Um dos assuntos do momento nos EUA diz respeito à prisão de um professor universitário. Henry Louis Gates Jr, um negro de meia idade e professor de nada mais nada menos que Harvard, voltava ao seu lar após uma semana pesquisando na China. Encontrou a porta da sua casa emperrada, e tentou, com a ajuda de seu motorista, também negro, forçá-la um pouco para poder entrar. Nem preciso continuar contando o que aconteceu, né? O nosso conhecimento prévio já se encarrega de terminar. Aqui no Brasil é igual: quando alguém numa vizinhança predominantemente branca e de classe média vê dois negros forçando a porta de uma casa, chama a polícia. Se isso não é racismo, eu não sei o que é. Mesmo assim, um monte de gente insiste que não, não somos racistas. E que, nos EUA, o racismo morreu e foi enterrado com a eleição do Obama. Pelo jeito crer nessas fantasias aplaca a nossa culpa. É meio como criança acreditar em Papai Noel e coelhinho da páscoa.
Mas continuando: quando a polícia chegou à casa de Henry, ele já estava dentro, e seu motorista havia ido embora. Henry, supreso, apresentou documentação ao policial branco para provar que aquela era a sua casa. Mas, indignado, disse: “É isso que acontece com homens negros na América”. O policial não gostou, eles discutiram, e o tira da pesada o prendeu por desacato à autoridade. Henry foi levado de sua casa algemado. Depois da divulgação do caso, a polícia retirou as queixas. Henry segue revoltado. Por que será?
O engraçado é que tem um monte de americano branco analisando a notícia e chegando à brilhante conclusão que a polícia estava certa e Henry, errado. Pior: as análises são todas do tipo “se fosse comigo, eu...”. Meu amigo, não é com você. Você é branco. Por mais que você acredite piamente que o racismo não existe, a realidade te desmente. A maior parte dos negros, tanto nos EUA quanto aqui, já sofreu discriminação. A justiça não é cega coisa nenhuma. A polícia certamente não trata brancos e negros da mesma forma. A própria avó do Obama, branca, declarou certa vez que, por medo, mudava de calçada ao ver um negro se aproximar. Deve ser ótimo ser negro e ver todo mundo desconfiar da sua honestidade.
Esta semana, por coincidência, foi divulgado um estudo da Unicef mostrando que rapazes negros, no Brasil, tem 2,6 vezes mais chances de serem assassinados que rapazes brancos. Aí a gente lê os comentários e lá tá escrito (não sei porquê, mas aposto que escritos por brancos): “Qual a novidade? Os negros são pobres!”. O funcionamento neurológico dos comentaristas não permite que eles deem um pulinho e façam essa simples pergunta: por que tantos negros são pobres? Pra responder essa pergunta inconveniente, das duas uma: ou você culpa um sistema de profunda desigualdade, ou assume seu racismo. Se você crê que as oportunidades são iguais pra todos, vai ter que explicar por que os negros não aproveitam esse mar de oportunidades. Será incompetência? Negros são burros? Alguma desvantagem genética que os faça menos capazes? Hoje só a extrema direita tem coragem de mentir em público e confirmar essas asneiras. Mas e o resto, que não acredita em racismo e tem certeza que não é racista? Como explica essa desigualdade, que é inegável?
O argumento muita vezes é circular, e nunca chega ao x da questão. Pra responder por que a maior parte dos pobres é negra, o pessoal que não crê em racismo alega: “Ah, negros são pobres porque têm baixa escolaridade”. Então vamos perguntar a razão dessa baixa escolaridade. Por que são raríssimos os casos como o de Henry que, apesar de ser negro, conseguiu estudar e virar professor universitário? Por que na USP os professores negros não representam nem 1% (0,2%, pra ser extata) do quadro docente? Por que há tão poucos negros estudando nas universidades públicas? Quem crê que o problema está em uma sociedade ser injusta, e não em um indivíduo (negro) ser incompetente, tem que ser a favor das cotas raciais.
As coincidências não param aí: o DEM, nosso partido mais à direita atualmente, decidiu entrar com representação no Supremo contra as cotas nas universidades. Para eles, as cotas são inconstitucionais, já que todos os homens são iguais perante a lei e vivemos numa sociedade igualitária e... o resto você conhece. A direita está eufórica com essa representação do DEM, porque, segundo ela, não é a sociedade que é discriminatória, é a política de cotas que é racista. E o fato de haver tão poucos negros nas universidades é mera coincidência. Ou seja, vamos continuar tudo como está, por favor, que nós, brancos de classe média, não queremos perder nossos privilégios. Isso sim é justiça! Ah, justiça - só se for divina. Quem é contra as cotas já vem com um discurso de “o que precisa ser melhorado é a qualidade das escolas públicas”. Bom, todo mundo concorda com isso. Mas geralmente esse discurso vem atrelado a um posicionamento contra o governo Lula, como se a má qualidade de ensino tivesse começado há exatos seis anos. Os quinhentos anos de governantes da mesma ideologia do DEM que vieram antes não tiveram nenhuma responsabilidade, e muito se empenharam em criar e manter boas escolas.
Com as cotas, talvez mais negros possam estudar e alcançar a invejável posição do professor de Harvard e virarem, eles também, professores universitários. E com uma discussão franca sobre racismo, talvez professores universitários negros, os poucos que existem, deixem de ser vistos como criminosos pelos vizinhos e de ser presos pela polícia. Talvez.
O engraçado é que tem um monte de americano branco analisando a notícia e chegando à brilhante conclusão que a polícia estava certa e Henry, errado. Pior: as análises são todas do tipo “se fosse comigo, eu...”. Meu amigo, não é com você. Você é branco. Por mais que você acredite piamente que o racismo não existe, a realidade te desmente. A maior parte dos negros, tanto nos EUA quanto aqui, já sofreu discriminação. A justiça não é cega coisa nenhuma. A polícia certamente não trata brancos e negros da mesma forma. A própria avó do Obama, branca, declarou certa vez que, por medo, mudava de calçada ao ver um negro se aproximar. Deve ser ótimo ser negro e ver todo mundo desconfiar da sua honestidade.
Esta semana, por coincidência, foi divulgado um estudo da Unicef mostrando que rapazes negros, no Brasil, tem 2,6 vezes mais chances de serem assassinados que rapazes brancos. Aí a gente lê os comentários e lá tá escrito (não sei porquê, mas aposto que escritos por brancos): “Qual a novidade? Os negros são pobres!”. O funcionamento neurológico dos comentaristas não permite que eles deem um pulinho e façam essa simples pergunta: por que tantos negros são pobres? Pra responder essa pergunta inconveniente, das duas uma: ou você culpa um sistema de profunda desigualdade, ou assume seu racismo. Se você crê que as oportunidades são iguais pra todos, vai ter que explicar por que os negros não aproveitam esse mar de oportunidades. Será incompetência? Negros são burros? Alguma desvantagem genética que os faça menos capazes? Hoje só a extrema direita tem coragem de mentir em público e confirmar essas asneiras. Mas e o resto, que não acredita em racismo e tem certeza que não é racista? Como explica essa desigualdade, que é inegável?
O argumento muita vezes é circular, e nunca chega ao x da questão. Pra responder por que a maior parte dos pobres é negra, o pessoal que não crê em racismo alega: “Ah, negros são pobres porque têm baixa escolaridade”. Então vamos perguntar a razão dessa baixa escolaridade. Por que são raríssimos os casos como o de Henry que, apesar de ser negro, conseguiu estudar e virar professor universitário? Por que na USP os professores negros não representam nem 1% (0,2%, pra ser extata) do quadro docente? Por que há tão poucos negros estudando nas universidades públicas? Quem crê que o problema está em uma sociedade ser injusta, e não em um indivíduo (negro) ser incompetente, tem que ser a favor das cotas raciais.
As coincidências não param aí: o DEM, nosso partido mais à direita atualmente, decidiu entrar com representação no Supremo contra as cotas nas universidades. Para eles, as cotas são inconstitucionais, já que todos os homens são iguais perante a lei e vivemos numa sociedade igualitária e... o resto você conhece. A direita está eufórica com essa representação do DEM, porque, segundo ela, não é a sociedade que é discriminatória, é a política de cotas que é racista. E o fato de haver tão poucos negros nas universidades é mera coincidência. Ou seja, vamos continuar tudo como está, por favor, que nós, brancos de classe média, não queremos perder nossos privilégios. Isso sim é justiça! Ah, justiça - só se for divina. Quem é contra as cotas já vem com um discurso de “o que precisa ser melhorado é a qualidade das escolas públicas”. Bom, todo mundo concorda com isso. Mas geralmente esse discurso vem atrelado a um posicionamento contra o governo Lula, como se a má qualidade de ensino tivesse começado há exatos seis anos. Os quinhentos anos de governantes da mesma ideologia do DEM que vieram antes não tiveram nenhuma responsabilidade, e muito se empenharam em criar e manter boas escolas.
Com as cotas, talvez mais negros possam estudar e alcançar a invejável posição do professor de Harvard e virarem, eles também, professores universitários. E com uma discussão franca sobre racismo, talvez professores universitários negros, os poucos que existem, deixem de ser vistos como criminosos pelos vizinhos e de ser presos pela polícia. Talvez.
Lola Lola Lola
ResponderExcluirsó isso que eu tenho vontade de dizer quando leio algumas coisas que tu escreve!
Por que elas me contemplam totalmente!
PARABÉNS!
Brilhante!
ResponderExcluirComo sempre!!!
Meu querido Giovanni (espero que a Cris não fique com ciúmes) mandou este email pra mim porque tá com problemas de postar aqui:
ResponderExcluir"I hate blogspot comments...
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.”
Rui Barbosa
“Todo Camburão tem um pouco de navio negreiro”
Marcelo Yuka (O Rappa)
Tanto lá como cá, quando uma prisão é feita pelo chamado "desacato a autoridade" há boas chances de estar mascarado uma abuso de autoridade anterior.
ResponderExcluirSó completando, "camburão não tem janela" ´já dizia o marido de uma amiga.
ResponderExcluirMas,... "o branco senta cadeira!!"
Beijos
Bem se eu visse duas pessoa forçando a porta de uma casa e não as reconhece-se eu avisaria a policia sim (algo dificil pq conheço praticamente todo vizinho da minha rua), mas a sequencia, com ele dentro da casa é bem explicita sobre racismo.
ResponderExcluirA constituição pode dizer que todos são iguais, mas policias, porteiros, recpecionista, intrevistadores de emprego, sabem muito bem ver a diferença.
os Panteras Negras dos EUA tinham a seguinte frase: "quem polícia a polícia?" Os próprios Panteras passaram a policar a polícia. Pelo menos é que assisti num filme da década de 1990.
ResponderExcluiro brasileiro é racista e ponto final. O problema é ver o caso isolado, a questão do racismo está ligada a homofonia e tantas outras merdas que encontramos por aí, inclusive no conteúdo de classe.
inté.
Sem palavras! Concordo inteiramente! Amei seu blog. De fato, o certo seria melhorar o ensino das escolas públicas para que haja a livre concorrência. Mas o que eles não vêem é que não se pode mudar anos de sucateamento (principalmente durante a ditadura militar)do ensino público de um dia para o outro...
ResponderExcluirLinkei vc! ;)
"Quem crê que o problema está em uma sociedade ser injusta, e não em um indivíduo (negro) ser incompetente, tem que ser a favor das cotas raciais."
ResponderExcluirEu creio que o problema está em uma sociedade injusta, mas sou totalmente contra sistema de cotas, de qualquer tipo. Acho que é uma solução paliativa, que acaba permanecendo como parte do sistema, contribuindo para que nada seja mudado na raiz do problema. Cotas é nivelar por baixo, e o nível já está baixíssimo como é, porque o cidadão se mata de estudar pra passar no Vestibular, faz a faculdade empurrando com a barriga, colando e o caramba e, muitas vezes, forma-se um péssimo profissional. Sistema de Cotas, pra mim, é mais ou menos como indicação pra qualquer tipo de cargo. O indivíduo não entra por mérito, mas por conhecimento (neste caso, por classe social, ou por raça). Fazer uma verdadeira reforma na educação nenhum governo (atual, passado ou futuro) se preza a fazer, porque dá trabalho e sai caro.
pra se chegar à igualdade, é preciso marcar a diferença. tratar desiguais como iguais é injusto e, acima de tudo, cruel.
ResponderExcluirbelo texto, lola.
parabéns.
A política de cotas apareceu na minha vida exatamente no ano do meu vestibular.
ResponderExcluirTive, inclusive, que fazer várias redações a respeito, pois esse era um tema recorrente.
A minha dissertação era sempre a mesma: a verdadeira solução está na melhoria da educação como um todo, entretanto, diante da situação a solução deveria ser imediata, decretada através das cotas. Só acho que a coisa toda deveria ser mais bem organizada para que as pessoas certas recebessem o benefício.
Poucas eram as redações com a mesma opinião, já que eu estudava na melhor escola particular da cidade, com vários "injustiçados" que saiam nas capas do jornais de bracinho cruzado e cara amarrada.
Lola, quanto ao post passado:
ResponderExcluirTá bom, eu deixo o Alan Rickman pra vc...mas Johnny Depp é inegociável, hein!
hahahaha
pra quem é contra as cotas, eu mostro essa tira que eu vi lá no feministing: http://i276.photobucket.com/albums/kk34/feministing/concise.jpg
ResponderExcluirbeijo, Lola!
Concordo com quase tudo. Só tenho um problema com o "Quem crê que o problema está em uma sociedade ser injusta, e não em um indivíduo (negro) ser incompetente, tem que ser a favor das cotas raciais."
ResponderExcluirO problema é o "tem que". Porque esse tema me faz lembrar dos tempos em que serviços de tradução e digitação de trabalhos para uma faculdade particular próxima à minha casa. A faculdade era paga, as mensalidades eram caras e os mais pobres (negros ou não) só podiam estudar ali trabalhando durante o dia. Situação inversa à dos alunos de medicina e odontologia, todos devidamente brancos e tendo o curso custeado pelos pais, já que estudando em horário integral não se podia mesmo trabalhar.
Nessa época eu fazia faculdade (federal e gratuita) e sentia a diferença gritante de nível entre meus colegas de classe com a dos alunos pobres da faculdade particular. Eu passava mais tempo corrigindo gramática do que efetivamente digitando o trabalho. Muitas vezes eu refazia introduções e conclusões, pois os alunos pareciam não ter idéia do que essas coisas significavam. Muitos deles eram negros, pobres e haviam estudado previamente em colégios públicos (com tudo o que isso significa, no Brasil).
Culpa deles? Claro que não. Eles não eram nem um pouco menos inteligentes do que meus colegas da UFRJ (alguns deles negros, também). Meu medo é estabelecer cotas para alunos de poder aquisitivo reduzido e, por culpa da educação deficiente que tiveram antes, surgirem dificuldades. Como as que eu vi, na prática. Inclusive a de não conseguir estudar sem trabalhar no caso de cursos com carga horária integral.
Não sei qual é a proposta das cotas, mas não se pode simplesmente dar uma vaga e mandar o aluno "ir se virar". Acho tão injusto quanto colocar um caramujo para apostar corrida com uma lebre. Os alunos de classe média com seus anos de cursinho particular, aula de idiomas, professor em curso de apoio para reforçar as matérias, sendo expostos a bons livros e filmes em casa... Isso faz diferença, infelizmente.
Tenho duas primas (não são negras, mas não têm dinheiro) que, com esforço, conseguiram ser aprovadas para o vestibular da UFF em Niterói. As duas (que são irmãs) acabaram abandonando o curso esse ano; não podiam trabalhar e, embora a faculdade fosse gratuita, o preço das passagens + livros + alimentação acabou ficando caro demais. Elas não eram burras, tanto que foram aprovadas; eram apenas pobres.
Nem todas as pessoas que são contra as cotas (não sou contra; apenas tenho dúvidas) são racistas abomináveis. Muitas acham que um caminho melhor seria a) oferecer educação de qualidade desde a pré-escola; b) aumentar o número de vagas nas faculdades públicas; c) bons salários para atrair professores qualificados.
É CLARO que isso leva mais tempo, mas uma desigualdade que se estende por séculos pode mesmo ser resolvida da noite para o dia?
Me desculpe pelo testamento, Lola. :)
bem...
ResponderExcluirna minha opinião centrista e morna, o problema não é o sistema de cotas, mas o amadorismo com que ele é aplicado no Brasil. sem nenhum estudo, sem nenhuma análise da situação da comunidade de cada universidade.. eles têm pressa de corrigir as injustiças, ou ser politicamente corretos, e acordam um dia, fazem duas reuniões, e decidem que tantos por cento das vagas estão destinadas a negros vindos de escolas públicas? mas esses "tanto" por cento são muito em regiões do país com menor número de negros, e são pouco, muito pouquinho em regiões de grande desigualdade. não é justo assim, é uma medida eleitoreira e ninguém me diz que não.
é preciso faze um trabalho bonito, mais fundo, e tornar essas cotas um orgulho. elas precisam funcionar sim, mas não como tem sido na universidade federal daqui da região, onde uma comissão de eugenia, digo, julgadora, decidiu se uma garota "se sentia negra" pra dizer se ela estava apta à vaga pela cota. que perigo.
Sobre a comparação entre "cotistas" e não cotisas:
ResponderExcluirhttp://www.ufal.edu.br/ufal/utilidades/com-a-palavra/as-cotas-desmentiram-as-urucubacas-artigo-de-elio-gaspari
Ufa, pensei que não pudesse mais comentar aqui...
Lolla e Hericky, bem rapidinho, que estou sem tempo: o sistema de cotas não foi implantado às pressas. Houve muita discussão em cada universidade e com toda a comunidade negra. Podem ter certeza que, se comunidades negras fossem contra as cotas, elas não estariam aí. O sistema funciona assim: 50% das vagas numa universidade federal são reservadas a alunos (brancos e negros) que vêm de escolas públicas. Esse não é um número excessivo, já que mais de 80% dos brasileiros estudam em escolas públicas, e apenas 20%, nas particulares. Dessas 50% de vagas, a porcentagem para as cotas raciais é de acordo com cada região do país. Aqui em SC, por exemplo, Hericky, que tem a porcentagem de menor número de negros no país (apenas 13%, mesmo percentual dos EUA), só 13% dessas 50% das vagas é reservada aos negros. E “reservada” não quer dizer que é só se inscrever pra entrar na universidade. Tem que passar no vestibular tb. E os índices até agora desmente tudo que os detratotes diziam contra as cotas. A evasão escolar de pessoas que entram através das cotas é MENOR que a evasão geral. Esses alunos têm melhor índice de aproveitamente, tiram médias mais altas que os outros. Ou seja, de incompetência não tem nada. Nem no sistema, nem nos indivíduos.
ResponderExcluirAi, Lola, não deu tempo de ler tudo (chefe me chamou, rsrs), mas já queria deixar esse comentário:
ResponderExcluirNo Brasil nào existe racismo... Só os outros são racistas: vejam no link (http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=280) a passagem que reproduzo abaixo:
Em pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2003, 87 % dos brasileiros consideram que o país é racista, mas só 4% se assumem racistas.
Uma beleza né?
O fato de a maioria negra ser pobre, pode explicar pq sao a maioria morrendo, mas e pq a maioria é pobre??? é como vc disse, será que são "burros" e não aproveitam as oportunidades? O que alguns não vêem é que NÃO há tantas oportunidades assim...
Depois volto.
Bjoks
Paula
Oi, Lola. Eu faço Direito numa faculdade particular e só tem duas pessoas (meninas) negras na minha sala, numa sala de uns 50 alunos. Se isso não demonstra uma enorme desigualdade, eu não sei de mais nada.
ResponderExcluirUma dessas meninas, a Raíssa, ganhou prêmio de melhor aluna da sala no segundo ano por obter as melhores notas. E ainda tem quem diz que pessoas negras são burras, incapazes... essas pessoas que são incapazes de agirem – e pensarem - como humanos.
Lola, vc já assistiu a um filme chamado “Quase Deuses”? Se não, corre atrás que vale muito a pena. É ótimo, mas revolta.
Também acho que não tem mais nada a comentar, você disse tudo. Mas gostariamos de convidar você e o pessoal para uma visita ao nosso blog: http://cogitamundo.wordpress.com , onde comentamos temas afins, inclusive o preconceito.
ResponderExcluirabraços e parabéns!
equipe cogitamundo
Lola,
ResponderExcluirvocê já viu o 'experiimento' da Jane Elliott, primeiro nos anos 60 com seus alunos, no programa A Class Divided e, mais recentemente, com adultos no documentário Blue Eyed? Vale a pena. Infelizmente os links são para os originais sem legenda, mas o GNT já exibiu os documentários.
Venho de uma turma de faculdade pré-cotas, portanto na minha classe só havia 2 negros em mais ou menos 100 alunos que passaram por ali. Era uma faculdade particular e cara. A grosso modo, a turma podia se dividir entre os ricos (maioria), cujos pais ou cônjuges custeavam a mensalidade e ainda sobrava dinheiro pra sair, viajar, se vestir bem, etc; os classe-média, onde eu me incluo, cujos pais pagavam a faculdade com dificuldade, e o aluno tinha que trabalhar pra ajudar em casa; e os mais pobres, que trabalhavam em período integral pra pagar a mensalidade e não sobrava dinheiro nem pra xerocar livro. Posso estar falando besteira, pois não estudei em pública e talvez ela seja o verdadeiro X da questão, mas, quanto ao q a Lolla falou, sobre pôr um caramujo pra competir com a lebre, eu concordo só em termos. Realmente, o pobre que vai para a faculdade teve muito menos acesso a educação em geral do que o rico, e isso é uma grande desvantagem. Mas, desses que tiveram acesso, quantos realmente aproveitaram a oportunidade? Passei 5 anos fazendo trabalho em grupo com gente de todas as faixas econômicas, e posso dizer que tanto os filhinhos de papai quanto os que trabalhavam de caixa de supermercado cometiam erros de português absurdos, tipo "voçê". Pouquíssimos tinham o hábito (fundamental para o psicólogo) de ver bons filmes, ler além do q era dado no curso, frequentar o teatro, fazer cursos complementares, etc. A maioria matava a última aula de sexta; os ricos pra ir pra balada, os pobres pra descansar.
ResponderExcluirO q eu quero dizer é o seguinte: independente da classe social, tem profissional formado por aí fazendo merda. Os ricos (leia-se brancos), até hoje, tiveram a oportunidade de se formarem péssimos profissionais; por que os pobres (negros) não podem ter essa mesma chance?
Não, não estou fazendo uma ode à má formação, só acho que é uma escolha de cada um! Se os brancos podem escolher, por que os negros não poderiam? Tá certo q se formar um profissional preparado, pra um pobre, nem sempre é escolha, mas eles devem ter pelo menos a chance de SE FORMAR, ponto.
PRIVILÉGIOS! Agora vc falou tudo, Lola! Ninguém quer perdê-los e por isso, pra mim, nada nunca vai mudar...
ResponderExcluirEsse caso está nos jornais todos os dias por que ele é professor de Harvard.
bjs e excelnete post, como sempre!
Sempre interessante a maneira que você expõe suas opniões...
ResponderExcluirRacismo no Brasil existe!
Meu pai é negro e ele conta o quanto já foi discriminado... principalmente na escola, qdo ele ainda era criança... a professora chegava a agredi-lo fisicamente, jogava o apagador, ou giz de lousa nele... isso em meados de 60...
Talvez por isso eu não seja racista... alias sempre quis ser negra (ou ruiva igual minha mãe), mas nasci sem graça... nem escura nem clara...
Sinceramente não sei como as cotas funcionam... Acho realmente necessario q elas existam... não exclusivamente para negros, mas para pessoas de baixa renda... Claro que isso é uma medida paliativa e é necessario fazer uma reforma na educação (mesmo q isso seja utopia), mas e quem já passou pelo ensino publico se ferra?!
Devemos melhorar o ensino para que esse tipo de medida não seja mais necessário no futuro e tanto pessoas do ensino publico quanto as do particular tenham chances iguais de concorrer a uma vaga... mas tambem precisamos de uma medida imediata para sanar o mal que já temos...
Tambem existe o prouni, faço graduação graças a isso, que é uma boa solução imediata. Pena q como tudo no brasil (talvez no mundo) sempre tem gente que tira proveito das medidas do governo...
Desculpa, mas essa argumentação de que os alunos cotistas estão “abaixando o nível”, blábláblá já foi derrubado em todas as turmas que entraram pelo sistema. =D
ResponderExcluirEu desanimei bastante quando li que a ação seria julgada pelo Gilmar Mendes. E a autora da tal ADPF foi orientada no mestrado pelo mesmo. Um passo largo pra trás de quase 50 anos. (As cotas estão sendo discutidas desde os anos 50). Mas oba...
Ele adiou a decisão pra pedir alguns pareceres. Isso significa que vão passar as férias e a decisão deverá ser tomada por algum outro juiz. Assim, nesse semestre os alunos cotistas vão poder garantir sua matrícula. =D
Lola, quando der, dá uma olhada nessa pérola. Tá difícil.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u598087.shtml
moema carvalho
O que eu estranho é que muita gente acha que numa cidade com 20% de negros obrigatoriamente tenha que ter 20% de negros na universidade! E se a porcentagem for menor (na universidade), está havendo racismo! Que isso? Então as pessoas são obrigadas a estudar na faculdade só porque são negras, mesmo que não queiram???? O radicalismo depõe contra a inteligência. Márcia
ResponderExcluirprimeiramente, Olá! ;D
ResponderExcluirolha só, eu queria parabenizá-la acima de tudo. pelo ótimo texto e pela repercusão. é bom incitar esses debates.
mas deixa eu só fazer umas contra-argumentações...(vou na ordem do que eu li)
1) discordo em absoluto desse pensamento hegemonico-de-coisas-politicamente-corretas de obrigatoriedade do discurso a favor das cotas para afro-descentes (ou como resolvam chamar). eu particularmente sou contra, tenho argumentos para tal e não sou um monstro.
2) pra essa menina que citou rui barbosa, eu acho um absurdo visto que ele era extremamente racista e que essa própria afirmação é incrivelmente racista, naturalista, positivista, que seja. afinal de contas, claro que não existem diferenças naturais!!!! POR FAVOR! 2009, genoma humano... "todos os homens são iguais"... "não existem raças"... (tipo, oi??? vc perdeu tudo isso?) as desigualdades são socio-culturais! e no caso da história do racismo, são desigualdades impostas mesmo. enfim.
3) essa eu nem deveria comentar, né? CLARO QUE É PALIATIVO, ORA BOLAS! em nenhum momento ninguém falou o contrário. mas vai fazer o que? ficar esperando o sistema educacional brasileiro melhorar sozinho??? e as pessoas que vivem AGORA? esperam né?
4) e olha só, pra quem diz que as cotas aqui no brasil não têm um embasamento ou estudo estão falando do que não sabem pq como disse a brother ali, as porcentagens são diferentes p/ diferentes regiões.
5) sobre o argumento do rapaz daqui de cima: claro né, meu filho! vááárias pessoas não querem entrar na faculdade! super comum... o.O
6) alguém que falou aí que os filhinhos de papai vão perder vaga... se for por causa da cota p/ negro não vão, pq como disse a lola(?) as cotas p/ negros estão dentro do conjunto de porcentagens de escolas públicas, então os únicos que podem reclamar são os "não negros" advindos de escolas públicas.
7) eu não lembro onde foi dito sobre a comunidade negra ser a favor das cotas. Bom, A COMUNIDADE NEGRA, pra mim, já é uma forma de racismo... não necessariamente racismo, mas estereótipo, estigmatização, enfim, tudo o que o negro sempre sofreu. colocar umas opinião como se fosse a opinião de todos ou da maioria sem necessariamente ter um embasamento p/ isso. Eu acho bem possível que a maioria seja realmente a favor pq é um benefício, NÉ? não necessariamente pq eles têm uma visão política ou qualquer coisa sobre o assunto. E de qualquer forma não dá p/ afirmar. Pq, gente, pelamordedeus, o que chamam da opinião da "comunidade negra" é a opinião do movimento negro e sinceramente, eu aposto que a maioria dos negros brasileiros não partilham das mesmas visões de mundo do movimento negro. Eu, por exemplo, sou negra e não concordo com eles em muitos aspectos.
o que eu acho é que deveria, sim, haver cotas, mas apenas os 50% para escolas públicas (claro, o Estado tem de tentar suprir a sua deficiência no ensino público), pq
ResponderExcluir1) eu tomo quase como uma ofensa ter que haver privilégios para os negros passarem em pé de igualdade com os "não negros" de escolas públicas. parece que a gente tem mais dificuldade de aprendizado que eles. sacanagem da porra! dois meninos que tiveram a mesma educação têm as mesmas condições!
2) com a implantação das cotas dá margem a pessoas bitoladas como alguém aqui de cima falar que não é mérito da pessoa, e tb começar tipos de discriminação dentro da própria universidade. tipo, "aquele neguinho ali passou por cotas!" e nem venham dizer que não rola pq rola! até professores eu já ouvi dizer.. inclusive teve aquele episódio dos cartazes numa universidade de sp falando que eles iam roubar suas vagas e tal..
3) eu acho absurdo o argumento de "reparar" o que a sociedade fez... bláblaá.. tipo, não querem reparar 500 anos de Brasil torto em 10, né? E quem deu o azar de fazer faculdade nessa época que se foda. é foda..
4) e o argumento mais óbvio de todos: se QUASE TODO MUNDO das escolas públicas É NEGRO, então não é lógico que a maioria das pessoas que entrará por cotas de colégio público SEJA NEGRA? ENTÃO PRA QUÊ PORRA ESSA MERDA? rs.. não! claro que vão falar aí do sul sei lá, mas tb vcs não querem que 50% da universidade seja negra enquanto 5% da população é né? as coisas vão fluir NATURALMENTE com as cotas sociais... a gente não precisa de cotinhas de peninha não, a gente entra POR MÉRITO MESMO, ok? rsrs...
mas MUITO BOM MESMO o texto! ;D
(foi mal pela empolgação, e não levem muito a sério minhas revoltas, ok? nada pessoal)
Engraçado Lola que o mais comum são as pessoas falarem: Todos tem oportunidade, só não está lá quem não quer.
ResponderExcluirOutro dia tive uma discussão feia aqui em casa por conta disso, meu namorado e minha mãe querendo me convencer de que a pessoa quando quer chega a qualquer lugar e que as pessoas que estão onde estão foi porque não quiseram nada mesmo.
É difícil compreender alguns pensamentos viu..isso me irrita!
Lalai, citei Rui Barbosa porque, apesar de ser racista, conservador, determinista, naturalista, o escambau, o texto parte do pressuposto de que a igualdade só é possível quando TODOS estão partindo do mesmo ponto zero, nas mesmas condições.
ResponderExcluirE, Hello, há que se dar um desconto a Rui, de quem também não gosto, esse texto é de 1920, ainda não havia genoma...
E não, em absoluto, nenhum homem ou mulher é igual a outr@, cada um, ou cada uma, tem suas idiossincrasias
Olha, eu adoro os seus textos e assino o feed para não perdê-los. Esse, contudo, acabou beirando o ridículo. Qual o erro da polícia que ao receber uma denúncia de que duas PESSOAS (negras, brancas, verdes, azuis) estavam arrombando uma residência vai investigar e pede para ver documentos?
ResponderExcluirA atitude do sr. Professor de Harvard é que foi ridícula ao se vitimizar.
off topic - q tal alguns anúncios daqui:
ResponderExcluirhttp://www.retrocomedy.com/2009/07/15-creepiest-vintage-ads-of-all-time.html
Lola, os negros aqui são muuuuito racistas, eu sinto isso na pele quase diariamente, passsa uma coisa bem engraçada na minha casa, q serve de exemplo, qd vamos ao mercado complimento a caixa com um lindo sorizo dou bom dia etc, quase nunca sou respondida, vem meu marido (q não é negro, mas é escuro), fala a mesma coisa q eu exatemente a mesma coisa e sem sorrizo, pois bem, tem aquela resposta sorridente da caixa com direito a comentário sobre o dia e elogiu as meninas (minhas filhas). Hoje em dia, sei q é pela diferença de cor!
ResponderExcluirO policial estava correto, ele seguiu a lei, e o prof deveria tê-la seguido também (por q é a primeira coisa q te ensinam: diante da polícia agir de tal forma...), depois os policiais se retirariam ele pegaria o telefone chamaria seu advogado e meteria um belo processo por racismo, ação indevida, excesso de força, ou o q fosse melhor para ele...assim funcionam as coisas aqui!TRiste, sim não deixa de ser, mas vc reparou q havia um policial negro ali?Pior achei o vizinho q chamou a polícia não recolhecer quem mora do seu lado, ou em frente, enfim seu vizinho!!!Abraços
alguém ainda sonha com o dia que os EUA não vai ser preconceituoso... e o Brasil apesar de metade de sua ser negra ou pardo(termo usado para pessoas que não brancas nem negras) ainda tem muito preconceito sim, mas tem gente que quer tampar o sol com a peneira mesmo... eu nunca passei por nada disso até hoje, mas sei que um dia pode acontecer (ou não se o mundo resolver mudar)
ResponderExcluirEu sou fã desse PDF!
ResponderExcluirLola, otimo texto.
ResponderExcluirComo sempre eu dei copiei e colei seu texto e enviei para zilhoes de amigos. Dentre esses enviei para meu primo que eh policial branco dos olhos verdes filho de pai negro (acho que ele nao vai gostar disso) e mae lourissima. Entao, ele me enviou uma resposta super nervosa. Ele confundiu tudo e ainda declarou que foi super normal o procedimento da policia no caso. Ou seja, a pessoa esqueceu do que leu nos primeiros paragrafos do seu texto. Ninguem merece!
Eu tenho preguica do mundo quando leio que os negros sao os mais racistas. Tem coisa mais nojenta de ler??? Af, sorriSos!!
Sobre o comentario da Lalai... concordo plenamente q o sistema de cotas deveria ser para advindos de escola publica e isso de alem de ser de escola publica ser negro é furada... os dois tiveram o mesmo ensino... deveriam ter as mesmas chances...
ResponderExcluirE ouvir que os negros são racistas é um tristeza, mas é a pura verdade... não só com pessoas brancas, mas as vezes eles tem preconceito com os proprios negros tbm...
não. o que a mari falou não é que os negros não sejam preconceituosos...
ResponderExcluirclaro que são. é que é ridículo achar que nós não deveríamos ser! fomos criados na mesma sociedade racista, sofremos das mesmas influências. não temos nenhuma obrigação de ser mais politicamente corretos que vcs. temos todos é que lutar pelo fim de tudo isso.
e vc, meu filho daí de cima... mas que audácia! rs... dizer que o texto está beirando o ridículo só pq vc concordou c/ a atitude dos policiais... vc pode até concordar, mas e todas as outras questões abordadas não conta? e namoral, vc acha realmente que não teria no mínimo um pouco mais de tato, se o cara não fosse um "biotipo suspeito"? reflita.
Eu me posicionei dizendo que o discurso de brancos que 'elaboram' a frase de que "os negros sao os mais racista" me cansa, levando em consideracao que para ser racista e' preciso, antes de tudo, ter Poder. :(
ResponderExcluirsééério que vc quis dizer isso???? o.O
ResponderExcluirpô, foi mal então... :)
nesse caso eu discordo plenamente de vc. acho muito difícil alguém não ser racista. uns são mais e outros menos. independente do poder que possui.
tipo, que tipo de poder um pobre favelado(a) que fala que o cabelo do menino(a) é ruim, detem?? isso é racismo. e vem de negros e brancos, pobres e ricos.
"Eu tenho preguica do mundo quando leio que os negros sao os mais racistas. Tem coisa mais nojenta de ler??? Af, sorriSos!!"
ResponderExcluirEu não vejo os negros como mais racistas, aqui! Mais racistas q quem?Que os brancos? Que os hispanos? Não entendi!
O afro norte americano é descriminador! se isso o faz pior que outros grupos étnicos, não sei!
Mas não o faz melhor, seguramente!
Eu vejo mais descriminação de classe que de cor (por assim dizer), ou seja é fácil que um negro rico descrimine a outro negro pobre, tanto qt um branco rico descrimina a outro branco pobre.
Obama o 1* comentário q fez após a pergunta sobre o prof foi: "q sorte a dele de terem chamado a polícia, em outros lugares poderia ter levado um tiro"
A especulação sobre o fato desse homem ser negro seria a mesma se ele fosse branco? Acho q ñ, mas estou segura q seria a mesma se ele fosse latino, pq é o q vende!
De novo: para ser racista e' preciso, antes de tudo, ter PODER. Qual e' o grupo que manda? Qual e' a cor da maioria que detem o PODER?
ResponderExcluirTodos os setores americanos do governo tem representação afro-americana, Mari!São o primeiro grupo em número de votantes!Mari se isso não é poder realmemte não entendo.Ah!Existe uma parcela de negros ricos, muuuuito ricos, intelectuais respeitados com maravilhosas casas...letrados, advogados, médicos, juízes, ...
ResponderExcluirOi, eu sei, eu moro aqui e acompanho o que rola na politica de ca. Inclusive Lola, amei seu post sobre a Soto Maior e a indicação dela a Suprema Corte pelo Obama. bjim
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirgenteee! que absurdo é esse dizer que os negros têm poder só pq tem uma maioria votante???? grande merda! a maioria no brasil é negra e nem por isso temos o poder!
ResponderExcluiro poder é o poder da grana, da manipulação do pensamento, da mídia... e não da maioria de gente que é massa de manobra! a hegemonia ainda é do pensamento racista. NO MUNDO TODO. e ponto final.
e.. ah! "existe UMA PARCELA de negros muito ricos" ótimo! agora eu já posso dormir tranquila. Faça-me o favor! Isso não significa que somos tratados de forma igual.
(nem acredito nesse comentário.. :T)
Então, lalai, espere...Deixa eu pensar, dinheiro não dá poder (Ophah por exemplo ser a MAIS bem paga comunicadora americana, faz dela uma pessoa neutra não serve para seu modelo de "o poder é o poder da grana, da manipulação do pensamento, da mídia" ,ah!ok),
ResponderExcluirpolítica não dá poder (ter os dois últimos secretários de Estado negros, por exemplo, representante negro no Supremo, não conta,vc diz: "a hegemonia ainda é do pensamento racista" ou seja eles não trabalham pelo seu próprio grupo étnico, mesmo ocupando altos cargos governamentais, .ah!ok),
o q conta é sermos iguais, por que então tem tanta gente se atirando no turbulento mar do Caribe pra chegar nas praias de Miami? Ah !eles devem estar buscando igualidade, mas o governo cubano de onde eles fugiram não tem como prioridade a igualdade social?
Espera, laila, espera...se saber que igualmente qualquer cidadão americano independente de sua cor pode concorrer ao posto de trabalho, universidade q quiser, que ha 60 anos atrás não existiam ricos negros e agora há muitos e q o presidente dessa primeira potência é negro mulsumano, num país branco protestante, não melhora o seu sono, PACIÊNCIA...
Mari, eu desconfiei disso, kkkk, qual seu Estado?
Lola se meu comentário está abaixo da espectativa do blog, deleta, ligo não!
O que mais me revoltou não foi a atitude do vizinho chamar a polícia, e sim a atitude do policial ante a revolta do professor. Uma vez, o meu irmão pulou o portão de casa ao invés de me chamar ( eu tava em casa sozinha). A minha vizinha quase chamou a polícia pq não tinha reconhecido ele, mas ela bateu em casa primeiro antes - e ainda deu um tapa de leve na cabeça dele dizendo "vc quase me matou de susto, moleque", KKKKKKKKKK
ResponderExcluirSheila.
É obvio q as coisas melhoraram de 60 anos para cá... mas isso não quer dizer que devemos ficar satisfeitos com a situação... E claro, a Oprah tem poder de formar opnião... mas não ela não estaria onde está se tivesse um discurso antirracismo, isso tbm não quer dizer que ela não contribua de alguma forma para que isso melhore um pouco...
ResponderExcluirO presidente americano ser negro não quer dizer que o preconceito deixou de existir... e se nos estados unidos não tivesse tantos negros provavelmente ele não seria eleito...
Não importa que mais negros estejam chegando ao poder... isso não faz com que uma pessoa racista deixe de o ser... é um problema muito maior e mais dificl de ser resolvido...
Eu nunca tinha pensado deste modo lalai, negros crescem com os mesmos parametros q brancos... era de se esperar que tbm fossem preconceituosos... do mesmo modo q temos mulheres machistas... por mais absurdo q isso pareça para mim...
PQ as pessoas acham q a Lola apagaria um comentarios do blog dela só pq a pessoa q escreveu não tem a mesma opnião que ela?! Ela faz mesmo isso ou é só mania de perseguição mesmo?!
Eu não conheço a lola, passei a ler o blog há dois dias atrás pq outra pessoa comentou dele. P isso perguntei, poderia ser já q a casa é dela. E já q a opinião contrária foi respondida de forma tão grosseira pelo q parece ser um(a)leitor(a) mais antiga e frequente ... veio a dúvida, ñ sei qual a procedimento, se é q tem, não deu pra fazer muita coisa nesses dois dias.
ResponderExcluirAi q besteira, gente, deixa pra lá; foi eu q caí de paraquedas, eu me desepcionei um pouco com o q encontrei, só. O q me preocupa é ser mal interpretada
Lola, tem dias q são isso mesmo, foi mal!Se pareceu q eu estava insunuando q vc é revanchista ou direcionista, não teve nada q ver; totalmente mal entendido e ademais é injusto para os dois lados (o meu e o seu). Perguntei pelo q disse antes, desconheço os parámetros do blog!Não tem achismo nenhum, nem bom nem ruim!
E até mais a todos!
Navegadores da Razão, desculpe se não te respondi e te deixei “à deriva” (aproveitando um trocadilho com seu apelido). É que realmente estou sem tempo pra responder os comentários, como eu gostaria de poder fazer. Não há muitos parâmetros pra se comentar aqui. Desde que não sejam ataques infundados, sem nenhum cabimento, às outras leitoras(es), tá tudo permitido. Vc tem o direito de expor a sua opinião, mesmo que ela seja contrária à da maioria. E as outras comentaristas têm o direito de contestar a sua opinião, certo? Como os assuntos muitas vezes são polêmicos, há ocasiões em que os ânimos se exaltam. Mas não leve a mal. Eu não recebi nenhum comentário seu como se vc fosse revanchista, ok? Abração, e continue vindo, se quiser.
ResponderExcluirFico feliz por ter respondido e pela resposta, essa falta de tempo é lasca mesmo, né? Parece virus!
ResponderExcluirEu acho natural q haja polêmica em certos assuntos, tem q ter senão perde a graça, mas é bom discutir com argumentos, não gritos!
Estar num meio onde todo mundo fala a mesma língua é prazeiroso, mas o q faz crescer é a problemática!
Eu vivo num bairro q se pode dizer de negros (de todas as cores de bandeira, pq é uma área nova), convivo c/ esse grupo diariamente, ñ estou num bairro de brancos ou latinos o q me daria outra visão das coisas (isolada); tenho amigos negros q contam sua história e q me ajudaram a entender como funciona o sistema AQUI hoje entendo q racismo tem variantes também como o feminismo por exemplo; o q não deve ser muita novidade.Como esse assunto se leva aqui é diferente q no Brasil e q n Europa e também q nos Estados do Norte, por isso dá pauleira, na discursão, ñ são muitos os pontos comuns.
Eu demorei a aceitar q negro descrimina a negro, ter a cor negra não significa q vc seja negro!Hoje aceito pq é fato, mas sigo sem compreender!TEnho um amigo de República Dominicana q é um bom exemplo, ele é negro seus pais são negros e ele nunca foi aceito na comunidade onde morava, tipo maltratado mesmo, sabe o motivo? como dominicano ele também falava espanhol e isso foi definitivo para ser conhecido por todos como AreoBoy, ou seja negro por fora, ms branco por dentro, foi muito duro pra ele, passou parte da infância isolado e quase vira delinquênte pra provar q tinha valor (na adolescência), a mãe dele lutou como uma leoa brava pra evitar o pior.
Lola se aparecer mais um tempinho, passa no Navegadores também a casa está aberta pra vc e pra quem mais quiser!
Até mais e abraço p/ todos
"Navegadores", é o seguinte...
ResponderExcluireu sempre fui muito agressiva nas discussões... eu sei, é um defeito. algumas pessoas se magoam.
mas eu juro que não é minha intenção. é que eu sou MUITO impulsiva.
e toda a revolta não é pessoal, é ideológica. eu sou contra o seu ponto de vista e não contra vc, ok? Eu discuto com meus maiores amigos da mesma forma.
ah! e mais! não, eu não sou uma frequentadora fanática, tradicionalista e muito menos antiga do blogue. Esse foi o primeiro texto o qual comentei...
o fato de eu ter falado "que audácia" foi brincadeira.
(não vou contra-argumentar desta vez, a Carla já disse tudo)
Chamaria a polícia fosse quem fosse. Não tenho a obrigação de conhecer meus vizinhos, nem de investigar pessoalmente, ainda mais quando suspeito de algo. a polícia está aí pra isso.
ResponderExcluirSe o policial teria sido menos agressivo? como saber? é impossível definir esse tipo de hipótese. É bastante justo ter que expor algum documento para provar a propriedade da casa, assim, como temos que mostrar os documentos do carro, sempre que paramos na blitz, seja vc quem for. Pensar que isso é discriminação é besteira. Se abordagem, tom de voz, qualquer outro tipo de comunicação tenha sido agressiva, ou ofensiva, não há como saber.
Claro que isso não invalida o resto do post, há racismo sim.
No entanto, forçar um ponto de vista não é uma atitude correta numa democracia. Ninguém tem que concordar com política alguma, como de fato, vários discordaram, com argumentos bastante razoáveis. Concordo plenamente com eles, não era necessário uma cota em separado para negros, uma vez que o acesso da educação na escolas é o mesmo, com as cotas para estudantes de escolas públicas.
Esse tipo de cota é prejudicial sim, e provavelmente inconstitucional sim. É um reconhecimento público do governo que raças existem sim, e que existe diferenças entre elas, já que um pobre negro e um branco precisam de cotas diferentes. Essa política deixa bem claro que é a "raça" a diferença entre as duas pessoas. Se isso não é racismo eu não sei o que é.Não o deixaria de ser só pq beneficia o grupo que usualmente é prejudicado.
Além do mais, por mais que não seja responsabilidade apenas do governo lula a situação da educação no brasil, a 6 anos é deste governo a responsabilidade de mudar. As cotas tem um custo 0 para o governo, e promove distribuição, mas nenhuma melhoria no ensino.
É visivel o aumento de políticas publicas para a promoção do ensino superior, enquanto praticamente nada se faz para o básico e médio, apenas garantindo que quem nele estudar terá chance de tentar o superior. Claro que isso produz uma estatística bonita, de número de matrículas, de acesso da população pobre ao ensino, mas não ajuda o pais a se desenvolver, como ajudaria a melhora no ensino básico, e a efetiva ampliação de vagas no ensino superior.
E sim, governos governam para o futuro, vai demorar para se chegar lá, o governo de hoje não pode resolver todos os problemas de quem sofre hoje. Claro que é mais tocante gastar milhoes pra salvar alguém morrendo hoje do que investir na vacina que evitará a doença, silenciosamente, de milhões depois, mas não é assim que o governo deve gastar o seu dinheiro.
Gente, desculpem os possíveis erros gramáticais nas minhas postágens, me ajudam muito dando a oportunidade de fazer a correção, eu cato mas, sempre passa algumas coisas, caso alguém mais tenha outra observação pode deixar no meu email, quanto ao espaço do Navegadores, fica p/os comentários sobre os textos publicado lá, ok?
ResponderExcluirLalai passa lá também!
Abç a todos