Imagine que você acompanha tanto a TV quanto eu (ou seja, nada), e veja esse vídeo sem nenhuma informação prévia.
Então, depois de ver o vídeo, tratei de me informar um pouco. Tem esse menininha, a Maísa, que acabou de fazer seis anos. Tem esse velhinho, o Silvio Santos, que a própria Maísa, num outro programa, estimou que ele tinha uns oitenta anos, tirou-lhe a peruca, e o chamou de idoso. É, eu sei: é chocante pensar no SS como um senhor idoso, porque ele realmente não bate com a imagem que temos dos velhinhos caquéticos. Mas ele deve ser bem avançado em anos, lógico. Eu lembro de quando eu tinha a idade da Maísa e o via na Tupy, numa TV preto e branco. Isso deve fazer uns 35 anos, e ele já era um homem de meia idade. Faça os cálculos.
Mas não era sobre isso que eu queria falar. Eu queria dizer que também li que o SS descobriu a garotinha num programa do Raul Gil e a levou pro seu programa de domingo, onde ela vem fazendo enorme sucesso. O salário pago a seus pais está na faixa dos 20 mil reais por mês. Parte do sucesso deve-se a ela ser mimada, chata e preconceituosa. Não sei os detalhes, mas ela já fez várias declarações racistas, homofóbicas e elitistas. Ou seja, pelo que entendi, ela tá sendo treinada pra se transformar numa Dercy Gonçalves.
Mas eu vi o vídeo sem saber de nada disso. E o que vi me horrorizou: a menina cochicha alguma coisa no ouvido do apresentador. Ela já está chorando. Sem lhe dar atenção, SS chama ao palco um garoto muito mal-maquiado de zumbi ou monstro ou algo assim, e Maísa passa a gritar e chorar, desesperada. Ela corre pra fora do palco e a gente continua ouvindo seus berros. O menino sorri sem graça. Silvio Santos gargalha. E não sei se foi impressão minha, mas pensei que vi uma platéia toda (toda de mulheres) petrificada por alguns segundos, antes que o apresentador colocasse suas macacas de auditório novamente no seu estupor habitual, com o clássico “Quem quer dinheiro? Pão? Circo?”. Nem notei o que ele ofereceu. Li que, mais tarde, a garota voltou ao palco, disse estar com dor de estômago, e soltou um pum. Mas isso não mitigou o incômodo que senti ao ver o vídeo.
Aí eu li os comentários sobre o vídeo em vários lugares e talvez tenha ficado mais horrorizada ainda. Porque as pessoas, principalmente os rapazes, acham tudo hilário. Dizem que Maísa é uma pentelha mesmo, que mereceu tudo isso, que se assustou à toa, que foi tudo engraçadíssimo, e que os gatos-pingados reclamando do tratamento à menina e pedindo a intervenção do Estatuto da Criança deveriam era se preocupar com crianças na favela. Alguns dizem que foi uma armação. Eu não sei. Pode até ser que Maísa seja uma atriz excepcional. Mas eu tive a certeza que ela estava desesperada de verdade. E não estou aqui pra julgar a menina. Lendo alguns comentários, me dou conta que a misoginia não se reserva a mulheres adultas. Começa já na infância. Se fosse um guri que estivesse sendo ensinado a proferir preconceitos, será que, diante de uma atitude de medo, o tom dos leitores seria tão condenatório, tão “bem-feito” assim? Se a mesma reação a um “monstro” viesse de um menino de seis anos, quanto você quer apostar que ele seria chamado de “viadinho”? (porque misoginia e homofobia caminham juntos).
Acho incrível que as pessoas sintam-se no direito de analisar friamente o medo de uma criança. Não me lembro do que me apavorava quando tinha a idade da Maísa, mas tenho a impressão que era de coisas bem irracionais também. Não importa: se a criança diz que tem pavor a alguma coisa, não é total falta de responsabilidade seguir com o show e assustá-la? Não é brincadeira. Não é um sustinho à toa. A garotinha pareceu estar traumatizada. E eu sinto pena de qualquer um nessa situação. Nem precisa ser criança, aliás. É que não me sinto um ser superior. Não cabe a mim julgar o medo de cada pessoa, e declarar se esse medo é ou não legítimo. Pra muita gente, minha reação ao ver uma barata (principalmente uma voadora) deve ser totalmente irracional. Afinal, eu sou muito maior que uma barata, ainda que, no quesito indestrutibilidade, a barata ganhe fácil. Mas sim, eu me desespero ao ver uma barata. Alguém quer me condenar por isso? Vá em frente, eu sou adulta, sei me defender. Mas condenar e rir de uma garotinha?!
Não são apenas as baratas que me desesperam. Também me desespero ao ver uma criança desesperada. Mas aí não é por medo. É mais por uma questão de humanidade mesmo.
Então, depois de ver o vídeo, tratei de me informar um pouco. Tem esse menininha, a Maísa, que acabou de fazer seis anos. Tem esse velhinho, o Silvio Santos, que a própria Maísa, num outro programa, estimou que ele tinha uns oitenta anos, tirou-lhe a peruca, e o chamou de idoso. É, eu sei: é chocante pensar no SS como um senhor idoso, porque ele realmente não bate com a imagem que temos dos velhinhos caquéticos. Mas ele deve ser bem avançado em anos, lógico. Eu lembro de quando eu tinha a idade da Maísa e o via na Tupy, numa TV preto e branco. Isso deve fazer uns 35 anos, e ele já era um homem de meia idade. Faça os cálculos.
Mas não era sobre isso que eu queria falar. Eu queria dizer que também li que o SS descobriu a garotinha num programa do Raul Gil e a levou pro seu programa de domingo, onde ela vem fazendo enorme sucesso. O salário pago a seus pais está na faixa dos 20 mil reais por mês. Parte do sucesso deve-se a ela ser mimada, chata e preconceituosa. Não sei os detalhes, mas ela já fez várias declarações racistas, homofóbicas e elitistas. Ou seja, pelo que entendi, ela tá sendo treinada pra se transformar numa Dercy Gonçalves.
Mas eu vi o vídeo sem saber de nada disso. E o que vi me horrorizou: a menina cochicha alguma coisa no ouvido do apresentador. Ela já está chorando. Sem lhe dar atenção, SS chama ao palco um garoto muito mal-maquiado de zumbi ou monstro ou algo assim, e Maísa passa a gritar e chorar, desesperada. Ela corre pra fora do palco e a gente continua ouvindo seus berros. O menino sorri sem graça. Silvio Santos gargalha. E não sei se foi impressão minha, mas pensei que vi uma platéia toda (toda de mulheres) petrificada por alguns segundos, antes que o apresentador colocasse suas macacas de auditório novamente no seu estupor habitual, com o clássico “Quem quer dinheiro? Pão? Circo?”. Nem notei o que ele ofereceu. Li que, mais tarde, a garota voltou ao palco, disse estar com dor de estômago, e soltou um pum. Mas isso não mitigou o incômodo que senti ao ver o vídeo.
Aí eu li os comentários sobre o vídeo em vários lugares e talvez tenha ficado mais horrorizada ainda. Porque as pessoas, principalmente os rapazes, acham tudo hilário. Dizem que Maísa é uma pentelha mesmo, que mereceu tudo isso, que se assustou à toa, que foi tudo engraçadíssimo, e que os gatos-pingados reclamando do tratamento à menina e pedindo a intervenção do Estatuto da Criança deveriam era se preocupar com crianças na favela. Alguns dizem que foi uma armação. Eu não sei. Pode até ser que Maísa seja uma atriz excepcional. Mas eu tive a certeza que ela estava desesperada de verdade. E não estou aqui pra julgar a menina. Lendo alguns comentários, me dou conta que a misoginia não se reserva a mulheres adultas. Começa já na infância. Se fosse um guri que estivesse sendo ensinado a proferir preconceitos, será que, diante de uma atitude de medo, o tom dos leitores seria tão condenatório, tão “bem-feito” assim? Se a mesma reação a um “monstro” viesse de um menino de seis anos, quanto você quer apostar que ele seria chamado de “viadinho”? (porque misoginia e homofobia caminham juntos).
Acho incrível que as pessoas sintam-se no direito de analisar friamente o medo de uma criança. Não me lembro do que me apavorava quando tinha a idade da Maísa, mas tenho a impressão que era de coisas bem irracionais também. Não importa: se a criança diz que tem pavor a alguma coisa, não é total falta de responsabilidade seguir com o show e assustá-la? Não é brincadeira. Não é um sustinho à toa. A garotinha pareceu estar traumatizada. E eu sinto pena de qualquer um nessa situação. Nem precisa ser criança, aliás. É que não me sinto um ser superior. Não cabe a mim julgar o medo de cada pessoa, e declarar se esse medo é ou não legítimo. Pra muita gente, minha reação ao ver uma barata (principalmente uma voadora) deve ser totalmente irracional. Afinal, eu sou muito maior que uma barata, ainda que, no quesito indestrutibilidade, a barata ganhe fácil. Mas sim, eu me desespero ao ver uma barata. Alguém quer me condenar por isso? Vá em frente, eu sou adulta, sei me defender. Mas condenar e rir de uma garotinha?!
Não são apenas as baratas que me desesperam. Também me desespero ao ver uma criança desesperada. Mas aí não é por medo. É mais por uma questão de humanidade mesmo.
Lola... a Maisa mereceu ficar assustada sim... acontece que a producao do Silvio Santos sabia q ela tinha medo de zumbis... ta na cara q aquela maquiagem parecia ser feita por um crianca de tao mal feita!!! O q tem de errado em exercitar o medo das pessoas. O mundo do show-bizeness é assim...
ResponderExcluirah proposito esse cara é de joinvilee??? Vc ja viu ele??
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=649920749419754674
off topic totally!
ResponderExcluiro que vc achou dessa passeata?
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1125045-5605,00-SOLTEIRAS+DE+SP+SE+PREPARAM+PARA+PASSEATA+DOS+SEMNAMORADO.html
OI, Lola!
ResponderExcluirRealmente de muito mau gosto. Mas é errado desde o início, não é? Uma garotinha de 6 anos trabalhando!!??
Bjs,
Anália
Aronovich:
ResponderExcluirEsse Silvio Santos é um ser bizarro. Ele é que da medo. Parece um ser terrivel de outro mundo. Ele e essa turma que o cerca no grupo SS tem que ser investigados.
PS. Minha mulher saiu do carro em movimento por causa de um barata e ela estava gravida; a minha mulher não a barata. Cada um tem seu medo.
Eu quase chorei vendo a reação da menina. Ela é pentelha, sim. Mas nada justifica a exploração do desespero de uma criança de 6 anos. Inclusive, já a vi dizendo que não recebe mais a visita da Cris Poly, a psicóloga infantil do SBT. Fico preocupada quando essa menina crescer e já não tiver mais tanto sucesso: traumas infantis têm o potencial de destruir a vida de uma pessoa.
ResponderExcluirBom dia Lola,
ResponderExcluirQue bom que para alguns, como você, a infância ainda deve ser protegida. Também estou chocada com as informações que você nos traz. Só que Lola, isso é bem mais grave que mosoginia. Teoricamenete uma mulher adulta tem condições de tentar de se defender, de encontrar apoio na lei, em outras mulheres, no feminismo, nos vizinhos, sei lá onde, mas existe esta possibilidade para um ser humano ADULTO.
Mas uma criança é totalmente indefesa, sobretudo quando os que devereriam defendê-la, os pais, são os primeiros a desrespeitá-la. E isso vale para menino ou menina. Também os meninos são sistematicamente violados em seus direitos. As crianças não etm defesa, e ficam confusas, pois defendem desses pais criminosos para sobreviver. Literalmente, a vida de uma criança está nas mãos dos pais, e uma criança quer tanto ser amada que acabará fazendo o que os pais querem, só para obter aprovação desses pais. Graças que há pessoas que conseguem enxergar a violência da situação. Expor uma criança ao ridículo é uma violência, além do mais o que se passa ali é trabalho infantil, o que já é proibido por lei. Infelizmente a sociedade protege os pais (o pai e a mãe também), fazendo com que as crianças sejam os seres mais aviltados, em qualquer estrato (x ou s?)social, e dentro de grupos minoritários também. Sobre o assunto, vale conhecer o trabalho da Alice Miller. No Brasil pelo menos um livro já foi publicado (O drama da criança bem dotada - repare que é BEM DOTADA, e näo SUPER DOTADA)), mas dá para ter acesso ao site.
http://www.alice-miller.com/index_en.php
É bem forte e a maioria das pessoas diz que ela exagera etc. Ela lidera uma campanha para a proibição legal (ou cirminalização) de punições físicas. Se pensarmos em misoginia e na Lei Maria da Penha, um tapa no rosto ou gritos já é suficiente para nos causar indignação, mas as crianças, coitadas, não tem sua Maria da Penha. O fato é: como sociedade, fazemos com as crianças o que nem sonharíamos fazer com outro adulto: batemos, humilhamos, gritamos, expomos a intimidade e expomos ao ridículo, exploramos o trabalho (que é o que SS e os pais da garota fazem com ela) e todos acham natural. E nesse rol de todos, entram as mães também Lola. Por isso acredito que o feminismo deveria incorporar, de algum modo, a defesa das crianças, alertar as mães de que, sem saber, elas podem estar exercendo poder de modo errado sobre seus filhos e filhas. Bom, nada leve para um post de sábado, mas em boa hora e muito importante. AS crianças precisam de vozes que as defendam, como "helping witnesses".
ASNALFA, ninguém merece se assustar, muito menoso uma criança indefesa e inocente, e que está sendo explorada. Ali, quem precisa levar um susto, de algum juizado ou ministéro público são os pais e o SBT.
ResponderExcluirO que é isso? A violência contra crianças precisa chegar ä morte para sensibilizar as pessoas?
Que horror, e que pena dos teus filhos.
Priscilla = Priscills Digitei errado.
ResponderExcluiré como já disseram, já começou errado. ela nem devia estar trabalhando. sem falar q, dá pra ver o qto a maísa é "construída". tá na cara q muita coisa q ela fala não é dela: certamente ela usa ponto e tem alguém ditando oq dizer, em alguns momentos. não sei quantos anos a menina tem agora, mas há algum tempo, ela devia ter uns 6, e já dava gongadas na Adriane Galisteu se referindo a salário, por exemplo. uma criança de 6 anos não tem essa malícia. se a fala não foi ditada pelo ponto, definitivamente ela foi orientada pra isso.
ResponderExcluiras falas preconceituosas (eu, q pouco vejo sbt, já presenciei uma cena homofóbica da menina) tb são ensinadas. ninguém nasce homofóbico ou racista. estagiei numa escolinha infantil cujo diretor é praticamente andrógino (inclusive drag), e pude ver de perto quanto carinho e respeito as crianças tinham por ele. acontece q, a menina dá uma dessas, o povo adora, dá ibope; aí ela é orientada pra continuar, talvez pegar mais pesado, e ela vai tomando isso como certo. hoje em dia é "bonitinho", "engraçadinho", mas qd ela tiver 15 anos, não vai mais ter graça as bobagens q ela fala. e é muitíssimo provável q ela se desespere, pq ela já tá aprendendo a viver debaixo dos holofotes, não vai saber viver de outro jeito. aí, um abraço... mais uma maria mariana pra história.
ai, misturei tudo. é q eu tô com pressa...
Lola, sem comentários. E alguém ainda vem falar em exercitar o medo... Mas me choca é que o Ministério Público tão rápido em censurar tudo e todos na TV, não tome providencia alguma. Eu tinha lido no início da semana alguém criticando o SS por causa da Maísa e hoje, mais cedo, li a crítica da Bia Abramo na Folha de São Paulo. Estou postando aqui, porque vai de encontro ao que você escreveu:
ResponderExcluirBIA ABRAMO
A menina, o monstro e o medo
FOI NO ÚLTIMO domingo, dia em que Maisa, em vez de descansar do seu sábado tão animado, contracena com Silvio Santos. Ela chama o patrão de lado e tenta fazer um pedido. Ele replica: "Você está com medo?"; "Alguém te bateu?". Ela fica paralisada, faz bico, começa a chorar. SS, então, chama um menino, pouca coisa maior do que a "pequena petiz". O menino, um certo Daniel, está com uma maquiagem de "monstro", assustadora -pelo menos para Maisa, que sai correndo, apavorada.
O rapazinho entra sorrindo, mas, ao ouvir a menina gritando, tem um momento sincero de apreensão -as câmeras, espertas, não deixaram de registrar seu rosto franzido. Mas em seguida o patrão o chama à fala e é hora de sorrir de novo. SS tripudia: "Ela é muito engraçada!"; "Essa Maisa não tem mais jeito", enquanto a menina grita histérica ("Não quero!!"), sai correndo do palco.
Intervalo comercial, em que o SBT agradece "o seu carinho". SS volta, dizendo que a menina é medrosa ("Não falei que ela era medrosa?").
Depois, as colegas de trabalho, instadas por SS, berram: "Amarelou! Amarelou!". Ele a chama de volta ("Ela foi embora e não quer voltar (...). Ela vai ganhar sem trabalhar?").
Ela volta, ovacionada pela plateia, que, logo em seguida, reage com um "oh" expressivo de fofice, quando SS pega a menina no colo: "Tadinha, vem cá, meu amor". Dura pouco: na frase seguinte, ele está chamando Maisa de "cagona".
A menina faz que não percebe -ou não percebe mesmo- e continua ali, de vestidinho de festa e sapatinhos de verniz, cachos emoldurando o rosto de sorriso banguela, a perfeita menina-prodígio. Ela elogia a novela da patroa, SS replica: "Não puxa o saco da minha mulher". Ela tenta explicar por que a escola que frequenta reforçou a segurança para afastar os paparazzi e define "processo" ("Quando alguém faz alguma coisa de que você não gosta; você pode processar"), SS pergunta se ela vai processá-lo por ter chamado o menino-monstro ("Você não queria, você pode me processar?"). Diante do patrão, a coragem, claro, some: "Não".
As cenas e os diálogos se sucedem, nessa toada grotesca. Para lembrar, grotesco, conforme o Houaiss, é o que "se presta ao riso ou à repulsa por seu aspecto inverossímil, bizarro, estapafúrdio ou caricato".
Está no YouTube para quem quiser ver, na versão reduzida do confronto entre menina e menino-monstro ou os mais de 22 minutos entre menina e monstro-patrão. Isso foi só um domingo. Hoje, numa TV perto de você, tem mais.
biabramo.tv@uol.com.br
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNão tenho tv na casa q me mudei, mas essa dessa Shirley Temple brasileira.
ResponderExcluirExpor o outro ao ridículo é triste mesmo, fico revoltada.
Conheci muitas pessoas que gostam de fazer isso com os outros, p essas pessoas é a maior forma de humor.
Mas se tratando de uma criança é pior mesmo.
O fato dela já estar sendo construída p isso, e estar trabalhando não justifica tal atitude.
Bom domingo Lola!
Olá!
ResponderExcluirJá havia visto este menina algumas vezes e achei chocante as coisas que ela, sendo tão pequena, diz. Claramente ela ouve antes o que diz na tv e eu creio que deva ser em casa que ela aprende tantos conceitos preconceituosos.No SBT também, claro.
E este momento específico é de um mal gosto atroz, bem a cara do Sílvio Santos.E parece que todos esquecem que ela tem apenas 6 anos. Imagino o resultado dessa exposição toda num futuro próximo.
Crianças exploradas em tantos níveis diferentes, né? Mas parece que 20.000 de salário convence os pais a não verem o que anda acontecendo com a pequena...
Essa menina eh detestavel mesmo, ela ofende as pessoas na tv, faz comentarios desagradaveis, mas eh tudo muito bonitinho, porque eh espontaneo e vem de uma crianca.
ResponderExcluirEu tento ver pelo lado bom, porque as pessoas normalmente mudam completamente depois da infancia. Pelo menos quase todo mundo que eu conheco. Eu acho que eu fui a crianca mais medrosa da face terra. Tinha medo de absolutamente tudo. E chorava muito tambem, o que me fazia de motivo de chacota de todas as outras criancas (eh, eu nao gostei muito de ser crianca). Eu vivia esperando ansiosamente por crescer e todos aqueles medos irem embora. Varias noites eu me acordava de madrugada e morria de medo do escuro, e passava um tempao criando coragem pra ir pro quarto dos meus pais. Ai o medo passava num segundo e eu podia dormir.
Tudo isso meio que passou quando eu tinha uns 10 anos e vi O Exorcista. Minha mae falava que foi o filme que a fez passar meses sem dormir direito. Sei que hoje em dia eu raramente choro. Adoro filmes de terror, que me fazem rir mais que comedias acefalas, e nao me assusto facil. Diferente de quase todas as pessoas da minha idade, que normalmente tiravam sarro da minha cara na infancia.
Escrevi tudo isso pra dizer que na idade dela, eu certamente teria reacao semelhante, e garanto que ela nunca vai esquecer isso. Se ela vai guardar magoa, nao sei. Eu com certeza nao iria, mas iria desaprovar a atitude, e detesto ver esse tipo de reacao, porque sei bem a sensacao pessima que eh, principalmente em uma crianca. Um adulto ainda pode se controlar e pensar, mas criancas ainda nao estao bem prontas para isso.
Outra coisa, eh so a mim, ou essa menina lembra mesmo a baby Jane??
ResponderExcluirNunca gostei de assistir o que fazem com essa menina. Os cachos falsos,os vestidinhos engomados, as tiradas ensaiadas, a menina me faz lembrar aqueles poodles pintados de cor-de-rosa de circo. Há quem diga que a menina é uma mala, uma pentelha...e há quem a ache simplesmente adorável. Mas pra mim é apenas uma criança que, por ser um pouco mais precoce e mais articulada que a média é usada e explorada como nem com bichos se faz mais. Ela pode não ser uma criança pobre, mas semm dúvida, é uma pobre criança.
ResponderExcluirE off post total, também: Lola, você disse que não assistiu ainda "Maus Hábitos"...Oh, eu sei que deve ser um saco gente dando pitaco no seu blog, mas por favor, encare como um pedido, tá? Quando e se assistir, por favor, resenhe aqui!!! Gostaria muito de ler o que você teria a dizer!!
Abração!!
Ei, meu comentário anterior saiu como anômimo...mas eu sou a Cybellek...rs.
ResponderExcluirMimada, chata e preconceituosa.. Sendo a Maísa uma criança ainda tão pequena, acho que nada disso é uma verdade absoluta - tbm acho que tudo o que ela mostra na frente das câmeras é resultado dos adultos ao lado dela (pais e SBT). Eu tbm não fui uma criança muito agradável e mudei completamente com o tempo, mudança que durou uma adolescência inteira. Ela ainda tem chance, mesmo com um mundo de adultos fazendo dela uma bonequinha.
ResponderExcluirComo comentei num outro blog, tudo o que ela tem é uma desenvoltura acima da média (até demais), aí aproveitam isso para deixar ela falar o que quiser, pq é bonitinho, engraçadinho. Isso a colocou onde está, um lugar errado pra uma criança, sendo exposta de um jeito que não faz bem. Aí acontece esse tipo de coisa, um susto, um choro, sai correndo.. Pelo jeito vão esperar acontecer algo pior para parar.
Só que mais constrangido eu fiquei com o menino, coitado, indo embora ao fundo do palco. Tbm não precisava passar por essa.
é isso que o povo quer ver, pão e circo. achei absurdo assustar uma criança ao vivo, ela pode ser mais esperta e desinibida que a média das crianças da idade dela, e se ela faz declaracoes racistas ou o que seja ela é inocente e não sabe o que tá falando, se faz ouviu da boca de alguém, ou foi induzida a dizer o que quer que tenha dito. qdo meu irmao menor tinha 5 anos a gente ganhou um fila (ja adulto), como o cachorro ela maior que ele, ele nao ousava colocar o pé pra fora da porta, de tanto medo que tinha do bicho, claro tivemos que devolver o cachorro. duvido que alguém chamaria um menino de 5 ou 6 anos de viadinho por ter medo de zumbi ou qualquer outra coisa (veja o calvin, por exemplo), eu acho que vc exagerou nessa leitura. acho que tem mais a ver com explorar a imagem dela, prq pela inocencia, e por ser manipulada, ela acaba sempre produzindo o inesperado, e é isso que o sílvio quer dela.
ResponderExcluirCom medo de criança, realmente, não se brinca. Quando eu era criança, meus primos me assustaram tanto com uma múmia que eu me tranquei no banheiro por duas horas. E essas coisas apavoram mesmo crianças.
ResponderExcluirAliás, com medo nenhum se brinca. Eu tenho um medo irracional de verduras, desde que eu era pequena. Eu choro se encostar em alguma, sem brincadeiras. E não é fingimento, eu realmente tenho medo.
Johanne!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
se eu jogar uma folha de alface em cima de vc, vc sai correndo e gritando ???
Mais ou menos isso, é. .-.
ResponderExcluirAsn, mais um comentário ruim seu... “O q tem de errado em exercitar o medo das pessoas”?! Só porque o mundo do show business inclui toda sorte de bizarrices não quer dizer que esteja correto. E o que é isso de perguntar se eu conheço um carinha de Joinville? Joinville tem 500 mil pessoas. Eu ainda não tive o prazer de conhecer todas elas.
ResponderExcluirSobre a passeata, já havia lido o artigo. Acho que qualquer desculpa pra integrar as pessoas vale a pena.
Totalmente errado, Anália. É trabalho infantil.
Serge, eu não posso criticar a sua mulher, porque certamente faria a mesma coisa. Felizmente, faz muito tempo que não vejo uma barata dentro de um carro. Ufa, não quero nem pensar!
ResponderExcluirDiana, pois é, essa menina vai ter que lidar com problemas muito sérios. Agora e no futuro...
Priscilla, não sei se devemos fazer uma olimpíada do preconceito e ver quem sofre mais, se mulheres ou crianças. Até porque geralmente mulheres e crianças sofrem juntas. Quando existe violência doméstica contra a mãe, isso afeta diretamente os filhos. E, no caso de maridos que se separam e não pagam pensão para a família, isso atinge diretamente as crianças. Sem falar que, em qualquer guerra, as maiores vítimas são sempre mulheres e crianças. Por isso, as feministas sempre prestam muita atenção nos problemas infantis, porque eles estão ligados à vida da mãe. O que eu quis dizer no meu post não foi que crianças sofrem menos que mulheres, mas que, se Maisa fosse menino, e não menina, imagino que a reação dos leitores nos blogs que vi seria diferente. Logo, a questão da misoginia está presente, porque Maisa está sendo agredida também por ser mulher. Qualquer sociedade que não protege suas crianças é uma sociedade doente, creio eu. Obrigada pela dica da Alice Miller. Sou 100% contra bater em qualquer criança (ou animal, ou pessoa adulta), e não acredito em “palmadas educativas” ou nada do tipo. Esqueci o dia mundial contra bater em crianças. Acho que foi em outubro. Vc lembra? Acho essas campanhas muito válidas.
ResponderExcluirLauren, claro, as crianças aprendem o comportamento preconceituoso de alguém. Não creio que nasçam assim. Exemplo perfeito que vc deu, sobre o diretor da escola.
ResponderExcluirValéria Shoujofan, obrigada pelo texto da Bia Abramo, muito bom. Eu não sabia que o SS teve a desfaçatez de ainda perguntar a Maisa se ela iria processá-lo. Tomara que haja no mínimo uma advertência. Lembra do Latininho na TV, que aconteceu quase ao mesmo tempo do sushi erótico, ambos no Domingão do Faustão? Houve uma reação da sociedade, e a TV foi obrigada a dar uma parada nas baixarias.
Má, não dá pra sentir falta da TV... Nada justifica esse descaso, né? Bom domingo sem TV!
ResponderExcluirElaine, a menina pelo jeito está sendo ensinada a ser hiper preconceituosa, pra passar como “espontânea”. Eu não sei quem são os pais da Maisa nem nada, mas imagino que boa parte dos pais iria sucumbir a ter a filha explorada em troca de 20 mil reais mensais...
Vitor, que legal que vc contou tudo isso dos seus medos infantis, e de como mudou. Então o seu turning point foi O Exorcista?! Taí um bom programa pra passar pra uma criança medrosa... Algo do tipo “Vc tem medo do quê? A Linda Blair é quem pode ter medo!”. Acho que a enorme maioria das crianças tem medo. (a maior parte dos adultos tem medo tb). Não cabe à TV explorar esses medos. E cabelinho enroladinho e vestidinho? Lembra a Shirley Temple, que era a inspiração da Baby Jane.
ResponderExcluirCybellek, imagina, não é saco nenhum me recomendarem filmes e posts. Não é sempre que vou poder acatar, claro, mas gosto que me lembrem. Foi ótimo vc ter me lembrado de Maus Hábitos porque lembro quando escrevi sobre as estreias da semana e mencionei o filme, e depois nunca mais pensei nele. Vou tentar encontrá-lo na internet. O filme é mexicano, certo?
Gustavo, acho ótimo que a gente tenha a liberdade e o direito de mudar. Tanta gente fala da infância como se fosse uma fase idílica e maravilhosa, mas pra muitas crianças é a pior fase da vida. Criança fica à mercê de adultos, e tem muito adulto ruim à solta... Quanto ao vídeo, fiquei com pena do menino tb. Tadinho, ele realmente ficou constrangido.
ResponderExcluirL M de Souza, então, não dá pra descartar medo de criança. Tem que respeitar, como vcs fizeram no caso do fila. Sobre a minha leitura, eu fico imaginando se Maisa fosse menino. Se houvesse um menino apresentador que tivesse a mesma reação que ela (sair correndo e gritando apavorado), imagino que o mesmo pessoal que chama Maisa de pentelha fresca e histérica (entre outras coisas muito piores), questionaria a masculinidade do menino. Porque na nossa sociedade homem que é homem não chora... Isso é ensinado desde a infância.
Johanne, se a gente for pensar bem, quase todos os medos são irracionais. A gente tem aquele medinho básico que garante a nossa auto-proteção, mas mesmo esses medos, quando exagerados, são irracionais. Tenho uma amiga (adulta) que olha todo dia embaixo da sua cama antes de dormir. Ela ri disso, sabe que é irracional, mas continua fazendo. Quando eu era criança, durante vários anos tinha medo de correntes. Sabe correntinhas de colares e chaveiros? Aquelas entrelaçadas? Eu odiava. Não sei como surgiu esse medo. Talvez fosse mais nojo que medo, mas eu realmente evitava tocar nas correntinhas. Não tinha lógica nenhuma o meu medo (como, no fundo, o medo de barata tb não tem).
ResponderExcluirAsn, respeite o medo alheio, seu chato! É sobre isso que o post fala. Tá vendo como vc precisa aprender muito?
Pensa bem sobre algumas das besteiras que vc fala, Asnalfa. Por exemplo, no caso da Johanne. Vc sabe que ela tem medo de verduras. É um medo ridículo, ela é a primeira a admitir. Mas é um medo, e cabe a ela deixar de ter medo. Não cabe a vc julgá-la. Vc, sabendo que ela tem medo de verdura, jogaria folhas de alface em cima dela? Pra quê? Qual seria sua intenção, fora rir do sofrimento alheio? Não seria pra ajudá-la, óbvio. Pense! Reflita. Por que as pessoas são cruéis? E aproveitando o assunto, Lauren, vc que é psicóloga, diga pra gente: o que faz as pessoas se divertirem com o medo alheio?
ResponderExcluirEla tem 7 anos, mas é uma criança precoce, ou seja, tem raciocinio equivalente de uma criança de 10, mais rapido e agil até. Por isso as pessoas ficam bobas com as coisas que ela diz. Mas a parte emocional continua sendo de uma pequena de 7 anos. As vezes até mais fragilizada, pois estas crianças sabem que sao diferentes das outras crianças. Infelizmente no Brasil criança precoce vira logo atraçao de circo. Os pais delas nao devem ter dormido essa noite, com sentimento de culpa. E agora, que o sistema esta engrenado, como parar a roda?
ResponderExcluirMas Lola... eu respeito o medo alheio sim!!! a pergunta q eu fiz pra moça eraso matar curiosidade;;; pra tirar duvidas!!! pq é muito dificil de acreditar nisso..
ResponderExcluirLola, na minha visão, trata-se de um mecanismo de defesa. Vendo o outro sofrer, no fundo, a gente fica feliz pq não é com a gente. E eu arriscaria dizer q, qt mais eufórica fica a pessoa q ri qdo a outra é humilhada (aqui, no caso, pelo medo), pior ela lida com as próprias fraquezas. Pq uma pessoa q tira de letra uma situação constrangedora não se incomodaria tanto de estar no lugar dela. Logo, o alívio de não estar não é tão grande assim.
ResponderExcluirEsse mesmo mecanismo faz com q as pessoas adorem ver vídeos de desastres, por exemplo. E qd tem acidente na rodovia? Nenhum carro anda direito, todo mundo tem q dar uma paradinha pra ver o cara arrebentado. Soma-se a isso a sensação de onipotência ("puxa, como eu sou foda. passei pela mesma avenida e não me acidentei"). Junta tudo e dá uma vontade imensa de ver desgraça.
Eu não assisto o SS, aliás, não assisto TV aberta no domingo se puder evitar. Mas eu espero que ele receba advertência e me espanta o MP não ter feito escândalo ainda. Talvez seja porque a Globo não pressionou ainda como em outros horários... Guerra de audiência é coisa séria.
ResponderExcluirQuanto à misoginia, assino embaixo, Lola. Eu imagino bem se fosse um menino a se desesperar, um menino de seis anos seria chamado de bichinha reforçando o duplo estigma: homofobia e misoginia. Só que a turma que curte o grotesco adora ver estes espetáculos horrorosos. E a menina em questão pode ficar traumatizada, só que os 20 mil de salário falam mais alto.
Quanto ao que ela fala, criança fala aquilo que ouve. Por mais inteligente que ela seja, ela sofre influência dos adultos ao redor e se acham bonito ou incentivam certos comportamentos, ela vai repeti-los. Não é preciso ter filhos ou trabalhar com crianças para saber disso. Veja os filhos e conhecerás os pais. Isso pode até falhar um pouco com adolescentes (*e quando eu recebo os pais nas reuniões...*), mas com crianças é batata.
Lola, eu nao acompanho mais a tv brasileira e fiquei chocada ao ver o vídeo. Por menos que se goste do programa que ela apresenta, das coisas que ela fala etc etc etc, ela é uma crianca e como tal deveria ser respeitada. Ela falou, bem baixinho, que tinha medo de monstro. Achei horroroso o que ele fez, desumano. Tenho dificuldade em entender como alguém pode achar graca nesse tipo de situacao.
ResponderExcluirLamento muito que os pais dela permitam que ela seja desrespeitada assim.
O Silvio Santos perdeu totalmente a noção de respeito. Outra dia eu tive a infelicidade de ver no mesmo programa quando ele chamou uma moça da plateia para uma brincandeira e começou a fazer piadinhas por ela ser gorda. Então assustar uma criança é o mínimo que ele pode fazer.
ResponderExcluirEu Não sei quem é pior,se o Silvio Santos,os Pais da garota,ou os idiotas que acharam graça do sofrimento da menina.
ResponderExcluirlolinha pensando sobre o futuro da maisa, lembrei de um curta que vi ano passado e me marcou. se tiver tempo assista. http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=7963#
ResponderExcluirbeijos
nem gosto muito de crianças, mas meus olhos se encheram de lágrima de tanta pena que eu fiquei dela.
ResponderExcluirisso não se faz, cara! nem por todo o dinheiro que ela ganha.
Tenho tanta, tanta pena dessa menina.
ResponderExcluirNossa, Lola, pensei que eu era a única a perceber o abuso psicológico do Sílvio Santos com essa garota. Eu acho que as atitudes dele já estão ultrapassando os limites do bom senso.
ResponderExcluirComo se já não bastasse fazer essa menina se comportar como um adulto em miniatura e explorar o trabalho dela até onde é humanamente possível, ele ainda a submete a vários tipos de situações degradantes para qualquer pessoa.
O que me admira mais nem é o comportamento do Sílvio, porque ele é raposa velha, capaz de vender até a mãe por audiência, e sim a reação do público em geral, que age como se trancar uma menina de 6 anos dentro de uma mala em rede nacional fosse algo aceitável.
Eu não quero nem saber se ela é mal criada ou mal educada. Isso não importa. O que SS está fazendo é um absurdo. "Ela mereceu" é a frase que a sociedade mais repete sempre que uma mulher (adulta ou criança) sofre violência ou abuso. Do mesmo jeito que algumas pessoas enchem os pulmões e dizem "Maísa é uma pentelha, ela mereceu ser trancada na mala", "Maísa é chata, olha que engraçado ela chorando!", elas também dizem "ela mereceu ser estuprada porque estava de minissaia/com roupas sensuais" ou "ela mereceu morrer porque traiu o namorado/porque ela o provocou". A nossa misógina sociedade sempre culpa as vítimas. E é isso que alimenta a doentia schadenfreude dos espectadores que ligam a tv no SBT todo domingo para ver uma garota de 6 anos ser torturada psicologicamente por um senil apresentador de 80. Vergonhoso.
Maísa não é uma "pentelha". É uma menina totalmente normal. Quem a conheceu nos tempos do Raul Gil sabe que ela é muito amável e espontânea. Ela dublava, dançava e brincava, com uma doçura enorme.Mas, agora, essa menina está sob uma pressão enorme. Ela é treinada como gorila de zoológico, orientada pela produção a criar um personagem que difere totalmente daquilo que ela é na essência, afinal, aqueles cachos, os vestidos bufantes e os sapatos de boneca nunca fizeram parte da "persona" dela antes do SBT. Agora, não podemos esperar que uma menina dessa idade seja capaz de discernir entre o que ela é na TV e o que ela é atrás das câmeras. Imagino que a mente dela vai ser um prato cheio para um analista, no futuro. Ela vai acabar no divã, com certeza. Além disso, ela é uma máquina de fazer dinheiro para a família e eu acredito que é esse o motivo pelo qual a família dela é tão condescendente com os maus tratos do Sílvio Santos.
Enfim, eu acho que o freak show gerado em torno da Maísa demonstra o quão pobres somos como sociedade. Aliás, também me assusta a obsessão da mídia com os filhos de celebridades, como os filhos da Angelina Jolie/Brad Pitt, de Tom Cruise/Katie Holmes. Até já colocaram as filhinhas deles na capa da People sob a mensagem: batalha de titãs, quem é a filha de celebridade mais bonita/interessante do momento? Já chamam os bebês de ícones fashion. Santa mãe de Deus.
Sinceramente, não seria essa obsessão geral da mídia com menininhas impúberes o combustível do mito da Lolita e consequentemente, o maior afrodisíaco para um comportamento patológico como a pedofilia? Eu olho para toda esse loucura em torno de crianças prodígios e filhos de celebridades e a imagem repugnante do Humbert, do romance do Nabokov, me vem a mente. Acho que tudo isso o agradaria muito. Assustador. Muito assustador. Eu até me arrepio quando penso nessas monstruosidades.
P.S: eu sei, eu sei, post enooooooorme! Mas leia, pelo menos. Eu ia ficar triste se ninguém lesse depois de tanto trabalho digitando... hahahaha
Oi Lola! Havia lido sobre esse episódio em algum lugar mas até então não havia visto o vídeo. É chocante ver o medo nos olhinhos da menina.
ResponderExcluirEla pode ser uma peste como muitos ja disseram (eu nunca nem ouvi a voz dela), mas nada justifica isso. O "Tudo por dinheiro" (o ato, não o programa) é realmente levado às ultimas.
Sinceramente, Lola, não vi as mulheres do vídeo horrorizadas, nem por um minuto. Vi muitas dando gargalhadas. E isso é o que mais me assusta. É fato que no Brasil, a exploração da miséria (digo material e psicológica) dá dinheiro. Uma pena. Uma lástima, na verdade.
Li alguém ai em cima perguntando pelo Ministério Público (MP). O MP é um orgão fiscalizador. Para agir, se não estiver enganada, o MP precisa receber uma denúncia. Quem quiser é so ir nesse link e fazê-lo. http://www.prsp.mpf.gov.br/digidenuncia.htm
Aqui na Suécia, uma situação dessas com crianças é impensável. Cada dia que se passa fico mais horrorizada com o uso desprezível do espaço público (sim, a TV não é de SS, ele possui apenas uma concessão pública) para tais fins. Sim, Lola, infelizmente é pão e circo que vale nos programas de entretenimento brasileiros. :(
Lamentável!
ResponderExcluirMais ainda é um bando de adultos dizendo que a menina mereceu, que foi bem-feito, etc. e talz.. Gente, não importa se ela é fake, se é pentelha, mimada ou raios-que-a-parta, quem está por detrás dela, são adultos como nós. Adultos que, teoricamente, têm condições de se defender de nossos irracionais medos, de, mais tarde, rir do ocorrido. Não uma criança, inocente (sim, ela é inocente), sendo confrontrada por um de seus medos (os zumbis) e ainda ficar ouvindo chacota dos outros.
Eu acho lamentável.
Cadê o MT para fiscalizar a exploração desta menina?
Trabalho infantil é crime...
ResponderExcluir"Trabalho infantil é crime..."
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
amei a piada.... conta mais outra please!!!!
gente... os pobres tem que trabalhar, cuidar da casa e estudar.... vivemos num país pobre... a lei é linda no papel... mas olhem a realidade!!!
Acho intrigantes esses comentários todos, todo esse "bafafá", pq na verdade isso não me ofende tanto, chego a ficar irritada sim algumas vezes, pq é uma relação destemperada essa q o SS tem no palco com a Maisa... pra mim são duas crianças disputando quem se sai melhor, quem dá a última palavra. Mas gosto pela expontaneidade. A Maísa é o q é, na criança é desculpável os preconceitos e tudo mais... depois q a gente vira adulto é q a gente continua com eles mas não pode falar, pq é feio ter aquela opinião, pq a gente tem o "dever" de ser politicamente correto... E o SS quanto mais velho fica, mais joga água pra fora da bacia, talvez até por poder se justificar com uma exclerose, tem andado ultimamente com a língua afiada, coisa q a gente só tem coragem qdo criança. É a tal da expontaneidade perdida e recuperada agora com a velhice. O susto da Maísa? Não sei, não achei toda essa tempestade. Pra mim foi mais um copo d'água mesmo... mas q serviu pra q um monte de gente se revoltasse e levantasse um par de bandeiras ai... Fazer o q!
ResponderExcluirMAS CONTINUA SENDO CRIME, ASNALFA
ResponderExcluirBem, isso ja tinha sido discutido num grupo de maes q frequento, eh errado em varios aspectos, ja começa que uma criança dessa idade trabalhar assim, nao sou nem do tipo q teria coragem de colocar filho em comercial, mas enfim, os pais dessa menina exploram ela, o SS tbm, ele ja nao tem mais graça, eu acho q ela tbm nao tem, nunca vi e nem quero ver, alias programa com criança fingindo ser adulto eh algo q me irrita profundamente, teve um ha uns anos atras na globo q tbm era super errado, mas a populaçao tem um padrao muito baixo de preferencia, eles gostam de ver isso, eh peito, bunda, palavrao, sexo, comentarios esdruxulos, etc... Enquanto as pessoas se contentarem com tao pouca qualidade, vao receber isso.
ResponderExcluirNesse assunto da menina tudo me desagrada, ate ela q eh produto de uma educaçao errada, tenho nada de empatia por ela, mas nao significa que concorde com mais essa atrocidade, ela chata ou nao eh uma criança e o q ele fez foi crueldade, mas pior ainda foi nao ver um responsavel por essa menina subir ao palco e tirar satisfaçao. Pra mim o SS eh um idiota e os pais dela tbm!!!
Criança tem q ser criança, aqui nem tv aberta deixo elas verem, nao quero q tenham contato cedo com as baboseiras q entopem os canais abertos, infelizmente so tv a cabo pra dar um pouco de sossego a gente em relaçao a programaçao infantil e restriçao de canais.
Esse é um dos fatos mais comentados do momento mas eu achei normal. Ela teve uma reação de medo, como a Lola tem ao ver barata, e ficou horrorizada. Normal isso.
ResponderExcluirO que não é normal é mostrar isso na TV. Mas já era previsível.
ASNALFA
ResponderExcluirVc é sempre assim tão limitada de argumentos ou só quando se trata de falar de medos alheios e no caso do post do medo de uma criança de 6 anos?
Vc deve ter sido a criança mais chata e medrosa da face dessa terra. Devia correr de folha de alface e de capim.
Sem noçao total!!!
Isabela
Esse caso da Maisa é bem polemico, mesmo concordo com vc's,
ResponderExcluiro que SS fez não é certo, assustar ela é muito errado e ruim, eu vi e na hora não gostei,
NÃO vou dizer se acho certo era trabalhar ou não,
MAS ela ser assustada e zombada,
É um caso muito dificil e a MIDIA pode mesmo colocar o que pensa e defender ela, porque apesar de tudo é uma criança e tem seus direitos.
ate mais
o silvio foi muito bobo na minha o pininhao o sbt podia dar um bom tenpo sem apresentaçao para eli OOO SILVIO gosta de gosa todo mundo
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