Um substituto à altura, pra dizer o mínimo
Hoje é Valentine’s Day aqui nos EUA. Não é bem como o nosso Dia dos Namorados em 12 de junho, porque é costume dar cartões carinhosos pra amigos e amigas, não apenas pra cara-metade. Mas claro que, aqui sendo o país mais consumista do planeta, Valentine’s é uma ótima data pras lojas venderem flores, bombons, jóias, lingerie e cartões. Pessoalmente, tento ignorar todas as datas comerciais - inclusive porque, da lista acima, a única coisa que vagamente me interessa são os bombons, que eu trocaria de imediato por barras de chocolate. Lembro de um cartoon maravilhoso feito por uma chocólatra. Mostrava um coelhinho fofo de chocolate sendo derretido numa panela, só as orelhas e a carinha aparecendo, tadinho, e a legenda “Chocolate não tem que ser bonitinho”. Em inglês fica melhor: “Chocolate was never meant to be cute”. Mas enfim, como estava carente e este deve ser o único Valentine’s Day que vou passar nos EUA e devia estar com TPM, disse pro maridão, DOIS MESES ATRÁS, que eu, excepcionalmente, iria querer um presente pro dia 14 de fevereiro – um cartão. Não um cartão comercial desses das lojas, pra pessoas com preguiça ou incapacidade de escrever (e Deus me livre e guarde, NÃO um telefonema gravado! Essa praga existe ainda?). Não, eu só pedi pra ele redigir uma declaração de amor, que é o que os homens deveriam fazer semanalmente de qualquer jeito, sem que nós mulheres tivéssemos que pedir / implorar / mandar (leitores, anotem pra não esquecer). Não é que hoje pela manhã não havia neca de cartão? Foi a única coisa que eu pedi praquele estúpido verme rastejante e medonho fazer, e ele não fez! Eu já sabia que Valentine’s não tem o mesmo significado pra ele que tem pra mim, porque no começo da semana tivemos essa conversa:
Eu: “Não sei o que escrever sobre Valentine’s. Queria escrever algo pro blog”.
Ele: “Por que você não escreve sobre o massacre no dia de St. Valentine’s?”
Eu: “Aquele do Al Capone? Foi por isso que criaram o Valentine’s Day?”
Ele (olhando pra mim como se eu fosse uma ostra, e falando bem devagar, pra eu acompanhar): “Não, definitivamente não foi por isso”.
Eu: “Então o que tem a ver eu escrever sobre um massacre de 1929 pra falar do dia dos namorados?”
Ele: “Sei lá. Pra mim foi a primeira vez que ouvi falar do Valentine’s”.
Ou seja, ele associa Valentine’s a um massacre que chacinou sete pessoas! Por que os homens são assim? Por quê? (e não quero entrar na questão de quando aquele ferro-velho nasceu).
Agora, momentos de tensão. Estou no escritório que a faculdade me cedeu (e hoje já houve três alarmes de incêndio desmentidos! Uma voz diz: “Desconsidere o alarme anterior”. E eu pensando: “Que mané alarme anterior?! Tô perdendo alguma coisa!”), mas agora já é quase hora do almoço e vou pra casa. Se aquele traste não tiver feito a declaração de amor mais linda, singela, espontânea e sincera do mundo, é melhor ele nem estar lá. Pro seu próprio bem.
Eu: “Não sei o que escrever sobre Valentine’s. Queria escrever algo pro blog”.
Ele: “Por que você não escreve sobre o massacre no dia de St. Valentine’s?”
Eu: “Aquele do Al Capone? Foi por isso que criaram o Valentine’s Day?”
Ele (olhando pra mim como se eu fosse uma ostra, e falando bem devagar, pra eu acompanhar): “Não, definitivamente não foi por isso”.
Eu: “Então o que tem a ver eu escrever sobre um massacre de 1929 pra falar do dia dos namorados?”
Ele: “Sei lá. Pra mim foi a primeira vez que ouvi falar do Valentine’s”.
Ou seja, ele associa Valentine’s a um massacre que chacinou sete pessoas! Por que os homens são assim? Por quê? (e não quero entrar na questão de quando aquele ferro-velho nasceu).
Agora, momentos de tensão. Estou no escritório que a faculdade me cedeu (e hoje já houve três alarmes de incêndio desmentidos! Uma voz diz: “Desconsidere o alarme anterior”. E eu pensando: “Que mané alarme anterior?! Tô perdendo alguma coisa!”), mas agora já é quase hora do almoço e vou pra casa. Se aquele traste não tiver feito a declaração de amor mais linda, singela, espontânea e sincera do mundo, é melhor ele nem estar lá. Pro seu próprio bem.
Lola, faz assim: compra chocolate pra ele. Se o maridão não tiver feito o seu cartão, você vai deixá-lo com peso na consciência (o que talvez o faça escrever algo romântico pra você), se não, coma todo o chocolate na frente dele e não divida!
ResponderExcluirhahaha, gostei do comentario acima!
ResponderExcluirTambem vale falar, em tom decepcionado, que voce nao esperava mesmo que ele lembrasse de escrever o cartao, entao ja estava pre-decepcionada. O bom e velho golpe de culpa! :)
Como diz a Kimmora Lee Simmons, "anything a man can do, a woman can do better. Except something stupid"!
Eu to desligado nisso, mas como seguda-feira foi feriado aqui,então suponho que o Valentaim tenha sido nesse dia. To sozinho, buaaaa , não ganhei chocolate....
ResponderExcluirUuhauhaahuah Lolinha irritadinha!!! Bate no maridão oras!!! Asfixia ele com o cachecol multicolorido!!! uhauhuaha
ResponderExcluirMas muito bom o conselho da Liris. Deixá-los com peso na consciência é uma das poucas coisas q faz efeito. Se ainda sim nao conseguires o merecido cartão carinhoso, coloque ele de castigo!!!
Liris, obrigada pela sugestao, mas no fundo eu sabia que aquele traste iria escrever um cartao pra mim de qualquer jeito... e que o golpe do chocolate nao funcionaria. Ahn, sempre comi todo o chocolate na frente dele sem dividir! (ele prefere frutas a chocolate, o que prova que ele tem problemas).
ResponderExcluirAndie, ha, gostei do ditado da Kimmora Lee Simmons! So posso concordar. Conta ai suas experiencais valentinisticas!
Oh, coitadinho, Dan! Deve ser dificil vc estar ai num pais com lingua estranha. Por que vc tai mesmo?
Valeu pela solidariedade, Andrea! Imagina se vou sujar meu lindo cachecol arco-iris com sangue de maridao?! Eca!
Mas é pra asfixiar só!!! Não é pra cortar a garganta dele e enrolar o cachecol por cima! lol
ResponderExcluirAh ta, Andrea... Mas e se no meio da asfixia ele comecar a tossir sangue ou algo assim? E mancha meu super cachecol?! Eh um risco que a gente nao pode correr!
ResponderExcluirAh! mas aí vc ameaça ele. Diz q se ele sujar seu cachecol durante a asfixia, vc mata ele. uahuahuahua...
ResponderExcluirE aí, conseguiu algum cartão além do do esquilinho "rei leão"?
Tonight, tonight, Andrea. Ainda estou no escri. Eu estudo pra caramba, como vc pode ver pela atividade no meu blog! Hm, na real to revoltada porque a internet nao ta funcionando la em casa. Se nao funcionar no fim de semana, como vou poder postar? Revoltante! Odeio a Comcast! (vou escrever um post sobre isso).
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