O maior espetáculo da Terra. Maior em duração, bem entendido, não em qualidade. Assim foi a entrega do Oscar deste ano, que se prolongou por mais de quatro horas. Imagina só, quatro horas para vinte e poucas categorias e duas homenagens especiais. Basta dividir o tempo pra constatar como a Academia de Ciências Cinematográficas não preza exatamente a eficácia.
De onde tiraram que Michael Caine era o favorito ao prêmio de coadjuvante? Não se pode subestimar o poder da Miramax. Eu tinha apostado no Tom Cruise, que é querido e nunca venceu, e várias pessoas estavam certas que o menininho com três nomes ia ganhar. Caine, com sua elegância de costume, foi o ponto alto da noite. Apontou as graças de seus adversários e disse a Cruise que o salário de um coadjuvante é baixo.
Não houve muitos aplausos de pé. Deu pra notar isso quando os convidados se levantaram e bateram palmas para um interminável mix de músicas famosas. Sinceramente, quem você prefere cantando "Over the Rainbow"? A Judy Garland ou a loirinha adolescente da última moda? Foi pra isso que os organizadores decidiram encurtar a apresentação dos indicados a melhor canção, sempre um momento deplorável? Robin Williams cantando "Blame Canada", de "South Park" (que incluía pedaços como "culpe o Canadá, eles nem são um país de verdade mesmo") foi a única salvação.
O lado liberal da academia ficou bem claro nos discursos de Warren Beatty e do diretor polonês Wadja. Vários atores negros apareceram para tentar convencer-nos que não, Hollywood não é racista, imagine. Denzel Washington, forte candidato a melhor ator, não levou a estatueta para casa. O agraciado foi Kevin Spacey, e devo dizer, com justiça. Adoro o Denzel, mas o personagem de Kevin em "Beleza Americana" exigia mais nuances.
De resto, sobram algumas imagens divertidas que nossa memória seletiva se encarregará de deletar, como as piadas de abertura de Billy Crystal. Em Hollywood, tudo pode acontecer. O "winner" é este festival de autocongratulações, e os perdedores somos nós que insistimos em prestigiar uma festinha tão chata.
Não houve muitos aplausos de pé. Deu pra notar isso quando os convidados se levantaram e bateram palmas para um interminável mix de músicas famosas. Sinceramente, quem você prefere cantando "Over the Rainbow"? A Judy Garland ou a loirinha adolescente da última moda? Foi pra isso que os organizadores decidiram encurtar a apresentação dos indicados a melhor canção, sempre um momento deplorável? Robin Williams cantando "Blame Canada", de "South Park" (que incluía pedaços como "culpe o Canadá, eles nem são um país de verdade mesmo") foi a única salvação.
O lado liberal da academia ficou bem claro nos discursos de Warren Beatty e do diretor polonês Wadja. Vários atores negros apareceram para tentar convencer-nos que não, Hollywood não é racista, imagine. Denzel Washington, forte candidato a melhor ator, não levou a estatueta para casa. O agraciado foi Kevin Spacey, e devo dizer, com justiça. Adoro o Denzel, mas o personagem de Kevin em "Beleza Americana" exigia mais nuances.
De resto, sobram algumas imagens divertidas que nossa memória seletiva se encarregará de deletar, como as piadas de abertura de Billy Crystal. Em Hollywood, tudo pode acontecer. O "winner" é este festival de autocongratulações, e os perdedores somos nós que insistimos em prestigiar uma festinha tão chata.
Ai Lola, tu tava de mal humor mesmo... As músicas esse ano foram ótimas. Faith Hill cantando over the rainbow, foi, na minha opinião, mais bonito que a Judy. Não gosto daquela voz de nicotina dela. E as cinco indicadas a canção também eram ótimas. Phil Collins, Aimee Mann, Gloria Estefan, eu me deliciei. O mix também foi ótimo. Esse foi um dos melhores Oscars que eu vi. Depois de 1999 com A Vida é Bela e Shakespeare Apaixonado, 2000 não tinha como ser pior.
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