tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post7717666252998885166..comments2024-03-28T03:16:00.227-03:00Comments on Escreva Lola Escreva: GUEST POST: O FEMINISMO NA TRILOGIA MILLENIUMlola aronovichhttp://www.blogger.com/profile/10052573392567096050noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-83609689846264046842013-07-06T03:23:54.592-03:002013-07-06T03:23:54.592-03:006-) Preconceito e assédio no ambiente de trabalho:...6-) Preconceito e assédio no ambiente de trabalho: em dado momento, Erika deixa a Milllenium e vai trabalhar no maior e mais tradicional jornal da Suécia. Acaba sofrendo preconceito pelos homens do local e assediada via e-mails e ameaças em sua casa por um redator e ex-colega de classe.<br /><br />7-) Tráfico de mulheres: embora a história acabe tomando outros rumos, a princípio, este é o assunto que dá início aos fatos do segundo livro. Um casal de pesquisadores preparava um material bombástico cobre o tema e acaba sendo assassinado. Mais tarde, revela-se que o pai de Lisbeth estava envolvido com o tráfico de mulheres.<br /><br />Enfim.... há muitos outros aspectos que pra mim indicam que o autor é um grande feminista. Talvez o primeiro livro ainda deixa algumas dúvidas sobre as intenções de Stieg Larsson, mas nos próximos livros ele deixa suas posições bem claras.<br /><br />Devo dizer que, além do conteúdo bastante feminista, a trilogia é excelente, capaz de te prender até a última página. Altamente recomendada.Lilliannoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-27401331391116974302013-07-06T03:23:35.454-03:002013-07-06T03:23:35.454-03:00Terminei de ler ontem a trilogia completa. E tudo ...Terminei de ler ontem a trilogia completa. E tudo o que eu tenho a dizer é: Stieg Larsson é 100% feminista! E dos bons. Vou elucidar mais pra frente os pontos da trilogia que a meu ver ressaltam as ideias feministas do autor, mas de modo geral, toda a trilogia é um épico cujo principal objetivo é narrar as diversas formas de violência contra a mulher, e como somos guerreiras ao matar um leão por dia na luta contra um sistema patriarcal. <br /><br />O que mais me chamou a atenção (aviso: contém MUITOS spoilers):<br /><br />1-) Denúncia contra o estupro: acho que é o mais notável, presente desde o primeiro livro. O autor tem o cuidado de denunciar cada aspecto do estupro. Os estupradores da obra de Stieg Larsson não são maníacos num beco sujo. São advogados, empresários, médicos, que estupram para manter uma relação de poder. No segundo livro, há ainda a questão da culpa da vítima. Um dos personagens repete os clássicos "ela se vestia daquele jeito, estava pedindo" e "ela já havia tido relações sexuais antes, então, tudo bem". Quando li essas frases, até tive a impressão de que o Stieg passou por aqui.<br /><br />2-) Descaso das autoridades diante da violência contra a mulher: esse acaba sendo o grande mote da trama do segundo e do terceiro livro (que é a mesma dividida em duas partes). Na verdade, o autor leva esse descaso a ares até meio fantasiosos e cria uma mega conspiração internacional para proteger um criminoso de acusações de violência doméstica. Lisbeth é a principal vítima dessa conspiração. Quando adolescente, seu pai, um dissidente soviético refugiado na Suécia, agrediu sua mãe a tal ponto de deixá-la inconsciente e com sequelas irreversíveis. Apesar de suas tentativas de denúncia, não só ela não foi ouvida como foi trancada num hospício para forçar seu silêncio sobre seu pai, um segredo de Estado. No hospício, sofreu maus tratos de um psiquiatra pedófilo. E um tempo depois de sair do hospício, foi parar nas mãos de um tutor que a estuprou. Acho que isso esclarece o descaso da personagem com autoridades.<br /><br />3-) Mocinhas que salvam o dia: apesar do protagonista ser homem, as grandes heroínas dos livros são mulheres. No primeiro livro, Lisbeth acaba salvando a vida e a carreira de Mikael. No segundo, outras personagens ocupam papeis de maior destaque entre os "heróis": as agentes Rosa Figueirola e Sonja Mondig, a detetive Suzanne Miller, a advogada Annika Giannini e a editora Erika Berger. Acho interessante como o autor parece associar mulheres a "mocinhas" e homens a "vilões". Poucos homens de sua obra são de boa índole; por outro lado, pululam machistas, corruptos, violentos, criminosos. <br /><br />4-) Nem santas, nem putas, apenas mulheres: as mulheres de Stieg Larsson fazem sexo. Muito sexo. Mas não é isso que as define. Acho que o maior exemplo disso é a Erika Berger. Ela tem um relacionamento aberto com o marido, já frequentou clubes S&M, já fez sexo grupal, e volta e meia "trai" o marido com o Mikael. Entretanto, em nenhum momento sua função parece ser a predadora sexual da história. Pelo contrário, ela é sempre descrita pelo autor como uma editora extremamente competente e mulher de fibra. Lógico que há personagens machistas que tentam julgá-la por sua vida sexual. Mas isso não é o que a define. O mesmo vale para Lisbeth Salander: ela tem um apetite sexual voraz, mas o que a define são sua inteligência e aversão às normas sociais. Assim como Erika, homens machistas também tentam julgá-la pela sua vida sexual.<br /><br />(continua...)Lilliannoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-62402627580867089172013-04-24T20:06:28.036-03:002013-04-24T20:06:28.036-03:00Também é possível ler livros do Kindle sem o apare...Também é possível ler livros do Kindle sem o aparelho. Ele também tem versões para Mac, Windows, iPad e Android.Patrickhttps://www.blogger.com/profile/09987700626506605678noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-43017552717970782032013-04-24T19:17:06.905-03:002013-04-24T19:17:06.905-03:00Obrigada, Patrick!
Infelizmente não tenho Kindle.....Obrigada, Patrick!<br />Infelizmente não tenho Kindle... Achei o livro completo no Scribd, se alguém mais tiver se interessado, dá pra procurar ali.Ana Claranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-50876490101250264122013-04-23T21:09:51.992-03:002013-04-23T21:09:51.992-03:00tá na promoçao no submarino! http://www.submarino....tá na promoçao no submarino! http://www.submarino.com.br/produto/110320259/livro-box-millennium-a-trilogia-3-volumes-Crisnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-79589257054288434702013-04-23T20:58:43.264-03:002013-04-23T20:58:43.264-03:00Ana Clara, eu comprei o livro na Amazon usando o K...Ana Clara, eu comprei o livro na Amazon usando o Kindle e saiu bem mais em conta. Preço atual: R$ 26,79. <a href="http://www.amazon.com.br/Hate-Women-Their-Asses-ebook/dp/B0087GKDNI/ref=sr_1_3?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1366761354&sr=1-3&keywords=men+who+hate" rel="nofollow">Men Who Hate Women and Women Who Kick Their Asses na <b>Amazon.com.br</b></a>Patrickhttps://www.blogger.com/profile/09987700626506605678noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-40499342989085131672013-04-23T14:25:51.141-03:002013-04-23T14:25:51.141-03:00Como assim, tem gente que acha que o livro nem fal...Como assim, tem gente que acha que o livro nem fala abertamente de misoginia? O título original do primeiro, em tradução literal, significa "Os homens que odeiam as mulheres" (no Brasil ficou "Os homens que não amavam as mulheres"). Tem como ser mais direto que isso????<br />Não vou discorrer sobre os livros e os personagens porque eu gostei bastante deles (aqueles livros que a gente fica "órfã" quando acaba), mas também as pessoas e a mídia criticarem que a violência é muito explícita é uma certa palhaçada, né? Eles esperam que violência seja amena, boazinha? Acham que um estupro deveria ser retratado nas telas ou nos livros como "agradável" pra vítima? Isso eu achei que o autor fez muito bem, ele mostrou que a violência dói! E eu achava que a versão hollywoodiana ia atenuar estas cenas, e fiquei feliz em ver que isto não aconteceu, e que o estupro do livro foi pras telas. Assisti no cinema e o desconforto das pessoas é notável. E é assim que tem que ser ao se tratar de violência sexual: as pessoas de certa forma têm que, de certa forma, "sentir" pra fazerem alguma ideia de como é. Se todo mundo sentisse esse desconforto, talvez passassem a culpar menos as vítimas e mais os agressores, e não o contrário, que é o que vemos...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-45322090455105799702013-04-23T03:50:53.674-03:002013-04-23T03:50:53.674-03:00Só uma observação sobre o "assunto paralelo&q...Só uma observação sobre o "assunto paralelo":<br /><br />A resposta da mestranda à jornalista Rachel Sheherazade (SBT), que disse que o trabalho "parece até piada" e questionou a profundidade do tema.<br />http://marivedder.wordpress.com/2013/04/21/carta-resposta-a-rachel-sheherazade/Sphynxhttps://www.blogger.com/profile/13982736697546977929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-31438123202990928162013-04-22T22:12:40.417-03:002013-04-22T22:12:40.417-03:00Putz, vou ter que ler essa coletânea de artigos! A...Putz, vou ter que ler essa coletânea de artigos! Alguém achou pra comprar aqui no Brasil? No site da universidade fica meio salgadinho... Livro + frete = 39 dólares.Ana Claranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-90960807035254971472013-04-22T11:09:36.480-03:002013-04-22T11:09:36.480-03:00Não vi os filmes suecos. Mas o americano é um lixo...Não vi os filmes suecos. Mas o americano é um lixo, não chega nem no cheiro da ação que tem nos livros.... a única coisa que salva é a ver a atriz Rooney Mara hahahahaAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/12719814996714885478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-13938176875824722582013-04-22T11:06:53.822-03:002013-04-22T11:06:53.822-03:00olha, a ideia do livro até que pode ser boa... mas...olha, a ideia do livro até que pode ser boa... mas, na minha opinião, é um livro escrito de forma rasa, bem superficial e sem passagens que realmente te fazem parar pra pensarClaricenoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-72293220121840965872013-04-22T11:00:57.765-03:002013-04-22T11:00:57.765-03:00Oiess!!
Eu não li os livros, DEVOREI eles, e sim ...Oiess!!<br /><br />Eu não li os livros, DEVOREI eles, e sim percebi varias indicações explicitas e outras nas entrelinha ao feminismo em todos os livros e em cada um deles apontava mais para uma ou outra personagem e o problema relativo a sua posição na estoria... claro que o pano de fundo pode até ser questionável (pra mim foi ótimo, amo livros de ação, mas não podemos esquecer que se trata de uma estória de ação. Mas mesclar isso à questões tão forte e ainda atuais, como trafico de mulheres, violência física, psicológica e outras mais que praticamente todas as personagens femininas passam é extraordinário. Quando fiquei sabendo que Mr. Larsson havia falecido eu fiquei tão triste como se fosse um parente meu... porque não tão cedo teremos um autor que consiga fazer uma obra semelhante, com muita ação, fantasia, romance e heroínas fodonas do jeito que eu gostos!! kkk Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/12719814996714885478noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-74180888368449192102013-04-22T10:11:59.297-03:002013-04-22T10:11:59.297-03:00Quando à tese de mestrado sobre a Valesca: primeir...Quando à tese de mestrado sobre a Valesca: primeiro, é preciso tomar muito suco de maracujá ou fazer um tai chi chuan antes de abrir o site do G1, porque não importa qual seja o assunto da notícia os comentários de lá são sempre inacreditáveis de escrotos. Fortes candidatos a comentaristas mais retrógrados, ignorantes e preconceituosos da internet brasileira.<br /><br />Aliás, suponho que esse pessoal só acha mesmo importante engenharia e medicina. Direito não, por ter o defeito intrínseco de ser um curso de humanas e estar "contaminado", no Brasil, por (grandes) autores de esquerda como Paulo Bonavides, Luís Roberto Barroso, Celso Antonio Bandeira de Mello e Fabio Konder Comparato.<br /><br />Enfim. É incrível ter um pessoal, com uma mentalidade já tão estreita, querendo dizer o que pode ou não ser estudado na academia. Todo projeto de pesquisa tem lá um item chamado "justificativa", onde o autor defende qual é a relevância do tema proposto. Se a justificativa da mestranda convenceu uma banca de professores doutores, é ridículo ver o trabalho ser apadrejado pura e simplesmente por conta do objeto escolhido.<br /><br />Pessoalmente, eu acho que o funk não contribui para o feminismo em nada. É o que me parece. Pelo que eu sei a maioria das músicas é feita por homens e trata a mulher como objeto sexual mesmo, e as feitas por mulheres também não deixam de centralizar o homem de uma forma ou outra. Quem sabe a dissertação me fizesse mudar de ideia.<br /><br />Não tenho grande familiaridade com o funk (gosto de dois ou três), mas fiquei com a curiosidade de saber qual é, se existe, a influência do suposto feminismo da Valesca sobre quem gosta, e se ela faz mesmo alguém entender ou pensar sobre a liberdade sexual feminina, se faz alguém parar de julgar. Se sim, eu acharia uma interessante ironia uma pessoa não ter aprendido esse respeito ao próximo em casa, nem na escola, nem na igreja, e acabado aprendendo no funk.Sphynxhttps://www.blogger.com/profile/13982736697546977929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-68181864897648787172013-04-22T09:03:00.601-03:002013-04-22T09:03:00.601-03:00A trilogia é incrível. Fazia tempos que eu não lia...A trilogia é incrível. Fazia tempos que eu não lia um best-seller tão bom, e ainda comprometido com temas de direitos humanos geralmente ignorados pela mídia.<br /><br />Tenho um comentário a fazer sobre as críticas que enxergam como conservadorismo o fato de a Salander resolver tudo na individualidade e com violência, alheia a lutas coletivas.<br /><br />Isso acontece porque a Salander não tem a menor confiança nem nas instituições, nem na sociedade. Ela foi vítima de um enorme complô institucional que, para proteger um espião internacional, internou a Salander num manicômio quando criança e mesmo depois de adulta a manteve sem capacidade civil e sob a tutela estatal. E a sociedade também não ajuda em nada, em toda parte ela é olhada torto, vista como louca. <br /><br />Fora isso, até com Mikael Blomkvist ela tem uma desilusão, quando ele decide fazer uma vista grossa e não publicar a verdade sobre o serial killer de mulheres, para não prejudicar algumas pessoas que ele gosta na família Vanger.<br /><br />Enfim, ela não sente que tem muito pra onde correr além de resolver tudo com as próprias mãos. A construção da personagem como pária social não é compatível com instinto gregário, com luta organizada.<br /><br />Apesar disso, tem um fato importante: quando Salander se vinga do advogado estuprador, ela não faz isso pensando só individualmente. Ela faz garantir que ele nunca mais leve outra mulher ao apartamento dele.Sphynxhttps://www.blogger.com/profile/13982736697546977929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-28491062333921024072013-04-22T06:17:14.904-03:002013-04-22T06:17:14.904-03:00Quando acabei o terceiro livro eu só me perguntei:...Quando acabei o terceiro livro eu só me perguntei: como viver sem Salander?!<br />Muita pena que Larson tenha morrido sem acabar a saga (já li que eram pra ser 9 livros).<br />Os livros sao recheados de mulheres fortes e todos os personagens sao muito bem construídos. Só vi os filmes suecos. Achei bons, mas os livros sao muito melhores. Tb fiquei chateada com a Berger ter sido rebaixada a coadjuvante.<br />Salander é uma vingadora em causa própria, mas como já ouvi dizer, se cada um pensar em si próprio, ninguém será esquecido. Tb nao diria exatamente que ela é egoísta, ela deu um jeito de ajudar várias pessoas, só nao é paternalista a ponto de achar que ele tinha o direito/dever de resolver a vida dos outros.<br />O livro fala repetidamente sobre violência de gênero, desde crimes horríveis quanto as pequenezas do dia a dia.<br />Jogos vorazes tem uma trama envolvente e uma heroína muito digna, com certeza vale a pena ler, mas Millenium é mais gente grande. Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-89766802363005323732013-04-21T23:48:03.379-03:002013-04-21T23:48:03.379-03:00Lola, assisti a versão americana do filme e como s...Lola, assisti a versão americana do filme e como sempre acontece, suspeitei que o livro seria melhor. Engoli os três livros em uma semana (estava de férias). Amei. Lógico que Lisbeth Salander esta longe de representar uma personagem real por sua postura de heroína autossuficiente e imortal, apesar de toda violência cometida contra ela ser algo verdadeiro para milhares de mulheres no mundo todo. Assim como a história de Erika, que com certeza representa um pouco da minha história e de muitas profissionais. Adorei seu post. Parabéns!LoliPortohttps://www.blogger.com/profile/00635999154639975162noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-30853457510585772312013-04-21T23:17:55.624-03:002013-04-21T23:17:55.624-03:00Obaaa! Sou fã de carteirinha da trilogia e adorei ...Obaaa! Sou fã de carteirinha da trilogia e adorei o guest post. Já fiquei de olho nesse livro e aproveito para recomendar mais três:<br /><br />"There are things I want you to know about Stieg Larsson and me." A autobiografia da Eva Gabrielsson, esposa do Stieg Larsson, conta mais sobre o autor, o processo de criação dos livros e da briga judicial dela com o pai e o irmão do Stieg pelo legado artístico e a herança (ainda sem tradução em português, tem versão ebook) http://www.amazon.com/There-Things-about-Stieg-Larsson/dp/B00ANY4FDG/ref=la_B0050OS7BA_1_1?ie=UTF8&qid=1366591137&sr=1-1<br /><br />"The Psychology of The Girl with The Dragon Tattoo." Coletânea deliciosa de artigos acadêmicos analisando a enigmática e irresistível Salander. Imperdível pra entender a personagem. (Também sem tradução em português) http://www.amazon.com/Psychology-Girl-Dragon-Tattoo-Understanding/dp/1936661349<br /><br />"Girl with The Dragon Tattoo And Philosophy" Esse aqui é bastante irregular, os artigos são menos interessantes ou esclarecedores do que os títulos dão a entender, mas vale pra fomentar o debate: (foi lançado em português com o título de A Garota com A Tatuagem de Dragão e a Filosofia, mas só de ver o texto promocional no site da editora, não recomendo a tradução) http://www.amazon.com/The-Girl-Dragon-Tattoo-Philosophy/dp/0470947586/ref=pd_sim_b_2<br /><br />Sobre falar de cultura popular em textos acadêmicos, já dei minha modesta contribuição: uma monografia sobre representação de gênero no seriado Lost (momento jabá: o título é Que Mulher Você Seria numa Ilha Deserta - Aspectos da Representação Feminina em Lost). Quanto mais estudos, melhor. Quero ler a dissertação sobre a Valesca que, por sinal, já se declarou feminista em entrevistas.Patyhttps://www.blogger.com/profile/13632755957603565289noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-86792167501017540942013-04-21T22:43:49.298-03:002013-04-21T22:43:49.298-03:00Falando em academia... Vi hoje o documentario &quo...Falando em academia... Vi hoje o documentario "noivas do cordeiro". Gostei bastante, trata de uma comidade do interior de Minas onde mulheres são protagonistas. Acho que isso vale uma postagem, viu Lola. Eduardo Lufthttps://www.blogger.com/profile/03706325840328654299noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-30089979659769291622013-04-21T22:38:46.198-03:002013-04-21T22:38:46.198-03:00Excelente post e tema! Como já disseram, o feminis...Excelente post e tema! Como já disseram, o feminismo está bem presente nas obras do Stieg Larsson, só que ele não é descarado nem panfletário. Mas isso não tira o mérito da obra por tratar questões como a violência contra a mulher sob uma ótica bem realista. E também, por ter personagens femininas extremamente poderosas. Poxa, no primeiro livro é a mocinha quem dá um cacete no vilão e resgata o mocinho indefeso. Girl Power e hail Libeth, hehehe. Fora a presença da Erica, uma personagem forte, ambiciosa e liberal. Uma pena terem dado pouco destaque a ela nas telonas, mas como já disseram por aí, uma mulher que tem um marido e um amante (e todas as partes estão cientes disso e acham ok) é demais para algumas cabeças.<br /><br />No mais, Lola, imagino como sua agenda deve ser apertada. Mas se tiver um tempinho, leia essas duas trilogias sim: Milllenium e Jogos Vorazes. Eu gostaria muito de ver Jogos Vorazes por aqui, pois é uma trilogia tão feminista que dá gosto! E a trilogia ainda é uma ótima crítica ao consumismo, ao uso da comunicação de massa como forma de alienação, ao totalitarismo, ao maniqueísmo... eu juro que fico muito contente que uma série de livros que enfoca tantas questões sociais e políticas de maniera tão lúcida esteja fazendo esse sucesso junto à molecada. Acho que vale conferir.<br /><br />P.S: sobre a tese de mestrado. Bem, o objetivo da garota é levantar se Valeska Popozuda e outras funkeiras contribuem para o feminismo. Muitos aqui acham que isso não tem serventia e que não querem ver seu dinheiro investido nesse tipo de coisa. Pois bem, eu acho muito válido. O funk é um fenôneno cultural que influencia milhões de pessoas no Brasil Bem ou mal não é minha discussão. Mas é FATO que ele influencia. Mais que Tchaikovsky (e tenho certeza de que, se o tema do mestrado fosse Tchaikovsky, muitos que condenam a tese da menina estariam aplaudindo de pé). Por conta disso, acho que qualquer estudo sobre coisas que influenciam a população é pertinente. <br /><br />Eu ficaria ainda mais contente se, em sua pesquisa, a autora chegasse à conclusão de que, de certa forma, o funk contribui sim para o feminismo e para a liberdade sexual da mulher. Muito tem se falado sobre a Valeska (a quem eu não considero um bom exemplo, mas conheço muito superficialmente para julgar), mas a autora vai estudar outras funkeiras. Eu já ouvi letras da Tati Quebra Barraco em que ela brada "A porra da buceta é minha e eu dou pra quem quiser". Entre outras citações, "Vou tocar uma siririca", "Sou feia mas tô na moda", "Se marcar eu beijo mesmol". Gostem ou não, na boa, isso é exatamente o que discutimos aqui com termos mais polidos e rebuscados: liberdade sexual, aceitação do próprio corpo, liberdade de tomar a iniciativa, liberdade de buscar o próprio prazer. Só que traduzido para vocabulários mais populares. Se isso não tem utilidade pública, se isso não tem valor, se isso não merece ser estudo, então, acho que estamos perdendo muito tempo aqui - pois é exatamente o que fazemos. Lillian Cardosonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-30182339005591250432013-04-21T22:23:20.020-03:002013-04-21T22:23:20.020-03:00Quem reclama dos objetos de estudos acadêmicos (pr...Quem reclama dos objetos de estudos acadêmicos (principalmente de humanas) demonstra quão nocivo é, de fato, a universidade não atender à todos. Como se, por exemplo, estudar o funk fosse apenas destrinchar letras. Sei lá, o ser humano é tão complexo que tentar explicar isso assim, de supetão, é reduzir a humanidade ao mesmo diagrama de funcionamento de uma lâmpada.<br /><br />Salander é minha heroína favorita. Acho estranho dizer que a luta dela é individualista exatamente por acreditar que o feminismo tem um ponto inicial, de onde derivam inúmeras facetas - daí dizer sempre que cada uma luta por e com seu feminismo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-29083428847450613382013-04-21T21:59:17.038-03:002013-04-21T21:59:17.038-03:00Todas as sociedades são machistas no planêta intei...Todas as sociedades são machistas no planêta inteiro, aqui no Brasil não é diferente, mas pelo menos temos leis q supostamente deveriam nos proteger desse machismo, muito embora sejam leis muito recentes, pq ha bem pouco tempo o machismo era até institucional com absurdos como leis de "defesa da honra".<br />O que eu vou continuar a me revoltar falem o q falarem é com paises que institucionalizam o machismo em suas leis, principalmente esses que tem suas constituições baseadas em livros religiosos como essas republicas islâmicas.<br />Aqui e em outros lugares por mais machismo que soframos, existe uma esperança de reparação em nossas leis, nessas republicas a lei é um crime contra a mulher.Sarahttps://www.blogger.com/profile/14337177558346860242noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-5277097872523954042013-04-21T21:49:49.421-03:002013-04-21T21:49:49.421-03:00Eu preciso ler os livros. Eis o que a maior parte ...Eu preciso ler os livros. Eis o que a maior parte das mulheres que foram estupradas fizeram com a pessoa que as estuprou: nada." Ah, eu consigo achar umas ótimas maneiras de vingança. Com toda a certeza. Nada? Hum, rs, não penso que não se possa fazer nada. Há muito a se fazer.L. G. Alveshttps://www.blogger.com/profile/12158324731880800536noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-19537883634869807932013-04-21T21:10:04.132-03:002013-04-21T21:10:04.132-03:00esse alvoroço todo em relação só projeto da velesc...esse alvoroço todo em relação só projeto da velesca popozuda é engraçado. eu acabei de entrar no mestrado com um projeto sobre fotografia que é tão inusitado quanto o dela e não virou notícia.essa noção de ciência "de verdade" só mostra como não se leva a sério o conhecimento científico no Brasil. em relação a trilogia,eu concordo que a lisbeth vira personagem secundário no primeiro filme, mas no livro também tenho essa impressão... o que me incomoda dos livros é como a lisbeth é pragmática em contraste ao mikael. é como se o autor quisesse mostrar como homens podem ser justos, sabe? mikael fala diversas vezes em como ele respeita as mulheres mas ao mesmo tempo não respeita em momento nenhum a decisão da lisbeth de não ve-lo. nicnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-29330450533186763302013-04-21T20:40:17.843-03:002013-04-21T20:40:17.843-03:00Eu acho que a Erika some nas versões cinematográfi...Eu acho que a Erika some nas versões cinematográficas pq ninguém, nem na Europa, nos EUA ou no Brasil, acha "normal" uma mulher que conviva normalmente com seu marido e seu amante. Vagabundagem demais para os reaças de plantão no mundo todo. A obra literária permite que esse assunto tão delicado e tratado como tabu seja mais aprofundado. Meu namorado assistindo o filme não se conformou com o "corno" do marido na mesma festa que o amante... Acho uma pena q a 2a. parte da trilogia talvez não saia nos EUA pq Rooney Mara mostrou-se ótima atriz. E legal tb foi ver Daniel Craig, um fodão nos filmes do 007, acostumado a bater, virar mulherzinha na mão da Salander e apanhar mais do que judas em sábado de aleluia.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1486619705951395295.post-22869365524524786122013-04-21T20:18:24.370-03:002013-04-21T20:18:24.370-03:00Acho que quem critica estudos como esse sobre o fu...Acho que quem critica estudos como esse sobre o funk e a Valeska, se esquecem da força e da influência da cultura pop em nossa sociedade.<br />É tão ou mais influente que a publicidade.<br />Cultura, seja "alta" ou "baixa" é espelho, influência, via de mão dupla. Não dá pra achar que um estudo como esses é simplesmente irrelevante e não possa até mesmo servir de base pra outros tipos de trabalho sobre o gênero feminino, violência, mercado de trabalho, etc.<br />É muito bonito fazer uma análise discursiva de um Almodóvar, por exemplo (e adoro esse tipo de trabalho). Mas não dá pra perder de vista que o alcance que esse tipo de produto tem na sociedade brasileira é bem menor.Elaine Cris https://www.blogger.com/profile/07535155302715082439noreply@blogger.com