domingo, 13 de abril de 2008

ALGUNS DOS FILMES QUE VI EM DVD

Assim que fiquei sócia da Netflix (como vou voltar a me acostumar com o sistema tradicional das locadoras?), tratei de fazer uma listinha de filmes atrasados que precisava e/ou queria ver. Mas no primeiro mês, ainda no finalzinho de dezembro, minha influência maior foi o que eu achava que seria indicado ao Oscar. Portanto, esses foram os primeiros DVDs que vi, seguido por um breve comentário de cada um. Em breve comento outros.

- Piaf, um Hino ao Amor (La Vie en Rose) – gostei mais que o maridão, mas tenho pouca paciência com biopics (sabe, filmes que contam a biografia de alguem importante, geralmente ligado à música, tipo Ray, que detestei). A Marion Cotillard tá ótima e o filme emociona, apesar do calvário que parece ter sido a curta vida de Piaf. Tragédia depois de tragédia... Só tragédia. A Marion meio que mereceu o Oscar, mas quem mereceu mesmo foi a equipe da maquiagem. Ela tá completamente irreconhecível!

- O Preço da Coragem (A Mighty Heart) – não tinha vontade de ver mais uma visão americana sobre o envolvimento deles no Oriente Médio. Só vi porque havia muitas apostas que a Angelina Jolie seria indicada ao Oscar. Não foi, e acho que sua exclusão foi bastante justa. Ela se esforça, sem dúvida, mas pra mim o drama é um zero à esquerda.

- Possuídos (Bug) – acho que esse filme passou no Brasil ano passado. Bom, eu gostei pacas, tô louca pra ver a peça encenada (dá pra ver claramente no filme, pelos diálogos e cenários, que é baseado numa peça), e não entendi como a Ashley Judd, no seu melhor papel no cinema, foi ignorada pelo Oscar. Um drama assustador sobre o mal que podemos infligir a nós mesmos. Só não pegue pensando que é terror.

- A Vida dos Outros – o Oscar de melhor filme estrangeiro de 2007 é realmente muito bom. Tem um quê de 1984, mas com um twist: o espião fica obcecado por quem está espionando. Pior que a vida daqueles que não podem se expressar num regime ditatorial parece ser a vida dos espiões. Quem eles observam parece ter uma existência mais instigante que a deles próprios. Nesses tempos em que os reality shows seguem com a corda toda, o alemão Vida torna-se um programa imprescindível.

- Once – tá lá na minha lista dos melhores de 2007. Um belo e diferente musical. Marcado pra chegar ao Brasil dia 18 de abril (sexta que vem) com o título Apenas uma Vez.

- Faca na Água – o primeiro Polanski, de 1962, ainda falado em polonês, continua sendo um clássico absoluto, mas não gostei tanto assim. Seria eu uma herege por considerar Terror a Bordo (Dead Calm) um thriller superior, com tema parecido? Eu já tinha lido o roteiro de Faca antes, e não sei, ele pareceu melhor que o filme. Se é pra ficar nos primórdios da carreira de um grande diretor, sou mais um outro Polanski como Repulsa ao Sexo (foto).

13 comentários:

  1. Tao encenando Bug num teatro em Ferndale, voce sabia?
    E aparentemente ta passando Equus aqui em Detroit.. quer ver?

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  2. estava mesmo interessada em saber o que voce tinha achado de "piaf".

    eu, pessoalmente, adoro a Edith Piaf, acho que a história dela renderia um folhetim daqueles , tipo "A Filha do Diretor do Circo - Nora , a amazona equestre" ou "A Princesa Mendiga", mas também acho que esse tipo de filme é sempre muito fácil, e muito preso, no roteiro, já que a pessoa existiu, tem amigos, parentes e fã clubes que não vão deixar escapar nenhuma "liberdade poética" ou crítica desabonadora ao personagem.
    o diretor tem sempre um filme quadrado nas mãos, com uma excelente trilha sonora que emociona a todos (afinal, se voce odeia Piaf, Ray Charles, Billie Holiday, etc, o que raios voce foi fazer no cinema, né?) e uma ambientação de época que aquece todos os corações nostálgicos....é fácil, pouco criativo.
    eu, gostando da Piaf real e realmente admirando a atuação da Marion, achei um filminho fraquinho, fraquinho....

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  3. Oi, Andie! Pois é, quero ver Bug sim. Vamos lá pra Ferndale?
    Nao sabia de Equus. Quero ver tb, se nao estiver muito caro. Sabe quanto?
    É, Mari, a vida da Piaf daria uma série, pelo jeito. Não odeio Piaf, nem Ray Charles, nem Billie Holiday, quem falou? O que não gosto muito é dos biopics, dos filmes que costumam fazer sobre eles. Ray, o filme, achei chatérrimo. E nao gosto muito da pessoa dele, mas tem várias músicas que adoro.
    Certamente o quanto a gente conhece melhor o personagem retratado acaba afetando o quanto gostamos, ou não, do filme.

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  4. ah, me expressei mal, não quis dizer que você, Lola, não gostava dos cantores, é um você genérico, tipo , "afinal, quem odeia Edith Piaf não vai assistir a vida dela no cinema, né?" pra enfatizar que a trilha sonora sempre emociona....

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  5. É, Mari, vi que tinha essa interpretação na sua colocação. Só queria deixar claro que eu gosto muitas vezes dos retratados nos biopics. O que não gosto é dos biopics em si! É um gênero meio chatinho, convenhamos...

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  6. Nossa, também achei BUG fantástico! Ela fez outro filme no ano passado chamado "Come Early Morning" que que tb é muito bom (Encontros ao Acaso).

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  7. Fiquei surpresa com Bug. Peguei o DVD porque alguns críticos americanos colocaram o filme na lista dos melhores de 2007 (se bem que também colocaram The Host, o terror coreano). De cara dá pra ver que Bug é adaptação de peça teatral. Mas é um filme adulto, que faz pensar, com ótimas interpretações. A melhor da Ashley Judd dispararado. Depois eu vi que pro Cinema com Rapadura esse é o PIOR filme do ano passado...

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  8. Nossa, tá, me diga, quem come rapadura no cinema? Eu incluí nos meus melhores de 2007 também... é tudo tão sugestivo, masvocê vai ficando desesperado com aquela paranóia toda!

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  9. Eu achei que a Judd tinha chance de indicação surpresa mas ficou com a Linney né, BUG é mto foda e foi vendido totalmente equivocado o diretor chegou a falar quando pergutnado do que nao tinha gostado do filme, algo assim, e ele se referiu ao titulo que o filme recebeu aqui no Brasil hahaha, Possuidos... por favor só pq o kra fez o exorcista ?

    Eu sonhei com a Jolie no sabado hahahaha a conexão continua Lolinha...

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  10. Alexxs, Pedro, não resta dúvida que Bug foi divulgado de forma totalmente errada. O pessoal que viu o trailer e foi ver um filme de terror deve ter quebrado o cinema, né? Mas é um drama inteligente, adulto, com ótimos diálogos (apesar de teatrais). É raro ver isso hoje em dia. E essa paranóia existe. Aliás, vcs viram A Noite dos Desesperados, aquele com a Jane Fonda, de décadas atrás? Filmaço. Lá tem uma concorrente que não dorme ou se alimenta direito há semanas, e começa a imaginar que está coberta de insetos. É uma cena horrível, assustadora mesmo. Pra mim foi a primeira vez que fiquei sabendo desse tipo de paranóia.
    Pedro, vc acha que a Judd chegou a ter chance de indicação? Ela nem foi cogitada! O que é injusto. Acho que ela tá perfeita.

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  11. Eu queria ver Bug desde que vi uma noticia ja falando muito bem dele no Omelete... Mas eu tambem cai nessa de que é um terror. Mas depois li mais algumas coisas sobre ele e vi que muitos falavam da maneira equivocada com que o filme foi vendido. Ainda não vi o filme. Vou ver se pego na locadora essa semana, depois comento!

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  12. Deve ter sido cogitada, deviam divulgar as % né ? hahahaha
    O oscar seria mto mais animado.

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  13. Concordo plenamente. Já que é uma competição, e não adianta fingir que não é, deviam falar quem foram os indicados, quantos votos, e depois, pelo menos, os 3 primeiros lugares, na ordem (os 5 não pra gente não saber quem ficou em último - se bem que ser indicado já é lucro). O roteirista William Goldman defende isso. Não somos os únicos.

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