Já há vários estados americanos, a começar por Nova York, que dão incentivos financeiros a alunos que tiram boas notas em testes estaduais e nacionais. Não é muito dinheiro, algo como 30 a 50 dólares por aluno, mas pra uma criança na quarta série deve ser uma fortuna. Num país tão obcecado por competição e dinheiro como aqui, não parece uma boa idéia recompensar alunos dessa forma. Professores também recebem um bônus que pode chegar a 3 mil dólares. O que acontece? Muitos professores passam a ensinar focando resultados no teste. É como uma das muitas escolas brasileiras que dão suma importância ao vestibular. Um amigo meu foi a uma delas, em Joinville, buscar informações para matricular sua filhinha. Lá falaram pra ele, orgulhosos: “Aqui preparamos os alunos pro vestibular desde a primeira série”. Puxa, que maravilha, não? Onze anos de estudo dedicados a passar num único exame. Meu amigo saiu de lá correndo.
sábado, 29 de março de 2008
BOA NOTA DÁ DINHEIRO
Já há vários estados americanos, a começar por Nova York, que dão incentivos financeiros a alunos que tiram boas notas em testes estaduais e nacionais. Não é muito dinheiro, algo como 30 a 50 dólares por aluno, mas pra uma criança na quarta série deve ser uma fortuna. Num país tão obcecado por competição e dinheiro como aqui, não parece uma boa idéia recompensar alunos dessa forma. Professores também recebem um bônus que pode chegar a 3 mil dólares. O que acontece? Muitos professores passam a ensinar focando resultados no teste. É como uma das muitas escolas brasileiras que dão suma importância ao vestibular. Um amigo meu foi a uma delas, em Joinville, buscar informações para matricular sua filhinha. Lá falaram pra ele, orgulhosos: “Aqui preparamos os alunos pro vestibular desde a primeira série”. Puxa, que maravilha, não? Onze anos de estudo dedicados a passar num único exame. Meu amigo saiu de lá correndo.
Lola, minhas filhas têm 6 e 8 anos. Na minha época (eu tenho 42) os pais escolhiam uma escola cuidadosamente (e as crianças normalmente iam para a escola com 4 anos) pensando não apenas no lado pedagógico mas também com vistas a manter a criança naquele colégio por um bom tempo - se possível, até as vésperas do vestibular.
ResponderExcluirAgora, quando chega junho, agosto os pais começam a catar outros colégios na região para mudar os filhos de escola. Tem uma mãe que pega o filho (6 anos) na escola na hora do almoço, atravessa a cidade para a casa de uma professora particular e fica lá até as sete da noite - o menino fez prova pro São Bento no ano passado, não passou e esse ano a mãe vai tentar de novo.
Sei lá. A mentalidade que eu vejo ao meu redor é a que diz que a escola deve ter TODO o trabalho de educar uma criança. Despertar nela o gosto pela leitura. Ensinar boas maneiras, a se alimentar corretamente e, daqui a dez anos, passar no vestibular para uma faculdade pública.
Vamos deixar tudo na mão da escola. A professora vira a mãe, a escola vira a família. Pagar as crianças para ter boas notas? Hello, família?
É, sem dúvida, Su, essa é uma queixa comum das escolas. Todas as professoras que conheço reclamam que os alunos estão cada vez mais mal-educados, e que a família espera que a escola dê um jeito. Um horror mesmo. Será que as práticas de bullying aumentaram nas escolas por causa disso?
ResponderExcluirE aí, vc é de 66 ou 65? Eu sou de 67. Este ano faço 41 (junho)!
Eu sou de 1966 - a melhor safra! :o)
ResponderExcluirOi Lolihha
ResponderExcluir