Ontem foi sete de setembro, só percebi agora. Semana passada, minha mãe foi desfilar numa parada junto às escolas. Ela faz parte de um grupo da melhor idade e de reeducação alimentar. Chegou lá no lugar da parada e se deparou com uma faixa enorme dizendo "Nós Amamos Darci de Matos". Esse é o candidato a prefeito de Joinville pelo DEM(O). Minha mãe se recusou a participar. O grupo não entendeu o porquê - afinal, foi ele quem deu a faixa, tão altruisticamente... Isso me lembra a explicação mais singela que já ouvi sobre a independência do Brasil. Foi no meu estágio de Pedagogia (assunto tabu!). Antes da gente pôr a mão na massa, tinha que observar algumas aulas. E a professora que peguei na terceira série era uma déspota. Sua aula consistia em escrever montes de frases no quadro e mandar os aluninhos copiarem, sem dar um pio. Apenas muito raramente ela explicava alguma coisa. A semana antes de 7 de Setembro foi uma dessas ocasiões privilegiadas. Logo, ela contou a história pros alunos: "Era uma vez quando Portugal descobriu o Brasil. Sabem, o Brasil não tinha dono, não tinha ninguém, então Portugal ficou com ele. Sabem quando vocês encontram alguma coisa na rua? Não tem dono, então vocês ficam com ela, né? Com Portugal foi igual. E aí os reis de Portugal ficaram aqui por muito tempo. Mas o Brasil era como um filho rebelde, sabem? Que nem esses adolescentes rebeldes que brigam com os pais. E um dia o Brasil se rebelou contra Portugal, e virou independente. Esse dia foi 7 de setembro. Entenderam?" Eu estava incrédula com a aula de História. Sério, acho que eu tava boquiaberta. Mas como estagiária é o último elo da cadeia alimentar, o cocô do cavalo de Dom Pedro, não falei nada. Um aluno corajoso ainda levantou a mão e perguntou: "Mas, professora, e os índios? Ouvi falar que tinha índio aqui antes de Portugal chegar". A mestra respondeu: "Fica quieto! Isso não tem nada a ver com a independência do Brasil!". E pôs matéria no quadro pra classe copiar.
Deve ser por isso que crescemos patriotas e conhecedores da importância vital desta data. Enquanto isso, a Veja esbraveja contra a ideologia de esquerda que esses professores comunas ensinam nas escolas.
Deve ser por isso que crescemos patriotas e conhecedores da importância vital desta data. Enquanto isso, a Veja esbraveja contra a ideologia de esquerda que esses professores comunas ensinam nas escolas.
nada a ver com o post, mas preciso dizer:
ResponderExcluirai, tá liiiindo seu banner novo!!! e que foto linda, linda! vontade de morder essas bochechas, hahahaha. muito gatinha!...
eu fui ler a matéria da Veja preparada para odiar depois de ter lido o post no blog que vc indicou. Acabei concordando mais com a Veja do que com o blog, sinto em dizer. Não quero polemizar isso aqui, mas concordo que o sistema educacional brasileiro está péssimo, com ou sem ideologia, falta preparo, falta incentivo, mas o que mais falta é fazer o aluno pensar por conta própria mesmo. Não existe imparcialidade nem no jornalismo, nem no blog de ninguém, nem no comentário de ninguém, nem na apostila dos cursinhos e menos ainda na sala de aula, mas seria importante mostrar pontos de vistas opostos e fazer cada um decidir por si.
ResponderExcluirSem palavras para descrever essa pseudo professora.
ResponderExcluirPenso que para se professor, tem que ter vocação, ser tolerante e paciente,o que infelizmente está nem sempre ocorre. Ainda bem que sempre tive professores de História e Geografia de esquerda.
http://universonosdois.wordpress.com
A escola em que estudei a vida inteira não desfilava no 7 de Setembro. Decisão do diretor, que dizia que não havia motivos para comemorar o que não existia. :)
ResponderExcluirBeijo.
Vixe... que aula de história mais, huh, minimalista, não? Ok, estou sendo bondosa, mas hoje é segunda-feira, a semana vai ser punk e não posso me dar ao luxo de perder a linha ainda hoje rsrsrs
ResponderExcluirEu só me toquei que ontem foi 7/9 quando ví o pronunciamento do Lula e a promessa de empregos para o ano que vem.
Fala sério.
Beijos
Mas esse tipo de educação é que está faltando no Brasil, não esse esquerdismo comunista criado por um reles Paulo Freire que de Educação não entende nada, a não ser o doutrinamento das crianças e jovens para a ideologia comunista. Professor tem que ensinar é quanto é dois mais dois, ensinar as datas importantes da história brasileira, como 22 de abril, 07 de setembro, 13 de maio e 15 de novembro, o resto é conversa fiada...
ResponderExcluirO texto acima poderia muito bem estar escrito nas páginas de veja...
Lembrei que quando estava na quarta série, eu estudava num colégio preparatório ao colégio militar, em plena ditadura, e o "professor" de História e Geografia simplesmente mandou-nos cortar as páginas do livro que falavam sobre alguns momentos importantes da história brasileira, como tenentismo, revolução de 30, golpe de 64, João Goulart, etc.(na verdade uma coleção de datas e nomes, que a gente tinha que decorar...)
O melhor de tudo e' imaginar quantos professores assim nao estao soltos por ai' e o estrago que eles fazem - e que a gente permite que eles facam. Por outro lado e' bom que as criancas fiquem sabendo desde de cedo que adulto nao e' sinonimo de dono da verdade, que voce tem que passar tudo o que voce ouve pela peneira...
ResponderExcluirEducacao no Brasil e' um tema tao desanimador, tao frutrante que da' cansaco so' de pensar no assunto.
Esse é um dos motivos de eu querer cursar História,se não conseguir impedir que as professoras falem merda na sala de aula,ao menos fazer com que os livros didáticos digam a verdade,ou o que mais se aproximar dela,já reparou em como os livros de História mentem pras crianças?
ResponderExcluirObs:Lola eu não teria agüentado quieta a aula dessa mulher não,eu constestaria,e se não desse eu ia embora dali.
Obs 2:História é uma matéria muito desvalorizada,eu queria ver se essa mulher fosse professora de matemática e tivesse ensinando que 2+2=5...
nossa!
ResponderExcluirsério que aquele artigo causou tanta repercussão? que horror!
em que ano aconteceu, lola?
fiquei passada!
Acho que nessa nova sociedade imediatista tanto professor quanto aluno estão perdidos, por isso a queda na qualidade de ensino, que pelo o que andei lendo por aí não é só no Brasil.
ResponderExcluirÉ só um palpite, mas acho que só esses alunos de hoje é que podem pensar num método novo de ensino que funcione, porque os que existem e funcionaram para nós pelo visto estão datados.
Lola;
ResponderExcluirUma coisa é esse seu professor burro, ou mal intencionado; outra coisa é esquerda saber o que fala.
Esquerda só quer agradar; joga pra torcida - vide Lula; Obama - pra conseguir benefícios -leia-se cargos - pra si. Esquerda brasileira é composta de acéfalos que não tem condições de dar aula de nada.
Oi, Lola!
ResponderExcluirVim espiar teu cantinho, pois sei que sempre tem coisas inteligentes e interessantes escritas.
Também fiz um post ontem, falando sobre o 7 Setembro quase esquecido no fundo das gavetas da memória brasileira.
A conclusão que todos chegamos é que o Brasil não tem jeito se não for aplicado uma gestão de choque na Educação.
Num discurso de T.Blair no passado, quando em campanha, lembro-me sempre de suas palavras: "Education, education education..."
E isto para uma England já muito bem educada e estruturada!
abraço carioca
Não sou político mas me considero de esquerda... então vamos no Aurélio: acéfalo. [Do gr.aképhalos, pelo lat. acephalu.] Adj. 1.Terat. Que apresenta acefalia: monstro acéfalo. 2.P. ext. Sem inteligência; burro.
ResponderExcluirÔpa, é o bastante pra mim.
Sem inteligência e burro...É A SUA VÉIA!
Lu, obrigada! Mas nada de morder minhas bochechas, please!
ResponderExcluirJu B, a Veja quer fazer crer que o problema com a educação no Brasil é que os professores são de esquerda. Tá, a culpa é toda dos professores, sei. Eu fiz Pedagogia, pô, e a única pessoa mais à esquerda numa classe com 40 alunas era eu, que eu me lembre. Mas, e daí se os professores fossem de esquerda? Seria ótimo se a escola formasse cidadãos. A Veja quer que formem consumidores. Quer cursos técnicos. Numa reportagem desta semana, ela diz que cursos como Sociologia e Geografia são pura perda de tempo, e sugere mais matemática. Não se deixe enganar, Ju. Parte da bronca que a Veja (carro-chefe da Abril) tem com este governo é que a Editora Abril perdeu licitação pra vender livros didáticos. Até então, ela dominava o mercado. Perdeu sua galinha dos ovos de ouro. Puxa, quer dizer que, antes de 2003, a educação no Brasil era ótima e tínhamos livros de primeira linha? I don't think so...
Lila, essa professora me marcou. Mas não foi a única. Eu canso de ouvir besteira. E, por incrível que pareça, os professores de esquerda que tive (não na escola, mas no cursinho) eram os mais inteligentes, disparado.
ResponderExcluirKenia, é, eu odeio essas paradas e desfiles obrigatórios também.
Ué, Chris, todo 7 de setembro o presidente do Brasil (seja quem for) discursa. Qual a novidade?
ResponderExcluirÉ, Gio, esse Paulo Freire, vou te contar... Maior comuna! Por que não colocamos logo um Civita pra ministro da educação? Esses empresários sim sabem o que é bom! Pra Veja e demais órgãos de imprensa, é bom que a gente não conheça nossa própria história. Desse jeito não ficamos sabendo que eles apoiaram o Golpe de 64, entre outras coisas tão boas pra gente...
Cereja, sem dúvida, tá cheio de professor(a) desses soltos por aí. É tão difícil mudar isso... Mas tem razão, o lado bom é que a criança percebe que adulto também fala muita besteira (esses aluninhos da terceira série sabiam).
ResponderExcluirPrincesa, ah, eu não podia falar nada. Dependia dela pra fazer meu estágio. E estágio é assim, um favor que a escola/professora permite que vc faça. E a gente não vale nada. Mesmo assim, esse meu estágio nessa turma acabou sendo o mais legal. Quanto a ensinar besteira, acho que todas as disciplinas acabam fazendo isso. Todo mundo fala mal das aulas de inglês porque, de fato, é um absurdo que, após 8 anos de inglês, o aluno saia da escola só com o verb to be. Mas é só que inglês é mais fácil de testar. Não acho que o pessoal saia sabendo muito de qualquer coisa.
Vc quer cursar História? Que bom!
lola, adoro história - nem sempre foi assim, ok?!
ResponderExcluirolha que engraçado!
minha mãe é formada em pedagogia, mas esses dias ela me falou que achava um absurdo os professores de história não fazerem os alunos gravarem datas.
quase saiu briga de foice no escuro. juro!
Acredite se quiser, Ju R. Tudo aquilo aconteceu sim. Não sei o ano, acho que foi 2000 ou 2001. Quando foi o atentado contra o World Trade Center? 01, né? Foi no mesmo ano.
ResponderExcluirAshen Lady, vc acha que teve uma queda no ensino? Eu nunca achei que ele foi muito bom... Mas é verdade, precisamos de novos métodos. E não só aqui no Brasil...
Santiago, eu gosto do jeito que a esquerda procura agradar. O Obama é tentando implantar um tratamento de saúde universal nos EUA. O Lula, pelo jeito, é fazendo com que, pela primeira vez na história do Brasil, a classe média seja a maioria da população. Opa, esqueci que vc acha isso péssimo!
A propósito, eu sou esquerda brasileira. Vc tá me chamando de acéfala? De novo?
Lilás, francamente, não sei o que pode ser feito pra educação melhorar. Cada vez mais os professores(as) têm pós, mais e mais professores têm curso de Pedagogia, o salário tem melhorado (a base no Brasil é de R$ 900 e poucos)... No entanto, o nível não tem melhorado muito. Mas há que se continuar investindo, sem dúvida. Obrigada por vir visitar o meu cantinho. Venha espiar sempre!
ResponderExcluirAi, nem responde, Mario Sergio. O Santiago chama os leitores (e a dona) deste blog de burros semanalmente. Basta a enquete não bater com o que ele considera a melhor série de TV que ele diz que aqui os brasileiros são todos idiotas e não sabem votar...
Ô Lolinha, esquenta não! Foi só uma forma "sutil" e bem-humorada de cutucar alguém que se acha o rei da cocada preta. Vamos rir porque tristeza não paga dívidas... Life is very short...:))
ResponderExcluirAh, Lola, inacredtável esta história. Minha mãe é professora de história do Brasil, aposentada agora, mas lembro como se fosse hoje, eu e minha irmã chegamos da aula (terceira série, acho) dizendo que Cabral descobriu o Brasil, a professora disse, e ela ficou chocada. Tivemos então a nossa primeira aula de história em casa, sentadas num banquinho, de frente para um mapa enorme, tinha disso na minha casa, montes de mapas. Ela falou sore os interesses todos, que não foi um acidente, ao acaso, etc. É difícil acreditar que ainda ensinem essa história assim, do jeito que contaram na aula que tu assstiu.
ResponderExcluirAh, sou de Joinville e leio tua coluna a tempos no A Notícia, legal saber que tem um blog.
Abraço.
Não esquenta não, Mario Sergio. Conheço seu humor. Gostei da sua resposta! Eu sou muito bem-educada com leitores-mala, o que não significa que os outros leitores têm que ser...
ResponderExcluirSi, que bom que sua mãe é professora de história e ela pôde “corrigir” as informações que vcs aprendiam na escola. E que bom que vc encontrou o meu blog! Aliás, como vc o encontrou? Apareça sempre!
Lola são 5 e meia da madruga, perdi o sono,é óbvio ehehehehe...
ResponderExcluirValeu a pena vir aqui dar uma espiada. Descobri coisas lindas:
a)Voce fez Pedagogia!!!
b)Fez um post sobre Sete de Setembro, coisa bem aborrecida, mas
que precisa ser "pensada/refletida".
c)Sua mãe recusou-se a ir na caminhada. Dá um bj nela, por mim!
Fosse qual fosse o partido do candidato, ela agiu muito bem.
Para completar gostaria de dizer:
História, Sociologia, Filosofia,
Geografia e Paulo Freire são tudibom. Educação de qualidade é o caminho. Abraço daqui de Laguna.
Fatima.
Então, como eu disse, concordei MAIS com a Veja que com o Blog, mas não integralmente. E sem entrar no mérito da Abril não poder mais vender material didático ou da Veja querer formar leitores, mas repito: acho o problema da educação seríssimo e as pessoas estão cada vez mais alienadas e aprendendo menos a pensar, seja alienação por Veja, Caros Amigos, novela, Big Brother,... Claro que é um absurdo essa professora que vc assistiu, claro que é um absurdo a Veja pregar contra sociologia e geografia, mas como eu disse, no meu ponto de vista, a educação (que já está indo de mal a pior há tempos) deveria mostrar sempre os dois lados da moeda, prós e contras e deixar o aluno pensar por si só o que é melhor. Isso forma não só seres pensantes, como também caráter, ou seja, cidadãos. Não discordo com aquelas aulas que a Veja realta como sendo pregação de esquerda, mas acho que o aluno deveria pensar para chegar a essa conclusão e isso é o mais difícil. Não sou formada em Pedagogia nem nada, então não posso falar nada disso com autoridade, baseada em estudos nem nada, é só a minha opinião pessoal. Tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim, não existe perfeição, até porque a noção de cada um de perfeição varia, por isso acho importante ensinar o aluno a ser alguém por si só, e não simplesmente ecoando e repetindo idéias sem antes passar por uma reflexão, sejam essas idéias de direita, de esquerda, de qualquer coisa.
ResponderExcluirah, o "com o blog" do post anterior não é o seu blog não, é aquele que vc indicou que malha a reportagem da Veja.
ResponderExcluirVoltei para esclarecer: No item "b" quando me refiro a "coisa bem aborrecida",
ResponderExcluiré evidente que não digo acerca do
post. Coisa bem aborrecida,
infelizmente,tornou-se o 7 de setembro, mas é preciso que se trabalhe muito bem a disciplina HISTÓRIA.Todo povo evoluído conhece
bem a sua história, e procurar conhecer bem a História Universal.
Fatima.
Bom, como autora do tal blog lá que malhou a Veja - o que não é difícil - concordo contigo. Antes fosse que as crianças saíssem do colégio "esquedizadas". O que não significa que o pessoal da direita está sempre errado, nem que o pessoal da esquerda está sempre certo. O que acontece é que aprender vai além de decorar datas e fórmulas, envolve questionar as informações e construir conhecimento. Ter um professor que ensine a criticar o mundo, ou ao menos pensar porque ele é assim, ajuda muito mais do que aquele que se atém a apostila. E posto que a crítica e a reflexão deveriam ser as bases de todas as aulas de humanas, nada impede que a criança decida que prefira ideologia A ou B. O ponto é que ela decida isso. pensei a respeito. Não apenas aceite que o mundo é assim porque é e pronto.
ResponderExcluirLola, você realmente é muito educada com esse troll aí. Uma coisa é ser de direita ou esquerda, é discordar, isso é muito válido porque vivemos numa democracia, apesar de tantos quererem a volta de uma ditadura militar. Outra coisa, bem diferente, é ofender, chamar-nos de acéfalos é desrespeito, intolerância.
ResponderExcluirhttp://universonosdois.wordpress.com
Lola:
ResponderExcluirLeia abaixo o que é esquerda; principalmente no Brasil.
Veja a crítica do Lula a seleção brasileira de futebol, em que compara a com a seleção Argentina, com demérito da primeira e veja o que ele fala depois de levar uma esculachada do Julio César e do Dunga. É o Sr. vaselina, só joga pra torcida e fim de papo.
Quanto ao "promessinha Obama" é isso que ele faz; só promete como o Lula, e, como o Lula, não vai fazer nada. Isso é esquerda. Se você é esquerda, você é isso.
Muito bem Santiago, você não consegue responder as críticas e desvia o foco das argumentações. O que futebol tem a ver com os nossos comentários nesse post?
ResponderExcluirPromessas não cumpridas por políticos há aos montes por aí, principalmente por políticos de direita.
http://universonosdois.wordpress.com
Fátima, que fofinha vc: não pode dormir e vem visitar o blog! Todas as pessoas deveriam ler meu blog às cinco da manhã! Sobre eu ter feito Pedagogia, começo a me arrepender. Tá cheio de concurso pra professor de literatura em língua inglesa que pede graduação em Letras. Mesmo que vc tenha 2 anos de mestrado e mais 4 de doutorado em Letras, não pode fazer o concurso se tiver graduação numa outra área. Isso vai me causar uns problemas... Mas encarar uma outra faculdade, a essa altura da vida? Não dá!
ResponderExcluirJu B, não sei como Caros Amigos pode promover alienação. E a Veja, bem ou mal, ainda informa alguma coisa. Mais que Big Brother. O que eu e tanta gente odiamos na Veja (e na Fox News, e em tantas outras) é que ela se pinta como imparcial e objetiva. Já notou como a Veja não faz ideologia? Ideologia quem faz é a Caros Amigos! A Veja só fala a verdade, sabe? Isso de acreditar na “verdade” é algo típico da direita. E quem acredita na verdade absoluta, e não em versões, tem mais é que acreditar numa educação “objetiva”, que “prepare para a vida”. O tipo de preparo que a Veja deseja é bem diferente do que outras pessoas querem. É preparar pra ser consumidores que não questionam nunca. É pra acatar a opinião de uma revistinha como se fosse lei. É pra criar gente não-pensante que ache que tal coisa é verdade absoluta porque “deu na Veja”. Isso não é reflexão. Não é deixar as pessoas optarem. É bem goela abaixo mesmo. E é isso que a Veja defende na educação.
Bom, Paula, as pessoas de esquerda que conheço são sempre muito mais pluralistas e democráticas que as pessoas de direita. Professor que quis me ensinar coisas na marra era sempre de direita. Não havia discussão: era aquilo e pronto. Com a esquerda se pode discutir. Um professor de esquerda geralmente aponta pra outros lados. Pelo menos essa sempre foi a minha experiência. E eu sou de esquerda, e sou muito democrática. E tolerante. O que me leva ao próximo ponto...
ResponderExcluirTipo, compare como um troll é tratado neste blog com como um leitor de esquerda é tradado no blog do Reinaldo Azevedo... Onde tem democracia?
ResponderExcluirConcordo contigo, Lila. Eu sou educada demais às vezes, e não deveria ser com um troll que vive vindo aqui chamar todo mundo de burro. Sabe como conheci o Santiago? Deixei um comentário em algum outro blog, nem lembro qual, e ele me escreveu falando pra eu ter cuidado, porque o autor daquele blog é de esquerda, um petista que não aceita opiniões contrárias... Ai, o Santiago deve estar “advertindo” todos os leitores novos que chegam aqui também.
É ridícula a situação, eu sei. E o pior é que eu tento ser educada, mas às vezes sou irônica e sarcástica também, que é o meu estilo, e ele se sente ofendido! Aí ele escreve: “eu venho aqui discutir idéias, e vc me destrata”. “Discutir idéias”, pra ele, é chamar eu e meus leitores de burros. E não espere lógica ou argumentos dele, Lila. Ele só sabe atirar.
Santiago, a expressão-chave no seu último comentário é “fim de papo”. Condiz com o que a Lila diz sobre tanta gente de direita querer a volta da ditadura.
E só vc, a Veja e os republicanos americanos consideram o Obama de esquerda.
Senhoras Lola e lila:
ResponderExcluirAntes do Lula, até, eu achava que a resposta para as mazelas do Brasil era a esquerda. Votei nele.
Os decepcionados somos: eu, a Heloisa Helena, o Caetano Veloso, o Chico Buarque, e aí vai. Essa gente não era petista? Fizeram a campanha do Lula! Não sabem o que falam? Só vocês sabem?
Vocês querem ter razão, mas não sabem o que falam. Não é questão de opinião, nem dessa pseudo-democracia que vocês defendem. É um fato: o governo, do Lula, do PT,da esquerda, é um fracasso. Pronto. Por que eu tenho que deixar pessoas se servirem de blogs para fazer propaganda enganosa? Se eu puder comentar sempre vou comentar; se não, me bloqueie, quando não gostar, como o outro blog petista.
A esquerda fracassou; alias como sempre fracassa.
Eu nem sabia que era de direita. Quem me ensinou foi a Lola e, antes, pela decepção, o Lula.
Santiago, esse seu último comentário nem parece que foi feito pela mesma pessoa que chamou a dona e a maioria dos leitores deste blog de acéfalos. Seria ótimo que todos os seus coments fossem nesse nível sem xingar nem agredir ninguém.Você tem todo o direito de discordar,de emitir opiniões , só não ofenda, por favor.
ResponderExcluirPara Lola e para lila sairem do seu mundo onírico:
ResponderExcluirSão Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008
CLÓVIS ROSSI
Contentamento e barbárie
SÃO PAULO - O bom resultado do PIB no segundo semestre fará chover, de novo, festejos que desmentem o sedutor estribilho da campanha Marta Suplicy, segundo o qual paulistano "não se contenta com pouco". Errado. Não só o paulistano mas o brasileiro contenta-se, sim, com pouco.
O governo Lula, então, faz até propaganda do pouco. Ou do nada, no caso da lenda da queda da desigualdade, que não existe. Caiu apenas a desigualdade entre assalariados, mas não entre quem vive de salário e quem tem renda do capital.
A propósito, no mais recente boletim do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, Marcio Pochmann, presidente do Ipea, volta ao tema ao escrever que desde a década de 1950 cai a participação do salário na renda.
"Atualmente [governo Lula, portanto], menos de 40% da renda nacional são apropriados pelos trabalhadores; no final da década de 1950, aproximava-se de 60%. Em contrapartida, os detentores de patrimônio assistem à expansão contínua de seus rendimentos".
Na mesma toada, três agências da ONU acabam de divulgar estudo apontando falta de "trabalho decente" no Brasil. Significa, entre outras coisas, "ausência do trabalho infantil ou forçado; nível adequado de remuneração, formalidade e acesso à proteção social; oportunidades iguais de acesso ao emprego e às ocupações de mais qualidade e mais bem remuneradas".
Menos mal que quem deixa o governo Lula passa a enxergar as coisas como são, caso de André Singer, ex-porta-voz do presidente, que escreveu ontem que o filme "Linha de Passe" "contribui para repor a questão central do período, a de saber se ainda temos chance de produzir uma "virada" civilizatória ou se seremos obrigados a nos conformar com a barbárie transformada em sistema".
Pois é, seis anos de Lula, muita festa e nenhuma "virada".
crossi@uol.com.br
Ai, Santiago. Vc cai em cada contradição... Como vc votou no Lula se sabia que a esquerda sempre fracassa, segundo vc? Ou vc começou a detestar tudo relacionado à esquerda com o que vc chama do fracasso do Lula? Esse é um “argumento” tão batido dos trolls: o cara que é de direita, que sempre foi de direita, que nunca votou em nada que se pareça de esquerda, pra tentar seduzir, diz: “Votei na esquerda, mas me decepcionei”. Assim como o racista só fala mal dos seus alvos, mas lá pelas tantas, como ninguém lhe dá atenção, solta uma pérola do tipo “Eu até tenho amigos negros!”, ou “Eu mesmo sou parcialmente negro!”. Não tem credibilidade nenhuma, Santiago. Tenho certeza que vc soube a sua vida toda que é de esquerda. E agora vc gosta da Heloísa Helena! Sei. Vc nunca votaria nela. Vc detesta Chico, Caetano (que não vota na esquerda faz algumas décadas), e qualquer artista brasileiro. Vc mesmo já falou que o Brasil só pode se orgulhar do João Gilberto, do Pelé e do Senna. Então por que de repente a opinião de pessoas que vc despreza são importantes? Eu conheço muita gente como vc, Santiago. Eu sou um clichê, meus pensamentos não são muito originais, sou uma típica pessoa de esquerda. Mas vc é outro clichê.
ResponderExcluirE é incrível como, com tanta gente decepcionada com o Lula e com o PT, os índices de aprovação ao governo estejam na casa de quanto, 65%, 70%? Ou esses dados são manipulados pelo Datafolha (porque a gente sabe que a grande imprensa adora esse governo)? Estranho como ele ganhou fácil a última eleição. Qual sua explicação pra isso? Fora “brasileiro é tudo burrro”. Ah, é o que vcs chamam de “bolsa-esmola”, né? Mas ela “só” beneficia 11 milhões de famílias. Não é o suficiente pra eleger um presidente. E eu não recebo bolsa-família. Na realidade, entre os meus conhecidos, conheço apenas uma família que a recebe. Mas muitas votam no PT. Estranho, né? Tudo burro, iludido, que se contenta com pouco.
“Pouco” pra vc é esse dado que vc insiste em ignorar: 52% da população brasileira agora é classe média. As chances dessas pessoas permanecerem nesta mesma classe são de 85%. Pela primeira vez na história. Ah, mas vc não gosta de classe média! A ideologia da classe média (que não é uma só) não interfere num fato: é através da porcentagem de pessoas na classe média que se mede o progresso de um país. Qualquer país. Certamente não é pelo número de milionários.
E puxa, Santiago, vc está numa missão! Aparece em todos os blogs de esquerda pra não deixar que a gente continue iludindo o povo! E impressionante que essa sua energia missionária toda veio de uma decepção. Pra cima de moi? Eu sou educada mas não sou tão ingênua.
E Lila, não caia nessa. O Santiago não tem argumentos. Tudo que ele faz é chamar qualquer um que não pensa como ele de burro e citar nomes.
Tchau, Santiago. Essa foi minha resposta mensal pra vc.
Lola; que resposta!
ResponderExcluirSendo assim, só escrevo no mês que vem.