Juro que aguardava com certa ansiedade a recontagem de "Planeta dos Macacos". Aliás, não sei porque minhas expectativas seriam altas, já que o trailer é um lixo, e eles sempre colocam as melhores cenas nos trailers. Mas lá fui eu enfrentar a macacada. Aí, o que que eu vejo? Sabe aquela bomba com o John Travolta, "A Reconquista"? Tá lá, pau a pau.
Antes de mais nada, uns esclarecimentos. A ficção científica original, de 1968, não é um clássico e está longe de ser uma obra-prima. É apenas uma aventura instigante, filosófica até, com um final de arrepiar. Portanto, não vale ficar na linha saudosista de "como era peludo o meu macaco". Esta versão moderna que custou a bagatela de US$ 100 milhões não precisa de comparações para ser bizarra.
A estorinha cabe no título. Um astronauta da espécie humana, ou quase, já que o cara é interpretado pelo Mark Uau,blergh, digo, Wahlberg, cai num planeta dominado por chimpanzés, ou seriam gorilas, bom, mico-leões dourados é que não são. E os homens de lá são escravos, tratados mais ou menos como nós tratamos os bichos aqui na Terra quando não tem nenhum grupo de proteção aos animais olhando. A gente vê que os primatas são mais civilizados do que a gente porque as roupas deles são melhorzinhas. Agora, não entendi uns pontos. No original, o astronauta destacava-se porque podia falar. Os outros humanos entravam mudos e saíam calados. Faz sentido que a linguagem seja um diferencial. Porém, neste "Macacos Me Mordam", todas as pessoas conversam animadamente. Só que basta o Gorila Malvado olhar pro Uau,blergh pra proferir: "Opa! Cuidado com este humano nojento!". A Macaca Boazinha também bate as pestanas no Marky Mark e conclui "Ueba! Este humano gostosão é diferente!". Ué, por quê? Os símios conhecem o cachê de cada ator? "Boogie Nights" e a prótese gigante do Uau,blergh passaram no planetinha?
Outro ponto enigmático é: seria este o pior filme do Tim Burton? Difícil dizer. O diretor esquisitão vem montando uma coleção respeitável de desastres ("Marte Ataca", "A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça"). Se continuar assim, sua lista de sucessos ("Ed Wood", "Edward Mãos-de-Tesoura", "O Estranho Mundo de Jack") será soterrada pelos horrores, e Tim só poderá ser distinguido dos realizadores de aluguel do jeito que Mark é distinguido dos humaninhos – pelo salário.
Se "O Macaco Tá Certo" não fosse do Tim, eu pensaria que houvesse sido filmado no Brasil. É tudo escuro. O Tim precisa conhecer o nosso apagão. E a escassez de fêmeas no recinto quase causa que nosso herói termine com a Macaca Boazinha. Mas aí leio entrevistas onde um produtor vocifera: "jamais permitiríamos isso!". Ah, respire aliviado. Pra Hollywood, pior que relacionamento interracial, é sexo entre espécies distintas. Então, o Uau,blergh dá beijo estalinho na símia com coração de ouro, mas beijo de língua mesmo, só numa humana. Esta troca de saliva é esperada desde o início, já que a única moça do planeta faz bico o tempo inteiro e usa batom vermelhão. É uma predestinada.
Que salvação tem um filme onde todos os macacos são malas e o ápice da evolução humana está representado pelo Uau,blergh? Mas aposto que tá cheio de crítico jabazento saudando a maquiagem. Você já leu estas linhas: seis horas pra maquiar um ator! Cada macaco é díspar! O Tim Roth e a Helena Bonham-Carter dão um show! Dá pra ver que são eles por trás das máscaras! Sei, sei. Prove que é a Helena. Podia ser a mulher barbada do circo. Podia ser a mãe do diretor. Podia ser qualquer um. Não dá pra ver nada naquele breu mesmo. E o Charlton Heston tá lá mais do que pra homenagear o filme original. Ele, como presidente da Associação Nacional de Rifles, aparece mais é pra justificar o militarismo excessivo da trama.
"Tá com a Macaca" confirma algumas teorias: 1) o inglês é definitivamente uma língua universal, e 2) os Uau,blerghs são de Marte; as macacas são de Vênus. Tenho certeza que, se entregassem um décimo do orçamento nas mãos de um chimpanzé, ele faria um filme mais decente que este.
A estorinha cabe no título. Um astronauta da espécie humana, ou quase, já que o cara é interpretado pelo Mark Uau,blergh, digo, Wahlberg, cai num planeta dominado por chimpanzés, ou seriam gorilas, bom, mico-leões dourados é que não são. E os homens de lá são escravos, tratados mais ou menos como nós tratamos os bichos aqui na Terra quando não tem nenhum grupo de proteção aos animais olhando. A gente vê que os primatas são mais civilizados do que a gente porque as roupas deles são melhorzinhas. Agora, não entendi uns pontos. No original, o astronauta destacava-se porque podia falar. Os outros humanos entravam mudos e saíam calados. Faz sentido que a linguagem seja um diferencial. Porém, neste "Macacos Me Mordam", todas as pessoas conversam animadamente. Só que basta o Gorila Malvado olhar pro Uau,blergh pra proferir: "Opa! Cuidado com este humano nojento!". A Macaca Boazinha também bate as pestanas no Marky Mark e conclui "Ueba! Este humano gostosão é diferente!". Ué, por quê? Os símios conhecem o cachê de cada ator? "Boogie Nights" e a prótese gigante do Uau,blergh passaram no planetinha?
Outro ponto enigmático é: seria este o pior filme do Tim Burton? Difícil dizer. O diretor esquisitão vem montando uma coleção respeitável de desastres ("Marte Ataca", "A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça"). Se continuar assim, sua lista de sucessos ("Ed Wood", "Edward Mãos-de-Tesoura", "O Estranho Mundo de Jack") será soterrada pelos horrores, e Tim só poderá ser distinguido dos realizadores de aluguel do jeito que Mark é distinguido dos humaninhos – pelo salário.
Se "O Macaco Tá Certo" não fosse do Tim, eu pensaria que houvesse sido filmado no Brasil. É tudo escuro. O Tim precisa conhecer o nosso apagão. E a escassez de fêmeas no recinto quase causa que nosso herói termine com a Macaca Boazinha. Mas aí leio entrevistas onde um produtor vocifera: "jamais permitiríamos isso!". Ah, respire aliviado. Pra Hollywood, pior que relacionamento interracial, é sexo entre espécies distintas. Então, o Uau,blergh dá beijo estalinho na símia com coração de ouro, mas beijo de língua mesmo, só numa humana. Esta troca de saliva é esperada desde o início, já que a única moça do planeta faz bico o tempo inteiro e usa batom vermelhão. É uma predestinada.
Que salvação tem um filme onde todos os macacos são malas e o ápice da evolução humana está representado pelo Uau,blergh? Mas aposto que tá cheio de crítico jabazento saudando a maquiagem. Você já leu estas linhas: seis horas pra maquiar um ator! Cada macaco é díspar! O Tim Roth e a Helena Bonham-Carter dão um show! Dá pra ver que são eles por trás das máscaras! Sei, sei. Prove que é a Helena. Podia ser a mulher barbada do circo. Podia ser a mãe do diretor. Podia ser qualquer um. Não dá pra ver nada naquele breu mesmo. E o Charlton Heston tá lá mais do que pra homenagear o filme original. Ele, como presidente da Associação Nacional de Rifles, aparece mais é pra justificar o militarismo excessivo da trama.
"Tá com a Macaca" confirma algumas teorias: 1) o inglês é definitivamente uma língua universal, e 2) os Uau,blerghs são de Marte; as macacas são de Vênus. Tenho certeza que, se entregassem um décimo do orçamento nas mãos de um chimpanzé, ele faria um filme mais decente que este.
os macacos eram alterados geneticamente tanto na terra . quanto na nave. quando o macaco atravessou o portal o astronalta foi atras do seu macaco . e em seguida a nave mae . que chegou centenas de anos antes dos 2 . essa nave chegou houve uma revolução os macacos se rebelaram e dominaram o planeta os humanos tb sobreviveram e povoaram o planeta . o astronalta volta ao planeta de origen porem ele cai 100 anos a frente do tempo que ele saiu . e encontra um mundo dominado pelos macacos . q eram alterados geneticamente e evoluiram muito . a ponto de dominar o planeta terra .
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