Não quero ofender, mas como eu disse, não gosto de polícia como instituição, porque acho que é um grupo que emprega violência (é permitido dentro da lei que a polícia empregue violência para combater a violência), anda armado, pune muito mais que previne, e que está fadado a abusar do seu poder. Mas, individualmente, é óbvio que deve haver muitos policiais decentes. Acho que seria ótimo, por exemplo, se um dos meus vizinhos fosse policial - a menos que ele adorasse ouvir música no último volume, porque aí, suponho, seria pior lidar com policiais arrogantes que com meus vizinhos barulhentos de outras profissões. Por mais que seja perigoso ser policial, os criminosos em geral também respeitam os policiais, e vão pensar 50 vezes antes de assaltar a casa de um policial. Mas tenho certeza também que, se um dos meus familiares fosse policial, e se eu precisasse da polícia, poderia contar com ela. Imagina se o maridão fosse policial quando nossa casa foi arrombada? Tenho certeza que a polícia teria feito alguma coisa. Bom, no caso da nossa casa foi pouca coisa, roubaram um video e uma garrafa de Cointreau que a gente usava pra alguma receita mais elaborada de bolo de chocolate, mas pouco depois de sair pra fazer mestrado, a escola de inglês onde fui coordenadora por sete anos foi assaltada. Roubaram uns 30 mil reais em equipamentos. Pô, 30 mil é muita coisa! A polícia levou 12 horas pra ir lá, e quando finalmente chegou, não fez qualquer tipo de perícia. Um professor perguntou se os policiais não iriam recolher as impressões digitais que estavam em todos os cantos, e um deles respondeu: "Você tá vendo muita série de TV americana, rapaz!".
Sobre Tropa de Elite lidar com os “mesmos temas de sempre do cinema brasileiro”, ah, não sei. Tropa fala de violência e de corrupção policial, mas não tem nada a ver com Carandiru ou Cidade de Deus, tem? É um outro enfoque. É o ponto de vista de uma tropa de elite. Acho também que a criminalidade é o nosso maior problema no Brasil. É um problema que afeta todo mundo. A nossa vida é influenciada por isso. A gente tem medo de sair à noite, não quer carregar dinheiro, bola estratégias pro caso de ser assaltado... Aqui em Detroit a criminalidade é alta, mas nada comparado ao Brasil. Mesmo assim, eu fico de alerta ao sair, e suspeito de homens aparentemente desocupados (de qualquer cor) que venham na minha direção.
Lola, você descreveu a situação da minha casa nessa frase: "a menos que ele adorasse ouvir música no último volume, porque aí, suponho, seria pior lidar com policiais arrogantes que com meus vizinhos barulhentos de outras profissões."
ResponderExcluirNa minha rua moram dois policiais, um já aposentado, gente finíssima, e outro na ativa, que se sente o dono da rua, já ficou bêbado de madrugada e saiu atirando pra cima, a casa em que ele mora já foi local de ensaio pra 'escola de samba' (imagina isso num domingo a noite...) e agora o dito cujo é candidato a alguma coisa. TODO domingo tem pagode a tarde toda, no último volume, sem contar uma 'festa' no dia das crianças em que eles FECHARAM a rua, montaram barracas, e colocaram funk/techno/pop de quinta no último volume! E nem adianta pedir que cumprarm a lei do silêncio...
>porque tatuagem grande hoje em dia tá muito associada com gangues. Ok, eu concordo.
ResponderExcluircaraca! jura que vc concorda com essa afirmação ridicula? fala sério?
perdeu muitos pontos agora.
abra sua cabeça lola abra sua cabeça
1 preconceito desses depoe contra a sua pessoa.
pegou mal.
andre
Eu não vejo a afirmação como preconceito. É apenas uma exemplificação da realidade. Todos nós sabemos que a grande maioria da população tem preconceito contra tatuados. Em nenhum momento ela disse que discrimina pessoas com tatuagens.
ResponderExcluirTô com o Vitor.
ResponderExcluirTatuagens ainda servem para demarcar território das gangues sim. Claro que existe inúmeros outros motivos pelo qual uma pessoa faz uma tatuagem
Vivemos numa sociedade cheia de estereótipos. Se não fosse isso, jamais perguntariam peso, altura e a presença de tatuagens numa entrevista de emprego.
Bom, pessoalmente eu nao gosto de tatuagem. Mas nao discrimino. O que eu quis dizer que concordava era a exigencia da polícia americana pra que os policiais com tatuagens grandes (dessas que cobrem o braço todo, por exemplo, ou pescoço) as cobrissem. Nao sei se tatuagem grande ta associada com gangues. Nem sabia disso de tatuagem de teia de aranha estar associada a grupos racistas! Mas, se tatuagem tem significado e está passando uma mensagem (e as pessoas tatuadas acreditam que tem significado), um policial, que no fundo deveria ser um servidor público, nao deveria exibi-las. Ainda mais tatuagens que remetem à violência (vejam "Senhores do Crime" para ver como tatuagens são importantes pruma organização criminosa como a máfia russa). Mas o que me chocou mais não teve nada a ver com as tatuagens, e sim com o fato da polícia aceitar membros racistas entre sua força! Como que pode?
ResponderExcluirLiris, o inferno que vc descreve na sua rua é bem parecido ao da minha. La em Joinville o pessoal coloca as caixas de som na rua e fica la, bebendo (inclusive cheio de menores de idade bebendo), o final de semana inteiro, incomodando a vizinhança inteira com o barulhão. Esse era sem sombra de dúvida o maior problema da minha vida quando morava em Joinville, e tenho medo que voltará a ser, quando eu voltar pra lá em agosto. São duas casas encrenqueiras que se consideram as donas da rua. É um negócio masculino, de marcar território, sabe? Eu já fui ameaçada de morte por eles. Um inferno mesmo! Depois me disseram que um dos caras, um velho horroroso que mal sabe falar, é policial aposentado... Mas isso nao tem muito a ver. O fato é ele se achar no direito de fazer o que quiser, incomodando todo mundo, so porque tem mais tempo que ele mora na rua. Lastimável!
ResponderExcluirEu acho que o maior problema dos policiais é o treinamento dado a eles. Eu conheço alguns policiais que falam se divertindo como bateram em pessoas no final de semana (óbvio que não são meus amigos).
ResponderExcluirEu su gay assumido e já vi de perto o tratamento preconceituoso que é dado as "minorias" pela polícia. Sinceramente, não podermos generalizar, mas eu não confio na polícia brasileira.
Eu acho que o maior problema dos policiais é o treinamento dado a eles. Eu conheço alguns policiais que falam se divertindo como bateram em pessoas no final de semana (óbvio que não são meus amigos).
ResponderExcluirEu su gay assumido e já vi de perto o tratamento preconceituoso que é dado as "minorias" pela polícia. Sinceramente, não podermos generalizar, mas eu não confio na polícia brasileira.
O problema certamente nao é exclusivo da polícia brasileira. Aqui nos EUA a polícia nao tem fama nada boa. E mesmo na Inglaterra, onde a gente pensava que era melhor pelos policiais nao portarem armas de fogo, la nao mataram aquele brasileiro? As pessoas que fazem parte da polícia nao chegaram de nave espacial e posaram no país. Elas fazem parte dele. Assim, se os policiais sao preconceituosos (e claro que sao) é porque as pessoas do país são também. Junte-se a isso andar armado, uma hierarquia militar que divide as pessoas entre mandantes e subalternos, impunidade e corrupcao, e a gente fica com uma mistura bem letal.
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