito boa em serviços "de homem", nem de "mulher", rsrsrs... mas pelo menos pra matar baratas e espantar ratos e lesmas (não mato se eu puder, tenho maior dó, tadinhos...) não preciso de homem, não... a não ser as terríveis baratas voadoras... esse tipo de monstro eu não encaro!
Ps: Pra matar baratas voadoras, chamo ajuda mesmo...
ResponderExcluirhomem ou mulher.
Lola,
ResponderExcluirUma vez li que quando as mulheres começaram a exercer a função de secretária um escritor francês escreveu contra pq achava que isso ia 'masculinizar' as mulheres. Veja só!
Abraço
novidade pra mim que professor primário ganha menos que nos outros níveis da educação básica.
ResponderExcluirUm assunto que tem relação com mulheres no mercado de trabalho que não vejo ser muito comentado, mas acho que deveria, é a forma como algumas empresas agem quando acontece casos de namoro entre funcionários e funcionárias. Geralmente é proibido (como se a empresa tivesse direito de saber o que as pessoas fazem nas horas de folga...). Nos casos que vi e ouvi falar até hoje, o que as empresas fazem quase sempre é demitir a mulher.
ResponderExcluirNão sei se por acharem mais fácil substituir a mulher do que o homem, ou se por acharem que o emprego é mais importante pro homem do que pra mulher, ou se pelo velho preconceito de que a mulher "provocou", é "a culpada", "é uma puta", e o homem seria só uma vítima da sedutora... mas ninguém conversa muito sobre isso, até porque o assunto é tabu dentro das empresas.
Sempre morei sozinha com minha mãe, então pra gente essas tarefas consideradas "masculinas": matar rato, barata, trocar butijão, lâmpada, é mamão com açúcar, rs... Morro de rir quando homens que acham que precisam ser tão necessários citam essas tarefas como exemplo... Infelizmente minha mãe até desenvolveu a síndrome do Ursulão, tem mania de achar que pode resolver tudo sozinha ou chamar alguém para fazer o que ela manda, mesmo sem ter a menor idéia às vezes... Aff...
ResponderExcluirAbraços
Saudações!
ResponderExcluirDefinitivamente não sirvo para ser pedreira. Tentei levantar um saco de cimento de 50Kg e nada do bichinho sequer mover-se. Aff... rsrs
Gostei desse post, principalmente em ter chamado a atenção à desigualdade salarial, a qual em tempos atuais soa um absurdo. Infelizmente, nossa cultura ainda é machista demais.
Oi, Lola, Luci e outras pessoas:
ResponderExcluirGostei tanto do comentário da Luci que fiz um post sobre o tema. Lola, não fique com ciúmes, gostei muito do seu post também. Algumas coisas não mudam com o reveillón, né?
bjocas..
Rita
Transmissao de pensamento!!!
ResponderExcluiracabei de fazer um post fanado exatamente sobre a forca de trabalho feminino aqui na asia, ontem comprei uma revista para ler a bordo The Economist, tem um bela materia com essa assunto, aqui ainda tem gente que me pergunta se eu trabalho por que o meu marido nao pode me sustentar.
Gosto do seu blog,
vida inteligente na blogesfera :-)
Ah! eu entendo bastante sobre obras, o meu pai foi pedreiro e me ensinou muita coisa, por isso quando a minha mae reformou a cozinha eu "supervisionei" quando dava, o primeiro pedreiro dormia duas horas depois do almoço, quando eu descobri o demiti e ele disse que eu precisava de homem, você acredita!?
ResponderExcluirTer me casado com um homem que nao cresceu numa sociedade em que o homem precisa demonstrar masculinidade o tempo todo é otimo.
Lola, feliz ano novo atrasildo!!!
ResponderExcluirFiquei off aqui por conta da OI que me odeia profundamente!hehe
Sobre o assunto eu acho lamentavel que exista trabalho de "homem" e trabalho de "mulher" trabalho tem que ser trabalho a ser desempenhado, cada um faz o que precisa ou sabe fazer melhor. Se valorizassemos os dons ao inves desse aspecto sexista o mundo seria um lugar mais divertido pq acho q tem muita gente infeliz limitada por papeis, tanto homens como mulheres pq eh opressor para alguns deles tbm terem que ser "machos" para a sociedade. Eh so vc ver como um marido ou pai mais ativo sofre com olhares e dedos, as pessoas acham demais, falam demais e isso pra eles tbm nao eh legal.
Nao tem esse negocio de trabalho de mulherzinha ou de macho, ou melhor existe mas nao deveria existir, o mundo ta ai, eh enorme e deveriamos ser livres para viver fazendo o que nos da na telha, e se isso for mexendo cimento e levantando um muro com maozinhas de fada, que seja.
Eu nao acho que fazer um trabalho considerado diferente do que a sociedade esta acostumada seja libertador, mas eh muito libertador poder fazer algo seu e ter o seu dinheirinho, pra quem fica muito tempo sem trabalhar em casa com os filhos seja por opção ou necessidade isso realmente da uma levantada no ego e faz bem a auto estima. Entao de certa forma mudando o foco para encarar a mesma noticia eh sim algo que inspira muitas mulheres.
Enfim, xo cuidar da minha pequena de 1 ano que saiu correndo sei la pra onde!
Beijocas
Lola,
ResponderExcluirEu não mato baratas e PELOAMOR não jogue sal na lesma, ela tem sistema nervoso central e sente dor.
Sou eu quem pega insetos no papel toalha e coloco para fora de casa.
Troco lâmpadas e galões de 20 litros; preciso aprender a trocar pneu e resistência de chuveiro...
Aproveitando o espaço divulgo um gatinho que achei (alguém quer adotar?): http://quemnaogostaderomrom.wordpress.com/
Lola,
ResponderExcluir1ª vez que escrevo por aqui, apesar de acompanhar o blog há tempos. :)
ótimo post! Ele me fez lembrar de um problema que eu sempre vejo em alguns movimentos que trabalham com mulheres e até mesmo como política pública adotada pelo Estado: um curso profissionalizante p/ mulheres geralmente é relacionado às atividades ditas femininas, tais como cozinha, cabeleleiro, manicure e pedicure, artesanato e etc. Eu nunca vi nada além disso, ou seja, um curso profissionalizante que não focasse nesta divisão tradicional dos papéis masculinos e femininos e que dissesse : AS MULHERES PODEM TUDO. Se quiser ser pedreira, nós temos um curso para vc!
Isso me irrita muito, muito mesmo !
abraços,
Fernanda
Oi, Lola!
ResponderExcluirEu fui servente de pedreiro na adolescência, ajudei a construir a casa dos meus pais. Mas minha mãe queria que eu fosse freira e obrigou meu pai a me proibir de trabalhar U.U
Como não tinha vocação NENHUMA pra ser freira, ela aceitou que eu fizesse faculdade. Aí eu escolhi Filosofia e ela me proibiu de novo, por que achava "perigoso" (hahhaha!). Então fui fazer Letras, lá na UFC. Só que agora, formada, descobri que ODEIO criança. Kkkkkkkkkkk!! Ow, drama!! Agora que sou casada, tenho mais liberdade (meu marido não manda nem nele :p ), penso em fazer um curso na área de construção civil.