Abri uma conta no Chase. Aparentemente há muito menos taxas que as cobradas pelos bancos brasileiros, ou assim espero. E dá pra “personalizar” seus talões de cheque. Você pode escolher entre quarenta modelos pra fundo de cheque, de Pernalonga e Mickey até águias e bandeiras, sabe, pra demonstrar seu patriotismo toda vez que comprar uma bugiganga made in China. Essa personalização custa US$ 4,24. Também dá pra incluir uma mensagem em cima da assinatura, tipo “Nunca esqueceremos 11 de setembro”, ou “Orgulho de ser hispânico”, ou “Com Deus tudo é possível”, ou “Amo meu cão”, ou “Pergunte-me sobre meus netos”. Acho que minha mensagem preferida é “Procure-me no jardim”. Apesar de não saber ao certo o que ela significa, deve ser lindo receber um cheque sem fundos com este recadinho enigmático. Mais gentil que “Vá ver se estou na esquina”. É divertido ler o contrato do banco, principalmente a seção de perguntas e respostas. Olha só o júbilo do capitalismo! Pergunta: “Menores de 18 anos podem abrir conta?” Resposta: “Definitivamente!” (com ponto de exclamação e tudo). Claro que nada bate a Política de Privacidade do Chase, que explica que o banco guarda seus (os do cliente) dados a sete chaves, mas pode compartilhá-los com empresas do grupo do banco, organizaçõs financeiras fora do grupo... ou seja, todo mundo. Aí a pergunta no próprio manual é: “Quais escolhas tenho para que o banco não compartilhe essas informações?” A resposta é um primor, algo nas linhas: “Você pode nos pedir pra não compartilhar as informações, mas nós vamos fazê-lo de qualquer jeito, como permite a lei”. Não tô inventando!
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